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4.

3 Moduladores e Transmissores
As bandas laterais dos sinais AM e DSB contêm novas frequências, que não estavam presentes nos
sinais de entrada (nem na portadora nem na mensagem) dos moduladores.
Portanto, o modulador deve ser um sistema variável no tempo ou não-linear,
Portanto não-linear pois um SLIT nunca
produz novas componentes de frequência.
Moduladores podem ser implementados com dispositivos que empregam multiplicação, lei quadrática
ou chaveamento
chaveamento.

Moduladores de produto (ou multiplicadores)


Na figura abaixo mostra
mostra-se
se o diagrama de blocos de um modulador AM com multiplicador:

O sinal de saída AM é: xc (t )  Ac cos c t  x(t ) Ac cos c t

No caso de modulador DSB não é necessário usar o somador, mas apenas o multiplicador, para se obter:
xc (t )  x(t ) Ac cos c t
c
com  = 1.

Um diagrama esquemático do
modulador AM/DSB é mostrado
na Fig. 4.3-1:

O somador pode ser implementado


com o auxílio de um amplificador
operacional.

O circuito multiplicador pode ser gerado


a partir de circuito integrado a base de
multiplicador de transcondutância
variável como o mostrado na Fig
variável, Fig. 4.3-2.
4 3-2

Sua saída é proporcional ao produto


entre v1 e v2 .
Adendo: somador não inversor
Um circuito somador de duas entradas v1 e v2 é apresentado abaixo:

v1

v2

A saída vo pode ser obtida* empregando-se o princípio de superposição de efeitos: primeiramente,


considera-se a entrada v1 com v2=0, onde se produz uma saída vo1; depois, considera-se a entrada v2
com v1=0, gerando-se a saída vo1. A saída global é dada pela soma vo1 = vo1 + vo2.
i) Quando v2=0 tem-se que a tensão na entrada não-inversora é v+ = v1/2, devido ao divisor de tensão.
Por causa do curto-circuito virtual, esta também é a tensão na
entrada inversora, v.
Como a impedância de entrada do amp op é muito grande, a mesma
corrente i circula pelo resistor de realimentação e pelo resistor
superior ligado ao terra.
Assim: v1/2 Ri e v01vv1/2
/2=Ri Ri  v01vv1/2
/2=Ri /2=vv1/2  v01=vv1.

ii) Quando v1=0, obtém-se um circuito idêntico ao anterior, tal que v02=v2.
Portanto vo11 = vo11 + vo22 = v1 + v2 , informando
Portanto, informando-se
se que a saída é igual a soma das entradas.
entradas #
_________________________________________________________
*Sedra, A.S., Smith, K.C., Microelectronic Circuits, 5th ed., Oxford University Press, p.2183 , 2004.

Adendo: multiplicador de transcondutância variável


Um circuito multiplicador pode ser implementado a partir de um amplificador diferencial polarizado
por fonte de corrente controlada por tensão, I.
O sinal modulador v2 tem uma variação temporal (saída DSB)
muito lenta em comparação com a variação da
portadora v1.
Em AM, v2 é da ordem de 1 kHz, enquanto v1 (portadora)
é da ordem de 1 MHz (1000 vezes maior)
maior).
I
Para todos os efeitos, o sinal v1 percebe v2 como (sinal modulador)
um sinal essencialmente DC (ou quase-DC).

a) Análise DC
Sob o ponto de vista DC, o sinal AC, v1 (de alta frequência), é feito igual a zero.
Devido à simetria do circuito, a corrente de polarização de emissor de cada transistor é igual a
IE1=IE2=I/2, sendo I a corrente de calda (quase-DC) gerada pela fonte de corrente controlada por v2 .
Com isto, a resistência de entrada de emissor é*:
VT V 2V
re   T  T (a fonte de corrente I é controlada por v2)
IE I / 2 I
sendo VT a tensão térmica (25 mV).
O nome do circuito advém do fato que a transcondutância do transistor é gm1/re, a qual é variável.
_________________________________________________________
*Sedra, A.S., Smith, K.C., Microelectronic Circuits, 5th ed., Oxford University Press, p.2183 , 2004. (continua...)
b) Análise AC (admite-se que os transistores operam na faixa linear  regime de baixos sinais).
E AC,
Em AC as fonte
f t ded tensão
t ã DC, DC + e  , são
ã aterradas,
t d a fonte
f t ded corrente
t I se abre,
b nenhumah corrente
t
flui por este caminho e a tensão nos emissores fica próxima de zero volts*.
A tensão v1 pode ser dividida em + v1/2 e  v1/2, aplicadas às bases dos transistores 1 e 2.

