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Plano de Desenvolvimento
Sustentável do Norte e Noroeste
do Estado do Rio de Janeiro

Regulação, Modelo de Governança e Programa de Desenvolvimento Regional

Setembro 2010
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Av. do Contorno, 8000- Sl. 1701- SAnto Agostinho


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Coordenador geral | Eduardo Nery


Gestor | Ricardo Carvalho

Projeto:
Plano de Desenvolvimento
Sustentável do Norte e Noroeste do
Estado do Rio de Janeiro

Coordenador do Módulo Regulação e Regulamentação


Institucional Legal | Rogério Coutinho

Coordenador do Módulo Modelo de Governança


e Gestão, “Funding”, Metodologia de Acompanhamento
e Desempenho | Eduardo Nery

Coordenadores dos Módulos do


Programa de Desenvolvimento Regional

Histórico-Etnográfico | Elisiana Alves


Meio Ambiente Natural | Luciano Cota
Meio Ambiente Modificado
e Sistema Físico e
Infraestrutura | Milton Casério
Saneamento Ambiental
e Habitação | Antônio Gontijo
Economia | Nildred Martins
Social | Karen Menezes e
Samantha Nery
Político Administrativo | Eduardo Nery
Institucional-Legal | Rogério Coutinho
Sistema de Informação | Rosângela Milagres
Cartografia | Miguel Felippe

Aquarelas | Elisiana Alves

Paisagem (Aperibé)
Ponte (Itaocara)
Dança de Terreiro (Campos dos Goytacazes)
Ensaio para Castelinho (Itaocara)
APRESENTAÇÃO

Os vultosos investimentos que estão sendo e serão realizados na Região Norte Fluminen-
se associados à Bacia de Campos constituem um forte elemento indutor do seu desenvol-
vimento, se adequadamente geridos segundo os preceitos da sustentabilidade econômica
social e ambiental. Neste sentido, a elaboração de um plano de desenvolvimento susten-
tável, de longo prazo, certamente trará, depois de concluído, um diferencial estratégico
competitivo para os gestores públicos, empreendedores privados e do terceiro setor e,
igualmente, para toda a sociedade que vive nessa Região e na Noroeste, sua vizinha inte-
grada.
Assim, o projeto do Planejamento Estratégico do Norte e Noroeste Fluminense represen-
ta, portanto, o refinamento de um olhar focalizado no desenvolvimento continuado, base-
ando-se no fato de que a sua implementação, como resultado dos esforços dos diversos
agentes socioeconômicos regionais e do Estado do Rio de Janeiro, entre outros, represen-
ta um conjunto de ações e programas coordenados, devidamente priorizados, comprome-
tidos com a criação e crescimento de um estado de bem estar para sua sociedade. O seu
escopo principal abrange inclusive a identificação de outras potencialidades dessas Regi-
ões, além das já conhecidas, qual sejam o pólo petrolífero, o pólo de extração mineral e os
tradicionais pólos de agricultura. O desenvolvimento sustentável será produzido de forma
conseqüente, sobre o conhecimento e a exploração dos fatores diferenciais que caracteri-
zam e que as suas localidades e populações podem promover.
A metodologia utilizada no projeto, conforme a especificação consistente de seu termo de
referência, foi testada e amadurecida, com sucesso, em outros estados da federação, e os
seus resultados responderão as seguintes indagações:
onde estamos em relação ao restante da sociedade? e, onde queremos chegar numa
visão de futuro, dos próximos 25 anos?
Como produto, ao final de sua realização, estará disponível uma carteira de projetos estru-
turantes e articulados de curto, médio e longo prazos, capazes de induzir e promover o
processo de desenvolvimento regional. Essa carteira será incorporada ao Sistema de in-
formação de Gestão Estratégica do Estado do Rio de Janeiro, SIGE- RIO, onde tornar-se-
á acessível, via Internet, para os interessados em sua implementação,
Para sua viabilização, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão se articulou com
a Petrobras, por meio da unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de
Campos (UM-BC), a qual vem desenvolvendo um conjunto de ações regionais relevantes
através do seu Programa de Desenvolvimento Social de Macaé e Região, PRODESMAR,
especificamente constituído com o objetivo de aprimorar o planejamento e as ações de
desenvolvimento, em bases sustentáveis, para as Regiões Norte e Noroeste do Estado do
Rio de Janeiro, afetadas direta e indiretamente pelas atividades do setor petrolífero. Desse
entendimento, como uma decisão de responsabilidade social da empresa, a Petrobrás
assumiu a responsabilidade pelo aporte financeiro para a execução desse projeto, cuja
gestão está a cargo da SEPLAG, Rio de Janeiro, em um prazo de dez meses, conclusão
programada para setembro de 2010, em quatro etapas, sequenciadas, que também pro-
duzirão resultados, parciais, da maior significação, para os processos de tomada de deci-
são sobre o desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense e os seus reflexos na eco-
nomia do Estado do Rio de Janeiro.

Francisco Antônio Caldas Andrade Pinto


Subsecretário Geral
Rio de Janeiro, março de 2010

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG


Sérgio Ruy Barbosa Guerra Martins
Secretário de Estado

Subsecretário Geral de Planejamento e Gestão - SUBGEP


Francisco Antonio Caldas Andrade Pinto

Av. Erasmo Braga, 118 - Centro


20.020-000 - Rio de Janeiro/RJ
Brasil

Edição Final

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


EXPLICAÇÃO INICIAL

O Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de


Janeiro foi desenvolvido em quatro etapas consecutivas, num total de dez meses.
A Etapa 1, denominada Análise Situacional, foi realizada em quatro meses e teve co-
mo produtos, os seguintes relatórios:
• Análise Situacional da Região Norte do Estado do Rio de Janeiro, Volume 1, em
2 tomos, o qual está estruturado em nove capítulos com os seguintes conteúdos
história, etnografia, meio ambiente natural, meio ambiente modificado, economi-
a(1), sistema social(1), rede social, sistema físico e infraestrutura, sistema político-
administrativo municipal e regional(1), nos quais os capítulos sinalizados com (1)
são individualizados por Região Norte ou Noroeste, os demais sendo comuns a
ambas as Regiões;
• Análise Situacional da Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, Volume 2,
em 2 tomos, estruturado de maneira análoga ao anterior;
• Relatório Análise da Relação Situacional de Mercados que trata especificamente
dos da inclusão da população no sistema socioeconômico regional, tendo como
temas centrais a estrutura social, o trabalho, a renda e a democracia econômica,
designado Volume 3; e
• Cenários Prospectivos, designado como Volume 4.
Os trabalhos, que se referem à situação existente anterior, estão referenciados a me-
nos quinze anos, ou seja, cobrem o período 1994 a 2009, exceção à história e cultura
que remontam às origens do processo civilizatório regional, nos idos de 1532. As evo-
luções futuras consideram o horizonte 2035, às vezes 2040, com períodos menores
intermediários, sempre que tal condição mostre significado e agregue valor.
Para a execução da Etapa 1, foram adotados diferentes modos de participação da
sociedade fluminense e regional, dependendo do momento em que ocorreram, a sa-
ber:
Primeiro Momento
• levantamento e compilação de dados secundários de fontes oficiais ou reconhe-
cidas;
• conjunto de entrevistas com formadores de opinião líderes empresariais, munici-
pais e associações de classe e população;
• visitas técnicas e levantamentos de campo nas regiões norte e noroeste flumi-
nense com a realização de um novo conjunto de entrevistas e conversas com re-
presentantes da sociedade local e regional, incluindo prefeitos municipais.
Segundo Momento
• implantação da rede social regional e realização de oficinas de trabalho regulares
em Campos dos Goytacazes e Itaperuna com os participantes que se filiaram;
• os resultados escritos pelos grupos, nessas oficinas, foram considerados como
contribuições passando a constar do conteúdo dos relatórios;
Terceiro Momento
• distribuição de pesquisas sistemáticas, sob a forma de questionários, para res-
posta por representantes das secretarias municipais das duas Regiões;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


• nova interação direta para esclarecimento e complementação de informações
para a elaboração da análise situacional.
A Etapa 2, denominada Estratégia de Desenvolvimento Regional, produziu um único
relatório com o mesmo nome, possuindo um conjunto de Macroprogramas de Desen-
volvimento – com seus Objetivos, Metas, Programas, Empreendimentos ou Iniciativas
correspondentes -, associados a cada um dos assuntos que configuram as realidades
regionais. A partir desta plataforma foram constituídas a Visão, os Eixos de Desenvol-
vimento Estratégicos e os Programas Estruturantes que geram, na Etapa 3, o Progra-
ma de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste Fluminense, entre outros
produtos. Para a realização desta Etapa 2, houve duas baterias de reuniões e oficinas
e um questionário que apresentaram ampla possibilidade de participação para repre-
sentantes regionais (e membros da Rede Social) e representantes do Governo Esta-
dual e PETROBRÁS, tendo sido obtidas contribuições importantes que alimentaram o
relatório correspondente.
A Etapa 3 compreende a Carteira de Projetos Iniciais correspondendo ao Programa de
Desenvolvimento Regional, um relatório reunindo tudo o que se identificou deve ser
feito, já classificado e priorizado tecnicamente pelos especialistas, assim como os rela-
tórios do modelo de Regulação e Regulamentação Institucional-Legal, os Modelos de
Governança e Gestão, “Funding” e a Metodologia de Acompanhamento e Desempe-
nho a ser usada na implementação. Para a sua realização, duas novas oficinas nas
duas Regiões, produziram idéias e propostas muito profícuas, que foram desenvolvi-
das e incorporadas aos conteúdos dos relatórios mencionados.
Do Programa de Desenvolvimento Regional, citado, foram extraídos e especificados
52 Macroprojetos que serão priorizados para execução gradual. Estes Macroprojetos
constituem o Relatório Carteira de Projetos, objeto da Etapa 4.
As operações da Rede Social, passarão a operar em um Portal específico, desenvol-
vido especificamente para permitir o acompanhamento da implementação deste Plano
de Desenvolvimento Sustentável Norte-Noroeste, sob a supervisão da SEPLAG. A
este Portal está igualmente conectado o Sistema de Informação de Acompanhamen-
to, SIGEP, estruturado com as bases de dados e informações usadas para o desen-
volvimento deste Plano, bem como o módulo instrumental de gerenciamento da Cartei-
ra de Projetos, nos moldes especificados pela SEPLAG.
Finalmente, mas da maior importância, cumpre lembrar que os relatórios deste Plano
receberam, desde sua divulgação inicial, inúmeras sugestões, comentários e ajustes,
que foram devidamente considerados em uma revisão completa de todo o material
produzido, que foi , por conseguinte, integralmente reeditado, nesta sua versão final.

Coordenação Geral
Setembro de 2010

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


SUMÁRIO

Regulação e Regulamentação Institucional Legal .................................................. 11

Modelo de Governança e Gestão, “Funding”, Metodologia de Acompanhamento


e Desempenho ........................................................................................................ 117

Programa de Desenvolvimento Regional ............................................................... 161

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


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Regulação e Regulamentação
Institucional-legal
Autores:

Flávia Lafetá Ribeiro


Osvaldo Silva Leão Neto
Rogério Augusto Figueiredo Coutinho
Shandler Santos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO........................................................................................ 11
2. UNIVERSO ESTUDADO.............................................................................. 11
2.1 Universo da Pesquisa, das Fontes e seus Conteúdos................................. 11
3. LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS ...................................................................... 12
3.1 Legislações Identificadas dos Municipios do Norte Fluminense .................. 12
3.2 Legislações Identificadas dos Municípios do Noroeste Fluminense............. 16
3.3 Análise Situacional – Legislações Municipais.............................................. 22
3.4 Leitura Analítica Geral das Principais Leis que devem Necessariamente
Guarnecer os Municípios............................................................................. 27
4. LEGISLAÇÃO ESTADUAL DE FOMENTO DIRECIONADA ÀS REGIÕES
NORTE E NOROESTE FLUMINENSE........................................................ 30
4.1 Convênios Localizados - Firmados para o Fomento das Regiões Norte e
Noroeste Fluminense .................................................................................. 32
5. LEGISLAÇÃO ESTADUAL QUE CRIA OS PRINCIPAIS PROGRAMAS DE
INCENTIVOS E FOMENTO ........................................................................ 35
6. CONCLUSÃO DA ANÁLISE SITUACIONAL ................................................ 35
7. A CONTRIBUIÇÃO DO PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL SUSTENTÁVEL .................................................................. 36
8. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO .............................................. 38
9. ESCOPO DA REGULAÇÃO INSTITUCIONAL-LEGAL ................................ 38
9.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 38
9.2 Objetivo e Metas Específicas ...................................................................... 39
10. AÇÕES EMERGENCIAIS A SEREM INICIADAS NO CURTO PRAZO........ 43
11. CONSIDERAÇÕES SOBRE O MODELO DE VIABILIZAÇÃO DO PLANO .. 44
11.1 Arranjos Institucionais ................................................................................. 44
12. MODELOS DE GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO NORTE
E NOROESTE FLUMINENSE ..................................................................... 44
12.1 Comitê / OSCIP........................................................................................... 44
13. AGÊNCIA ESTATAL .................................................................................... 47
14. DA JUSTIFICAÇÃO DA ESCOLHA PROPOSITIVA DO MODELO COMITÊ /
OSCIP......................................................................................................... 47
15. REFERÊNCIAS............................................................................................ 49
ANEXOS....................................................................................................... 51
ANEXO I – MINUTA DO ESTATUTO DA COMITÊ DE DESENVOLVIMENTO
REGIONAL DO NORTE E NOROESTE FLUMINENSE ................................ 52
ANEXO II - MINUTA DE TERMO DE PARCERIA ......................................... 81
ANEXO III - MINUTA DE LEI COMPLEMENTAR.......................................... 88
ANEXO IV - MERCADO COMUM NORTE - NOROESTE DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO ......................................................................................... 96

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


LISTAS

MAPAS

Mapa 1 - Mapa de Abrangência da Lei 4.533, de 04 de abril de 2005 ....................... 31


Mapa 2 - Mapa de Abrangência da Lei 4.534, de 04 de abril de 2005 ....................... 32

TABELAS

Tabela 1 - Região Norte Fluminense, Site e Link para a Legislação Municipal .......... 13
Tabela 2 - Região Norte Fluminense, Relação das Leis de Plano Diretor e Código de
Obras......................................................................................................................... 13
Tabela 3 - Região Norte Fluminense, Relação das Leis de Uso e Ocupação do Solo
Urbano e Código Tributário........................................................................................ 14
Tabela 4 - Região Norte Fluminense, Relação das Leis de Código de Posturas e
Código Ambiental ...................................................................................................... 14
Tabela 5 - Região Norte Fluminense, Relação e Link para a Lei Orgânica Municipal 14
Tabela 6 - Região Norte Fluminense, Relação PPA e LOA ....................................... 16
Tabela 7 - Região Noroeste Fluminense, Site e Link para a Legislação Municipal..... 16
Tabela 8 - Região Noroeste Fluminense, Relação das Leis de Plano Diretor e Código
de Obras.................................................................................................................... 17
Tabela 9 - Região Noroeste Fluminense, Relação das Leis de Uso e Ocupação do
Solo Urbano e Código Tributário................................................................................ 17
Tabela 10 - Região Noroeste Fluminense, Relação das Leis de Código de Posturas e
Código Ambiental ...................................................................................................... 18
Tabela 11 - Região Noroeste Fluminense, Relação e Link para a Lei Orgânica
Municipal ................................................................................................................... 18
Tabela 12 - Região Noroeste Fluminense, Relação PPA e LOA................................ 20
Tabela 13 - Norte e Noroeste Fluminense - Legislação de Fomento Regional, Número
da Legislação e Descrição de Conteúdo/Matéria ....................................................... 30
Tabela 14 – Convênio para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico .................. 32
Tabela 15 – Convênio para o Programa de Recursos Humanos da ANP para o Setor
Petróleo e Gás........................................................................................................... 33
Tabela 16 – Convênio para o Reordenamento Territorial da Lagoa do Vigário .......... 33
Tabela 17 – Convênio para Gestão Ambiental do Entorno do Parque Jurubatiba...... 34
Tabela 18 – Convênio para o Projeto PRONAF Florestal .......................................... 34
Tabela 19 - Legislação de Fomento Estadual do Rio de Janeiro, Número da Legislação
e Descrição de Conteúdo/Matéria.............................................................................. 35

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


1. APRESENTAÇÃO

O Governo do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Planejamento - SEPLAG, e em


parceria com a Petrobrás, por meio da Unidade de Negócio de Exploração e Produção
da Bacia de Campos (UN-BC) que vem desenvolvendo um conjunto de ações regio-
nais relevantes através do seu Programa de Desenvolvimento Social de Macaé e Re-
gião, PRODESMAR(1)1, estão promovendo a realização de planejamento do desen-
volvimento regional que busca criar condições para a transformação do Norte e Noro-
este Fluminense em bases de desenvolvimento sustentável.

A partir de teorias de desenvolvimento territorial e estratégias de planejamento partici-


pativo, já aplicadas em várias regiões do país e da América Latina, procurou-se com-
prometer os Agentes de Desenvolvimento Local e Regional (Norte e Noroeste Flumi-
nense), os Conselhos Regionais e as Organizações da Sociedade Civil com conceitos
e estratégias elaboradas de forma democrática e que poderão criar um ambiente favo-
rável ao desenvolvimento regional.

Nessas circunstâncias, o Plano Regional tem necessariamente que indicar seu ponto
de vista e prioridades em relação aos temas tratados por todos os estudos desenvolvi-
dos.

As carências concretas e cotidianas gritam sempre mais alto e vinculam-se muito mais
a definições orçamentárias, a planos de investimento do que a qualquer tipo de regu-
lação – inclusive porque a realidade vivenciada é a permanente condição de estar à
margem dos direitos – e portanto também dos deveres, de qualquer parâmetro de qua-
lidade de vida urbana.

Nada obstante essa colocação, o aspecto da regulação institucional-legal dos Munici-


pios que integram as Regiões Norte e Noroeste Fluminense, assim como o bloco regi-
onal constituído para administrar o seu desenvolvimento econômico, merece, sim, acu-
rada atenção e proposições de normas mínimas regulatórias.

2. UNIVERSO ESTUDADO

• Avaliação das legislações municipais, regional e estadual existente;


• Análise comparativa da legislação em função de um projeto de desenvolvimento;
• Necessidades e possibilidades de regulação para o desenvolvimento regional e
para viabilização das políticas de atração de investimentos, sempre atentando
para o preservacionismo e sustentabilidade.

2.1 Universo da Pesquisa, das Fontes e seus Conteúdos

Ante a expectativa de implantação de grandes empreendimentos na Região Norte


Fluminense, assim como na Noroeste, o Estado do Rio de Janeiro entendeu como
necessário um planejamento que considere a constituição dos fundamentos, regulação
e estruturação do desenvolvimento social, econômico e ambiental sustentável dessas

1
O PRODESMAR foi constituído especificamente com o objetivo de aprimorar o planejamento e as ações
de desenvolvimento, em bases sustentáveis, para as Regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de
Janeiro, afetadas direta e indiretamente pelas atividades do setor petrolífero.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 11


Regiões, particularmente objetivando a promoção e o acompanhamento do seu pro-
cesso de desenvolvimento, coordenado e integrado.

Para a consecução do apontado Plano de Desenvolvimento Sustentável, foi perscru-


tado o levantamento de dados e informações referentes ao momento presente, ou
seja, sem a interferência ainda dos empreendimentos de porte esperados, com suas
consequentes alterações, principalmente no que se refere aos arcabouços legais exis-
tentes, de forma a se constituir bases de conhecimento sobre as quais serão feitas as
análises e avaliações dos sistemas legais atinentes às áreas social, econômico, físico-
territorial e urbanístico, ambiental e político-institucional.

Nesta leitura prefacial foi feito um apanhado geral do arcabouço legal e institucional
existente nos Municipios que integram o Norte e o Noroeste Fluminense, buscando,
sempre que pertinente, explicitar as possíveis interfaces da realidade presente com o
cenário futuro eleito para nortear o trabalho, qual seja, o da Emergência, considerando
a efetiva implantação dos empreendimentos programados e alardeados em outros
estudos.

E essa leitura, destaca-se, se justifica pelo simples fato de que sem uma estrutura
legal mínima dos operadores primeiros do sistema – governos municipais ou Municipa-
lidades-, todas as proposições futuras de enlaces e conectividade restarão comprome-
tidas, por pura e simples falta de mecanismos legais de efetivação.

Para identificação da legislação existente, seja nos ambientes municipal, regional e


estadual, foram utilizadas as informações disponíveis em portais eletrônicos.

Nada obstante a previsão expressa de busca e pesquisa somente de dados secundá-


rios para realização do presente trabalho, verificação complementar em campo foi fei-
ta, registrando-se, no entanto e desde já, que maiores resultados não foram alcança-
dos.

Considerando que o objeto primeiro deste trabalho foi a localização, caracterização e


análise situacional das legislações existentes, a avaliação seguinte se organiza em
três grandes subconjuntos de informações.

O primeiro diz respeito às legislações municipais identificadas. O segundo retrata as


legislações e convênios firmados em nível regional, ao passo que o terceiro relaciona
a legislação estadual pertinente ao estudo de caso.

3. LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS

3.1 Legislações Identificadas dos Municipios do Norte Fluminense

As Tabelas a seguir reúnem os conjuntos de informações obtidas, compiladas e siste-


matizadas, que permitem a sua restituição, sempre que necessário for.

12 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Tabela 1 - Região Norte Fluminense, Site e Link para a Legislação Municipal
Municipios da Região Link para a Legislação
Site
Norte Fluminense Municipal
http://www.campos.rj.gov.br/leis
Campos dos Goytacazes http://www.campos.rj.gov.br
municipais.php

http://www.carapebus.rj.gov.br/si
Carapebus http://carapebus.rj.gov.br te/index.php?option=com_conte
nt&task=view&id=391&Itemid=1
Cardoso Moreira Site em construção Site em construção
http://www.conceicaodemacab http://www.conceicaodemacabu.
Conceição de Macabu
u.rj.gov.br rj.gov.br/governo.php?pag=4

http://www.macae.rj.gov.br/legisl
Macaé http://www.macae.rj.gov.br
acao/
http://www.quissama.rj.gov.br/in
Quissamã http://www.quissama.rj.gov.br
dex.php/codigos/

São Fidélis http://www.saofidelisrj.com.br/ Não encontrado


http://www.pmsfi.rj.gov.br/down/
São Francisco de Itabapoana http://www.pmsfi.rj.gov.br/
?mod=18
http://www.sjb.rj.gov.br/Enderec
São João da Barra http://www.sjb.rj.gov.br
os1.asp
Fonte: Sites Municipais

Tabela 2 - Região Norte Fluminense, Relação das Leis de Plano Diretor e Código de
Obras
Municipios da Região
Plano Diretor Código de Obras
Norte Fluminense
Campos dos Goytacazes Lei nº 7.972 de 2007 Lei nº 6.691/98

Lei Complementar nº 07/01 de


Carapebus Lei Complementar nº 08/01
9/04/08
Cardoso Moreira Não encontrado Não encontrado
Minuta da lei não consta do
Conceição de Macabu Lei nº 559/2002
site
Macaé Lei nº 079/07 Lei Complementar nº 016/99
Lei complementar n° 002/2006
Quissamã Lei nº 0299/94
13/11/2006
São Fidélis Não encontrado Não encontrado
Lei Municipal nº 122/2002, de
São Francisco de Itabapoana Lei nº 228/2006.10/10/2006.
07/05/2002.
São João da Barra Não encontrado Não encontrado
Fonte: Sites Municipais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 13


Tabela 3 - Região Norte Fluminense, Relação das Leis de Uso e Ocupação do Solo
Urbano e Código Tributário
Municipios da Região Lei de Uso e Ocupação do
Código Tributário
Norte Fluminense Solo Urbano
Lei Municipal nº 7.974 de
Campos dos Goytacazes Lei nº 4.156 83
14/12/2007
Carapebus Não encontrado Não encontrado
Cardoso Moreira Não encontrado Não encontrado
Conceição de Macabu Não encontrado Não encontrado
Macaé LC nº 1.959_99 Zoneamento Lei Complementar nº 053/2005
Quissamã Lei nº 0286 de 29/07/1994 Lei nº 142 de 30/12/91
São Fidélis Não encontrado Não encontrado
Lei nº 154/2003, de
São Francisco de Itabapoana Não encontrado
18/09/2003
São João da Barra Não encontrado Não encontrado
Fonte: Sites Municipais

Tabela 4 - Região Norte Fluminense, Relação das Leis de Código de Posturas e Código
Ambiental
Municipios da Região
Código de Posturas Código Ambiental
Norte Fluminense
Campos dos Goytacazes Lei nº 8061 de 10/12/2008 Não encontrado

Carapebus Lei Complementar nº 09/01 Não encontrado


Cardoso Moreira Não encontrado Não encontrado
Conceição de Macabu Lei n° 566/2002 Não encontrado

Macaé Lei Complementar nº 079/07 Lei Complementar nº 027/2001


Quissamã Lei nº 143 de 30/12/91 Não encontrado
São Fidélis Não encontrado Não encontrado
São Francisco de Itabapoana Não encontrado Não encontrado
São João da Barra Não encontrado Não encontrado
Fonte: Sites Municipais

Tabela 5 - Região Norte Fluminense, Relação e Link para a Lei Orgânica Municipal
Municipios da Região
Lei Orgânica Municipal Link - Lei Orgânica Municipal
Norte Fluminense
http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManage-
ment/FileDownload.EZTSvc.asp
Lei Orgânica do Município de ?DocumentID =%7BCD283A90
Campos dos Goytacazes Campos dos Goytacazes, 28 %2D9C97%2D484F%2DBCF0
de março de 1990 %2DAA3BA71A5374%7D&Servi
ceInstUID=%7B1526AE99%2
DF57A%2D490B%2D99CA%2D
FB6C90A11A05%7D

14 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)

Municipios da Região
Lei Orgânica Municipal Link - Lei Orgânica Municipal
Norte Fluminense
http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManagement/ File-
Download.EZTSvc.asp ?Docu-
Lei Orgânica do Município de mentID=%7BAC1B38E4
Carapebus Carapebus, 20 de maio de %2D2855%2D45C5%2D9BD8%
1998 2DC054EC86F3D0%7D&Servic
eInstUID=%7B1526AE99%
2DF57A%2D490B%2D99CA%2
DFB6C90A11A05%7D
http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManagement
/FileDownload.EZTSvc.asp?Doc
Lei Orgânica do Município de umentID=%7B6BB5004D %2D1
Cardoso Moreira Carapebus, 20 de maio de CBD%2D4000%2DB5EF%2D59
1998 3766380AE8%7D&ServiceInstUI
D=%7B1526AE99 %2DF57A
%2D490B%2D99CA%2DFB6C9
0A11A05%7D
http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManage-
ment/FileDownload.EZTSvc.asp
Lei Orgânica do Município de ?DocumentID= %7BDD9EFD26
Conceição de Macabu Conceição de Macabu, 04 de %2D931E%2D4EB8%2DAD9D
dezembro de 1997 %2D4D76A5972830%7D&Servi
ceInstUID=%7B1526AE99
%2DF57A%2D490B%2D99CA
%2DFB6C90A11A05%7D
Lei Orgânica do Município de http://www.macae.rj.gov.br/legisl
Macaé
Macaé, 05 de abril de 1998 acao/leis/leiorganica.pdf
Lei Orgânica do Município de
http://www.camaraquissama.rj.g
Quissamã Quissamã, 13 de dezembro de
ov.br/lei_org.htm
1995
http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManage-
ment/FileDownload.EZTSvc.asp
Lei Orgânica do Município de ?DocumentID=%7B8B7F9BD7
São Fidélis São Fidélis, 05 de abril de %2D71DA%2D4FE2%2D9D1C
1990 %2DC9F2DBB3A1BC%7D&Ser
viceInstUID=%7B1526AE99
%2DF57A%2D490B%2D99CA
%2DFB6C90A11A05%7D
Lei Orgânica do Município de
http://www.pmsfi.rj.gov.br/files/m
São Francisco de Itabapoana São Francisco do Itabapoana,
isc/5/lei-organica.pdf
30 de julho de 1999
http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManagement/File
Lei Orgânica do Município de Download.EZTSvc.asp?Document
ID=%7B9FB227D2 %2DD6D1%
São João da Barra São João da Barra, 05 de abril
2D4073%2D9885%2D797A8DC3
de 1990
5407%7D&ServiceInstUID=%7B1
526AE99 %2DF57A%2D490B%2
D99CA%2DFB6C90A11A05%7D
Fonte: Sites Municipais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 15


Tabela 6 - Região Norte Fluminense, Relação PPA e LOA
Municipios da Região
PPA LOA Observações
Norte Fluminense
Site com leg.até 2007, sem
Campos dos Goytacazes Não encontrado Não encontrado sistema de busca, informa-
ções insuficientes
Carapebus Não encontrado Não encontrado Sem considerações
Há leis ambientais esparsas
Cardoso Moreira Não encontrado Não encontrado de criação de unidades de
conservação
Conceição de Macabu Não encontrado Não encontrado Sem considerações
Dec 045_2000 Linha Verde,
LC 045_2004 Perímetro
PPA 2010/2013 LOA 2010
Urbano; Lei 1958_99 Parce-
Macaé Lei nº. Lei nº
lamento do Solo; Lei.2956-
3.343/2009 3.342/2009
2007 - Legalização de Proje-
to Imobiliário.
Quissamã Não encontrado Não encontrado Sem considerações

São Fidélis Não encontrado Não encontrado Sem considerações

São Francisco de Itabapoana Não encontrado Não encontrado Sem considerações

São João da Barra Não encontrado Não encontrado Sem considerações

Fonte: Confederação Nacional de Municípios

3.2 Legislações Identificadas dos Municípios do Noroeste Fluminense

Tabela 7 - Região Noroeste Fluminense, Site e Link para a Legislação Municipal


Municipios da Região
Site Link da Legislação Municipal
Noroeste Fluminense
http://www.aperibe.rj.gov.br/port
Aperibé http://www.aperibe.rj.gov.br/ al1/municipio/legislacao.asp?iId
Mun=100133003
http://www.bomjesus.rj.gov.br/po
Bom Jesus do Itabapoana http://www.bomjesus.rj.gov.br/ rtal1/municipio/legislacao.asp?iI
dMun=100133012
Cambuci http://www.cambuci.net/ Site sem acesso
http://www.italvaonline.com.br/fix
Italva http://www.italvaonline.com.br/
_lei_organica.htm
Itaocara http://www.itaocara.rj.gov.br/ Site sem acesso
Site em fase de desenvolvimen-
Itaperuna http://www.itaperuna.rj.gov.br/
to
http://www.pmlajedomuriae.co
Laje do Muriaé Site sem acesso
m.br/
Miracema http://www.miracema.rj.gov.br/ http://www.miracema.rj.gov.br/#
http://www.natividade.rj.gov.br/si
http://www.natividade.rj.gov.br/
Natividade te/modules/conteudo/conteudo.p
site/
hp?conteudo=30

16 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Municipios da Região
Site Link da Legislação Municipal
Noroeste Fluminense
http://www.porciuncula.rj.gov.b http://www.porciuncula.rj.gov.br/
Porciúncula
r/ 110/11025004.asp
http://www.santoantoniodepad http://www.santoantoniodepadua
Santo Antônio de Pádua
ua.rj.gov.br/ .rj.gov.br/leis.php
http://www.saojosedeuba.rj.gov.
http://www.saojosedeuba.rj.go
São José de Ubá br/index.php?option=com_conte
v.br/
nt&task=view&id=3&Itemid=4
http://www.varresai.rj.cnm.org. http://www.varresai.rj.cnm.org.br
Varre-Sai
br/ /portal1/municipio/legislacao.asp
Fonte: Sites Municipais

Tabela 8 - Região Noroeste Fluminense, Relação das Leis de Plano Diretor e Código de
Obras
Municipios da Região
Plano Diretor Código de Obras
Noroeste Fluminense
Aperibé Não encontrado Não encontrado
Lei Complementar n° 01, de
Bom Jesus do Itabapoana Lei nº 546 de 14/09/1999
06/11/2006
Cambuci Não encontrado Sim – sem numeração
Italva Não encontrado Sim – sem numeração
Itaocara Sim – sem numeração Sim – sem numeração
Itaperuna Sim – sem numeração Sim – sem numeração
Laje do Muriaé Não encontrado Sim – sem numeração
Lei Complementar n° 1.129, Lei Complementar nº 783, de
Miracema
de 07/10/2006 26/08/1999
Natividade Não encontrado Não encontrado
Porciúncula Sim – sem numeração Sim – sem numeração
Santo Antônio de Pádua Lei nº 3.147, de 09/08/2007 Lei nº 1.415 de 30/09/1981
São José de Ubá Não encontrado Não encontrado
Varre-Sai Não encontrado Não encontrado

Fonte: Sites Municipais

Tabela 9 - Região Noroeste Fluminense, Relação das Leis de Uso e Ocupação do Solo
Urbano e Código Tributário
Municipios da Região Lei de Uso e Ocupação do
Código Tributário
Noroeste Fluminense Solo Urbano
Aperibé Não encontrada Não encontrado
Bom Jesus do Itabapoana Não encontrada Lei nº 11 de 02/12/1977
Cambuci Não encontrada Não encontrado
Italva Sim – sem numeração Não encontrado
Itaocara Sim – sem numeração Não encontrado
Itaperuna Sim – sem numeração Não encontrado

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 17


(continuação)
Municipios da Região Lei de Uso e Ocupação do
Código Tributário
Noroeste Fluminense Solo Urbano
Laje do Muriaé Não encontrada Não encontrado
Miracema Sim – sem numeração Não encontrado
Natividade Não encontrada Lei nº 231/2002
Porciúncula Sim – sem numeração Não encontrado
Santo Antônio de Pádua Lei nº 1.509 de 20/07/1982 Lei nº 1.584 de 01/12/1983
São José de Ubá Não encontrada Não encontrado
Varre-Sai Não encontrada Não encontrado

Fonte: Sites Municipais

Tabela 10 - Região Noroeste Fluminense, Relação das Leis de Código de Posturas e


Código Ambiental
Municipios da Região
Código de Posturas Código Ambiental
Noroeste Fluminense
Aperibé Não encontrado Não encontrado
Bom Jesus do Itabapoana Sim – sem numeração Não encontrado
Cambuci Sim – sem numeração Não encontrado
Italva Sim – sem numeração Não encontrado
Itaocara Sim – sem numeração Não encontrado
Itaperuna Sim – sem numeração Não encontrado
Laje do Muriaé Sim – sem numeração Não encontrado
Miracema Sim – sem numeração Não encontrado
Natividade Sim – sem numeração Não encontrado
Porciúncula Sim – sem numeração Não encontrado
Santo Antônio de Pádua Lei nº 1.059 de 05/01/1977 Não encontrado
São José de Ubá Não encontrado Não encontrado
Varre-Sai Não encontrado Não encontrado

Fonte: Sites Municipais

Tabela 11 - Região Noroeste Fluminense, Relação e Link para a Lei Orgânica Municipal
Municipios da Região
Lei Orgânica Municipal Link - Lei Orgânica Municipal
Noroeste Fluminense
http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManage-
ment/FileDownload.EZTSvc.asp
Lei Orgânica do Município de ?DocumentID=%7BF42534F3-
Aperibé
Aperibé, 30 de junho de 1993 83A3-4F28-9A4E4CBC1762
BB45%7D&ServiceInstUID=%7
B1526AE99-F57A-490B-99CA-
FB6C90A11A05%7D

18 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Municipios da Região
Lei Orgânica Municipal Link - Lei Orgânica Municipal
Noroeste Fluminense
Lei Orgânica do Município de
http://www.bomjesus.rj.gov.br/po
Bom Jesus do Itabapoana Bom Jesus do Itabapoana, nº
rtal1/municipio/legislacao.asp#
01 de 05/04/1990

http://www.tce.rj.gov.br/services/
DocumentManage-
ment/FileDownload.EZTSvc.asp
?DocumentID=%7BB6CEC5D7-
Lei Orgânica do Município de
Cambuci 3D64-4253-A00B-
Cambuci, 05 de abril de 1990
5643FEF03B08%7D&ServiceIns
tUID=%7B1526AE99-F57A-
490B-99CA-
FB6C90A11A05%7D

Lei Orgânica do Município http://www.italvaonline.com.br/fix


Italva
Italva, 04 de abril de 1990 _lei_organica.htm

http://portal.cnm.org.br/sites/760
Lei Orgânica do Município de
Itaocara 0/7696/legislacao/LeiOrganica/L
Itaocara, 05 de abril de 1990
ei_Organica_-_Itaocara.pdf

Lei Orgânica do Município de http://www.cmitaperuna.rj.gov.br


Itaperuna
Itaperuna /lom_itaperuna.zip

http://portal.cnm.org.br/sites/760
Lei Orgânica do Município de
0/7696/legislacao/LeiOrganica/L
Laje do Muriaé Laje do Muriaé, de 04 de abril
ei_Organica_-
de 1990
_Laje_do_Muriae.pdf

Lei Orgânica do Município de http://www.miracema.rj.gov.br/at


Miracema
Miracema os/gabinete/2009/lom.pdf

Lei Orgânica do Município de http://portal.cnm.org.br/sites/760


Natividade Natividade, de 05 de abril de 0/7696/legislacao/LeiOrganica/L
1990 ei_Organica_-_Natividade.pdf

Lei Orgânica do Município de http://portal.cnm.org.br/sites/760


Porciúncula Porciúncula, 04 de abril de 0/7696/legislacao/LeiOrganica/L
1990 ei_Organica_-_Porciuncula.pdf

Lei Orgânica do Município de http://www.santoantoniodepadua


Santo Antônio de Pádua Santo Antônio de Pádua, 05 .rj.gov.br/arquivos/leiorganica.pd
de abril de 1990 f
http://portal.cnm.org.br/sites/760
Lei Orgânica do Município de
0/7696/legislacao/LeiOrganica/L
São José de Ubá São José de Ubá, 29 de se-
ei_Organica_-
tembro de 1997
_Sao_Jose_de_Uba.pdf
Lei Orgânica do Município de http://portal.cnm.org.br/sites/760
Varre-Sai Varre-Saí, 30 de junho de 0/7696/legislacao/LeiOrganica/L
1993 ei_Organica_-_Varre_Sai.pdf

Fonte: Sites Municipais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 19


Tabela 12 - Região Noroeste Fluminense, Relação PPA e LOA
Municipios da Região
PPA LOA Observações
Noroeste Fluminense
Não é possível visualizar a
legislação municipal através
do link fornecido no site. No
site da Confederação Nacional
Aperibé Não encontrado Não encontrado de Municipios não é encontra-
da a legislação procurada do
respectivo município:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27
Legislação encontrada no site
oficial da Prefeitura. O site da
Confederação Nacional de
Municipios lista a existência
Bom Jesus do Itabapoana Não encontrado Não encontrado do Código de Posturas Muni-
cipal, mas não fornece o nú-
mero da lei, dado de 2001:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27
O site oficial da prefeitura,
fornecido na página eletrônica
do Governo do Estado, não
funciona. Os dados listados
são do ano de 2001, e foram
Cambuci Não encontrado Não encontrado encontrados no site da Confe-
deração Nacional de Municipi-
os, em que não são listados
os números das leis:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27
O novo site oficial está em
construção, temporariamente
o italva online é o site oficial.
Entretanto, no italvaonline só
é fornecida a lei orgânica do
município. Os dados listados
Italva Não encontrado Não encontrado são do ano de 2001, e foram
encontrados no site da Con-
federação Nacional de Muni-
cipios, em que não são forne-
cidos os números das leis:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27
A legislação, finanças públicas
e plano diretor do município
são áreas de acesso restrito
no site. Os dados listados são
do ano de 2001, e foram en-
Itaocara Não encontrado Não encontrado contrados no site da Confede-
ração Nacional de Municipios,
em que não são listados os
números das leis:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27
20 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
(continuação)
Municipios da Região
PPA LOA Observações
Noroeste Fluminense

O site está em fase de desen-


volvimento por isso o link da
legislação municipal no site
não funciona. Os dados lista-
dos são do ano de 2001, e
Itaperuna Não encontrado Não encontrado foram encontrados no site da
Confederação Nacional de
Municipios, em que não são
listados os números das leis:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27

A legislação municipal não


está disposta no site, existem
apenas algumas portarias e
decretos. Os dados listados
são do ano de 2001, e foram
Laje do Muriaé Não encontrado Não encontrado encontrados no site da Confe-
deração Nacional de Municipi-
os, em que não são listados
os números das leis:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27

O Plano Diretor e Código de


Obras são facilmente acessa-
dos no site oficial da prefeitu-
ra, porém o restante da legis-
lação está dividida por ano, o
que dificulta a identificação.
Miracema Não encontrado Não encontrado
Os outros dados são do ano
de 2001 e foram encontrados
no site da Confederação Na-
cional de Municipios:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27

O site fornece algumas leis,


mas não são devidamente
organizadas, o que dificulta a
identificação. Alguns dados
fornecidos são do ano de
2001, da Confederação Na-
Natividade Não encontrado Não encontrado
cional dos Municipios. Obs: A
lei nº 346/2006 - Autoriza o
Poder Executivo a participar
do Consórcio Intermunicipal
para Recuperação da Bacia
do Baixo Muriaé.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 21


(continuação)
Municipios da Região
PPA LOA Observações
Noroeste Fluminense
As únicas legislações dispos-
tas no site são: Lei Orgânica e
o Organograma da Adminis-
tração 2005-2009. A legisla-
ção listada é do ano de 2001,
Porciúncula Não encontrado Não encontrado
sendo encontrada no site da
Confederação Nacional de
Municipios:
http://www.cnm.org.br/perfil/m
u_perfil_tabela.asp?iId=27

A Lei nº 3.004 de 30/08/2005


autorizou a assinatura de con-
vênio com o CONSAD do
Itabapoana (Conselho de Se-
gurança Alimentar e Desen-
volvimento Local do Itabapoa-
Lei nº 3.007 de
Santo Antônio de Pádua Não encontrado na). O site oficial traz informa-
20/09/2005
ções satisfatórias sobre a
legislação municipal, mas a
legislação está organizada por
ano, o que dificulta a identifi-
cação da legislação procura-
da.

