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ANCINE - Coordenação de Gestão de Processos de Fomento

<gestaosfo.projetos@ancine.gov.br>

Prezado Amarildo,
 
É imprescindível que leiam a Instrução Normativa 125, disponível no link:
http://www.ancine.gov.br/pt-br/node/18029 e também nos manuais e nas perguntas
frequentes, disponíveis em nosso site: https://www.ancine.gov.br/pt-br.
 
A proponente não deve escolher duas opções, mas sim apenas uma. No caso do
seu projeto, que ainda não foi aprovado junto à ANCINE e ainda não possui
captação, a solicitação correta é a de APROVAÇÃO.
 
Informamos que na APROVAÇÃO é aprovada somente uma estimativa de custos. O
orçamento em si só é consolidado quando chega à Análise Complementar, e por
isso, na primeira fase (Aprovação) ainda não há como preencher os profissionais
que irão compor a equipe.
 
Além disso, pedimos que observe o texto: “O valor deve ter o limite de 10% sobre a
soma dos valores solicitados para os mecanismos de incentivo do art 1ºA da
Lei 8.685/93, e arts. 18 e 25 da Lei 8.313/91. Com os valores apresentados no
momento, o valor limite é R$ 8.012,40.” Os 10% são em cima da soma dos valores
aportados no Art.1ºA e Arts. 18 e 25, e não do valor total do projeto. A mesma
coisa ocorre com Coordenação e Colocação, em que os 10% são em cima do valor
solicitado para o Art.1º e não do valor total do projeto.
 
Já em relação à questão “Se estamos contratando o Agenciamento, por que
contratar a Coordenação e a colocação também. O Agenciamento serve pra que?”
informamos que a explicação do que significa cada um dos dois itens encontra-se na
Instrução Normativa 125.
 
Pedimos que leiam a IN 125, disponível no link acima disposto, e APÓS a leitura nos
retornem em caso de dúvidas posteriores para que possamos lhe auxiliar.
 
Atenciosamente,
MECANISMOS DE FOMENTO
 
1) Quais são as atividades de fomento da ANCINE?

A ANCINE é uma Agência Reguladora, que possui entre suas competências


atividades de fomento (estabelecidas na MP 2228-1/2001 e no Decreto 4456/2002),
com atuação em duas frentes: o fomento indireto, que se efetiva por meio das leis de
incentivo fiscal; e o fomento direto, que se efetiva tanto por meio de editais públicos
(fomento direto seletivo), quanto pelo mérito artístico ou de mercado (fomento direto
automático).
Toda a legislação concernente às funções e processos da ANCINE está disponível
no portal da Agência: www.ancine.gov.br

FOMENTO INDIRETO
 
2) Quais são os mecanismos de fomento indireto?

O FOMENTO INDIRETO é constituído por investimentos realizados em projetos


produzidos com base em mecanismos de incentivo fiscal que autorizam a utilização
de recursos oriundos de impostos devidos ao Estado em investimento na atividade
cinematográfica e audiovisual.

São eles:

a) Artigo 1º da Lei 8.685/93 – Lei do Audiovisual .

Autoriza que sejam abatidos do Imposto de Renda devido 100% dos valores
utilizados na compra de Certificados de Investimento Audiovisual (CAV), até o limite
de 3% do Imposto de Renda devido para Pessoas Jurídicas e 6% do Imposto de
Renda devido para Pessoas Físicas. Além desse abatimento, este artigo autoriza
ainda que o valor investido seja lançado na contabilidade da empresa como despesa
operacional.
Este mecanismo é utilizado pelas empresas não apenas pelo benefício fiscal, mas
também porque elas podem associar sua imagem institucional ao produto realizado
com estes recursos, além de receberem parte dos rendimentos obtidos com a
comercialização da obra, conforme condições estabelecidas no CAV.
O mecanismo pode fomentar obras cinematográficas brasileiras de produção
independente de curta, média e longa-metragem, de obras destinadas ao segmento
de mercado de TV Paga e TV Aberta e projetos nas áreas de distribuição, exibição e
infraestrutura técnica apresentados por empresas brasileiras.
O limite máximo de aporte a um projeto por meio deste mecanismo é de R$ 4
milhões, somando-se ao valor eventualmente aportado ao mesmo projeto por meio
do dispositivo de fomento instituído pelo art. 1ºA da Lei nº 8.685/93.
Como ocorre em todos os instrumentos de fomento criados pela Lei do Audiovisual,
é exigida contrapartida obrigatória da empresa responsável pelo projeto equivalente
a 5% do orçamento total aprovado.

b) Artigo 1ºA da Lei 8.685/93 – Lei do Audiovisual.

