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MPA-029

MANUAL DE GESTÃO PATRIMONIAL


DA POLÍCIA RODOVÍARIA FEDERAL

Brasília/DF
Março/2019
Segurança com cidadania.
SUMÁRIO

1. PRINCÍPIOS E DEFINÇÕES 03

2. ESTÁGIOS DA DESPESA 04

3. CLASSIFICAÇÃO DE DESPESA COM AQUISIÇÃO DE MATERIAL 05

4. RECEBIMENTO DO MATERIAL 07

5. ACEITAÇÃO DO MATERIAL 08

6. MATERIAIS DE CONSUMO 09

6.1 REGISTRO DO MATERIAL EM ESTOQUE 09

6.2 ARMAZENAGEM 09

6.3 REQUISIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL 10

6.4 TRANSFERÊNCIA DE ESTOQUE À OUTRA UNIDADE GESTORA 11

6.5 SANEAMENTO DE MATERIAL 12

6.6 RENOVAÇÃO DO ESTOQUE 12


6.7 RELATÓRIO MENSAL DE ALMOXARIFADO 13

7. BENS PERMANENTES 14
7.1 INCORPORAÇÃO 14
7.2 LOCALIDADES DE RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 15

7.3 DISTRIBUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 17

7.4 ACAUTELAMENTO 18

7.5 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE 18


7.6 INVENTÁRIO PATRIMONIAL 20

7.7 RELATÓRIO MENSAL DE BENS 22


7.8 DESFAZIMENTO 23

8. MATERIAIS PERMANENTES DE USO CONTROLADO 26

8.1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 26


8.2 CONTROLE DE MUNIÇÕES 27

9. DISPOSIÇÕES GERAIS 29
1. PRINCÍPIOS E DEFINÇÕES sável pelo patrimônio ali alocado.
XII. material: designação genérica de equipamen-
Art. 1° Este Manual de Procedimento Administrativo tos, componentes, sobressalentes, acessó-
estabelece as diretrizes básicas relacionadas à rios, veículos em geral, matérias-primas e ou-
Gestão e controle dos bens integrantes do acervo tros itens empregados ou passíveis de em-
patrimonial da Polícia Rodoviária Federal/MJC. prego nas atividades das organizações públi-
cas federais, bem como aquele oriundo de
Art. 2° Para fins deste manual, considerar-se-á:
demolição ou desmontagem, aparas, acondi-
I. almoxarife: servidor responsável pela execu- cionamentos, embalagens e resíduos econo-
ção das atividades de almoxarifado; micamente aproveitáveis;
II. bem acautelado: bem vinculado à cautela de XIII. SIPAC: Sistema Integrado de Patrimônio, Ad-
um Detentor; ministração e Contratos;
III. bem alienado: bem baixado do acervo patri- XIV. status do bem: refere-se à situação em que o
monial da PRF; bem se encontra em decorrência das opera-
ções do sistema de controle patrimonial.
IV. bem efetivado: bem cadastrado no sistema
de controle patrimonial e disponível para mo- XV. unidades: unidade organizacional, estabeleci-
vimentações; da em organograma ou criada por ato norma-
tivo.
V. bem não incorporado: bem cadastrado para
finalidade de controle e gerenciamento, cujo
valor não impacta nos registros contábeis do
Órgão;
VI. bem recolhido: bem alocado na localidade
de recolhimento para fins de alienação;
VII. cessão: modalidade de movimentação de
bem do acervo, com transferência gratuita de
posse e troca de responsabilidade, entre Ór-
gãos da Administração Pública Direta;
VIII. detentor: servidor responsável pela guarda e
conservação de bem acautelado;
IX. doação: modalidade de movimentação de
bem do acervo, com transferência gratuita de
propriedade e troca de responsabilidade pa-
ra os órgãos ou entidades indicadas na for-
ma prevista na legislação vigente;
X. estado do bem: refere-se às condições físi-
cas do bem, seu estado de manutenção e
conservação.
XI. localidade: sala do sistema de controle patri-
monial onde estão alocados os bens. Corres-
ponde à localização física dos bens ou à for-
ma de organização patrimonial. Uma Unida-
de pode possuir uma ou mais localidades e
cada uma delas possui um servidor respon-

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2. ESTÁGIOS DA DESPESA
Art. 3° Os estágios da despesa orçamentária públi-
ca, prevista na Lei nº 4.320/1964 são:
I. empenho: segundo o artigo 58 da Lei nº
4.320/1964, é o ato emanado de autoridade
competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento pendente ou não de im-
plemento de condição. Consiste na reserva
de dotação orçamentária para um fim espe-
cífico;
II. liquidação: consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títu-
los e documentos comprobatórios do res-
pectivo crédito e tem por objetivo apurar:
a) a origem e o objeto do que se deve
pagar;
b) a importância exata a pagar; e
c) a quem se deve pagar a importância
para extinguir a obrigação.
III. pagamento: consiste na entrega de numerá-
rio ao credor por meio de cheque nominativo,
ordens de pagamentos ou crédito em conta,
e só pode ser efetuado após a regular liqui-
dação da despesa.

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3. CLASSIFICAÇÃO DE DES- V. critério da transformabilidade: Se foi adquiri-
do para fim de transformação; e
PESA COM AQUISIÇÃO DE
VI. critério da finalidade: Se o material foi adquiri-
MATERIAL do para consumo imediato ou para distribui-
ção gratuita.
Art. 4° Entende-se como material de consumo e § 2° Produtos como pen-drive, canetas ópticas, to-
material permanente: ken são abarcados pelo critério da fragilidade, de-
I. material de consumo: aquele que, em razão vendo ser classificados como materiais de consu-
de seu uso corrente, perde normalmente sua mo.
identidade física e/ou tem sua utilização limi- § 3° Os livros e demais materiais bibliográficos
tada a dois anos; apresentam características de material permanente.
II. material permanente: aquele que, em razão § 4° As despesas com remodelação, restauração,
de seu uso corrente, não perde a sua identi- manutenção e outros serão classificadas da forma
dade física e/ou tem uma durabilidade supe- descrita abaixo:
rior a dois anos.
I. quando o serviço se destina a manter o bem
Art. 5° A classificação da despesa, nas aquisições em condições normais de operação, não re-
de materiais, deve adotar parâmetros que, toma- sultando em aumento relevante da vida útil
dos em conjunto, distinguem o material permanen- do bem, a despesa orçamentária é corrente.
te do material de consumo, devendo esta classifi-
II. caso as melhorias decorrentes do serviço
cação ser feita no Termo de Referência sob consul-
resultem em aumento significativo da vida útil
ta ao setor de patrimônio ou diretamente ao catálo-
do bem, a despesa orçamentária é de capi-
go de materiais do SIPAC.
tal, devendo o valor do gasto ser incorporado
§ 1° Um material é considerado de consumo quan- ao ativo.
do couber a aplicação de pelo menos um dos cri-
Art. 6° A classificação de material adquirido por en-
térios listados abaixo:
comenda deve levar em consideração os seguintes
I. critério da durabilidade: Se em uso normal quesitos:
perde ou tem reduzidas as suas condições
I. se a aquisição for de produto disponível no
de funcionamento, no prazo máximo de dois
mercado, será classificado como material,
anos;
porque o ente não está agregando serviço,
II. critério da fragilidade: Se sua estrutura for apenas adquirindo o produto com serviço já
quebradiça, deformável ou danificável, carac- agregado; e
terizando sua irrecuperabilidade e perda de
II. se a aquisição for de produção e elaboração
sua identidade ou funcionalidade;
de um produto, será classificado como servi-
III. critério da perecibilidade: Se está sujeito a ço, pois o ente está agregando serviço à pro-
modificações (químicas ou físicas) ou se de- dução de bens para consumo. O fornecedor
teriore ou perca sua característica pelo uso entregará serviço, embora o resultado final
normal; seja um produto para consumo.
IV. critério da incorporabilidade: Se está destina- § 1° A despesa com aquisição de material por en-
do à incorporação a outro bem, e não pode comenda só deverá ser classificada como serviços
ser retirado sem prejuízo das características de terceiros se o próprio órgão fornecer a matéria-
do principal. Se com a incorporação houver prima. Caso contrário, deve ser classificada na na-
alterações significativas das funcionalidades tureza de material permanente ou consumo.
do bem principal e/ou do seu valor monetá-
rio, será considerado permanente;

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§ 2° A classificação de despesa como material ou
serviço para a contabilidade púbica independe da
classificação fiscal para fins de tributação.

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4. RECEBIMENTO DO MATERIAL go de Materiais do SIPAC.
Parágrafo único. Situações não contempladas
Art. 7° O recebimento é o ato pelo qual o material no caput deste artigo deverão ser submetidas à
adquirido é entregue ao Órgão no local previamen- apreciação da Coordenação-Geral de Administra-
te estabelecido. ção.

Parágrafo único. O recebimento apenas transfere a Art. 12° No ato do recebimento do material o almo-
responsabilidade pela guarda e conservação do xarifado deverá:
material, do fornecedor ao órgão recebedor, não I. verificar se o material está de fato destinado à
implicando em aceitação. sua Unidade Regional;
Art. 8° O recebimento ocorrerá nos almoxarifados, a) esta verificação pode ser realizada por
salvo quando não possa ou não deva ali ser esto- meio da consulta de empenhos, con-
cado ou recebido, caso em que a entrega se fará sulta à área de contratação, à equipe
nos locais designados. de fiscalização de contratos ou à área
§ 1° O recebimento de material fora do almoxarifa- técnica/demandante do material.
do deverá ser previamente autorizado pelo gestor II. verificar se a documentação que o acompa-
de almoxarifado. nha preenche os requisitos listados no Art.
§ 2° Qualquer que seja o local de recebimento, o 10;
registro de entrada do material será sempre no Al- III. conferir a conformidade entre os volumes en-
moxarifado. tregues e a discriminação da nota fiscal ou
Art. 9° O recebimento de material decorrerá de: outro documento para recebimento;

I. compra; IV. emitir Termo de Recebimento Provisório, con-


forme formulário disponível no sistema, e en-
II. cessão;
caminhá-lo em conjunto com a nota fiscal à
III. doação; fiscalização do contrato ou área demandante;
IV. permuta; V. identificar e armazenar o material em local
separado do estoque da Unidade;
V. transferência; ou
VI. monitorar e acompanhar no SEI todos os pro-
VI. produção interna.
cessos em fase de recebimento provisório na
Art. 10° São considerados documentos hábeis para Unidade Gestora.
recebimento:
I. guia de produção;
II. guia de remessa de material ou nota de
transferência;
III. invoice;
IV. nota fiscal, fatura e nota fiscal/fatura; e
V. termo de cessão/doação ou declaração exa-
rada no processo relativo à permuta;
§ 1° Deverá constar dos documentos enumerados
neste artigo, no mínimo, a descrição do material, a
quantidade, a unidade de medida, e o preço.
Art. 11° O recebimento de materiais mediante doa-
ção, ficará restrito ao rol de itens ativos do Catálo-

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5. ACEITAÇÃO DO MATERIAL Art. 13° A aceitação consiste no ato de declarar que
o material recebido satisfaz às especificações
constantes do ato convocatório e/ou do instrumen-
to contratual respectivo e demais obrigações pactu-
adas.
§ 1° A aceitação deve ser realizada pelo setor de-
mandante ou pela comissão de fiscalização e rece-
bimento designada pela autoridade contratante.
§ 2° A aceitação está condicionada à verificação da
regularidade documental, quantitativa e qualitativa
do material disponibilizado para recebimento.
§ 3° A retirada do material do almoxarifado pelo se-
tor demandante ou pela comissão de fiscalização e
recebimento, durante a fase de aceitação, poderá
ser feita mediante registro da movimentação.
Art. 14° Caso seja identificada alguma desconformi-
dade no material disponibilizado para aceite, o se-
tor demandante ou a comissão de fiscalização e
recebimento respectiva diligenciará junto ao forne-
cedor, com vistas ao saneamento das falhas, ado-
tando os procedimentos previstos no MPA
(fiscalização de contratos) e demais normativos re-
lacionados.
Art. 15° Não sendo identificada qualquer desconfor-
midade no material disponibilizado para aceite, o
setor demandante ou a comissão de fiscalização e
recebimento procederá à aceitação, elaborando o
respectivo Termo de Recebimento Definitivo, que
deverá ser anexado ao processo administrativo da
aquisição, e submetendo ao setor de patrimônio e
almoxarifado para os registros de controle.

