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Biotecnologia; Química Industrial

Cálculo I (8622;11842) | 2016/2017


06.02.2017 | Duração: 2h30

Exame
ln(x2 −5)
1. Indique o domínio da função f (x) = x−4 sob a forma de reunião de intervalos.
x4

 x<0
x3 −1 ,
2. Estude a existência de assíntotas (verticais e não verticais) ao gráfico da função f (x) = 0, x=0 .
 1/x
xe , x > 0
3. Um determinado tumor com a forma de uma esfera foi identificado num exame e a sua evolução passou
a ser monitorizada. Verificou-se que t horas após o início da observação, o seu raio R(t), em mm, varia
2
com uma taxa dada por R′ (t) = 0, 3e−0,001t mm/h e que ao fim de 1 dia de observação o raio do tumor
era de 10 mm.
(a) Use diferenciais para estimar a alteração absoluta e relativa (em percentagem) do volume do tumor
(V (R) = 34 πR3 ) se o seu raio aumentar de 10 mm para 11 mm.
(b) Seja H(t) = (V ◦R)(t) o volume do tumor no instante t. Mostre que H(24) = 4000π 3 e H ′ (24) ≈ 212
(com arredondamento às unidades), indique as unidades de medida e interprete estes valores no
contexto do problema.
(c) Determine a linearização da função H(t) em t = 24 e use-a para estimar o volume do tumor após
um dia e meio de observação.

4. Determine a área da região compreendida entre o


gráfico da função f (x) = cos(2x), o eixo das ab-
cissas e as retas de equação x = 0 e x = π2 (ver
figura).

Z 2 √
5. Use o Teorema da Mudança de Variável para determinar o valor do integral x x − 1 dx.
1

[Sugestão: faça a substituição x − 1 = t.
Z x2
2
6. Considere a função F (x) = et dt.
0

(a) Indique uma expressão designatória para F ′ (x).


(b) Estude a monotonia e extremos de F (x).
7. A capacidade cardíaca F é o volume de sangue bombeado pelo coração por unidade de tempo. Um
método para aferir a capacidade cardíaca é o método da diluição do contraste. Neste método, é
injetada no coração uma quantidade A de contraste (corante) que escoa para a aorta. Conhecendo a
concentração c(t) do contraste no sangue que sai do coração por unidade de tempo até ao instante T ,
em que o contraste presente no coração tenha terminado, é possível aferir a capacidade cardíaca (no
intervalo [0,T ]) pela relação
A
F = RT
0 c(t) dt

Suponha que foram introduzidas A = 6 mg de contraste num indivíduo e a concentração c(t), em mg/L,
é medida por uma sonda em intervalos de 1 segundo, até ao instante T = 12 s, que registou os valores
apresentados na tabela seguinte:

t c(t) t c(t)
0 0 7 6,1
1 0,4 8 4,0
2 2,8 9 2,3
3 6,5 10 1,1
4 9,8 11 0,5
5 8,9 12 0
6 7,0
(a) Use a soma de Riemann com trêsRsubintervalos, considerando o ponto médio como ponto amostral,
12
para estimar o valor do integral 0 c(t) dt.
(b) Use o resultado da alínea anterior para estimar a capacidade cardíaca deste indivíduo (no intervalo
[0,12]). Apresente a resposta nas unidades L/min.

8. A quantidade y(x), em mg, de uma substância Z num organismo decorridos x horas desde a admisi-
tração de uma dose de 50 mg de Z satisfaz a equação diferencial
dy x2
= −y .
dx 100
Sabendo que este organismo não possuía qualquer quantidade de Z até à administração da dose inicial,
determine a quantidade de Z ao fim de um dia.
9. Um tanque com capacidade de 5000 L contém uma mistura de água e cloro com concentração de
0,05 g/L. Para reduzir a concentração de cloro são bombeados 10 litros por minuto de água com uma
concentração de cloro de 0,01 g/L. A mistura é agitada e bombeada para fora do tanque a uma taxa
de 13 L/min.
(a) Apresente uma justificação para que a quantidade x(t) de cloro no tanque, em g, satisfaça a
equação diferencial
10
x′ + x = 0, 1.
5000 − 3t
(b) Tendo em consideração a EDO da alínea anterior, indique a concentração de cloro no tanque ao
fim de 1 hora.

Questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Cotação 2 2,5 3 2 2 2 2 2 2,5
Informações adicionais
Linearização de f em x = a: L(x) = f (a) + f ′ (a)(x − a).
Derivada da função composta: (f ◦ g)′ (a) = f ′ (g(a))g′ (a).
Primitivas Imediatas
f α+1
Z Z
c dx = cx + C f ′ f α dx = + C, α 6= −1
Z ′ Z α+1
f
dx = ln |f | + C f ′ ef dx = ef + C.
Z f Z
f ′ cos(f )dx = sin(f ) + C f ′ sin(f )dx = − cos(f ) + C
f′ f′
Z Z
dx = arcsin(f ) + C dx = arctg(f ) + C
1 + f2
p
1 − f2
Z Z Z

Primitivação por Partes: f (x)g(x)dx = F (x)g(x)− F (x)g (x)dx, com F (x) = f (x) dx.

Teorema Fundamental do Cálculo Integral. Seja f (x) uma função contínua em [a, b] e
R φ(x)
ψ(x), φ(x) funções diferenciáveis no intervalo [a, b]. Então F (x) = ψ(x) f (t) dt é diferenciável em [a, b] e
F ′ (x) = f (φ(x))φ′ (x) − f (ψ(x))ψ ′ (x).

Integração por Substituição. Sejam f : [a, b] → R uma função contínua e ϕ : [α, β] → [a, b]
uma função de classe C 1 em [α, β], bijectiva, com x = ϕ(t), ϕ(α) = a e ϕ(β) = b. Então
Z b Z β
f (x)dx = f (ϕ(t))ϕ′ (t)dt.
a α
Equações diferenciais lineares de primeira ordem. As soluções da EDO linear de primeira ordem

x (t) + p(t)x(t) = q(t) são da forma
Z 
1
x(t) = I(t)q(t) dt + C ,
I(t)
R
onde I(t) = e p(t)dt .

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