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Brasília/DF
Março/2019
Segurança com cidadania.
SUMÁRIO
1. PRINCÍPIOS E DEFINÇÕES 03
2. ESTÁGIOS DA DESPESA 04
4. RECEBIMENTO DO MATERIAL 07
5. ACEITAÇÃO DO MATERIAL 08
6. MATERIAIS DE CONSUMO 09
6.2 ARMAZENAGEM 09
7. BENS PERMANENTES 14
7.1 INCORPORAÇÃO 14
7.2 LOCALIDADES DE RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 15
7.4 ACAUTELAMENTO 18
9. DISPOSIÇÕES GERAIS 29
1. PRINCÍPIOS E DEFINÇÕES sável pelo patrimônio ali alocado.
XII. material: designação genérica de equipamen-
Art. 1° Este Manual de Procedimento Administrativo tos, componentes, sobressalentes, acessó-
estabelece as diretrizes básicas relacionadas à rios, veículos em geral, matérias-primas e ou-
Gestão e controle dos bens integrantes do acervo tros itens empregados ou passíveis de em-
patrimonial da Polícia Rodoviária Federal/MJC. prego nas atividades das organizações públi-
cas federais, bem como aquele oriundo de
Art. 2° Para fins deste manual, considerar-se-á:
demolição ou desmontagem, aparas, acondi-
I. almoxarife: servidor responsável pela execu- cionamentos, embalagens e resíduos econo-
ção das atividades de almoxarifado; micamente aproveitáveis;
II. bem acautelado: bem vinculado à cautela de XIII. SIPAC: Sistema Integrado de Patrimônio, Ad-
um Detentor; ministração e Contratos;
III. bem alienado: bem baixado do acervo patri- XIV. status do bem: refere-se à situação em que o
monial da PRF; bem se encontra em decorrência das opera-
ções do sistema de controle patrimonial.
IV. bem efetivado: bem cadastrado no sistema
de controle patrimonial e disponível para mo- XV. unidades: unidade organizacional, estabeleci-
vimentações; da em organograma ou criada por ato norma-
tivo.
V. bem não incorporado: bem cadastrado para
finalidade de controle e gerenciamento, cujo
valor não impacta nos registros contábeis do
Órgão;
VI. bem recolhido: bem alocado na localidade
de recolhimento para fins de alienação;
VII. cessão: modalidade de movimentação de
bem do acervo, com transferência gratuita de
posse e troca de responsabilidade, entre Ór-
gãos da Administração Pública Direta;
VIII. detentor: servidor responsável pela guarda e
conservação de bem acautelado;
IX. doação: modalidade de movimentação de
bem do acervo, com transferência gratuita de
propriedade e troca de responsabilidade pa-
ra os órgãos ou entidades indicadas na for-
ma prevista na legislação vigente;
X. estado do bem: refere-se às condições físi-
cas do bem, seu estado de manutenção e
conservação.
XI. localidade: sala do sistema de controle patri-
monial onde estão alocados os bens. Corres-
ponde à localização física dos bens ou à for-
ma de organização patrimonial. Uma Unida-
de pode possuir uma ou mais localidades e
cada uma delas possui um servidor respon-
Parágrafo único. O recebimento apenas transfere a Art. 12° No ato do recebimento do material o almo-
responsabilidade pela guarda e conservação do xarifado deverá:
material, do fornecedor ao órgão recebedor, não I. verificar se o material está de fato destinado à
implicando em aceitação. sua Unidade Regional;
Art. 8° O recebimento ocorrerá nos almoxarifados, a) esta verificação pode ser realizada por
salvo quando não possa ou não deva ali ser esto- meio da consulta de empenhos, con-
cado ou recebido, caso em que a entrega se fará sulta à área de contratação, à equipe
nos locais designados. de fiscalização de contratos ou à área
§ 1° O recebimento de material fora do almoxarifa- técnica/demandante do material.
do deverá ser previamente autorizado pelo gestor II. verificar se a documentação que o acompa-
de almoxarifado. nha preenche os requisitos listados no Art.