Devido a anti-simetria do circuito, ocorre:


 v1
ie  ie1  ie 2 
2re
As tensões de saída são:
vc1   RC ie
vc 2   RC ie
1 2 v1 RC
vout  vc 2  vc1  2 RC ie  2 RC  v1
+ v1/2
2re re
 v1/2
1 2 Substituindo re, resulta:
R I
vout  C v1
2VT
ie A ffonte
t de
d correntet é controlada
t l d por v2 conforme:
f I = v2
e portanto: R
v out  C v1v 2  v out  K v1v 2 #
2VT
_________________________________________________________
*Sedra, A.S., Smith, K.C., Microelectronic Circuits, 5th ed., Oxford University Press, p.2183 , 2004.

Resumo: deseja-se xc (t )  Ac cos c t  x(t ) Ac cos c t

Pelo circuito: xc (t )  v 2  v3

v1 = v3
RC
A saída DSB é: v3  v out  v1v 2  v3  K v1v 2
2VT
v2
RC
v2= Ac cosct sendo:
d K
2VT

xc (t )  v 2  v3  v 2  Kv1v 2  Ac cos  c t  Kx (t ) Ac cos  c t

RC
Portanto, K .
2VT
Ou seja,
O j o ííndice
di ded modulação
d l ã depende
d d apenas de
d parâmetros
â t do d circuito
i it modulador
d l d (
( e RC),
) e não
ã
dos sinais envolvidos.
Moduladores de Lei Quadrática e Balanceados

A multiplicação de sinais de altas frequências também pode ser realizada por moduladores de lei
quadrática.

Se for assumido que o elemento não-linear se aproxima da curva característica de lei quadrática:

então, para resulta:

A última parcela é o sinal AM desejado, com Ac = a1 e  = 2a2 /a1 .


O filtro deve remover as três primeiras parcelas. (como??)

O sinal de saída também pode ser escrito como:


 1  cos 2 c t 
v out (t )  a1 x(t )  a 2 x 2 (t )  a 2    a1 cos  c t  2a 2 x(t ) cos  c t
 2 
(continua...)

indesejáveis desejáveis
j
 1  cos 2 c t 
vout (t )  a1 x(t )  a 2 x 2 (t )  a 2    a1 cos  c t  2a 2 x(t ) cos  c t
 2 
___________________________________
(f) a transformada de Fourier de x(t),
Sendo X(f) ( ), calcula-se Vout ( f )  {vout (t )} :
1 a 1
a 2 ( f )  2 [ ( f  2 f c )   ( f  2 f c )] 
Vout ( f )  a1 X ( f )  a 2 X ( f ) * X ( f ) 
2 2 2
a1 1
 [ ( f  f c )   ( f  f c )]  2a 2 [ X ( f  f c )  X ( f  f c )]
2 2

BPF

(espectro hermitiano)

Se fc > 3W, não haverá sobreposição espectral, e a separação requerida pode ser realizada por um filtro
passa banda (BPF) de largura BT = 2W e centrado em fc .
passa-banda
A característica de lei quadrática pode ser obtida empregando-se um transistor de efeito de campo de
j ã (JFET):
junção (JFET)

((modulador baseado em amplificador


p classe A))
(o JFET opera na região de saturação, não chaveando)
(não se trata de um
amplificador classe C)

A fonte VG polariza o gate do JFET negativamente, fazendo-o operar na região de saturação.


p
Explora-se a característica q
quadrática da curva de transcondutância do JFET.
O tanque RLC de saída executa a filtragem passa banda necessária em torno da frequência fc .

Adendo:

Análise DC: A corrente de gate é nula: IG = 0


( p
(capacitor aberto
e indutor em curto) IDQ A tensão aplicada ao gate é obtida pelo divisor de tensão:
IG=0
R1  R2
VG VGSQQ  VG  0
R1  R2
R2
a qual é necessária para polarizar o JFET.

