Você está na página 1de 14

Professor: IVANIR RUFATTO

Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA


Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

REGIMES DE CAIXA E DE COMPETÊNCIA


Regime de Competência: o registro do documento se dá na data do fato gerador, ou seja, não
importando quando vou pagar ou receber.
A Contabilidade se utiliza do Regime de Competência, são contabilizados como Receita ou
Despesa, os valores dentro do mês de Competência, na data onde ocorreu o fato Gerador, na
data da realização do serviço, material, da venda, do desconto, não importando para a
Contabilidade quando vou pagar ou receber, mas sim quando foi realizado o ato. É o regime
utilizado pelas entidades com fins lucrativos.
Regime de Caixa: considera o registro dos documentos quando estes foram pagos,
liquidados, ou recebidos, como se fosse uma conta bancária. Porém para se medir os
resultados de uma empresa, utilizado o Regime de Competência, onde além de se considerar
as vendas efetuadas, as despesas realizadas.

COMO ELABORAR UM PLANO DE CONTAS CONTÁBIL


Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que
norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir
de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários
de informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de
Contas geral pode não compreender.

OBJETIVOS DO PLANO DE CONTAS


Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da
organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais:
a) atender às necessidades de informação da administração da empresa;
b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de
elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a
chamada "Lei das S/A”);
c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da
legislação do Imposto de Renda.

ELENCO DE CONTAS E CORRESPONDENTE CONJUNTO DE NORMAS


O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constituí na
verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do
funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém comentários e
indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que serve, o que
deve conter e outras informações sobre critérios gerais de contabilização).

CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL


A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com
observância das Normas Brasileiras de Contabilidade.
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma
sintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração
contábil. Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei
6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e
artigo 187), em síntese, se compõe de:
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma estrutura de plano de contas em 4 níveis:

1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 Caixa
1.1.1.01 Caixa Geral
1.1.2 Bancos C/Movimento
1.1.2.01 Banco Alfa
1.1.3 Contas a Receber
1.1.3.01 Clientes
1.1.3.02 Outras Contas a Receber
1.1.3.09(-) Duplicatas Descontadas
1.1.4 Estoques
1.1.4.01 Mercadorias
1.1.4.02 Produtos Acabados
1.1.4.03 Insumos
1.1.4.04 Outros

1.2 NÃO CIRCULANTE


1.2.1 Contas a Receber
1.2.1.01 Clientes
1.2.1.02 Outras Contas
1.2.2 INVESTIMENTOS
1.2.2.01 Participações Societárias
1.2.3 IMOBILIZADO
1.2.3.01 Terrenos
1.2.3.02 Construções e Benfeitorias
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas
1.2.3.04 Veículos
1.2.3.05 Móveis
1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada
1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada
1.2.4 INTANGÍVEL
1.2.4.01 Marcas
1.2.4.02 Softwares
1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada

2 PASSIVO
2.1 CIRCULANTE
2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher
2.1.1.01 Simples a Recolher
2.1.1.02 INSS
2.1.1.03 FGTS
2.1.2 Contas a Pagar
2.1.2.01 Fornecedores
2.1.2.02 Outras Contas
2.1.3 Empréstimos Bancários
2.1.3.01 Financiamento A - Operação X

2.2 NÃO CIRCULANTE


2.2.1 Empréstimos Bancários
2.2.1.01 Financiamento A - Operação X

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

2.3.1 Capital Social


2.3.2.01 Capital Social Subscrito
2.3.2.02 Capital Social a Realizar
2.3.2. Reservas
2.3.2.01 Reservas de Capital
2.3.2.02 Reservas de Lucros
2.3.3 Prejuízos Acumulados
2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores
2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual

3 CUSTOS E DESPESAS
3.1 Custos dos Produtos Vendidos
3.1.1 Custos dos Materiais
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados
3.1.2 Custos da Mão-de-Obra
3.1.2.01 Salários
3.1.2.02 Encargos Sociais