Este mecanismo foi inserido na Lei nº 8.685/93 por meio da Lei nº 11.437/06 e
autoriza os contribuintes a deduzirem do Imposto de Renda devido 100% das
quantias investidas no patrocínio a projetos audiovisuais, limitado a 4% do Imposto
de Renda devido para Pessoa Jurídica e a 6% do Imposto de Renda devido para
Pessoa Física.
Diferentemente do Art. 1º da Lei 8.685/93, neste caso não é utilizado o mecanismo
de compra de certificado de comercialização e não é permitido que o valor investido
seja lançado na contabilidade da empresa como despesa operacional. Além do
abatimento de imposto, o patrocinador tem o benefício de associar sua imagem ao
produto audiovisual resultante do projeto fomentado.
O mecanismo pode ser aplicado em projetos de obras cinematográficas brasileiras
de produção independente de curta, média e longa-metragem e de obras destinadas
ao segmento de mercado de TV Paga e TV Aberta, além de projetos específicos de
difusão, preservação, exibição, distribuição e infraestrutura técnica apresentados por
empresas brasileiras, bem como em projetos de realização de festivais
internacionais.
O limite máximo de aporte a um projeto por meio deste mecanismo é de R$ 4
milhões, somando-se ao valor eventualmente aportado ao mesmo projeto por meio
do dispositivo de fomento instituído pelo art. 1º da Lei nº 8.685/93. Como ocorre em
todos os instrumentos de fomento criados pela Lei do Audiovisual, é exigida
contrapartida obrigatória da empresa responsável pelo projeto equivalente a 5% do
orçamento total aprovado.

c) Artigo 3º da Lei 8.685/93 – Lei do Audiovisual .

Autoriza que os contribuintes de Imposto de Renda sobre o crédito ou remessa para


o exterior de rendimentos decorrentes da exploração comercial de obras
audiovisuais estrangeiras no Brasil utilizem 70% do imposto devido em
investimentos:
- no desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileiras
de longa-metragem de produção independente, e - na coprodução de telefilmes e
minisséries brasileiros de produção independente e de obras cinematográficas
brasileiras de produção independente. 

d) Artigo 3º A da Lei 8.865/93 – Lei do Audiovisual.

Autoriza que os contribuintes de Imposto de Renda sobre crédito, emprego,


remessa, entrega ou pagamento pela aquisição ou remuneração, a qualquer titulo,
de direitos, relativos à transmissão, por meio de radiodifusão de sons e imagens e
serviços de comunicação eletrônica de massa por assinatura, de quaisquer obras
audiovisuais ou eventos (mesmo os de competições desportivas das quais faça
parte representação brasileira) utilizem 70% do imposto devido em investimentos:
- no desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileira
de longa-metragem de produção independente, e - na coprodução de obras
cinematográficas e videofonográfico brasileiras de produção independente de curta,
média e longas-metragens, documentários, telefilmes e minisséries.

e) Artigo 39, inciso X, da MP 2.228-1/01.