A curva de transcondutância (iD  vGS) exibe uma


característica quadrática. 2
 vGS 
A corrente de dreno é dada por*: i D  I DSS 1  

Vp

.  
Q = ponto de operação
quiescente 2
Q  VGSQ 
IDQ e assim: I DQ  I DSS 1  
 Vp 
 
( ti
(continua...)
)
Vp VGSQ ___________________________________________________________
*Malvino, A., Electronic Principles, 7th ed., McGraw-Hill, 1986.
 R2
VGSQ  VG  0
R1  R2
2
 VGSQ 
I DQ  I DSS 1  
 Vp 
 
___________________________________________
Análise AC: será adotada uma relação de transformação 1:1 (no transformador),
transformador) por simplicidade.
simplicidade
Como o dispositivo opera em sua faixa não linear, não é possível usar os modelos  ou T híbridos.

Corrente de dreno total (AC + DC) : i D  I DQ  id .

C R L A tensão total entre terminais de gate e fonte é:


(circuito AC)
id
vGS  VGSQ  v gs  VGSQ  x(t )  cos  c t  z (t )  cos  c t
 o
sendo: z (t )  VGSQ  x(t ) .
x(t )  cos  c t 2
+  vGS 
vgs Da expressão geral: i D  I DSS 1   ,

R1 // R2   Vp 
2 I DSS I
ocorre: i D  I DSS  vGS  DSS vGS
2
 b1  b2 vGS  b3 vGS
2

Vp Vp
(continua...)

i D  I DQ  id  b1  b2 vGS  b3 vGS
GS
2
, vc  z (t )  cos  t , z (t )  VGSQ  x(t )
___________________________________________________________________
2b3
Ou seja, i D  b1  b2 z (t )  b3 z 2 (t )  b3 cos 2  c t  b2 [1  z (t )] cos  c t
b2
 1  cos 2 c t 
 b1  b2VGSQ  b2 x(t )  b3 [VGSQ
2
 2VGSQ x(t )  x 2 (t )]  b3  
 2 
 b2 cos  c t  2b3VGSQ cos  c t  2b3 x(t ) cos  c t

ou (termos indesejáveis )
 1 2  b
i D  b1  b2VGSQ  b3   VGSQ   (b2  2b3VGSQ ) x(t )  b3 x (t )  3 cos 2 c t
2

 2  2
 [b2  b3 2VGSQ  b3 2 x(t )] cos  c t
(sinal AM desejado)
(continua...)
 1 2  b
i D  b1  b2VGSQ  b3   VGSQ   (b2  2b3VGSQ ) x (t )  b3 x (t )  3 cos 2 c t
2

  2  2
2b3
 (b2  2b3VGSQ )[1  x (t )] cos  c t
b2  2b3VGSQ
_________________________________________
Xc( f ) 1
Filtro RLC passa-banda centrado em fc: H( f )  
ID ( f ) 1 1
1 1 
 jC  X ( f )
  j C
ID ( f )   
 R jL
c
 R j L
Na frequência de ressonância f = f0 :
C R L
1 1
o xc(t)  j 2f 0 C  0  f 0   fc
j 2f 0 L 2 LC
iD
a qual é ajustada para ser igual a fc .
1
Em f = f0, a componente de iD centrada em fc circula pelo resistor R: H ( f c )  R
1/ R
O filtro pode ser aproximado por um filtro passa banda ideal de largura 2W e centrado em fc .

O sinal de saída do filtro será: X c ( f )  H ( f c ) I D ( f c )  R I D ( f c )  R I D ( f ) para f  < W.


2b3
Com isso, x c (t )  Ri D  R (b2  2b3VGSQ )[1  x(t )] cos  c t  Ac [1  x(t )] cos  c t
b2  2b3VGSQ
2b3
sendo: Ac  R (b2  2b3VGSQ ) e   .#
b2  2b3VGSQ (o índice de modulação depende apenas do circuito)

Geração de DSB?