O link da legislação municipal


somente fornece a Lei Orgâni-
ca Municipal, sendo que não é
possível visualizá-la. Existe
um link de nome Plano Dire-
São José de Ubá Não encontrado Não encontrado
tor, mas também não é possí-
vel visualizá-lo. Os dados não
foram encontrados no site da
Confederação Nacional de
Municipios.

O link da legislação municipal


no site não funciona. No site
Varre-Sai Não encontrado Não encontrado da Confederação Nacional de
Municipios nenhum dado foi
encontrado.

Fonte: Confederação Nacional de Municipios

3.3 Análise Situacional – Legislações Municipais


É inevitável observar que o mundo contemporâneo vem passando por inúmeras e in-
tensas transformações, resultado de uma série de crises que levam a um reposicio-
namento de todos os diversos atores sociais. Nesse processo, o Estado e a Sociedade
são atores estratégicos e sofrem mudanças radicais em suas estruturas e relações.
Dentro do Estado, mais especificamente os governos locais e mesmo regionalizados,
passam a assumir papéis diferenciados, daqueles até então, desempenhados.

22 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Nesse passo, a tendência, já concretizada na prática, é de uma valorização dos níveis
subnacionais de governo assumindo parcelas crescentes da governança subsidiaria-
mente ao e em articulação com o governo central. Daquele que se espera normas
verticalizadas capazes, gize-se, por si só, de contemplar e resolver a maior parte dos
problemas regionais. As razões são múltiplas e conhecidas, mas vale a pena ressaltar
o esgotamento da capacidade de lidar com volume crescente dos problemas comple-
xos e extensos por parte dos governos centrais, o que leva à transferência desses
problemas para os níveis subnacionais, principalmente os municipais e regionais.
Todavia, esse dito “movimento de transferência de problemas”, apesar de perverso
analisado de sobressalto, muito pelo contrário revelou aos governos municipais e regi-
onais a necessidade de eles assumirem um poder-dever, de magnitude ainda não
mensurada exaurientemente, estampado na Constituição Federal de 1988.
Trata-se do Princípio Federativo, inserto, sobretudo, nos art. 1.º e 18.º, da Carta Políti-
ca de 1998.
Declara o art. 18 da Constituição que a organização político-administrativa da Repúbli-
ca Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
cipios, todos autônomos, nos termos da Magna Carta.
O artigo 1.º da CF, por sua vez, afirma que a República Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municipios, constituem-se em Estado Democrá-
tico de Direito, configurando-se uma federação de dois níveis pela presença dos Muni-
cipios.
E de dois níveis, conforme supra firmado, porque a Constituição da República deter-
mina, categoricamente, que as Constituições dos Estados-Membros adotem a descen-
tralização em Municipios, considerando-os por isso mesmo como entidades infra-
estaduais autônomas. Assim, além de Estados descentralizados, os Estados-
Membros, por imposição constitucional, são constitucionalmente descentralizados.
E o aspecto mais relevante do Estado Federal é a descentralização político-normativa.
Há no Estado Federal uma descentralização do poder político. Mas não é apenas ad-
ministrativo o nível dessa descentralização, também constitucional-normativo, ou seja,
cada ente da federação detém competência para legislar, nos limites traçados pela
CF, conforme abaixo restará melhor trabalhado.
Feitas essas observações preliminares pode-se concluir que o governo municipal no
Brasil, e mesmo aqueles regionalizados por meio de instrumentos de cooperação mú-
tua e firmamento de convênios, para não mencionar outros países, tem assumido im-
portância cada vez mais relevante. E o fundamento basilar é procedente: ao subdividir
um problema, ele passa a existir em partes menores e isso torna mais fácil e esopecí-
fico a princípio o seu tratamento. Mais favorável ainda, se esta compartimentação ob-
serva e respeita as unidades culturais regionais.
Além disso, ao transferir-se o problema para os ambientes municipal ou regional, este
é, inquestionalvelmente, o mais interessado e habilitado a enfrentá-lo (não necessari-
amente a equacioná-lo), dado que a sociedade está mais próxima dessa governança
e, assim, a definição das soluções, a sua implemantação em termos de negociações e
acompanhamento, interações e coordenações se mostram mais factíveis em menores
agregados com conhecimentos maiores.
No entanto, para viabilizar esses novos escopos da municipalidade e da regionaliza-
ção, essas novas funções impostas pelo dinamismo social, os Municipios, primeira-
mente estes, precisam modificar sua estrutura administrativa e recapacitar-se financei-
ramente, adotando uma política de responsabilidade fiscal efetiva, elevando sua arre-
cadação própria; assumir a função de agente de desenvolvimento econômico especi-
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 23
almente no que toca à geração de emprego e renda; romper com formas já superadas
de gestão e ação governamental, desenvolvendo uma verdadeira reinvenção do con-
ceito “governo” para estabelecer novos padrões de relacionamento entre o Estado e a
sociedade.
E para implementar todas essas diretrizes modernizadoras, num primeiro momento,
cabe aos Municipios assumir as rédeas daquele poder-dever que a Constituição da
República lhes reservou. Já não há mais espaço para ações ou omissões furtivas das
Municipalidades, sobretudo, por afigurar um espaço privilegiado para a realização da
democracia, da participação cidadã e de iniciativas econômicas e sociais.
Os Municipios precisam assumir definitivamente a responsabilidade pela elaboração
exuariente do seu arcabouço legal, expurgando aquelas normas que já não mais re-
presentam e regulam a realidade fático-jurídica, assim como prestigiar a atividade le-
gislativa como meio de efetivamente usar com responsabilidade a competência lhe
assegurada, corajosa e inovadoramente, pela Magna Carta de 1988, buscando siste-
matizar as legislações locais e institucionalizar formas de elaboração de normas/leis
que incorporem diretamente à discussão os setores primeiros a serem atingidos pelas
políticas municipais e, enfim, toda a sua população.
Repita-se: a descentralização existente na federação brasileira não é apenas adminis-
trativa, mas constitucional-normativo, ou seja, cada ente da federação detém compe-
tência para legislar.
Nessa esteira, levando em conta também o que já colocado acerca da assunção das
novas responsabilidades por parte das municipalidades, certo é que os Municipios,
inarredavelmente, caso efetivamente queiram se municiar de elementos suficientes
para perseguir o alardeado desenvolvimento sustentável, destaca-se, e mais especifi-
camente para viabilizar o objetivo desse trabalho, qual seja, o de promover de forma
concatenada o desenvolvimento das regiões Norte-Noroeste Fluminense, vão ter que
lançar mão do princípio do esgotamento legislativo e de toda a abertura competencial
para legislar prevista na CF.
E esse cenário aparente de enforcamento, já não sem tempo, impele beneficamente
os entes municipais à utilização do lídimo e salutar poder de legislar sobre matérias de
seu interesse, de maneira que possam efetuar as reformas estruturais indispensáveis,
no mínimo, para uma governabilidade digna, e, repita-se, proporcionar a formação de
estruturas regionais conjuntas de governo.
No Estado Federal, assinala-se que as normas não são hierarquizadas em função da
origem de sua emanação, mas em virtude de um critério de competências para editá-
las, estabelecido pela CF.
Segundo magistério do insigne Constitucionalista Kildare Gonçalves Carvalho
(2007), “identifica-se na Constituição os seguintes tipos de competências: competência
exclusiva (material e legislativa), competência legislativa concorrente, competência
material comum, competência legislativa supletiva e competência legislativa comple-
mentar”.
Tais tipos de competências delineadas criteriosamente para cada ente da Federação
(União, Estados, Municipios e Distrito Federal), estão disseminados no Titulo III, da
Constituição de 1988, sobretudo entre os artigos 21 a 33.
Mas não se irá aqui fazer a distinção e qualificação de cada tipo das competências
eriçadas, porque totalmente desnecessária para os propósitos perseguidos.
A citação de tal emolduramento competencial teve o propósito apenas de demonstrar
que aos Municipios, além das matérias específicas relacionadas no art. 30, CF, é dado

24 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


legislar supletivamente ou complementarmente sobre praticamente todas as matérias
afetas à União e aos Estados.
De acordo com o art. 30 da Constituição, compete aos Municipios:
Inciso I – legislar sobre assuntos de interesse local;
A abrangência do termo “interesse local” é assustadora, porquanto inexplorada. Cal-
cado somente neste inciso seria possível legitimar os Municipios a legislar sobre infin-
dáveis matérias, desde que, por óbvio, preenchidos os pressupostos de oportunidade
e relevância da matéria. Só da análise rasa desse comando normativo se tem a exata
noção do quão os entes municipais estão relegando esse poder magno constituído, à
insignificância e subutilização, impedindo, via de consectário a viabilização de todo e
qualquer esforço de governança regionalizada com vistas à promoção de um desen-
volvimento regional e sustentável.
Inciso II – suplementar a legislação federal e estadual no que couber;
Daqui o estribo legal para amparar o que já firmado. Embora o artigo 24, CF, não in-
clua os Municipios na competência legislativa concorrente, por este inciso – 30, II, se-
rão eles titulares de competência complementar relativamente às matérias enumera-
das no art. 24, que envolvam interesse local.
É dado, pois, aos Municipios, legislar sobre proteção do meio ambiente, ao patrimônio
histórico, cultural, educação, proteção e defesa da saúde, dentre tantas outras maté-
rias.
Inciso VII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, median-
te planejamento e controle do uso do parcelamento e da ocupação do solo urba-
no.
Pela Constituição, cabe à União, Estados e Distrito Federal, tão somente, legislar con-
correntemente sobre Direito Urbanístico (art. 24, I). Os Municipios poderão, no entan-
to, estabelecer regras específicas sobre a matéria (art. 182), suplementando a legisla-
ção federal e estadual no que couber, legislando, mesmo que não legitimado pelo ca-
put do art. 24, CF, de forma mais aprofundada e com propriedade do que aqueles que
figuram como legitimados titularmente, como, por exemplo, através de um Plano Dire-
tor Municipal e de um Plano Diretor Urbanístico Regional.
Mais uma vez se desume a extensão e complexidade do poder-dever outorgado aos
Municípios, que, aviltantemente, vêm fazendo olhos de mercador para tão importante
instrumento de política.
Esmiuçou-se, portanto, que: os Municipios detêm um poder-dever de legislar e que
esse poder-dever, apesar de praticamente inesgotável, não obstante o sistema de
distribuição competencial adotado pelo Constituinte, está sendo simplesmente inutili-
zado e menosprezado, o que obstaculiza, via de consectário, qualquer esforço no sen-
tido de se criar uma teia de cooperação micro ou macrorregional.
É imperioso, pois, que dos Municipios em testilha estejam bem aparelhados legalmen-
te, posto que somente à partir daí é que restará viabilizado qualquer tipo de firmamen-
to de intenção para a consecução do Plano de Desenvolvimento das Regiões Norte e
Noroeste Fluminense.
Todavia, não basta que os Municipios, uma vez tocados e sensibilizados por tal tese,
saiam de forma frenética e desordenada legislando como se isso por si só fosse capaz
de colocar o ‘trem nos trilhos’. Não. Definitivamente, não. Muito pelo contrário.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 25


O processo legislativo, que estuda a formação das leis, reveste-se de significativa im-
portância, na medida em que se concebe o Direito como complexo normativo – sentido
puramente jurídico.
Nada obstante essa abordagem, segundo elucida Nelson de Souza Sampaio (1968),
o processo legislativo pode e deve também ser entendido no sentido sociológico,
quando se “refere ao conjunto de fatores reais ou fáticos que põem em movimento os
legisladores e ao modo como eles costumam proceder ao realizar a tarefa legislativa”,
examinando, neste aspecto a opinião pública, os grupos de pressão, enfim, todos a-
queles fatores que, de alguma forma, condicionam ou determinam a ‘demanda da lei’.
Destarte, o corolário do estado de direito, sujeição de tudo e todos à lei, sofre hoje
inegável mitigação em decorrência de uma série de fatores: alteração de usos e cos-
tumes, desnecessidade de regulação de certas matérias dada a consciência e cultura
atingida por uma população, etc.
Pode, no entanto, ser apontada a falta de critérios formais e materiais para eleição da
matéria que deva ser regulada de modo que não se banalize o processo legislativo,
ausência de observância do binômio oportunidade x necessidade e, sobretudo, a ine-
xistência da correta condução na formação e desenvolvimento do processo legislativo,
como o conjunto determinante para o desfacelamento do primado constitucional “nin-
guém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algum coisa senão em virtude de lei”
(CF, art. 5, II).
Em decorrência desses vícios na formação da norma - que muito mais estão afetos ao
seu aspecto sociológico do que àquele axiológico - é que hoje se tem a inversão do
primado, donde muitos não fazem o que estão obrigados por lei a fazer, enquanto ou-
tros tantos fazem o que não lhes exigido legalmente.
Essa distorção, destaca-se, hoje já assente em nosso ordenamento, e o que é pior,
tida como natural e tolerável, certamente não deixará passar ao largo tantas outras
normas que venham a ser criadas sem a observância dos critérios mais rígidos e
competentes para o desempenho da atividade legiferante.
Somente salvaguardando alguns pressupostos de constituição e desenvolvimento da
norma, mas, sobremaneira, levando o debate meritório ao pálio censório da população
em massa, gize-se, inclusive regionalizada, é que se conseguirá legitimar disposições
normatizadoras para efetiva obediência.
Efetividade e aplicabilidade, qualidades da norma que as impulsiona no mundo jurídi-
co. Condições sine qua non.
Eficácia consiste na aptidão da norma para produzir os efeitos próprios das normas
jurídicas. É dizer: a qualidade de a norma vigente produzir efeitos jurídicos em relação
à sua observância pelos seus destinatários. Junção, segundo o Emérito José Afonso
da Silva (1982), da eficácia social e jurídica.
Já a aplicabilidade, que apesar de não se confundir com a eficácia, posto que é a qua-
lidade da norma jurídica hábil a ser feita incidir sobre o conceito de um fato, sem esta
não viabilizará a perpetração da vontade do legislador cotidianamente.
E passo primeiro, para qualquer revisão estrutural do ordenamento jurídico parece ser
identificar tendências para uma possível nova plataforma de atuação dos governos
municipais, vetorizada para uma governança regional. Verdadeiramente montar uma
agenda política para, a partir daí, nos termos do que já assentado, buscar a institucio-
nalização de formas de interação que incorporem diretamente à discussão, os princi-
pais setores da sociedade a serem atingidos pelas políticas municipais e, consequen-
temente, toda a população da porção territorial regionalizada.

26 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Existindo esse liame entre legislador e ‘povo’, esse diálogo sistemático, o risco de uma
norma legal estar fadada ao desuso e ao desrespeito será drasticamente reduzido.
E entre as formas dessa aproximação podem ser apontadas a experiência do orça-
mento participativo, assembléias públicas, os conselhos municipais e regionais e ou-
tros fóruns de consulta, criando-os e, essencialmente, mantendo-os ativos.
Note-se que se trata de implementar nos Municipios (e também numa plataforma de
governo regional), não apenas forma mais democrática de gestão, mas também mais
eficaz para a tomada e implementação de decisões de governo. Vale dizer: a caracte-
rística principal dessas iniciativas reside no aparecimento de uma comunidade com
papel mais ativo frente à agenda pública, mobilizando-se e deflagrando verdadeiro
exercício de cidadania.
Outrossim, não basta que haja esse diálogo com o cidadão, sem que haja uma res-
posta efetiva.Tão ou mais importante do que ouvir é responder. A informação ao cida-
dão se afigura elemento indispensável para a alteração firme na relação Estado e ci-
dadão, rompendo com as dificuldades de acesso às informações básicas sobre direi-
tos dos cidadãos e os próprios serviços e agendas políticas.
Por serem os governos municipais e regionais o nível mais próximo do cidadão, é ine-
gável que a sociedade civil está em franco processo de articulação com suas Munici-
palidades, casas legislativas e órgãos regionalizados.
A gestão democrática se expressa pela construção de uma nova cultura de relaciona-
mento entre estado e sociedade civil, repousando, ainda, na montagem de estruturas
governamentais de disseminação das informações. Toda e qualquer agenda política
tomada de decisões, somente se reveste de legitimidade quando submetida ao crivo e
chancela censória da população. E essa submissão não está acontecendo, eivando de
vício, via de consectário, todos os atos de gestão e governo, pela ausência de legiti-
mação.
E os princípios fundantes dos estados democráticos de direito, hoje até mesmo alar-
deados como estados sociais de direito, trazem a necessidade de oitiva e inserção de
toda a população como única e verdadeira forma de legitimação dos atos de poder,
numa verdadeira reverência à salutar gestão democrática da cidade.
Nesse diapasão o Egrégio Supremo Tribunal Federal, ao se pronunciar sobre os direi-
tos sociais, daqueles das minorias, etc., tem estabelecido que, tal como em elabora-
ção e apreciação de projetos de lei que impactem consideravelmente determinados
núcleos sociais, assim também, v.g., na instituição de Planos Diretores de Desenvol-
vimento municipais e regionais, sempre que estando no centro a formulação de políti-
cas públicas sociais, há necessidade de concebê-los a partir de metodologias partici-
pativas, no sentido de corresponder às conquistas obtidas no que diz respeito à de-
mocratização do planejamento e da gestão dos Municipios, e destes com aqueloutros
que se inter-relacionam, bem como com a exigência da participação popular. Tais to-
madas de decisão precisam ser concebidas como instrumentos de um pacto social, ou
seja, como instrumentos de potenciais compromissos sociais, ou melhor, contratos
entre governos e população. Aponta-se, assim, para a possibilidade de alianças entre
os diferentes extratos sociais e os governos, em torno do planejamento participativo
dos Municipios numa plataforma regionalizada.
3.4 Leitura Analítica Geral das Principais Leis que devem Necessariamente
Guarnecer os Municípios
Cumpre-se reiterar a imperatividade de que os Municipios ora perscrutados estejam
bem aparelhados legalmente, posto que somente a partir daí é que restará viabilizado

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 27


qualquer tipo de firmamento de intenção para a consecução do Plano de Desenvolvi-
mento Sustentável do Norte-Noroeste Fluminense.
Repisado esse aspecto, precisam os Municipios rever todo o seu arcabouço legal de
modo a expurgar aquelas normas que já não mais representam e regulam a realidade
fático-jurídica, assim como prestigiar a atividade legislativa como meio de efetivamente
usar com responsabilidade a competência lhe assegurada, corajosa e inovadoramen-
te, pela Magna Carta de 1988, consoante alhures já trabalhado exaustivamente, bus-
cando sistematizar a legislação local e institucionalizar formas de elaboração de nor-
mas/leis que incorporem diretamente à discussão os setores primeiros a serem atingi-
dos pelas políticas municipais e, enfim, toda a sua população, e num segundo momen-
to, preveja mecanismos de inter-relacionamento com os demais Municipios de contato
e colaboração mútua.
Posto isso, passa-se a um esquadrinhamento analítico das normas básicas a dar sus-
tentação a todo e qualquer Município, não sem antes reforçar a idéia central desse
trabalho.
Cuida-se de estudo de análise da situação legal dos Municipios, visando a coligir da-
dos informativos para estabelecer as diretrizes das mudanças que se quer empreen-
der, buscando responder – sempre que possível, quantificadamente – às seguintes
perguntas:
(a) Quais são os problemas existentes?
(b) Quais são as necessidades a atender?
(c) Que tipos de atuação devem ser desenvolvidos?”
E para tentar perseguir as respostas possíveis desses questionamentos foi adotada,
para essa análise radiográfica, a combinação equilibrada do método de desenvolvi-
mento histórico e do método da leitura direta das estruturas institucionais e legais, nos
moldes preconizados nas lições de Jorge Wilheim (1976).
Far-se-á neste momento um apanhado global acerca dos aspectos de vigência, vali-
dade e possíveis vicissitudes das principais leis de regência municipais, sem, no en-
tanto, pinçar especificamente essa ou aquela lei, seja deste dou daquele município.
• No tocante à Lei Orgânica dos Municipios, sejam eles da Região Norte ou da
Noroeste, pode-se verificar a ausência de normas de regulação suplementar. Is-
so porque o instituto da Lei Orgânica apenas traça princípios e mesmo políticas,
porquanto não é ato normativo para tratar de assuntos próprios de lei ordinária.
Outrossim, pode-se lançar a observação de que algumas matérias ou encon-
tram-se não exaustivamente tratadas, ou ainda tratadas em descompasso com
normas de envergadura maior, denotando, assim, pouca importância à essa
norma de proa. É o caso, por exemplo, de regulações que aparentemente confli-
tam com as Resoluções n. 21.702, de 2 de abril de 2004, e n. 21.803, de 8 de ju-
nho de 2004, ambas emanadas do Egrégio Tribunal Superior Eleitoral, que ex-
pediu instruções sobre o número de Vereadores a eleger, em 2004, segundo a
população de cada Município e em observância aos critérios declarados pelo E.
Supremo Tribunal Federal quando do julgamento do RE n. 197.917.
• Três aspectos chamam atenção quando da análise da legislação que regula a
tributação e o orçamento.
O primeiro refere-se a pouca utilização de instrumentos normativos próprios, co-
mo, por exemplo, Código Tributário Municipal. Verifica-se que da grande maioria
dos Municipios tal código sequer foi encontrado.

28 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Outro aspecto diz respeito à efetividade e aplicabilidade do Código Tributário
Municipal, quando existente em alguns dos Municipios da Região Norte e da No-
roeste. Sendo um dos primados mais importantes para se perseguir um desen-
volvimento sustentável a recapacitação financeira com conseqüente elevação da
arrecadação própria, extrai-se que muitos mecanismos tributários de arrecada-
ção estão inviabilizados, não podendo ser empregados por falta de decreto ou
regulamentação.
Por derradeiro, é de sabença comum que os Municipios para bem se habilitar,
sejam perante os órgãos públicos de fomento, ou mesmo junto às instituições
privadas de crédito – nacionais ou internacionais -, devem manter um real e efe-
tivo planejamento dos seus gastos através das três peças orçamentárias: LDO
(Lei de Diretrizes Orçamentárias), PPA (Plano Pluri Anual) e LOA (Lei Orçamen-
tária Anual). São imprescindíveis para a transparência da gestão e não excluden-
tes, muito pelo contrário. Tem-se, pois, que uma deve ser cunhada pelas outras
duas peças orçamentárias que compõe esse tripé tão salutar.
• Nesse conglomerado de normas que tem por escopo regular a infra-estrutura e
ordenação territorial, várias são as nuances que merecem uma passagem.
Imperativo que as normas possam chegar de maneira inteligível e não fragmen-
tada a todos os cidadãos. Razão pela qual ante as ondas renovatórias que pre-
conizam o direito à informação, como forma mesmo de exercício pleno da cida-
dania, o enxugamento do arcabouço legal e a sistematização das matérias em
códigos, ou por meio de outro sistema, é um objetivo a ser galgado.
Exemplo disso poderia ser preconizado através da incorporação de matérias co-
mo a política sanitária e ambiental dos Municipios e mesmo o Código de Obras,
todos no Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, como meio mesmo de fa-
cilitação para elaboração de instrumento de regulação regional.
Ocorre que nos casos em análise, por exemplo, os Planos Diretores municipais
já carecem de atualização, ou mesmo revisão, seja por não contemplar novéis
instrumentos de política pública, seja por não atender algumas especificidades
exigidas pelo Estatuto da Cidade; seja ainda pela iminência de alteração brusca
na realidade econômica e social, não tendo auto-regulamentado várias matérias
que também estão hibernadas por falta de legislação suplementar.
Ademais, e aqui observação que se aplica também para o item subsequente, to-
do e qualquer fundo municipal deve, mesmo que a duras penas, ser mantido ati-
vo e capitalizado. Mais uma vez se traz à baila a necessidade de readequação
financeira como forma de as municipalidades terem elementos garantidores para
pleitear verbas federais, estaduais ou privadas epara o exercício de sua autono-
mia de decisão.
Por fim, um amplo redimensionamento da realidade física e financeira dos Muni-
cipios impõe uma nova e dinâmica legislação de desenvolvimento da atividade
rural, que em hipótese nenhuma deve ser deixada às margens diante de futuros
possíveis grandes empreendimentos.
• As legislações municipais que tratam da ordem social – amplo espectro – tam-
bém merecem revisão e readequação.
Assim como a ativação e capitalização dos fundos existentes nos vários Munici-
pios das Regiões Norte e Noroeste, tal raciocínio também se aplica aos Conse-
lhos e órgãos deliberativos que atuam prestimosamente, como catalisadores de
agentes de forma a se criar uma rede perene de mobilização social.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 29


Noutro giro, novas Instruções e Deliberações Normativas expedidas pelo INE-
PAC/RJ - Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, e pelo IPHAN – Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podem ser implementadas no bojo legal
dos Municipios, como meio até mesmo de buscar um alavancamento de receitas
extraordinárias como o ICMS Cultural, dentre outras, valendo o mesmo para o
ICMS Ecológico, este mediante a adoção e efetiva implantação de planos de
manejo de APAs e APPs, dentre o preenchimento de outros requisitos.

4. LEGISLAÇÃO ESTADUAL DE FOMENTO DIRECIONADA ÀS REGIÕES


NORTE E NOROESTE FLUMINENSE

Tabela 13 - Norte e Noroeste Fluminense - Legislação de Fomento Regional, Número da


Legislação e Descrição de Conteúdo/Matéria

Legislação Descrição
Dispõe sobre a Concessão de Incentivos Fiscais às
Lei nº 4189, de 29 de setembro de
empresas que vierem a investir nas regiões Norte-
2003.
Noroeste Fluminense, e dá outras providências.
Ratifica o Decreto nº 26.140, de 04 de abril de 2000,
que instituiu o Programa Especial de Desenvolvimento
Lei nº 4190, de 29 de setembro de
Industrial das Regiões Norte e Noroeste Fluminense –
2003
RIONORTE/NOROESTE e incorpora alterações pro-
postas pela chefia do Poder Executivo.
Dispõe sobre a Política de Recuperação Econômica
de Municipios Fluminenses e dá outras providências.
Ficam Concede-se aos estabelecimentos industriais
instalados ou que venham a se instalar nos Municipios
de Aperibé, Bom Jardim, Bom Jesus do Itabapoana,
Cambuci, Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Cara-
pebus, Cardoso Moreira, Carmo, Conceição de Maca-
bu, Cordeiro, Duas Barras, Italva, Itaocara, Itaperuna,
Lei nº 4.533 de 04 de abril de 2005 Laje do Muriaé, Macuco, Miracema, Natividade, Paraí-
ba do Sul, Porciúncula, Quissamã, São Fidélis, Santa
Maria Madalena, Santo Antônio de Pádua, São Fran-
cisco do Itabapoana, São João da Barra, São José de
Ubá, São Sebastião do Alto, São José do Vale do Rio
Preto, Saquarema, Sapucaia, Sumidouro, Trajano de
Morais, Três Rios, Valença e Varre-Sai, o seguinte
tratamento tributário:
{redação do caput do Art. 1º, alterada pelo art. 1º
da Lei n.º 5.229, com efeitos a partir de 30.04.2008}
Cria o Fundo de Recuperação Econômica de Munici-
pios Fluminenses e dá outras providências. Fica criado
o Fundo de Recuperação Econômica dos Municipios
Fluminenses, com o objetivo de fomentar a recupera-
ção econômica de Municipios, através do financiamen-
Lei nº 4.534, de 04 de abril de 2005
to de empreendimentos geradores de emprego e ren-
da, nos setores da indústria, agroindústria, agricultura
familiar, micro e pequenas empresas, serviços e co-
mércio atacadista, considerados relevantes para o
desenvolvimento econômico ao Estado.

30 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Legislação Descrição
§ 1º Para efeitos do que dispõe esta Lei, são abrangi-
dos os seguintes Municipios: Aperibé, Bom Jardim,
Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Campos dos
Goytacazes, Cantagalo, Carapebus, Cardoso Moreira,
Carmo, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras,
Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Macuco,
Miracema, Natividade, Porciúncula, Quissamã, São
Fidélis, Santa Maria Madalena, Santo Antônio de Pá-
Lei nº 4.534, de 04 de abril de 2005 dua, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra,
São José de Ubá, Saquarema, São Sebastião do Alto,
Sapucaia, Sumidouro, Trajano de Morais, Valença e
Varre-Sai.
§ 2º - VETADO
{redação do § 1º alterada pelo Art. 1º da Lei nº 5.387
de 10.02.2009}
{§ 2º vetado pelo Art. 2º da Lei nº 4.762 de
08.05.2006}
Fonte: Sites Municipais

Mapa 1 - Mapa de Abrangência da Lei 4.533, de 04 de abril de 2005

Fonte: ALRJ

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 31


Mapa 2 - Mapa de Abrangência da Lei 4.534, de 04 de abril de 2005

Fonte: ALRJ

4.1 Convênios Localizados - Firmados para o Fomento das Regiões Norte e


Noroeste Fluminense
Tabela 14 – Convênio para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI: 653152
Situação: Adimplente
Nº Original: 0216/08
ADCT/FNDCT - Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnoló-
gico, dotar a UENF de infra-estrutura para viabilizar a consolida-
Objeto do Convênio: ção de áreas de pesquisas consideradas prioritárias pela institui-
ção vinculadas à sua vocação regional relacionada ao desenvol-
vimento científico e tecnológico.
Orgão Superior: Ministério da Ciência e Tecnologia
Concedente: Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Convenente: Fundação Norte Fluminense de Desenvolvimento Regional

32 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Detalhes do Convênio
Valor Convênio: 1.998.110,00
Valor Liberado: 0,00
Publicação: 04/09/2009
Início da Vigência: 27/08/2009
Fim da Vigência: 27/08/2011
Valor Contrapartida: 370.000,00
Data Última Liberação:
Valor Última Liberação: 0,00
Fonte: SIAFI

Tabela 15 – Convênio para o Programa de Recursos Humanos da ANP para o Setor


Petróleo e Gás
Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI: 499292
Situação: Adimplente
Nº Original: CV ANP 006/2004
Programa de Recursos Humanos da ANP para o Setor Pe-
Objeto do Convênio:
tróleo e Gás.
Orgão Superior: Ministerio de Minas e Energia
Concedente: Escritório Central da ANP
Convenente: Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Valor Convênio: 4.313.641,61
Valor Liberado: 2.942.041,57
Publicação: 08/04/2004
Início da Vigência: 31/10/2003
Fim da Vigência: 27/11/2013
Valor Contrapartida: 0,00
Data Última Liberação: 14/09/2009
Valor Última Liberação: 40.988,53
Fonte: SIAFI

Tabela 16 – Convênio para o Reordenamento Territorial da Lagoa do Vigário

Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI: 611220
Situação: Adimplente
Nº Original: CR.NR.0246962-35
Objeto do Convênio: Reordenamento Territorial da Lagoa do Vigário
Orgão Superior: Ministerio do Meio Ambiente
Concedente: Gestão Recursos Hídricos
Convenente: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes
Valor Convênio: 1.000.000,00
Valor Liberado: 0,00
Publicação: 14/01/2008
Início da Vigência: 31/12/2007
Fim da Vigência: 30/06/2009
Valor Contrapartida: 250.000,00
Data Última Liberação:
Valor Última Liberação: 0,00
Fonte: SIAFI
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 33
Tabela 17 – Convênio para Gestão Ambiental do Entorno do Parque Jurubatiba

Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI: 431686
Situação: Concluído
Nº Original: 2001CV000081
Integrar o maior número possível de atores sociais relevantes na
Gestão Ambiental do entorno do Parna Hurybatiba, utilizando o
diagnóstico participativo da situação atual como estratégia para
Objeto do Convênio: percepção dos impactos, bem como das potencialidades atual-
mente existentes no parque e na sua zona de amortecimento, a
fim desencadear um processo de participação comunitária que
culmine na elaboração do plano de desenvolvimento.
Orgão Superior: Ministério do Meio Ambiente
Concedente: Fundo Nacional do Meio Ambiente/II/BID 1013/SF-BR.
Convenente: Associação dos Amigos do Parque Nacional da Restinga
Valor Convênio: 79.122,00
Valor Liberado: 79.122,00
Publicação: 28/12/2001
Início da Vigência: 28/12/2001
Fim da Vigência: 31/08/2002
Valor Contrapartida: 91.729,00
Data Última Liberação: 08/03/2002
Valor Última Liberação: 79.122,00
Fonte: SIAFI
Tabela 18 – Convênio para o Projeto PRONAF Florestal

Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI: 485262
Situação: Adimplente
Nº Original: CV FNMA 035/2003
O Projeto PRONAF-FLORESTAL atuará em três núcleos de
ação onde serão concentradas as atividades. O Estado do Rio
de Janeiro foi dividido em três núcleos, sendo o do Norte-
Fluminense, onde as ações serão coordenadas pela UENF, O
Objeto do Convênio:
Serrano, com ações coordenadas pelo IEF-RJ e o da Baixada
com ações coordenadas pela EMBRAPA - Agrobiologia e a
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Serão atendidas
500 famílias.
Orgão Superior: Ministério do Meio Ambiente
Concedente: Fundo Nacional do Meio Ambiente
Convenente: Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Valor Convênio: 796.792,00
Valor Liberado: 746.832,00
Publicação: 03/12/2003
Início da Vigência: 03/12/2003
Fim da Vigência: 30/11/2009
Valor Contrapartida: 483.497,00
Data Última Liberação: 27/12/2007
Valor Última Liberação: 330.625,00
Fonte: SIAFI

34 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


5. LEGISLAÇÃO ESTADUAL QUE CRIA OS PRINCIPAIS PROGRAMAS DE
INCENTIVOS E FOMENTO
Tabela 19 - Legislação de Fomento Estadual do Rio de Janeiro, Número da Legislação e
Descrição de Conteúdo/Matéria

Legislação Descrição
Institui o Programa de Atração de Investimentos Estru-
Decreto nº 23.012, de 25 de março de turantes, regido pelo Decreto-Lei Estadual n.º 08/75,
1997 com suas posteriores alterações, pelo Decreto n.º
22.921/97 e pelos termos deste Decreto.
Institui o Programa de Desenvolvimento Industrial dos
Municipios Fluminenses Priorizados no Programa Co-
Decreto nº 24.859 de 27 de novembro munidade Solidária – RIOSOLIDÁRIO, regido pelo
de 1998 Decreto-Lei Estadual nº 08/75, com suas posteriores
alterações, pelo Decreto nº 22.921/97 e pelos termos
deste Decreto.
Institui o Programa Básico de Fomento à Atividade
Industrial no Estado do Rio de Janeiro – RIOINDÚS-
Decreto n.º 24 937 de 01 de dezembro
TRIA, regido pelo Decreto-lei Estadual n.º 08/75, suas
de 1998
posteriores alterações, pelo Decreto n.º 22.921/97 e
pelos termos deste Decreto.
Dispõe sobre a Concessão de Tratamento Tributário
Decreto nº 41.557 de 18 de novembro
Especial para os estabelecimentos industriais e dá
de 2008
outras providências.

Regulamenta o DECRETO Nº 41.557/2008, que dis-


Resolução SEFAZ nº 183 de 12 de
põe sobre a Concessão de Tratamento Tributário Es-
dezembro de 2008
pecial para Estabelecimentos Industriais.

Dispõe sobre a Concessão de Benefícios Fiscais para


Lei nº 4177, de 29 de setembro de
o Setor de Agronegócio e da Agricultura Familiar Flu-
2003
minense e dá outras providências.
Cria o Fundo de Recuperação Econômica dos Munici-
pios Fluminenses, com o objetivo de fomentar a recu-
peração econômica de Municipios, através do financi-
amento de empreendimentos geradores de emprego e
Lei nº 4534, de 04 de abril de 2005
renda, nos setores da indústria, agroindústria, agricul-
tura familiar, micro e pequenas empresas, serviços e
comércio atacadista, considerados relevantes para o
desenvolvimento econômico ao Estado.

Fonte: SIAFI

6. CONCLUSÃO DA ANÁLISE SITUACIONAL


As condições de desenvolvimento socioeconômicas das Regiões Norte e Noroeste
Fluminense, mesmo diante da pujança da economia do petróleo, concentrada e que
ainda não internalizou quase nada de sua cadeia produtiva, empresarial e de négocios
na Região, tão somente a estrutura operacional “off shore” destaca a adequação da
escolha do Governo do Estado do Rio de Janeiro em selecioná-las como as primeira a
serem objeto de um planejamento regional estratégico e sustentável, em um horizonte
de longo prazo. .
Ressalta-se ainda que o Norte e o Noroeste Fluminense possuem alto potencial de
desenvolvimento projetado para os próximos 20 ou 30 anos, desde que executadas e

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 35


coordenadas políticas públicas corretas, utilizando-se das condições naturais existen-
tes em cada Município e no território como uma unidade.
Denota-se do que se constatou, a existência de legislações específicas de incentivo e
atração de desenvolvimento e renda para tais Regiões, com resulatdos e aplicação
bastante tímidos.
Nada obstante, a simples existência de tais instrumentos legais não se afigura sufici-
ente para deflagrar e, sobretudo, manter operante o almejado desenvolvimento regio-
nalizado sustentável.
Da análise comparativa da legislação em função de um projeto de desenvolvimento,
chega-se à inarredável conclusão de que ações outras e plataformas voltadas para um
mesmo fim, com mútua colaboração de todas as esferas de governo, assim como as
necessidades e possibilidades de regulação para o desenvolvimento regional e para
viabilização das políticas de atração de investimentos - sempre atentando para o pre-
servacionismo e sustentabilidade - precisam ser firmadas e norteadas disposições
claras e dotados de vetores específicos, o que será tratado em seguida.

