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_______________________________________________, por
sua advogada e procuradora infra-assinada, vem, respeitosamente propor a presente
DA LEGITIMIDADE
A gestão do FGTS é feita pela CEF (Caixa Econômica Federal),
ora Requerida, incumbindo-lhe a administração sobre todas as ordens, o que legitima a demandada
para figurar no pólo passivo.
A Caixa Econômica Federal ficou com o encargo de administrar o
FGTS após a extinção do BNH pelo DL nº 2.291/86, assumindo posteriormente o pleno comando
do FGTS com a Lei 7.839 de 12/10/89 e, atualmente, os saldos das contas vinculadas encontram-se
assentados perante ela, nos termos do artigo 12 da Lei 8.036/90, sendo seu agente operador do
Fundo.
Pacífica e remansosa a jurisprudência pátria em admitir que a
Caixa Econômica Federal, como agente operador do Fundo de Garantia do tempo de Serviço, é o
único órgão legitimado para pólo passivo das ações em que se busca a atualização dos saldos das
contas vinculadas ao FGTS.
Nesse sentido:
AC - 1997.01.00.0055747-1/MG; APELAÇÃO CIVIL - RELATOR JUÍZ OLINDO
MENEXES, 3ª TURMA DO TRF 1ª DJ 01/07/1998 P. 174: "I - A Caixa
Econômica Federal, como agente operador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, é o único órgão legitimado para o pólo passivo das ações em que busca
a atualização dos saldos das contas vinculadas ao FGTS."
DA PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA
O direito da requerente é líquido e certo e já sumulado, tratando-
se de verbas de FGTS que têm prescrição trintenária, ou seja, os juros não aplicados nos últimos
trinta anos são devidos, acrescidos de juros e atualização monetária, conforme previsão legal e
jurisprudencial:
Nesse sentido:
"FGTS - OPÇÃO RETROATIVA - CAPITALIZAÇÃO - JUROS PROGRESSIVOS
- PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA - PRELIMINARES SUSCITADAS PELA CEF,
DE ILEGITIMIDADE, DE LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO DOS BANCOS
DEPOSITÁRIOS, DE INÉPCIA DA INICIAL POR FALTA DE
DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DA TITULARIDADE DE CONTA, DA
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL - PRELIMINARES REJEITADAS - JUROS
MORATÓRIOS - I. A opção pelo FGTS proporcionada pela Lei 5958/73
retroagiu seus efeitos a 01.01.67, sem qualquer restrição ao regime de
capitalização dos juros. II. Se a prescrição quanto às contribuições do FGTS é
trintenária, os juros, acessórios que são, seguem a mesma sorte. III. Legitimidade
apenas da Caixa Econômica Federal para integrar a lide. Não integração da
União e demais Bancos depositários. IV. Fazem jus aos juros progressivos do
FGTS os empregados admitidos até a edição da Lei nº. 5.705, de 22/09/71. V. No
caso em apreço, de acordo com os precedentes desta E. 4ª Turma, os juros de
mora incidiriam nos índices da taxa SELIC, porém, a parte a quem aproveitaria
tal aplicação não se insurgiu neste particular. Mantidos os juros de mora de 1%
(um por cento) ao mês fixados na sentença. VI. Apelação improvida. (TRF 5ª R. -
AC 2005.83.00.016946-6 - 4ª T. - Rel. Des. Fed. Marcelo Navarro Ribeiro Dantas
- DJU 06.09.2006 - p. 1229) (Ementas no mesmo sentido).
DO PEDIDO
Diante do exposto requer seja a presente ação julgada
TOTALMENTE PROCEDENTE, com o julgamento antecipado da lide, na forma do artigo 330 do
Código de Processo Civil, sendo a requerida condenada no pagamento do total do pedido, ou seja, a
correção dos saldos de sua conta vinculada ao FGTS nos índices de correções monetárias, referente
aos anos de 1989 a 1991, conforme disposto na Súmula 252 do STJ, bem como a aplicação das
taxas de juros progressivos 3% a 6% ao ano, nos termos da Lei nº 5.958/73 c/c art. 4º da Lei
5.107/66, acrescidos dos juros legais mais juros de mora, a partir da data do débito da diferença
creditada a menor.
Requer a condenação da requerida nas custas e despesas
processuais, bem como honorários advocatícios na base de 20% do montante do valor da causa.
Requer, ainda, os benefícios do art. 71 da Lei 10.741∕03, uma vez
que a requerente conta com mais de 60 anos de idade.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidas, juntada de novos documentos e outras mais que se fizerem necessárias.
Dá-se à causa o valor de 72.553,98.
Termos em que,
Pede deferimento.
data.
Advogado