Relembra-se que a modulação DSB é gerada essencialmente por uma multiplicação.


p
Contudo, retornando à expressão geral
g do sinal de saída antes do filtro passa
p banda (gerada
(g pelo
p
dispositivo de lei quadrática):
 1  cos 2 c t 
vout (t )  a1 x(t )  a 2 x 2 (t )  a 2    a1 cos  c t  2a 2 x(t ) cos  c t
 2 
portadora DSB
percebe-se que não é possível separar a portadora em fc do sinal DSB através de simples filtragem
passa banda.
banda

Porém, se o dispositivo não-linear for tal que a1= 0, isto é, se sua característica de transferência for de
lei quadrática perfeita:
vout (t )  a 2 x 2 (t )
gera-se DSB sem problemas.

Infelizmente, dispositivos assim são raros,


Infelizmente raros e então,
então DSB em alta frequência costuma ser obtido na
prática usando-se configurações balanceadas.
Moduladores Balanceados
Na figura abaixo ilustra-se o diagrama de blocos de um modulador balanceado genérico*:

Se a característica de cada elemento não-linear (NL) for: y (t )  a1 x(t )  a 2 x 2 (t ) ,

a saída vout(t) do somador será: v out (t )  y1 (t )  y 2 (t )  [ a1 x1 (t )  a 2 x12 (t )]  [ a1 x 2 (t )  a 2 x 22 (t )]

Substituindo x1 (t )  cos  c t  x(t ) e x 2 (t )  cos  c t  x(t ) , obtém-se (mostrar isto!)


v out (t )  2a1 x(t )  4a 2 x(t ) cos  c t
O espectro de x(t) é centrado na origem, enquanto o espectro de x(t)cosct é centrado em c.

Quando
Q d vout(t)
( ) é aplicado
li d a um BPF centradod em c , a parcela l a1x(t)
( ) é suprimida
i id e o sinal
i l de
d
saída será:
xc (t )  4a 2 x(t ) cos  c t  Ac x(t ) cos  c t
um sinal DSB ((Ac = 4a2)).
____________________________________________________
* Lathi, B. P., Modern Digital and Analog Communication Systems, 3rd., Oxford University Press, p.781, 1998.

vout (t )  2a1 x(t )  4a 2 x(t ) cos  c t

xc (t )  4a 2 x(t ) cos  c t  Ac x(t ) cos  c t


__________________________________________________
Há duas entradas neste circuito: x(t) e cosct .
A saída vout(t) não contém uma das entradas (o sinal de portadora cosct ), a qual não aparece na
entrada do filtro passa banda.
O circuito atua como uma ponte balanceada para uma das entradas, ou seja, a portadora.
Circuitos que têm essa característica são denominados circuitos balanceados.

Este circuito é balanceado em relação a apenas uma das entradas (a portadora); a outra entrada, x(t) ,
ainda aparece na entrada do filtro passa banda, o qual deve rejeitá-la.
Por isto, tal circuito também é chamado de modulador simplesmente balanceado.

Por outro lado, quando um circuito é balanceado em relação à ambas as entradas, x(t) e cosct , ele
é denominado de modulador duplamente balanceado.

Na sequência, exemplos desses moduladores são apresentados.


Modulador balanceado:
No exemplo a seguir, DSB em alta frequência é obtido usando dois moduladores de AM em
configuração balanceada, a fim de se anular a portadora.

Assume-se que os moduladores de AM são idênticos, gerando-se os sinais de saída:


1 1
Ac [1  x(t )] cos  c t e x(t )] cos  c t
Ac [1 
2 2
Subtraindo-se um do outro, gera-se o sinal DSB: x c (t )  Ac x(t ) cos  c t .

Portanto, um modulador balanceado é um simples multiplicador.

Modulador balanceado em anel (ou do tipo lattice):


Outro modulador comumente usado para gerar DSB é o modulador em anel mostrado na Fig. 4.3-6:

invertido

in ertido
invertido
(Atenção: os dois diodos inferiores estão invertidos;
o livro do Carlson está errado)

Uma portadora com forma de onda quadrada c(t), na frequência fc , faz os diodos chavearem ON e
OFF aos pares.

Efetivamente, o circuito realiza a


multiplicação de c(t) por x(t) para
gerar a saída vout(t) .

O BPF filtra vout(t) a fim de


produzir DSB.
Modulador balanceado em ANEL (??)
( )
Anel ou ponte de Wheatstone:

A segunda representação permite uma compreensão mais direta do funcionamento do circuito


circuito.