7. A CONTRIBUIÇÃO DO PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO


TERRITORIAL SUSTENTÁVEL
No tratamento assumido, o planejamento para o desenvolvimento territorial sustentá-
vel surge como um enfoque de reflexão e análise. Este tem origem na teoria dos sis-
temas, a partir da década de 1920 (BERTALANFFY, 1975) e integrou-se ao planeja-
mento, a partir dos trabalhos dos participantes da Conferência de Bellagio, em 1968,
na Itália (JANTSCH, 1969) e aos trabalhos do Clube de Roma, no início da década de
1970 (MEADOWS et al., 1978). Já a união do planejamento sistêmico com o eco-
desenvolvimento se deu pelo trabalho de Ignacy Sachs (GODARD; SACHS, 1975). O
tema está em permanente construção. Mais recentemente, incorpora o conceito da
sustentabilidade e da territorialidade a fim de tornar-se mais operacional (CAZELLA;
VIEIRA, 2006).
Da confluência dessas teorias e enfoques pode-se destacar alguns aspectos principais
que servirão como princípios reitores para a amarração legal e institucional do Plano
de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste Fluminense.
Um primeiro aspecto, relacionado à teoria geral dos sistemas refere-se à identifica-
ção das propriedades, dos princípios e das leis comuns em todos os sistemas (RA-
POPORT, 1976). “A idéia de uma abordagem mais global pode estimular uma melhor
identificação e inventário de recursos possuídos por uma sociedade para um pensa-
mento melhor e mais criativosobre seus sistemas” (WOODWORTH, 1976, p. 21).
Nesta direção, ocorre a busca do sistema de planejamento regionalizado e a sua inte-
ração com os sub-sistemas municipais. Para esta condição também convergem os
estudos sobre território e espaço que trazem a importância da observação das escalas
na análise (BECKER, 1997; CASTRO, 1995; 1997). Brandão (2003, p. 10) alerta que:
“nunca as diversidades produtivas, sociais, culturais, espaciais (regionais, urbanas e
rurais) foram usadas no sentido produtivo. Foram tratadas sempre como desequilí-
brios, assimetrias e problemas”. A fim de superar essa contradição, é preciso ter clare-
za que o sistema capitalista é trans-escalar e as ações devem ser pensadas em mais
de uma ou múltiplas escalas.
Um segundo aspecto, fruto das contribuições do planejamento sistêmico, do eco-
desenvolvimento e do desenvolvimento sustentável é a preocupação com todas as
dimensões do desenvolvimento [legal, política, social, econômica, cultural e ecológica].
Trata-se de uma visão de planejamento integrado e não setorial. Um planejamento
36 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
que considere a dimensão do longo prazo e sensível à problemática sócio-econômica-
ambiental.
Um terceiro aspecto refere-se ao caráter político e técnico do planejamento. O plane-
jamento do desenvolvimento é um processo que visa a construção do futuro desejado.
Este envolve cooperação, mas também é permeado por conflitos. Brandão (2003) a-
borda o tema do desenvolvimento, mostrando que ele é equilíbrio e desequilíbrio, or-
dem e desordem, construção e desconstrução. O mesmo raciocínio pode ser transpos-
to para o planejamento, pois se tem a impressão que o planejamento vem para orde-
nar, aplainar, organizar e perde-se a perspectiva do conflito, da transformação, da de-
sordem, do que não é plano, da desorganização, do político.
Quando se fala em descentralização, municipalização e participação em con-
seqüência, trata-se não de uma mera reforma administrativa, mas de uma re-
tomada geral, por parte da população, das rédeas do desenvolvimento econô-
mico e social (DOWBOR, 1992, p. 4).
Além do caráter político, o planejamento também é um processo técnico.
Técnico, por ser ordenado e sistemático, por utilizar instrumentos de organiza-
ção, sistematização e hierarquização da realidade e das variáveis do processo
e por constituir um esforço de produção e de organização de informações so-
bre o projeto e os instrumentos de intervenção. Político, porque a decisão e a
definição de objetivos passam por interesses e negociações entre atores soci-
ais (BUARQUE, 2003, p. 26).
O planejamento, desta forma, pode ser encarado como uma síntese técnico-política.
Um quarto aspecto trata da relação das instituições com o planejamento. Segundo
Jantsch (1969) este enfoque de planejamento apresenta, entre outras, as seguintes
características: (I) ele é integrado e necessita de instituições capazes de planejar e de
funcionar dentro do quadro total do sistema - lembrando que os sistemas são abertos
e variam -; (II) ele é normativo, acima de proceder a avaliações comparadas, prepa-
rando uma escolha racional, esta precisa ser criativa nos múltiplos níveis. Para tal tor-
na-se essencial instituições que estudem as antecipações globais e os elementos fun-
cionais que as sustentam; que formulem estratégias a serem escolhidas; que apresen-
tem um inventário extenso de opções e suas conseqüências; (III) ele é flexível e exige
instituições com grande capacidade de adaptação e um grau elevando de flexibilidade
na execução dos planos.
Existe uma interdependência entre o planejamento e as instituições. Um tipo de plane-
jamento exige e permite tipos de instituições determinados e vice-versa. Um tipo e um
“espírito” de processo de planejamento corresponde a uma estrutura específica da
sociedade, que, por sua vez, se exprime através dessas instituições específicas.
Neste processo, segundo Woodworth (1976, p. 10):
Qualquer definição do que está “lá fora” requer nos primeiros estágios uma de-
finição de “como eu me vejo” e de como encaro meu relacionamento com esse
mundo. A teoria dos sistemas começa neste momento – não apenas olhando
para a realidade, nem somente para o ego, como um observador desse mundo
exterior. Ela nos força a ir até o ponto de analisar a própria análise.
Em síntese, os quatro aspectos apresentados, destacam princípios reitores que verbe-
ram e versam acerca: (I) da perspectiva sistêmica e da sua condição trans-escalar; (II)
da preocupação com a problemática sócio-econômica-ambiental, com todas as dimen-
sões do desenvolvimento e com o longo prazo; (III) do caráter político e técnico do
planejamento e (IV) da inter-relação entre as instituições e o planejamento, que norte-
arão a confecção e constituição das normas positivadas, a seguir apresentadas, que
buscam garantir a eficácia plena e aplicabilidade imediata das propostas e Carteira de
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 37
Projetos, originada do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste
Fluminense.

8. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO


A metodologia de elaboração e implementação do presente Plano obedeceu estrita-
mente aos conceitos e modelo específico preestabelecidos, com uma metodologia de
execução própria cobrindo as macro etapas do trabalho definidas em função da efeti-
vidade da produção de resultados e a contextualização e a prospecção requeridas,
observando-se um cronograma de realização focado nos objetos. Para tal se fez uso,
naturalmente, de processos múltiplos, simultâneos, o conjunto em conformidade rigo-
rosa com o que disposto, repita-se, no Edital de Licitação, Concorrência Pública nº
001/2009 da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, SEPLAG, Rio de Janei-
ro, março de 2009.
Para a sua formulação foi considerado tudo o que havia acontecido e sido feito anteri-
ormente com os resultados respectivos, bem como as trajetórias evolutivas projetadas
ou mais prováveis de acontecer no tempo futuro.
Optou-se por adotar um processo de alta efetividade que assimilasse as práxis de sua
aplicação nos ambientes existentes de cada Região e no grupo das duas Regiões con-
tíguas, considerando que o objeto deste trabalho é a elaboração de um Plano de De-
senvolvimento Sustentável integral, consistente com transformações ou mudanças
estruturais individualizadas e/ou correlacionadas, que se associam para proporcionar o
desenvolvimento da própria região, da comunidade e sociedade que nela habitam e de
cada pessoa membro destas comunidades e habitante deste território.
Para conseguir realizar este conceito primevo de projeto, imperativo se fez, que se
buscasse meios e instrumentos legais e de operacionalização, valendo ressaltar que a
procura dessa mola propulsora de desenvolvimento não se baseia na premissa taca-
nha de entender uma região como sendo uma soma de Municipios ou setores que a
constituem, muito além, cabe sim o entendimento da vinculação de todas essas per-
sonagens a um modelo de gestão e regulação institucional legal comum, submetidas,
via de consectário, a um estatuto regional cogente.
Nesse diapasão, aspecto da maior importância no contexto de evolução regional, diz
respeito à formulação das bases legais para a amarração do ‘protocolo de intenções’,
Municipios entre Municipios, e, de forma referendaria, o Estado do Rio de Janeiro sub-
vencionando todas as propostas estruturantes.

9. ESCOPO DA REGULAÇÃO INSTITUCIONAL-LEGAL


9.1 Objetivo Geral
Como visto, não há como se falar em desenvolvimento regional sem que exista uma
base regulatória municipalizada, verdadeiro marco legal de amplo espectro que
preveja, precavidamente, todas as situações de direito advindas das transformações
sócio-econômicas esperadas para as cidades, e, num segundo olhar, para as regiões
sob análise e inter-relacionadas.
Necessário, pois, a regulação de todos os aspectos para a mínima sustentação
organizacional dos entes envolvidos nesse projeto de desenvolvimento regional, de
maneira a gerenciar os problemas, fazendo frente à complexidade e às incertezas,
melhorar a qualidade dos serviços para os cidadãos e procurar o desenvolvimento
humano ao mesmo tempo em que o econômico.

38 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Tornou-se habitual normatizar e regular situações fáticas, geradoras de direito, já
ocorridas ou prestes a ocorrer e aperfeiçoadas. No entanto, é preciso quebrar esse
paradigma de conduta, de modo que situações fáticas e de direito futuras, que venham
a ser antecipadas e regulem um processo intencional, já possam ser norteadas por
critérios legais preestabelecidos, trazendo, no caso presente, estabilidade e segurança
jurídica a todos os atores envolvidos da sociedade.
Essa atividade legislativa “preventiva” ou melhor ainda “preditiva” traz a garantia
necessária para todos os investidores e empreendedores, gestores e cidadãos,
inclusive, organismos públicos municipais, estaduais e federais, no sentido de dispor
de regulamentos claros e estáveis, não ficando à mercê de surpresa legislativa
superveniente e casuística.
9.2 Objetivo e Metas Específicas
Mais uma vez se faz remissão à avaliação situacional realizada, que mostra que a
grande maioria das cidades das Regiões Norte e Noroeste Fluminense não possuem
legislações mínimas que dêem um aporte para o deslanche do presente Plano de
Desenvolvimento Sustentável, gize-se, apto a direcionar o crescimento ordenado e
substancioso de toda a área geográfica perscrutada, anotando-se ainda que as
legislações estaduais existentes – que versam sobre fundos e programas de
desenvolvimento para as regiões sob análise -, afiguram-se inócuas, porquanto
inoperantes.
Por essa banda, repise-se, imperativo:
a) Promover a gestão democrática e sustentável do território fracionado, através da
regulação (regulamentação) competente:
• fundiária;
• combate à ocupação ilegal de terras públicas;
• viabilização de modelos alternativos de reforma agrária;
• criação e consolidação de unidades de conservação e de terras protegidas –
indígenas, quilombolas, etc.;
• monitoramento e controle ambiental efetivos;
• oferta de serviços essenciais nos núcleos urbanos e rurais;
• fortalecimento de estratégias inovadoras de gestão comunitária dos recursos
naturais, como modo de incentivo à sustentação das comunidades rurícolas;
• por meio de planos diretores de desenvolvimento municipais em associação com
este Plano de Desenvolvimento Sustentável e com o Plano Diretor de
Urbanização Regional, de modo que possam ser amplamente utilizados os
ditames do Estatuto da Cidade e Deliberações Normativas expedidas pelo
Ministério das Cidades, prestigiando:
 instrumentos de políticas regionalizadas e,
 zoneamento urbano e rural com destinação de uso do solo, etc.;
• estratégias articuladas de desenvolvimento da Região Norte-Noroeste integrada,
dos seus Municipios, com suas áreas urbanas e suas comunidades rurais,
buscando a ordenação planejada entre elas e a cooperação entre os Municipios
circunvizinhos, integrando as iniciativas pública, privadas e não governamental
em prol do interesse de comunidades microrregionais e regional, bem como a
construção de parcerias com a sociedade nos seus diferentes segmentos e a
cooperação com organismos internacionais e estrangeiros.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 39


• sobre a ordem econômica, social, cultural e ambiental, sobre o planejamento e
ordenação territorial, bem como sobre a política de saneamento, com vistas a
que sua ação contribua para proporcionar o bem estar da população e a
sustentabilidade de sua economia, num universo interno e regional;
• constituição de novos projetos, empreendimentos e ações que viabilizem a
estruturação e atração de empreendimentos e investimentos, individualizados ou
em arranjos ou cadeias, para o desenvolvimento regional como um conjunto de
oportunidades distribuídas no território entre os Municipios , em que prevaleçam
o aumento e a distributividade da riqueza produzida pela exploração, com
efetividade e com impactos administrados, dos seus recursos naturais e a
criação de uma economia própria constituída sobre os seus diferenciais e sobre
as condições econômico-sociais e culturais próprias e dos mercados
circundantes, assegurando que esse processo incorpore o conhecimento e a
complexidade, gradual e consecutivamente;
• de participação efetiva da comunidade e de seus representantes, em especial na
elaboração dos Planos Plurianuais de Investimento, PPAs, das Leis de Diretrizes
Orçamentárias anuais e dos orçamentos regulares, nos ambientes municipais e
num segundo nível, no ambiente regional;
• programas que visem proporcionar a urbanização e regularização jurídicas de
áreas com assentamentos precários e irregulares, assim como promover a
remoção e reassentamento de edificações construídas em locais tidos como non
aedificandi, promovendo a possibilidades de acesso regular à terra e à moradia,
principalmente nas cidades que atraem migrantes e população flutuante;
• do reparcelamento/titulação por cessão de direito – alienação (ato jurídico
oneroso) ou doação (ato jurídico gratuito), que consubstanciam-se num contrato
em que se transfere a propriedade de terreno público a particular, mediante
remuneração (escritura de compra e venda) ou mesmo gratuitamente (doação),
destinados, por excelência, para fins específicos de promoção de programas
habitacionais de urbanização e de regularização fundiária (dentre outros fins
contidos no conceito legal de interesse social – nos termos do art.º 7º, e §§, do
Decreto-lei n.º 271, de 28 de fevereiro de 1967, observada a redação dada pela
Lei Federal n.º 11.481/2007);
• das desapropriações para fins de urbanização específica de interesse social ou
reurbanização, necessárias para a consecução das intervenções físicas para
atração de investimentos e empreendimentos, com fundamento primeiro na
alínea “i”, do art. 5º, do Decreto-lei n.o 3.365, de 21 de junho de 1941, e que
tenham sua necessidade respaldada em diagnóstico e avaliação setorial e
propostas físico-ambiental e jurídica específicas;
• da aplicação da reforma agrária fortalecendo a agricultura familiar orgânica e
agroecológica garantindo áreas agrícolas para suas atividades, acompanhada
de assistência técnica, extensão rural e melhoria da qualidade de vida,
diminuindo o êxodo rural e incentivando a diversidade de produção nas
comunidades agrícolas, estimulando o associativismo, de um lado e das
atividades agrárias de grandes escalas e produtividades, que requerem grandes
propriedades, deslocando os pequenos proprietários para aglomerações a serem
constituídas na modalidade ecovilas, com uma participação reservada em fatia
dos grandes negócios;
• para a construção de sociedades sustentáveis por meio de: manutenção do ho-
mem no campo com a promoção da regularização fundiária, reestruturação agrá-

40 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


ria, introdução intensiva do desenvolvimento baseado em tecnologias avançadas
e limpas visando à conservação e preservação dos biomas incluindo a criação e
manutenção de corredores ecológicos e privilegiando o extrativismo natural de
forma sustentável. Estes aspectos devem ser inseridos em macro planos inte-
grados, setoriais e sociais regionais, para garantir a implantação de políticas fi-
nanceiras estruturantes voltadas às cadeias produtivas rurais e urbanas com ba-
se no ordenamento territorial que contemple também os grupos étnicos minoritá-
rios, comunidades ribeirinhas, comunidades pescadoras e demais comunidades
tradicionais;
• criação de mecanismos regionais, através de pactos e protocolos de intenções,
que disponham acerca de incentivos fiscais isonômicos a serem concedidos às
empresas que se instalarem no Norte e Noroeste Fluminense, rechaçando,
assim, qualquer guerra fiscal e preterimento de local de instalação em função
exclusiva de benesses fiscais.
• criação e operacionalização de órgãos municipais e inter-municipais e regionais
de aconselhamento e colegiado, como instância governança, de tomada de
decisões e deliberações normativas. Nos ambientes municipais, eles se
manifestam sob vários grupos temático sob denominações tais como: Comitê de
Planejamento, Orçamento Participativo e Desempenho da Gestão; Conselho de
Desenvolvimento Social e Habitação; Conselho Defesa dos Direitos da Criança e
do Adolescente; Conselho Tutelar; Conselho de Defesa dos Direitos da
Mulher;Conselho do Idoso; Conselho do Esporte; Conselho Comunitário de
Segurança Pública; Conselho de Drogas; Conselho de Saúde e Vigilância
Sanitária; Conselho de Educação, Tecnologia e Empreendedorismo; Conselho
de Alimentação Escolar; Conselho de Defesa do Direito do Cidadão; Conselho
da Cultura, Artes e Turismo; Conselho de Meio Ambiente; Conselho de
Desenvolvimento Urbano e Territorial e Infraestrutura; Conselho de Transporte
Coletivo e Sistema Viário; Conselho do Desenvolvimento Econômico e Trabalho;
Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável; Defesa Civil, entre outros.
• adoção de critérios de eficiência, racionalidade e agilidade na prestação de
serviços públicos, de modo a garantir aos seus usuários uma prestação de boa
qualidade a um menor custo;
• descentralização e automação de serviços, visando o atendimento direto e
imediato à população regional, com redução de custos, eliminação de controles
superpostos e imposição de deslocamentos desnecessários;
• flexibilização e eliminação de formalidades e procedimentos que retardem ou
dificultem o acesso e a obtenção da prestação pública de serviços;
• formação das receitas municipais e regionais, a partir de uma realidade média
regional administrada e da exploração sistemática de seu potencial de cresci-
mento o que deve resultar em uma avaliação que esgote o exame das condições
vigentes, de ajustes e atualizações pertinentes, de atualizações cadastrais, regu-
larização fundiária e demais aspectos associados, da ampliação da geração pró-
pria de recursos incluindo fontes específicas associadas à gestão ecológica ou
ambiental e cultural, dos sistemas de arrecadação, conciliação, contabilização,
orçamentação e compras/estoques, da informatização, da execução de serviços
de dívida, de um sistema de acompanhamento rotineiro e de gestão financeira,
do arcabouço institucional e estrutura operacional tributário e fiscal, de um qua-
dro mínimo de alta competência profissional, das medidas e iniciativas de capta-
ção de recursos externos individualizada e em conjunto com os demais Municipi-
os da Região, dos fundos municipais, dos sistemas de fomento e apoio às ativi-
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 41
dades municipais, dos cálculos do PIB e VAF, capacidade e estratégia de ala-
vancagem, entre outros, tendo como objeto a sua elevação pelo aumento da efi-
ciência e eficácia.
• de legislação complementar e regulamentar dos PDPs dirigida à
institucionalização dos instrumentos que suportarão o desenvolvimento municipal
sustentado, compatibilizadas com a Região de modo a se evitar e prevenir
disputas predatórias e fluxos que produzam ou estimulem desequilíbrios
microrregionais.
• constituição dos Fundos de Desenvolvimento Regionais, destinados a promover
sua contribuição para a promoção e equalização do desenvolvimento integrado
pela governança regional.
• utilização e intensificação do uso dos mecanismos institucionais estabelecidos
pelo Estatuto das Cidades e constantes das legislações dos Planos Diretores
Participativos de Desenvolvimento.
• viabilização da implementação da carteira dos projetos prioritários, com a
identificação de suas fontes potenciais de “funding” e as condições a serem
observadas para acessá-las.
• gestão das despesas públicas, para a qual se deve cumprir um programa
absolutamente análogo aos da receita, observando os gastos com o pessoal,
legislativo e despesas correntes que representam os maiores itens na sua
composição, a alocação de gastos por áreas tanto em termos de valor quanto de
distributividade, os processos e suas otimizações.
• critérios de orçamentação habitualmente utilizados, substituindo metodologias na
modalidade “balance and bound”, por critérios de eficácia associados a
resultados e constituição de significados prioritários, com consultas à
comunidade sempre que possível e um grupo gestor propiciando uma revisão no
sentido de torná-la um instrumento efetivo da gestão financeira nos dois níveis
propostos o da Municipalidade e de cada uma de suas áreas, e o do seu
alinhamento e contribuição para os empreendimentos orientados regionais.
• formação de uma nova estrutura de investimentos, com valores programados de
aplicações anuais, fixados nas leis dos PDPs, portanto, numa perspectiva de
médio/longo prazo, assumindo-se a participação de parcelas de recursos de
terceiros respeitada estratégias de alavancagem preestabelecidas, nos quais se
incluem com igualdade e prioridade os empreendimentos classificados para o
ambiente regional. Tanto parte da parcela de recursos próprios para
investimento, quanto parte dos recursos dos Fundos de Desenvolvimento
Econômico-sociais dos Municipios e dos Fundos Regionais devem ser alocadas
como as contrapartidas das captações externas, ampliando a capacidade de
investimento nos primeiros anos de uma trajetória decenal ou de maior duração
das Municipalidades articuladas na Região, visando assegurar a execução das
transformações programadas.
• estruturar e atuar as Municipalidades e a Região para planejar, ordenar, regular e
induzir os processos de desenvolvimento econômico-social do município e da
região, de forma integrada e simultânea, de modo pró-ativo e orientado para as
vantagens de seus diferenciais, para as oportunidades e para as escolhas de sua
população, mobilizando e fazendo dessa sociedade um parceiro ativo a quem
caberá conduzir a maioria dos empreendimentos, sejam eles projetos ou
programas.

42 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


• re-organizar ou reestruturar os seus quadros efetivos de pessoal criando grupos
de competência, dotados de qualidade e excelência, bem remunerados, assisti-
dos por marco legal que incentive resultados e mérito, bastante reduzido desde
que apoiado por uma extensa e intensa instrumentalização e informatização dos
serviços públicos e das facilidades e condições de acesso para a população.
Programas de re-qualificação e atualização, especialização e desenvolvimento
devem se tornar parte regular da rotina do pessoal, o que deve ser obtido numa
atuação conjunta, regional, que além de viabilizá-los e homogeneizar
conhecimentos, ainda contribuem para estreitar o sistema de relações inter-
pessoal.
• Constituição da rede de conhecimento que inclua desde as bases de
conhecimento dos Municipios e regionais e seus modos de acompanhamento,
até os acordos com entidades geradoras e depositárias do conhecimento
específico diferencial para alimentar e sustentar o processo de desenvolvimento
e a sua gestão, quais são as unversidades, instituições de pesquisa, formação
profissioalizante, parques tecnológicos e de arte e cultura, entre outras.
• representação das Municipalidades e os objetos e modos de atuação política
exógenos, apoiados por programas e projetos próprios. O fórum, qualquer que
seja o grau de formalidade ou informalidade, formatação institucional, de
preferência não estruturado, aparece como a solução por corresponder à deriva
natural e, no primeiro momento deverá ter uma atuação bastante ativa que
marque presença, fixe posições, consolide parcerias, obtendo o reconhecimento
e atendimento a suas proposições e demandas mais prioritárias, atribuindo-lhe
identidade e autoridade.
• empreendedorismo, a inovação e a criação, a prática da cidadania como parte
essencial, regular e sistemática da educação municipal e regional em todo o
território Norte-Noroeste, com a prioridade máxima na formação das novas
gerações, ao mesmo tempo em que ela será facultada às lideranças Colegiadas
e comunitárias, à população em geral, na constituição de uma cultura de
substituição qualificada para desenvolver um processo de emergência.
b) Promover geração e distribuição de renda com:
• elaboração de um novo padrão de financiamento e assistência técnica;
• aumento da competitividade nos mercados regional, nacional e internacional;
• uso sustentável dos recursos naturais, com promoção de inteligência e formação
de novos profissionais para atuação específica nesse mercado;
• valorização dos conhecimentos tradicionais sobre a biodiversidade.

10. AÇÕES EMERGENCIAIS A SEREM INICIADAS NO CURTO PRAZO


Considerando as necessidades urgentes de se fortalecer a implementação, as
condições de cidadania e outros interesses públicos para o desenvolvimento das
Regiões Norte e Noroeste Fluminense, impõe-se a iniciação, de um conjunto de ações
prioritárias, envolvendo a mobilização de cada município a fim de buscar a
regularização e modernização do seu arcabouço legal mínimo.
De forma consistente com as diretrizes do presente Plano de Desenvolvimento Sus-
tentável, essas ações prioritárias terão como enfoque o atendimento de demandas
urgentes, nas áreas de ordenamento fundiário e resolução de conflitos acerca de guer-
ras fiscais intermunicipais, aparelhamento da máquina pública para ordenança (arre-

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 43


cadação x gastos) das verbas públicas, fomento a atividades produtivas sustentáveis,
entre outras.

11. CONSIDERAÇÕES SOBRE O MODELO DE VIABILIZAÇÃO DO PLANO


11.1 Arranjos Institucionais
Os desafios de planejamento, execução, monitoramento e avaliação do presente
Plano de Desenvolvimento Sustentável requerem uma definição de responsabilidades
institucionais entre seus parceiros, ou seja: órgãos do Governo Federal, Governo
Estadul, Municipalidades (prefeituras), organizações da sociedade civil e setor privado.
Uma das características essenciais da estratégia de gestão do Plano será a criação e
efetivação, em nível regional e local, de fóruns permanentes de diálogo e negociação
entre estas instituições, com co-responsabilidades em relação ao planejamento,
acompanhamento e avaliação de suas ações.
Por meio do Anexo I - Minuta do Estatuto do Comitê de Desenvolvimento Regional
Norte-Noroeste Fluminense, apresenta-se uma breve descrição e sugestão das
principais instâncias colegiadas de gestão do Plano e suas respectivas atribuições.
Outrossim, apresenta-se no Anexo III – Minuta de Lei Complementar, modelo de
reconhecimento e legitimação por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro, do
organismo de governança regional, qual seja, o Comitê de Desenvolvimento Regional.
Afora tudo o que já exposto, e, de forma a operar em conjunto com as medidas
propostas, apresenta-se Modelo Gestor de Mercado Comum Regional Norte-Noroeste,
nas bases do que já experimentado além mares e mesmo neste bloco continental.

12. MODELOS DE GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO NORTE E


NOROESTE FLUMINENSE
12.1 Comitê / OSCIP
O grande atrativo desde modelo de gestão do Plano e de implantação da sua Carteira
de Projetos, frize-se, que efetivamente se propõe, é a condição de não remuneração
dos agentes e gestores. Descarta-se, pois, sobretudo pela independência gerencial e
financeira, riscos de politização do Comitê, fortalecendo, via de conseqüência, a teoria
ascendente do Estado mínimo.
Outrossim, a oscip dispõe de instrumentos hábeis de internalização tanto de receita
privada quanto pública, isso desde o seu nascedouro.
Pinçados apenas esses dois diferenciais atrativos, cumpre-se registrar que para a
capitalização do Comitê ora proposto, com recursos estatais, a Lei 9.790/99, prevê o
Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o
Poder Público e as entidades qualificadas como organizações da sociedade civil de
interesse público, destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes,
para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º
da mencionada norma.
Antes de se abordar esse instrumento cumpre-se registrar que, em sendo eleito esse
modelo de Comitê/oscip, para sua total operacionalização, chancelado, via de
consectário o seu Estatuto, imperativo que se firmem dois Termos de Parcerias
distintos e coexistentes, quais sejam:
a) entre todos os Municipios das Regiões Norte e Noroeste Fluminense e o Co-
mitê, constituindo e cedendo à entidade gestora uma participação regular para o Fun-
44 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
do Regional de fomento ao investimento para o seu desenvolvimento, instituindo con-
tribuições específicas de cada municipalidade – observada a realidade arrecadatória
de cada município - para capitalização desse Fundo.
A inteligibilidade e não fragmentação das normas se mostra fórmula habilitada para a
convergência e busca desse fim regionalizado.
b) entre o Estado do Rio de Janeiro e o Comitê, reconhecendo-lhe a legitimidade
gestora, de modo a destinar-lhe fomentos e recursos da LEI Nº 4.533 DE 04 DE
ABRIL DE 2005, que CRIA O FUNDO DE RECUPERAÇÃO ECONÔMICA DE
MUNICIPIOS FLUMINENSES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS, assim como da LEI Nº
4190, DE 29 DE SETEMBRO DE 2003, que RATIFICA O DECRETO Nº 26.140, DE 04
DE ABRIL DE 2000, e QUE INSTITUIU O PROGRAMA ESPECIAL DE
DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DAS REGIÕES NORTE E NOROESTE
FLUMINENSES – RIONORTE/NOROESTE E INCORPORA ALTERAÇÕES
PROPOSTAS PELA CHEFIA DO PODER EXECUTIVO, sem, por óbvio, descartar
qualquer outra fonte orçamentária de custeio e provisão.
O Termo de Parceria é uma das principais inovações da Lei das oscips. Trata-se de
um novo instrumento jurídico criado pela Lei 9.790/99 (art. 9º) para a realização de
parcerias entre o Poder Público e a oscip para o fomento e execução de projetos.
Em outras palavras, o Termo de Parceria consolida um acordo de cooperação entre as
partes e constitui uma alternativa ao convênio para a realização de projetos entre
oscips e órgãos das três esferas de governo, dispondo de procedimentos mais simples
do que aqueles utilizados para a celebração de um convênio2.
A escolha da oscip para a celebração de Termo de Parceria pelo órgão estatal poderá
ser feita por meio de concurso de projetos. Embora não seja obrigatório, o concurso de
projetos representa uma forma mais democrática, transparente e eficiente de escolha.
De qualquer maneira, seja qual for a forma de seleção, o órgão estatal tem sempre a
obrigação de verificar o regular funcionamento da oscip antes de celebrar um Termo
de Parceria. Assim, é responsabilidade do órgão estatal averiguar com antecedência a
idoneidade, a regularidade3, a competência e a adequação da oscip aos propósitos do
Termo de Parceria.
Quanto ao projeto a ser implementado, governo e oscip negociam um programa de
trabalho que envolve, dentre outros aspectos, objetivos, metas, resultados, indicadores
de desempenho e mecanismos de desembolso.
Ainda antes da assinatura do Termo de Parceria, o órgão estatal deve consultar o
Conselho de Política Pública da área de atuação do projeto, caso ele exista (Lei
9.790/99, parágrafo 1º do art. 10 e Decreto 3.100/99, art. 10).
O monitoramento e a fiscalização da execução do Termo de Parceria é dever do órgão
estatal parceiro (que o assinou), além do Conselho de Política Pública da área a que
está afeto. É importante que o órgão estatal mantenha esse Conselho informado a
respeito de suas atividades de acompanhamento do Termo de Parceria. O Conselho
de Política Pública, por sua vez, deve encaminhar suas recomendações e sugestões

2
Vale observar que não há impedimento legal para a realização de convênios entre oscips e governos,
desde que cumpridas as exigências para tal. No entanto, a opção pelo Termo de Parceria oferece várias
vantagens comparativas, como veremos a seguir.
3
Ressalta-se que a alínea b do inciso VII do art. 4º da lei 9.790/99 prevê que a oscip deve possuir e dar
publicidade à sua prestação de contas anual, incluindo as certidões negativas de débitos junto ao INSS e
ao FGTS.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 45


ao órgão estatal para que o mesmo adote as providências cabíveis (Decreto 3.100/99,
art. 17).
O Termo de Parceria também é fiscalizado pelo sistema de controle da Administração
Pública, formado por auditorias internas (por exemplo, a Secretaria Federal de
Controle no Governo Federal) e externa (Tribunais de Contas).
Uma importante análise foi feita pelo Tribunal de Contas da União sobre a Lei 9790/99
e o Termo de Parceria, em sua Decisão nº 931/99. Além de legitimar o novo instru-
mento de parceria, o TCU determinou, dentre outras, que a Secretaria do Tesouro
Nacional disponibilize no Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI, as
informações sobre o Termo de Parceria.

COMO TER ACESSO AO TERMO DE PARCERIA


A qualificação como oscip não significa necessariamente que a entidade irá firmar
Termo de Parceria com órgãos governamentais e, portanto, receber recursos públicos
para a realização de projetos.
Para firmar o Termo de Parceria, o órgão estatal tem que manifestar interesse em
promover a parceria com oscips. Além disso, o órgão estatal indicará as áreas nas
quais deseja firmar parcerias e os requisitos técnicos e operacionais para isso,
podendo realizar concursos para a seleção de projetos.
A própria oscip também pode propor a parceria, apresentando seu projeto ao órgão
estatal. Nesse caso, o órgão governamental irá avaliar a relevância pública do projeto
e sua conveniência em relação a seus programas e políticas públicas, tanto quanto os
benefícios para o público alvo.
De qualquer modo, a decisão final sobre a efetivação de um Termo de Parceria cabe
ao Estado, que deverá atestar previamente o regular funcionamento da oscip (Decreto
3.100/99, art. 9º).

O QUE COMPÕE O TERMO DE PARCERIA


Pela Lei 9.790/99, parágrafo 2º do art.10, as cláusulas do Termo de Parceria devem
obrigatoriamente explicitar (ver Modelo III de Termo de Parceria):
• o objeto, com especificação do programa de trabalho;
• as metas e resultados previstos com prazos de execução e cronograma de
desembolso;
• os critérios objetivos de avaliação de desempenho com indicadores de resultado;
• a previsão de receitas e despesas detalhadas por categorias contábeis segundo
as Normas Brasileiras de Contabilidade, inclusive as remunerações e benefícios
de pessoal a serem pagos com recursos do Termo de Parceria;
• a publicação pelo órgão estatal do extrato do Termo de Parceria na imprensa
oficial do Município, Estado ou União, conforme modelo citado no parágrafo 4º
do art. 10 do Decreto 3.100/99;
• a obrigação de prestação de contas ao Poder Público, ao término de cada
exercício, incluindo:
 relatório sobre o objeto do Termo de Parceria contendo comparativo das
metas com os respectivos resultados;

46 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


 demonstrativo dos gastos e receitas efetivamente realizados;
 publicação pela OSCIP na imprensa oficial do Município, Estado ou União
de demonstrativo da sua execução física e financeira, até sessenta dias
após o término de cada exercício financeiro, conforme modelo citado no art.
18 do Decreto 3.100/99.
O programa de trabalho mencionado é o projeto detalhado que a oscip se compromete
a desenvolver, devendo conter o objeto da proposta, as metas a serem alcançadas, os
indicadores de avaliação de desempenho, o cronograma de execução e de
desembolso, previsão de receitas e despesas, além de outras informações
pertinentes, como justificativa, metodologia de trabalho etc. O programa de trabalho é
parte integrante do Termo de Parceria, devendo necessariamente expressar os
quesitos determinados pela Lei 9.790/99.
Além disto, a oscip deverá publicar na imprensa oficial do Município, Estado ou União,
até trinta dias após a assinatura do Termo de Parceria, regulamento próprio contendo
os procedimentos que adotará para a compra de bens e a contratação de obras e
serviços, seguindo os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência. Trata-se de um regulamento interno próprio da oscip para
disciplinar as contratações e aquisições de bens feitos com recursos do Poder Público
(Lei 9.790/99, art. 14). A oscip deve enviar uma cópia desse regulamento para o órgão
estatal parceiro (Decreto 3.100/99, art. 21).

IMPORTANTE
1- Para todo Termo de Parceria, a oscip deve indicar pelo menos um responsável pela
administração dos recursos recebidos, cujo nome será publicado no extrato do Termo
de Parceria e no demonstrativo da sua execução física e financeira, conforme modelos
citados nos art. 10, parágrafo 4º, e art. 18 do Decreto 3.100/99.

13. AGÊNCIA ESTATAL


Apenas pela eventualidade, traz-se nesse trabalho, a possibilidade de se criar ao invés
de um Comitê regulador, nos moldes do que acima proposto, modelo gestor como
braço efetivo do Estado. É o Estado quem cria e regulamenta a agência, assim como a
capitaliza, afastando, em princípio, qualquer participação direta da sociedade civil na
sua gestão e também a internalização de capital privado.
Se é que se pode olvidar algum atrativo desse modelo é a regulação exauriente dos
institutos, vez que impositiva e verticalizada essa atividade regulatória.
Alguns exemplos podem ser eriçados, v.g., agências metropolitanas de Minas Gerais e
São Paulo.
Regula-se, desde a criação da Agência propriamente dita, como a ascensão aos
cargos de gestão e ordenação de despesas, delimitando em numerus clausus sua
esfera de atuação e competencial.

14. DA JUSTIFICAÇÃO DA ESCOLHA PROPOSITIVA DO MODELO COMITÊ /


OSCIP
Para viabilizar os novos escopos da Região, essas novas funções impostas pelo di-
namismo social, e, sobretudo, para viabilizar o projeto de constituição de um Comitê
(poderia ser chamado também Instituto) Gestor do desenvolvimento regional, os Mu-
nicipios precisam modificar sua estrutura administrativa e recapacitar-se financeira-
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 47
mente, adotando uma política de responsabilidade fiscal efetiva, elevando sua arreca-
dação própria; assumir a função de agente de desenvolvimento econômico especial-
mente no que toca à geração de emprego e renda; romper com formas já superadas
de gestão e ação governamental, desenvolvendo uma verdadeira reinvenção do con-
ceito “governo” para estabelecer novos padrões de relacionamento entre o Estado e a
sociedade.
E, verdadeiramente, esse poder-dever encontra mais amparo em uma organização
gerenciada pelos agentes sem qualquer ingerência do braço do ESTADO.
E para implementar todas essas diretrizes modernizadoras, num primeiro momento,
cabe aos Municipios assumir as rédeas daquele poder-dever que a Constituição da
República lhes reservou (descentralização político-normativa disseminada por toda a
Carta Política).
Já não há mais espaço para ações ou omissões furtivas das Municipalidades,
sobretudo, por afigurar um espaço privilegiado para a realização da democracia, da
participação cidadã e de iniciativas econômicas e sociais.
Precisam os Municipios rever todo o seu arcabouço legal de modo a expurgar aquelas
normas que já não mais representam e regulam a realidade fático-jurídica, assim como
prestigiar a atividade legislativa como meio de efetivamente usar com
responsabilidade a competência lhe assegura, corajosa e inovadoramente, pela
Magna Carta de 1988, buscando sistematizar a legislação local e institucionalizar
formas de elaboração de normas/leis que incorporem diretamente à discussão os
setores primeiros a serem atingidos pelas políticas municipais e, enfim, toda a sua
população.
A partir daí, viabilizado se mostra o modelo de gestão co-participativa dos Municipios –
através de consórcios – fórmula também no Anexo II – Minuta de Termo de Parceria a
que se remete.

48 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


15. REFERÊNCIAS

BECKER, Berta K. Tendências de transformação do território no Brasil. Vetores e


circuitos. Revista Território, 1 (2), 1997, p. 5-17.

BERTALANFFY, L. Von. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 1975.

BRANDÃO, Carlos Antônio. O modo trans-escalar de análise e de intervenção pública:


notas para um manifesto anti-localista. Anais do X Encontro Nacional da ANPUR.
Belo Horizonte, MG, 26 a 30 de maio de 2003, p. 1-20.

BUARQUE, Sérgio C. Metodologia e técnicas de construção de cenários globais e


regionais. Texto para discussão nº 939. Brasília: IPEA, fev. de 2003. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/082/08201008.jsp?ttCD_CHAVE=1894>. Acesso em: 26 dez.
2006.

CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional – Teoria do Estado e da


Constituição, Direito Constitucional Positivo. 13. ed. Belo Horizonte:Del Rey
Editora, 2007. 767 p.