3.2 Custo das Mercadorias Vendidas


3.2.1 Custo das Mercadorias
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas

3.3 Custo dos Serviços Prestados


3.3.1 Custo dos Serviços
3.3.1.01 Materiais Aplicados
3.3.1.02 Mão-de-Obra
3.3.1.03 Encargos Sociais

3.4 Despesas Operacionais


3.4.1 Despesas Gerais
3. 4.1.01 Mão-de-Obra
3.4.1.02 Encargos Sociais
3.4.1.03 Aluguéis

3.5 Perdas de Capital


3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante
3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos
3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado

4 RECEITAS
4.1 Receita Líquida
4.1.1 Receita Bruta de Vendas
4.1.1.01 De Mercadorias
4.1.1.02 De Produtos
4.1.1.03 De Serviços Prestados
4.1.2 Deduções da Receita Bruta
4.1.2.01 Devoluções
4.1.2.02 Serviços Cancelados

4.2 Outras Receitas Operacionais


4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes
4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos
4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

BALANÇO PATRIMONIAL
É dividido em Ativo e Passivo, cujo totais são sempre iguais. O Ativo é constituído por bens e
créditos, enquanto o passivo é formado pelo passivo exigível (que representa a divida com
terceiros) e patrimônio líquido.
O Ativo e Passivo são divididos em grupos e subgrupos, contas e subcontas. Assim o primeiro
grupo do Ativo é o circulante, que tem como primeiro subgrupo as disponibilidades, cuja
primeira conta é Caixa, que pode ter como subcontas por exemplo, Caixa da Matriz e Caixa
da Filial.

ATIVO PASSIVO

ATIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE


ATIVO NÃO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL

Ativo: As contas do Ativo são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez (de
acordo com a rapidez com que podem ser convertidas em dinheiro).
É um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que resultem, no futuro, benefícios econômicos para a entidade. Ou seja, deve ser
compreendido como o conjunto de recursos financeiros e econômicos que são administrados
de forma a gerarem mais recursos financeiros e econômicos. A finalidade de uma empresa é o
lucro, e o Ativo é a aplicação de bens e direitos de modo a produzir lucro.
Ativo Circulante: O Ativo Circulante agrupa dinheiro e tudo o que será transformado em
dinheiro rapidamente. São contas que estão constantemente em giro, movimento, circulação.
Neste grupo são registrados os bens e direitos que a empresa consegue realizar (transformar)
em dinheiro até o final do exercício seguinte, ou seja, no curto prazo.
Ativo Não Circulante: São registrados os direitos que serão realizados (transformados em
dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo), assim como os bens de uso
(veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa (aluguéis, imóveis para vendas, etc.).
Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados ao
funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos
exercidos com essa finalidade.
Investimentos: No grupo Investimentos são classificadas as participações e aplicações
financeiras de caráter permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a empresa de
forma que esses bens e direitos não sejam destinados à manutenção das atividades normais da
companhia.
Segundo o inciso III do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas do grupo Investimentos serão
classificadas da seguinte forma:
"As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa.”
Imobilizado: No Imobilizado são classificados os bens e direitos de natureza permanente que
serão utilizados para a manutenção das atividades normais da empresa, servindo a sua
estrutura. A empresa não pretende vender os seus bens e direitos, ou seja, não há intenção de
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

transformá-los em dinheiro. Caracterizam-se por se apresentarem na forma tangível (bens


corpóreos).
Intangível: São Intangíveis os bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são
incorpóreos (não tem corpo). Eles possuem valor econômico mas carecem de substância física
(material), tendo o valor patrimonial nos direitos de propriedade imaterial que são conferidos
a seus possuidores.

Passivo Circulante: são as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano: contas
a pagar, dívidas com fornecedores de mercadorias ou matérias-primas, impostos a
recolher, empréstimos bancários com vencimento nos próximos 360 dias, provisões (despesas
incorridas, geradas, ainda não pagas, mas já reconhecidas pela empresa: imposto de
renda, férias, 13° salário etc.).
São considerados exemplos de passivo circulante:
 Fornecedores ou duplicatas a pagar;
 Empréstimos bancários;
 Títulos a pagar;
 Encargos sociais a pagar;
 Salários a pagar;
 Impostos a pagar.

