Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
!Seleção dos sistemas de atuação em função da força e velocidade necessários para uma
dada aplicação:
! Sistemas hidráulicos (H)
100 000
10 000
10
q Pneumática (P)
!"#$%&'%()&"*#+,-,#
'%-./-#%"#01-1'%23)"#4,#
5",#4%#6&)5-7'1+%*#
8)"50'%-#.%"1+%-)&')#4)#
Vantagens e 45%"#1-6,8'%&')"#
desvantagens 68,681)4%4)"#4,#%89
!"#$%&''()(*(+,+& &
-,(., /('0"'(+,+&1
Principais vantagens da Pneumática
! Energia facilmente armazenável e transportável;
! O meio de transporte de energia (o ar) é constantemente renovado
pela sucção do compressor, sem problemas de envelhecimento não
sendo necessárias canalizações de retorno;
! O ar, como fluido de trabalho, não causa problemas ao meio
ambiente;
! Velocidades dos atuadores relativamente grandes;
! Fácil integração com a micro-eletrónica;
! Possibilidade de integração com sistemas de automação e controlo;
! Boa relação potência/peso;
! Robustez dos componentes pneumáticos;
! Enorme flexibilidade de usos e aplicações;
! Fácil variação (contínua) das forças e velocidades de atuação;
! Durabilidade, segurança e facilidade de operação;
! Utilizável em ambientes explosivos;
! A sobrecarga não causa problemas danosos para os componentes;
! Praticamente insensíveis às mudanças de temperatura, os
componentes pneumáticos podem ser usados a altas temperaturas
Principais desvantagens ou
limitações do uso da Pneumática
! Não uniformidade no deslocamento do atuador quando as forças
são variáveis, devido à compressibilidade do ar;
! Ruídos;
! Força e Peso
! Peso – depende da aceleração a que o corpo está
sujeito (g = 9,80665 m/s2)
! Trabalho de um cilindro
! T=F.L=P.A.L=P.V T – Trabalho; F – Força ;
A – Área; L – Curso; V – Volume
Princípios de pneumática
! Temperatura
! Característica de calor ou frio a que um corpo está sujeito, caracterizando o seu
movimento molecular.
! ºC Graus Celcius
! ºF Graus Farenheint
! ºK Graus Kelvin
! ºC = (ºF-32)*5/9
! ºF = 9/5 ºC + 32
! ºK = 273.16 + ºC
-20 1.06
-10 2.1
0 4.9
10 9.5
20 17
30 30
50 83
70 198
Princípios de pneumática
! Leis de Pascal
! A pressão num volume fechado é idêntica em todas as zonas => para que força
resultante seja desprezável
! A pressão estática atua em todas as direções ao mesmo tempo
! A pressão atua em ângulos retos sobre as superfícies em contacto
! Lei de Boyle
! Para uma dada temperatura e massa constante, o volume varia inversamente
proporcional à pressão
! PV = cte
! Lei de Charles
! Para um gás, quando a sua massa e pressão são constantes, o volume varia
proporcionalmente com a temperatura
! V/T = cte
! Como característica do gás: PV = mRT ou (PV = nRuT) com n =m/M (M-massa molar)
! P – Pressão
! V – Volume
! m – massa
! T – temperatura
! R – Constante característica do gás
! Para uma dada massa de gás: P1V1/T1 = P2V2/T2
Princípios de pneumática
! Lei de Boyle
Princípios de pneumática
! Expansão e compressão de gases
! Quando o volume de uma determinada massa de ar varia => variação da
pressão e/ou temperatura
! Um gás pode ser comprimido ou expandido de várias formas
! Compressão do ar
! Processos para aumentar a pressão do ar
! Processo térmico
! Processo mecânico
Compressor de Compressor de
Palhetas Parafusos Helicoidais
https://www.youtube.com/watch?v=bJluUxA7aaY
https://www.youtube.com/watch?v=p9eFYGIsaB4
Compressores alternativos
Apropriado para compressões de baixas, médias e altas pressões
Compressor de êmbolo com movimento linear
100 kPa (1bar) Þ 103 kPa (10 bar)
Utilização:
Indústrias
•alimentares,
•farmacêuticas e médicas
•químicas
Compressores Rotativos
Compressor rotativo de palhetas
Num compartimento cilíndrico, com aberturas na entrada e na saída, gira um
rotor alojado excentricamente. O rotor tem, nos rasgos, palhetas que em
conjunto com as paredes, formam pequenos compartimentos (células).