CAZELLA, Ademir; VIEIRA, Paulo H. Freire. Modelo de análise referente ao projeto


de pesquisa “Desenvolvimento territorial sustentável: diagnóstico de
potencialidades e obstáculos em zonas rurais dos estados da Paraíba e Santa
Catarina”. Florianópolis: s.n., 2004.

DOWBOR, Ladislau. Autonomia local e relações intermunicipais. Revista de


Administração Municipal. Rio de Janeiro, v.39, nº 203, pp 6-22, abr/jun 1992.

GODARD, Olivier ; SACHS, Ignacy. L’environnement et la planification. In: BARRAU,


J. et al. Environnement et qualité de la vie. Paris, Guy lê prat (col. Bibliotheque
del’environnement, dirigée par Jean A. Ternisien), 1975. p. 207-247.

JANTSCH, Erich. Prospective et Politique. Paris: OCDE, 1969.

MEADOWS et al. Limites do crescimento. 2ª edição. São Paulo: Perspectiva, 1978.

RAPOPORT, Anatol. Aspectos matemáticos da análise geral dos sistemas. In:


BERTALANFFY, L. V. et al. Teoria dos sistemas. Rio de Janeiro: FGV, 1976, p. 21-
46.
SALGADO, Silvia Regina da Costa. Experiências Municipais e Desenvolvimento
Local. São Paulo em Perspectiva-Revista da Fundação Seade. São Paulo. v.10, n.3,
jul.set/1996. 48-52 p.

SAMPAIO, Nelson de Sousa. O processo Legislativo. São Paulo:Saraiva, 1968. 1 p.

SILVA, José Afonso da. Direito Urbanístico Brasileiro. 4. ed. São Paulo:Malheiros
Editores, 2006. 145 p.

SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das normas constitucionais. São


Paulo:Revista dos Tribunais, 1982. 55 p.

WILHEIM, Jorge. O Substantivo e o Adjetivo. São Paulo:Perspectiva, 1976. 60 p.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 49


Sites Acessados:

INEA - Instituto Estadual do Ambiente. Site: www.feema.rj.gov.br/

Confederação Nacional de Municipios. Site:


ww.cnm.org.br/perfil/mu_perfil_tabela.asp?iId=27

Presidência da República Federativa do Brasil. Site:www.presidencia.gov.br/

Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Site: www.governo.rj.gov.br/

SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal. Site:


http://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi/index.asp

50 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


ANEXOS

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 51


ANEXO I – MINUTA DO ESTATUTO DA COMITÊ DE DESENVOLVIMENTO
REGIONAL DO NORTE E NOROESTE FLUMINENSE

Estatuto da Comitê de Desenvolvimento Regional do


Norte e Noroeste Fluminense

ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO – OSCIP

Sumário

Capítulo I
Da denominação, duração, fins, natureza e sede

Capítulo II
Dos associados

Capítulo III
Da admissão, suspensão, exclusão e demissão

Capítulo IV
Do direito e deveres do associado

Capítulo V
Da administração

Capítulo VI
Das Assembléias

Capítulo VII
Do Conselho de Administração

Capítulo VIII
Do Conselho Consultivo

Capítulo IX
Do Conselho Técnico

Capítulo X
Do Conselho Fiscal

Capítulo XI
Do Conselho das ADLs

Capítulo XII
Da Secretaria Colegiada

Capítulo XIII
Do Departamento
52 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Capítulo XIV
Do processo eletivo

Capítulo XV
Da receita e patrimônio

Capítulo XVI
Dos livros

Capítulo XVII
Das disposições gerais

Capítulo XVIII
Das disposições transitórias

Capítulo I
Da denominação, duração, fins, natureza e sede

Artigo 1º - O Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense,


DESNOR, é uma associação , sem fins econômicos, de direito privado, com autono-
mia administrativa e financeira, regendo-se pelo presente Estatuto e pela legislação
que lhe for aplicável, tendo como objetivo principal o Desenvolvimento Sustentável do
Norte-Noroeste Fluminense.

Artigo 2º - A sede administrativa da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e


Noroeste Fluminense fica situada naxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxx, Estado do Rio de Janeiro.

Artigo 3º - O prazo de duração da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e


Noroeste Fluminense é indeterminado e o seu exercício fiscal terá a duração de 12
(doze) meses, com início em 1 de janeiro e término em 31 de dezembro de cada ano.

Artigo 4º - Os objetivos do Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste


Fluminense como o agente de coordenação de desenvolvimento regional, de conota-
ção estratégica e operacional global orientado para a produção de resultados, entre
outros, compreende o(a):
I. acompanhamento da condição das demandas e potenciais de sua população e
do sistema socio-econômico-ambiental e cultural de seu território;
II. defesa, conservação e recuperação do meio ambiente natural administrando a
promoção da sua sustentabilidade com ampla mobilização e participação da
população associada à implantação das ecovilas florestais;
III. promoção do desenvolvimento econômico e social (particularmente a inclusão
plena de todos os estratos de sua população), através da formação de cadeias
e arranjos produtivos ou outra configuração equivalente (pólos, vilas, clusters,
parques, etc.), plataformas de negócios, serviços, finanças, transações e logís-
tica, turismo, inseridas nos mercados globais, abrangendo todos os setores de
sua economia e particularmente envolvendo os grandes empreendimentos e as
cadeias típicas regionais;
IV. promoção e difusão da ciência e tecnologia, do empreendedorismo, da inova-
ção e criação, através das bases de conhecimento e desenvolvimento regio-

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 53


nais alinhadas com os sistemas produtivos e suas demandas atuais e futuras,
com a formação de pessoas para atendê-las, sempre na observância da pers-
pectiva de sustentabilidade, através da unidade regional de cultura, inovação e
conhecimento;
V. promoção e difusão da cultura do desenvolvimento sustentada pela cultura
regional, pela defesa e conservação do seu patrimônio histórico, cultural e ar-
tístico, operando em rede e associada à modalidades de turismo mais propí-
cias para a Região;
VI. promoção da política de trabalho e de acesso e qualificação profissional e em-
presarial dos Municipios e da Região Norte-Noroeste integradas, desenvolven-
do e incentivando programas educacionais que habilitem toda a população pa-
ra o exercício do trabalho, para o aprendizado contínuo, para a inclusão social
(erradicando a pobreza) e para o empreendedorismo;
VII. administração da integração e cooperação regional no que se refere à sua
cultura, economia, aos sistemas viários e logísticos, à infra-estrutura, de co-
municações, ambientais e outros de interesse comum, inter-cidades e às ativi-
dades de gerenciamento e viabilização crescente de fluxos e empreendimentos
de interesse comum, em co-operação e/ou compartilhado;
VIII. implantação e a gestão, com várias redes, das iniciativas de interesse comum
dos Municipios e das Regiões Norte e Noroeste intermediando os diálogos e
entendimentos na linguagem, que construam e operem o mercado comum re-
gional e propague, estrategicamente as oportunidades por todo o seu território;
IX. experimentação, não-lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de siste-
mas alternativos de produção, comércio, trabalho e crédito;
X. constituição de fundos regionais de desenvolvimento, cada um deles com uma
destinação e regulação próprias, possuindo associados Conselhos Regionais,
integrados por especialistas qualificados em cada um dos assuntos indicados
pelas Municipalidades e pelos demais atores sociais que dele participam, com
a função de avaliar e deliberar sobre os projetos de captação que pretendam
utilizar os recursos dos fundos, apreciar disposições normativas e regulamenta-
res, acompanhar e fiscalizar os projetos aprovados até a sua consecução final,
entre outras;
XI. gestão dos fundos regionais de desenvolvimento e da implementação da Car-
teira de Projetos principal e complementar e, em apoio à SEPLAG-RJ, do pro-
grama de Desenvolvimento do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Nor-
te-Noroeste Fluminense, zelando pela manutenção da atualidade de ambos os
instrumentos;
XII. preparação e encaminhamento de projetos e elaboração de novos institutos
legais e de atualizações e revisões dos existentes, no ambiente regional em
coordenação com Municipios e organismos estaduais, necessárias à promoção
do desenvolvimento regional integrado.
XIII. prestação de serviços de consultoria e assessoria a empresas e Municipalida-
des, para a implantação de empresas, estudos setoriais e funcionais ou geren-
ciais, provisão de bases de dados, promoção e disseminação do conhecimento
técnico, científico, cultural, ambiental e gerencial, entre outros;
XIV. manutenção de um forum permanente de interlocução entre o setor público e
privado, que permita superar entraves ao desenvolvimento regional, bem como
de um espaço, sala ou similar, para atrair e receber empreendedores, e viabili-
zar cada vez mais, em menor tempo e com agregação de valor crescente, com
a parceria descentralizada dos agentes estaduais de desenvolvimento, novos
investimentos;
XV. elaboração de e/ou participação em programas e projetos culturais, educacio-
nais, esportivos e de saúde;

54 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


XVI. desenvolvimento de atividades de treinamento, capacitação e atualização pro-
fissional;
XVII. desenvolvimento de atividades com as associações de classe para geração de
emprego e renda;
XVIII. organização de debates, seminários, congressos, feiras, exposições e eventos,
a fim de promover o desenvolvimento regional sustentável;
XIX. promoção de serviços voluntários;
XX. elaboração de projetos e atuação, junto aos órgãos financeiros para construção
de unidades habitacionais para população de baixa renda, nos Municipios da
região, em parceria com agentes financeiros e com o sistema associativo;
XXI. desenvolvimento de atividades de incubadoras de inovação em negócios e
empreendimentos;
XXII. assistência para a organização e implentação de unidades de compra associa-
tiva;
XXIII. desenvolvimento de estudos e projetos na área de saneamento básico e trata-
mento de esgoto e atuar junto aos órgãos competentes para a sua implemen-
tação;
XXIV. desenvolvimento, gerenciamento e incentivo aos projetos e programas de pro-
teção do sistema hídrico - águas superficiais e subterrâneas/aquíferos da Re-
gião;
XXV. proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre con-
corrência e ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico, natural e paisa-
gístico;
XXVI. formação da rede de alianças e parcerias do Norte-Noroeste Fluminense que
transforme esta Região em um nó em hipertexto da rede econômica global;
XXVII. operação da unidade de governança regional associada a um contrato de ges-
tão de resultados e indicadores de desempenho adrede fixados com a socie-
dade regional, mostrados regularmente em exposição pública.

Artigo 5º - A área de atuação do Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e No-


roeste Fluminense tem como base a plataforma constituída pelos Municipios relacio-
nados a seguir , podendo atuar em todo território nacional na sua representação e na
defesa dos interesses comuns regionais.

Parágrafo Único - Região Norte-Noroeste composta pelos Municipios de Campos dos


Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã,
São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra e Aperibé, Bom Jesus
do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Nativi-
dade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá, Varre-Sai.

Artigo 6º - A fim de cumprir suas finalidades, o Comitê de Desenvolvimento Regional


do Norte e Noroeste Fluminense, se organiza em unidades de trabalho, todo ele volun-
tário e sem ônus, denominadas Grupos de Trabalho, de caráter permanente, ou For-
ças Tarefa de caráter temporário , com autonomia técnica e administrativa, regidos por
regimento interno e normas operacionais específicas.

Artigo 7º - Para consecução dos seus objetivos, o Comitê de Desenvolvimento Regio-


nal do Norte-Noroeste Fluminense, poderá firmar convênios, contratos, termos de par-
ceria, termos de cooperação e articular-se pela forma conveniente, com órgãos ou
entidades públicas e privadas e não governamentais, nacionais e estrangeiras.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 55


Artigo 8º - O Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte-Noroeste Fluminense,
além de cumprir e fazer cumprir esse Estatuto, obedecerá às seguintes normas para a
consecução de seus objetivos sociais:
I. aplicará suas receitas, rendas, rendimentos e eventual resultado operacional
próprios, integralmente no Território Nacional e na manutenção e no desenvol-
vimento de seus objetivos institucionais;
II. não distribuirá resultado, dividendos, bonificações, participações ou parcela de
seu patrimônio e resultados sob nenhuma forma;
III. seus diretores, conselheiros, associados, instituidores, benfeitores ou equiva-
lentes, não perceberão qualquer remuneração, vantagens ou benefícios, direta
ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências,
funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos consti-
tutivos;
IV. aplicará as contribuições, subvenções e doações recebidas para as finalidades
a que está vinculada a associação;
V. adotará o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para o
seu quadro de pessoal contratado, não incluída a Diretoria, Conselheiros, as-
sociados, benfeitores e instituidores;
VI. observará que as subvenções sociais, dotações orçamentárias ou quaisquer
recursos recebidos do Poder Público Federal, Estadual, Municipal ou do Distri-
to Federal, não poderão ser destinados ao pagamento de pessoal contratado;
VII. assegurará a todos os associados direitos e obrigações recíprocas;
VIII. não exercerá e nem participará de qualquer atividade ou movimento político-
partidário; não praticará quaisquer discriminações raciais, religiosas e de na-
cionalidade e não fará distinções entre os associados por quaisquer motivos,
ideológicos ou de outra natureza.

Artigo 9º - O Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte-Noroeste Fluminense de-


verá contar com uma Secretaria Colegiada para suportar suas funções administrativas,
financeiras e técnico-gerenciais.

Capítulo II
Dos associados, seus direitos e deveres

Artigo 10 - O quadro de associados do Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte


e Noroeste Fluminense constitui-se pelas seguinte classes:
I. associado coletivo;
II. associado institucional;
III. associado individual;
IV. associado benemérito;
V. associado patrocinador.

§ 1o - O Comitê manterá um quadro de Aspirantes a Associado constituído de estu-


dante de ensino superior de graduação e pós-graduação, os quais contam com direi-
tos equivalentes ao de associado Individual, à exceção do direito de ser votado para
cargo de direção.
§ 2o - Cada associado Coletivo designará dois representantes, um titular e um suplen-
te. Este representante terá como função básica promover e cuidar junto ao Comitê,
dos interesses do associado que ele representa.

Artigo 11 - É associado coletivo, toda pessoa jurídica de direito público e privado e do


terceiro setor, que se asssocie e que pague as suas contribuições e anuidades.

56 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Artigo 12 - É associado institucional, toda pessoa jurídica que se constitui como enti-
dade governamental, que se associe ou que venha a firmar um termo de parceria ou
convênio com o Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte-Noroeste Fluminense.

Artigo 13 - É associado individual, pessoa física que venha a se filiar ao Comitê de


Desenvolvimento Regional do Norte-Noroeste Fluminense, para o desenvolvimento de
suas atividades, devendo pagar a anuidade com valor ajustado correspondente.

Artigo 14 - É associado benemérito, associado individual que tenha prestado serviços


relevantes ao Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte-Noroeste Fluminense,
quer seja por atividades de voluntariado, quer por doações e contribuições, estando
isento de pagamento de anuidades, por proposta aprovada pelo Conselho de Adminis-
tração.

Artigo 15 - É associado mantenedor, o associado coletivo que patrocina as atividades


do Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte-Noroeste Fluminense, de forma
constante ou periódica.

Artigo 16 - Um associado, individual ou coletivo somente poderá participar de uma


categoria de associado do Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte-Noroeste
Fluminense.

Artigo 17 - São direitos dos associados:


I. participar das e votar nas Assembléias Gerais;
II. votar e ser votado para cargos de direção do Comitê;
III. participar das atividades técnicas e sociais na forma desses Estatutos e de
acordo com o que for deliberado pelo Conselho de Administração;
IV. participar como observador e candidatar-se a membro efetivo ou correspon-
dente das atividades dos Grupos de Trabalho e Forças-Tarefa do Comitê, ob-
servado o regulamento próprio desses módulos;
V. exercer funções técnicas e/ou administrativas em outras promoções do Comitê,
quando designado;
VI. contribuir com publicações e receber gratuitamente a revista DESNOR;
VII. ter acesso, como associado, individual ou honorário, aos fundos, que venham a
ser criados para manter as atividades da associação;
VIII. decidir, nos termos desses Estatutos, sobre questões de alçada do grupo do
associado;
IX. requerer, justificadamente, juntamente com número de associados não inferior
a 1/5 (um quinto) observado o Parágrafo Segundo do Artigo 22, a convocação
de Assembléia Geral Extraordinária;
X. desligar-se do quadro social, mediante notificação prévia.

§ 1o - Os associados Honorários estão isentos do pagamento relativo à contribuição


anual e à taxa de participação nos eventos patrocinados Comitê.

§ 2o - Os direitos, objeto deste Artigo, só poderão ser usufruídos pelos associados que
estiverem em dia com seus deveres, nos termos do Artigo 13.

§ 3o - Os associados pagarão sempre no máximo 50% (cinqüenta por cento) dos valo-
res estabelecidos em todas as promoções do Comitê.

Artigo 18 - São deveres dos associados:

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 57


I. pagar regularmente e em dia a contribuição anual, em mensalidades, e quais-
quer outros débitos com o Comitê;
II. acatar as deliberações da administração em consonância com esses Estatutos
e com as decisões de Assembléias Gerais, regulamentos gerais e específicos
que venham a ser aprovados;
III. contribuir para a consecução dos objetivos do Comitê, conforme definido e na
forma do Artigo 3º;
IV. aceitar e desempenhar com probidade, zelo e dedicação, sem qualquer ônus,
observando os preceitos do Código de Ética do Comitê, os cargos e funções
para os quais sejam eleitos ou designados, cumprindo totalmente os compro-
missos assumidos com o Comitê, desempenhando com eficácia e eficiência as
tarefas que lhes forem confiadas;
V. zelar pelos interesses morais e materiais do Comitê;
VI. procurar encaminhar e solucionar, no âmbito do Comitê, os assuntos de inte-
resse comum dos associados, ligados às finalidades do mesmo.
VII. ter sempre em vista que o Comitê é uma organização civil de interesse público,
ao qual não deverá sobrepor-se interesses individuais;
VIII. comunicar à Diretoria a sua participação em qualquer atividade realizada em
áreas de ação do Comitê;
IX. o sócio que deixar o Comitê pagará de uma só vez, a contribuição do ano em
que se retirar da associação.

Artigo 19 - Os associados não respondem, nem solidária nem subsidiariamente, pelas


obrigações do Comitê, DESNOR.

Capítulo III
Da admissão, suspensão, exclusão e demissão

Artigo 20 - Para admissão o associado, deverá preencher uma ficha de inscrição a-


companhada de de documentação pertinente, inclusive de um termo de aceitação do
que estabelece este Estatuto, o Código de Ética e demais institutos legais e regula-
mentares, a qual será analisada para aprovação, pelo Conselho de Administração.
Para associar-se é indispensável que todo candidato:
I. tenha qualificação técnico-gerancial profissional e disponibilidade para partici-
par e desenvolver as atividades que constituem objeto da associação;
II. associados coletivos e institucionais estejam estabelecidos legalmente no Bra-
sil;
III. se for pessoa física, esteja na plenitude de sua capacidade civil e, se for pes-
soa jurídica, esteja devidamente regularizada com suas obrigações e compro-
missos legais;
IV. se comprometa a seguir e praticar os termos e disposições desses Estatutos e
as normas e procedimentos da associação.

§1o - A filiação Comitê se efetiva mediante a análise e aprovação pelo Conselho de


Administração, culminando com a assinatura no Livro de Associados e o recebimento,
por parte do associado de cópia desse Estatuto, do Código de Ética, e dos elementos
de direitos e deveres e obrigações que lhe competem.

§ 2o - As pessoas jurídicas serão representadas por seu representante legal ou por


procurador nomeado.

§ 3o - A não aceitação será sempre acompanhada de uma exposição explicativa.

58 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Artigo 21 - Quando um associado infringir o presente Estatuto ou venha a exercer ati-
vidades que comprometam a ética, o moral ou o aspecto financeiro do Comitê de De-
senvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense, será passível de sanções da
seguinte forma:
I. advertência por escrito;
II. suspensão dos seus direitos por tempo determinado;
III. exclusão do quadro de associado.

Artigo 22 - A advertência, por escrito, será elaborada pelo Conselho de Administração,


com aviso de recebimento, informando o motivo.

Artigo 23 - Ocorrendo à repetição do fato, o associado será suspenso dos seus direi-
tos, por um prazo não superior a cento e cinqüenta (150) dias corridos, pelo Conselho
de Administração, com exposição de motivos.

Artigo 24 - Perdurando o fato, ou que venha a cometer mais transtornos, no prazo de


doze (12) meses corridos, o Conselho de Administração pautará, junto à Assembléia
Geral Extraordinária, a sua exclusão.

Artigo 25 - Quando do encaminhamento do associado para sua exclusão, haverá am-


plo direito à defesa, na respectiva Assembléia.

Artigo 26 - O associado excluído poderá solicitar o seu retorno ao quadro de associa-


do, após três (3) anos de afastamento.

Parágrafo único - Quando do seu retorno ao quadro, o associado estará sujeito às


normas determinadas no presente Estatuto e às demais normas vigentes no período.

Artigo 28 - Quando o associado excluído estiver lotado em projetos, programas e co-


mitês ou grupos de trabalho ou força tarefa, os seus direitos de participação serão
suspensos.

Artigo 29 - Para demissão espontânea do associado, basta que encaminhe a solicita-


ção do seu afastamento, temporário ou definitivo, através de uma correspondência,
dirigida à Secretaria Colegiada do Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e
Noroeste Fluminense.

Artigo 30 - O associado que tenha solicitado sua demissão espontaneamente, poderá


solicitar o seu retorno ao quadro de associados, a qualquer momento, sem prévia a-
provação do Conselho de Administração.

Capítulo lV
Da administração

Artigo 31 - O Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense, é


composto dos seguintes órgãos para sua administração:
I. assembléias gerais;
II. conselho de administração;
III. conselho fiscal;
IV. comitê técnico (estruturado em grupos de trabalho e forças tarefa);
V. diretoria colegiada (inclui secretaria Colegiada);
VI. comitê dos Conselhos de Desenvolvimento Municipais (ADMs);

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 59


Artigo 32 - A Assembléia Geral dos associados é o organismo soberano da adminis-
tração do Comitê e, dentro dos limites legais e estatutários, é soberana para decidir
sobre o que seja conveniente ao seu desenvolvimento e à sua defesa e suas decisões
obrigam a todos, ainda que ausentes e discordantes.

§ 1o - Da Assembléia Geral participam todos os associados que estejam em dia com


suas obrigações no Comitê, na forma do Artigo pertinente.

§ 2o - A Assembléia Geral, ordinária ou extraordinária, será presidida por sócio especi-


almente indicado pelos presentes, que convidará, dentre os demais, um secretário
para assessorá-lo e lavrar a respectiva ata.

Artigo 33 – A Assembléia Geral será:


- Ordinária, anualmente, até o último dia útil do mês de abril, convocada pela Diretoria
Colegiada com a finalidade específica de:
I. aprovar o balanço e demonstrativos financeiros e o relatório anual das ativida-
des do exercício anterior da Diretoria Colegiada, emitindo opiniões e pareceres;
II. aprovar os programas de trabalho e orçamentos para o ano em curso, emitindo
opiniões e pareceres;
III. eleger os administradores a cada quatro anos.
- Extraordinária, sempre que envolver:
I. revisão do conteúdo desses Estatutos;
II. liquidação, dissolução e extinção da associação;
III. autorização para movimentações da situação patrimonial da associação;
IV. destituição dos administradores;
V. assinatura de documentos contratuais que representem compromissos de lon-
go prazo, superiores a quatro anos de duração.

Artigo 34 – A Assembléia Geral Extraordinária poderá ser convocada pelo Conselho


de Administração, pela Diretoria Colegiada, pelo Conselho Fiscal ou por pedido à Dire-
toria de um grupo de associados que represente 1/5 (um quinto) dos associados com
direito a voto, todos eles em dia com suas obrigações sociais nos termos do Artigo
específico.

Parágrafo Único - Neste último caso, deverá constar do pedido de convocação, as


razões de tal pedido e a agenda proposta, devendo a Assembléia ser levada a efeito
no prazo de trinta dias, a partir da data de recebimento do documento referido.

Artigo 35 – Quando a Assembléia Geral Ordinária não incluir em sua pauta a eleição
dos administradores, sua convocação far-se-á com antecedência mínima de 30 (trinta)
dias, através de circulares/correspondência dirigidas aos associados e de edital afixa-
do na sede social, publicado em um jornal de grande circulação na área de ação do
Comitê e na cidade do Rio de Janeiro, sede da associação, determinando o local, o
dia, o mês, a hora e a pauta.

Artigo 36 – Quando a Assembléia Geral for convocada para eleger os administradores


da associação e para alteração desses Estatutos, a convocação será feita com ante-
cedência mínima de 90 (noventa) dias, com a publicidade na forma do Artigo anterior,
observado o disposto no Artigo competente.

Artigo 37 - As convocações para a Assembléia Extraordinária serão feitas observando-


se as condições estabelecidas no Artigo específico.

60 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Artigo 38– O instrumento de convocação, circulares/correspondências, edital, e.mail e
qualquer outro meio de convocação de Assembléias, para ser válido, deverá sempre
conter a assinatura do Diretor Presidente ou do Presidente do Conselho de Adminis-
tração ou do Conselho Fiscal.

Parágrafo Único – Quando a Assembléia Geral Extraordinária for convocada por 1/5
(um quinto) dos associados, o instrumento de convocação será assinado pelo Presi-
dente do Conselho de Administração em exercício.

Artigo 39 – Compete privativamente à Assembléia:


I. eleger os administradores;
II. destituir os administradores;
III. aprovar as contas;
IV. aprovar os Estatutos, o Código de Ética e suas alterações;
V. deliberar sobre as matérias que lhe sejam encaminhadas pelo Conselho de
Administração.

§ 1o – Para as deliberações decisórias a que se referem os incisos II e IV é exigido o


voto concorde de 2/3 (dois terços) dos presentes à Assembléia, especialmente convo-
cada para este fim.

§ 2o – A Assembléia de que se trata o Parágrafo anterior, não poderá deliberar, em


primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados em pleno gozo de seus
direitos na forma do Parágrafo Segundo do Artigo 12, ou com menos de 1/3 (um terço)
nas convocações seguintes, considerando o que prescreve o Parágrafo Segundo do
Artigo 23, desses Estatutos.

§ 3o – Para a instalação da Assembléia Geral, com exceção do previsto no Parágrafo


Segundo, será necessário que, em primeira chamada, estejam presentes 1/3 (um ter-
ço) dos associados, e em segunda chamada, uma hora depois, com qualquer número.

§ 4o – Os votos dos associados poderão ser dados pessoalmente, no local de realiza-


ção da Assembléia, por correspondência ou procuração à exceção do caso do Pará-
grafo Primeiro do Artigo 22 desses Estatutos exceção do caso do Artigo da dissolução,
constante nesses Estatutos, em que se exige o voto presencial.

§ 5o – As Atas das Assembléias Gerais deverão constar em livro próprio, devendo


constar de seu texto o seu número de ordem, data e local, as deliberações tomadas,
bem como as assinaturas dos membros da mesa, associados e participantes presen-
tes.

Artigo 40 – As deliberações das Assembléias Gerais serão tomadas pela maioria sim-
ples dos votos dos associados presentes, exceto o previsto no Parágrafo Primeiro do
Artigo 22, cabendo ao seu Presidente informar a forma da votação, exceto no caso da
eleição da Administração em que prevalecerá o disposto nesses Estatutos.

§ 1o – Ocorrendo empate em qualquer votação, caberá o voto de qualidade ao Presi-


dente, sem prejuízo da validade de seu voto anterior.

§ 2o – Nas deliberações de estabelecimento e decisórias sujeitas à votação, os asso-


ciados Coletivos, Mantenedores terão direito a cinco votos, e os associados Individu-
ais, Honorários e Aspirantes a Associados a um voto.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 61


Artigo 41 – As Assembléias Gerais serão presididas por associado participante da As-
sembléia, especialmente indicado, que convidará dentre os demais, um secretário pa-
ra assessorá-lo e lavrar a respectiva ata.

Artigo 42 – O pedido de convocação feita à Diretoria Colegiada por associados repre-


sentando 1/5 (um quinto) do total de votos dos associados, deverá ser feito através de
documento hábil contendo, pelo menos, as razões de tal pedido, a agenda proposta,
nome por extenso e assinatura dos associados que propõem a convocação, devendo
a Assembléia ser levada a efeito no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data do rece-
bimento do referido documento, na sede do Comitê.

Artigo 43– A administração e a fiscalização do Comitê serão exercidas por:


I. Conselho de Administração;
II. Diretoria Colegiada;
III. Comitê Técnico;
IV. Conselho Fiscal.

§ 1o - Os integrantes dos órgãos referidos nos incisos I e II do caput deste Artigo, não
serão responsáveis pelas obrigações que contraírem em nome do Comitê por atos de
gestão, respondendo, porém, civil e criminalmente, por violação da lei ou desses Esta-
tutos, por atos lesivos a terceiros ou à própria associação, praticados com dolo ou cul-
pa.

§ 2o - O mandato dos Diretores, dos Conselheiros e respectivos suplentes, será de 4


(quatro) anos, coincidindo entre si.

§ 3o - Ao Comitê é vedado efetuar negócio envolvendo transação comercial de qual-


quer natureza, com empresas ou sociedades em que qualquer de seus Diretores ou
Conselheiros figure como Diretor, Gerente ou acionista com participação acionária de
mais de 10% (dez por cento) do capital social.

§ 4o - Todos os membros do Conselho de Administração, da Diretoria Colegiada e do


Conselho Fiscal serão escolhidos entre os associados Individuais, Honorários ou re-
presentantes de associados Mantenedores e Coletivos.

Seção I – Do Conselho de Administração

Artigo 44 - O Conselho de Administração é o organismo superior de deliberação e ori-


entação do Comitê, cabendo-lhe, precipuamente, fixar os seus objetivos, diretrizes e
políticas operacionais.

Artigo 45 – O Conselho de Administração será formado por associados representados


por membros efetivos e suplentes, eleitos para um mandato de 4 (quatro) anos e será
composto por:
- um membro representando a Diretoria, qual seja, o seu Diretor Geral tendo como
seu suplente, o Diretor Administrativo-Financeiro.
- catorze membros efetivos com seus respectivos suplentes, eleitos pela Assem-
bléia que elege a Diretoria Colegiada, representando a maior diversidade dos
segmentos associados à municipalidades, ao segmento produtivo industri-
al/comercial/agrone-gócio, ao segmento educacional, ao segmento serviços, ao
segmento de pesquisa e desenvolvimento e as outras modalidades de associa-
dos coletivos;

62 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


- três membros efetivos, com seus respectivos suplentes, eleitos na mesma As-
sembléia, representando os associados individuais;
- os Presidentes anteriores do Comitê.

§ 1o - O Diretor Administrativo-Financeiro participará ex officio, sem direito a voto, ca-


bendo a ele secretariar e relatar as reuniões do Conselho de Administração.

§ 2o– Os membros suplentes substituirão os efetivos em suas ausências e impedimen-


tos temporários.

§ 3o - Os membros efetivos e suplentes eleitos devem integrar as chapas candidatas.

§ 4o- No caso de vaga do cargo de Presidente do Conselho, assumirá o Vice-


Presidente, que permanecerá no cargo até que o Conselho escolha seu novo titular,
exercendo o substituto o mandato pelo prazo restante.

§ 5º - Os membros representantes das Empresas, conforme mencionado acima, serão


indicados pelas mesmas em resposta a convite da Diretoria Colegiada ou do Coorde-
nador da chapa a ser formada para concorrer nas eleições do Comitê.

Artigo 46 – O Conselho de Administração elegerá dentre seus membros um Presiden-


te e um Vice-Presidente, cujo mandato tem a mesma duração daquela aplicável aos
conselheiros.

Artigo 47 – Terminado o prazo do mandato, os membros do Conselho de Administra-


ção permanecerão nos cargos até a posse dos sucessores.

Artigo 48 – Os membros do Conselho de Administração serão investidos nos respecti-


vos cargos mediante assinatura de termo de posse, lavrado no Livro de Atas do Con-
selho de Administração.

Artigo 49 – Ocorrendo vaga, por qualquer motivo, no Conselho de Administração, o


Presidente do Conselho poderá preenchê-la “ad referendum” da Assembléia Geral,
exercendo o substituto o mandato pelo prazo restante.

§ 1o- O Presidente do Conselho de Administração será substituído, nos seus impedi-


mentos temporários, pelo Vice-Presidente, ou na falta deste, por outro Conselheiro por
ele indicado e, não havendo indicação, por escolha dos demais membros do Conse-
lho.

§ 2o- No caso de vaga do cargo de Presidente do Conselho, assumirá o Vice-


Presidente, que permanecerá no cargo até que o Conselho escolha seu novo titular,
exercendo o substituto o mandato pelo prazo restante.

§ 3o- No caso de extinção, fusão ou desmembramento de entidades ou empresas re-


presentadas no Conselho de Administração, este decidirá pela aceitação de uma su-
cessora, em sua substituição ou, na sua ausência, pela indicação de outra entidade
nas mesmas condições ou ainda, pela eliminação da representação.

§ 4° - No caso de vaga de Conselheiro eleito para o Conselho de Administração, a


primeira Assembléia Geral poderá proceder à de novo membro e respectivo suplente,
para o período que restava ao antigo Conselheiro.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 63


§ 5º - No caso de vaga de Conselheiro indicado para o Conselho de Administração,
este poderá solicitar à sua Empresa um substituto e o respectivo suplente.

Artigo 50 – Compete ao Conselho de Administração:


I. fixar a orientação geral da associação, fixando seus objetivos, diretrizes e polí-
ticas;
II. fiscalizar a gestão da Diretoria, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis
da associação,, solicitar informações sobre contratos, convênios e outros ajus-
tes celebrados, ou em vias de celebração, convocar a Diretoria Colegiada e ou
o Conselho Fiscal para esclarecimentos e praticar quaisquer outros atos, no
cumprimento de suas funções estatutárias;
III. convocar a Assembléia Geral nos casos previstos em lei ou quando julgado
conveniente;
IV. deliberar sobre o Relatório Anual da Administração, o Balanço e as Demons-
trações Financeiras e as contas da Diretoria após parecer do Conselho Fiscal;
V. deliberar sobre o Programa Anual de Atividades, os programas e projetos de
empreendimentos técnico-científicos, sócio-culturais, ambientais e educacio-
nais resultantes dos trabalhos dos módulos e da Diretoria;
VI. deliberar sobre o Programa Anual e Plurianual de Receitas, o Orçamento Anual
e Plurianual de Investimentos e Despesas e o Programa de Aplicação dos Ati-
vos Financeiros que integram o Patrimônio, preparados pela Diretoria Colegia-
da;
VII. deliberar sobre todas as movimentações patrimoniais, abrangendo a aquisição
ou alienação de bens móveis ou imóveis pertencentes ao patrimônio da asso-
ciação, assim como em toda a constituição de operações de ônus ou direitos
reais da e pela associação e suas eventuais alterações, desde que superiores
a cem mil reais ou que envolvam um compromisso permanente da associação;
VIII. VIII - deliberar sobre a proposta da Diretoria Colegiada de revisão desses
Estatutos, no termos do Artigo competente, e do Comitê Técnico para a atuali-
zação do Código de Ética, para posterior submissão à Assembléia Geral para
aprovação;
IX. deliberar sobre relatório enviado pela maioria dos membros da Diretoria Cole-
giada, recomendando a substituição de membro da Diretoria, considerando o
desempenho não satisfatório de suas atribuições, conforme claramente de-
monstrado no referido documento. O Conselho, por maioria absoluta de seus
membros presentes à reunião em que o assunto for discutido, poderá homolo-
gar o pedido, submetendo-o à aprovação da próxima Assembléia Geral, suge-
rindo a eleição de novo titular na mesma Assembléia. (e aprovar o novo Dire-
tor indicado pela Diretoria Colegiada)
X. indicar para contratação ou destituição auditores independentes, ouvido o Con-
selho Fiscal;
XI. deliberar sobre a aceitação de doações, subvenções e outras modalidades,
com ou sem encargos;
XII. deliberar sobre a constituição de convênios de co-operação, acordos, alianças
e outras formas de parceria de interesse da associação;
XIII. deliberar sobre recursos interpostos a atos da Diretoria ou emanados de Dire-
tores individualmente;
XIV. deliberar sobre a extinção do Comitê e destinação de seu patrimônio de acordo
com o estabelecido nesses Estatutos;
XV. convocar a Assembléia Geral, quando julgar conveniente, em consonância com
o disposto nesses Estatutos;
XVI. aprovar os regulamentos, as regulamentações e as normas básicas da admi-
nistração geral;

64 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


XVII. deliberar sobre os casos que lhe forem submetidos pela Diretoria;
XVIII. decidir sobre a criação e extinção de módulos permanentes, propostos pela
Diretoria Colegiada;
XIX. decidir sobre os casos omissos desses Estatutos, submetendo-os à Assem-
bléia Geral quando julgar necessário e pertinente.

Artigo 51 – O Conselho de Administração reunir-se-á ordinariamente, semestralmente,


e extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente ou pela Diretoria ou por
solicitação de 1/3 (um terço) de seus membros.

§ 1o - O Conselho de Administração reunir-se-á com a presença da maioria dos seus


membros e deliberará pelo voto da maioria dos presentes, tendo o Presidente, além do
voto próprio, o de qualidade, sendo que cada Conselheiro terá direito a 1 (um) voto
independente de seu grupo de associado;

§ 2o - O Conselheiro que faltar, sem justificativa, a 3 (três) reuniões consecutivas ou 5


(cinco) alternadas, estará automaticamente afastado do Conselho de Administração,
devendo ser convocado o respectivo suplente. A presença dos Conselheiros será mo-
nitorada pelo Diretor Administrativo, usando a lista de presença de cada reunião do
Conselho;

§ 3o - Poderão participar das reuniões do Conselho associados convidados, na condi-


ção de observadores ou colaboradores, além de suplentes, membros da Diretoria Co-
legiada e do Conselho Fiscal;

§ 4o - O Conselho de Administração poderá determinar a realização de inspeções,


auditorias e tomadas de contas, sendo-lhe facultado confiá-las a peritos externos ao
Comitê;

§ 5o - As Atas do Conselho de Administração deverão constar em coletânea própria,


com a indicação de seu número de ordem, data e local, nome dos presentes e o relato
sucinto das matérias apreciadas e das deliberações e orientações, devendo vir a ser
assinada por todos os presentes.

Seção II – Da Diretoria Colegiada

Artigo 51 - A Diretoria Colegiada é o órgão de administração colegiada do Comitê,


cabendo-lhe precipuamente:
I. fazer executar as diretrizes e políticas operacionais, e,
II. cumprir as normas gerais desses Estatutos e aquelas baixadas pelo Conselho
de Administração.

Artigo 52 – O Comitê será administrado por uma Diretoria Colegiada com 3 (três)
membros, sendo 1 (um) Diretor Geral, 1 (um) Diretor Administrativo-Financeiro; 1 (um)
Diretor Técnico-Operacional; os quais exercerão suas funções nos termos das atribui-
ções desses Estatutos, eleitos pela Assembléia Geral, entre os associados Individuais,
Coletivos , Mantenedores.

Artigo 53 – O mandato dos membros da Diretoria Colegiada será de 4 (quatro) anos.

§ 1o – Terminado o prazo do mandato, os membros da Diretoria Colegiada permane-


cerão nos cargos até a posse dos sucessores.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 65


§ 2o – Será considerado vago o cargo de qualquer Diretor que faltar a 3 (três) reuniões
consecutivas ou 5 (cinco) alternadas da Diretoria Colegiada, ou que venha a apresen-
tar seu pedido de demissão, cabendo ao Diretor Administrativo-Financeiro proceder a
esse acompanhamento.

§ 3o - No caso de vagar qualquer cargo de Diretoria - que não o de Diretor Geral, esse
designará, imediatamente, outro associado para ocupar temporariamente o cargo va-
go, pedindo ao Conselho de Administração para proceder, em trinta dias, à indicação
de novo diretor.

§ 4o - Não poderá haver acumulações de mais de um cargo por qualquer Diretor.