O fato da portadora ser quadrada ou senoidal é indiferente; o importante é que ela seja periódica.

O circuito consiste de um transformador de entrada T1 , um transformador de saída T2 e quatro diodos.


diodos

O sinal de modulação é aplicado à entrada de T1 e a portadora é aplicada aos taps centrais dos dois
transformadores T1 e T2.

Após ser filtrado, o sinal no secundário do transformador T2 constituirá o sinal DSB.

A análise do circuito pode ser realizada em duas etapas: primeiro, considera-se a aplicação do sinal de
portadora com o sinal de modulação zerado; em seguida,
seguida analisa-se
analisa se o que ocorre quando o sinal de
modulação é sobreposto.

Semiciclo positivo da portadora:

(considera-se a portadora senoidal)

*Considere-se a entrada de modulação nula.


No semiciclo positivo do sinal de portadora, os diodos D1 e D3 são polarizados diretamente, e, D2 e D4,
reversamente.
reversamente
A corrente se divide igualmente nas porções superior e inferior do enrolamento primário de T2.
A corrente na parte superior desse enrolamento produz um campo magnético com mesma magnitude
mas em oposição ao campo magnético produzido pela corrente na metade inferior do secundário.
Como os campos magnéticos são iguais e opostos, eles se cancelam, não produzindo nenhuma saída no
secundário de T2; assim, esta portadora é suprimida, e não haverá saída gerada no secundário de T2.
*Considere-se agora que um sinal de modulação senoidal é aplicado ao primário de T1, o qual também
deve aparecer através do seu secundário.
No semiciclo positivo da portadora,
portadora os diodos D1 e D3 diretamente polarizados conectam o secundário
de T1 ao primário de T2.
Semiciclo negativo
g da portadora:
p

*Considere-se a entrada de modulação nula.


No semiciclo negativo do sinal de portadora, os diodos D1 e D3 são polarizados reversamente, e D2 e D4,
diretamente.
A analise é similar ao caso anterior, e, novamente, os campos magnéticos iguais e opostos se cancelam,
não produzindo nenhuma saída no secundário de T2: esta portadora é suprimida.
*C id
*Considere-se agora que um sinal
i l de
d modulação
d l senoidal
id l é aplicado
li d ao primário
i á i de
d T1, o quall também

deve aparecer através do seu secundário.
No semiciclo negativo da portadora, os diodos D1 e D3 reversamente, polarizados conectam o secundário
d T1 ao primário
de i á i de
d T2, porém,
é com conexões õ reversas.
Isto inverte a polaridade do sinal de modulação quando ele for aplicado ao primário de T2.
Assim, quando D2 e D4 conduzem, a polaridade do sinal de saída é oposta àquela do sinal de modulação.

Resultado final (usando portadora senoidal):

___________________________________________
 Chitode, J.S., Communication Theory, 3rd ed., Technical Publications Pune, 2008.
Outra forma de análise (considera-se uma portadora pulsada) :
i) Intervalo durante o semi-ciclo positivo de c(t)
Neste caso os diodos D1 e D3 conduzem, enquanto os diodos D2 e D4 estão abertos.
O terminal a é conectado a c e o terminal b,, a d.
Para Nx(t) << A: va=A+Nx(t) > 0, vc = va , e , vb=ANx(t) > 0, vd = vb  va vb = 2Nx(t) = vc vd .

mais positivo
va=A+Nx(t) > 0

A +Nx(t) + 
+ 
  A volts  0 
t + 
  
+
+ 
vb= ANx(t) > 0 O sinal de saída será:
v c 0  Nv out , 0 v d  Nv out
A positivo
 v c v d  Nv out  Nv out  2 Nv out
Nx(t) A vo
volts
ts 1 1
 vout  (v c v d )  2 Nx (t )  x(t )
t 2N 2N
0

ii) Intervalo durante o semi-ciclo negativo de c(t)


Neste caso os diodos D1 e D3 estão abertos, enquanto os diodos D2 e D4 conduzem.
O terminal a é conectado a d e o terminal b, a c.
Para Nx(t) << A: va=  A+Nx(t) <0
<0, vd = va ,ee , vb=  ANx(t) <0
<0, vc = vb  va vb = 2Nx(t) = vd vc .