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6. MATERIAIS DE CONSUMO o registro da liquidação da despesa no SIAFI, de
forma a compatibilizar os saldos contábeis referen-
tes ao RMA.
6.1 REGISTRO DO MATERIAL EM ESTOQUE
§ 1° Caso o recebimento do material decorra de
Art. 16° Ao receber o processo de aquisição, com o
aquisição mediante empenho da própria Regional,
Termo de Recebimento Definitivo e a Nota Fiscal
o registro da liquidação da despesa do SIAFI deve-
atestada, o almoxarifado deverá conferir a corres-
rá ser realizado por meio da situação NP – DSP 101
pondência deste documento com o material entre-
(materiais para estoque) , ou DSP 102 ( materiais
gue.
de consumo imediato).
§ 1° O almoxarife poderá solicitar apoio da área
§ 2° Caso o material seja oriundo de doação, o re-
técnica ou da fiscalização do contrato para identifi-
gistro no SIAFI deverá ocorrer por meio da situação
cação do material.
PA - ETQ 022.
§ 2° Caso haja divergência na verificação citada no
Art. 20° Os registros no SIAFI deverão observar os
caput deste artigo, o almoxarife deverá restituir os
valores e contas conforme apresentado no relatório
documentos à área responsável pela aceitação
de extrato de movimentação.
para que providencie as correções necessárias.
Parágrafo único. Após os registros indicados no
Art. 17° Após verificada a adequação da documen-
caput deste artigo, o processo deverá ser encami-
tação de recebimento, o almoxarife procederá ao
nhado ao setor de execução financeira para as pro-
cadastro da nota fiscal no SIPAC - Almoxarifado e
vidências relativas ao pagamento da despesa.
realizará o registro em estoque.
Art. 21° Finalizados os registros de estoque e con-
§ 1° A nota fiscal deverá ser cadastrada como do
tábeis, o material deverá ser acondicionado na área
tipo "orçamentária", quando for oriunda de aquisi-
do estoque de almoxarifado, de acordo com os re-
ção por empenho da própria Unidade, e do tipo
quisitos de armazenagem descritos deste MPA, ou
"extra-orçamentária", quando se tratar do recebi-
encaminhado à área demandante.
mento de material em doação.
Parágrafo único. No momento da armazenagem, a
§ 2° Tratando-se de material importado, o cadastro
ficha de prateleira relativa ao material deverá ser
da nota fiscal será substituído pelo cadastro do
atualizada com a qualidade acrescida em estoque.
Invoice.
6.2 ARMAZENAGEM
§ 3° Em caso de divergência entre a classificação
do empenho e a classificação do catálogo de ma- Art. 22° A armazenagem compreende a guarda,
teriais, deverá a área financeira adequar a classifi- localização, segurança e preservação do material
cação para que corresponda àquela já existente no adquirido.
SIPAC, motivo pelo qual, recomenda-se a consulta
§ 1° Os principais cuidados na armazenagem, den-
ao catálogo de materiais no momento do empenho
tre outros, são:
para identificação do subelemento de despesa já
utilizado pelo Órgão. I. os materiais devem ser resguardados contra
o furto ou roubo e protegidos contra a ação
Art. 18° O item deve ser registrado em estoque no
dos perigos mecânicos e das ameaças climá-
material do catálogo correspondente às suas ca-
ticas, bem como de animais daninhos;
racterísticas.
II. os materiais estocados há mais tempo devem
Parágrafo único: Caso não exista no catálogo ma-
ser fornecidos em primeiro lugar, com a finali-
terial que corresponda ao item recebido, deverá
dade de evitar o envelhecimento do estoque;
ser solicitada sua catalogação por meio do SIPAC.
III. os materiais devem ser estocados de modo a
Art. 19° Imediatamente após o cadastro do material
possibilitar uma fácil inspeção e um rápido
em estoque no SIPAC, o almoxarife deverá efetuar
inventário;

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IV. os materiais que possuem grande movimen- dade pelo efeito da pressão decorrente;
tação devem ser estocados em lugar de fácil
XIII. a área de depósito de material deve ser se-
acesso e próximo das áreas de expedição, e
parada fisicamente do local de expediente
o material que possui pequena movimenta-
dos servidores e demais colaboradores;
ção deve ser estocado na parte mais afasta-
da das áreas de expedição; XIV. as áreas de fluxo de materiais devem ser se-
paradas, sempre que possível, das áreas de
V. os materiais jamais devem ser estocados em
fluxo de pessoas;
contato direto com o piso. Deve-se utilizar
acessórios de estocagem para os proteger, XV. as áreas de depósito devem ficar sempre fe-
tais como estrados, pallets e prateleiras; chadas e a respectivas chaves sob o controle
dos servidores responsáveis; e
VI. a acomodação dos materiais deve observar
sua sensibilidade à umidade, luz e risco de XVI. deve-se evitar o acesso desnecessário às
incêndio; áreas de depósito, limitando o acesso aos
servidores que devam executar atividades no
VII. a arrumação dos materiais não deve prejudi-
local, devendo ser observada norma de se-
car o acesso às partes de emergência, aos
gurança orgânica da unidade gestora no que
extintores de incêndio ou à circulação de
tange ao controle de acesso às áreas restri-
pessoal especializado para combater incên-
tas.
dio, devendo ser observada norma de segu-
rança orgânica da unidade gestora no que 6.3 REQUISIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
tange à localização e identificação de equi- Art. 23° Os materiais de consumo deverão ser re-
pamentos de combate à incêndio e às saídas quisitados previamente ao almoxarifado mediante
de emergência. cadastro da demanda no SIPAC.
VIII. os materiais do mesmo grupo de material § 1° Os fornecimentos deverão ser feitos de acordo
devem ser concentrados em locais adjacen- com o catálogo de material em uso no órgão.
tes, a fim de facilitar a movimentação e inven-
§ 2° Não serão entregues materiais sem que a re-
tário;
quisição esteja devidamente cadastrada no SIPAC.
IX. os materiais pesados e/ou volumosos devem
Art. 24° A disponibilização dos materiais demanda-
ser estocados nas partes inferiores das es-
dos deverá ser precedida de análise por parte da
tantes e porta-estrados, eliminando-se os
área de almoxarifado, que deverá levar em consi-
riscos de acidentes ou avarias e facilitando a
deração o consumo médio das unidades requisi-
movimentação;
tantes e demandas excepcionais, de forma a asse-
X. os materiais devem ser conservados nas em- gurar a economicidade e alinhar o atendimento das
balagens originais e somente abertos quan- requisições ao nível de estoque e ao planejamento
do houver necessidade de fornecimento par- de aquisições.
celado, ou por ocasião da utilização;
Parágrafo único. Compete ao almoxarife supervisio-
XI. a arrumação dos materiais deve ser feita de nar e controlar a distribuição racional do material
modo a manter voltada para o acesso ao lo- requisitado, promovendo os cortes necessários nas
cal de armazenagem a face da embalagem requisições das unidades, em função do consumo
ou etiqueta, contendo a marcação do item, médio apurado em série histórica anterior que te-
permitindo a fácil e rápida leitura de identifi- nha servido de suporte para a projeção de estoque
cação e das demais informações registra- vigente com a finalidade de evitar, sempre que
das; possível, a demanda reprimida e a consequente
XII. quando o material necessitar ser empilhado, ruptura de estoque.
deve-se atentar para a segurança e altura Art. 25° As requisições de materiais de uso individu-
das pilhas, de modo a não afetar sua quali- al, tais como uniformes e coldres, deverão ser

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restrita ao respectivo setor.
realizadas individualmente, por servidor, de forma a
possibilitar a qualquer tempo a identificação preci- Parágrafo único. Caberá ao setor citado no caput
sa do fornecimento destes materiais. deste artigo o controle sobre a aplicação, distribui-
ção e reposição de estoque dos materiais sob seu
Art. 26° A entrega do material ao requisitante deve-
gerenciamento.
rá ser feita mediante recibo por meio físico ou ele-
trônico. 6.4 TRANSFERÊNCIA DE ESTOQUE À OUTRA
UNIDADE GESTORA
§ 1° As requisições não retiradas após 5 (cinco)
dias úteis do cadastramento poderão ser cancela- Art. 30° Os materiais em estoque poderão ser trans-
das pelo almoxarife. feridos entre as Regionais PRF nos seguintes ca-
sos:
§ 2° O almoxarifado não atenderá às requisições
de materiais quando o solicitante possuir pendên- I. entrega descentralizada de materiais, decor-
cias de ocorrência patrimonial em aberto. rente de contrato e empenho de outra Unida-
de Gestora;
Art. 27° Os almoxarifados regionais poderão regu-
lamentar os dias e períodos de atendimento de II. remanejamento ordinário de materiais, com
requisições, de forma a viabilizar a execução de vistas ao nivelamento dos estoques existen-
atividades internas do setor. tes e atendimento das necessidades das Uni-
dades Gestoras da Polícia Rodoviária Fede-
§ 1° A frequência de atendimento de requisições
ral.
não poderá ser inferior a 03 dias por semana, exce-
to para a última semana de cada mês. § 1° A Unidade Gestora encarregada pela disponi-
bilização do material, avaliará os termos da requisi-
§ 2° O atendimento de requisições nos 3 últimos
ção e efetuará o atendimento da demanda confor-
dias úteis de cada mês deve ser tratado como ex-
me sua disponibilidade.
cepcionalidade, haja vista a necessidade de proce-
dimentos internos para emissão do Relatório Men- § 2° Depois de realizada a transferência dos materi-
sal de Almoxarifado – RMA. ais solicitados no SIPAC, a Unidade Gestora ceden-
te procederá ao cadastramento da transferência de
Art. 28° Não deverão ser atendidas requisições de
estoque no SIAFI, por meio da situação ETQ 010,
Unidades em situação irregular em relação ao con-
observando os valores e contas respectivos, con-
trole patrimonial.
forme apresentado no relatório de extrato de movi-
§ 1° Para esta finalidade, considera-se situação mentação.
irregular:
§ 3° O atendimento da requisição e a transferência
I - Ausência de responsáveis patrimoniais pelos de saldo no SIAFI devem ser comunicados de ime-
bens da Unidade; diato à Unidade Gestora requisitante.
II - Não apresentação de bens demandados pelo § 4° Depois de realizado o recebimento dos materi-
controle patrimonial; ais solicitados, o gestor da Unidade requisitante
III - Atraso no recebimento de bens transferidos de procederá ao registro da recepção da nota de for-
outras Unidades; necimento no sistema de almoxarifado e lançará o
recebimento do saldo SIAFI, por meio da situação
IV - Atraso na assinatura dos termos de responsa- ETQ 011, observando os valores e contas conforme
bilidade patrimonial da Unidade; e apresentado no relatório de extrato de movimenta-
V - Não realização do inventário semestral da Uni- ção.
dade. Art. 31° Os materiais adquiridos para entrega em
Art. 29° Para os materiais cujo gerenciamento este- outras Regionais PRF devem ser registrados como
ja reservado a setores específicos da Regional, entrada para estoque, afastando o registro na for-
deverá ser configurada permissão de requisição ma de consumo imediato, pois inviabiliza a movi-