Quando em rotação, as palhetas serão, pela força centrífuga, apertadas
contra a parede. Devido à excentricidade do rotor, há uma diminuição e
aumento do volume das células.
https://www.youtube.com/watch?v=bJluUxA7aaY
https://www.youtube.com/watch?v=p9eFYGIsaB4
Compressores Rotativos
Compressor rotativo de duplo parafuso
Máquina de deslocamento positivo, com uma relação de compressão
estabelecida. É constituído por um parafuso macho e uma fêmea,
funcionando de uma forma similar a um parafuso e uma porca. As palhetas
do parafuso macho ao rodar sobre a fêmea provoca uma sucção do ar ao
longo da cavidade.
Este tipo de compressores (palhetas e parafuso) não tem válvulas sendo a
descarga do ar bastante uniforme.
Critérios para a escolha de compressores
! Caudal de ar fornecido (m3/min ou m3/hora)
! Caudal teórico - Volume cilíndrico x rotação
! Caudal efetivo ou real – Depende da construção do
compressor e da pressão
! Pressão
! Pressão de regime - Pressão fornecida pelo
compressor, bem como a pressão do reservatório e a
pressão na rede distribuidora até o consumidor
! Pressão de trabalho - Pressão necessária nos pontos
de trabalho
! Accionamento
! Por motor elétrico (aplicações industriais)
! Por motor de combustão (aplicações móveis)
Esquema de implementação de um compressor
(algumas considerações)
! O ar que alimenta o compressor deve ser o mais seco, limpo e frio possível
Tempo total entre arranques = 2.67+1.14 = 3.81 min Muitos arranques por hora
60
Numero de Arranques Hora = = 15,8
3,81 Aumentar o volume do
reservatório
Arrefecimento do ar comprimido
O ar atmosférico aspirado pelo compressor tem humidade (depende das
características climáticas da região)
Uma massa de ar com humidade relativa de H0, vê o seu volume reduzido com o
aumento de pressão. No entanto a massa de água permanece inalterável =>
aumento da humidade relativa na mesma proporção do aumento da pressão.
Este fenómeno (aumento de pressão) implica geralmente saturação do ar e
consequente condensação de toda a massa de água em excesso no ar comprimido.
Pela tabela de saturação do ar: 1 m3 de ar saturado (100º de humidade relativa) possui 30g
da água.
Em 7m3 existem 210g x 70% de água.
O reservatório está à temperatura de 20º logo o ar saturado terá 17g de água por m3 de ar.
Em 7/7 m3 só podem existir 17g de água em estado de vapor.
Massa de água em estado líquido é de 147g – 17g = 130g.
Tabela de saturação do ar (humidade relativa 100%)
Temperatura (ºC) Água (g/m3)
-20 1.06
-10 2.1
0 4.9
10 9.5
20 17
30 30
50 83
70 198
Linhas de distribuição do ar
comprimido (algumas considerações)
! A pressão de ar, baixa ao longo das condutas de distribuição
de ar comprimido
Considerações:
- perdas de carga admissíveis (queda de pressão)
- velocidade do ar
- caudal de ar
...
! Cálculos “automáticos”:
! https://www.tlv.com/global/ME/calculator/air-pipe-sizing-velocity.html
Layout das linhas de ar comprimido (algumas
considerações)
Filtro e dreno
Símbolos
https://www.youtube.com/watch?v=fu08KCospiY
Simbologia composta
§ Compressor (composição)
§ Motor elétrico
Princípios de pneumática
Simbologia composta
§ Filtro (composição)
§ Equipamentos de condicionamento,
secador, filtro, lubrificador, etc.
§ Lubrificador (composição)
§ Pequena quantidade de óleo lubrificante é
adicionada ao ar quando este passa pelo
lubrificador. Evita o desgaste prematuro dos
componentes
§ Reservatório
Atuadores pneumáticos
! Os atuadores pneumáticos convertem a energia existente
no ar comprimido em trabalho mecânico.
! Utilizados em aplicações de pequena precisão
! Não são, de uma forma geral, aconselháveis para
posicionamento intermédio dentro dos cursos
! Não são aconselháveis para realizar forças ou binários
elevados
! Os atuadores pneumáticos, podem-se dividir em três
classes:
! Cilindros lineares
! Motores rotativos (contínuos)
! Cilindros rotativos (ângulo limitado)
Atuadores pneumáticos
! Os atuadores podem ser de simples efeito ou de duplo
efeito:
! Simples efeito:
! um dos movimentos é executado pela entrada de ar – ordem,
! o movimento inverso é realizado automaticamente por ação de
uma mola, ou de uma força externa.