É um mecanismo que permite que as empresas programadoras internacionais de TV


por assinatura sejam isentas da CONDECINE cobrada pela remessa ao exterior da
remuneração pela exploração de obras audiovisuais estrangeiras no Brasil, desde
que invistam 3% do valor dessa remessa na coprodução de projetos
cinematográficos e videofonográfico brasileiros de produção independente,
telefilmes, minisséries e programas de televisão de caráter educativo e cultural,
brasileiros e de produção independente, que sejam previamente aprovados pela
ANCINE.
Este mecanismo vem permitindo que essas empresas coloquem o produto nacional
em sua grade de programação de TV no Brasil e, em alguns casos, também no
exterior.

f) FUNDO DE FINANCIAMENTO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA


NACIONAL (FUNCINES), do Capítulo VII da MP 2.228-1/01:

Os FUNCINES são fundos de investimento constituídos sob a forma de condomínio


fechado, sem personalidade jurídica, cujos recursos devem ser aplicados em
projetos de:
- produção de obras audiovisuais brasileiras independentes realizadas por empresas
produtoras brasileiras;
- construção, reforma e recuperação das salas de exibição de propriedade de
empresas brasileiras;
- aquisição de ações de empresas brasileiras para produção, comercialização,
distribuição e exibição de obras audiovisuais brasileiras de produção independente,
bem como para prestação de serviços de infraestrutura cinematográficos e
audiovisuais;
- projetos de comercialização e distribuição de obras audiovisuais cinematográficas
brasileiras de produção independente realizado por empresas brasileiras; e
- projetos de infraestrutura realizados por empresas brasileiras.
As pessoas físicas e jurídicas podem abater 100% dos valores utilizados na
aquisição de cotas de Funciones, até o limite de 3% do imposto devido (PJs) ou 6%
(PFs).
Os Funcines têm direito à participação nas receitas auferidas pelos projetos nos
quais aportam recursos por período determinado. 

g) ART.18 da Lei 8.313/91 – Lei Rouanet.

Autoriza que sejam abatidos do Imposto de Renda devido por Pessoas Jurídicas e
Físicas 100% dos valores investidos no patrocínio à produção de obras
cinematográficas brasileiras de produção independente, limitado a 4% do Imposto de
Renda devido por Pessoa Jurídica e a 6% do Imposto de Renda devido por Pessoa
Física. Neste caso não é permitido que o valor investido seja lançado na
contabilidade da proponente como despesa operacional. 

h) ART. 25 e 26 da Lei 8.313/91 – Lei Rouanet.

Estes mecanismos autorizam que os valores investidos na forma de Patrocínio ou de


Doação à produção de obras cinematográficas brasileiras de produção independente
sejam abatidos do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas e Físicas. No caso de
Patrocínio, o desconto fica limitado a 80% do valor investido por Pessoa Física e a
40% do valor investido por Pessoa Jurídica. Já quando houver Doação, o desconto
fica limitado a 60% do valor investido por Pessoa Física e a 30% do valor investido
por Pessoa Jurídica. Nos dois casos, o desconto é limitado a 4% do IR devido por
Pessoa Jurídica e a 6% do Imposto de Renda devido por Pessoa Física. Neste caso
é permitido que o valor investido seja lançado na contabilidade da proponente
Pessoa Jurídica como despesa operacional. 
1) Quais são os mecanismos de fomento direto?

A ANCINE classifica como fomento direto o apoio a projetos audiovisuais com


recursos provenientes do seu próprio orçamento. Esses recursos são oferecidos por
meio de uma seleção cujo formato é especificado em editais publicados no Diário
Oficial da União. Os editais podem ser de natureza seletiva ou automática.

a) FOMENTO DIRETO AUTOMÁTICO

Os editais de natureza automática concedem premiações com base nos resultados


econômicos ou artísticos das obras cinematográficas. Não há uma seleção, mas sim
uma classificação, de acordo com seus resultados. É o caso do Prêmio Adicional de
Renda e do Programa ANCINE de Incentivo à Qualidade do Cinema Brasileiro.

Prêmio Adicional de Renda - PAR

O PAR premia empresas brasileiras produtoras, distribuidoras e exibidoras de obras


cinematográficas de longa-metragem, de acordo com o desempenho dos filmes no
mercado de salas de exibição.
Os prêmios concedidos a essas empresas devem ser utilizados em novos projetos,
de acordo com o setor da cadeia produtiva em que atuam: empresas produtoras
devem investir em desenvolvimento de projetos, complementação de recursos para
filmagem ou de finalização; empresas distribuidoras devem investir em
desenvolvimento de projetos, aquisição de direitos de distribuição com utilização dos
recursos na produção da obra ou em comercialização de obras já produzidas; já
empresas exibidoras devem investir o valor da premiação em infraestrutura das
salas, automação de bilheteria, abertura de novas salas, aquisição de equipamentos
digitais ou em projetos de formação de público para o cinema brasileiro.