Passivo Não Circulante: É um subgrupo do passivo exigível do Balanço Patrimonial e é


composto das contas antes agrupadas no Passivo Exigível a Longo Prazo, ou seja, de registro
de todas as obrigações que devem ser quitadas cujos vencimentos ocorrerão após o final do
exercício seguinte ao encerramento do balanço patrimonial. Dentre essas contas podemos
destacar:
 Financiamento e empréstimos de instituições financeiras;
 Títulos á pagar;
 Fornecedores á pagar.

Patrimônio Líquido: É a parte do Patrimônio que pertence ao proprietário da empresa. São


os Capitais Próprios.
 Capitais de Terceiros = Obrigações
 Capitais Próprios = Patrimônio Líquido
Capitais Próprios: podem se originar de duas fontes
 Recursos do proprietário. É o caso do Capital Inicial ou aumentos posteriores.
 Evolução normal da empresa. É o caso dos Lucros e, consequentemente, das Reservas.
Embora de forma bem simples, acrescentamos ao seu conhecimento mais dois elementos do
Patrimônio Líquido: Reservas e Lucros, os quais, juntamente com o Capital, constituem os
Capitais Próprios da empresa.

ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Disponível Circulante
Caixa Salários a pagar
Caixa pequenas despesas Fornecedores
Banco Conta Movimento Duplicatas a pagar
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

Banco do Brasil S/A. Empréstimo e financiamentos


Banco Itaú S/A. Imposto a pagar / recolher
Bradesco Títulos a pagar
Aplicações Financeiras Encargos Sociais a Recolher
Banco do Brasil S/A. Outros Títulos a Pagar
Banco Itaú S/A. Aluguéis a pagar
Bradesco S/A. Água e Luz a pagar
Clientes/Duplicatas a Receber Dividendos Propostos a Pagar
Cliente X PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Cliente Y Empréstimos e Financiamentos
Duplicatas Descontadas Títulos a pagar
(-) Duplicatas descontadas Promissórias a Pagar
(-) Provisão p/ devedores duvidosos Patrimônio Líquido
Adiantamento a Fornecedores Capital Social
Adiantamento a Empregados Capital Subscrito
Títulos a Receber (-) Capital a Integralizar
Nota promissória a receber Reserva de Lucros
Impostos a Recuperar/Compensar Reserva Legal
ICMS a recuperar Reserva Estatutária
IPI a recuperar Reserva para Contingências
IRRF a recuperar Lucros do exercício
CSLL a recuperar (-) Prejuízos do exercício
PIS a recuperar
COFINS a recuperar
INSS a recuperar
Outros tributos a recuperar
Estoques
Mercadorias para Revenda
Produtos em elaboração
Matéria prima
Material de embalagem
Materiais de Uso/Consumo
Títulos e Valores Mobiliários
Depósito p/ incentivo fiscal
Despesas Antecipadas
Juros s/ empréstimo de capital de giro
Juros s/ financiamento Imobilizados
Despesas financeiras
Seguros
Vale transporte
Outras
ATIVO NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo
Aplicações Financeiras
Títulos a Receber
Clientes
Investimentos
Participação empresas ações
Terrenos e Imóveis para futura
utilização
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

Obras de Arte
Outros investimentos
Imobilizado
Terrenos
Móveis e utensílios
Instalações
Máquinas, equipamentos e ferramentas
Computadores e periféricos
Veículos
Imóveis
Peças e conjuntos de reposição
Florestamento e reflorestamento
Depreciação Acumulada, Amortizada e
Exaustão
(-) Depreciação móveis e utensílios
(-) Depreciação instalações
(-) Depreciação máquinas,
equipamentos e ferramentas
(-) Depreciação Computadores
(-) Depreciação veículos
(-) Depreciações Imóveis
(-) Amortização Marcas e patentes
(-) Amortização Pesquisas e
desenvolvimento
(-) Amortização sobre direitos autorais
Intangíveis
Marcas e patentes
Pesquisa e desenvolvimento
Direitos autorais
Concessões
Direitos sobre recursos naturais
Sistemas aplicativos
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)