! Duplo efeito:
! ambos os movimentos apenas são executados quando é dada uma
ordem explícita
! é necessário fornecer pressão de ar em ambos os movimentos ou
em ambos os sentidos de deslocamento
Atuadores pneumáticos (Cilindros)
! Cilindros de simples efeito
! Os cilindros de simples efeito, realizam um dos movimentos por
ação do ar comprimido, e o movimento inverso por acção de uma
mola ou de uma força externa. O movimento inverso vai
depender da mola utilizada, em função do comprimento e do
passo da mesma.
! Vantagens da utilização de cilindros de simples efeito:
! Baixo custo
! Instalação pneumática mais simples, porque só precisamos de um
tubo de alimentação
! No caso de ausência do ar, o cilindro recupera a sua posição
(estado) inicial
! São compactos, podendo ser utilizados em locais de pequenas
dimensões
Atuadores pneumáticos (Cilindros)
! Cilindros de simples efeito poderão ser
utilizados em :
! Maxilas, para bloquear chapa ou peças, onde são
necessários movimentos rápidos
! Bloqueio de abertura de portas de máquinas
automáticas, onde em caso de falta de energia
eléctrica, a porta abre automaticamente, por
acção da mola.
Atuadores pneumáticos (Cilindros)
! Cilindro de duplo efeito
! Os cilindros de duplo efeito necessitam de
alimentação pneumática em ambos os sentidos,
como se pode verificar pela figura. A força de
avanço é superior à força de recuo, devido à
diferença de áreas, onde a pressão vai actuar
para realizar o avanço ou recuo.
Cilindros com amortecimento
! O amortecimento é usado em
cilindros de grande diâmetro
(superior a 25 mm). Pelo
facto de atingem grandes
velocidades e grandes forças,
é necessário reduzir a
velocidade de embate
https://www.dailymotion.com/video/x6s8uvn
Outros tipos de cilindros
! Cilindros sem haste
! Cilindros tandem
Dimensionamento de cilindros
! Contemplando as cargas estáticas,
dependendo essencialmente da carga,
! Contemplando as cargas dinâmicas, onde
são consideradas as cargas estáticas, atrito,
contra pressões.
! A força do êmbolo depende:
! da pressão do ar,
! do diâmetro do cilindro,
! da força resistente de atrito,
! dos elementos de vedação.
Dimensionamento de cilindros
Força = Pressão*Área
2
Área = π D ; P éê N/m2 ùú = Pa
4 ë û
2
F(avanço) = P*π D
4
2 2
F(recuo) = P*π (D - d )
4
1bar = 10000 N/m2; 1KPa = 1000 N/m2; 1MPa = 10 bar
1Pa = 1N/m2
F = P*A*eficiência éë N ùû Eficiência:
varia entre 94% e 98% para pressões entre (4 e 7 bar)
Dimensionamento de cilindros
Exemplo:
Um cilindro de duplo efeito, destina-se a bloquear um objecto com uma força de 3 KN.
A pressão mínima deve ser de 5 bar. Considere uma eficiência de 96%.
Dimensionar o cilindro:
3000
A= = 0,00626 m2
500 000*0,96
2
p D = 0,00626
4
D = 89,3 mm
60
Pressões
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7
Tempo
Cilindros:
dimensionamento
Dimensionamento de cilindros
(Exemplo)
! Um cilindro pneumático é usado para mover uma carga de 200 Kg num
percurso de 600 mm (inclinação de 60º).
! Coeficiente de atrito (µ) = 0,15. A aceleração tem lugar num espaço de 30mm, ao fim dos
quais a velocidade atinge 0,60 m/s. A pressão de trabalho = 5 bar (transdutor)
! Dimensão necessária do cilindro = ?