Programa IBERMEDIA:

Anualmente, a ANCINE colabora com o Fundo do Programa IBERMEDIA. O


Programa IBERMEDIA integra a política audiovisual da Conferência de Autoridades
Audiovisuais e Cinematográficas Ibero-americanas (CAACI), instituição da qual
fazem parte os chefes de cinematografia dos Estados, e tem como objetivo
promover, por meio de ajuda financeira, a criação de um espaço audiovisual ibero-
americano. Para ser apoiado pelo IBERMEDIA , o projeto deve se enquadrar em
uma das seguintes modalidades: programas de formação destinados aos
profissionais da indústria audiovisual ibero-americana; conteúdos para vendas
internacionais “delivery” e distribuição e promoção de filmes ibero-americanos;
coprodução de filmes ibero-americanos; desenvolvimento de projetos para cinema e
televisão; ou exibição.

4) Para onde devo encaminhar meu projeto para análise?

Formulários e documentos devem ser encaminhados para o seguinte endereço:


ANCINE - Agência Nacional do Cinema
a/c Superintendência de Desenvolvimento Econômico
Avenida Graça Aranha, 35 – Centro
CEP: 22030-002 Rio de Janeiro / RJ

FOMENTO INDIRETO – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS


APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

1) Que tipos de proponentes podem apresentar projetos que visem o apoio de


mecanismos de fomento indireto junto à ANCINE?

O tipo de proponente varia de acordo com o objetivo do projeto e com a natureza


jurídica da proponente:
- Para projetos de produção de obras cinematográficas e videofonográfico de curta,
média ou longa-metragem, telefilmes ou seriados, dos gêneros ficção, documentário
ou animação, para desenvolvimento, produção e comercialização, a proponente
deve ser uma Empresa Produtora Brasileira Independente, Pessoa Jurídica,
registrada na ANCINE, que tenha como atividade principal a produção de obras
audiovisuais.
- Projetos de obras de curta ou média-metragem, cuja proponente seja uma
Empresa Produtora Brasileira Independente (Pessoa Jurídica) ou uma Pessoa
Física, que busquem autorização para captação de recursos somente através da Lei
8.313/91 (Lei Rouanet), devem ser encaminhados para a Secretaria Especial de
Cultura. Caso os projetos de obras cinematográficas de curta ou média-metragem
conjuguem mecanismos da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet) e da Lei 8.685/93 (Lei do
Audiovisual), estes devem ser encaminhados à ANCINE. A proponente Pessoa
Jurídica deverá estar registrada na ANCINE e ter como atividade principal a
produção de obras audiovisuais.
- Projetos de obras de longa-metragem do gênero documentário, cuja proponente
seja uma Empresa Produtora Brasileira Independente (Pessoa Jurídica) ou uma
Pessoa Física, que busquem autorização para captação de recursos somente
através do Art. 25 da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet), devem ser encaminhados à
ANCINE. A proponente (seja Pessoa Jurídica ou Pessoa Física) deverá estar
registrada na ANCINE e ter como atividade principal a produção de obras
audiovisuais.
- Projetos de produção de Festivais Internacionais, a proponente pode ser Pessoa
Física ou Pessoa Jurídica, que busquem autorização para captação de recursos
somente através do Art. 18 da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet), devem ser encaminhados
à ANCINE.
- Para projetos de Infraestrutura Técnica para o segmento de mercado de salas de
exibição, a proponente deve ser Empresa Exibidora Brasileira, com registro na
ANCINE e cujo objetivo social inclua a atividade de exibição pública.
- Para projetos de Distribuição que desejem captar recursos por meio de editais
públicos de empresas públicas ou de economia mista, a proponente deve ser
Empresa Distribuidora Brasileira, registrada na ANCINE e que tenha por finalidade a
comercialização de obras cinematográficas.
As empresas devem estar em dia com todas as obrigações fiscais e devidamente
cadastradas na Superintendência de Registro da ANCINE.