Apresentação das Demonstrações Contábeis
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é definir a base para a apresentação das
demonstrações contábeis, para assegurar a comparabilidade tanto com as demonstrações
contábeis de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as demonstrações contábeis
de outras entidades. Nesse cenário, este Pronunciamento estabelece requisitos gerais para a
apresentação das demonstrações contábeis, diretrizes para a sua estrutura e os requisitos
mínimos para seu conteúdo.
Os termos abaixo são utilizados neste Pronunciamento com os seguintes significados:
Demonstrações contábeis de propósito geral (referidas simplesmente como demonstrações
contábeis) são aquelas cujo propósito reside no atendimento das necessidades informacionais
de usuários externos que não se encontram em condições de requerer relatórios
especificamente planejados para atender às suas necessidades peculiares.
Práticas contábeis brasileiras compreendem a legislação societária brasileira, os
Pronunciamentos, as Interpretações e as Orientações emitidos pelo CPC homologados pelos
órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que
atendam ao Pronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro emitido pelo CPC e, por conseguinte, em
consonância com as normas contábeis internacionais.
Omissão material ou divulgação distorcida material – As omissões ou divulgações
distorcidas são materiais se puderem, individual ou coletivamente, influenciar as decisões
econômicas que os usuários das demonstrações contábeis tomam com base nessas
demonstrações. A materialidade depende do tamanho e da natureza da omissão ou da
divulgação distorcida, julgada à luz das circunstâncias que a rodeiam. O tamanho ou a
natureza do item, ou combinação de ambos, pode ser o fator determinante para a definição da
materialidade.
Avaliar se a omissão ou a divulgação distorcida pode influenciar a decisão econômica do
usuário das demonstrações contábeis, e nesse caso, se são materiais, requer que sejam levadas
em consideração as características desses usuários.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Após os registros contábeis das operações realizadas no decorrer do exercício social, as
entidades devem tomar uma serie de providências de natureza contábil e administrativa, com
a finalidade principal de elaborar as demonstrações contábeis.
Os procedimentos administrativos e contábeis das entidades ao final do exercício é chamado
de encerramento do exercício.
Composição das Demonstrações Contábeis
 Balanço Patrimonial
 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
 Demonstrações de Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL
 Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC
 Demonstração do Valor Adicionado – DVA
 Notas Explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.
Objetivo das Demonstrações Contábeis
É fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira da empresa, para seus
usuários efetuarem as tomadas de decisões.
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

Balanço Patrimonial
É dividido em Ativo e Passivo, cujo totais são sempre iguais. O Ativo é constituído por bens e
direitos, enquanto o passivo é formado pelo passivo exigível (que representa a divida com
terceiros) e patrimônio líquido.
Reflete a posição financeira da empresa em determinado momento, normalmente no final do
ano ou de um período prefixado.
O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas:
 Coluna do lado direito: é denominada Passivo e Patrimônio Líquido
 A coluna do lado esquerdo é denominada Ativo

Representação gráfica

Exercício: Efetue o fechamento do Balanço patrimonial a partir das contas abaixo:


Capital Social Subscrito 105.000,00, Mercadoria 39.000,00, veiculo 40.000,00,
Financiamento CP 51.500,00, Terreno 110.000,00, Fornecedores 63.000,00, Caixa
100.000,00, Salários á Pagar 4.200,00, Duplicatas á Pagar 89.800,00, Clientes 18.000,00,
Lucro/Prejuízos Acumulados 6.500,00.
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

Demonstração do Resultado do Exercício – DRE


É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período, é
apresentada de forma dedutível, ou seja as receitas subtraem as despesas e em seguida indica-
se o resultado de lucro ou prejuízo.
A DRE é elaborada simultaneamente com o Balanço Patrimonial constituindo em relatórios
das operações realizadas pela empresa durante um determinado período de tempo. Nesse
relatório é obtido um dos mais importantes valores que é o resultado liquido do período –
Lucro ou Prejuízo.
Com esse relatório as pessoas interessadas nos negócios da empresa tem condições de obter
informações, fazer analises, estimar variações, traçar novos rumos.

MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS


Receita Bruta de Vendas de Mercadorias
Receita Bruta de Vendas de Produtos
Receita Bruta de Vendas de Serviços

(-) Deduções com Impostos, Devoluções e Descontos Incondicionais


Vendas Canceladas
ICMS sobre Vendas

= RECEITA LÍQUIDA

(-) CUSTO DAS VENDAS


Custo das Mercadorias Vendidas – CMV
Custo dos Produtos Vendidos – CPV
Custo dos Serviços Prestados – CSP

= LUCRO BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS


Despesas com Pessoal
Despesas Administrativas
Despesas de Vendas
Despesas Gerais

(=) LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO

(+/-) RESULTADO FINANCEIRO


Receitas Financeiras
Despesas Financeiras

(+) OUTRAS RECEITAS


(-) OUTRAS DESPESAS

(=) LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO


Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

(-) TRIBUTOS SOBRE O LUCRO (*)


Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ
Despesa com Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Exercício
A partir das contas abaixo elabore a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício do
período solicitado.
Receita vendas de mercadoria 150.000,00, Receita de prestação de serviço 35.000,00, ICMS
1.800,00, ISS 480,00, CMV 45.580,00, CSP 8.950,00, Salários 7.300,00, Energia Elétrica
1.200,00, Material de Consumo 850,00, Água 480,00, Aluguel 6.100,00.

DRE:
Receita Bruta de Venda
Receita vendas de mercadoria.........................150.000,00
Receita de prestação de serviço.......................35.000,00
ICMS...............................................................(1.800,00)
ISS......................................................................(480,00)
(=) Receita Líquida 182.720,00
CMV ...............................................................(45.580,00)
CSP ...................................................................(8.950,00)
(=) Lucro Bruto 128.190,00
(-) Despesas Operacionais
Salários ..............................................................(7.300,00)
Energia Elétrica .................................................(1.200,00)
Material de Consumo ..........................................(850,00)
Água ....................................................................(480,00)
Aluguel .............................................................(6.100,00)
(=) Lucro/Prejuízo Antes do IRPJ e CSLL......112.260,00
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

PROVISÕES
É uma reserva de um valor para atender a despesas que se esperam. A provisão
visa a cobertura de um gasto já considerado certo ou de grande possibilidade de ocorrência.
As provisões representam expectativas de perdas de ativos ou estimativas de valores a
desembolsar que, apesar de financeiramente ainda não efetivadas, derivam de fatos geradores
contábeis já ocorridos.
A partir do momento que essas perdas de ativos ou obrigações se tornam totalmente definidas,
deixam de ser consideradas como provisões, como por exemplo: a provisão de salários se
transforma em salários a pagar, a provisão para Imposto de Renda passa a ser Impostos de
Renda a pagar.

OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO CONTÁBIL DA COMPETÊNCIA


Normalmente os salários são pagos até o 5º dia útil do mês seguinte ao de referência, exceto
os casos em que os acordos ou convenções coletivas estabelecem prazos menores.
No entanto, a contabilização da folha de pagamento de salários deve ser efetuada
observando-se o regime de competência, ou seja, os salários devem ser contabilizados no mês
a que se referem ainda que o seu pagamento seja efetuado no mês seguinte.
No caso do valor relativo às férias e ao 13º salário, a empresa deve apropriar estes valores
mensalmente em obediência ao regime de competência, efetuando a provisão para o
pagamento dessas verbas. Se a empresa não faz a provisão, esses valores serão apropriados
como custo ou despesa por ocasião do respectivo pagamento.

CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO


Provisão da Folha de Pagamento
Normalmente os salários são pagos até o 5º dia útil do mês seguinte ao de referencia, exceto
em casos que em convenção coletiva estabeleça prazos diferente, no que se refere a
contabilização da folha de pagamento devemos observar o regime de competência, devendo
ser efetuado a contabilização no mês que se refere, ainda que o pagamento seja feito no mês
seguinte. Os salários e encargos se classificam como despesas operacionais ao se refere a área
comercial e administrativa e como custo quando se refere a setor de produção.