F = m* g * Sen 60º
C arg a
m = 200 Kg; g = 9, 8m / s2; F = 1699N
C arg a
Consumo de ar (avanço) a 5 bar = 15 . 5,2 .10-3 m3/min = 7,8 10-2 m3/min = 78 dm3/min
2 2 2 2
Volume Re cuo = p D - d * L = p 0,1 - 0,025 * 0,6 = 4,4 ×10-3m3
4 4
Consumo de ar (recuo) a 5 bar = 15 . 4,4 .10-3 m3/min = 6,6 10-2 m3/min = 66 dm3/min
2 1
1 3
Válvulas: identificação e ligação
2
Válvula Direcional de 3 vias (3/3) Centro Fechado
1 3
2 4
Válvula Direcional de 4 vias (4/2) 1 via em pressão
1 via em exaustão
1 3
2 4
Válvula Direcional de 4 vias (4/3) Centro Fechado
1 3
Válvulas: identificação e ligação
2 4
Válvula Direcional de 4 vias (4/3) Centro aberto para
exaustão
1 3
2 4
Válvula Direcional de 5 vias (5/2) 1 via em pressão
2 orifícios de escape
3 5
1
2 4
Válvula Direcional de 5 vias (5/3) 3 posições de fluxo
3 5
1
Válvulas para controlo da direção
dos movimentos
Válvulas: comando
Comando manual Comando mecânico
Botão Mola
Alavanca Rolete .
Comando pneumático
“normal” com retorno 2 solenóides
por mola assistidos com 2
posições mantidas
Válvulas de gaveta
! As vantagens das válvulas de gaveta:
! Manutenção simples.
! Gaveta equilibrada, com a presença de pressão em qualquer uma das
portas
! Simples de implementar as ligações e controlos.
! Diversas combinações da posição central da gaveta.
! Podem ser montadas em bases standard definidas pelas normas ISO, ou
montagem individual.
! Desvantagens das válvulas de gaveta:
! Dimensões grandes para pequenos caudais.
! Desgaste.
! Necessitam normalmente de lubrificação.
! Fugas constantes entre a gaveta móvel e a parte fixa.
! Tempo de resposta elevado.
! Não aconselhadas para pressões elevadas.
! Necessitam de uma boa qualidade do ar comprimido.
Válvulas de gaveta (diferentes construções)
Válvula com
"O"ring's na gaveta
Válvulas para
montagem em linha
Válvulas: Diversas configurações de
válvulas reguladoras de caudal
! Regular o caudal em ambos os sentidos
! As mais usuais são as válvulas reguladoras de caudal com válvulas anti-retorno
! Permitem regular o fluxo apenas num dos sentidos e deixando passagem de ar livre no outro sentido.
! Grande variedade de configurações (método de montagem, caudal máximo permitido)
! O caudal máximo permitido é condicionado pelo diâmetro dos orifícios de ligação dos tubos
! O controlo da velocidade dos cilindros deve ser realizada sempre na saída do ar, dadas as suas
propriedades de compressibilidade, restringindo a saída do ar e não a entrada
Válvulas: Exemplo de dimensionamento
! Dimensionar um sistema pneumático para fazer um tratamento a peças de aço
que devem ser mergulhadas lentamente num deposíto de óleo. O “cesto” contendo
as peças de aço deve poder parar em qualquer posição (não sendo importante a
precisão de paragem) O massa total das peças é de 60Kg e a pressão de trabalho
máxima é de 5 bar (pressão relativa)
Solução: Usar uma válvula de 5/3 com reguladores de caudal em ambos os escapes para
limitar a velocidade de descida e de subida do cesto
Válvulas: Exemplo de dimensionamento
Pb ´ A + 600 N = Ps ( A - a )
! Quando o regulador de escape for ajustado vai variar a contra pressão Pb. Assumindo que Pb = 60% Ps
! Para um cilindro standard de 63 mm de diâmetro do êmbolo e 20 mm de diâmetro da haste => Pb = 2.6 bar
! Para um cilindro standard de 80 mm de diâmetro do êmbolo e 25 mm de diâmetro da haste => Pb = 3.3 bar
! Se o regulador de escape for ajustado de modo a reduzir a contra pressão para um valor menor que 2.6 bar
pode-se usar um cilindro de 63mm. No entanto deve-se utilizar um cilindro de 80mm pois não estão
contabilizadas outras forças envolvidas, nomeadamente as forças de atrito
Cilindros
Dimensionamento
(Festo®)
Válvulas:
Dimensionamento
(Festo®)
Válvulas: Dimensionamento (Festo®)
Circuitos pneumáticos típicos
Válvula temporizada
Circuitos pneumáticos típicos
Diagrama de movimentos
(passo-trajeto)
Sistema eletro-pneumático
controlado por PLC
Sistema electro-pneumático
Métodos de projecto de sistemas pneumáticos
! Originalmente a automação de equipamentos e processos era de baixa
complexidade e, na pneumática, eram usadas válvulas ‘E’ e ‘OU’ e
válvulas direcionais.