2) Um projeto pode ter mais de um proponente responsável por todos os


procedimentos e compromissos necessários à realização do projeto?

Não, apenas uma empresa pode ser proponente do projeto e todos os documentos
deverão ser assinados pelos representantes legais da mesma, conforme
estabelecido em seu Contrato Social.

3) Onde estão estabelecidas as regras para apresentação junto a ANCINE de


projetos que visem o apoio de mecanismos de fomento indireto?

A Instrução Normativa nº 125 da ANCINE, disponível neste link, estabelece as


regras e etapas essenciais para elaboração, apresentação e acompanhamento dos
projetos de obras audiovisuais em busca do apoio de mecanismos de fomento
indireto.
Há ainda a Instrução Normativa nº 61, que estabelece as regras para aprovação e
acompanhamento de projetos de sala de exibição; e a Instrução Normativa nº 80,
que define as regras para aprovação e acompanhamento de projetos que recebem
recursos do FUNCINE.

4) O que é análise complementar?


É a etapa em que um projeto é submetido, anterior à autorização de movimentação
de recursos, que consiste na análise detalhada do projeto técnico, incluindo desenho
de produção, observando seu orçamento, conforme IN nº 125, art. 2º, II.
Antes da análise complementar, o projeto já deve ter sido aprovado anteriormente,
com exceção apenas para projetos de realização de festival internacional; de
desenvolvimento e de distribuição. Estes três já iniciam o procedimento nesta fase.
Na etapa de aprovação, o projeto é analisado de forma resumida. Deve ser
apresentado o argumento/roteiro e estimativa de custo (valores totais dos itens de
desenvolvimento, produção, despesas administrativas, tributos e taxas,
agenciamento e coordenação e colocação), dentre outros documentos indicados no
art. 9º da IN nº 125. Já na etapa de análise complementar, o projeto é analisado de
forma detalhada, sendo observados seu orçamento analítico, roteiro detalhado e as
condições de sua realização.

5) Como apresentar um projeto na ANCINE para obter autorização para captar


recursos incentivados?

Após leitura atenta das regras estabelecidas pela Instrução Normativa 125 da
ANCINE, disponível neste link, a proponente encaminha seus projetos para a
ANCINE através do Módulo de Apresentação de Projetos do Sistema ANCINE
Digital - SAD, disponível neste link. Há exceção apenas aos casos de projetos de
realização de festivais internacionais, de desenvolvimento de projeto e distribuição,
cujos documentos deverão ser enviados fisicamente à ANCINE. Para acessar o
módulo, além de estar com a situação regularizada perante a área de Registro da
ANCINE e com seu registro deferido perante a agência, o usuário deve ter um dos
seguintes perfis:
Ser Produtor Pessoa Jurídica com CNAE 59.11-1/99 - Atividades de produção
cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão não especificadas
anteriormente.
Ser Produtor Pessoa Jurídica com CNAE 59.11.1/01 - Estúdios cinematográficos
Ser produtor pessoa jurídica CNAE 59.11.1/02_Produção de Filmes para
Publicidade
Ser Produtor Pessoa Física.

Há um modelo de orçamento a ser apresentado?

Na aprovação dos projetos , deverá ser apresentada apenas uma estimativa de


custos, dividida conforme segue:
1 - desenvolvimento do projeto;
2 - produção;
3 - despesas administrativas;
4 - tributos e taxas;
5 - gerenciamento e execução de projeto; e
6 - agenciamento / coordenação e colocação.

O somatório dos custos previstos nos incisos 1 a 4 corresponderá ao valor do


orçamento de produção, para fins de incidência da remuneração de gerenciamento e
execução.
Já na etapa da análise complementar, deverá ser apresentado um orçamento em
grandes itens, no caso de longas-metragens de ficção ou documentários, bem como
para obras seriadas de ficção ou documentais. Para obras de animação de qualquer
tipo, ou curtas e médias metragens, o orçamento a ser apresentado será no modelo
analítico. O proponente deverá solicitar a análise complementar através do Sistema
Ancine Digital, onde será preenchido o orçamento.

