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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

METODOLOGIA DA CIÊNCIA

BRUNA JAYNE DOS SANTOS PRUDÊNCIO


RAFAELA SABATINI MELLO PINHEIRO
RUY CAVALCANTE DE OLIVEIRA SOBRINHO

Rio Branco

Outubro de 2013
BRUNA JAYNE DOS SANTOS PRUDÊNCIO
RAFAELA SABATINI MELLO PINHEIRO
RUY CAVALCANTE DE OLIVEIRA SOBRINHO

METODOLOGIA DA CIÊNCIA

Trabalho referente à N2,


sobre o impulso sexual na
filosofia de Schopenhauer e
sua relação com o filme “Lua
de fel”.

PROF.º FELIPE CARDOSO

Rio Branco

Outubro de 2013
ANÁLISE DO FILME “LUA DE FEL” SOB A PERSPECTIVA DO
AMOR E DO IMPULSO SEXUAL NA FILOSOFIA
SCHOPENHAUERIANA

Para Schopenhauer, o amor é o impulso sexual baseado na vontade de vida


da espécie; em outras palavras é uma apresentação da vontade de vida contida na
espécie humana. De fato, os animais não necessitam de amor para se aproximarem
de seus parceiros e procriaremos, os humanos necessitam de um empurrãozinho da
vontade de vida que reside dentro de cada membro da espécie humana. Se não
houvesse tal vontade os humanos, cheios de seus egoísmos, não se aproximariam
do sexo oposto para procriar e, assim, a espécie humana estaria condenada à
extinção. Mas, somente tal afirmação não justifica o fato do amor causar tamanha
tormenta; da paixão causar tamanho desejo, e não estabelece o critério para tal
desejo; não justifica o fato de ilusão causada por algo que é transcendente à nossa
vontade. Na medida em que nos apaixonamos, afirma Schopenhauer, nós
desejamos as qualidades presentes no sexo oposto nas quais farão parte de nossa
futura cria; além disso, não iremos desejar aqueles (as) que não podem nos dar
frutos e também não desejaremos aqueles (as) que nos darão frutos nos quais não
corresponderão com as expectativas de beleza e de vivacidade. Assim, o amor é
uma ilusão que nos aproxima do sexo oposto a fim de fazer com que procriemos.
Segue-se o fato de que se despoja mais consideração na cria do que no parceiro
(a), isto se dá pelo fato de que o amor somente serviu para criar o fruto, neste
momento não há mais o amor, somente uma consideração. Portanto, concluindo, o
amor é baseado numa vontade maior do que a nossa – a vontade da espécie -,
manifesta ludibriando o humano à aproximação e procriação, em outros termos: na
continuação de nossa espécie; escolhemos os parceiros desejando as qualidades
que desejamos para nossos frutos. Assim, o amor não é algo romântico, mas sim
uma ilusão.

Como exemplo, temos o filme “Lua de Fel”, que faz uma viagem por dentro
dos enigmas do amor e dos relacionamentos, onde podemos ver suas variadas
facetas, desde a paixão, a loucura, a decadência e o rancor em seus detalhes mais
íntimos. O filme conta a história de dois casais, Nigel e Fiona e Oscar e Mimi, nesta
história fica evidente que o desejo sexual e/ou a vontade do ser humano é
confundida a principio com o amor. Oscar e Mimi casam-se aparentemente
totalmente envolvidos pela paixão e pelo amor que sentem um pelo outro, mas com
o passar do tempo, percebe-se que a paixão inicial já não é a mesma e na tentativa
de renová-la, entram por um lado mais intenso sexualmente. Devido a uma crise de
choro de Mimi por ciúmes de Oscar, foi o estopim para a total decadência do
relacionamento que ainda mantinham, levando-os da paixão ao ódio e ambos
percebem que somente foram envolvidos por um jogo de sedução, o qual os
mantinha atraídos um pelo outro.
Nigel e Fiona com seu casamento visivelmente abalado, também são
supostas vitimas da confusão que o ser humano faz a respeito do amor. No decorrer
da história fica claro que o desejo e a atração pelo sexo oposto são justificados com
sentimentos inexistentes, o que acontece de verdade é que a espécie humana tem
em sua natureza a necessidade de procriação, esta mesmo, segundo Schopenhauer
é a verdadeira motivação para a procura de um sexo pelo outro, esta necessidade
de procriação movida pelas vontades humanas é mascarada e passa despercebida
por nossa espécie.

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