Você está na página 1de 9

2ª Fase Constitucional | XXXI OAB

Prof. Diogo Vailatti


Twitter @DiogoBVailatti
Facebook: Professor Diogo Vailatti
Instagram: diogo.vailatti
Provas anteriores:
IV e XIV

Atenção:
É um recurso que segue a mesma estrutura da apelação!

Cabimento:
Pode ser interposto perante juiz de primeiro grau ou contra
decisão do 2º grau ou decisão de tribunal superior
e tem suas razões encaminhadas para o STF ou para o STJ
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

II - julgar, em recurso ordinário:


a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data
e o mandado de injunção decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
[...]
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País;
Além da previsão constitucional (artigo 102, II e 105, II da
CF), o recurso ordinário constitucional está previsto nos
artigos 994, V e 1027 do Código de Processo Civil.
ATENÇÃO:

Novo Código de Processo Civil, em seu artigo 1.028, caput,


inclusive, passou a prever expressamente, quanto aos
requisitos de admissibilidade e ao procedimento, a
aplicação ao recurso ordinário constitucional das
disposições relativas à apelação e ao Regimento Interno
do Superior Tribunal de Justiça

Portanto, usar as regras da apelação (artigos 1009 até 1014


do CPC) de forma supletiva ao procedimento do recurso
ordinário constitucional.
Jurisprudência sobre o tema:

•Mandado de segurança: recurso ordinário constitucional (CF, art. 102, II, a): devolução
ao STF, a exemplo da apelação (CPC, 515 e parágrafos), do conhecimento de toda a
matéria impugnada, que pode abranger todas as questões suscitadas e discutidas no
processo de natureza constitucional ou não e ainda que a sentença não as tenha julgado
por inteiro.[RMS 20.976, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 7-12-1989, P, DJ de 16-2-1990.]

•Não se revela admissível, porque inexistente, "recurso ordinário" contra julgamentos


emanados do STF. Incidência, na espécie, do princípio da legalidade ou da tipicidade dos
recursos. Inaplicabilidade, ao caso, por tratar-se de erro grosseiro, do postulado da
fungibilidade recursal.[MS 28.857 QO, rel. min. Celso de Mello, j. 14-9-2011, P, DJE de
20-3-2013.]= MI 2.693, rel. min. Teori Zavascki, j. 19-6-2013, P, DJE de 13-2-2014.
João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído curso de nível
superior. Diante da abertura de vagas para preenchimento de cargos
vinculados ao Ministério da Agricultura, postularam a sua inscrição no número
que deveria ser reservado, por força de disposição em lei federal, aos
deficientes físicos com o grau de deficiência de João e José, o que restou
indeferido por ato do próprio Ministro de Estado, aduzindo que a citada lei,
apesar de vigente há 2 (dois) anos e com plena eficácia, não se aplicaria àquele
concurso, pois não houve previsão no seu edital. Irresignados, os candidatos
apresentaram Mandado de Segurança originariamente no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça, tendo a seção competente, por maioria de votos,
denegado a segurança, dando razão ao Ministro de Estado. Houve embargos
de declaração, improvidos. Ainda inconformados, apresentaram o recurso
cabível contra a decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça.
Interposição para o STJ e razões para o STF

Ação:
Recurso ordinário constitucional

Mérito:
a) reserva de vagas para os portadores de deficiência – Art.
37, VIII, da CRFB ou Art. 2º, III, c, da Lei 7.853/1989 ou Art.
5º, §2º da Lei 8.112/1990 ou Convenção Internacional sobre
os direitos das pessoas com deficiência, Art. 27, 1, g.
b) preservação do principio da legalidade, CRFB, Art. 5º, II
c) principio da isonomia, CRFB, Art. 5º, caput.

Você também pode gostar