! Gradualmente houve a aplicação de circuitos eléctricos baseados em relés
para atuação de válvulas direcionais eletro-pneumáticas.
! Nas décadas de 80-90 intensificou-se o uso de PLCs em substituição dos
relés e das válvulas usadas no processamento de informação (válvulas “E” ,
“OU”, etc).
! Existem, basicamente, três princípios tecnológicos que podem ser aplicados
para processar informações, isto é, pneumática pura, eletro-pneumática e
eletro-pneumática + PLC.
! Por exemplo, predefinindo-se o uso da eletro-pneumática (com relés), pode-se
usar o método eletro-pneumático intuitivo, o método de sequência mínima ou o
método de sequência máxima;
! Se se escolher a pneumática pura, pode-se usar o método pneumático intuitivo,
o método cascata e o método passo a passo tradicional.
! Nas aplicações usando PLC’s, ainda é muito comum o desenvolvimento do
programa sem um método definido, sendo este fundamentado na experiência
do projetista (situação está a mudar com o uso, por exemplo, do GRAFCET).
! Alguns destes métodos apresentam semelhanças quanto às soluções de
projeto.
Métodos de projeto de sistemas pneumáticos
! Através de um exemplo apresentam-se a seguir alguns dos métodos de projecto.
! O exemplo consta de um sistema de elevação inserido numa linha de transporte de
embalagens, conforme ilustrado na figura seguinte.
! Neste caso, ao chegar uma caixa no tapete inferior (sensor 1S0) o cilindro 1A recua,
permitindo o posicionamento da caixa sobre a mesa de elevação (sensor 2S0). Em
sequência os cilindros 2A, 1A e 3A avançam. Após a expulsão da caixa para o
tapete superior, os cilindros 3A e 2A recuam simultaneamente, estando o sistema
apto para receber uma nova caixa.
Métodos de projecto de sistemas pneumáticos
! A sequência de operações representa-se na figura seguinte através do
diagrama de movimentos (passo-trajeto) com a indicação dos sinais dos
sensores acionados a cada final de curso.
Emergência (0V1,1V3,2V3,3V2)
1S0: sensor de presença da caixa no tapete inferior
Ciclo único (1V4,1V6)
Ciclo contínuo (1V5,1V6)
2S0: sensor de presença de caixa sobre o cilindro 2A
Eletro-pneumática
! Neste método, os componentes elétricos tais como os interruptores e os
relés são responsáveis pelo processamento de sinais. Os sinais são
eléctricos e as válvulas direcionais que comandam os cilindros são atuadas
por solenóides (válvulas direcionais com solenóide duplo ou simples).
Solução para o sistema de elevação de embalagens
pelo método eletro-pneumático intuitivo.
!O método intuitivo estabelece algumas orientações para a construção do
diagrama pneumático, porém a escolha das válvulas e interligações para o
processamento de sinais depende fortemente da experiência e criatividade do
projetista.
Métodos cascata e sequência mínima
! Método cascata para pneumática pura
! Este método é denominado cascata porque as ligações das
válvulas são representadas em série. Isso garante a
alimentação de ar numa só linha pneumática. Todas as
outras linhas estão ligadas ao escape.
! O método cascata baseia-se no uso de válvulas direccionais
5/2 ou 4/2 com accionamento por duplo piloto, as quais
actuam como válvulas inversoras e estão interligadas de
forma a que apenas a válvula que fornece sinal à acção a
ser executada esteja alimentada por ar comprimido. Deste
modo, elimina-se a necessidade de uso de roletes
escamoteáveis e obtêm-se maior garantia quanto à
ocorrência da sequência desejada.
Método cascata para pneumática pura
! O método consiste das seguintes etapas:
! Diagrama do circuito pneumático:
! 1. Representação dos atuadores e válvulas direcionais de duplo piloto
e suas interligações.
! 2. A partir do diagrama de passo-trajeto, escrever a sequência
desejada utilizando os códigos de identificação dos atuadores e os
sinais ’+’ para designar avanço e ‘-‘ para designar o retorno.
! Ex.: 1A- 2A+ 1A+ 3A+ (3A- 2A-)
! 3. Dividir a sequência acima num número mínimo de grupos de modo
que nenhum atuador esteja repetido em cada grupo.