**Material anexo ao MAPA.

NOÇÕES BÁSICAS DE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


Mercadorias: são os bens que as empresas comerciais adquirem com a finalidade de revenda,
sem industrializá-las. São revendidas da mesma forma como foram adquiridas.
Compreendem o registro dos fatos envolvendo as mercadorias: estoque inicial, compras,
vendas e estoque final.
 apuração do custo das mercadorias vendidas (CMV);
 apuração do resultado com mercadorias (RCM);

CMV  Custo das Mercadorias Vendidas


CMV = EI + C - EF
EI  Estoque Inicial
C  Compras Líquidas
EF  Estoque Final
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

RCM  Resultado com Mercadorias = LUCRO BRUTO


RCM = V - CMV
V  Vendas Líquidas
CMV  Custo das Mercadorias Vendidas

INVENTÁRIO PERIÓDICO:
É um sistema arcaico adotado por pequenas e médias empresas, sua deficiência é de natureza
administrativa, pois as quantidades dos bens existentes em estoque só são conhecidas
periodicamente.
É o sistema em que há o controle de estoque pela averiguação da contagem física de seus
itens, ou seja, NÃO é efetuado o controle contínuo das movimentações de entrada e saída de
mercadorias ou de produtos, bem como de seu saldo final.
Quando necessitamos apurar o resultado fazemos um levantamento físico para avaliação dos
estoques existentes naquela data, pela diferença entre o total das mercarias disponíveis para
venda e o estoque final.

RECEITAS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS


Receitas Operacionais: são também aquelas decorrentes do desenvolvimento das
atividades normais da empresa.
Receitas não Operacionais: são aquelas provenientes de transações não-incluídas nas
atividades principais ou acessórias que constituem objeto da empresa, como, por exemplo, o
montante obtido na alienação de Bens ou Direitos integrantes do Ativo Permanente.

DESPESAS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS


Despesas Operacionais: são aquelas decorrentes do desenvolvimento das atividades normais
da empresa.
Despesas não Operacionais: são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas
atividades principais ou acessórias da empresa, como, por exemplo, o custo (valor contábil)
de Bem do Ativo Permanente que deve ser apurado quando este for alienado, baixado ou
liquidado.

DEPRECIAÇÃO
Os ativos Imobilizados exceto terrenos, tem vida útil limitada, ou seja serão uteis a
empresa por um período finito, a medida que esses períodos forem decorrendo, dar-se-á, o
desgastes dos bens que representa um custo que deve ser reconhecido e registrado custo do
ativo imobilizado é destacado como um despesa nos períodos contábeis, esta despesa é a
chamada de depreciação.
A depreciação é computada como despesa, em cada exercício a importância
correspondente á diminuição do valor do ativo imobilizado resultante dos desgastes pelo uso.
Professor: IVANIR RUFATTO
Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Semestre: 1° Semestre – G2
Ano: 2019
MATERIAL DE APOIO AO ACADÊMICO

TAXA ANULA DE DEPRECIAÇÃO:


Para o calculo de depreciação é necessário estimar a vida útil do bem, quanto ele vai
durar. Sendo assim a taxa de depreciação anual é estabelecida em função do prazo de vida
útil do bem a depreciar, a taxa anual corresponde a divisão de 100% pelo numero de anos do
prazo de vida útil do bem.
A legislação do imposto de renda fixa as taxas de depreciação como segue:

Todavia devemos sempre consultar a IN SRF nº 162 de 31/12/1998, para verificar o


enquadramento do bem a ser depreciado:

Os encargos de depreciação, amortização e exaustão podem ser computados mensalmente,


observando o seguinte critério.
Registro de 1/12 dos encargos anual, em cada mês – calendário.

Efeitos da depreciação na DRE E BP:


A despesa de depreciação é uma conta que deve figurar na demonstração do resultado
do exercício (DRE).
No balanço patrimonial a depreciação aparece deduzindo o Imobilizado (conta
redutora).

Exemplo;
Empresa Cia Ltda. tem um caminhão no valor de R$ 200.000,00
Vida útil de 5 anos
Calculo:
200.000,00 X 20% = 40.000,00
É o primeiro mês que a empresa vai lançar a depreciação como segue:

Contabilização:
D= Despesa com depreciação 40.000, 00 (resultado)
C= Depreciação acumulada 40.000,00 (ativo: conta retificada do bem)

Será deduzido no lucro os R$ 40.000,00 no lucro e deduzir 40.000,00 no bem, Sendo assim o
valor do bem é R$ 160.000,00.

Você também pode gostar