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mentação do estoque nos sistemas SIPAC e SIA- II. identificar e recomendar às áreas demandan-
FI, impossibilitando o controle adequado. tes da aquisição a retirada de itens não movi-
mentados, a fim de evitar a sua obsolescên-
Parágrafo único: A baixa do estoque, nas situa-
ções contempladas no caput deste artigo, devem cia, danificação ou a perda das característi-
ser realizadas mediante requisição do almoxarifa- cas normais de uso;
do de destino do material e respectiva nota de III. identificar o intervalo temporal para a aquisi-
fornecimento. ção de itens rotineiramente adquiridos e a
6.5 SANEAMENTO DE MATERIAL quantidade a ser recomposta, excetuando-se
aqueles específicos de área demandante.
Art. 32° O saneamento de materiais consiste na
simplificação de variedades, reutilização, recupera- IV. manter os itens constantes do estoque em
ção e movimentação daqueles considerados ocio- níveis/quantidade compatíveis com a política
sos ou recuperáveis. adotada pelo Órgão;

Parágrafo único. A prática descrita no caput deste V. promover conferências periódicas entre os
artigo objetiva a otimização física dos materiais em registros efetuados no SIPAC e a existência
estoque ou em uso. física dos materiais.

Art. 33° Os estoques devem ser objeto de constan- VI. Solicitar o desfazimento de materiais inserví-
tes revisões e análises. Estas atividades são res- veis, na forma do Decreto n° 9.373/2018, por
ponsáveis pela identificação dos itens ativos e ina- meio de comissão específica criada para esta
tivos. finalidade.

§ 1° As revisões e análises devem ser feitas em 6.6 RENOVAÇÃO DO ESTOQUE


períodos de no máximo 12 (doze) meses, devendo Art. 35° Os estoques de segurança e os prazos de
este período ser considerado para classificação ressuprimento de materiais devem levar em consi-
dos materiais como ativos ou inativos. deração o valor e a importância dos itens para a
§ 2° Consideram-se itens ativos aqueles requisita- PRF, de forma a evitar custos excessivos ou a rup-
dos regularmente pelas unidades no âmbito do tura do estoque.
Órgão, e que estejam dentro do período de valida- § 1° O acompanhamento dos níveis de estoque e
de. as decisões de quando e quanto comprar deverão
§ 3° Consideram-se itens inativos aqueles não re- ocorrer em função das seguintes variáveis:
quisitados regularmente pelas unidades no âmbito I. Consumo Médio Mensal (C): média aritmética
do Órgão, no período descrito no §1º e comprova- do consumo nos últimos 12 meses;
damente desnecessários para utilização, ou que se
II. Tempo de Ressuprimento (T): período decor-
encontrem com prazo de validade expirado.
rido entre a emissão do pedido de compra e
§ 4° Ultimados os procedimentos de revisão e aná- o recebimento do material no Almoxarifado;
lises, o almoxarife promoverá o levantamento dos
III. Intervalo de Ressuprimento (I): período com-
itens, realizando pesquisas junto às Unidades Ges-
preendido entre duas aquisições normais e
toras PRF, com a finalidade de certificar a desne-
sucessivas;
cessidade dos itens classificados como inativos.
IV. Estoque Mínimo ou de Segurança (Em): me-
Art. 34° Compõem ações de manutenção do esto-
nor quantidade de material a ser mantida em
que a serem adotadas pelo almoxarife:
estoque capaz de atender a um consumo
I. emitir os pedidos de compra dos materiais superior ao estimado para um certo período
rotineiramente adquiridos e estocáveis, exce- ou para atender a demanda normal em caso
tuando-se aqueles de características especí- de atraso de entrega da nova aquisição.
ficas de áreas demandantes;
V. Estoque Máximo (EM): maior quantidade de

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material admissível em estoque, suficiente ferência do SIAFI (799920101 / 799920102); e
para o consumo em certo período, devendo-
III. os saldos de material do SIPAC e inventário
se considerar a área de armazenagem, dis-
físico coincidem.
ponibilidade financeira, imobilização de re-
cursos, intervalo e tempo de aquisição, pere- Art. 37° A fim de garantir a conformidade dos regis-
cimento, obsoletismo etc. O Estoque Máximo tros de almoxarifado, comprovada por meio do
é a soma do Estoque Mínimo com o produto RMA, deverão ser observados os seguintes proce-
entre Consumo Médio Mensal e Intervalo de dimentos:
Ressuprimento; I. conferência semanal e correções necessárias
VI. Ponto de Pedido (PP): Nível de Estoque que, para compatibilização entre o RMA e os Sal-
ao ser atingido, determina imediata emissão dos da 115610100, relativos às entradas de
de um pedido de compra. Obtém-se soman- material em estoque e transferências a outras
do ao Estoque Mínimo o produto do Consu- UGs;
mo Médio Mensal pelo Tempo de Ressupri- II. conferência diária e baixa dos saldos das
mento; contas transitórias de transferência do SIAFI
VII. Quantidade a Ressuprir (QR): número de uni- (799920101 / 799920102);
dades a adquirir para recompor o Estoque. III. inventário físico trimensal de almoxarifado
Obtém-se multiplicando o Consumo Médio para conferência e compatibilização entre os
Mensal pelo Intervalo de Aquisição. saldos físico de estoque no SIPAC.
6.7 RELATÓRIO MENSAL DE ALMOXARIFADO Art. 38° No relatório do inventário físico de almoxari-
Art. 36° O Relatório Mensal de Almoxarifado – RMA fado deve constar a listagem de materiais conferi-
é o relatório que apresenta os saldos contábeis dos, a identificação do servidor responsável pelo
decorrentes das operações de estoque de almoxa- inventário, a indicação de eventuais divergências e
rifado ocorridas no intervalo de um mês. as providências adotadas para saná-las.

§ 1° Ao final de cada mês, após confirmação da Parágrafo único. Os relatórios de inventário de al-
consistência dos saldos, o RMA deve ser anexado moxarifados devem ser inserido em um processo
a um processo no SEI, para que seja encaminhado de acompanhamento de estoque no sistema SEI.
pela DICLOM à Setorial de Contabilidade do Minis- Art. 39° No último dia útil de cada mês deve ser re-
tério da Justiça e Segurança Pública a fim de com- gistrado no SIAFI, por meio da situação ETQ 001,
provar a consistência dos saldos de almoxarifado. as baixas nas contas de estoque, decorrentes de
§ 2° O encaminhamento de que trata o parágrafo distribuição de materiais por requisições internas
anterior deverá ocorrer mediante processo específi- da UG;
co, até o dia anterior à data do fechamento contá- Art. 40° No último dia útil de cada mês, deverá ser
bil para a UG, que consta na operação CON- conferida a consistência dos saldos de almoxarifa-
FECMES do SIAFI. do, conforme requisitos listados nos artigos 36 a
§ 3° Os saldos de almoxarifado são considerados 39, e adotadas as providências eventualmente ain-
consistentes quando: da necessárias para regularização.

I. os valores do Saldo Anterior, Movimentações Art. 41° Verificada a consistência do RMA, ainda no
de entrada e saída de estoque e Saldo Final último dia útil do mês, ele deverá ser emitido em
apresentados em cada conta (grupo de ma- formato PDF e anexado ao processo específico pa-
terial) do RMA se igualam aos valores apre- ra encaminhamento à Setorial de Contabilidade do
sentados nas respectivas contas de estoque Ministério da Justiça e Segurança Pública.
do SIAFI (115610100); Art. 42° Após a emissão final do RMA, devido à ne-
II. não há saldo nas contas transitórias de trans- cessidade de manter a consistência dos saldos,
apenas poderão ser realizadas novas operações no

MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL | 13


7. BENS PERMANENTES de usos controlado pela Exército Brasileiro,
conforme Regulamento de Fiscalização de
7.1 RENOVAÇÃO DO ESTOQUE Produtos Controlados:

Art. 43 Finalizados os procedimentos de aceitação a) avaliação favorável da respectiva área


e recebimento, o processo contendo o termo de técnica da regional quanto ao atendi-
recebimento definitivo e a nota fiscal, devidamente mento dos requisitos necessários para
atestada, deverá ser encaminhado ao Núcleo de pronta utilização dos bens, incluindo os
Patrimônio para incorporação do material. aspectos técnicos, operacionais, de
capacitação e legais;
§ 1° A área de patrimônio deverá verificar a corres-
pondência entre os documentos de recebimento e b) indicação dos resultados esperados
os materiais apresentados para incorporação. Ha- com a utilização dos bens, observando
vendo divergência, o processo de recebimento de- o Mapa Estratégico da PRF;
ve ser restituído ao responsável pela aceitação pa- c) manifestação fundamentada do Supe-
ra a devida regularização. rintendente Regional quanto aos aspec-
Art. 44 O recebimento de materiais em doação, tos de conveniência e oportunidade;
termo de ajustamento de conduta ou aplicação de d) aprovação da Coordenação Geral de
verba de aparelhamento depende da demonstra- Logistica e Logística, ouvidas as áreas
ção de seus alinhamentos às necessidades técni- técnicas do DPRF;
cas e operacionais da Polícia Rodoviária Federal,
III. quando de se tratar de veículos, atender ao
assim como à realidade orçamentária e financeira
definido em norma específica de gestão de
do Órgão, respeitados os critérios a seguir com
frota do Órgão.
manifestação formal no processo de recebimento:
Art. 45 A incorporação deve ocorrer mediante a ve-
I. quando se tratar de material de uso comum
rificação física dos bens, salvo em casos devida-
da Instituição, mobiliário em geral, eletrodo-
mente justificados e autorizados pelo Núcleo de
mésticos e eletroeletrônicos:
Patrimônio.
a) avaliação favorável da respectiva área
Art. 46 A incorporação do material deverá ocorrer
técnica da regional quanto ao atendi-
obrigatoriamente na Unidade Gestora em que foi
mento dos requisitos necessários para
realizado o empenho da despesa com a aquisição.
pronta utilização dos bens, incluindo os
aspectos técnicos, operacionais, de Art. 47 Caso o material a ser incorporado não cons-
capacitação e legais; te do catálogo de materiais do SIPAC, sua inclusão
deverá ser solicitada por meio do sistema SIPAC.
b) demonstração da necessidade de
aquisição do material, considerando a § 1° Cabe à unidade ou núcleo responsável pela
disponibilidade existente no acervo pa- realização do empenho a prévia consulta ao catálo-
trimonial da Regional e estoque de al- go de bens existente no SIPAC para a correta clas-
moxarifado; sificação de despesa.
c) atendimento aos requisitos mínimos § 2° O tombamento do material deve contemplar a
estabelecidos nas últimas licitações do especificação e o conjunto de descritores suficien-
Órgão para materiais de mesma natu- tes para identificação e individualização do materi-
reza; e al.
d) autorização do Superintendente Regio- § 3° A área patrimonial poderá solicitar apoio da
nal. área técnica, demandante ou com conhecimentos
necessários, para auxiliar na identificação dos bens
II. quando se tratar de materiais não comuns ao
a serem tombados e inventariados.
acerto patrimonial da instituição e materiais

14 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


Art. 48 As incorporações dos materiais adquiridos mentos referentes à incorporação, inserção dos
diretamente pela PRF devem ser iniciadas pelo ca- descritores, números de série e etiquetagem.
dastro da nota fiscal no SIPAC, momento em que
Art. 51 Imediatamente após o tombamento, o servi-
deverá ser indicado o empenho de origem da aqui-
dor deverá efetuar o registro da liquidação da des-
sição.
pesa no SIAFI, ou registro nas contas de material
Art. 49 As incorporações dos materiais adquiridos para o caso de entradas não orçamentárias, de for-
de forma indireta pela PRF, como doação, execu- ma a compatibilizar os saldos contábeis referentes
ção de termo de ajustamento de conduta ou apli- ao RMB.
cação de verba de aparelhamento, devem ser pro-
§ 1° Os registros no SIAFI deverão observar os valo-
cessadas no sistema SIPAC por meio da opção
res e contas conforme apresentado no relatório do
“Outros tipos de entrada” na funcionalidade Tom-
Extrato de Movimentação.
bamento.
§ 2° Após os registros indicados no caput, o pro-
§ 1° Caso o recebimento do bem ocorra em caráter
cesso deverá ser encaminhado ao setor competen-
precário, este não poderá ser incorporado ao acer-
te para análise das documentações e emissão de
vo patrimonial da PRF. Nesta situação, o cadastro
certidões fiscais, e posterior execução financeira
do bem no sistema SIPAC deverá ocorrer por meio
para as providências relativas ao pagamento da
da opção “Bem não incorporado”. Esta forma de
despesa.
cadastro permite realizar as operações de controle
e movimentação do bem. No entanto, seu valor Art. 52 Ao realizar a incorporação, os materiais são
não é acrescido às contas patrimoniais do Órgão. alocados no sistema na localidade de cadastro pa-
trimonial. A permanência dos bens nesta localidade
§ 2° Tratando-se de material importado, o cadastro
é apenas transitória, devendo ser realizada a movi-
da nota fiscal será substituído pelo cadastro do
mentação assim que possível para a localidade
Invoice, disponível na mesma aba do sistema SI-
correspondente à localização física dos bens ou à
PAC.
localidade da área demandante, conforme proces-
Art. 50 Após o cadastro dos bens no sistema SI- so de aquisição.
PAC, o Núcleo de Patrimônio deverá emitir as eti-
Art. 53 A estocagem de materiais permanentes no
quetas de identificação do número de tombamento
setor de patrimônio deve ser tratada como exce-
e fixá-las aos bens, exceto naqueles em que haja
ção. Após a incorporação, o setor de patrimônio
impossibilidade, ou cuja utilização não seja reco-
notificará o demandante da aquisição para adotar
mendável.
as providências necessárias para a retirada do ma-
§ 1° A fixação da etiqueta de tombamento deve ser terial do estoque e sua efetiva utilização.
feita em local de fácil visualização, preferencial-
Parágrafo único. Tão logo os materiais estejam in-
mente em região próxima à localização das etique-
corporados, a área demandante deverá informar o
tas de marca, modelo ou numeração de série do
planejamento para sua retirada do estoque e utiliza-
material.
ção.
§ 2° No momento da fixação da etiqueta de tomba-
Art. 54 Nenhum material deverá ser liberado pelo
mento deverá ser coletada a numeração de série Núcleo de Patrimônio antes de cumpridas as for-
do material para finalização do cadastro mediante malidades de recebimento, aceitação e registro
a inserção desta informação no sistema. competente em instrumento de controle.
§ 3° A numeração de série dos bens deve ser inse- 7.2 LOCALIDADES DE RESPONSABILIDADE PA-
rida apenas com caracteres alfanuméricos, isentos TRIMONIAL
de espaços vazios ou caracteres especiais como:
Art. 55 Todo material pertencente ao acervo patri-
&, / , - , @ e %.
monial da PRF deve estar vinculado a uma Locali-
§ 4° Os bens somente poderão ser disponibilizados dade.
para uso uma vez finalizados todos os procedi-

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§ 1° Para fins deste normativo, entende-se como III. Transferências Externas: cadastrada sob o
Localidade o espaço físico ou virtual definido pelo código TRANSF-UF, esta localidade se desti-
gestor da unidade como necessário para a organi- na ao recebimento de bens transferidos de
zação dos bens existentes na sua própria Unidade. outras Unidades Gestoras da PRF. Assim co-
mo a anterior, esta localidade não correspon-
§ 2° Cada Localidade deve estar vinculada a uma
de a um ambiente físico, de forma que os
Unidade Organizacional e corresponder à localiza-
bens devam permanecer nesta vinculação
ção física ou virtual de bens.
apenas pelo tempo necessário à transferên-
§ 3° As Unidades Organizacionais poderão ter cia para a localidade que corresponda à sua
quantas Localidades forem necessárias para asse- localização física;
gurar o adequado controle patrimonial, sendo a
IV. Materiais controlados: Localidade destinada à
criação de novas Localidades sujeita à conveniên-
guarda e controle de armamentos e demais
cia administrativa a ser avaliada pelo Núcleo de
materiais de uso controlado não acautelados,
Patrimônio Local.
tais como colete balístico, espargidor e muni-
§ 4° Toda Localidade ativa deve estar vinculada à ção, cadastrada sob o código CONTROLA-
responsabilidade de um servidor lotado na respec- DOS -UF;
tiva Unidade Organizacional à qual a Localidade
V. Materiais de uso individual: Localidade desti-
esteja vinculada.
nada à guarda e controle de materiais de uso
Art. 56 É dever do chefe da Unidade Organizacio- individual não classificados como materiais
nal manter atualizado os responsáveis pelas locali- controlados não acautelados, tais como lan-
dades vinculadas a sua unidade. ternas e algemas, cadastrada sob o código
§ 1° O chefe do setor, nas ausências do servidor INDIVIDUAIS -UF;
responsável, assumirá a carga patrimonial dos VI. Materiais acautelados: Localidade destinada
bens alocados na respectiva Localidade. ao controle de acautelamentos. Esta localida-
Art. 57 As Localidades que não possuírem carga de não corresponde a um ambiente físico,
ou movimentação patrimonial poderão ser desati- pois todos os materiais vinculados a ela de-
vadas no sistema, a critério do Núcleo de Patrimô- vem estar sob a guarda e a responsabilidade
nio local. individual dos servidores. Nesta localidade
devem estar todos os materiais acautelados
Art. 58 O Núcleo de Patrimônio, ou unidade equiva-
pelo Núcleo de Patrimônio e Material, contro-
lente de cada Regional PRF, deverá possuir as se-
lados ou não, Cadastrados sob o código
guintes Localidades:
ACAUTELADOS-UF;
I. Cadastro Patrimonial: localidade em que são
VII. Manutenção e aferição: Localidade para o
vinculados os bens logo após o tombamen-
controle de materiais de guarda do NUPAT
to, cadastrada sob o código CADPAT-UF.
que estejam destinados à manutenção e/ou
Essa localidade não corresponde a um ambi-
aferição, cadastrada sob o código MANU-
ente físico, de forma que os bens devam per-
TENÇÃO- UF
manecer nesta vinculação apenas pelo tem-
po necessário à transferência para a localida- VIII. Materiais inservíveis: Localidade destinada ao
de que corresponda à sua localização física controle e guarda de materiais inservíveis até
ou área demandante; a finalização do processo de desfazimento,
cadastrada sob o código INSERVÍVEIS- UF
II. Sala de Distribuição: corresponde ao esto-
que de bens disponíveis para distribuição, IX. Munições recolhidas para treinamento: Loca-
podendo ser materiais novos ou recolhidos lidade destinada ao controle de munições
para remanejamento, cadastrada sob o códi- antigas, recolhidas do efetivo quando da
go DISTRIBUIÇÃO-UF; substituição por novas munições