va=  A+Nx(t) < 0 negativo

t  +
 
A +Nx(t)   0
A +
 +
 
+

vb=  ANx(t) < 0
 +
t
O sinal de saída será:
 +
A mais negativo 1 1
v c 0  vout , 0 v d  vout
Nx(t) N N
0V  v c v d  Nv out  Nv out  2 Nv out
A volts  vout 
1
(v c v d )  
1
N (t )   x(t )
2 Nx
2N 2N
Em co
consequência,
sequê c , a saída
s d é proporcional
p opo c o a x(t) du
durantee o meio
e o ciclo pos vo de c(t), e a  x(t) durante
c c o positivo du e
o meio ciclo negativo.

x(t) x(t) x(t)  x(t)

c(t)
(t) c(t)
(t)

Lembrando novamente, isto equivale a multiplicar x(t) por um trem de pulsos c(t) de frequência fc .

A seguir, demonstra-se que a filtragem passa baixa de vout conduz ao sinal DSB desejado.
_________________________________________________
 Obs: isto é verdade mesmo quando a portadora for senoidal

Recordação: Série de Fourier trigonométrica do trem de pulsos de portadora


No capítulo 2 foi visto que a série de Fourier do sinal periódico, de período T0, mostrado na figura
abaixo, para /2 = T0/4, é dada por (2.1-17a):

A A T0 nf A sin( n / 2) A  n 
sendo c(nf 0 )   sinc nf 0  sinc 0   sin  
T0 T0 2 2 f 0 2 n / 2 n  2 

Com isso, tem-se: c 0  A / 2, c1  A /  , c 2  0, c3   A / 3 , c 4  0, c3  A / 5 , ....


A 2A  1 1 
Sendo assim, v(t )    cos  0 t  cos 3 0 t  cos 5 0 t  .... 
2   3 5 
Mais especificamente, a portadora pulsada c(t) é obtida por: c(t)=2v(t)A e com f0 = fc , tal que
4A  1 1 
c(t )   cos  0 t  cos 3 0 t  cos 5 0 t  .... 
  3 5 
A
44A 1 1 
c(t )   cos  0 t  cos 3 0 t  cos 5 0 t  .... 
  3 5 
_______________________________________________
Seguindo a convenção da mensagem, x(t)1, e adotando-se A = 1, resulta: Ax(t) 1.
Portanto, o sinal vout(t) = c(t)x(t), será

O sinal DSB será obtido passando vout(t) através de um filtro passa banda com largura de banda 2W
e centrado em fc .

Se tal filtro for ideal com ganho unitário, o sinal modulado é:


x c (t )  Ac x(t ) cos  c t
onde Ac = 4/.
Como se percebe, este modulador é balanceado para as duas entradas, x(t) e c(t), as quais não
aparecem em vout (aparece apenas o produto), e assim, não carecem de filtragem.

O modulador em anel é dito ser duplamente balanceado.

Moduladores chaveados

Em vista da grande quantidade de filtragem exigida pelos moduladores de lei quadrática ou em anel,
esses são usados primariamente em sistemas de baixo nível de modulação, ou seja, com níveis de
potência inferiores ao valor do nível transmitido
transmitido, ST .
Nesses casos, existe a necessidade de uma quantidade substancial de amplificação linear a fim de
elevar a potência até ST .
Porém, amplificadores de potência de RF com tal linearidade são de difícil implementação prática.
Portanto, se um elevado valor de ST for exigido, é frequente o uso de modulação de alto nível .
Nesse aspecto,
aspecto torna-se adequado empregar moduladores baseados em amplificadores classe-C
(ressonantes) alimentados por fontes de alimentação DC.
O dispositivo ativo, tipicamente um transistor, atua como uma chave acionada na frequência da
portadora fc .
portadora,
(modulador com amplificador de potência
classe C: intrinsecamente chaveia, amplifica
e filtra)
A carga RLC, chamada de circuito
tanque, é sintonizada para ressoar
em fc , e então,, a ação
ç de chaveamento
faz com que o circuito tanque “toque”
senoidalmente.

Será visto que, modulação a tensão de regime na carga é: v(t) = V cos ct.
que na ausência de modulação, t
Acrescentando o sinal de mensagem x(t) à fonte de tensão V, via transformador, gera-se:
v(t) = [V+N x(t)] cos ct,
onde N é a relação de transformação. (continua...)