Para submeter um projeto à análise e consequente autorização para captação


de recursos incentivados pela ANCINE, é preciso ter o roteiro completo, ou
basta um argumento?

Na etapa de aprovação do projeto, é requerido o argumento ou roteiro da obra


conforme estabelecido nos incisos IV e XXXVI do art. 2º Instrução Normativa 125,
Argumento:

a) para obras de ficção ou animação: resumo da trama da obra audiovisual,


localizando-a no tempo e no espaço, e a relação entre personagens, com o mínimo
de 3 (três) laudas e o máximo de 10 (dez) laudas;

b) para obras de documentário: apresentação da visão sobre o tema, localizando-o


no tempo e no espaço, relacionando objeto principal a ser abordado, estratégia de
abordagem ao mesmo e sugestão de estrutura, com o mínimo de 3 (três) laudas e o
máximo de 10 (dez) laudas;
Roteiro: texto realizado a partir do argumento da obra audiovisual contendo a
descrição dos personagens, o desenvolvimento dramatúrgico, os diálogos e sua
divisão em sequências.
É ainda exigido que o Argumento ou Roteiro esteja registrado junto a Fundação
Biblioteca Nacional (FBN), atestando a autoria do mesmo. O protocolo de pedido de
registro junto à FBN também é aceito para fins de comprovação.
Na etapa da Análise Complementar, é requerido obrigatoriamente o roteiro completo
da obra.
É ainda exigido que esse Roteiro esteja registrado junto a Fundação Biblioteca
Nacional (FBN), atestando a autoria do mesmo. O protocolo de pedido de registro
junto à FBN também é aceito para fins de comprovação.
Para os projetos de obras não ficcionais, poderão ser aceitos como substitutivos do
roteiro os seguintes documentos que comprovem o conhecimento do tema e das
condições de produção da obra proposta:

I– pesquisa sobre o tema;


II– fotos ou ilustrações sobre o tema;
III– fotos ou ilustrações dos locais de filmagem ou gravação, dos cenários ou dos
personagens;
IV– descrição da dramaturgia e das técnicas a serem utilizadas; e
V– texto contendo o resumo da obra proposta.

Para os projetos de minisséries, obras seriadas e programas para televisão de


caráter educativo e cultural, poderão ser aceitos o roteiro do primeiro capítulo e a
sinopse dos demais.

Qual o prazo de aprovação de um projeto pela ANCINE?

Após o recebimento da solicitação de aprovação do projeto, no caso de constatação


de pendências documentais, a ANCINE encaminhará à proponente, em até 10 (dez)
dias, mensagem eletrônica (diligência) solicitando a resolução ou esclarecimento
sobre as pendências.
O não atendimento das exigências em até 30 (trinta) dias da data de recebimento de
diligência documental enviada por mensagem eletrônica implicará a devolução à
proponente dos documentos já protocolizados.
Uma vez recebida à integralidade dos documentos necessários à solicitação de
aprovação do projeto, será aberto processo administrativo e, havendo necessidade
de diligência técnica para esclarecimento de informações, o prazo para aprovação
será suspenso a partir da data da diligência, prosseguindo pelo período
remanescente após resposta da proponente.
O não atendimento das exigências técnicas mencionadas em até 30 (trinta) dias da
data de recebimento de diligência enviada por mensagem eletrônica implicará o
arquivamento do processo.
O prazo para aprovação do projeto será de 25 (vinte e cinco) dias, contados a partir
da data de comprovação da entrega da integralidade dos documentos necessários à
análise, ou seja após o fim da triagem documental.
O prazo para aprovação do projeto que concomitantemente solicitar análise
complementar será de 50 (cinquenta) dias, contados a partir da data do protocolo na
ANCINE da integralidade dos documentos necessários à análise.

Uma vez aprovado o projeto pela ANCINE, quando a proponente estará apta a
iniciar a captação de recursos?

A proponente estará apta a captar a partir da data da publicação da aprovação do


projeto no Diário Oficial da União (DOU).