§ 5o – A movimentação financeira abrangendo a aplicação de disponibilidades eventu-


ais de caixa e a movimentação de contas bancárias, será feita sempre através de dois
Diretores, podendo haver a constituição de procuradores, respeitada as condições
estatutárias;

§ 6o – A Diretoria Colegiada, através de dois Diretores em conjunto, poderá assinar


escrituras de promessa de compra e venda, de cessão, de hipoteca relativas a imóveis
do Comitê, bem como aprovar a aquisição de bens móveis, desde que previstos no
Programa de Aplicação do Patrimônio aprovado previamente, submetendo-a, logo em
seguida, à homologação do Conselho de Administração;

§ 7º - A aprovação, com ou sem restrições, do Balanço, dos Demonstrativos Financei-


ros e dos atos e contas da Diretoria Colegiada, exime os Diretores de Responsabilida-
de, salvo no caso de dolo, fraude ou simulação apurados pelos órgãos competentes
da administração superior do Comitê, ou por via judicial;

§ 8º - As reuniões ordinárias da Diretoria Colegiada serão realizadas semanalmente;

§ 9º - As decisões da Diretoria Colegiada serão tomadas por maioria simples, cabendo


ao Diretor-Presidente em caso de empate, o voto de qualidade sem prejuízo de seu
voto anterior.

Artigo 54 – Compete à Diretoria Colegiada:


I. praticar todos os atos necessários ao funcionamento regular da associação;
II. propor ao Conselho de Administração as diretrizes fundamentais da Adminis-
tração, que devem ser apreciadas por ele;
III. propor ao Conselho de Administração, alterações nesses Estatutos, nos termos
do Artigo competente;
IV. propor ao Conselho de Administração, a aquisição, alienação ou oneração de
bens móveis ou imóveis, pertencentes ao patrimônio da associação, nos ter-
mos do Parágrafo 10 do Artigo competente;
V. encaminhar ao Conselho Fiscal para sua apreciação, o balanço e demonstrati-
vos financeiros bem com o Programa de Receitas os Orçamentos de Investi-
mento e Despesas e o Programa de Aplicação Patrimonial, bem como quais-
quer outros documentos e propostas de ações que requeiram o seu conheci-
mento ou intervenção;
VI. apresentar ao Conselho de Administração o relatório anual de atividades, o
balanço e as demonstrações financeiras do exercício, os programas e orça-
mentos anuais e plurianuais econômico-financeiros e de execução de políticas

66 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


e diretrizes operacionais e cumprir as normas gerais baixadas pelo Conselho
de Administração;
VII. supervisionar, orientar e acompanhar a execução das atividades técnicas e
administrativas, baixando os atos e regulamentos necessários;
VIII. elaborar o manual das normas internas, contendo os direitos e deveres dos
empregados;
IX. elaborar os atos normativos, necessários à execução das diretrizes determina-
das pelo Conselho de Administração;
X. elaborar o orçamento físico-financeiro da folha de pagamento e o sistema de
remuneração dos empregados;
XI. aprovar a criação, transformação ou extinção de órgãos regionais ou locais;
XII. julgar os recursos interpostos aos atos dos prepostos ou empregados e, quan-
do for o caso, encaminhá-los ao Conselho de Administração, que constitui a
instância superior de recorrência;
XIII. aprovar a celebração de convênios, acordos e contratos que não importem na
constituição de ônus ou direitos reais sobre os bens da associação;
XIV. designar membro do quadro de associados para atuar como coordenador da
Revista do Comitê e demais publicações regulares ou eventuais da associa-
ção;
XV. designar membro da Diretoria ou dos associados para administrar as promo-
ções e os eventos da associação, observados o disposto no regulamento e
procedimentos de cada um deles;
XVI. designar, entre os seus membros ou do quadro dos associados, os represen-
tantes do Comitê junto aos organismos e eventos nacionais e internacionais;
XVII. aprovar os regulamentos e suas modificações, dos módulos permanentes e
programados e do Fundo de Viagens da associação, submetendo-os à homo-
logação do Conselho de Administração;
XVIII. contratar e demitir pessoas e empresas de serviços, condizentes com a conse-
cução dos objetivos sociais, observando o Artigo 49, desses Estatutos;
XIX. autorizar a aplicação de disponibilidades eventuais de caixa e a movimentação
de contas bancárias, através de dois Diretores em conjunto, cada um podendo
dispor de procurador, respeitadas as condições estatutárias;
XX. aprovar a aquisição ou alienação de bens móveis, desde que previstas no Pla-
no de Aplicação do Patrimônio, submetendo-as à homologação do Conselho
de Administração, podendo através de dois Diretores em conjunto, assinar es-
crituras de promessa de compra e venda, de cessão, de hipoteca, relativas a
imóveis do Comitê;
XXI. celebrar convênios, acordos e contratos que não importem na constituição de
ônus ou direitos reais sobre o patrimônio ou compromissos permanentes para
a associação;
XXII. promover as ações estratégicas da associação;
XXIII. a responsabilidade ativa e passiva da associação, em juízo e fora dele, bem
como a prática dos atos necessários à gestão das suas atividades, de acordo
com esses Estatutos e regimentos aprovados;
XXIV. determinar a execução das atividades da associação em consonância com a
sua orientação geral;
XXV. elaborar os planos e programas, neles incluídos os Programas de Receitas e
de Aplicação do Patrimônio, os Orçamentos de Investimentos e Despesa, o
Programa de Atividades, a organização e as condições de funcionamento da
associação;
XXVI. decidir sobre a distribuição de atividades à Diretoria e associados, seus cargos
e funções (inclusive representações);

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 67


XXVII. constituir e administrar os fundos da associação, observando seus respectivos
regulamentos;
XXVIII. resolver as atividades que constituem os processos desenvolvidos pela socie-
dade que não forem da competência pró-ativa da Assembléia Geral ou do
Conselho de Administração;
XXIX. solicitar a convocação do Conselho de Administração ao seu Presidente, ou
convocá-lo quando necessário;
XXX. resolver os casos extraordinários.

Parágrafo Único – Os movimentos bancários da Associação, endossos e aceites cam-


biais e a prática dos atos necessários ao funcionamento do Comitê serão efetuados
conjuntamente por membros da Diretoria Colegiada, sendo um deles necessariamente
o Diretor Geral, podendo constituir mandatários para a prática desses atos.

Artigo 55 – No exercício das atribuições da Diretoria, compete:


a) ao Diretor-Presidente:
I. dirigir, orientar e controlar as atividades técnicas e administrativas do Comitê
em seu âmbito de decisão;
II. distribuir para cada Diretor as atividades respeitada a definição da área de atu-
ação estabelecida nesses Estatutos;
III. superintender a política geral da associação fixada pelo Conselho de Adminis-
tração;
IV. convocar e presidir os trabalhos das reuniões da Diretoria Colegiada;
V. coordenar as atividades das Diretorias;
VI. representar o Comitê no Conselho de Administração, e em entidades externas
podendo delegar essas representações a outro associado;
VII. representar o Comitê, ativa e passivamente, podendo, para tal fim, constituir
procuradores, designar e autorizar prepostos;
VIII. conceder licença temporária aos membros da Diretoria, indicando substituto
para exercer as funções do substituído em sua ausência;
IX. aprovar as definições e alterações da estrutura organizacional;
X. orientar a elaboração dos orçamentos da sociedade quanto a seus limites e
condicionantes internos e externos;
XI. orientar os planos de atuação setoriais das Diretorias;
XII. coordenar o atendimento e as relações com as entidades externas, Conselho
de Administração, Conselho Fiscal e a Assembléia Geral;
XIII. assinar juntamente com um dos Diretores, os documentos de responsabilidade
da associação, podendo constituir mandatários;

b) ao Diretor Técnico-Operacional:
I. conduzir, integrar e acompanhar a atuação técnica dos Grupos de Trabalho E
Forças Tarefas , como Módulos Permanentes e Temporários do Comitê, inter-
na e externamente ao país, e demais grupos técnicos e operacionais que vie-
rem a se constituir;
II. coordenar a edição da revista do Comitê e outros meios de divulgação;
III. submeter à Diretoria Colegiada o nome dos Coordenadores dos Grupos de
Trabalho, Forças Tarefa do Conselho Editorial da Revista e demais funções
responsáveis pelas atividades técnicas da associação;
IV. coordenar o Comitê Técnico do Comitê;
V. colaborar com o Presidente no desempenho de suas funções técnicas, na for-
ma que vier a ser considerada a mais adequada.

VI. c) ao Diretor Administrativo-Financeiro:

68 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


VII. prever e prover os recursos financeiros e econômicos para sustentar e assegu-
rar a viabilização de todas as operações técnicas da associação;
VIII. gerir, contabilizar e coordenar o desempenho de todas as operações econômi-
co-financeiras da associação, incluindo a administração do risco;
IX. ter sob sua responsabilidade e manter o patrimônio e todos os ativos tangíveis
e intangíveis pertencentes ao Comitê;
X. movimentar juntamente com o Diretor-Presidente, ou outro Diretor, ou preposto
com delegação específica do Diretor-Presidente, os fundos da associação, as-
sinando diretamente ou constituindo mandatário entre os demais Diretores,
com poderes limitados, os cheques, ordens de pagamento, aplicações financei-
ras e outros movimentos financeiros, e contratos que acarretem responsabili-
dades financeiras para o Comitê;
XI. coordenar a elaboração e promover a execução e acompanhamento dos orça-
mentos de receitas, fundos, investimentos e despesas da associação;
XII. elaborar relatórios para serem submetidos à Diretoria Colegiada e ao Conselho
Fiscal, contendo bimensalmente, o balancete da receita e despesa, acompa-
nhado da avaliação corrente e projetada do desempenho econômico-
financeiro do Comitê, utilizando indicadores de desempenho e de risco apropri-
ados, bem como propondo medidas e alternativas que se mostrem necessá-
rias;
XIII. anualmente, o balanço e os demonstrativos financeiros, os orçamentos e o
programa de receitas e de aplicação patrimonial a serem submetidos ao Con-
selho Fiscal, ao Conselho de Administração e posteriormente à aprovação da
Assembléia Geral Ordinária;
XIV. preparar o planejamento financeiro anual e plurianual, inclusive, realizando
estudos relativos aos valores das contribuições anuais a serem fixadas;
XV. administrar os Fundos de acordo com seus regulamentos;
XVI. Ipromover a aplicação dos valores financeiros disponíveis, administrar os Fun-
dos constituídos para custear as atividades da associação, bem como, manter
a guarda dos valores móveis, organizar os processos licitatórios, inclusive os
das empresas de prestação de serviços de contabilidade e auditoria;
XVII. determinar os custos das atividades da associação e estabelecer a sua política
de seguros;
XVIII. assinar juntamente com o Diretor-Presidente ou outro Diretor, os documentos
de responsabilidade da associacão;
XIX. exercer representações e/ou coordenar atividades conforme decisão da Direto-
ria Colegiada;
XX. administrar o quadro de associados, promovendo campanhas de novas ade-
sões, processando admissões e demissões, mantendo o intercâmbio de infor-
mações entre os associados e a administração, disseminando documentos e
publicações;
XXI. preparar, secretariar e relatar as reuniões da Diretoria Colegiada, do Conselho
de Administração, e, quando convidado, da Assembléia Geral;
XXII. administrar todo o processo de comunicação com os associados e da associa-
ção com outros organismos internos e entidades externas;
XXIII. administrar as atividades correntes da associação, envolvendo correspondên-
cias, registros, publicações e editoração, elaboração de contratos e de docu-
mentos institucionais e normativos ou de procedimentos, dentre outros;
XXIV. elaborar, com a participação dos outros membros da Diretoria, os relatórios
anuais de atividades da sociedade;
XXV. manter em dia os arquivos – criando e mantendo uma biblioteca digital - do
Comitê e relação dos associados e seus respectivos dados pessoais, em es-
pecial os de acesso e comunicação com a associação;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 69


XXVI. administrar o quadro de pessoal contratado, as prestações de serviços, os con-
tratos com terceiros, o que inclui os processos de chamada e seleção, contra-
tação e demissão ou rescisão, plano de carreira e acompanhamento do de-
sempenho, programas de benefícios sociais, qualificação do pessoal e quali-
dade corporativa, os processos de gestão empresarial incluindo os instrumen-
tos de apoio à decisão, dentre outros;
XXVII. desenvolver, implementar e manter o funcionamento da rede de informações e
conhecimento da associação, o seu “site” e os portais de desenvolvimento de
atividades, mantendo também a sua conexão com a sociedade e com os or-
ganismos da mídia;
XXVIII. administrar as instalações físicas e os bens móveis que compõem o patrimônio
da associação;
XXIX. coordenar os desenvolvimentos e aplicação dos programas de compromisso e
responsabilidade social da associação envolvendo a participação da Diretoria,
do Conselho de Administração e de todo o seu quadro de associados.
XXX. monitorar a freqüência dos Conselheiros indicados e eleitos, conforme lista de
presença de cada reunião do Conselho;
XXXI. manter o Projeto Memória da associação.
XXXII. exercer representações e/ou coordenar atividades, conforme decisão da Dire-
toria Colegiada.

Seção III – Do Comitê Têcnico

Artigo 56 - O Comitê Técnico é o organismo que responde pela administração técnica


do Comitê, cabendo-lhe definir, orientar e gerir todas as suas atividades técnicas.

Artigo 57 - O Comitê Técnico será composto por todos os Coordenadores de Grupos


de Trabalho e Forças Tarefas e por todos os Coordenadores dos grandes eventos que
vebham a constituir módulos permanentes do Comitê;

§ 1o – O Comitê Técnico será presidido pelo Diretor Técnico-Operacional e na sua


ausência pelo Diretor Geral.

§ 2º - As reuniões ordinárias do Comitê Técnico serão realizadas mensalmente;

§ 3o – O Comitê Técnico será regido por seu Regulamento, por ele preparado, o qual
deverá ser aprovado pelo Conselho de Administração.

§ 4o – O Comitê Técnico constituirá grupos de trabalho, integrados por seus membros


ou associados convidados, para executar tarefas ou projetos específicos, complemen-
tares ou de suporte aos módulos existentes.

Artigo 59 – Cabe ao Comitê Técnico:


I. estabelecer as estratégias de atuação, diretrizes e o Programa de Ação e De-
senvolvimento Técnico do Comitê, que deve ser acompanhado do plano de re-
ceitas e proposta orçamentária correspondente;
II. supervisionar e gerenciar todas as atividades técnico-científicas da associação
apopiando o SIAL, NORTEC, gerindo o Portal do Plano de Desenvolvimento
Sustentável e suas Carteiras de Projetos, entre outros;
III. orientar e apoiar os processos de escolha de Coordenadores para os diversos
Grupos de Trabalho e Forças Tarefas, eventos, trabalhos especiais e de pes-
quisa e desenvolvimento, e publicações do Comitê;

70 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


IV. promover a divulgação do conhecimento da associação junto à comunidade
externa, em particular no seu segmento educacional universitário e profissiona-
lizante, entidades de investigação e desenvolvimento, e instituições públicas
setoriais, priorizando o atendimento no ambiente de seus associados;
V. proceder a levantamentos periódicos e regulares das demandas em termos de
desenvolvimentos técnico-científicos necessários ao desenvolvimento da Regi-
ão Norte-Noroeste Fluminense, no sentido de direcionar a atuação do Comitê
para o seu atendimento;
VI. coordenar a representação técnica e operacional da associação junto a institui-
ções nacionais e internacionais;
VII. preparar e gerenciar os calendários anual e plurianual de eventos promovidos
pela associação;
VIII. elaborar e manter atualizado o Código de Ética da associação e o seu Regu-
lamento, que disciplina as suas operações;
IX. desenvolver os estudos com os respectivos pareceres técnicos sobre re proje-
tos apresentados aos Fundos Regionais;
X. estabelecer os entendimentos, os escopos e os modus operandi dos progra-
mas de intercâmbio, co-operação e técnico-científicos, de investigação e de-
senvolvimento do Comitê;
XI. gerenciar a implantação dos projetos da Carteira Complementar e os da Cartei-
ra |Principal, mediante delegação da SEPLAG RJ;
XII. preparar ou compilar os relatórios das diversas atividades técnicas realizadas
anualmente, diretamente ou mediante delegação, apresentando o seu resulta-
do consolidado para constar do Relatório Anual da associação e para aprecia-
ção do Conselho de Administração.

Artigo 58 - É de competência do Comitê das ADMs:


I. encaminhar todos os assuntos dos Municípios que requeioram a interveção da
governança regional;
II. definir diretrizes para orientar os programas e projetos regionais;
III. apresentar, discutir e definir os assuntos de interesse regionais;
IV. avaliar e monitorar andamento da implementação das Carteiras de Projeto re-
gionais;
V. realizar articulação conjunta aos governos municipais, estadual e federal;
VI. apreciar e deliberar sobre os projetos submetidos aos fundos regionais, emitin-
do as indicações quanto a sua aceitação ou não, com o apoio e orientação do
Comitê Técnico.

Parágrafo Único – O Presidente e Vice Presidente deste Comitê serão eleitos em sua
primeira reunião com mandato de mesma duração.

Artigo 59 – O Comitê da ADMs será composto por representantes das Municipalidades


e do Empresariado, sendo dois titulares e dois suplentes respecctivamente, cada um
deles de uma das classes, com mandato de quatro (4) anos, com direito a reeleição.

Artigo 60 - É competência do titular do Comitê das ADMs:


I. convocar e presidir reuniões e assembléias;
II. elaborar plano anual de trabalho;
III. representar o Conselho das ADMs junto ao Conselho de Administração;
IV. avaliar programas e projetos municipais;
V. secretariar as reuniões e assembléias;
VI. manter arquivo e informações sobre programas e projetos.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 71


Artigo 61- É competência do suplente do Comitê das ADMs, substituir o titular nas su-
as faltas e impedimentos.

Capítulo XI
Do conselho fiscal

Artigo 62 - O Conselho Fiscal é composto de quatro (4) membros eleitos entre os as-
sociados fundadores, contribuintes, patrocinadores e representantes das ADMs, com
mandato de três (3) anos, com direito à reeleição, sendo composto de:
I. três (3) titulares;
II. um (1) suplente.

Parágrafo único – Os três membros titulares indicarão, entre eles, o presidente do


Conselho Fiscal.

Artigo 63 - Compete ao Conselho Fiscal:


I. fiscalizar os balancetes e balanços anuais;
II. manifestar sobre alienação e venda de bens e patrimônios;
III. convocar reuniões e assembléias;
IV. manifestar-se sobre a aplicação das estratégias e das operações;
V. manifestar-se sobre planos de trabalho.

Artigo 64 - Aos titulares do Conselho Fiscal, compete:


I. presidir reuniões e assembléias;
II. assinar documentos relativos aos pareceres do Conselho Fiscal;
III. representar o Conselho Fiscal perante o Conselho de Administração, Consulti-
vo ou Comunitário;
IV. secretariar as reuniões e assembléias;
V. manter sobre sua guarda os livros e documentos relativos ao Conselho Fiscal;
VI. substituir o titular nas suas faltas e impedimentos.

Artigo 65 - Ao suplente do Conselho Fiscal compete substituir o titular nas faltas e im-
pedimentos.

Artigo 66 - No caso de ausência ou falta de membros do Conselho Fiscal, o Conselho


de Administração poderá nomear os membros, que deverão ser homologados na As-
sembléia Geral Extraordinária subseqüente.

Artigo 67 - O Conselho Fiscal poderá contratar serviços de terceiros para realizar audi-
torias e fornecer relatórios de avaliação dos programas e projetos.

Capítulo XII
Da Secretaria Executiva

Artigo 68 - A Secretaria Executiva está vinculada à Diretoria Colegiada e a ela prestas


Serviços sendo conduzida pelo Diretor Administrativo Financeiro. A sua estrutura ad-
ministrativa será mínima.

Artigo 69 – Os funcionários da Secretaria Executiva podem vir a ser contratados e re-


munerados.

72 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Parágrafo único - Caso a função seja exercida por um associado, este ficará com seus
direitos de associado suspensos enquanto estiver ocupando o cargo, portanto, não
podendo votar ou ser votado para cargos eletivos, sem prejuízo dos seus outros direi-
tos.

Artigo 70 - Compete à Secretaria Executiva:


I. realizar os trabalhos adminsitrativos incluindo o atendimento aos associados;
II. processar, armazenar e zelar pela documentação e sua disseminação entre os
associados ou solicitantes externos
III. administrar o escritório e os ativos fixo, m´veis e intangíveis de propriedade ou
vinculados ao Comitê;
IV. organizar e executar os planos de trabalho e projetos aprovados pelo Conselho
de Administração e repassados à Diretoria Colegiada para implementação ou
ação equivalente.

Artigo 71 - A Secretaria Executiva deverá utilizar regular e sistematicamente indicado-


res e índices de acompanhamento e desempenho e sua divuldação pública na Inter-
net.

Capítulo XIV
Do Processo Eletivo

DAS ELEIÇÕES DA DIRETORIA, CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO


CONSELHO FISCAL

Artigo 72 - As eleições para o preenchimento dos cargos da Diretoria Executiva e dos


membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal, serão realizadas por voto
secreto em Assembléia Geral Ordinária, podendo os votos serem dados por corres-
pondência, pessoalmente ou por procuração durante a Assembléia Geral.

Artigo 73 – Para as eleições mencionadas no Artigo anterior, somente poderão concor-


rer chapas completas, com todos os cargos eletivos, que forem apresentadas por um
número de associados que, em conjunto, detenham, pelo menos, 15% (quinze por
cento) do número total dos votos dos associados em pleno gozo de seus direitos pe-
rante a associação, cujos candidatos, da mesma forma, estejam em pleno gozo de
seus direitos perante o Comitê, conforme disposto no Parágrafo 2º do Artigo compe-
tente desses Estatutos.

§ 1º – As chapas, com candidatos a todos os cargos eletivos, a que se refere o caput


deste Artigo, somente poderão concorrer à votação se forem protocoladas na Secreta-
ria do Comitê ou postadas com AR (Aviso de Recebimento) com, pelo menos, 60
(sessenta) dias de antecedência da data da Assembléia Geral em que a eleição reali-
zar-se-á e se contiverem as assinaturas de todos os seus integrantes, representando a
sua aceitação e compromisso como candidato.

§ 2º - Em adição ao processo estabelecido no item anterior, a Diretoria Colegiada em


exercício apresentará uma chapa na qual só poderá figurar até um de seus membros
para reeleição desde que para cargo diferente do exercido;

§ 3º - O Diretor Administrativo-Financeiro comunicará aos associados, a composição


das chapas que estarão concorrendo à eleição e os procedimentos a serem obedeci-

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 73


dos para tal fim, com pelo menos, 30 (trinta) dias de antecedência da data da Assem-
bléia Geral, convocada para este fim.

§ 4º - Será considerada eleita e será simultaneamente empossada, na Assembléia


Geral em que tiver sido realizada a eleição, a chapa que obtiver maioria simples, ou
seja, pelo menos 1 (um) voto a mais que os votos de cada qualquer uma das demais
chapas apresentadas.

Capítulo XV
Da receita, finanças e patrimônio

Artigo 74 - Constituem receita do Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e


Noroeste Fluminense:
I. contribuições de pessoas físicas e jurídicas;
II. anuidades;
III. auxílios, contribuições e subvenções de entidades ou diretamente da União,
Estado, Município ou autarquias;
IV. Fundo de capitalização criado por convênio entre todos os Municipios das Re-
giões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro;
V. doações e legados;
VI. produtos de operação de credito, internas e externas para financiamento de
suas atividades;
VII. rendas em seu favor constituídas por terceiros;
VIII. usufruto e direitos de propriedade que lhe forem conferidos;
IX. rendimentos de imóveis próprios ou de terceiros;
X. receitas de prestação de serviços;
XI. receitas de comercialização de produtos;
XII. juros bancários e outras receitas financeiras;
XIII. rendimentos decorrentes de títulos, ações ou papeis financeiros de sua propri-
edade;
XIV. receitas de produção;
XV. captação de renuncia e incentivo fiscal;
XVI. direitos autorais;
XVII. resultado de bilheteria de eventos;
XVIII. recursos de patrocínios e publicidade;
XIX. resultado de quotas de participação, etc.

Artigo 75 - Todas as receitas serão destinadas à manutenção dos objetivos da Comitê


de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense.

Artigo 76 - O patrimônio da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste


Fluminense será constituído de bens identificados em escritura pública, que vier a re-
ceber por doação, legados e aquisições, livres e desembaraçadas de ônus.

Artigo 77 - A contratação de empréstimos financeiros que a Comitê de Desenvolvimen-


to Regional do Norte e Noroeste Fluminense venha a contrair de bancos ou outras
Instituições Financeiras, que gravem de ônus o patrimônio da Comitê, dependerá de
aprovação do Conselho Fiscal, do Conselho de Administração, respondendo seus ges-
tores solidariamente.

Artigo 78 – Para sustentar as suas atividades permanentes, a associação constituirá


fundos, cada um deles com regulamentação própria. A administração financeira dos
fundos caberá à Diretoria Administrativo-Financeira, enquanto a sua aplicação terá

74 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


sempre um grupo específico ou uma instituição contratada para conduzi-la, sob a su-
pervisão da Diretoria Colegiada.

Parágrafo Único - As orientações que regem as aplicações dos Fundos deverão ser
homologaas pelo Conselho de Administração.

Artigo 79 - O Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense


deverá constituir o Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social do Norte e Noroes-
te Fluminense, DESNOR, e o Fundo de Desenvolvimento da Cultura do Norte-
Noroeste. NORTCULT, entre outros, cada um deles devendo ser regido por regula-
mentação própria e específica.

§ 1o – O Fundo Regional de Desenvolvimento Econômico-Social Norte-Noroeste,


DESNOR, deve ser constituído na modalidade de um fundo de investimento, acumula-
tivo e rotativo, com a integralização de 40% (quarenta por cento) do montante recebido
a título de “royalties” e de CFEM pelos municípios das Regiões Norte e Noroeste, anu-
almente, durante os próximos 10 (dez) anos, de 35% (trinta e cinco por cento) nos 10
(dez) anos subseqüentes e de 30% (trinta por cento) nos 20 (vinte) anos seguintes,
renováveis, ao qual devem ser incorporadas 10% (dez por cento) dos montantes anu-
ais destinados a investimentos pelos municípios da Região, mais recebimentos, inclu-
sive de dotações orçamentárias de quaisquer procedências vinculadas ou não, ativos
imobiliários de terrenos e edificações destinados às atividades produtivas e comerci-
ais, as receitas provenientes das aplicações e pagamentos decorrentes das operações
deste fundo, as receitas recebidas como aluguéis e arrendamentos, os aportes de re-
cursos recebidos de outros fundos, resultados e operações financeiras de captação no
mercado, entre outras. Os valores da integralização municipais correspondem à sua
contribuição para a promoção de investimentos em desenvolvimento econômico sus-
tentável, devendo ser convertidos em quotas de propriedade das Municipalidades,
portanto, não caracterizando quaisquer ônus para os tesouros municipais. Os valores
das parcelas de recursos orçamentários aplicados no DESNOR serão considerados
como parte integrante dos montantes que devem ser investidos pelos municípios, o
que deve ser referendado por legislação municipal apropriada (caso típico dos planos
diretores de desenvolvimento municipais).

§ 2o – O Fundo Regional de Desenvolvimento da Cultura Norte-Noroeste, NORTCULT,


deve ser constituído na modalidade de um fundo de investimento, acumulativo e rotati-
vo, com a integralização de 10% (dez por cento) do montante recebido a título de “ro-
yalties” e CFEM pelos municípios das Regiões Norte e Noroeste, anualmente, durante
os próximos 10 (dez) anos, de 15% (quinze por cento) nos 10 (dez) anos subseqüen-
tes e de 10% (trinta por cento) nos 20 (vinte) anos seguintes, renováveis, ao qual de-
vem ser incorporadas 0,5 (cinco décimos por cento) das receitas anuais dos municí-
pios da Região, mais recebimentos, inclusive de dotações orçamentárias de quaisquer
procedências vinculadas ou não, ativos imobiliários de terrenos e edificações destina-
dos às atividades culturais, as receitas provenientes das aplicações financeiras e pa-
gamentos decorrentes das operações deste fundo, as receitas recebidas como taxa de
administração, termos de parceria, aluguéis e arrendamentos, os aportes de recursos
recebidos de outros fundos, 10% (dez por cento) da receita recebida do ICMS Cultural
pelos municípios da Região, resultados e operações financeiras de captação no mer-
cado, entre outras. Os valores da integralização municipais correspondem à sua con-
tribuição para a promoção de investimentos em desenvolvimento da cultura, devendo
ser convertidos em cotas de propriedade das Municipalidades, portanto, não caracteri-
zando quaisquer ônus para os tesouros municipais. Os valores das parcelas de recur-
sos orçamentários aplicados no NORTCULT serão também considerados como parte

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 75


integrante dos montantes que devem ser investidos pelos municípios, o que deve ser
referendado por legislação municipal específica.

Artigo 80 – A associação somente remunerará os empregados que vierem a ser con-


tratados para o desempenho de atividades administrativas, observados os valores
salariais do mercado, desde que o plano de carreira do quadro de pessoal tenha sido
aprovado pelo Conselho de Administração.

Artigo 81 – A Diretoria Administrativo-Financeira manterá a escrituração contábil das


despesas e receitas em sistemas que assegurem a exatidão e adequação das mes-
mas, de conformidade com os preceitos legais vigentes e eventuais recomendações
do Conselho Fiscal.

Parágrafo Único – A Diretoria Administrativo-Financeira contratará, mediante licitação,


firma especializada em contabilidade para desenvolver essa atividade para a associa-
ção.

Artigo 82 – Para a realização de atividades específicas, a Diretoria Executiva, a partir


de um encaminhamento da Diretoria Financeira, poderá delegar a terceiros a respon-
sabilidade da gestão financeira e contábil de alguns dos módulos, mediante a contra-
tação de termo de ajuste ou outro documento legal de igual valor, ad referendum do
Conselho de Administração.

Capítulo XVI
Dos livros

Artigo 83 - O Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense


manterá seguintes livros:
I. livro de presença das assembléias e reuniões;
II. livro de ata das assembléias e reuniões;
III. livros fiscais e contábeis;
IV. demais livros exigidos pelas legislações vigentes;
V. livros de associados.

Artigo 84 - Os livros poderão ser confeccionadas em folhas soltas e numeradas e de-


vidamente arquivadas.

Artigo 85 - Os livros estarão sobre a guarda do secretário do Conselho de Administra-


ção da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense, deven-
do ser vistados pelos presidentes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal.
Artigo 86 - Os livros ficarão na sede da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte
e Noroeste Fluminense, sendo disponibilizados para o público em geral.

Parágrafo único - Os interessados poderão obter cópias dos livros, sem direito a sua
retirada.

Capítulo XVII
Das disposições gerais

Artigo 87- Os associados não respondem solidariamente nem subsidiariamente pelas


obrigações da entidade.

Artigo 88 - Os cargos dos conselhos de administração, fiscal, técnico, diretoria colegi-


76 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
ada não são remunerados, seja a que titulo for, ficando expressamente vedado por
parte de seus membros o recebimento de qualquer lucro, gratificação, bonificação ou
vantagens, pelos cargos exercidos junto ao Comitê de Desenvolvimento Regional do
Norte e Noroeste Fluminense.

Artigo 89- Para extinção da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste


Fluminense:
I. deverá ser convocada uma assembléia extraordinária especialmente para ex-
tinção com antecedência mínima de trinta (30) dias corridos, pela imprensa lo-
cal;
II. sendo resolvida à extinção, o patrimônio e os bens, satisfeitas as obrigações,
serão destinados à uma instituição enquadrada como determinado na lei fede-
ral nº 9.790/99.

Parágrafo único - Na impossibilidade de instalar-se a Assembléia Geral dos associa-


dos, indicada no item I anterior, depois da publicação de três editais sucessivos com
intervalos de 15 (quinze) dias corridos e na forma prevista nesses Estatutos, será ad-
mitida a intenção do quadro de associados de dissolver o Comitê, fato que deverá, de
imediato, ser comunicado às autoridades competentes.

Artigo 90 – Decidida a extinção do Comitê, a Assembléia Geral Extraordinária, convo-


cada especialmente para este fim, constituirá Comissão de 15 (quinze) associados
para tomar as medidas legais necessárias para a sua liquidação.

Artigo 91 – Por deliberação dos associados reunidos em Assembléia, o patrimônio da


associação será destinado a entidade de fins não econômicos privada, ou poderá ser
destinado a instituição municipal, estadual ou federal, portadora da mesma qualifica-
ção legal, desde que tenha fins sociais iguais ou semelhantes ao Comitê.

Artigo 92 – As decisões sobre a matéria tratada no Artigo anterior, serão aprovadas se


forem aceitas por pelo menos por 2/3 (dois terços) dos votos apurados dos associa-
dos, devendo os votos serem dados pessoal e individualmente no local de realização
da Assembléia Geral Extraordinária, sendo necessário o “quorum” mínimo de 4/5 (qua-
tro quintos) do total de votos dos associados em pleno gozo de seus direitos estatutá-
rios.

Artigo 93 - Em casos de serem constatados problemas de conduta ética do associado


ou mau uso do nome da instituição, o Conselho de Administração poderá propor a
formação de uma Comissão de Sindicância, formada pelos associados, com o mínimo
de cinco (5) membros, para analise da situação e fornecer pareceres para decisão
administrativa.
Parágrafo único - A Comissão terá o prazo de trinta (30) dias corridos para apresenta-
ção dos pareceres, após a sua constituição.

Artigo 94 - Atendido o dispositivo do artigo 3º, da lei federal nº 9.790/99, de 23/03/99,


para qualificar como organização da sociedade civil de interesse publico, oscip, fica
regida pelo presente Estatuto e pela seguinte norma:
I. observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publici-
dade, economicidade e da eficiência;
II. adoção de praticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir
a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pesso-
ais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório;
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 77
III. constituição do conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência
para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre
as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos
superiores da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Flu-
minense;
IV. em caso de dissolução, além de atender o artigo 89 do presente Estatuto, o
patrimônio liquido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos ter-
mos da lei federal, preferencialmente que tenha mesmo objetivo social da Co-
mitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense;
V. na hipótese da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Flu-
minense, perder a qualificação instituída na lei federal, o respectivo acervo pa-
trimonial disponível, adquirido com recursos públicos durante o período em que
perdurou aquela qualificação, será transferido a outra pessoa jurídica qualifica-
da nos termos da lei federal;
VI. possibilidade de instituir remuneração para aqueles que a ela prestam serviços
específicos, respeitados, em ambos os casos os valores praticados no merca-
do, na região correspondente à sua área de atuação;
VII. as normas de prestação de conta a serem observadas pela Comitê de Desen-
volvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense, têm de conter, no míni-
mo:
a. observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas
Brasileiras de Contabilidade;
b. publicação do balanço financeiro, na imprensa local, juntamente com o re-
sumo das atividades, certidão negativa de débitos do INSS e FGTS, bem
como colocar à disposição do publico em geral;
c. quando da firmação de termos de parceria, serão obedecidas as instruções
do decreto federal nº 3.100/99 de 30/06/99 e será contratada auditoria ex-
terna independente para aplicação dos recursos originários do termo de
parceria;
d. a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem publica rece-
bida pela Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Flumi-
nense, será realizada conforme determinado no parágrafo único do artigo
70 da Constituição Federal.

Artigo 95 - Dentro das atividades da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e


Noroeste Fluminense, fica proibido qualquer tipo de discriminação, que seja por raça,
idade, sexo, etnia ou religião.
Artigo 96 - Nas atividades da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroes-
te Fluminense, fica expressamente proibido a manifestação política partidária.

Artigo 97 - A Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Fluminense,


aplica suas renda, recursos e eventual resultado operacional integralmente no território
nacional e na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos.

Artigo 98 - A sessão de uma Assembléia, uma vez instalada, poderá ser deixada em
aberta ou protelada para outra data, sem a necessidade de nova convocação, desde
que aprovado pelos presentes.

Artigo 99 - Quando da vacância nos cargos do Conselho de Administração, Fiscal,


Consultivo ou Técnico, poderá ser complementada a nomeação, devendo ser homolo-
gada na Assembléia Extraordinária subseqüente.

Artigo 100 - As eventuais verbas de subvenções sociais, dotações orçamentárias ou

78 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


qualquer recursos recebidos dos poderes públicos federal, estadual e municipal ou do
distrito federal não poderão ser destinados ao pagamento de pessoal.

§ 1º - Os recursos constantes desse artigo são aqueles destinados à programas espe-


cíficos, obedecendo aos critérios de cada um.

§ 2º - Os recursos recebidos dos poderes públicos, quando esses forem associados,


poderão ser utilizados para cobrir despesas administrativas.

Artigo 101 - O Comitê não poderá conceder aval, fiança ou qualquer outra garantia
que envolva responsabilidade para a associação, exceto no que se relacione exclusiva
e estritamente às operações essenciais à sua sobrevivência ou ao desempenhar de
seus objetivos, ainda assim, mediante a prévia indicação de sua Diretoria Executiva,
aprovada pelo Conselho de Administração e homologada por Assembléia Geral Extra-
ordinária.

Artigo 102 - Esses Estatutos poderão ser modificados a qualquer tempo, por proposta
da Diretoria Executiva ou de um número de associados que detenham, pelo menos,
1/3 (um terço) do número total dos votos dos associados em pleno gozo de seus direi-
tos na associação. A proposta de modificação deverá ser submetida ao Conselho de
Administração que, após sua apreciação, leva-la-á à Assembléia Geral Extraordinária
para aprovação.

Parágrafo Único – As propostas de modificação desses Estatutos serão consideradas


aprovadas, quando obtiverem pelo menos 2/3 (dois terços) dos votos dos presentes,
na Assembléia Geral Extraordinária a que forem submetidas, observando-se o que
prescrevem as disposições destes Estatutos.

Artigo 102 - A Diretoria Colegiada submeterá ao Conselho de Administração a resolu-


ção dos casos omissos nesses Estatutos, “ad referendum” da Assembléia Geral, sub-
seqüente à data em que os mesmos tiverem sido resolvidos.

Artigo 103- A Diretoria Colegiada deverá implantar o disposto nesses Estatutos, num
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias da data de sua entrada em vigor.

Capítulo XVIII
Das disposições transitórias

Artigo 104 - O Grupo Gestor de transição será composto de, no mínimo, seis (6) mem-
bros, com mandato de um (6) meses renovável, até que se realizem as eleições para
os membros efetivos.

Artigo 105 - O Grupo Gestor de transição é composto de, no mínimo, os seguintes


cargos:
I. Diretoria Colegiada, três membros;
II. Conselho Fiscal; três titulares e três suplentes.

Artigo 106 - Compete ao Grupo Gestor de transição:


I. instrumentalizar a instituição;
II. efetuar lançamento oficial da entidade;
III. capitanear associados;
IV. elaborar o regulamento ou regimento interno;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 79


V. assumir os projetos e e Carteiras;
VI. estruturar o Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste Flumi-
nense;
VII. constituir o Comitê e Conselho, Técnico e ADM.

Artigo 107 - Os membros do Grupo Gestor de transição, após o prazo de quatro me-
ses da criação oficial da Comitê de Desenvolvimento Regional do Norte e Noroeste
Fluminense, devem realizar Assembléia de eleição conforme determinado no presente
Estatuto.

Artigo 108 - Os membros do Grupo Gestor de transição, poderão formar chapa para
reeleição aos cargos ocupados por eles.

Artigo 109 - O presente Estatuto entra em vigor a partir desta, devendo proceder ao
trâmite legal para registro e demais providencias cabíveis.

XXXXXXXX, de julho de 2010.

80 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


ANEXO II - MINUTA DE TERMO DE PARCERIA

TERMO DE PARCERIA

(Art. 9º da Lei nº 9.790, de 23.3.99, e Art. 8º do Decreto nº 3.100, de 30.6.99)

TERMO DE PARCERIA QUE ENTRE SI CELEBRAM A ________________________


UNIÃO/ESTADO/MUNICÍPIO), ATRAVÉS DO ______________ (ÓRGÃO/ENTIDADE
ESTATAL), E A __________________ (ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE
INTERESSE PÚBLICO).