16 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


§ 1° São considerados materiais de uso controlado § 2° As restrições de que tratam o caput não se
aqueles assim indicados no Regulamento de Pro- aplicam à Unidade de origem do bem caso seja
dutos Controlados do Exército Brasileiro - R 105. anexada ao sistema, durante a operação de trans-
ferência, documentação que comprove a entrega
§ 2° São considerados materiais de uso individual
do bem ao destinatário.
aqueles que devem estar disponíveis ao servidor
independente de sua Unidade de Lotação. Art. 63 A negativa da autorização da área patrimoni-
al para a transferência do bem torna sem efeito os
§ 3° O NUPAT possui discricionariedade para cria-
ção de outras localidades a critério de sua necessi- procedimentos de envio e de recebimento.
dade, conforme determinam os artigos 55 a 58 § 1° A área patrimonial poderá negar a autorização
deste Manual. de transferência do bem sempre que a movimenta-
7.3 DISTRIBUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE MA- ção não se adequar ao planejamento e/ou critérios
TERIAIS de destinação de bens ou quando houver pendên-
cias de controle patrimonial nas Unidades de ori-
Art. 59 A distribuição de materiais, estará condicio-
gem ou destino.
nada às suas incorporações prévias.
§ 2° O motivo da negativa de autorização deverá
§ 1° Caso a destinação do material não esteja des-
ser descrito em campo próprio no momento do re-
crita no processo de contratação, a indicação da
gistro no sistema.
localidade deverá ser realizada pela área deman-
dante da aquisição. Art. 64 Cabe ao responsável pela carga patrimonial
dos bens registrados em determinada Localidade
Art. 60 Toda transferência de material deverá ser
acompanhar e controlar as respectivas movimenta-
realizada mediante verificação física e movimenta-
ções patrimoniais.
ção no sistema de controle patrimonial.
Art. 65 As transferências de bens para outras Uni-
§ 1° A transferência da carga patrimonial de um
dades Gestoras do Órgão deverão ser realizadas
bem será realizada por meio do Sistema SIPAC em
pela área patrimonial.
três etapas:
§ 1° As movimentações descritas no caput deste
I. envio;
artigo deverão ser realizadas para uma Localidade
II. recebimento; e de transferência na Regional PRF de destino, de
III. autorização pela área patrimonial. forma que toda saída ou entrada de material seja
controlada pelas respectivas áreas patrimoniais.
Art. 61 Os envios e recebimentos dos bens deve-
rão ser realizados pelos responsáveis das localida- § 2° As guias de movimentações de bens realiza-
des de origem e destino, respectivamente. das para Localidade de Transferência deverão indi-
car no campo de observação a destinação e finali-
Parágrafo único. O não recebimento do bem envia- dade dos bens.
do importa na manutenção da responsabilidade
patrimonial na Localidade de origem. Art. 66 As transferências de materiais entre Unida-
des Gestoras PRF estão condicionadas à autoriza-
Art. 62 A permanência de um bem transferido sem ção da Coordenação-Geral de Administração.
o devido recebimento implica registro de ocorrên-
cia patrimonial aos servidores responsáveis pelas § 1 O número SEI do documento de autorização de
localidades de origem e destino e restrições patri- que trata o caput deve ser informado no campo de
moniais às Unidades de origem e destino dos observações da transferência patrimonial, bem co-
bens. mo outras informações pertinentes à transferência.

§ 1° As restrições de que trata o caput podem ser o § 2 São dispensadas da autorização descrita no
bloqueio a requisições de almoxarifado, o impedi- caput deste artigo as transferências de bens de uso
mento ao recebimento de novos bens e o registro individual, que acompanham o servidor em caso de
de ocorrência patrimonial. remoção, e transferências de bens adquiridos para

MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL | 17


entrega em uma Regional distinta da Regional de rão vinculados à localidade “Materiais Acautelados”
empenho. no NUPAT da UG de lotação.
Art. 67 As transferências de materiais a outras Uni- § 2° Os bens de que tratam o caput restringem-se
dades Gestoras devem ser acompanhadas dos àqueles cuja a disponibilidade no acervo patrimoni-
registros de movimentação dos saldos brutos e al do Órgão seja suficiente para acautelamento in-
saldos depreciados dos bens, conforme tabela dividual a todo o efetivo ou àqueles indicados pela
constante do Anexo I. Coordenação-Geral de Administração, ouvidas as
áreas técnicas impactadas.
Art. 68 Todo material recebido de outra Unidade
Gestora deve ser apresentado pelo detentor ao § 3° A qualquer tempo, havendo a necessidade de
setor de patrimônio para a devida atualização da otimização da distribuição do material, especial-
carga patrimonial. mente em casos de redução do quantitativo dispo-
nível no acervo, ou necessidade de aprimoramento
7.4 ACAUTELAMENTO
do controle, a Divisão de Controle Logístico e Mobi-
Art. 69 O acautelamento é o procedimento pelo lização, mediante aprovação da Coordenação-
qual um bem é vinculado à responsabilidade nomi- Geral de Administração, poderá determinar a devo-
nal do servidor. lução dos materiais de uso individual de que trata o
§ 1° Os termos de acautelamento deverão ser re- caput.
novados, no mínimo, uma vez por ano, mediante Art. 72 Poderá ser conferido ao servidor um Termo
apresentação e conferência física dos bens pelo de Acautelamento para cada Localidade onde este
responsável da localidade a qual os bens estão possua materiais colocados sob sua responsabili-
vinculados. dade.
§ 2° Caso a Unidade de Exercício do servidor seja Art. 73 A cada alteração no acautelamento, median-
distante da Sede Administrativa da Regional PRF, à te renovação, inclusão ou exclusão de bens, o novo
critério do NUPAT, a apresentação descrita no pa- termo deverá ser assinado digitalmente pelo deten-
rágrafo anterior poderá ser realizada perante sua tor por meio de recebimento no Portal Administrati-
chefia imediata, que deverá reportar a conferência vo do SIPAC no prazo de 5 dias úteis contados da
ao Setor de Patrimônio da regional PRF. data de abertura ou alteração do Termo.
Art. 70 Os responsáveis de cada Localidade pode- 7.5 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE
rão acautelar os bens constantes do acervo sob
Art. 74 A alteração de lotação dos servidores estará
sua responsabilidade aos servidores que os utili-
condicionada à transferência de responsabilidade
zam, em especial os materiais portáteis.
dos equipamentos e materiais alocados nas áreas
§ 1° O acautelamento dos bens de que trata o ca- pelas quais respondam, o que se efetivará com a
put deste artigo não retira o bem da localidade em assinatura (autenticação digital) do Termo de Res-
que se encontra, mas apenas individualiza o res- ponsabilidade Patrimonial pelo servidor que rece-
ponsável pela sua utilização, guarda e conserva- berá a carga dos bens.
ção.
§ 1° Os equipamentos e materiais a serem transferi-
§ 2° O acautelamento descrito no caput deste arti- dos, depois de realizados os procedimentos de
go será desfeito quando assim deliberar o gestor conferência física/levantamento patrimonial dos
da Localidade ou quando o servidor/detentor dei- bens, ficarão sob a responsabilidade de servidor
xar a Unidade. lotado na Unidade Organizacional PRF onde estes
Art. 71 Os bens uso pessoal, tais como algema, estejam alocados, mediante indicação do Chefe da
colete e pistola, são de responsabilidade individual Unidade.
do servidor, e deverão acompanhá-lo em casos de § 2° Não havendo a indicação de novo responsável
alteração de sua Unidade de Lotação. pela localidade no prazo de 15 dias, a contar da
§ 1° Os bens de que trata o caput deste artigo fica- data do término da responsabilidade do anteces-

18 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


sor, a Chefia atual da Unidade poderá ser chama- ra PRF respectiva, conforme procedimentos do
da à responsabilidade por eventual dano ou extra- MPA nº 06/CGA.
vio de bens sob a carga patrimonial da localidade.
Art. 75 A alteração de lotação dos servidores PRF
§ 4° Diante da impossibilidade de atendimento da não implica em transferência automática dos bens
norma constante do parágrafo anterior, os equipa- e materiais que lhes estejam acautelados para a
mentos e materiais a serem transferidos serão co- nova Unidade de Lotação.
locados sob a responsabilidade da autoridade ime-
Art. 76 Tratando-se de alteração de lotação que
diatamente superior à área onde esses bens este-
implique em remoção para outra Unidade Gestora
jam alocados, e assim sucessivamente.
PRF, o servidor deverá, no prazo máximo de 10
§ 5° Caso alguns materiais não sejam localizados (dez) dias de sua entrada em exercício, apresentar
durante os procedimentos de conferência física/ ao novo Núcleo de Patrimônio e Material os materi-
levantamento patrimonial, o fato deverá ser levado ais de cautela individual para as atualizações e
ao conhecimento do Núcleo de Patrimônio e Mate- ajustes pertinentes, sob pena de responsabilização.
rial da respectiva Regional, que adotará os proce-
§ 1° O Núcleo de Patrimônio e Material da Unidade
dimentos necessários à apuração da responsabili-
Gestora PRF onde o servidor se encontra lotado
dade patrimonial.
indicará em documento específico, a relação de
§ 6° Os procedimentos de apuração descritos no bens e materiais, de cautela pessoal, que poderão
parágrafo anterior consistem na criação de uma permanecer sob responsabilidade do servidor.
Localidade de Apuração Patrimonial, que ficará
§ 2° Os materiais descritos no parágrafo anterior,
vinculada à Unidade Administrativa PRF onde os
de cautela individual, deverão ser apresentados à
materiais não localizados estavam alocados.
área de gestão patrimonial de origem, para confe-
§ 7° A Localidade de Apuração Patrimonial ficará rências e ajustes, antes da remoção do servidor,
sob a responsabilidade do servidor removido, e sob pena de abertura de Ocorrência Patrimonial e
deverá ser cadastrada com o nome “LOCALIDADE não emissão do NADA CONSTA de pendências
DE APURAÇÃO PATRIMONIAL - SERVIDOR patrimoniais.
xxxxxxxxxxxx”. Este procedimento permite que o
§ 3° Caso a Unidade de Exercício do servidor seja
novo responsável receba a carga patrimonial ape-
distante da Sede Administrativa da Regional PRF, a
nas dos bens que efetivamente conferiu.
apresentação descrita no caput deste artigo poderá
§ 8° Procedidos os registros pertinentes na Locali- ser realizada perante sua chefia imediata, que no
dade de Apuração Patrimonial, o servidor removido prazo máximo de 5 dias após a sua apresentação,
terá o prazo de 30 (trinta) dias, a contar do conhe- mediante lavratura de documento específico, indi-
cimento do registro da Localidade de Apuração, cará quais materiais o servidor apresentou. A área
para o saneamento das inconsistências pontua- patrimonial verificará a regularidade do material
das, apresentando ao Setor de Patrimônio os bens apresentado com os registros no sistema e adotará
e materiais eventualmente encontrados, ou docu- as medidas de apuração patrimonial quando ne-
mentação que comprove objetivamente sua desti- cessário.
nação.
§ 4° Os bens e materiais não apresentados, confor-
§ 9° Extrapolado o prazo previsto no parágrafo an- me descrito no parágrafo anterior, serão considera-
terior, a área do Núcleo de Patrimônio e Material dos como não localizados, oportunidade em que
(ou unidade equivalente) da Unidade Gestora res- serão adotados os procedimentos descritos nos
ponsável pela gerência dos bens e/ou materiais Parágrafos de 3 a 9 do Art. 74 deste normativo.
ainda não localizados procederá à instauração do
§ 5° O Núcleo de Patrimônio e Material das respec-
Termo Circunstanciado Administrativo ou, caso não
tivas Unidades Gestoras PRF, nas situações descri-
seja possível tal expediente, submeterá a matéria à
tas no § 3º, procederá às atualizações e ajustes
apreciação da área correcional da Unidade Gesto-
pertinentes, encaminhando o novo Termo de Acau-

MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL | 19


telamento ao servidor para, no prazo de 5 (cinco) o valor dos bens patrimoniais do acervo de
dias, realizar a conferência e a autenticação digital. cada Unidade Gestora existente em 31 de
dezembro de cada exercício, constituído do
Art. 77 Os gestores de cada unidade administrativa
inventário anterior e das variações patrimoni-
PRF deverão, no prazo máximo de 10 (dez) dias,
ais ocorridas durante o exercício;
contados da publicação de suas designações, dili-
genciar junto aos respectivos Núcleos de Patrimô- II. inicial: realizado quando da criação de uma
nio e Material, com vistas a identificar o servidor unidade gestora, para identificação e registro
atualmente encarregado pela guarda e conserva- dos bens sob sua responsabilidade;
ção dos bens e materiais das áreas que estejam
III. de transferência de responsabilidade: realiza-
sob sua responsabilidade, procedendo-se aos
do quando da mudança do dirigente de uma
ajustes necessários à transferência da responsabi-
unidade gestora;
lidade patrimonial.
IV. de extinção ou transformação: realizado
§ 1° Caso o servidor encarregado não esteja mais
quando da extinção ou transformação da uni-
lotado na unidade administrativa PRF sob consulta,
dade gestora;
seu atual gestor, no prazo máximo de 30 (trinta)
dias, assumirá a responsabilidade pela guarda e V. eventual: realizado em qualquer época, por
conservação destes bens e materiais, ou indicará iniciativa do dirigente da unidade gestora;
outro servidor para o encargo. VI. semestral: a ser realizado por todo servidor
§ 2° A transferência de responsabilidade estará responsável por localidade patrimonial para
condicionada à conferência física dos bens e mate- controle dos bens sob sua responsabilidade;
riais, por parte do servidor que receberá o encargo e
de sua guarda e conservação. Sempre que possí- VII. de bens de uso individual: realizado para
vel, este procedimento deverá ser acompanhado conferência dos bens de cautela individual.
pelos dois servidores interessados.
Art. 79 Todo servidor PRF deve, no mínimo, 01
§ 3° Caso algum material não seja localizado du- (uma) vez por ano, apresentar à área de gestão pa-
rante os procedimentos de conferência física/ trimonial da respectiva Regional de Lotação, para
levantamento patrimonial, o fato deverá ser levado conferência e eventuais ajustes, os materiais de
ao conhecimento dos Núcleos de Patrimônio e Ma- uso pessoal que lhes foram acautelados.
terial das respectivas Unidades Gestoras PRF, que
§ 1° A apresentação descrita no caput deste artigo
adotarão os procedimentos descritos nos parágra-
deve ser feita, preferencialmente, no primeiro tri-
fos 4º, 5º e 6º do artigo 5º desta Instrução Normati-
mestre de cada ano.
va.
§ 2° Caso a Unidade de Exercício do servidor seja
§ 4° Os Termos de Responsabilidade, que conte-
distante da Sede Administrativa da Regional PRF, a
rão a relação dos bens alocados em cada unidade
apresentação descrita no parágrafo anterior poderá
administrativa PRF, deverão ser assinados digital-
ser realizada perante sua chefia imediata, que de-
mente pelos respectivos gestores, imediatamente
verá reportar a conferência ao Setor de Patrimônio
depois de procedidas as conferências respectivas.
da regional PRF.
§ 5° O procedimento previsto no caput deve ser
Art. 80 Todo servidor responsável pela carga patri-
realizado sempre que um servidor for designado a
monial de uma ou mais Unidades Administrativas
assumir a chefia de uma Unidade Organizacional.
deve realizar, no mínimo, 01 (uma) conferência se-
7.6 INVENTÁRIO PATRIMONIAL mestral dos bens e materiais alocados nestas
Art. 78 Os tipos de Inventários Físicos adotados áreas.
pela PRF são: § 1° Caso sejam identificadas não-conformidades
I. anual: destinado a comprovar a quantidade e de registro ou controle patrimonial, ou ausência de

20 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


etiqueta de identificação de algum bem ou material cia patrimonial e comunicação à área correcional.
durante os procedimentos descritos no caput des-
Art. 83 Nas Unidades Gestoras em que o acervo
te artigo, o gestor da unidade administrativa em
patrimonial for superior a 3.000 (três mil) bens, o
processo de conferência adotará as providências
inventário anual realizado poderá ser por amostra-
necessárias aos ajustes respectivos.
gem.
§ 2° Ultimados os trabalhos de conferência e ajus-
§ 1° A amostragem não poderá ser menor que 10%
tes, será encaminhado expediente próprio ao Nú-
dos bens de cada localidade, devendo priorizar os
cleo de Patrimônio e Material da respectiva Unida-
bens de maior mobilidade e portabilidade.
de Gestora PRF, relatando a adequação da carga
patrimonial do setor, assim como as divergências Art. 84 O inventário anual deverá ser realizado pela
ainda existentes. totalidade dos bens na Localidade Patrimonial nos
seguintes casos:
§ 3° Este inventário deverá ser realizado por meio
da operação de levantamento patrimonial do siste- I. O último inventário semestral da localidade
ma SIPAC. não foi realizado ou apresentou inconsistên-
cias que ainda não foram sanadas;
§ 4° O inventário semestral deverá contemplar a
informação relativa ao estado físico dos bens. II. O responsável da localidade possui registro
de ocorrência patrimonial em aberto; e
Art. 81 Constatada a não realização do inventário
conforme o artigo 86, deverá ser registrada ocor- III. Forem constatadas divergências na conferên-
rência patrimonial em nome do servidor responsá- cia por amostragem.
vel pela localidade. Art. 85 A ausência da apresentação de algum bem
§ 1° Após o registro da ocorrência de que trata o durante o procedimento de inventário deve implicar
caput, o servidor deverá ser notificado, estipulando no registro de ocorrência patrimonial em nome do
-se o prazo de 30 (trinta) dias para realização do servidor responsável pela localidade ou em nome
inventário. do servidor para o qual o material está acautelado.

Art. 82 A cada exercício, os Superintendentes Regi- § 1° Após o registro da ocorrência de que trata o
onais, o Coordenador da ANPRF e o Coordenador- caput, o servidor deverá ser notificado, estipulando-
Geral de Administração deverão designar comis- se o prazo de 15 (quinze) dias para apresentação
são para realização de inventário anual no âmbito dos bens faltantes.
de sua respectiva Unidade Gestora, sendo neces- § 2° Findado o prazo estipulado no parágrafo ante-
sária a participação de ao menos um membro do rior, restando bem não apresentado, este deverá
NUPAT. ser movimentado para localidade de apuração,
§ 2° Após designada, a comissão de que trata o conforme § 7º do Art. 74, e deverão ser adotados
caput deverá elaborar cronograma de inventário os procedimentos previstos no MPA 06/CGA.
físico e comunicar aos responsáveis por cada setor Art. 86 Finalizado o inventário da localidade, deverá
o período previsto de realização de inventário em ser gerado novo termo de responsabilidade patri-
suas respectivas localidades. monial para assinatura eletrônica do responsável
§ 3° Os responsáveis por localidades patrimoniais pela localidade.
deverão acompanhar a comissão de inventário § 1° Após ser comunicado sobre o novo termo de
anual, apresentando à comissão inventariante os responsabilidade, a assinatura pelo servidor res-
bens que forem demandados para conferência. ponsável pela localidade deverá ser realizada no
§ 4° A ausência de acompanhamento à comissão prazo de 05 (cinco) dias úteis.
inventariante, que implique em obstrução ao anda- § 2° Vencido o prazo estipulado no parágrafo anteri-
mento do inventário e prejuízo ao controle patrimo- or sem que haja a assinatura do termo, será regis-
nial da Unidade, implicará em registro de ocorrên- trada ocorrência patrimonial em nome do servidor

MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL | 21


responsável pela localidade e estipulado novo pra- § 3° Os saldos das contas patrimoniais são consi-
zo de 05 (cinco) dias úteis para assinatura. derados consistentes quando:
Art. 87 Ao final do inventário anual, a respectiva I. os valores do saldo anterior, movimentações
comissão deverá elaborar relatório final relacionan- de entrada e saída de bens e saldo final apre-
do: sentados em cada conta (grupo de material)
do RMB se igualam aos valores apresentados
I. quantidade de bens sob responsabilidade de
nas respectivas contas do SIAFI
cada localidade;
(12311XXXX);
II. relação de bens informados com estado in-
II. não há saldo nas contas transitórias de trans-
servível;
ferência do SIAFI (799920201 / 799920202);
III. relação de bens conferidos fisicamente na
III. os saldos de depreciação acumulada apre-
amostragem;
sentados no RMB se igualam aos respectivos
IV. relação de localidade em que a conferência saldos do SIAFI;
física abrangeu todos os bens;
IV. os saldos de amortização acumulada apre-
V. relação de bens não localizados; sentados no RMB se igualam aos respectivos
VI. relação de ocorrências patrimoniais não sa- saldos do SIAFI; e
nadas; V. não há saldo na conta de variação patrimoni-
VII. relação de processos instaurados na forma al aumentativa - VPA a regularizar do SIAFI.
do MPA 06/CGA; e Art. 90 A fim de assegurar a consistência das movi-
VIII. relação das ocorrências comunicadas à área mentações patrimoniais do período, a cada fecha-
correcional. mento de mês não poderá haver bens alocados
nas localidades de “cadastro patrimonial” e
Art. 88 Os inventários iniciais, de extinção ou trans-
“transferências externas”.
formação, e de transferência de responsabilidade
não poderão ser realizados por amostragem, de- Art. 91 Com vistas a possibilitar o adequado regis-
vendo contemplar a conferência dos bens pela to- tro das movimentações patrimoniais e consequente
talidade, bem como a indicação do novo responsá- consistência dos saldos de RMB, ao longo do mês
vel pela sua guarda e conservação. deverá ser realizado:
7.7 RELATÓRIO MENSAL DE BENS I. Conferência semanal e correções necessá-
Art. 89 O Relatório Mensal de Bens – RMB é o rela- rias para compatibilização entre o RMB e os
tório que apresenta os saldos contábeis decorren- saldos das contas patrimoniais do SIAFI
tes das operações de movimentação patrimonial (799920201 / 799920202), saldos de entradas
ocorridas no intervalo de um mês. de incorporação (12311XXXX), baixa e trans-
ferências de materiais a outras UGs; e
§ 1° Ao final de cada mês, o RMB deverá ser dispo-
nibilizado à Setorial de Contabilidade do Ministério II. Conferência diária e baixa dos saldos das
da Justiça a fim de comprovar a consistência dos contas transitórias de transferência do SIAFI
saldos das contas patrimoniais. (799920201 / 799920202).