! Ex.: 1A- 2A+ / 1A+ 3A+ / (3A- 2A-)
I II III
! 4. Criar tantas linhas de pressão auxiliares quanto forem os grupos
acima identificados
! I
! II
! III
! As linhas I, II e III serão pontos de tomada de pressão para o
acionamento das válvulas direcionais de comando dos atuadores.
Método cascata para pneumática pura
! 5. Associar as ‘n’ linhas, ‘n-1’ válvulas inversoras. A posição inicial da
cascata ilustra-se na figura (caso em estudo) permitindo a alimentação da
última linha de pressão. Existindo um maior número de grupos (linhas),
serão incluídas novas válvulas inversoras 0V3, 0V4 e assim por diante na
mesma posição inicial da válvula 0V2.
Circuito em
cascata para o
Solução para o caso de 4 grupos.
exemplo em estudo
Método cascata para pneumática pura
! 6. Inserção das válvulas de accionamento (botões, pedais, etc)
e de fim-de-curso (rolete simples). Identificar a posição dos
fim-de-curso junto aos actuadores (no circuito pneumático).
! 7. Interligação das linhas de pilotagem das válvulas de
comando dos cilindros com as linhas de pressão auxiliares
! 8. Representação das válvulas de processamento de sinais
adicionais e suas interligações. (Incluir temporizadores,
válvulas ‘E’ e ‘OU’, etc ...).
! 9. Modificação do circuito e inserção de válvulas para a
inclusão de condições adicionais, como a opção de ciclo
único/ciclo contínuo e acções de emergência.
! A grande limitação desse método vem da alimentação de
energia que, no caso, é realizada através de uma única
válvula. O ar que passa através de todas as válvulas sofre uma
considerável queda de pressão, o que é prejudicial quando se
necessita de rapidez em alguns momentos do processo. Esta
queda de pressão aumenta quando aumenta o número de
válvulas.
Método cascata para
pneumática pura
Solução para o
sistema de elevação
de embalagens pelo
método cascata.
I II III
Método de sequência mínima para eletro-pneumática
! Este método é equivalente ao método cascata da pneumática pura. Um dos
procedimentos iniciais deste método é uma análise do diagrama passo-trajeto,
fazendo-se nele a divisão dos movimentos em grupos. Em cada grupo, é permitido
somente um movimento de avanço ou de retorno por cilindro. A vantagem deste
método, em relação ao método intuitivo, é a eliminação de sobreposição de sinais
que inibem movimentos de avanço e retorno. Assim evita-se a colocação de
dispositivos mecânicos e elementos temporizadores.
! O método consiste das seguintes etapas:
! Diagrama do circuito pneumático:
! 1. Representação dos atuadores e válvulas direcionais de duplo piloto e suas
interligações.
! Diagrama do circuito eléctrico:
! 2. A partir do diagrama passo-trajeto, escrever a sequência desejada utilizando os
códigos de identificação dos atuadores e os sinais ’+’ para designar avanço e ‘-‘ para
designar o retorno.
! Ex.: 1A- 2A+ 1A+ 3A+ (3A- 2A-)
! 3. Dividir a sequência acima num número mínimo de grupos de modo a que nenhum
atuador esteja repetido em cada grupo.
! Ex.: 1A- 2A+ / 1A+ 3A+ / (3A- 2A-)
I II III
! 4. Criar tantas linhas de tensão auxiliares quanto forem os grupos acima identificados
! I
! II
! III
! As linhas I, II e III serão pontos com tensão para o acionamento das válvulas direcionais de
comando dos atuadores.
Método sequência mínima para eletro-pneumática
! 5 . Associar as ‘n’ linhas, ‘n-1’ relés com circuitos de auto-retenção. A condição
inicial do circuito elétrico (figura) é realizada com a aplicação de tensão na última
linha. Existindo um maior número de grupos (linhas), serão incluídas novos relés
com circuitos de auto-retenção K3, K4 e assim por diante.
Construção do circuito
usando o método da
sequência mínima
Elementos principais de
um Grafcet Diagrama lógico
correspondente à
etapa (passo)
inicial: ‘i’.
Grafcet
! Como exemplo, a figura mostra o Grafcet para o
sistema de elevação de embalagens. Observa-se que,
fora a etapa zero, as demais etapas equivalem aos
presentes no diagrama passo-trajeto cujas ações estão
relacionadas ao avanço e retorno dos cilindros.
! A grande vantagem na utilização do Grafcet em
relação ao diagrama passo-trajeto está em possibilitar
a especificação de lógicas complexas com saltos,
paralelismos, etc…