§ 2° Qualquer que seja o local de recebimento, o 10;
registro de entrada do material será sempre no Al- III. conferir a conformidade entre os volumes en-
moxarifado. tregues e a discriminação da nota fiscal ou
Art. 9° O recebimento de material decorrerá de: outro documento para recebimento;
Parágrafo único. A prática descrita no caput deste V. promover conferências periódicas entre os
artigo objetiva a otimização física dos materiais em registros efetuados no SIPAC e a existência
estoque ou em uso. física dos materiais.
Art. 33° Os estoques devem ser objeto de constan- VI. Solicitar o desfazimento de materiais inserví-
tes revisões e análises. Estas atividades são res- veis, na forma do Decreto n° 9.373/2018, por
ponsáveis pela identificação dos itens ativos e ina- meio de comissão específica criada para esta
tivos. finalidade.
§ 1° Ao final de cada mês, após confirmação da Parágrafo único. Os relatórios de inventário de al-
consistência dos saldos, o RMA deve ser anexado moxarifados devem ser inserido em um processo
a um processo no SEI, para que seja encaminhado de acompanhamento de estoque no sistema SEI.
pela DICLOM à Setorial de Contabilidade do Minis- Art. 39° No último dia útil de cada mês deve ser re-
tério da Justiça e Segurança Pública a fim de com- gistrado no SIAFI, por meio da situação ETQ 001,
provar a consistência dos saldos de almoxarifado. as baixas nas contas de estoque, decorrentes de
§ 2° O encaminhamento de que trata o parágrafo distribuição de materiais por requisições internas
anterior deverá ocorrer mediante processo específi- da UG;
co, até o dia anterior à data do fechamento contá- Art. 40° No último dia útil de cada mês, deverá ser
bil para a UG, que consta na operação CON- conferida a consistência dos saldos de almoxarifa-
FECMES do SIAFI. do, conforme requisitos listados nos artigos 36 a
§ 3° Os saldos de almoxarifado são considerados 39, e adotadas as providências eventualmente ain-
consistentes quando: da necessárias para regularização.
I. os valores do Saldo Anterior, Movimentações Art. 41° Verificada a consistência do RMA, ainda no
de entrada e saída de estoque e Saldo Final último dia útil do mês, ele deverá ser emitido em
apresentados em cada conta (grupo de ma- formato PDF e anexado ao processo específico pa-
terial) do RMA se igualam aos valores apre- ra encaminhamento à Setorial de Contabilidade do
sentados nas respectivas contas de estoque Ministério da Justiça e Segurança Pública.
do SIAFI (115610100); Art. 42° Após a emissão final do RMA, devido à ne-
II. não há saldo nas contas transitórias de trans- cessidade de manter a consistência dos saldos,
apenas poderão ser realizadas novas operações no
§ 1° As restrições de que trata o caput podem ser o § 2 São dispensadas da autorização descrita no
bloqueio a requisições de almoxarifado, o impedi- caput deste artigo as transferências de bens de uso
mento ao recebimento de novos bens e o registro individual, que acompanham o servidor em caso de
de ocorrência patrimonial. remoção, e transferências de bens adquiridos para
Art. 82 A cada exercício, os Superintendentes Regi- § 1° Após o registro da ocorrência de que trata o
onais, o Coordenador da ANPRF e o Coordenador- caput, o servidor deverá ser notificado, estipulando-
Geral de Administração deverão designar comis- se o prazo de 15 (quinze) dias para apresentação
são para realização de inventário anual no âmbito dos bens faltantes.
de sua respectiva Unidade Gestora, sendo neces- § 2° Findado o prazo estipulado no parágrafo ante-
sária a participação de ao menos um membro do rior, restando bem não apresentado, este deverá
NUPAT. ser movimentado para localidade de apuração,
§ 2° Após designada, a comissão de que trata o conforme § 7º do Art. 74, e deverão ser adotados
caput deverá elaborar cronograma de inventário os procedimentos previstos no MPA 06/CGA.
físico e comunicar aos responsáveis por cada setor Art. 86 Finalizado o inventário da localidade, deverá
o período previsto de realização de inventário em ser gerado novo termo de responsabilidade patri-
suas respectivas localidades. monial para assinatura eletrônica do responsável
§ 3° Os responsáveis por localidades patrimoniais pela localidade.