A(O)______________ (UNIÃO/ESTADO/MUNICÍPIO), representada(o)


________________ pelo (ÓRGÃO/ENTIDADE ESTATAL), doravante de-
nominado PARCEIRO PÚBLICO, com sede à ________________
(endereço completo), neste ato representado por seu titular, _______________, (brasi-
leiro), (casado, solteiro ou viúvo), CPF nº____________ , residente e domiciliado na
___________________ (cidade/estado) e a _________________ (ORGANIZAÇÃO
DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO), doravante denominada OSCIP,
pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, CGC/CNPJ nº
_____________, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interes-
se Público, conforme consta do processo MJ nº _____ e do Despacho da Secretaria
Nacional de Justiça, de __ /__ /___, publicado no Diário Oficial da União de
___/___/___, neste ato representada na forma de seu Estatuto1 por
________________, (brasileiro), (casado, solteiro ou viúvo), CPF nº__________ resi-
dente e domiciliado na ____________ (cidade/estado) com fundamento no que dis-
põem a Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, e o Decreto nº 3.100, de 30 de junho de

1
Verificar se o Estatuto da Sociedade Civil de Interesse Público/OSCIP, exige ou não a assinatura de um
ou mais dirigentes.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 81


1999, resolvem firmar o presente TERMO DE PARCERIA, que será regido pelas cláu-
sulas e condições que seguem:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO


O presente TERMO DE PARCERIA tem por objeto ________________________
(descrição sucinta do objeto constante no Programa de Trabalho), que se realizará por
meio do estabelecimento de vínculo de cooperação entre as partes.
Subcláusula Única - O Programa de Trabalho poderá ser ajustado de comum acordo
entre as partes, por meio de:
a) registro por simples apostila, dispensando-se a celebração de Termo Aditivo, quan-
do se tratar de ajustes que não acarretem alteração dos valores definidos na Cláusula
Quarta; e
b) celebração de Termo Aditivo, quando se tratar de ajustes que impliquem alteração
dos valores definidos na Cláusula Quarta.

CLÁUSULA SEGUNDA - DO PROGRAMA DE TRABALHO, DAS METAS, DOS INDI-


CADORES DE DESEMPENHO E DA PREVISÃO DE RECEITAS E DESPESAS
O detalhamento dos objetivos, das metas, dos resultados a serem atingidos, do crono-
grama de execução, dos critérios de avaliação de desempenho, com os indicadores de
resultados, e a previsão de receitas e despesas, na forma do inciso IV do § 2º do art.
10 da Lei nº 9.790/99, constam do Programa de Trabalho proposto pela OSCIP e a-
provado pelo PARCEIRO PÚBLICO, sendo parte integrante deste TERMO DE PAR-
CERIA, independentemente de sua transcrição.

CLÁUSULA TERCEIRA - DAS RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES


São responsabilidades e obrigações, além dos outros compromissos assumidos neste
TERMO DE PARCERIA:
I - Da OSCIP
a - executar, conforme aprovado pelo PARCEIRO PÚBLICO, o Programa de Trabalho,
zelando pela boa qualidade das ações e serviços prestados e buscando alcançar efici-
ência, eficácia, efetividade e economicidade em suas atividades;
b - observar, no transcorrer da execução de suas atividades, as orientações emanadas
do PARCEIRO PÚBLICO, elaboradas com base no acompanhamento e supervisão;
c- responsabilizar-se, integralmente, pelos encargos de natureza trabalhista e previ-
denciária, referentes aos recursos humanos utilizados na execução do objeto deste
TERMO DE PARCERIA, decorrentes do ajuizamento de eventuais demandas judiciais,
bem como por todos os ônus tributários ou extraordinários que incidam sobre o pre-
sente instrumento, ressalvados aqueles de natureza compulsória, lançados automati-
camente pela rede bancária arrecadadora;
d - promover, até 28 de fevereiro de cada ano, a publicação integral na imprensa ofici-
al (União/Estado/Município) de extrato de relatório de execução física e financeira do
82 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
TERMO DE PARCERIA, de acordo com o modelo constante do Anexo II do Decreto
3.100, de 30 de junho de 1999;
e - publicar, no prazo máximo de trinta dias, contados da assinatura deste TERMO DE
PARCERIA, regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para pro-
mover a aquisição ou contratação de quaisquer bens, obras e serviços, observados os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da
eficiência2;
f - indicar pelo menos um responsável pela boa administração e aplicação dos recur-
sos recebidos, cujo nome constará do extrato deste TERMO DE PARCERIA a ser pu-
blicado pelo PARCEIRO PÚBLICO, conforme modelo apresentado no Anexo I do De-
creto 3.100, de 30 de junho de 1999; e
g - movimentar os recursos financeiros, objeto deste TERMO DE PARCERIA, em con-
ta bancária específica indicada pelo PARCEIRO PÚBLICO.

II - DO PARCEIRO PÚBLICO
a - acompanhar, supervisionar e fiscalizar a execução deste TERMO DE PARCERIA,
de acordo com o Programa de Trabalho aprovado;
b - indicar à OSCIP o banco em que será aberta conta bancária específica para movi-
mentação dos recursos financeiros necessários à execução deste TERMO DE PAR-
CERIA;
c - responsabilizar-se, integralmente, pelos encargos de natureza trabalhista e previ-
denciária, referentes aos recursos humanos utilizados na execução do objeto deste
TERMO DE PARCERIA, decorrentes do ajuizamento de eventuais demandas judiciais,
bem como por todos os ônus tributários ou extraordinários que incidam sobre o pre-
sente instrumento, ressalvados aqueles de natureza compulsória, lançados automati-
camente pela rede bancária arrecadadora;
d - publicar no Diário Oficial (União/Estado/Município) extrato deste TERMO DE PAR-
CERIA e de seus aditivos e apostilamentos, no prazo máximo de quinze dias após sua
assinatura, conforme modelo do Anexo I do Decreto nº 3.100, de 30 de junho de 1999;
e - criar Comissão de Avaliação para este TERMO DE PARCERIA, composta por dois
representantes do PARCEIRO PÚBLICO, um da OSCIP e um do Conselho de Política
Pública (quando houver o Conselho de Política Pública);
f - prestar o apoio necessário à OSCIP para que seja alcançado o objeto deste TER-
MO DE PARCERIA em toda sua extensão;
g - fornecer ao Conselho de Política Pública (quando houver) da área correspondente
à atividade ora fomentada, todos os elementos indispensáveis ao cumprimento de
suas obrigações em relação à este TERMO DE PARCERIA, nos termos do art. 17 do
Decreto nº 3.100, de 30 de junho de 1999.

CLÁUSULA QUARTA - DOS RECURSOS FINANCEIROS


Para o cumprimento das metas estabelecidas neste TERMO DE PARCERIA:

2
Ver Anexo 1 desta publicação.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 83


I - O PARCEIRO PÚBLICO estimou o valor global de R$ ( ____________ ), a ser re-
passado à OSCIP de acordo com o cronograma de desembolso abaixo.
Subcláusula Primeira - O PARCEIRO PÚBLICO, no processo de acompanhamento e
supervisão deste TERMO DE PARCERIA, poderá recomendar a alteração de valores,
que implicará a revisão das metas pactuadas, ou recomendar revisão das metas, o
que implicará a alteração do valor global pactuado, tendo como base o custo relativo,
desde que devidamente justificada e aceita pelos PARCEIROS, de comum acordo,
devendo, nestes casos, serem celebrados Termos Aditivos.
Subcláusula Segunda - Os recursos repassados pelo PARCEIRO PÚBLICO à OSCIP,
enquanto não utilizados, deverão sempre que possível ser aplicados no mercado fi-
nanceiro, devendo os resultados dessa aplicação serem revertidos exclusivamente à
execução do objeto deste TERMO DE PARCERIA.
Subcláusula Terceira - Havendo atrasos nos desembolsos previstos no cronograma
estabelecido no caput desta Cláusula, a OSCIP poderá realizar adiantamentos com
recursos próprios à conta bancária indicada pelo PARCEIRO PÚBLICO, tendo reco-
nhecidas as despesas efetivadas, desde que em montante igual ou inferior aos valores
ainda não desembolsados e estejam previstas no Programa de Trabalho.
Subcláusula Quarta - Na hipótese de formalização de Termo Aditivo, as despesas pre-
vistas e realizadas no período compreendido entre a data original de encerramento
deste TERMO DE PARCERIA e a formalização da nova data de início serão conside-
radas legítimas, desde que cobertas pelo respectivo empenho.
Subcláusula Quinta - As despesas ocorrerão à conta do orçamento vigente, -
________________ (identificar a classificação programática e econômica da despesa,
número e data da nota de empenho). As despesas relativas a exercícios futuros corre-
rão à conta dos respectivos orçamentos, devendo os créditos e empenhos serem indi-
cados por meio de:
a) registro por simples apostila, dispensando-se a celebração de Termo Aditivo, quan-
do se tratar apenas da indicação da dotação orçamentária para o novo exercício, man-
tida a programação anteriormente aprovada; e
b) celebração de Termo Aditivo, quando houver alteração dos valores globais definidos
no caput desta Cláusula.

CLÁUSULA QUINTA - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS


A OSCIP elaborará e apresentará ao PARCEIRO PÚBLICO prestação de contas do
adimplemento do seu objeto e de todos os recursos e bens de origem pública recebi-
dos mediante este TERMO DE PARCERIA, até sessenta dias após o término deste
(na hipótese do Termo de Parceria ser inferior ao ano fiscal) ou até 28 de fevereiro do
exercício subseqüente (na hipótese do Termo de Parceria ser maior que um ano fiscal)
e a qualquer tempo por solicitação do PARCEIRO PÚBLICO.
Subcláusula Primeira - A OSCIP deverá entregar ao PARCEIRO PÚBLICO a Presta-
ção de Contas instruída com os seguintes documentos:
I. relatório sobre a execução do objeto do TERMO DE PARCERIA, contendo
comparativo entre as metas propostas e os resultados alcançados;
II. demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execução do objeto,
oriundos dos recursos recebidos do PARCEIRO PÚBLICO, bem como, se for o
caso, demonstrativo de igual teor dos recursos originados da própria OSCIP e
84 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
referentes ao objeto deste TERMO DE PARCERIA, assinados pelo contabilista
e pelo responsável da OSCIP indicado na Cláusula Terceira;
III. extrato da execução física e financeira publicado na imprensa oficial (Uni-
ão/Estado/Município), de acordo com modelo constante do Anexo II do Decreto
3.100, de 30 de junho de 1999;
IV. parecer e relatório de auditoria independente sobre a aplicação dos recursos
objeto deste TERMO DE PARCERIA (apenas para os casos em que o montan-
te de recursos for maior ou igual a R$ 600.000,00 - seiscentos mil reais).
Subcláusula Segunda - Os originais dos documentos comprobatórios das receitas e
despesas constantes dos demonstrativos de que trata o inciso II da Subcláusula ante-
rior deverão ser arquivados na sede da OSCIP por, no mínimo, cinco anos, separan-
do-se os de origem pública daqueles da própria OSCIP.
Subcláusula Terceira - Os responsáveis pela fiscalização deste TERMO DE PARCE-
RIA, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização
dos recursos ou bens de origem pública pela OSCIP, darão imediata ciência ao Tribu-
nal de Contas respectivo e ao Ministério Público, sob pena de responsabilidade solidá-
ria, consoante o art. 12 da Lei 9.790, de 23 de março de 1999.

CLÁUSULA SEXTA - DA AVALIAÇÃO DE RESULTADOS


Os resultados atingidos com a execução do TERMO DE PARCERIA devem ser anali-
sados pela Comissão de Avaliação citada na Cláusula Terceira.
Subcláusula Única - A Comissão de Avaliação emitirá relatório conclusivo sobre os
resultados atingidos, de acordo com o Programa de Trabalho, com base nos indicado-
res de desempenho citados na Cláusula Segunda, e o encaminhará ao PARCEIRO
PÚBLICO, até dias após o término deste TERMO DE PARCERIA.

CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIA E DA PRORROGAÇÃO


O presente TERMO DE PARCERIA vigorará por _______/_______ (meses/anos) a
partir da data de sua assinatura.
Subcláusula Primeira - Findo o TERMO DE PARCERIA e havendo adimplemento do
objeto e excedentes financeiros disponíveis junto a OSCIP, o PARCEIRO PÚBLICO
poderá, com base na indicação da Comissão de Avaliação, citada na Cláusula Sexta,
e na apresentação de Programa de Trabalho suplementar, prorrogar este TERMO DE
PARCERIA, mediante registro por simples apostila ou requerer a devolução do saldo
financeiro disponível.
Subcláusula Segunda - Findo o TERMO DE PARCERIA e havendo inadimplemento do
objeto e restando desembolsos financeiros a serem repassados pelo PARCEIRO PÚ-
BLICO à OSCIP, este TERMO DE PARCERIA poderá ser prorrogado, mediante Ter-
mo Aditivo, por indicação da Comissão de Avaliação citada na cláusula Sexta, para
cumprimento das metas estabelecidas.
Subcláusula Terceira - Havendo inadimplemento do objeto com ou sem excedentes
financeiros junto à OSCIP, o PARCEIRO PÚBLICO poderá, desde que não haja alo-
cação de recursos públicos adicionais, prorrogar este TERMO DE PARCERIA, medi-
ante Termo Aditivo, por indicação da Comissão de Avaliação citada na cláusula Sexta,
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 85
ou requerer a devolução dos recursos transferidos e/ou outra medida que julgar cabí-
vel.
Subcláusula Quarta - Nas situações previstas nas Subcláusulas anteriores, a Comis-
são de Avaliação deverá se pronunciar até trinta dias após o término deste TERMO
DE PARCERIA, caso contrário, o PARCEIRO PÚBLICO deverá decidir sobre a sua
prorrogação ou não.

CLÁUSULA OITAVA - DA RESCISÃO


O presente TERMO DE PARCERIA poderá ser rescindido por acordo entre as partes
ou administrativamente, independente das demais medidas cabíveis, nas seguintes
situações:
I. se houver descumprimento, ainda que parcial, das Cláusulas deste TERMO DE
PARCERIA;
II. unilateralmente pelo PARCEIRO PÚBLICO se, durante a vigência deste TER-
MO DE PARCERIA, a OSCIP perder, por qualquer razão, a qualificação como
"Organização da Sociedade Civil de Interesse Público".

CLÁUSULA NONA - DA MODIFICAÇÃO


Este TERMO DE PARCERIA poderá ser modificado em qualquer de suas Cláusulas e
condições, exceto quanto ao seu objeto, mediante registro por simples apostila ou
Termo Aditivo, de comum acordo entre os PARCEIROS, desde que tal interesse seja
manifestado, previamente, por uma das partes, por escrito.

CLÁUSULA DÉCIMA - DO FORO


Fica eleito o foro da cidade de _______________ 3 para dirimir qualquer dúvida ou
solucionar questões que não possam ser resolvidas administrativamente, renunciando
as partes a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
E, por estarem assim, justas e acordadas, firmam as partes o presente TERMO DE
PARCERIA em 3 (três) vias de igual teor e forma e para os mesmos fins de direito, na
presença das testemunhas abaixo qualificadas.

(Cidade), (dia) de (mês) de (ano).

_______________________
Parceiro Público
_______________________
OSCIP

3
Recomenda-se definir o foro como sendo o da sede do Parceiro Público.

86 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


____________________ ________________________
Testemunhas: Testemunhas:
Nome: Nome:
Endereço: Endereço:
CPF nº CPF nº

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 87


ANEXO III - MINUTA DE LEI COMPLEMENTAR

LEI COMPLEMENTAR Nº

Reconhece e institui o Comitê de Desenvolvimen-


to das Regiões Norte e Noroeste do Estado do Ri-
do de Janeiro, declarando-o como OSCIP, e esta-
belece sua missão institucional, natureza jurídica,
objetivos, área de atuação, instrumentos de ação,
dentre outras providências.

O EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JA-


NEIRO: Faço saber que a Assembléia legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
CAPÍTULO I
DA MISSÃO INSTITUCIONAL
Art. 1o Fica instituído e reconhecido o Comitê, intitulado DESENVOLVER, para o de-
senvolvimento das Regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, tendo a
natureza de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, com autonomia
administrativa e financeira, com sede e foro em conformidade com os Estatutos subs-
critos por todos os Municipios interessados e representantes da sociedade civil destas
Regiões.

Parágrafo único. O Comitê manterá representantes regionais à medida que for exigido
pelo desenvolvimento de suas atividades, que serão executadas em articulação com o
governo estadual.

Art. 2o A área de atuação do Comitê abrange as regiões geográficas Norte e Noroeste


do Estado do Rio de Janeiro, assim listados:

§ 1º Região Norte - Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Concei-


ção de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São
João da Barra.

§ 2º Região Noroeste – Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara,


Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pá-
dua, São José de Ubá, Varre-Sai.

Art. 3o O Comitê tem por finalidade promover o desenvolvimento regional, de forma


includente e sustentável, e a integração competitiva da base produtiva regional na e-
conomia regional, nacional e internacional.

Art. 4o Compete ao Comitê, observadas ainda as suas competências instituídas no


respectivos Estatutos:
I. acompanhamento da condição das demandas e potenciais de sua população e
do sistema socio-econômico-ambiental e cultural de seu território;
88 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
II. defesa, conservação e recuperação do meio ambiente natural administrando a
promoção da sua sustentabilidade com ampla mobilização e participação da
população associada à implantação das ecovilas florestais;
III. promoção do desenvolvimento econômico e social (particularmente a inclusão
plena de todos os estratos de sua população), através da formação de cadeias
e arranjos produtivos ou outra configuração equivalente (pólos, vilas, clusters,
parques, etc.), plataformas de negócios, serviços, finanças, transações e logís-
tica, turismo, inseridas nos mercados globais, abrangendo todos os setores de
sua economia e particularmente envolvendo os grandes empreendimentos e as
cadeias típicas regionais;
IV. promoção e difusão da ciência e tecnologia, do empreendedorismo, da inova-
ção e criação, através das bases de conhecimento e desenvolvimento regio-
nais alinhadas com os sistemas produtivos e suas demandas atuais e futuras,
com a formação de pessoas para atendê-las, sempre na observância da pers-
pectiva de sustentabilidade, através da unidade regional de cultura, inovação e
conhecimento;
V. promoção e difusão da cultura do desenvolvimento sustentada pela cultura
regional, pela defesa e conservação do seu patrimônio histórico, cultural e ar-
tístico, operando em rede e associada à modalidades de turismo mais propí-
cias para a Região;
VI. promoção da política de trabalho e de acesso e qualificação profissional e em-
presarial dos Municipios e da Região Norte-Noroeste integradas, desenvolven-
do e incentivando programas educacionais que habilitem toda a população pa-
ra o exercício do trabalho, para o aprendizado contínuo, para a inclusão social
(erradicando a pobreza) e para o empreendedorismo;
VII. administração da integração e cooperação regional no que se refere à sua
cultura, economia, aos sistemas viários e logísticos, à infra-estrutura, de co-
municações, ambientais e outros de interesse comum, inter-cidades e às ativi-
dades de gerenciamento e viabilização crescente de fluxos e empreendimentos
de interesse comum, em co-operação e/ou compartilhado;
VIII. implantação e a gestão, com várias redes, das iniciativas de interesse comum
dos Municipios e das Regiões Norte e Noroeste intermediando os diálogos e
entendimentos na linguagem, que construam e operem o mercado comum re-
gional e propague, estrategicamente as oportunidades por todo o seu território;
IX. experimentação, não-lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de siste-
mas alternativos de produção, comércio, trabalho e crédito;
X. constituição de fundos regionais de desenvolvimento, cada um deles com uma
destinação e regulação próprias, possuindo associados Conselhos Regionais,
integrados por especialistas qualificados em cada um dos assuntos indicados
pelas Municipalidades e pelos demais atores sociais que dele participam, com
a função de avaliar e deliberar sobre os projetos de captação que pretendam
utilizar os recursos dos fundos, apreciar disposições normativas e regulamenta-
res, acompanhar e fiscalizar os projetos aprovados até a sua consecução final,
entre outras;
XI. gestão dos fundos regionais de desenvolvimento e da implementação da Car-
teira de Projetos principal e complementar e, em apoio à SEPLAG-RJ, do pro-
grama de Desenvolvimento do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Nor-
te-Noroeste Fluminense, zelando pela manutenção da atualidade de ambos os
instrumentos;
XII. preparação e encaminhamento de projetos e elaboração de novos institutos
legais e de atualizações e revisões dos existentes, no ambiente regional em
coordenação com Municipios e organismos estaduais, necessárias à promoção
do desenvolvimento regional integrado.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 89


XIII. prestação de serviços de consultoria e assessoria a empresas e Municipalida-
des, para a implantação de empresas, estudos setoriais e funcionais ou geren-
ciais, provisão de bases de dados, promoção e disseminação do conhecimento
técnico, científico, cultural, ambiental e gerencial, entre outros;
XIV. manutenção de um forum permanente de interlocução entre o setor público e
privado, que permita superar entraves ao desenvolvimento regional, bem como
de um espaço, sala ou similar, para atrair e receber empreendedores, e viabili-
zar cada vez mais, em menor tempo e com agregação de valor crescente, com
a parceria descentralizada dos agentes estaduais de desenvol-vimento, novos
investimentos;
XV. elaboração de e/ou participação em programas e projetos culturais, educacio-
nais, esportivos e de saúde;
XVI. desenvolvimento de atividades de treinamento, capacitação e atualização pro-
fissional;
XVII. desenvolvimento de atividades com as associações de classe para geração de
emprego e renda;
XVIII. organização de debates, seminários, congressos, feiras, exposições e eventos,
a fim de promover o desenvolvimento regional sustentável;
XIX. promoção de serviços voluntários;
XX. elaboração de projetos e atuação, junto aos órgãos financeiros para construção
de unidades habitacionais para população de baixa renda, nos Municipios da
região, em parceria com agentes financeiros e com o sistema associativo;
XXI. desenvolvimento de atividades de incubadoras de inovação em negócios e
empreendimentos;
XXII. assistência para a organização e implentação de unidades de compra associa-
tiva;
XXIII. desenvolvimento de estudos e projetos na área de saneamento básico e trata-
mento de esgoto e atuar junto aos órgãos competentes para a sua implemen-
tação;
XXIV. desenvolvimento, gerenciamento e incentivo aos projetos e programas de pro-
teção do sistema hídrico - águas superficiais e subterrâneas/aquíferos da Re-
gião;
XXV. proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre con-
corrência e ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico, natural e paisa-
gístico;
XXVI. formação da rede de alianças e parcerias do Norte-Noroeste Fluminense que
transforme esta Região em um nó em hipertexto da rede econômica global;
XXVII. operação da unidade de governança regional associada a um contrato de ges-
tão de resultados e indicadores de desempenho adrede fixados com a socie-
dade regional, mostrados regularmente em exposição pública.

Parágrafo único. As ações do Comitê serão pautadas pelas diretrizes e prioridades do


Plano Regional de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense.

Art. 5o São instrumentos de ação do Comitê:


I. o Plano Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste;
II. o Fundo Estadual de Financiamento do Norte e Noroeste;
III. o Fundo de Desenvolvimento e Recuperação dos Municipios das Regiões Nor-
te e Noroeste;
IV. os programas de incentivos e benefícios fiscais e financeiros, na forma da
Constituição Estadual, Federal e da legislação específica;
V. outros instrumentos definidos em lei.

90 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Parágrafo único. Os recursos destinados ao desenvolvimento regional de caráter
constitucional ou legal integrarão o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e
Noroeste e sua Carteira de Projetos prioritários, de forma compatibilizada com o Plano
Plurianual do Governo Estadual.

Art. 6o Constituem receitas do Comitê, além daquelas consignadas em seu Estatuto:


I. dotações orçamentárias consignadas no Orçamento do Estado do Rio de Ja-
neiro;
II. transferências do Fundo de Desenvolvimento e Recuperação dos Municipios
do Norte e Noroeste, equivalentes a 2% (dois por cento) do valor de cada libe-
ração de recursos, para aplicação conforme o disposto no § 7o do art. 13 desta
Lei;
III. capitalização dos royalties recebidos pelos municípios;
IV. outras receitas previstas em lei.

CAPÍTULO II
DO CONSELHO DELIBERATIVO

Art. 7o Integram o Conselho Deliberativo do Comitê de Desenvolvimento do Norte e


Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, além daqueles previstos no Estatuto de consti-
tuição do Comitê:
I. o governador do Estado do Rio de Janeiro;
II. o Secretario Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e
Serviços – SEDEIS – e o Secretario Estadual de Planejamento e Gestão– SE-
PLAG;
III. representantes de todos os Municipios to território Norte-Noroeste, escolhidos
e indicados na forma a ser definida em resolução do Conselho Deliberativo em
emenda ao Estatuto do Comitê;
IV. representantes da classe empresarial, da classe dos trabalhadores e de orga-
nizações não-governamentais, das universidades e unidades de pesquisa, de-
senvolvimento e inoivação, com atuação na Região Norte-Noroeste, indicados
na forma a ser definida em resolução do Conselho Deliberativo;
V. o Superintendente/Presidente do Comitê.

Art. 8o O Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Norte-Noroeste reunir-se-á


trimestralmente e terá suas atividades e iniciativas reguladas conforme regimento in-
terno a ser aprovado por seus membros.

Parágrafo único. O Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Norte-Noroeste


contará com uma Secretaria-Colegiada, que será dirigida pelo Superintendente/Presi-
dente do Comitê, e terá como atribuições o encaminhamento das questões submetidas
ao Colegiado e o acompanhamento de suas resoluções.

Art. 9. São atribuições do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Norte e No-


roeste Fluminense, além daqueles estabelecidos no Estatuto do Comitê, a aprovação
dos planos, diretrizes de ação e propostas de políticas públicas que priorizem as inicia-
tivas voltadas para a promoção dos setores relevantes da economia regional e o a-
companhamento dos seus trabalhos, diretamente ou mediante comitês temáticos, cuja
composição, competência e forma de operação constarão do regimento interno do
Conselho e do Comitê.

§ 1o Em relação ao Fundo de Desenvolvimento e Recuperação dos Municipios do


Norte e Noroeste, observadas as orientações gerais fixadas pela Secretaria Estadual

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 91


de Desenvolvimento econômico, Energia, Indústria e Serviços – SEDEIS, compete ao
Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Norte e Noroeste, e em conjunto com o
Comitê:
I. estabelecer, anualmente, as diretrizes, as prioridades e o programa de financi-
amento, em consonância com o Plano Regional de Desenvolvimento do Cen-
tro-Oeste;
II. avaliar, periodicamente, os resultados obtidos com base em relatórios elabora-
dos por sua Secretaria-Colegiada;
III. determinar as medidas de ajuste necessárias ao cumprimento das diretrizes
aprovadas.

§ 2o Para monitorar e acompanhar as diretrizes definidas no Plano de Desenvolvimen-


to Sustentável do Norte e Noroeste poderão ser constituídos comitês temáticos inte-
grados por:
I. representantes do Comitê, que os presidirão;
II. representantes de órgãos e entidades públicas e privadas com atuação rele-
vante para o desenvolvimento regional, tais como:
a) entidades representativas da classe empresarial e dos trabalhadores do Norte-
Noroeste, indicados na forma a ser definida em resolução do Conselho Deliberativo do
Comitê;

§ 3o Com o objetivo de promover a integração das ações de apoio financeiro aos pro-
jetos de infra-estrutura e de serviços públicos e aos empreendimentos produtivos de
grande relevância para a região, o Conselho Deliberativo estabelecerá as normas para
a criação, a organização e o funcionamento do Subcomitê Regional das Instituições
Financeiras Federais, que terá caráter consultivo, assim como de demais subcomitês,
obsevados os primados da conveniência e oportunidade.

§ 4o O Subcomitê Regional das Instituições Financeiras será presidido pelo Diretor


Geral do Comitê de Desenvolvimento/OSCIP e integrado por representantes da admi-
nistração superior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, do
Banco do Brasil S.A., da Caixa Econômica Federal e da instituição financeira federal
de natureza regional, com atuação efetiva nas Regiões Norte e Noroeste, além de
representaes de instituições bancárias privadas, bancos de investimento, corretoras,
seguradoras, ou seja toda a representação do sistema de “funding” regional..

CAPÍTULO III
DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Art. 10. O Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte-Noroeste consiste em ins-


trumento de redução das desigualdades regionais, incremento da competitividade da
economia regional, inclusão social e proteção ao meio ambiente.

§ 1o O Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste, com seus docu-


mentos associados, terá vigência de 25 (vinte e cinco) anos e deve ser revisto a cada
quinquênio ou sempre que ocorrer uma situação ou condição supraveniente que justi-
fique tal medida, observadas as mesmas regras aplicáveis ao Plano Plurianual, com-
preendendo:
I. os programas e os projetos prioritários em Carteira para atingir os objetivos e
as metas econômicas e sociais do Norte-Noroeste, com identificação das res-
pectivas fontes de financiamento;
II. as metas anuais e quadrienais para as políticas públicas estaduais relevantes
para o desenvolvimento do Norte-Noroeste.

92 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Art. 11. O Comitê acompanhará e analisará o desempenho do cumprimen-
to/implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável por meio de relatórios
anuais a serem submetidos ao Conselho Deliberativo, obedecido o mesmo prazo de
encaminhamento utilizado para o projeto de lei orçamentária do Estado.

§ 1o O Plano de Desenvolvimento Sustentável terá, entre outros, os seguintes objeti-


vos prioritários:
I. equanimidade e formação de equilíbrios no sistema socioeconômico, com sus-
tentabilidade;
II. diminuição das desigualdades espaciais e interpessoais de renda e acesso
social promovendo a inclusão plena de toda a população da Região Norte-
Noroeste;
III. melhoria da qualidade de vida para todos os estratos da população regional;
IV. geração de emprego e renda substituindo o assistencialismo até a sua elimina-
ção;
V. redução da taxa de analfabetismo (letramento e funcional), elevação da escola-
ridade média da população, educação com profissionalização para todos;
VI. universalização e melhoria das condições de habitação;
VII. universalização do saneamento ambiental;
VIII. universalização com qualidade crescente dos níveis de educação infantil e dos
ensinos fundamental e médio;
IX. fortalecimento do processo distributivo territorialmente, estrategicamente cons-
tituido em rede de complementaridades, da educação profissionalizante e su-
perior;
X. garantia de implantação de projetos para o desenvolvimento do conhecimento,
da tecnologia e da inovação;
XI. garantia da sustentabilidade ambiental assegurando a prática de uma econo-
mia ecológica;
XII. aplicação e supervisão rigorosa do zoneamento ecológico-econômico e social;
XIII. mobilidade e fluência regional para pessoas e bens entre municípios, empre-
endimentos com conexões para os meios externos .

§ 2o Para monitoramento e acompanhamento dos objetivos definidos no § 1o deste


artigo, serão utilizados os dados produzidos pelos institutos de estatística dos poderes
públicos estadual e municipais, além de relatórios produzidos por órgãos e entidades,
públicas e privadas, com atuação relevante para o desenvolvimento regional.

CAPÍTULO IV
DOS FUNDOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORTE E NOROESTE

Art. 12. Os fundos de desenvolvimento do Norte-Noroeste Fluminense, tem a finalida-


de de assegurar recursos para implementação dos processos de desenvolvimento por
meio da realixação de investimentos do interesse regional considerados prioritários no
Plano de Desenvolvimento Sustentavel do Norte-Noroeste e suas Carteiras de Proje-
tos principal e complementar.

§ 1o – O Fundo Regional de Desenvolvimento Econômico-Social Norte-Noroeste,


DESNOR, deve ser constituído na modalidade de um fundo de investimento, acumula-
tivo e rotativo, com a integralização de 40% (quarenta por cento) do montante recebido
a título de “royalties” e de CFEM pelos municípios das Regiões Norte e Noroeste, anu-
almente, durante os próximos 10 (dez) anos, de 35% (trinta e cinco por cento) nos 10
(dez) anos subseqüentes e de 30% (trinta por cento) nos 20 (vinte) anos seguintes,

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 93


renováveis, ao qual devem ser incorporadas 10% (dez por cento) dos montantes anu-
ais destinados a investimentos pelos municípios da Região, mais recebimentos, inclu-
sive de dotações orçamentárias de quaisquer procedências vinculadas ou não, ativos
imobiliários de terrenos e edificações destinados às atividades produtivas e comerci-
ais, as receitas provenientes das aplicações e pagamentos decorrentes das operações
deste fundo, as receitas recebidas como aluguéis e arrendamentos, os aportes de re-
cursos recebidos de outros fundos, resultados e operações financeiras de captação no
mercado, entre outras. Os valores da integralização municipais correspondem à sua
contribuição para a promoção de investimentos em desenvolvimento econômico sus-
tentável, devendo ser convertidos em quotas de propriedade das Municipalidades,
portanto, não caracterizando quaisquer ônus para os tesouros municipais. Os valores
das parcelas de recursos orçamentários aplicados no DESNOR serão considerados
como parte integrante dos montantes que devem ser investidos pelos municípios, o
que deve ser referendado por legislação municipal apropriada (caso típico dos planos
diretores de desenvolvimento municipais).

§ 2o – O Fundo Regional de Desenvolvimento da Cultura Norte-Noroeste, NORTCULT,


deve ser constituído na modalidade de um fundo de investimento, acumulativo e rotati-
vo, com a integralização de 10% (dez por cento) do montante recebido a título de “ro-
yalties” e CFEM pelos municípios das Regiões Norte e Noroeste, anualmente, durante
os próximos 10 (dez) anos, de 15% (quinze por cento) nos 10 (dez) anos subseqüen-
tes e de 10% (trinta por cento) nos 20 (vinte) anos seguintes, renováveis, ao qual de-
vem ser incorporadas 0,5 (cinco décimos por cento) das receitas anuais dos municí-
pios da Região, mais recebimentos, inclusive de dotações orçamentárias de quaisquer
procedências vinculadas ou não, ativos imobiliários de terrenos e edificações destina-
dos às atividades culturais, as receitas provenientes das aplicações financeiras e pa-
gamentos decorrentes das operações deste fundo, as receitas recebidas como taxa de
administração, termos de parceria, aluguéis e arrendamentos, os aportes de recursos
recebidos de outros fundos, 10% (dez por cento) da receita recebida do ICMS Cultural
pelos municípios da Região, resultados e operações financeiras de captação no mer-
cado, entre outras. Os valores da integralização municipais correspondem à sua con-
tribuição para a promoção de investimentos em desenvolvimento da cultura, devendo
ser convertidos em cotas de propriedade das Municipalidades, portanto, não caracteri-
zando quaisquer ônus para os tesouros municipais. Os valores das parcelas de recur-
sos orçamentários aplicados no NORTCULT serão também considerados como parte
integrante dos montantes que devem ser investidos pelos municípios, o que deve ser
referendado por legislação municipal específica.

§ 3o – O Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Norte-Noroeste, deve estabe-


lecer:
I. os critérios para a seleção de projetos de investimento, segundo a relevância
para o desenvolvimento sustentável regional e conforme o estabelecido no
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte-Noroeste;
II. as prioridades para a aplicação dos recursos do Fundo e os critérios para a
exigência de contrapartida dos Municipios no que se refere aos projetos de in-
vestimento apoiados.

Art. 13. É vedada a destinação de recursos do Fundo a iniciativas cuja repercussão se


restrinja ao contexto local, sem impacto na economia regional.

§ 1o Os projetos aprovados serão acompanhados e avaliados tecnicamente pelo Co-


mitê Gestor/OSCIP, conforme definido no regulamento.

94 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


§ 2o Os recursos do Fundo não poderão ser utilizados para despesas de manutenção
administrativa do Comitê ou de órgão ou entidade da administração pública de qual-
quer esfera de governo.

§ 3o Ao término de cada projeto, o Comitê efetuará uma avaliação final, de forma a


verificar a fiel aplicação dos recursos, observadas as normas e procedimentos a serem
definidos no regulamento desta Lei Complementar, bem como a legislação em vigor.

§ 4o A cada parcela de recursos liberados, serão destinados 2% (dois por cento) para
custeio de atividades em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia de interesse do de-
senvolvimento regional, na forma a ser definida pelo Conselho Deliberativo.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 14. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, de julho de 2010.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 95


ANEXO IV - MERCADO COMUM NORTE - NOROESTE DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO

1. INTRODUÇÃO
Os consórcios públicos surgem como uma forma de solução, de modo colegiado, um
novo arranjo institucional para a gestão municipal, como instrumentos de planejamento
regional para a solução de problemas comuns. Pode-se tomar como exemplo o fato de
muitas cidades, em especial as que abrigam sistemas hídricos muito irrigados e/ou as
de base agrícola, nem sempre terem recursos e áreas livres suficientes para a cons-
trução de um aterro sanitário, conforme determina a legislação vigente.
Uma das dificuldades para a formação do consórcio é a prática de uma ação coletiva e
não individualizada. O consórcio permite que os municípios somem esforços, ganhem
escalas econômicas, tanto na busca de soluções para problemas de interesse comum,
como para a obtenção dos recursos financeiros necessários ou viabilização de solu-
ções indicadas, além do aumento da capacitação ou qualificação técnica das solu-
ções.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, os municípios, na condição de
ente federativo, ficaram com muitas responsabilidades, que antes eram somente do
Estado e da União.
Após a Constituição de 1988, o processo de descentralização fiscal foi aprofundado,
contando também com a implementação do novo sistema tributário. Junto com a des-
centralização dos recursos fiscais, os municípios receberam mais incumbências, tais
como projetos de infra-estrutura, saúde, educação, segurança, proteção ambientais
além de estratégias locais de dinamização das atividades econômicas.
Ocorre que o acréscimo de atribuições e obrigações para os Municípios não foi acom-
panhado do aumento dos recursos financeiros, tornando-se necessário buscar novas
alternativas para cumprir de modo eficiente e eficaz as políticas e gestão públicas,
entre as quais figuram os consórcios. Assim, torna-se cada vez maior a disseminação
de consórcios públicos entre municípios, às vezes envolvendo também a União e o
Estado.

2. DOS MUNICÍPIOS
O Brasil é um país de grande dimensão continental, possui 5.560 municípios, dos
quais mais de 80% tem até 30 mil habitantes e são responsáveis por 27,9% da popu-
lação. A maioria dos municípios brasileiros é portanto, de pequeno ou mediano porte
em termos de sua população, o que exige que muitos dos seus problemas sejam re-
solvidos de forma articulada e integrada, diante dos grandes encargos que as suas
atividades exigem. Em especial os de pequeno porte, não possuem e não tem como
possuir, definitivamente, quaisquer recursos para a implantação de serviços de media-
na complexidade.