§ 2° Após confirmação da consistência dos saldos, Art. 92 Os valores de depreciação, amortização e


o RMB deverá, até o dia anterior à data de fecha- reavaliação apresentados no RMB da Unidade
mento contábil para a UG informada (operação Gestora para o respectivo mês deverão ser registra-
CONFECMES do SIAFI), ser anexado em processo dos no SIAFI preferencialmente no último dia útil de
específico, que inclui os relatórios de todas as UGs cada mês, exceto os referentes ao mês de dezem-
da PRF. Na data de fechamento contábil este pro- bro, que deverão obrigatoriamente ser lançados até
cesso será disponibilizado à área de contabilidade o último dia útil do ano.
do MJC.

22 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


Art. 93 Após a emissão final do RMB, devido à ne- tado;
cessidade de manter a consistência dos saldos,
II. recuperável - bem móvel que não se encontra
apenas poderão ser realizadas novas operações
em condições de uso e cujo custo da recupe-
de incorporação, baixa ou transferência de bens
ração seja de até 50% (cinquenta por cento)
entre UGs a partir do dia 1º do mês seguinte.
do seu valor de mercado ou cuja análise de
7.8 DESFAZIMENTO custo e benefício demonstre ser justificável a
Art. 94 Os materiais pertencentes ao acervo patri- sua recuperação;
monial da Polícia Rodoviária Federal poderão ser III. antieconômico - bem móvel cuja manutenção
levados a desfazimento mediante leilão, doação, seja onerosa ou cujo rendimento seja precá-
permuta e, na impossibilidade dos meios anterio- rio, em virtude de uso prolongado, desgaste
res, por abandono, observadas as disposições na prematuro ou obsoletismo; ou
legislação vigente.
IV. irrecuperável - bem móvel que não pode ser
§ 1° A decisão acerca do procedimento a ser ado- utilizado para o fim a que se destina devido à
tado é de competência da Autoridade Máxima da perda de suas características ou em razão de
Unidade Gestora PRF interessada. ser o seu custo de recuperação mais de cin-
§ 2° A autoridade descrita no parágrafo anterior, quenta por cento do seu valor de mercado ou
com vistas à adoção do procedimento mais acerta- de a análise do seu custo e benefício de-
do, poderá submeter a matéria à apreciação das monstrar ser injustificável a sua recuperação.
respectivas áreas técnicas. § 2º A comissão tratada no caput deste artigo será
§ 3° As demandas a serem encaminhadas para composta por, no mínimo, três servidores integran-
deliberação, devem estar acompanhadas de docu- tes do quadro de pessoal da Polícia Rodoviária Fe-
mentos e fundamentações suficientemente capa- deral e instituída pela autoridade máxima da área
zes de demonstrar as características e condições administrativa e financeira do DPRF/MJ, no âmbito
econômicas, técnicas e operacionais dos veículos do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, e
e outros materiais a serem alienados. pelos dirigentes regionais, no âmbito das Unidades
Desconcentradas PRF.
§ 4° Para os procedimentos de alienação, cessão e
transferência, de bens inservíveis, no âmbito da § 3º Compete às Unidades Regionais PRF, respei-
Administração Pública federal direta, autárquica e tar o fluxograma anual de leilões constante de ato
fundacional, deverá ser priorizada a utilização da Normativo oriundo da Direção Geral do DPRF/MJ,
ferramenta informatizada Reuse.Gov, nos termos bem como cumprir as diretrizes estabelecidas pela
da Instrução Normativa nº 11/2018, do Ministério autoridade máxima da Área Administrativa e Finan-
do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e ceira do DPRF/MJ.
suas alterações. § 4º Somente poderão ser levados a leilão os veícu-
Art. 95 As avaliações, classificações, formação de los oficiais e outros materiais tidos como inservíveis
lotes, assim como os demais procedimentos que e classificados como antieconômicos ou irrecupe-
integram o processo de alienação de veículos e ráveis.
materiais, serão efetuados por comissão especial, § 5º Os materiais de consumo que também forem
denominada “Comissão Local para Desfazimento considerados inservíveis, poderão constar dos au-
de Bens”. tos do processo de desfazimento para a destinação
§ 1º A classificação de que trata o caput deverá que melhor couber.
enquadrar os materiais inservíveis dentre as se- Art. 96 O leilão poderá ser cometido a leiloeiro ofici-
guintes categorias: al, leilão comum, ou a servidor designado pela Ad-
I. ocioso - bem móvel que se encontra em per- ministração, leilão administrativo, a critério da Uni-
feitas condições de uso, mas não é aprovei- dade Jurisdicionada PRF promotora do procedi-
mento licitatório, procedendo-se na forma da legis-

MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL | 23


lação vigente. monial da PRF se mostrar econômica, técnica e/ou
operacionalmente inviável.
§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente ava-
liado pela Administração para fixação do preço mí- § 3º O registro e controle patrimonial das doações
nimo de arrematação. Decorridos mais de 90 processadas são de competência da área patrimo-
(noventa) dias da avaliação, o material deve ter o nial da UG/PRF interessada.
seu valor automaticamente atualizado.
§ 4º Os bens a serem doados deverão ser desca-
§ 2º O procedimento do Leilão, para fins deste Ma- racterizados de qualquer elemento que o identifique
nual, consiste em desmobilização, avaliação, de- como material da PRF.
signação e formulação do edital, venda, homologa-
§ 5º O processo de doação deverá conter as justifi-
ção e entrega do bem.
cativas e critérios que levaram à escolha do donatá-
§ 3º Tratando-se de Leilão Comum, todos os cus- rio.
tos pertinentes à realização do certame ficarão a
Art. 99 A permuta será realizada mediante autoriza-
cargo do leiloeiro oficial contratado, sem ônus para
ção da Autoridade Máxima da Unidade Gestora
a Administração.
PRF interessada, e dependerá dos seguintes requi-
Art. 97 O desfazimento de veículo oficial PRF está sitos:
condicionado à sua descaracterização prévia, eli-
I. comprovação de interesse público;
minando-se qualquer elemento que possa identifi-
cá-lo como viatura PRF. II. estudo e comprovação da viabilidade econô-
mica do procedimento a ser realizado;
§ 1º Tratando-se de leilão atribuído a leiloeiro ofici-
al, a descaracterização ficará a cargo do contrata- III. paridade entre os valores atribuídos aos lotes
do, que submeterá o resultado dos trabalhos à envolvidos; e
aprovação da área responsável pela gestão de fro- IV. comprovação da necessidade e do planeja-
ta da respectiva Unidade Gestora PRF. mento da utilização dos bens a serem recep-
§ 2º Tratando-se de leilão cometido a leiloeiro ad- cionados.
ministrativo ou de doação, a descaracterização Parágrafo único. No interesse público, devidamente
ficará a cargo dos Gestores de Frota Nacional e justificado pela autoridade competente, o material
Regional, naquilo que couber. disponível a ser permutado com particulares pode-
Art. 98 A doação, presentes razões de interesse rá entrar como parte do pagamento de outro a ser
social, poderá ser efetuada pelas UG's PRF, após a adquirido, condição que deverá constar do edital
avaliação de sua oportunidade e conveniência, re- de licitação ou do convite.
lativamente à escolha de outra forma de alienação, Art. 100 Verificada a impossibilidade ou a inconve-
observados os termos do Decreto n º 9.373/2018, niência da alienação de material classificado como
e suas alterações, quando se tratar de material irrecuperável, a autoridade competente determinará
classificado como ocioso ou recuperável, antieco- sua descarga patrimonial e sua inutilização ou
nômico ou irrecuperável. abandono, após a retirada das partes economica-
§ 1º A doação a ser realizada não poderá compro- mente aproveitáveis, porventura existentes, que se-
meter o status da UG/PRF interessada frente aos rão incorporados ao patrimônio.
critérios de alocação estabelecidos em ato norma- § 1º A inutilização consiste na destruição total ou
tivo da Direção-Geral do Departamento de Polícia parcial de material que ofereça risco de uso fraudu-
Rodoviária Federal. lento, ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo
§ 2º A restrição descrita no parágrafo anterior po- ecológico ou inconvenientes, de qualquer natureza,
derá ser relativizada pela Direção Geral do Depar- para a Administração Pública Federal.
tamento de Polícia Rodoviária Federal, quando a § 2º A inutilização, sempre que necessário, será
manutenção do veículo ou material no acervo patri- feita mediante audiência dos setores especializa-

24 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


dos, de forma a ter sua eficácia assegurada. valor líquido dos bens alienados de suas res-
pectivas contas para a conta de bens móveis
§ 3º Os símbolos nacionais, armas, munições e
a alienar; e
materiais pirotécnicos serão inutilizados em confor-
midade com a legislação específica. III. registro da alienação.
§ 4º A impossibilidade ou inconveniência de que Parágrafo único. caso a alienação decorra de leilão
trata o caput poderão decorrer da expectativa de administrativo, deverão ser registrados ainda:
arrematação dos lotes em montante inferior aos
I. baixa da variação patrimonial aumentativa
custos previstos para realização do leilão, ausência
correspondente aos valores arrecadados; e
de donatários interessados e caracterização de
custos ou prejuízos diversos em função da armaze- II. ganho ou perda da alienação, corresponden-
nagem dos materiais inservíveis. te à diferença entre os valores arrecadados e
os valores líquidos dos bens.
Art. 101 São motivos para a inutilização de materi-
al, dentre outros:
I. a sua contaminação por agentes patológi-
cos, sem possibilidade de recuperação por
assepsia;
II. a sua infestação por insetos nocivos, com
risco para outro material;
III. a sua natureza tóxica ou venenosa;
IV. a sua contaminação por radioatividade; e
V. o perigo irremovível de sua utilização fraudu-
lenta por terceiros.
Art. 102 A inutilização e o abandono de material
serão documentados mediante Termos de Inutiliza-
ção ou de Justificativa de Abandono, os quais inte-
grarão o respectivo processo de desfazimento.
Art. 103 A inutilização e o abandono de material
deverão ocorrer de acordo com princípios de nor-
mas de gestão ambiental priorizando, sempre que
possível, a destinação do material para reaprovei-
tamento e/ou reciclagem.
Art. 104 Os registros de alienação de bens nos sis-
temas SIPAC e SIAFI devem ser efetuados sempre
nas Unidades Gestoras em que for realizado o
desfazimento, para tanto, os bens devem estar
previamente sob sua carga patrimonial.
Art. 105 Após o registro da alienação dos bens no
SIPAC, os registros no SIAFI deverão obedecer às
seguintes etapas:
I. apuração do valor líquido dos bens pela bai-
xa da depreciação;
II. movimentação do valor correspondente ao

MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL | 25


8. MATERIAIS PERMANENTES c. sala de material indisponível.

DE USO CONTROLADO Art. 109 A distribuição e acautelamento de arma-


mento devem seguir aos critérios de alocação des-
8.1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES critos em normativo específico.