deverão acompanhar a comissão de inventário § 1° Após ser comunicado sobre o novo termo de
anual, apresentando à comissão inventariante os responsabilidade, a assinatura pelo servidor res-
bens que forem demandados para conferência. ponsável pela localidade deverá ser realizada no
§ 4° A ausência de acompanhamento à comissão prazo de 05 (cinco) dias úteis.
inventariante, que implique em obstrução ao anda- § 2° Vencido o prazo estipulado no parágrafo anteri-
mento do inventário e prejuízo ao controle patrimo- or sem que haja a assinatura do termo, será regis-
nial da Unidade, implicará em registro de ocorrên- trada ocorrência patrimonial em nome do servidor
Art. 106 São considerados produtos controlados § 1º Os armamentos destinados a grupos específi-
aqueles constantes do Anexo I do Regulamento cos, garantidas as condições de segurança, pode-
para a Fiscalização de Produtos Controlados (R- rão ficar na carga patrimonial do respectivo setor,
105), aprovado por meio do Decreto nº 3.665/2000. que se responsabilizará pela realização e controle
dos acautelamentos no sistema SIPAC.
Art. 107 A descrição do armamento no sistema de
controle patrimonial deve contemplar a totalidade § 2º As delegacias poderão manter reserva de con-
dos acessórios que o acompanham, como: núme- tingência de até 5% (cinco por cento) do armamen-
ro de carregadores, maleta de transporte, kit de to destinado ao seu efetivo.
manutenção, entre outros. Art. 110 O armamento e o colete de proteção balís-
Art. 108 As Unidades Regionais deverão estruturar tica de uso pessoal são de acautelamento obrigató-
os locais de guarda de materiais de uso controlado rio a todo Policial Rodoviário Federal, ressalvados
visando níveis mais elevados de segurança. os casos de impedimentos previstos em norma es-
pecífica.
§ 1º O acesso aos locais de guarda de materiais
de uso controlado deve se restringir aos servidores § 1º A disposição de que trata o caput poderá, em
responsáveis pela respectiva carga patrimonial e casos excepcionais, ser temporariamente suspensa
servidores do Núcleo de Patrimônio e Material, ou pela Administração, visando a otimização da utiliza-
unidade equivalente. ção dos bens e garantia da disponibilidade aos po-
liciais quando em serviço.
§ 2º O acesso de outras pessoas aos locais de
guarda de materiais de uso controlado poderá § 2º Os Policiais Rodoviários Federais apenas po-
ocorrer apenas em casos justificados e acompa- derão solicitar o acautelamento de armamento para
nhado por algum dos servidores indicados no pa- o qual esteja habilitado.
rágrafo anterior, situação que deverá ser registra- § 3º Todo Policial Rodoviário Federal é responsável
da, contemplando ao menos as seguintes informa- pela guarda, preservação, limpeza e lubrificação
ções: nome, matrícula ou CPF, data e hora de en- dos armamentos sob sua cautela.
trada e saída, motivo do acesso, nome do servidor
que o acompanhou. § 4º Caso seja notada qualquer irregularidade no
funcionamento do armamento, o servidor deverá
§ 3º As instalações físicas de guarda de materiais relatar o fato ao setor de patrimônio por meio de
controlados deverão ser periodicamente avaliadas chamado patrimonial no sistema SIPAC e, caso ne-
pela área de segurança orgânica que, caso verifi- cessário, solicitar a substituição do equipamento.
que alguma fragilidade, deverá propor medidas de
aprimoramento das instalações e procedimento de § 5º As movimentações de equipamentos da sala
controle de acesso. de materiais de uso controlado, além do respectivo
lançamento no sistema de controle patrimonial, po-
§ 4º A estrutura do sistema de controle patrimonial, derão ser registradas adicionalmente em controle
em relação ao armamento, deve contar com, no secundário.
mínimo, as seguintes localidades vinculadas ao
Núcleo de Patrimônio e Material, ou unidade equi- Art. 111 Todo armamento pertencente à Polícia Ro-
valente: doviária Federal deverá ser acompanhado do res-
pectivo Certificado de Registro no Sistema Nacional
a. sala de materiais com detentor; de Armas - SINARM, cabendo ao detentor a guarda
b. sala de materiais sem detentor; e preservação do documento.