3. CONSÓRCIOS PÚBLICOS
A lei que regulamenta os consórcios públicos é a Lei 11.107, de abril de 2005.
Os consórcios são entidades que reúnem diversos municípios para a realização de
ações conjuntas que se fossem produzidas individualmente, não atingiriam os mesmos

96 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


resultados ou utilizariam um volume maior de recursos, além de demandar mais tem-
po.
Os consórcios podem e devem possuir personalidade jurídica na modalidade de asso-
ciação pública ou pessoa jurídica de direito privado, estrutura de gestão autônoma e
orçamento próprio. Também podem dispor de patrimônio próprio para a realização de
suas atividades, o que implica no gerenciamento conjunto pelos consorciados e a o-
brigação de capitalizar inicialmente as entidades.
Os recursos podem advir de receitas próprias que sejam obtidas com suas atividades
ou oriundas das contribuições dos municípios integrantes, ou mesmo por paga em
prestação de serviços a terceiros; a contribuição financeira dos municípios poderá va-
riar em função da receita municipal, da população, do uso dos serviços e bens do con-
sórcio ou por outro critério julgado conveniente, sempre a partir da discussão entre os
entes consorciados, principalmente quando da constituição da entidade.
Os consórcios tem sido apontados como um instrumento que permite ganhos de esca-
la e escopo, além de ser modelo para viabilizar a gestão microrregional em diversos
assuntos: a sua implantação tem ampliado a oferta de serviços por parte dos municí-
pios; a racionalização de equipamentos e mobiliários; a cooperação regional, a flexibi-
lização dos mecanismos de aquisição de equipamentos e de contratação de pessoal,
entre outros benefícios.
Os consórcios podem ser firmados entre todas as esferas de governo, tanto municí-
pios com municípios, municípios com estados, estados com a União, ou municípios
com o estado e com a União. De acordo com a legislação em vigência, a União so-
mente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os esta-
dos em cujos territórios estejam situadas as unidades consorciadas.
Outrossim, a base do consórcio deve ser a relação de igualdade entre os municípios,
resguardando a decisão e a autonomia dos governos locais, não admitindo subordina-
ção hierárquica a um dos parceiros ou à entidade administradora.
O consórcio está estreitamente relacionado a cada um dos sistemas municipais, na
medida em que desenvolve ações destinadas a atender às necessidades das popula-
ções destes sistemas. Não pode, portanto, configurar uma nova instância no âmbito do
Estado, intermediária ao município. A estrutura de um consórcio deve ser ágil, simplifi-
cada, leve e desburocratizada, e a administração do processo deve observar a condi-
ção de igualdade entre os parceiros.
Por fim, cabe registrar que para viabilizar uma constituição como esta é importante
que os problemas dos municípios consortes, reivindicações e aspirações sejam seme-
lhantes, sendo possível ainda fazer alianças em regiões de interesse comum, como
bacias hidrográficas ou pólos regionais de desenvolvimento.

4. MINUTA DE ESTATUTO

ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO MERCADO COMUM NORTE E NOROESTE


DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

TÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, CONSTITUIÇÃO, SEDE E OBJETIVOS

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 97


CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO
Art. 1º A Associação dos Municípios do Mercado Comum Norte e Noroeste do Estado
do Rio de Janeiro é pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de natureza
civil, com prazo de duração indeterminada, localizada xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxx, regendo-se pelo presente Estatuto Social.

CAPÍTULO II
DA CONSTITUIÇÃO E SEDE

Art. 2º A Associação é formada pelos Municípios que possuam leis municipais de filia-
ção, e a sua efetivação se dará após aprovação em Assembléia Geral da entidade.
Art. 3º A sede e foro da Associação é a cidade de XXXX, Estado do Rio de Janeiro.
Art. 4º A Associação dos Municípios do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
manterá estreita cooperação com entidades congêneres e afins, bem como com ór-
gãos e instituições estaduais e federais.

CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS

Art. 5º Com fundamento no art. 76, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, res-
peitada a autonomia dos municípios, a Associação tem os seguintes objetivos e finali-
dades:
I. constituir o mercado econômico comum regional, Norte e Noroeste integrado,
sustentável, promovendo o desenvolvimento socioeconômico na sua área geo-
gráfica, mediante geração, atração e consolidação de investimentos, apoiado em
capacitação tecnológica, visando a inserção internacional competitiva, a partir
das seguintes ações:
a. implantar um sistema unificado tributário e fiscal regulado regionalmente, sem bar-
reiras intermunicipais, conferindo vantagem competitiva aos setores produtivos regio-
nais;
b. identificar oportunidades com vistas a atração de empreendimentos para a região;
c. identificar e estimular investimentos públicos e privados em infra-estrutura;
d. estimular e fortalecer os investimentos na formação de capital intelectual e em ciên-
cia, tecnologia e inovação pelos setores público e privado;
e. intensificar o processo de articulação e de parceria com órgãos e entidades públicas
e privadas;
f. estimular ações de comércio exterior – importação e exportação; e
g. administrar a igualitária concessão de incentivos regionais.
II. ampliar e fortalecer a capacidade administrativa, econômica e social dos Municí-
pios visando:
98 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
a. fomentar, promover e proporcionar meios que viabilizem a modernização das
administrações públicas locais, com a capacitação dos servidores públicos municipais,
a eficiência do controle interno, a organização dos serviços e ações junto à
comunidade local e regional;
b. atuar conjuntamente com a entidade representativa dos legisladores municipais, na
adoção de medidas que concorram para a melhoria das administrações municipais;
c. reivindicar, apoiar e defender os interesses das administrações municipais, que
correspondam com a atuação dos Poderes Executivo e Legislativo, e que importem
em melhorar a imagem e a representação política dos agentes públicos locais;
d. propor, coordenar e executar medidas que correspondam com a efetiva
concretização do desenvolvimento Integrado e sustentável com vistas a inserção do
Município no processo;
e. realizar convênios, acordos, contratos e parcerias de interesse da entidade e dos
Municípios associados;
f. promover iniciativas para elevar as condições de bem-estar econômico e social da
população nos Municípios associados;
g. reivindicar, assessorar, elaborar e executar planos, programas, projetos, serviços e
ações das administrações públicas, visando o desenvolvimento das comunidades
locais;
h. disponibilizar os meios necessários à realização de eventos, tais como seminários e
congressos técnicos, cursos e treinamentos aos funcionários e servidores da
Associação e dos Municípios associados.
III. Promover a cooperação intermunicipal e intergovernamental visando:
a. localizar, divulgar e instruir às administrações municipais, sobre as normas,
procedimentos e exigências dos órgãos públicos das demais esferas de governo e das
instituições de assistência técnica e financeira, em todos os assuntos de interesse dos
Municípios associados;
b. conhecer, divulgar e disponibilizar a estrutura técnica da entidade para viabilizar a
obtenção de recursos financeiros aos Municípios, mediante a formalização de acordos,
convênios ou contratos, com o Estado e a União;
c. reivindicar, fomentar e tornar possíveis a descentralização dos serviços públicos
estaduais e federais, de interesse dos Municípios associados;
d. estimular e promover o intercâmbio técnico-administrativo com órgãos e entidades
públicas e privadas das demais esferas de governo e o consórcio entre os Municípios
associados, para a realização de ações, iniciativas e serviços de interesse das
comunidades da microrregião;
e. contribuir e disponibilizar recursos técnicos e operacionais visando o fomento, a
realização e o desenvolvimento de campanhas promocionais, congressos e
seminários técnicos, feiras e exposições, missões e eventos locais e regionais, em
parceria com outras instituições públicas e privadas.

CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS E DEVERES DO SÓCIOS

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 99


Art 6º Constituem direitos sociais:
I. participar das Assembléias Gerais e discutir assuntos submetidos à apreciação
dos associados;
II. votar e ser votado;
III. propor medidas que visem atender aos objetivos e interesses dos municípios e
ao aprimoramento da Associação;

Art. 7º Constituem deveres sociais:


I. cumprir e fazer cumprir o Estatuto;
II. acatar as determinações dos órgãos da Associação;
III. cumprir as obrigações e compromissos contraídos com a Associação;
IV. cooperar para a ordem, prestígio e desenvolvimento da Associação, municípios
associados e com a região;
V. comparecer às reuniões e Assembléias Gerais.

TÍTULO II
DA ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES

CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA

Art. 8º A Associação tem a seguinte estrutura organizacional:


I. Assembléia Geral;
II. Conselho Fiscal;
III. Diretoria Executiva;
IV. Administração

CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES

SEÇÃO I
DA ASSEMBLÉIA GERAL

Art. 9º A Assembléia Geral da Associação dos Municípios do Norte e Noroeste do Es-


tado do Rio de Janeiro é composta pelos Prefeitos ou Vice-Prefeitos municipais, como
membros titulares e suplentes da Assembléia, representando cada um dos Municípios
associados.

100 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Art. 10. A Assembléia Geral é o órgão soberano da Associação dos Municípios do
Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, em suas decisões, proposições e deli-
berações.
Art. 11. As reuniões da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária serão realizadas
na sede da entidade, em qualquer Município integrante da mesma ou em outros locais
conforme for deliberado pelos seus membros.
§ 1º A Assembléia Geral Ordinária deverá ser realizada a cada bimestre e sua convo-
cação se dará na forma de Edital de Convocação com antecedência, mínima de, 15
(quinze) dias.
§ 2º A Assembléia Geral Extraordinária será convocada pelo Presidente da Associa-
ção ou por iniciativa de no mínimo 1/5 (um quinto) dos Municípios filiados e em dia
com suas obrigações estatutárias, por motivos fundamentados e escritos, segundo a
forma de convocação do parágrafo anterior, quando de matérias de interesse e impor-
tância para os Municípios associados.
§ 3º A Assembléia Geral acontecerá com qualquer número de membros presentes,
nos termos do art. 9º deste Estatuto, vedada a representação extra municipal.
§ 4º Poderão participar da Assembléia Geral, Vereadores, servidores municipais, con-
vidados e quem de interesse dos associados.
Art. 12. A Assembléia Geral será aberta pelo Prefeito anfitrião, salvo se realizado na
sede da entidade ou outro local, e dirigidas pelo Presidente da Associação ou por
quem por ele delegado.
Art. 13. Terão direito a voto, o Prefeito ou Vice-Prefeito, na forma do artigo 9º, cujo
Município esteja quites com as contribuições mensais à Associação e com as demais
obrigações estatutárias.
Art. 14. As deliberações da Assembléia Geral, com exceção aos casos previstos no
Art. 15, §2º, e Art. 34, serão tomadas por maioria simples dos Municípios associados.
Art. 15. A Assembléia Geral, para cumprir com suas funções deliberativas, terá as se-
guintes atribuições:
I. Deliberar sobre assuntos relacionados com os objetivos e finalidades da Associ-
ação;
II. Estabelecer as diretrizes básicas que envolvam o estudo de políticas soluciona-
doras dos problemas técnico-administrativos, econômico-financeiros e sociais da
microrregião;
III. Eleger, por votação secreta ou por aclamação, no caso de chapa única, os
membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal da Associação, pelo perío-
do de um ano, observando o seguinte:
a. A eleição dos membros da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal será realizada
entre a segunda quinzena de dezembro de cada ano e a primeira quinzena de janeiro
do ano seguinte, observando obrigatoriamente, o sistema de revezamento durante a
gestão para o cargo de Presidente e demais membros da Diretoria Executiva e
Conselho Fiscal, iniciando-se no primeiro ano da nova gestão, pelo partido com maior
número de Prefeitos empossados;
b. Os membros da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal não poderão ser reeleitos
durante a mesma gestão para os mesmos cargos;
c. As chapas deverão ser apresentadas até o final do expediente do dia útil anterior ao
da eleição;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 101


d. O escrutínio dos votos, no caso de votação secreta, será logo após a votação, na
presença dos participantes da reunião, e a posse dos eleitos, em ambos os casos,
dar-se-á após a apuração dos resultados;
e. Os membros da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal não serão remunerados pelo
exercício das funções em seus respectivos cargos;
I. Destituição dos membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal
II. Homologar o Regimento Interno, compreendendo a estrutura organizacional e as
atribuições dos funcionários do quadro da Associação;
III. Fixar a contribuição financeira dos Municípios a Associação dos Municípios do
Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, para atender as despesas de cus-
teio e pessoal e a formação do patrimônio da entidade;
IV. Homologar a resolução emitida pelo Conselho Fiscal sobre o Relatório Financei-
ro Trimestral e aplicação de recursos da entidade;
V. Homologar o relatório de Execução Físico-Financeira Anual, o Balanço, o Orça-
mento e o Plano de Diretrizes e Metas da Associação;
VI. Alterar o Estatuto Social de acordo com o disposto no § 2º deste artigo;
VII. Apreciar e aprovar, no início de cada Assembléia Geral, a ata da reunião anteri-
or;
VIII. Deliberar sobre outros assuntos de interesse dos Municípios, da entidade ou da
comunidade microrregional;
IX. Apreciar e aprovar a alienação dos bens imóveis da Associação;
X. Aprovar a exoneração e a contratação do Secretário Executivo.
§ 1º Havendo mais de um partido político com o mesmo número de Prefeitos eleitos,
de que trata o inciso III, alínea "a", deste artigo, terá preferência na escolha do cargo o
partido do Prefeito mais idoso.
§ 2º Para as deliberações a que se referem os incisos IV e IX é exigido o voto concor-
de de dois terços dos presentes à assembléia extraordinária, especialmente convoca-
da para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria
absoluta dos associados, ou com menos de um terço nas convocações seguintes.
Art. 16. As deliberações da Assembléia Geral Ordinária ou Extraordinária, serão exe-
cutadas pela Diretoria Executiva ou por determinação desta, pela Secretaria Executi-
va.
Art. 17. A Assembléia Geral poderá constituir comissões técnicas, para estudar, apre-
ciar e fazer proposições sobre planos, programas, serviços, ações e projetos de inte-
resse dos Municípios, da entidade e da comunidade microrregional.
Parágrafo Único. A Assembléia Geral poderá sugerir, emendar e dar parecer às pro-
posições, projetos, planos, programas e estudos apresentados pelas comissões técni-
cas.

SEÇÃO II
DO CONSELHO FISCAL

102 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Art. 18. O Conselho Fiscal é composto de cinco membros efetivos e cinco membros
suplentes, eleitos de acordo com o estabelecido no art.15, do presente Estatuto Social.
Art. 19. São atribuições do Conselho Fiscal:
I. Eleger o Presidente entre seus membros;
II. Reunir-se ao final de cada trimestre, para analisar e emitir parecer, sobre os Re-
latórios Financeiros e aplicações dos recursos, em forma de resolução, subme-
tendo-os a homologação da Assembléia Geral.
III. Analisar as contas anuais, emitindo parecer em forma de resolução, submeten-
do-as à homologação da Assembléia Geral.

SEÇÃO III
DA DIRETORIA EXECUTIVA

Art. 20. A Associação dos Municípios do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janei-
ro é dirigida por uma Diretoria Executiva, cujas atribuições integram o presente Estatu-
to Social.
Art. 21. A Diretoria Executiva é composta pelos seguintes membros:
I. Um Presidente;
II. Um 1º Vice-Presidente;
III. Um 2º Vice-Presidente;
IV. Um 3º Vice-Presidente;
V. Um 1º Secretário;
VI. Um 2º Secretário.
§ 1º O Presidente será substituído em caso de vaga, falta ou impedimento, pelo 1º
Vice-Presidente e assim sucessivamente.
§ 2º Em caso de renúncia da Diretoria Executiva ou impedimento legal, será realizada
nova eleição, no período de 15 (quinze) dias, na forma do art. 15, do presente Estatuto
Social.
§ 3º Durante o eventual período em que os cargos da Diretoria Executiva estiverem
vagos, a Presidência será exercida pelo Prefeito mais idoso.
Art. 22. O Presidente da Associação dos Municípios do Norte e Noroeste do Estado do
Rio de Janeiro é o representante da entidade junto aos Conselhos Estadual e Federal
dos Municípios, podendo delegar atribuições aos demais membros da diretoria.
Art. 23. O Presidente da Associação é o seu representante legal, ficando autorizado a
constituir procuradores ou representantes com o fim específico de defesa dos interes-
ses dos Municípios associados e da Associação.
Art. 24. Somente poderão ser membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal,
Prefeitos de Municípios em dia com as obrigações estatutárias.
Art. 25. A Diretoria Executiva exercerá suas funções com o apoio da Secretaria Exe-
cutiva, podendo reunir-se sempre que convocada, para discutir, avaliar, propor e ho-
mologar as decisões e ações do Presidente da entidade, inclusive sobre a venda de
bens móveis e outras deliberações.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 103


Art. 26. Ao Presidente da Associação, entre outras atribuições, compete:
I. Representar legal e administrativamente a Associação;
II. Administrar e zelar pelo cumprimento das normas do presente Estatuto Social;
III. Encaminhar aos órgãos competentes as reivindicações, estudos, projetos e pro-
posições da Associação e dos Municípios associados;
IV. Firmar convênios, acordos ou contratos com entidades públicas ou privadas,
inclusive com Municípios associados;
V. Contratar, demitir, transferir e remunerar os funcionários da Associação;
VI. Solicitar aos Municípios ou outros órgãos, para que estes coloquem a disposição
da Associação, servidores e técnicos, para executar projetos, programas e ações
de interesse microrregional;
VII. Contratar consultorias e empresas de prestação de serviços;
VIII. Estabelecer normas internas através de resoluções, sobre atribuições funcionais,
remuneração, vantagens adicionais de salário e outras voltadas ao funcionamen-
to da Associação;
IX. Movimentar os recursos financeiros e autorizar pagamentos, com a participação
conjunta da Secretaria Executiva;
X. Administrar o patrimônio da Associação, visando a sua formação e manutenção;
XI. Convocar a Assembléia Geral, segundo o estabelecido no artigo 11, §§ 1º e 2º,
do presente Estatuto Social;
XII. Receber às proposições dos Municípios associados, encaminhando-as à As-
sembléia Geral ou aos órgãos competentes, quando julgadas de interesse dos
Municípios, da Associação ou da comunidade microrregional;
XIII. Executar e divulgar as deliberações da Assembléia Geral;
XIV. Submeter à apreciação da Assembléia Geral, o Regimento Interno que estabele-
ce normas de funcionamento operacional da entidade;
XV. Submeter à Assembléia Geral de eleição da nova Diretoria, o Orçamento Anual e
o Plano de Diretrizes e Metas da Associação;
XVI. Submeter para apreciação, na primeira Assembléia Geral do ano, o Relatório de
Execução Físico-Financeira Anual da Associação, referente ao exercício anterior,
acompanhado do parecer prévio do Conselho Fiscal;
XVII. Colocar a disposição do Conselho Fiscal, da Diretoria Executiva e da Assembléia
Geral, quando solicitado, toda a documentação físico-financeira, projetos, pro-
gramas e relatórios da Associação;
XVIII.Encaminhar o Balancete Financeiro mensal aos Municípios associados, servindo
os mesmos de Prestação de Contas das contribuições financeiras à entidade.

SEÇÃO IV
DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 27 A Administração da Associação dos Municípios do Mercado Comum Norte e


Noroeste do Estado do Rio de Janeiro é constituída por:

104 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


I. Secretaria Executiva
a. Setor de Serviços Gerais;
b. Setor de Compras e Licitações
c. Sala do Investidor/Empreendedor;
II. Conselhos Técnicos de Assessoria: participação espontânea, constituídos em
caráter permanente ou temporário para desenvolver trabalhos técnicos para su-
portar as decisões da Associação;
III. Grupo Gestor do Mercado Comum Norte Noroeste (composto por especialistas
ou suporte especializado externo contratado nas áreas de plataformas de comer-
cialização e bolsas de mercadorias, de operações de mercado, finanças e negó-
cios ou relações com o mercado financeiro, gestão tributária e fiscal de merca-
dos, logística, regulação e regulamentação institucional-legal, sistema de infor-
mação e rede, comunicação e mídia, entre outros);
IV. Projetos Regionais
a. Comitê de Desenvolvimento Integrado Norte e Noroeste Fluminense;
b. Instituto da Cultura de Desenvolvimento Norte e Noroeste Fluminense;
c. Consórcios Intermunicipais de Saúde do Norte e Noroeste Fluminense;
d. Consórcios Intermunicipais de Desenvolvimento dos Meios
Ambientes Natural e Modificado do Norte e Noroeste ;
e. Consórcio Intermunicipal de Turismo Norte-Noroeste Fluminense;
f. Outros Consórcios
g. Comitês de Bacia
V. Conselho de Regional de Ética;
VI. Câmara de Arbitragem.
§ 1º - O cargo de Secretário Executivo é de confiança da Diretoria Executiva, observa-
do o disposto no inciso XIII do art. 15, cujos requisitos indispensáveis para o preen-
chimento de tão relevante função, encontram-se entre os de elevada capacidade téc-
nica, idoneidade e responsabilidade, não podendo recair em pessoas com vínculo polí-
tico-partidário.
§ 2º - As atribuições da Administração constam do Regimento Interno.

TITULO III
DO PESSOAL, DAS RECEITAS, DO PATRIMÔNIO E DA
DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO

CAPÍTULO I
DO PESSOAL

Art. 28. Os funcionários serão contratados pelo regime celetista, inclusive os ocupan-
tes do cargo de Secretário Executivo e Diretores de Grupos.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 105


Art. 29. Para a contratação de funcionários levar-se-á em consideração a qualificação
técnica, a escolaridade e o número de vagas previstos no quadro da entidade.
Art. 30. Os funcionários serão ressarcidos pelas despesas de viagens realizadas a
serviço da entidade e dos Municípios associados.

CAPÍTULO II
DAS RECEITAS

Art. 31. Constituem receitas da Associação:


I. Receita de contribuições dos Municípios associados;
II. Receita de alienação de bens;
III. Receita de aplicações financeiras e operações de crédito;
IV. Receitas de prestação de serviços pela entidade e outras receitas eventuais;
V. Receitas especiais e suplementares dos Municípios;
VI. Receitas de convênios com Municípios, Estado e União;
VII. Receitas para manutenção de serviços de Informática.
Parágrafo único. A contribuição individual dos Municípios para a entidade prevista no
inciso I, deste artigo, não poderá ser inferior a 0,3% (zero vírgula três por cento) e nem
superior a 2,5% (dois vírgula cinco por cento) do montante da Receita Total Arrecada-
da mensalmente pelos Municípios associados.

CAPÍTULO III
DO PATRIMÔNIO

Art. 32. O patrimônio da Associação é composto de bens móveis, imóveis e direitos,


títulos e valores de crédito, recursos financeiros disponíveis em caixa ou em conta de
bancos.
Art. 33. Os bens móveis da Associação, para serem alienados, dependem da aprova-
ção da Diretoria Executiva e os imóveis, dependem a aprovação em Assembléia Ge-
ral.
Parágrafo Único. Para ambos os casos, é exigida a emissão de Resolução, publicada
no mural da entidade, com cópia endereçada aos Municípios associados.

CAPÍTULO IV
DA DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO

Art. 34. A dissolução da Associação dos Municípios do Norte e Noroeste do Estado do


Rio de Janeiro somente poderá ser efetivada em Assembléia Geral Extraordinária,

106 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


especial-mente convocada para esse fim, por decisão de dois terços (2/3) dos Municí-
pios associados.
Art. 35. Em caso de dissolução da Associação, e somente neste, o seu patrimônio
reverter-se-á em benefício dos Municípios associados, sendo rateados proporcional-
mente ao montante dos recursos entregues pelos mesmos à entidade, atendendo-se
previamente as indenizações, liquidações dos passivos existentes e outras exigências
legais, trabalhistas e tributárias.
Art. 36. Qualquer Município associado poderá retirar-se da Associação mediante a
decisão do Chefe do Executivo Municipal, referendada pela respectiva Câmara Muni-
cipal de Vereadores.
Parágrafo único. A decisão de afastar-se, no entanto, não exime o Município de reco-
lher a Associação dos Municípios do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro a
importância devida até a data do ato legislativo que autorizou a respectiva retirada,
constituindo-se a mesma, em título executivo extrajudicial.

TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. Os Municípios associados serão considerados ativos quando cumprirem pon-
tualmente com as contribuições financeiras e obrigações estatutárias, e inativos,
quando em débito de uma contribuição mensal ou com os demais deveres de associa-
dos.
Art. 38. O Município que não cumprir com as obrigações estabelecidas no presente
Estatuto Social, será levado à apreciação da Assembléia Geral, para que esta o decla-
re como membro inativo.
§ 1º Os Municípios considerados inativos, ficarão suspensos do uso dos direitos que o
presente Estatuto Social lhes confere.
§ 2º Os representantes de Municípios que forem declarados inativos e que ocupam
cargos na Diretoria Executiva ou no Conselho Fiscal, ficam afastados automaticamen-
te até o levantamento da suspensão.
Art. 39. O exercício financeiro da Associação coincidirá com o ano civil.
Art. 40. No período compreendido entre o término do mandato da Diretoria Executiva e
do Conselho Fiscal, coincidente com o término do mandato dos Prefeitos Municipais e
a eleição e posse da nova Diretoria, a entidade será administrada pela Diretoria Provi-
sória, composta pelos Prefeitos sucessores dos Municípios que exerciam os cargos
diretivos, ficando automaticamente empossados.
Art. 41. Serão mantidas as Leis especiais dos Municípios que reconhecem sua condi-
ção de membros da Associação, às quais fixam os valores das contribuições repassa-
das a entidade, de acordo com as deliberações em Assembléia Geral, sujeitando-se
aos demais deveres impostos pelo presente Estatuto Social.
Art. 42. É vedado à Associação envolver-se em assuntos diversos de seus objetivos e
finalidade, especialmente os de natureza político-partidária, prestar serviços técnicos,
que não sejam de interesse dos Municípios associados ou incompatíveis com as fina-
lidades públicas, dentro das suas áreas de atuação.
Art. 43. A Associação manterá estreita colaboração com as entidades municipalistas
nacionais e estaduais.
Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 107
Art. 44. Os casos omissos no presente Estatuto Social serão decididos pelo Presidente
da Associação, "ad referendum" de Assembléia Geral.
Art. 45. O presente Estatuto Social entrará em vigor a partir da aprovação em Assem-
bléia Geral, especialmente convocada para este fim.

xxxxxxx, Rio de Janeiro , xxxxxxxx

Presidente

Secretário Executivo

108 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


miolos 5_Layout 1 30/08/10 22:22 Page 3

Modelo de Governança e Gestão,


"FUNDING", Metodologia de
Acompanhamento e Desempenho
“ ... no entanto, a experiência tem mostrado amplamente que o verdadeiro desenvol-
vimento é principalmente um processo de ativação e mobilização das forças sociais,
de avanço na capacidade associativa, do exercício da iniciativa e da inventiva. Portan-
to, trata-se de um processo social e cultural e somente, secundariamente, econômico.
O desenvolvimento é produzido quando na sociedade se manifesta uma energia capaz
de canalizar, de forma convergente, forças que estavam latentes ou dispersas.”
Furtado, Celso. A Nova Dependência. Paz e Terra, São Paulo, 1982.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


SUMÁRIO

1. Modelo de Governança e Gestão .................................................................. 117

2. Modelo de “Funding” ..................................................................................... 133

3. Metodologia de Acompanhamento e Desempenho ...................................... 149

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


“À governança regional cabe encorajar os diferentes níveis da inovação tecnológica e
da criação, efetivas em uma perspectiva de longo termo, sejam elas incrementais –
e.g. melhoria do design ou eficiência, sejam elas de ruptura – novos produtos ou gera-
ções tecnológicas ou manifestações culturais e artísticas, priorizando aquelas que
promovam transformações nos campos da vida social e econômica da
Região Norte-Noroeste.

Neste particular, a população consumidora deve se tornar, desde agora, parceira ativa
nas cadeias de aplicação, que assumem característica cada vez mais distribuída e
inteligente, exigindo a intervenção da regulação. Além desse transbordamento da re-
gulação, a inserção da tecnologia, no processo sustentável de desenvolvimento regio-
nal, pressupõe a compreensão e o pensamento integral, permeando a sociedade nos
mesmos moldes como ocorreu com a Internet. Para que isto ocorra, a proporção de
trabalhadores envolvidos com as novas tecnologias deve crescer de modo substanti-
vo, como uma ação intencional, planejada do Governo e da sociedade, para produzir
a inserção induzida e acelerada de população economicamente ativa.”

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


miolo - saida jul_Layout 1 06/10/10 21:31 Page 1

Modelo de Governança
e Gestão
Autor:

Eduardo Nery

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


SUMÁRIO

1. DIGRESSÃO CONCEITUAL ...................................................................... 117


2. QUALIFICAÇÃO DA GOVERNANÇA REGIONAL ..................................... 118
3. MODELO DE GOVERNANÇA E GESTÃO ................................................ 120
4. REFERÊNCIAS.......................................................................................... 128

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


LISTA

FIGURA

Figura 1 – Representação das Curvas de Evolução de Negócios Multissigma ........ 117

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


1. DIGRESSÃO CONCEITUAL
As informações que norteiam o processo de planejamento das Regiões Norte e Noro-
este do Estado do Rio de Janeiro indicam, nas próximas décadas, a propensão ao
crescimento da economia regional, em função de grandes empreendimentos em ex-
pansão, em implantação, programados para serem implementados, em fase de estru-
turação, etc., ou seja, em vários estágios que resultarão, de maneira inequívoca, neste
crescimento muito expressivo.
Desde os primórdios da emergência industrial, há um tempo não muito longe, as soci-
edades vem experimentando processos de crescimento em que a tecnologia e o co-
nhecimento evoluem verticalmente, segundo funções exponenciais que atravessam as
trajetórias dos processos em curso, modificando-as radicalmente, o que exigiu e per-
siste exigindo transformações drásticas dos modos de gestão. Enquanto incorporam e
antecipam tais evoluções, eles se voltam essencialmente para o que diz respeito às
pessoas, habitantes da Região, que operam e administram os sistemas políticos e
produtivos aos quais elas se destinam e onde determinam as novas condições de sua
utilização que se sucedem continuamente. Trata-se de um processo de aprendizado e
desaprendizado especificamente de pessoas, na medida em que se reconhece que as
unidades de produção em instalação na Região não seguem qualquer função linear,
mas sim as chamadas curvas multissigmas ou sigmóides, Figura a seguir. Nelas se
observa um momento em que os processos de aprendizagem se aproximam dos limi-
tes teóricos e os ganhos marginais começam a decrescer, entram em estagnação até
passarem a ser negativos, entrando os negócios em declínio. Este comportamento faz
com que um novo ciclo de desenvolvimento deva ser iniciado, coincidente com a fase
de crescimento em curso, para se habilitar a assumir os negócios antes que a sua
envoltória atinja a saturação de sua trajetória atual.
Figura 1 – Representação das Curvas de Evolução de Negócios Multissigma

Fonte: Jantsch, Erich. Science Journal

No caso particular das Regiões Norte e Noroeste Fluminense, que trabalham, neste
momento, ainda fortemente baseadas em “commodities”, parte delas exauríveis, o
efeito dos rendimentos decrescentes se acentua pela superposição do efeito da e-
xaustão dos recursos naturais que exploram ou de que dependem, previsível, o que

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 117


faz lembrar, uma vez mais, o conceito de que as realidades são finitas e assim devem
ser consideradas para fins de planejamento. A introdução dos arranjos produtivos re-
gionais, com distintas configurações, naturezas, bases tecnológicas e requisitos de
conhecimento, entre outros, tornará este ambiente cada vez mais complexo para uma
gestão coordenada e proficiente.
Diante de uma perspectiva como esta, em que as taxas de variação e mudança já vem
se revelando e podem e devem continuar a acontecer com intensidades e modos ex-
plosivos para as Regiões em questão, caracterizando tipicamente uma era de descon-
tinuidade, a governança regional, quando instalada, deve se deparar com uma simul-
taneidade de movimentos não sincrônicos em sua economia - com a ocorrência de
diferentes curvas sigmas de crescimento, não coincidentes -, o que constitui um desa-
fio sem precedentes para a sua gestão para o qual, técnicas avançadas, métodos mo-
dernos, etc. não representam senão aspectos periféricos, diante do novo modo de
gerir que se impõe. Ele deve privilegiar ajustar-se às velocidades e a exercitar as co-
ordenações de coordenações de ações e a disseminar o aprender a aprender a a-
prender.
Para a governança regional resta, então, uma resposta a ser dada à pergunta que
resume para os seus gestores regionais a sua questão central e crucial qual é: como
deve ser conduzida a Região Norte-Nordeste diante do que ela é agora, portado-
ra de um crescimento extraordinário, que se pretende venha a ser substituído
por processo distribuído de desenvolvimento sustentável focado na qualidade
do viver?
Para obter uma resposta consentânea, a governança regional terá que se valer dos
próprios geradores da tecnologia e conhecimento.
Outro aspecto notável diz respeito ao aumento da capacidade regional para ampliar
sua condição de autonomia para inter-relacionar-se com o meio exógeno. Mesmo que
a sua complexidade aumente, e deve aumentar, a governança regional deverá fazer
uso intensivo da auto-organização para administrar a proliferação da variedade ou das
incertezas. Para isto, devem usar a Lei da Variedade e os mecanismos que levam os
processos de decisão a convergir para respostas binárias, em que a redução ou ex-
pansão da variedade das informações ocorre como uma função de 2n, sendo n o nú-
mero de receptores usados para distinguir essa variedade. A compreensão do meca-
nismo desta Lei, associada ao modo como funcionam os sistemas auto-organizados,
aqueles dotados de mecanismo que seleciona modos particulares de organização cuja
sobrevivência vale a pena, fazendo uso da linguagem regional e da metalinguagem
que se sobrepõe às linguagens tecnológicas que se praticam com os sistemas produ-
tivos da Região, permitirá o exercício de um modo de governança capaz de orientar o
processo de desenvolvimento integrado Norte-Noroeste, em longo prazo. Neste parti-
cular assume papel de destaque o uso dos heurísticos pela governança regional,
prescrevendo regras gerais para se alcançar metas gerais, em complementação ao
habitualmente utilizado, qual sejam os métodos algorítmicos. Esta é uma das melhores
maneiras de se administrar a variedade em expansão, ao organizá-la em sua direção
e sentido, sem se preocupar em detalhá-la, passando a administrar a dinâmica da mo-
vimentação dos sistemas que constituem o processo regional, na sua via de caminha-
da para o desenvolvimento especificado.

2. QUALIFICAÇÃO DA GOVERNANÇA REGIONAL


A constituição da autoridade regional baseada no desenvolvimento de uma governan-
ça própria, com autonomia sustentada por condições e meios que lhe atribuam a re-

118 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


presentatividade de sua população e dos interesses maiores da sua sociedade na sua
inserção estadual, nacional e global abrange uma multiplicidade de aspectos e com-
ponentes que permeiam todas as estruturas que se espalham pelo seu território. No
entanto, há alguns deles que se destacam no contexto geral, portadores de uma cono-
tação eminentemente estrutural e cuja presença provoca as transformações necessá-
rias à formação de um estado e processo de governança, entendido, compartilhado e
endossado gradativamente por toda a sociedade regional e reconhecido externamen-
te. Entre eles comparecem:
• constituição de uma unidade de organização para exercer a governança regional,
reunindo todos os seus segmentos e a sua população, atuando contínua e quali-
ficadamente nos interesses de modo comum das Regiões Norte-Noroeste;
• constituição Fundo(s) de Desenvolvimento Regional como fundo(s) de investi-
mento stricto sensu, instrumento de orientação e viabilização dos investimentos e
empreendimentos estratégicos ao desenvolvimento distribuído e encadeado ou
aglomerado em todo o território regional;
• constituição de uma organização para exercer a coordenação regional das ativi-
dades de etnografia e cultura, conhecimento e saber, ciência, arte e tecnologia,
criação e inovação, empreendedorismo entre outras, sendo responsável deposi-
tária pela gestão e propagação para a população de todas elas e particular e
principalmente pela cultura do desenvolvimento regional. Esta instituição deve
atuar em conjunto, de maneira harmônica, sintonizada e coordenada com a uni-
dade de governança regional, provendo a sustentação que esta necessita nos
domínios que constituem a sua especialização.
• constituição da plataforma de conhecimento e tecnologia regional, resultante da
mobilização e alinhamento de todas as instituições de pesquisa e desenvolvi-
mento e inovação das Regiões, de educação universitária e profissionalizante, de
empresas do sistema produtivo e suas associações de classe, da rede de mí-
dia/comunicação regional, dos poderes públicos e de alianças e parcerias com
habitats de conhecimento no Estado do Rio de Janeiro e globais, voltados a as-
sistir e desenvolver a produção regional em todas as suas manifestações e á-
reas, com especial atenção à formação de pessoas e profissionais, técnicos, ar-
tistas e gestores para atuarem no processo de desenvolvimento sob a coordena-
ção da unidade de cultura, inovação e conhecimento;
• constituição de um sistema permanente regional de empreendedorismo e inova-
ção que propicie a formação e disseminação continuada da cultura do desenvol-
vimento, como parte integrante do cidadão da Região Norte-Noroeste, particular
e especialmente os jovens;
• constituição e adoção da prática regular e sistemática de processos co-
operativos em rede ou consórcio ou outra forma similar, entre as Municipalidade
e Municípios das duas Regiões compartilhando idéias e projetos comuns, bilate-
rais ou multilaterais, ativando os circuitos e caminhos entre muitas outras iniciati-
vas possíveis, criando sinergias e experimentando juntos produzir e inovar e de-
senvolver soluções;
• constituição da rede de informação regional, o Sistema de Informação Alberto
Lamego, SIAL, como depositário e disseminador da informação confiável e atua-
lizada para todos os públicos endógenos e exógenos;
• constituição do sistema de logística regional com plataforma com capacidade
para escoar e internalizar as produções regionais e nacionais administrando os
fluxos de exportação e importação com os mercados nacional e internacional;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 119


• constituição da infraestrutura essencial para viabilizar os fluxos da economia re-
gional e as a ela associadas da Região Sudeste brasileira, entre outras;
• constituição de uma economia regional diversificada que explore as suas vanta-
gens diferenciais, centrada num primeiro momento na produção de commodities,
evoluindo desde então para a indústria de transformação e bens de capital e ser-
viços de alta complexidade, procurando equilibrar tanto quanto possível o peso
da produção dos combustíveis fósseis que representam a sua riqueza maior no
momento, ao longo das próximas décadas;
• constituição do parque regional produtivo com indústrias e unidades de serviços
e negócios de alta complexidade a partir do encadeamento dos grandes empre-
endimento e arranjos produtivos em implantação ou passíveis de serem implan-
tados;
• constituição do mercado comum econômico e cultural do Norte-Noroeste do Es-
tado do Rio de Janeiro, como um mecanismo de conferir vantagens comparati-
vas e bases ampliadas intra Região, aumentado as condições de sua competiti-
vidade exógena e do poder de negociação da governança regional;
e, finalmente, mas da importância maior,
• constituição de um programa de educação prioritário das pessoas para elevar o
grau de educação, a formação, a qualificação e a requalificação profissionalizan-
te, a formação universitária alinhada com as demandas atuais e antecipadas do
futuro regionais.
Todas estas iniciativas, que levam à constituição da governança regional autêntica e
congruente com sua história e justa apreciação de suas riquezas e com a identidade
de sua população, constrói-se sobre o acervo de sua cultura regional centenária que
capitaliza a sua experiência vivenciada, orientando-a para se transformar na cultura do
desenvolvimento sustentável regional, na ação integrada e consentida do Norte e No-
roeste Fluminense.
Pelos argumentos expostos, que expressam com propriedade a leitura das realidades
existentes e antecipadas, a governança regional é imperativa e se organiza sobre uma
multiplicidade de manifestações independentes, cujos efeitos convergentes lhe atribu-
em e reforçam o seu papel de condução do processo de desenvolvimento da Região.
Estruturada, então, como um sistema auto-organizado, a unidade de governança regi-
onal exerce uma função de integração e aglutinação, de interlocução e mediação, de
acompanhamento e monitoramento do Plano de Desenvolvimento Sustentável e de
sua Carteira de Projetos entre outras, e também executiva, contando com a assistên-
cia de Conselhos (consultivos-deliberativos), para as tomadas de decisão e ações no
que for do interesse comum qualificado, bem como mantendo e zelando por serviços
especificados que nutrem os agentes da socioeconômica regional.
Cumpre lembrar que a efetividade da governança regional está muito ligada à qualifi-
cação das administrações públicas municipais, ou seja, das Municipalidades dos 22
municípios que constituem o Norte-Noroeste integrados: quanto mais bem preparadas
e desenvolvendo competências estratégicas proativas regularmente estiverem, maior
a probabilidade de sucesso das coordenações de coordenações de ações de interesse
regional.