Art. 106 São considerados produtos controlados § 1º Os armamentos destinados a grupos específi-
aqueles constantes do Anexo I do Regulamento cos, garantidas as condições de segurança, pode-
para a Fiscalização de Produtos Controlados (R- rão ficar na carga patrimonial do respectivo setor,
105), aprovado por meio do Decreto nº 3.665/2000. que se responsabilizará pela realização e controle
dos acautelamentos no sistema SIPAC.
Art. 107 A descrição do armamento no sistema de
controle patrimonial deve contemplar a totalidade § 2º As delegacias poderão manter reserva de con-
dos acessórios que o acompanham, como: núme- tingência de até 5% (cinco por cento) do armamen-
ro de carregadores, maleta de transporte, kit de to destinado ao seu efetivo.
manutenção, entre outros. Art. 110 O armamento e o colete de proteção balís-
Art. 108 As Unidades Regionais deverão estruturar tica de uso pessoal são de acautelamento obrigató-
os locais de guarda de materiais de uso controlado rio a todo Policial Rodoviário Federal, ressalvados
visando níveis mais elevados de segurança. os casos de impedimentos previstos em norma es-
pecífica.
§ 1º O acesso aos locais de guarda de materiais
de uso controlado deve se restringir aos servidores § 1º A disposição de que trata o caput poderá, em
responsáveis pela respectiva carga patrimonial e casos excepcionais, ser temporariamente suspensa
servidores do Núcleo de Patrimônio e Material, ou pela Administração, visando a otimização da utiliza-
unidade equivalente. ção dos bens e garantia da disponibilidade aos po-
liciais quando em serviço.
§ 2º O acesso de outras pessoas aos locais de
guarda de materiais de uso controlado poderá § 2º Os Policiais Rodoviários Federais apenas po-
ocorrer apenas em casos justificados e acompa- derão solicitar o acautelamento de armamento para
nhado por algum dos servidores indicados no pa- o qual esteja habilitado.
rágrafo anterior, situação que deverá ser registra- § 3º Todo Policial Rodoviário Federal é responsável
da, contemplando ao menos as seguintes informa- pela guarda, preservação, limpeza e lubrificação
ções: nome, matrícula ou CPF, data e hora de en- dos armamentos sob sua cautela.
trada e saída, motivo do acesso, nome do servidor
que o acompanhou. § 4º Caso seja notada qualquer irregularidade no
funcionamento do armamento, o servidor deverá
§ 3º As instalações físicas de guarda de materiais relatar o fato ao setor de patrimônio por meio de
controlados deverão ser periodicamente avaliadas chamado patrimonial no sistema SIPAC e, caso ne-
pela área de segurança orgânica que, caso verifi- cessário, solicitar a substituição do equipamento.
que alguma fragilidade, deverá propor medidas de
aprimoramento das instalações e procedimento de § 5º As movimentações de equipamentos da sala
controle de acesso. de materiais de uso controlado, além do respectivo
lançamento no sistema de controle patrimonial, po-
§ 4º A estrutura do sistema de controle patrimonial, derão ser registradas adicionalmente em controle
em relação ao armamento, deve contar com, no secundário.
mínimo, as seguintes localidades vinculadas ao
Núcleo de Patrimônio e Material, ou unidade equi- Art. 111 Todo armamento pertencente à Polícia Ro-
valente: doviária Federal deverá ser acompanhado do res-
pectivo Certificado de Registro no Sistema Nacional
a. sala de materiais com detentor; de Armas - SINARM, cabendo ao detentor a guarda
b. sala de materiais sem detentor; e preservação do documento.

26 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


Parágrafo único. Cabe aos Núcleos de Patrimônio I. portaria de designação da comissão de des-
das Regionais, ou unidade equivalente, diligenciar fazimento;
junto à Polícia Federal para a obtenção dos certifi-
II. ata de avaliação, indicando individualmente a
cados de registro do SINARM para o armamento
classificação do material, conforme Título VIII
sob carga patrimonial da respectiva Superinten-
deste MPA;
dência PRF.
III. levantamento fotográfico individualizado dos
Art. 112 A manutenção a partir do segundo escalão
equipamentos;
ou devido a defeito de funcionamento em arma-
mento pertencente à Polícia Rodoviária Federal so- IV. justificativa da forma de destinação;
mente poderá ser realizada por pessoa ou empre- V. aprovação da autoridade máxima administra-
sa devidamente habilitada ou credenciada para o tiva da respectiva Superintendência;
modelo específico de armamento.
VI. termos de Inutilização ou Termo de Doação,
Parágrafo único. O armamento com defeito ou en- conforme o caso;
viado para manutenção deverá ter seu status alte-
VII. autorização concedida pelo Departamento de
rado no SIPAC para “em manutenção”, ou “ irrecu-
Fiscalização de Produtos Controlados do
perável”, conforme o caso.
Exército Brasileiro a favor do donatário para o
Art. 113 Os coletes à prova de balas com prazo de recebimento do material, nos casos de doa-
validade expirado não poderão ser utilizados, de- ção;
vendo ser destruídos conforme legislação em vi-
VIII. ofício à Polícia Federal para atualização do
gor.
registro no Sistema Nacional de Armas, quan-
Art. 114 A destruição do colete à prova de balas do for o caso; e
poderá ser feita por picotamento ou, no caso do
IX. registros do desfazimento nos sistema SIPAC
colete ser fabricado apenas em aramida, por inci-
e SIAFI.
neração.
Parágrafo único. A presença dos documentos aci-
Art. 115 No caso de um colete à prova de balas ser
ma listados não afasta a necessidade de atendi-
alvejado por um disparo, o mesmo não poderá ser
mento às demais exigências constantes do Título VI
reutilizado, devendo ser recolhido e encaminhado
deste MPA, do Decreto 9.373/2018 e do R-105 do
para destruição.
EB.
Art. 116 São motivos para desfazimento do arma-
8.2 CONTROLE DE MUNIÇÕES
mento:
Art. 118 - As munições operacionais entregues aos
I. custo de manutenção orçar mais que 50% do
servidores PRF deverão ser tombadas e acautela-
valor atual do bem;
das.
II. apresentar trincas ou deformações no cano
§ 1º Para viabilizar o acautelamento, as munições
e/ou no chassi;
deverão ser cadastradas no sistema de patrimônio,
III. apresentar elevado grau de oxidação; na forma de “bens não incorporados”, com quanti-
tativo correspondente a uma caixa (52 unidades)
IV. possuir parte significativa de seus compo-
por número de tombamento. Na descrição do ma-
nentes danificados;
terial deve constar as especificações e a quantida-
V. apresentar calibre ou modelo obsoletos ou de.
não definidos em critério; e
§ 2º A distribuição de munição para armas longas
VI. apresentar níveis elevados de panes mesmo deverá ser realizada de maneira proporcional ao
depois de submetidos à manutenção. quantitativo de armas e mediante transferência da
Art. 117 Os processos de desfazimento de materi- carga patrimonial para as mesmas localidades em
ais de uso controlado deverão conter: que estiverem alocadas as respectivas armas.

MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL | 27


§ 3º No cadastro das munições no sistema de al- mente no estoque de almoxarifado conforme ca-
moxarifado deve constar a numeração do lote. dastro específico do catálogo de materiais, onde
conste "Munição Recolhida para Treinamento" e
Art. 119 - As munições armazenadas em estoque,
respectivo calibre.
para reposição, devem permanecer sem tomba-
mento. § 2º A unidade de medida deverá passar de caixa
para unidade;
Art. 120 Toda utilização de munição patrimoniada
deverá ser registrada no sistema de Parte Diária § 3º O valor de cadastrado deverá ser estipulado
Informatizada - PDI . em 50% do valor de aquisição.
§ 1º - A reposição das munições utilizadas deverá
ocorrer mediante apresentação do respectivo re-
gistro na PDI.
§ 2º A reposição das munições deverá ocorrer
sempre que restarem menos munição que a capa-
cidade dos carregadores da arma acautelada ao
servidor.
§ 3º A reposição deve ocorrer na Unidade Operaci-
onal, na Sede da Delegacia ou no Núcleo de Patri-
mônio da Regional.
§ 4º As Delegacias devem gerenciar o estoque das
munições requisitadas para a reposição ao seu
efetivo e controlar o registro da sua utilização. Este
estoque será reposto pelo setor de patrimônio me-
diante a apresentação dos respectivos registros de
utilização constantes da PDI.
§ 5º A disponibilização das munições para compor
os estoques das Delegacias ou demais Unidades
requisitantes deverá ocorrer, exclusivamente, medi-
ante requisição de almoxarifado.
Art. 121 - Durante o inventário ou substituição do
material, as munições acauteladas serão verifica-
das em relação à quantidade de tipo.
Parágrafo Único. Havendo desfalque em relação à
quantidade de munição entregues ou divergência
do tipo de munição, serão observados os procedi-
mentos previstos no MPA 006/CGA, que trata do
Termo Circunstanciado Administrativo.
Art. 122 - No período de substituição do material,
momento em que deve ocorrer a devolução das
munições acauteladas e recebimento das novas
munições tombadas pelo servidor detentor, as anti-
gas deverão ser recolhidas.
§ 1º As munições recolhidas terão o número de
tombamento anulado e serão registradas nova-

28 | MPA-029 GESTÃO PATRIMONIAL DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL


9. DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 129 Este Manual entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 123 É dever do servidor comunicar imediata-
mente, a quem de direito, qualquer irregularidade
ocorrida com o material entregue aos seus cuida-
dos.
Art. 124 É obrigação de todos a quem tenha sido
confiado material para a guarda ou uso, zelar pela
sua boa conservação e diligenciar no sentido da
recuperação daquele que se avariar.
Art. 125 Todo servidor público poderá ser chamado
à responsabilidade pelo desaparecimento do ma-
terial que lhe for confiado, para guarda ou uso,
bem como pelo dano que, dolosa ou culposamen-
te, causar a qualquer material, esteja ou não sob
sua guarda.
Parágrafo único. A qualquer tempo, o Núcleo de
Patrimônio e Material poderá solicitar ao servidor
responsável a apresentação de bens pertencentes
ao acervo patrimonial do Órgão.
Art. 126 O não atendimento às disposições deste
manual pode implicar em registro de ocorrência
patrimonial, o que configura não conformidade do
servidor envolvido junto à área patrimonial.
§ 1º O registro de ocorrências patrimoniais não sa-
nadas implica em pendência na emissão dos certi-
ficados de nada consta do respectivo servidor.
§ 2º Após notificações, a ausência de saneamento
das ocorrências patrimoniais poderá implicar em
comunicação à área correcional para apuração de
conduta de omissão.
§ 3º A comunicação à área correcional não afasta
a possibilidade de apuração de reparação de da-
nos ao Erário na forma do MPA 006 - CGA.
Art. 127 Os NUPATs poderão, mediante ato do Su-
perintendente Regional, regular os horários de
atendimento ao público interno, de forma a viabili-
zar a execução das atividades inerentes ao setor.
Parágrafo único. Os horários de atendimento de
que trata do caput não poderão ser inferiores a 20
horas semanais.
Art. 128 Revogam-se as Instruções Normativas nº
62/2015/DG e nº 63/2015/DG.

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