Método gráfico: chavear significa multiplicar x(t) por um trem de pulsos retangulares c(t)
Por simplicidade, considera-se o caso onde V = 0 (DSB).

O filtro passa banda tem largura 2W e está centrado em c.

(multiplicação temporal) (convolução espectral)

 *

BPF

(continua...)
Método analítico:
Lema: pode-se transladar um espectro multiplicando-se x(t) por qualquer sinal periódico c(t) de
frequência fc , não importando a sua forma de onda.

Seja c(t) periódica na frequência fc : c(t )   c(nf
n  
c )  ( f  nf c )

A corrente elétrica i(t) no circuito é proporcional a z(t)c(t), sendo z(t) = V+N x(t),
tal que seu espectro Ic(f) é:
  
Z( f )*  c(nf c )  ( f  nf c ) 
n  

 c(nf c ) Z ( f ) *  ( f  nf c ) 
n  

 c(nf
n  

c ) Z ( f  nf c )  I c ( f )

Este espectro corresponde a Z(f) transladado de  fc , 2fc , ... , nfc .

p
A tensão de saída tem espectro: V(f)
(f) = H(f)
(f) Ic (f) , sendo H(f)
(f) a resposta
p em frequência
q do tanque
q RLC.

Aproximando a característica do filtro passa banda por uma porta de largura 2W centrada em fc , com
amplitude constante e fase linear ao longo de sua banda passante:
H ( f )  K e  jtd , f   f  f u , B  f u  f   2W
obtém-se, para n = 1: para f negativo
 j t d j t d
V( f )  K e c( f c ) Z ( f  f c )  K e c( f c ) Z ( f  f c )
(continua...)

V ( f )  K e  j t d c ( f c ) Z ( f  f c )  K e j t d c (  f c ) Z ( f  f c )
_______________________________________
Considerando que: c( f c )  c( f c ) e j arg c ( f c )

e que o sinal passa banda seja real,


real isto é,
é que exiba simetria hermitiana,
hermitiana então
c( f c )  c( f c ) e arg c( f c )   arg c( f c )

Com isso,
isso o sinal modulado será:
Z ( f  f c )e j[arg c ( f c ) t d ]  Z ( f  f c )e  j[arg c ( f c ) td ]
V ( f )  K c( f c ) 2
2
O sinal temporal é obtido aplicando-se o teorema da modulação (2.3-7), ou seja:

obtendo-se: v(t )  2 K c( f c ) z (t ) cos[2 f c t  arg c( f c )  t d ]

Como a fase da portadora no sinal modulado não é importante na modulação AM [na qual
z(t) = V+N x(t)], pode-se escrever que:
v(t )  [V  Nx (t )] cos  c t
onde adotou-se 2Kc(fc) = 1, por simplicidade.
Exemplo: Modulador AM a base de amplificador classe-C
Na ausência de sinal de modulação, o circuito se comporta como um amplificador classe-C.
O circuito de base não tem fonte de polarização; seu comportamento é semelhante a um grampeador
negativo a diodos para o sinal de RF, ou seja, para c(t).
O sinal de RF c(t) aciona o transistor somente ao longo de parte de seu ciclo, produzindo pulsos
periódicos de corrente de base na frequência fc.

O sinal de modulação passa ao amplificador


de potência e é aplicado ao coletor através de
um transformador de baixa frequência.

Esta tensão de modulação x(t) está em série


com a fonte de alimentação DC, V.

O circuito sintonizado LC, associado ao


transformador no coletor, recebe a corrente
modulada por pulsos no coletor.

O elemento resistivo (R) do filtro RLC é a


resistência da própria bobina do transformador.
___________________________________________
*Chitode, J.S., Communication Theory, 3rd ed., Technical Publications Pune, 2008.

Transmissor de AM completo:
A portadora é gerada por um oscilador controlado a cristal, para assegurar estabilidade da frequência
portadora.
C
Como a modulação
d l ã ded alto
lt nível
í l demanda
d d sinais
i i de
d entrada
t d e saída
íd robustos,
b t a portadora
t d ea
mensagem são amplificados antes da modulação.

O sinal modulado é então dirigido


g diretamente à antena de transmissão.

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