ORÇAMENTO

Existe um limite para os valores a serem apresentados no orçamento?

Sim. É necessário atenção a alguns limites estabelecidos pela Instrução Normativa


125:

- O Valor do Gerenciamento não pode ser superior a 10% do somatório do Total da


Produção;
- O Valor de Agenciamento não pode ser superior a 10% do montante de recursos
alocados nos mecanismos 1º A da Lei 8.685/93 (Lei do Audiovisual) e Arts. 18, 25 e
26 da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet), limitado o seu pagamento a 10% do valor
efetivamente captado;
- O Valor de Colocação (obrigatório em projetos que solicitam recursos através do
Art. 1º da Lei 8685/93) não pode ser superior a 10% do montante de recursos
alocado através do Art. 1º da Lei 8685/93 (Lei do Audiovisual), limitado o seu
pagamento a 10% do valor efetivamente captado;
- O Valor da Contrapartida não pode ser inferior a 5% (cinco por cento) do
orçamento global aprovado pela ANCINE para o projeto. Cabe apontar que projetos
que contem apenas com recursos da Lei 8.313/91, do Fundo Setorial do FSA e/ou
demais editais de fomento direto da ANCINE estão desobrigados da contrapartida
mínima obrigatória;
- O valor para os gastos de Promoção (assessoria de imprensa, ações na internet,
eventos de divulgação, produção de cartazes, produção de filme promocional com
cenas de bastidores (making of), montagem de cenas da obra para divulgação
(trailer) e até 10 (dez) unidades de taxa de cópia virtual (Virtual Print Fee - VPF)) não
podem ultrapassar 5% (cinco por cento) do orçamento de produção do projeto e
devem ainda se limitar ao teto de R$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil reais);
Os mecanismos Art. 3º e 3º A da Lei 8.685/93 (Lei do Audiovisual) e Art. 39, Inciso
X, da MP 2228-1/01 não permitem pagamento nem de Agenciamento e nem de
Colocação.
É vedado o pagamento da taxa de agenciamento para captações de recursos
provenientes de editais ou qualquer outro mecanismo de seleção pública, incluindo
programas internacionais com participação da Secretaria Especial de Cultura e
ANCINE, ou realizada por empresas estatais de qualquer entidade federativa.

O valor de 5% para Contrapartida / Recursos Próprios do Proponente, tem que


ser obrigatoriamente em dinheiro ou a proponente pode incluir nestes 5%
serviços de algum tipo?

A contrapartida pode ser em serviços, desde que os mesmos constem o no


orçamento aprovado pela ANCINE para o projeto e sejam comprovados na
prestação de contas. É necessário se atentar ainda para o fato de que não são
aceitas despesas ou serviços a título de contrapartida em valores superiores aos
valores aprovados para as rubricas e em rubricas não aprovadas.

ALTERAÇÕES DE FONTES DE FINANCIAMENTO – REMANEJAMENTO DE


FONTES

É possível mudar a(s) fonte(s) de financiamento de um projeto?

Sim. As fontes de financiamento de recursos incentivados – Art. 1º, Art. 1º-A, 3º, 3º-
A da lei nº 8.685/93, Art. 18 e Art. 25 da Lei n° 8.313/91, Inciso X do Art. 39 da MP
2.228-01/01; Art. 41 da MP 2.228-01/01 – além de outras como o FSA, PAR e PAQ,
incentivos privados, municipais e estaduais, poderão ser remanejadas quantas
vezes forem necessárias durante a gestão do projeto, desde que:
(I) não haja alteração do valor global da estimativa de custo ou do orçamento (com
exceção à situação descrita na pergunta 43),
(II) enquadrem-se nos requisitos exigidos de cada lei e
(III) seja respeitado respeite o limite de captação de recursos incentivados federais
da empresa proponente.
Se o projeto foi aprovado no Artigo 1º da Lei nº 8.685/93 (Lei do Audiovisual),
quais procedimentos devem ser adotados pelo investidor?

O projeto deve ser registrado na Comissão de Valores Imobiliários (CVM), onde


serão lançadas as cotas representativas de direitos de comercialização sobre a
obra.
O investidor receberá um Certificado de Investimento Audiovisual, recibo emitido
pela corretora, indicando o valor e o número de cotas adquiridas. Este certificado,
cuja cópia deve ser encaminhada à ANCINE em até 20 dias após a captação (de
acordo com o art. 29 da IN 125), é o comprovante do investidor a ser usado para
abater os valores do imposto de renda devido.
O depósito do investidor deve ser feito na conta da corretora de valores contratada
para o projeto, que transfere o dinheiro para a conta de captação publicada em
Diário Oficial.
Salientamos que a captação de recursos sem a devida emissão de cotas configura-
se ilegalidade ao art. 19 da lei 6385/76.

Se o projeto foi aprovado no Artigo 1º A da Lei nº 8.685/93 (Lei do Audiovisual),


quais procedimentos devem ser adotados pelo patrocinador?

No caso do art. 1º-A, o patrocinador deposita o dinheiro diretamente na conta de


captação do projeto publicada em Diário Oficial.

O proponente emite recibo em três vias: uma para o produtor, outra é entregue ao
patrocinador e a terceira deve ser encaminhada à ANCINE em até 20 dias após a
efetivação da captação (de acordo com o art. 29 da IN 125).

Onde posso encontrar um modelo de recibo de captação do Artigo 1º A da Lei


nº 8.685/93 (Lei do Audiovisual)?

O modelo de recibo de captação encontra-se na lista dos Anexos disponíveis ao final


da IN 125/15.

AGENCIAMENTO

O que é agenciamento?
Remuneração paga aos agentes responsáveis pelo serviço de captação de
recursos para os projetos aprovados pela Ancine para captação de recursos por
meio dos mecanismos previstos na Lei nº 8.313/91 e no art. 1º-A da Lei nº 8.685/93,
no limite máximo de 10% (dez por cento) do valor autorizado para captação de
recursos incentivados, limitado o seu pagamento ao montante efetivamente
captado.

O serviço de agenciamento pode ser realizado por pessoa física?


Sim, desde que seu pagamento esteja limitado até 10% (dez por cento) do valor
efetivamente captado de recursos incentivados. No caso de serviços terceirizados,
os pagamentos deverão ser comprovados nas prestações de contas com notas
fiscais ou recibos (das pessoas físicas ou empresas contratadas), estes últimos
acompanhados dos comprovantes de recolhimento dos tributos correspondentes.

Qual o limite máximo do agenciamento?


O limite máximo é de 10% (dez por cento) do valor autorizado para captação de
recursos incentivados, para os projetos a serem autorizados pelos mecanismos
previstos na Lei 8.313/91 e no artigo 1ºA da Lei 8.685/93, não podendo seu
pagamento exceder 10% do valor efetivamente captado.

É possível incluir agenciamento no orçamento dos projetos realizados através


dos mecanismos previstos no artigo 3º da Lei 8.685/93 e no artigo 39 da MP
2.228/01?
Nestes mecanismos não há agenciamento. Nestes casos as empresas contribuintes
escolhem os projetos nos quais desejam investir diretamente, não configurando uma
captação por parte do executor do projeto.

No caso de projetos selecionados em Editais, é possível incluir 10% do valor


captado como agenciamento?
Não. É vedado o pagamento da taxa de agenciamento para captações de recursos
provenientes de editais ou qualquer outro mecanismo de seleção pública, incluindo
programas internacionais com participação da Secretaria Especial de Cultura e da
ANCINE, ou realizada por empresas estatais de qualquer entidade federativa.

Qual o prazo estabelecido para o envio da obra à Cinemateca Brasileira para o


cumprimento do Depósito Legal?
O prazo é o mesmo da entrega da prestação de contas, ou seja, em até 120 (cento
em vinte) dias a partir do término de seu período de captação, para os projetos de
fomento indireto.

Qual é o prazo de armazenamento para os documentos de um projeto?


A proponente deverá preservar os comprovantes e documentos originais, em boa
ordem e mantê-los a disposição dos órgãos de controle interno e externo pelo prazo
de 5 (cinco) anos, contados a partir da deliberação final da ANCINE sobre as contas.

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