3. MODELO DE GOVERNANÇA E GESTÃO


Para se proceder à escolha do modelo de governança e gestão mais indicado para
administrar regionalmente o desenvolvimento do Norte-Noroeste, foram avaliadas di-

120 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


versas experiências nacionais e internacionais, em todo o espectro de modalidades
privadas, públicas e estatais, assim como a conveniência de sistemas mais elaborados
como os que regem os blocos econômicos da atualidade.
Entre os modelos se incluem casos específicos de organizações no país, a maior parte
deles com curta duração, alguns outros, poucos, bem sucedidos e com resultados que
continuam a mostrar a sua efetividade.
O propósito dessa análise, desde que a quase totalidade mostra objeto e objetivos
muito próximos - variações sobre um mesmo tema - se concentrou, então, nas distin-
ções quanto às suas estruturas e mecanismos operacionais e nos porquês a maior
parte deles não persistiu, sendo descontinuados ou perdendo substância consecuti-
vamente.
Além disto, procurou-se avaliar que modo de governança e gestão corresponde à me-
lhor resposta para as condições específicas e particulares do Norte-Noroeste Flumi-
nense e de seu processo de desenvolvimento associado aos seus Cenários Prospecti-
vos.
A primeira observação relevante é a de que governança regional se torna necessária e
se justifica enquanto persistir um processo de desenvolvimento que envolva todos ou
senão a maior parte dos agentes da Região. Este processo deve se constituir como a
expressão diferenciada (escala, escopo e/ou significado e/ou abrangência) associado
a uma duração de média para longo termo. Este é precisamente o conjunto de condi-
ções do que se apresenta para acontecer, neste momento, na Região, reiterando a
necessidade e conveniência de sua governança. Na escolha do modelo, à avaliação
multi e interdisciplinar das experiências se superpôs o aspecto institucional-legal, polí-
tico administrativo, a autonomia da gestão e a blindagem a interferências e interesses
particulares, a não vinculação a grupos de interesse ou a forças de poder específicos,
entre várias outras, chegando-se a um resultado consensado pela constituição de uma
sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos, caracterizada como uma organi-
zação social de interesse público, ou uma oscip. Trata-se de uma organização difundi-
da no país com sucesso, que permite a participação ampla da sociedade, seja de seto-
res públicos, privados ou do terceiro setor, além da possibilidade de ter em seus qua-
dros pessoas físicas representativas da população, constituindo, portanto, uma solu-
ção de compromisso consciente e programática, dispondo de mecanismos de trabalho
próprios, através da formação de grupos de trabalho permanentes e temporários, ca-
pazes de reunir as melhores competências para desenvolver e gerir os vários assun-
tos especializados que compõem o portfólio de ação desta sociedade. A maior parte
do trabalho será feita voluntária e espontaneamente, como contribuição cidadã, por
conseguinte, sem remuneração, o que reduz significativamente os seus custos opera-
cionais e reduz as interferências atraídas por remunerações que, neste caso, inexis-
tem. Além de fiscalização interna e independente, este tipo de organização ainda pos-
sui uma fiscalização específica do Poder Público, conferindo-lhe uma consistência
maior. Há todo um arcabouço legal já constituído e operacional que tornam a sua ope-
racionalidade imediata e funcional.
Uma questão relevante diz respeito à sua denominação, cuja proposta é por se usar o
termo Instituto ou Comitê, que traduzem com maior e melhor propriedade a sua fun-
ção, autoridade e neutralidade na condução do interesse regional. Destas opções re-
sultam ou IDENOR, ou CODENOR, como marcas condizentes.
De maneira análoga, a constituição da unidade de cultura, inovação e conhecimento
regional segue o mesmo princípio devendo adotar a modalidade de uma sociedade
civil de direito privado, sem fins lucrativos, ou como uma organização da sociedade
civil de interesse público, uma oscip, prioritariamente, ou, alternativamente, uma fun-

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 121


dação. Para manter a interatividade e integração entre as duas unidades, a de gover-
nança e a de cultura, o principal executivo da unidade de cultura poderá, por exemplo,
ser um dos diretores da unidade de governança, entre outras possibilidades, manten-
do-se como mandatório, no entanto, a individualidade e autonomia de cada uma des-
sas unidades, no exercício de suas funções de coordenação e representatividade e
executivas.
Considerando que já há mecanismos legais destinados ao Norte e Noroeste Flumi-
nense, estes se transferem a estes organismos, constituídos para promover a gover-
nança e coordenação regional. Para assegurar a sua instalação, é de bom alvitre, que
os municípios do Norte e Noroeste firmem um Protocolo ou Memorandum de Entendi-
mento com a interveniência do Governo do Estado do Rio de Janeiro, como manifes-
tação de sua adesão e reconhecimento formal a este modo de gestão. O Estatuto do
organismo de governança (o da cultura é similar), apresentado ainda sob a forma de
uma primeira minuta, consta do Relatório do modo de Regulação Institucional-Legal,
nele estando especificadas as meta funções dessa organização, que não conflitam e
nem interferem com as autonomias municipais, nem de quaisquer outras entidades, o
qual deve ser objeto de uma apreciação conjunta (assim como o da cultura) por todos
os setores envolvidos, ou representações por eles constituídas, em prazo preestabele-
cido, no final do qual as versões consolidadas devem ser levadas às Assembléias de
instalação respectivas de cada organização, para a devida aprovação e constituição
da sociedade. Registre-se importante que, neste mesmo período, se elaborem, para
aprovação simultânea, os Regimentos Internos e demais dispositivos legais que supor-
tam a atuação desta governança regional e coordenação da cultura, inovação e co-
nhecimento (fundos, conselhos, redes, etc.), para que as suas operações tenham iní-
cio com toda a sua gama de funções plena desde que portadora dos meios e instru-
mentos que lhe são devidos.
Fundamentos – Uma contribuição para o Estatuto Social da Unidade de Governança
A unidade de governança e regional constitui-se como pessoa jurídica de direito priva-
do, sem fins lucrativos, não distribuindo, portanto, entre seus associados, conselhei-
ros, diretores ou quaisquer outras pessoas físicas e jurídicas, eventuais excedentes
operacionais, brutos ou líquidos, dividendos ou bonificações, participações ou parcelas
de seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, reaplicando-os
integralmente, sempre que existentes, na consecução do seu objeto social respectivo.
A unidade de governança regional poderá admitir como associado, convidado ou es-
pontaneamente, a toda pessoa jurídica pública, privada e não governamental que re-
conheça e se alinhe aos seus objetivos e que aquiesça em cumprir com as determina-
ções de seu Estatuto. Os seus associados se agrupam em classes, entre as quais
figuram os institucionais ou os municípios, representados por suas Municipalidades,
bem como outras instituições públicas, autarquias e similares; os empresariais com-
posto pelas empresas, associações, sindicatos e demais entidades de classe repre-
sentativas dos setores produtivos; os educacionais e de ciência, tecnologia e inovação
reunindo as universidades, institutos e centros de pesquisa, incubadoras convencio-
nais e de base tecnológica, as instituições do Sistema “S” e outras instituições ou as-
sociações similares, a classe das entidades do terceiro setor ou as organizações não
governamentais e os individuais, pessoas físicas de reconhecida liderança e conheci-
mento que se identificam com o que a unidade de governança regional se propõe rea-
lizar.
A unidade de governança regional tem como objetivo a promoção do desenvolvimento
econômico e social, tecnológico e ambiental da Região Norte-Noroeste Fluminense e
das circunvizinhanças com quem interage, com equanimidade, qualidade de vida a
prática de uma economia ecológica, atuando como um agente de coordenação de

122 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


desenvolvimento regional, de conotação estratégica e operacional global orientado
para a produção de resultados, entre outros compreendendo a:
• condição das demandas e potenciais de sua população e do sistema socio-
econômico-ambiental e cultural de seu território;
• defesa, conservação e recuperação do meio ambiente natural administrando a
promoção da sua sustentabilidade com ampla mobilização e participação da po-
pulação associada à implantação das ecovilas florestais;
• promoção do desenvolvimento econômico e social (particularmente a inclusão
plena de todos os estratos de sua população), através da formação de cadeias e
arranjos produtivos ou outra configuração equivalente (pólos, vilas, clusters, par-
ques, etc.), plataformas de negócios, serviços, finanças, transações e logística,
inseridas nos mercados globais, abrangendo todos os setores de sua economia
e particularmente envolvendo os grandes empreendimentos e as cadeias típicas
regionais;
• promoção e difusão da ciência e tecnologia, do empreendedorismo, da inovação
e criação, através das bases de conhecimento e desenvolvimento regionais ali-
nhadas com os sistemas produtivos e suas demandas atuais e futuras, com a
formação de pessoas para atendê-las, sempre na observância da perspectiva de
sustentabilidade, através da unidade regional de cultura, inovação e conhecimen-
to;
• promoção e difusão da cultura do desenvolvimento sustentada pela cultura regi-
onal, pela defesa e conservação do seu patrimônio histórico, cultural e artístico,
operando em rede e associada à modalidades de turismo mais propícias para a
Região;
• promoção da política de trabalho e de acesso e qualificação profissional e em-
presarial dos municípios e da Região Norte-Noroeste integradas, desenvolvendo
e incentivando programas educacionais que habilitem toda a população para o
exercício do trabalho, para o aprendizado contínuo, para a inclusão social (erra-
dicando a pobreza) e para o empreendedorismo;
• administração da integração e cooperação regional no que se refere à sua cultu-
ra, economia, aos sistemas viários e logísticos, à infra-estrutura, de comunica-
ções, ambientais e outros de interesse comum, inter-cidades e às atividades de
gerenciamento e viabilização crescente de fluxos e empreendimentos de interes-
se comum, em co-operação e/ou compartilhado;
• implantação e a gestão, com várias redes, das iniciativas de interesse comum
dos municípios e das Regiões Norte e Noroeste intermediando os diálogos e en-
tendimentos na linguagem, que construam e operem o mercado comum regional
e propague, estrategicamente as oportunidades por todo o seu território;
• experimentação, não-lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas
alternativos de produção, comércio, trabalho e crédito;
• constituição de fundos regionais de desenvolvimento, cada um deles com uma
destinação e regulação próprias, possuindo associados Conselhos Regionais, in-
tegrados por especialistas qualificados em cada um dos assuntos indicados pe-
las Municipalidades e pelos demais atores sociais que dele participam, com a
função de avaliar e deliberar sobre os projetos de captação que pretendam utili-
zar os recursos dos fundos, apreciar disposições normativas e regulamentares,
acompanhar e fiscalizar os projetos aprovados até a sua consecução final, entre
outras;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 123


• gestão dos fundos regionais de desenvolvimento e da implementação da Carteira
de Projetos principal e complementar e, em apoio à SEPLAG-RJ, do programa
de Desenvolvimento do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte-
Noroeste Fluminense, zelando pela manutenção da atualidade de ambos os ins-
trumentos;
• preparação e encaminhamento de projetos e elaboração de novos institutos le-
gais e de atualizações e revisões dos existentes, no ambiente regional em coor-
denação com municípios e organismos estaduais, necessárias à promoção do
desenvolvimento regional integrado.
• prestação de serviços de consultoria e assessoria a empresas e Municipalidades,
para a implantação de empresas, estudos setoriais e funcionais ou gerenciais,
provisão de bases de dados, promoção e disseminação do conhecimento técni-
co, científico, cultural, ambiental e gerencial, entre outros;
• manutenção de um fórum permanente de interlocução entre o setor público e
privado, que permita superar entraves ao desenvolvimento regional, bem como
de um espaço, sala ou similar, para atrair e receber empreendedores, e viabilizar
cada vez mais, em menor tempo e com agregação de valor crescente, com a
parceria descentralizada dos agentes estaduais de desenvolvimento, novos in-
vestimentos;
• formação da rede de alianças e parcerias do Norte-Noroeste Fluminense que
transforme esta Região em um nó em hipertexto da rede econômica global;
• operação da unidade de governança regional associada a um contrato de gestão
comum contrato de resultados e indicadores de desempenho adrede fixados com
a sociedade regional, mostrados regularmente em exposição pública.
Para o competente cumprimento de suas funções, na observância dos princípios da
legalidade, impessoalidade, ética e moralidade, transparência pública, economicidade
e da eficiência, a unidade de governança regional deve ter a seguinte estrutura:
• Assembléia Geral;
• Conselho de Administração;
• Diretoria Executiva;
• Conselho Fiscal.
A Assembléia Geral é o organismo de decisão superior constituída pelo conjunto de
todos os representantes indicados pelos membros associados coletivos ou institucio-
nais e por todos os membros individuais, integrantes da unidade de governança regio-
nal. A Assembléia Geral é soberana para decidir e suas decisões obrigam a todos,
ainda que ausentes e discordantes, e nela só votarão os associados que estejam em
dia com suas obrigações sociais.
A Assembléia Geral será:
• ordinária (AGO) – quando tiver a finalidade específica de aprovar as contas e os
relatórios de atividades do exercício anterior da Diretoria, emitindo pareceres e
opiniões; fixara as condições gerais para os planos e programas, receitas e or-
çamentos para o exercício corrente e eleger os administradores a cada quatro
anos;
• extraordinária (AGE) – quando se destinar à reforma de qualquer parte do Esta-
tuto Social, à quaisquer contratações ou distratos, particularmente os envolvendo
ativos e recursos financeiros, à liquidação, dissolução e extinção da associação.

124 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


O Conselho de Administração constitui o núcleo e instância de administração e delibe-
ração estratégica cabendo-lhe, precipuamente, fixar as diretrizes, políticas e planos
operacionais da unidade de governança regional. Ele será composto por um determi-
nado número de conselheiros com mandato preestabelecido, com direito à reeleição
consecutiva única, eleitos entre os candidatos apresentados à Assembléia Geral. Res-
salte-se que é permitida a participação de servidores públicos na composição do Con-
selho de Administração da unidade de governança regional, na sua condição de orga-
nização da sociedade civil de interesse público, vedada a percepção de remuneração
ou subsídio, a qualquer título (Parágrafo Único da Lei n.o 9.790, de 1999, introduzido
pela Lei n.o 10.539, de 2002).
A Diretoria Executiva da unidade de governança regional é o organismo de adminis-
tração colegiada, encarregado de executar as diretrizes, políticas, planos e programas
operacionais, cumprindo o seu Estatuto e as normas gerais estabelecidas pelo Conse-
lho de Administração.
O Conselho Fiscal é o organismo autônomo de acompanhamento e fiscalização da
administração econômico-financeira e contábil da unidade de governança regional,
podendo contratar serviços de auditoria independente ou de técnicos especializados
para exames e avaliações da contabilidade e da documentação econômico-financeira,
consistência das decisões e procedimentos e resultados, em observância ao que
prescreve a legislação vigente e aplicável e o que estabelecem os planos, programas
e orientações estratégicas aprovados para a organização.
O organismo de governança regional funcionará sobre três bases persistentes de re-
cursos financeiros: a primeira consiste em uma receita correspondente a um percentu-
al (de até 10% a.a., por exemplo) incidente sobre a aplicação dos recursos dos Fun-
dos Regionais, capitalizados e integralizados a partir dos “royalties” do petróleo rece-
bidos por cada um dos 22 municípios das duas Regiões como sua participação no
processo de integração regional para o desenvolvimento; na segunda, comparecem os
termos de parceria, convênios ou assemelhados firmados com governos municipais e
estadual ou federal; e, na terceira, as contribuições regulares e as esporádicas dos
agentes econômicos municipais, regionais e nacionais. Naturalmente que há inúmeras
outras fontes a serem captadas e exploradas, regular ou eventualmente, capturando
oportunidades, em simultaneidade. Todos os associados se empenharão no desenvol-
vimento de ações e gestões no sentido de captar recursos, atrair capitais, investimen-
tos, e outras modalidades de formação de ativos e de capital de giro, junto a toda e
qualquer fonte, indispensáveis à execução dos programas e ao cumprimento do plano
de metas da governança regional. Esta, além de acompanhar executivamente a im-
plementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Esta-
do do Rio de Janeiro, poderá, por delegação da SEPLAG, promover a administração
parcial ou total de sua Carteira de Projetos Regionais Prioritários e ainda, deve gerir a
implementação da Carteira de Projetos Regionais Complementares, aqueles que
constam do referido Plano sem que tenham sido eleitos como prioritários para a Car-
teira principal/estruturante-especial, ao mesmo tempo em que deve polarizar e coor-
denar as ações regionais no sentido de instruir o processo de atualização contínua do
Plano de Desenvolvimento e de suas Carteiras.
Assume importância maior dessa governança, o conduzir a Região Norte-Noroeste
para alcançar as suas visões nos tempos devidos, assumindo como missões primordi-
ais a diversificação da economia regional em relação à monoeconomia do petróleo, a
inclusão socioeconômica de sua população com a sustentabilidade ambiental e do
conhecimento, promovendo a incessante melhoria e disseminação da qualidade de
vida para toda a sua população constituída a partir do exercício e prática da cultura de
desenvolvimento regional impregnada em todo o seu território.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 125


Fundamentos Específicos da Unidade de Coordenação Regional de Cultura, Inovação
e Conhecimento
No que se refere à estrutura, esta unidade de organização deverá possuir, além das já
citadas para a de governança, um Conselho Consultivo constituído por personalidades
reconhecidas e notáveis do Norte e Noroeste e outras de ambientes externos, convi-
dadas para contribuir nos domínios de sua especialidade e atuação profissional, que
serão chamadas para orientar as estratégias e articulações políticas, para a viabiliza-
ção e implementação de decisões e ações que as requeiram.
A unidade de coordenação regional de Cultura, Inovação e Conhecimento, deve ser
naturalmente constituída como uma instituição de geração, preservação e difusão dos
patrimônios intangíveis e tangíveis etnográficos do Norte-Noroeste Fluminense de inte-
resse de sua sociedade, tendo, entre outros, como objetivos:
• exercer a coordenação regional das atividades de etnografia e cultura, conheci-
mento e saber, ciência, arte e tecnologia, criação e inovação, empreendedorismo
entre outras, sendo responsável depositária pela gestão e propagação para a
população de todas elas e particular e principalmente pela cultura do desenvol-
vimento regional;
• constituir e implementar ações e projetos regionais – empreendimentos e pro-
gramas - que visem estruturar, preservar e desenvolver os valores e símbolos,
crenças e mitos, hábitos e tradições, o conhecimento (artístico-cultural, técnico-
científico), histórico-civilizatórios tornando-os disponíveis e acessíveis à compre-
ensão e à sua utilização pela população e à sustentabilidade do produzir e viver
no Norte-Noroeste;
• constituir a plataforma de conhecimento e tecnologia regional, resultante da mo-
bilização e alinhamento de todas as instituições de pesquisa e desenvolvimento
e inovação das Regiões, de educação universitária e profissionalizante, de em-
presas do sistema produtivo e suas associações de classe, da rede de mí-
dia/comunicação regional, dos poderes públicos e de alianças e parcerias com
habitats de conhecimento no Estado do Rio de Janeiro e globais, voltados para
assistir e desenvolver a produção regional em todas as suas manifestações e á-
reas, com especial atenção à formação de pessoas e profissionais, técnicos, ar-
tistas e gestores para atuarem no processo de desenvolvimento sob a coordena-
ção da unidade de cultura, inovação e conhecimento;
• constituir o fundo regional da cultura do desenvolvimento, a partir de recursos
dos “royalties” (em um percentual ajustado aos montantes recebidos), mais parti-
cipações municipais a serem definidas proporcionais à sua capacidade de pa-
gamento, contribuições estaduais e federais, contribuições de empresas priva-
das, doações e receitas provenientes de prestações de serviços e de aluguéis de
imóveis próprios, entre outras, caracterizado como um fundo de investimento, re-
gido e fiscalizado por regulamento próprio. Este fundo, em observância à orien-
tação geral, deve possuir um Conselho Regional, consultivo e deliberativo, que
assessore na seleção e aprovação, acompanhamento e supervisão, nos aspec-
tos normativos e estratégicos, entre outros, tendo uma composição com a repre-
sentatividade de todos os agentes que dele participam e outros convidados, con-
forme disposto em seu Estatuto.
• implantar e gerenciar a rede de conhecimento regional, NORTEC, e seu sistema
de conhecimento associado “Alberto Lamego”, SIAL, promovendo as ações em
prol de sua disseminação e uso intensivo gratuito, por toda a população, empre-

126 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


sas e instituições regionais e quaisquer outras, operando como um sistema aber-
to;
• promover a difusão e o conhecimento dos processos voltados à história e à civili-
zação, às artes e à cultura, à ciência e à tecnologia, ao empreendedorismo e à
inovação e à criação regionais, através do fomento a estudos e pesquisas, de-
senvolvimento de espaços apropriados e programas avançados e favoráveis à
sua universalização, à produção e à formação que digam a respeito à constitui-
ção de desenvolvimentos sustentáveis;
• liderar ou co-participar as iniciativas regionais, em parcerias, alianças ou redes,
dos trabalhos de formação, organização e montagem e equipagem, construção e
ampliação ou revitalização, operação e manutenção de centros, museus, biblio-
tecas ou midiotecas, galerias e ateliês, salas de exibições e mostras, unidades
volantes, unidades educacionais de formação técnico-empresarial, qualificação
ou requalificação de pessoas e jovens, restauração ou reabilitação de patrimô-
nios, constituição e preservação de acervos culturais e etnográficos, fomento à
pesquisa e desenvolvimento de ativos intangíveis, em geral, estruturação de ar-
quivos, coleções e acervos públicos e de entidades congêneres e afins;
• promover, em co-operação com os organismos e instituições educacionais e em-
presariais, o programa permanente de empreendedorismo e outros voltados à
constituição e disseminação da cultura do desenvolvimento em todo o território
regional;
• apoiar e assistir o sistema regional de comunicação no sentido de manter suas
atividades regulares de informação da sociedade do Norte-Noroeste Fluminense,
inclusive incentivando a constituição da rede regional de Internet pública sem
ônus, conforme facultado pelo Ministério das Comunicações, praticamente sem
ônus, podendo tanto ser o serviço prestado diretamente, como através de tercei-
ros (outra possibilidade é de se obter autorização para se usar os recursos do
FUNTEL, em uma rede pioneira regional no Brasil);
• promover e incentivar por meio das Municipalidades e dos agentes sociais, fa-
zendo uso do fundo regional, as ações de conservar, recuperar ou resgatar, res-
taurar e reabilitar os elementos que integram o patrimônio edificado ou natural
reconhecidos por seu valor ou tombados pelos organismos públicos, bem como
as obras ou bens tangíveis e intangíveis que os identificam e às comunidades
em que subsistem ou que lhes deram origem, viabilizando a continuidade de sua
existência e o seu conhecimento para a permanência dos processos de desen-
volvimento da cultura regional;
• contribuir para a formação da legislação necessária à sustentação das ativida-
des que constituem a cultura nos ambientes municipal, estadual e nacional;
• qualificar e integrar as suas unidades próprias, constituídas como unidades ope-
racionais, nas redes nacionais e internacionais competentes ;
• prestar serviços especializados junto a terceiros, exclusivamente nas suas áreas
de competência, no sentido de multiplicar a realização de seus objetivos.

Ambas as unidades devem ter quadros e instalações mínimos e, se possível, fazer uso
de cessões de pessoal qualificado e locais por terceiros, parceiros.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 127


4. REFERÊNCIAS

BEER, Sttaford. Decision and Control. J. Wiley. London, 1966.

BEER, Stafford. The Brain of the Firm. John Wiley and Sons. London, 1972.

FJP.Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Secretaria de Estado de Planejamento


e Gestão - SEPLAG, Fundação João Pinheiro, 2005.

FUERTES, Ana Maria y GATICA, Leonardo. De la economia global al desarrollo local,


PUV, Universidad de Valencia, 2008.

HARVARD BUSINESS REVIEW. Measuring Corporate Performance. ISBN 98-


234095, Harvard College, 1998.

KAPLAN, Robert S. The Balanced Scorecard – Managing the Future Performance.


Harvard Business School Publishing, 1998.

Sites Consultados:

Acesso ao site www.faperj.br, consulta ao Índice de Qualidade de Municípios, IQM,


1998-2003, Fundação CIDE, em junho de 2010, 15 a 22.

Acesso ao site www.firjan.org.br, consulta ao Índice FIRJAN de Desenvolvimento Mu-


nicipal, IFDM, 2006, em junho de 2010, 15 a 22.

128 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


miolo - saida jul_Layout 1 06/10/10 21:31 Page 2

Modelo de “Funding”
Autor:

Eduardo Nery

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 133


2. ESTRUTURA DE “FUNDING” REGIONAL................................................. 134
3. REFERÊNCIAS.......................................................................................... 144

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


“... entrando em um novo milênio, a fome por valor não se abate. As causas desta sustenta-
ção – globalização, revolução da informação e mobilidade do capital – não são facilmente satis-
feitas e crescem no momento. Escopo e escala, os motores competitivos do último século,
estão sendo aumentados pela velocidade e gestão do conhecimento. A criação de valor requer,
portanto, reconciliação da estratégia econômica com os procedimentos de governança, a coor-
denação das transformações culturais na maneira de pensar e agir com novos sistemas de
acompanhamento e mensuração de resultados e agora, a integração da gestão com investi-
mentos e com finanças um desafio contínuo para a governança.”

Andrew Black ET alii, Managing the Drivers of Performance, Financial Times,


Prentice Hall, 2001.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


1. INTRODUÇÃO
As Regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro não possuem bancos e
nem instituições de crédito nativas, sendo servidas pela rede nacional. Na medida em
que a maior parte das grandes empresas que ali operam tem suas matrizes fora, as
grandes movimentações financeiras ocorrem externamente, junto a elas. De maneira
semelhante, por não haver em funcionamento uma estrutura de logística voltada ao
comércio dos produtos regionais ou dos que por ela poderiam escoar, a quase totali-
dade da produção se faz por estruturas logísticas e comerciais exógenas, particula-
mente o Rio de Janeiro. Isto faz com que a disponibilidade de uma estrutura de “fun-
ding” regional dependa essencialmente de instituições externas, que as movimenta-
ções de negócios regionais esteja muito limitada, extremamente longe do volume e
giro de sua economia que já revela nos dias de hoje uma dinâmica capaz de sustentar
um mercado de capitais regional de porte mediano em ascensão, pelas projeções de
crescimento contratados, de dimensões bilionárias e que supera pelos montantes de
recursos aplicados, a quase totalidade dos projetados para qualquer outra região do
país.
Iniciativas recentes da constituição dos fundos de desenvolvimento regionais, a partir
do êxito do primeiro deles, o de Campos dos Goytacazes, seguido pelo de Macaé,
agora o de São João da Barra e certamente, em futuro próximo, outros mais, delinei-
am uma nova condição em que emerge um processo de capitalização nativo voltado a
suportar o processo de decisão de investimentos regionais. Naturalmente imprescindí-
veis, estes fundos revelam e demonstram, com propriedade, o que deve ser feito, de-
vendo esta iniciativa prosseguir e se expandir e diversificar para que a governança
regional se implante e tenha efetividade em benefício do que a Região se propõe rea-
lizar e desenvolver para a conquista do que constitui a sua visão de futuro. Vale lem-
brar que ao se incluir dispositivo no texto da Constituição de 1988 relacionado à com-
pensação pela extração de recursos naturais finitos, a intenção do legislador foi a de
reconhecer essa sua existência limitada, a sua exaustão próxima, o que faria da com-
pensação um instrumento capaz de fomentar uma economia sucedânea numa pers-
pectiva local e regional de longo prazo, planejada e induzida pela presença ativa do
recurso para se prevenir o evitável. Caso isto não se faça, municípios e regiões entram
em colapso e decadência, muitas vezes irreversíveis, como se observam inúmeros
casos vivenciados no país.
O Estado do Rio de Janeiro conta com a sua Agência de Fomento, a Investe Rio, vin-
culada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e
Serviços do Estado do Rio de Janeiro – SEDEIS. Não obstante sua juventude, esta
Agência está bem capitalizada e possui um portfólio de linhas de crédito bem estrutu-
rado, oferecendo condições de financiamento muito atraentes, com a limitação comum
a tais instituições no país, representada pelas garantias, ainda reais e pessoais, e não
seguráveis. Entre os seus produtos próprios, comparece o Fundo de Recuperação
Econômica de Municípios Fluminenses, FREMF, composto por linhas básicas e espe-
cíficas – entre as quais se incluem o Pró-Fornecedores (relocalização, adequação
para fornecimento a grandes consumidores, etc.) e o Pró-Rochas Ornamentais (APL
Santo Antônio de Pádua, mediante Termo de Ajuste de Conduta Individual) que pos-
suem uma aplicação direta e importante no Norte e Noroeste Fluminenses. A capta-
ção pode ser feita conjugada a outros programas estaduais de fomento à atividade
produtiva, como é o caso, por exemplo, dos programas Compra Rio (particularmente
significativo para as oportunidades expressas pelos grandes eventos Copa do Mundo
e Olimpíadas que exigirão investimentos vultosos no Estado) e Rio Expoint (qualifica-
ção pequenas empresas para a primeira exportação) além do Programa de Moderni-
zação da Administração Tributária e Gestão dos Setores Sociais Básicos, PMAT (da

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 133


Caixa Econômica destinado às administrações públicas), e também fazendo uso das
vantagens advindas de condições tributárias e fiscais, escolha de localização, etc. dife-
renciadas, uma das facilidades oferecidas pela Companhia de Desenvolvimento Indus-
trial do Estado do Rio de Janeiro, CODIN.
A maior parte dos grandes investimentos em curso, na Região, envolvendo diversos
projetos e empreendimentos, casos do Porto de Açu e sua retroárea, Barra do Furado
em ambas as margens do Canal, tanto em Campos do Goytacazes como em Quissa-
mã que já dispõe de um planejamento completo, quanto em Macaé e Campos nos
empreendimentos da Petrobrás, possuem diversos esquemas de “funding” próprios,
uma variedade que explora todas as possibilidades mais atraentes e viáveis dos mer-
cados de capitais internacionais. Já os arranjos produtivos regionais, caso do Pólo de
Pedras e Rochas Ornamentais, o Pólo de Confecções e Moda, o APR de Logística, o
APR de Energia, o APL de Cerâmica ou da Argila, os arranjos agropecuários e da a-
quicultura com as verticalizações respectivas na produção de alimentos, entre outros,
assim como todo o processo de internalização das cadeias produtivas da siderurgia,
cimento, indústria naval, petróleo e gás, provavelmente automobilística, silvicultura e
suas indústrias de transformação correspondentes (celulose, moveleira, painéis, car-
vão, madeira para a construção civil, etc.), entre outros, e, também, as plataformas de
serviços e negócios de maior complexidade regionais, todos eles necessitam da pre-
sença e disponibilidade na Região de estruturas de “funding”, predominantemente com
fontes privadas, qualificadas e diversificadas, caracterizadas por operar uma gama de
produtos que complementem e ampliem a oferta conhecida de capital existente (Inves-
te Rio, BNDES, fundos municipais, a participação do capital público), em condições
exeqüíveis e competitivas para cada um e todos os empreendimentos específicos.
Some-se a tal situação, as demandas presentes também nas áreas de capitais de ris-
co e semente, destinadas a suportar as iniciativas de desenvolvimento e produção do
conhecimento e da tecnologia para alimentar as cadeias regionais mais importantes ou
em que estes elementos se apresentam como o diferencial de sua viabilidade continua
da. Nesse contexto, cumpre esclarecer que o “funding” compreende todas as formas e
meios de poupança e capitalização e participação acionária, tanto para a formação de
capital fixo, quanto para o capital de giro, assim como o de risco, os sem restituição e
as modalidades híbridas, considerando as práticas e modalidades exercidas no mer-
cado de capital, para uma grande variedade de condições e situações que ocorrem e
ocorrerão simultâneas no Norte-Noroeste Fluminense, inter-relacionadas ou não, no
horizonte de 10 a 30 anos à frente, pelo menos.

2. ESTRUTURA DE “FUNDING” REGIONAL


Estrutura Nuclear
O “funding” regional constitui uma das peças mais importantes para o exercício efetivo
da governança e gestão do processo de desenvolvimento da Região. De fato, ele se
constitui, na sua parcela de contribuição local, no resultado da transformação de uma
parcela significativa da poupança regional em fundos de investimento, sejam eles mu-
nicipais ou regionais que são usados ou para alavancar recursos financeiros ou para
direcionar ou induzir a expansão produtiva necessária. Nesta condição, os fundos de
investimento regionais complementam o aporte de recursos das grandes instituições
financeiras que atuam no país, não concorrendo com elas, priorizando os investimen-
tos de alto valor agregado e intensivos em mão-de-obra e tecnologia/arte ou conheci-
mento, e empresas de micro, pequeno e médio porte especializadas. Na manifestação
seguinte, o “funding” regional envolve a atração e fixação de instituições financeiras de
investimento – bancos, corretoras, operadoras de bolsas, etc., de capital de risco

134 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(“venture partners capital”) e de capital semente (incluem as “seed and angel capital
cos”) que devem trazer o capital externo para os investimentos regionais prioritários,
de alta atratividade negocial. Este deslocamento se baseia e se justifica pelas oportu-
nidades que a economia regional apresenta e apresentará tanto para os investidores
endógenos quanto exógenos, em termos das aplicações de capital e negócios em
condições vantajosas e de baixo risco. Esta situação é complementada pela presença
das empresas de negócios, nos segmentos das “commodities” regionais ou que utili-
zam a região como via para as transações de produtos exportáveis e/ou importáveis.
São elas as “dealers, traders e brokers”, além de todo um conjunto assessório de se-
guradoras, agências de câmbio, despachantes aduaneiros, empresas de logística,
consultores, etc. Se inserem neste quadro o Aeroporto Indústria de Campos dos Goy-
tacazes (já alfandegado), uma ou mais Estações Aduaneiras de Interior, as unidades
de comércio exterior aeroportuárias, e a rede logística de conexão interna com o Esta-
do, com a Região Sudeste e com o país, entre outros. Estas duas estruturas, presen-
ciais no território Norte-Noroeste, estarão convivendo naturalmente com as estruturas
de “funding” nacionais e internacionais promovendo a inserção efetiva da economia
regional como um nó ativo da rede da economia global.
Para viabilizar a implantação desta constelação de empresas, os municípios base des-
ta plataforma devem se reunir e elaborar um pacote tributário de valor mínimo, desde
que são empresas de serviços com encargos e impostos predominantemente munici-
pais. Em simultaneidade, faz-se necessário a governança regional conseguir uma
condição semelhante junto às operadoras de comunicação fixa e móvel que atribua a
esses setores de negócios selecionados, de alta agregação de valor e alto nível de
acesso, condições diferenciadas de tarifas e preços em pacotes, como sói acontecer
em outras regiões do país que mostram o acerto da concessão das vantagens uma
vez que elas produzem benefícios comprovados da maior significação, tanto para as
próprias empresas concessionárias, como para o processo de desenvolvimento regio-
nal. A aplicação destas estratégias se situa adequadamente dentro de um mercado
comum regional fazendo parte da macro estratégia de atribuir a maior competitividade
ao bloco de municípios integrado como uma unidade de negócios produtiva e merca-
dologicamente combativa.
De maneira similar se impõem medidas na questão da minimização dos custos e pre-
ços logísticos envolvendo as instalações aeroportuárias, fretes, uso de mecanismos
diversificados como cabotagem, carga de retorno, redução dos tempos de estocagem
e deslocamento ou sua extensão pela adoção de tecnologias de ponta, entre outras, o
que, em seu conjunto, traduz a necessidade de se trabalhar prioritariamente a qualifi-
cação e disponibilidade dos gestores em aplicar soluções avançadas, integradas e
diferenciais nos processos que constituem a economia regional, mesclada com tecno-
logia, conhecimento e inovação. Esta situação se revela crítica, desde que a maior
parte dos processos arteriais está em fase de instalação ou por implantar em futuro
próximo, o que ainda se lhes faculta incorporar fatores de competitividade que lhes
atribuam as melhores condições do país e do mercado em que comparecem.

Fundos Regionais
Na construção deste contexto, os fundos regionais assumem um papel relevante. Eles
representam a decisão dos agentes econômicos regionais em ter um instrumento de
alavancagem capaz de orientar e conduzir a via desejada de seu desenvolvimento.
Assim, a constituição de fundos regionais deve ser feita em complementação à disse-
minação dos fundos municipais.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 135


O Fundo Regional de Desenvolvimento Econômico-Social Norte-Noroeste, DESNOR,
e o Fundo Regional de Desenvolvimento da Cultura Norte-Noroeste, NORTCULT, se
estruturam como fundos exclusivamente de investimento, de duração ilimitada, desti-
nado a promover a viabilização e implementação do desenvolvimento econômico e
social e da cultura de modo sustentável na Região Norte-Noroeste Fluminense, seja
através da expansão de empreendimentos existentes, como da implementação de
novas unidades produtivas e plataformas de comércio, financeiras e de negócios de
alto valor agregado, agronegócios1 e no turismo qualificado2, bem como nas atividades
e empreendimentos de base cultural e tecnológica3, priorizando os investimentos que
resultem na cultura do desenvolvimento na Região, as micro, pequenas e médias em-
presas pertencentes às cadeias e arranjos produtivos regionais, além de destinar par-
cela de seus recursos para os programas regionais de empreendedorismo e produção
e desenvolvimento do conhecimento, arte/tecnologia e inovação, e para a manutenção
da governança regional (percentual prefixado).
Os fundos DESNOR e NORTCULT serão constituídos por uma composição de
recursos próprios dos municípios do Norte-Noroeste, integralizados mensalmente com
base em programações anuais, recursos recebidos de terceiros, empreendedores e
investidores, como pagamentos, dações em pagamento, doações e outras dotações
orçamentárias, delegações de usufrutos do direito de exploração, ou recebimentos
“sem restituição” e repasses de recursos de terceiros, habitualmente, bancos
multilaterais, empresas de capital de risco ou de instituições bancárias do mercado de
capitais, endereçados a projetos e empreendimentos, objeto de sua atuação,
captações próprias, entre outras.
Os investimentos e aplicações do DESNOR e NORTCULT se destinam,
exclusivamente, a empreendimentos produtivos4 sediados e que funcionem nas
Regiões Norte e Noroeste Fluminense.
Na aplicação dos recursos do DESNOR e NORTCULT deverá ser observada e
mantida, com rigor, sua característica diferenciada em relação a outros tipos de
atrativos para captação de novos empreendimentos ou expansão dos já existentes,
complementando ou não, os recursos oferecidos e disponibilizados para o investidor e
para o empreendedor por bancos de investimento públicos e privados ou por
instituições de micro-crédito, e não deve substituir os recursos de fomento à pesquisa

aqüicultura1
Entende-se por agronegócio toda a atividade de transformação dos produtos agropecuários e
da aqüicultura, correspondendo, portanto, a processos de agregação de valor, verticalização e
incorporação de tecnologia, particularmente no domínio da biotecnologia e no âmbito do projeto genoma.

2
Entende-se por turismo qualificado toda atividade produtiva de turismo regional sustentável que faça
parte de um programa ou circuito reconhecido de turismo nacional ou estadual, ou que se constitua como
um projeto diferencial, atestado por uma reconhecida instituição de turismo no país.

3
Define-se como empreendimento de base cultural ou tecnológica aquele que faz uso da aplicação
sistemática de conhecimentos decorrentes da cultura ou científicos e tecnológicos, em domínios
denominados simples ou de fusão, aqueles que integram mais de uma área de conhecimento,
prioritariamente nos domínios da cultura, artes e meio ambiente em todas as manifestações que
subsistem no seu território e interessam à Região, entre outras, voltados para a constituição de empresas
e negócios que incorporem a criação e inovação e o desenvolvimento para a oferta à sociedade de novos,
mais acessíveis e mais avançados produtos, serviços e soluções.

4
Entende-se por empreendimento produtivo, para fins dos fundos em questão aos empreendimentos que
resultem no aumento mensurável da renda e/ou na criação efetiva de postos de trabalho persistentes e
duradouros e/ou na elevação do conhecimento ou desenvolvimento da inovação e da criação, para a
população da Região Norte-Noroeste Fluminense, numa perspectiva contínua e sustentável.

136 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


e desenvolvimento, bem como os recursos de capital de risco, nem as dotações
orçamentárias e as participações associadas aos investimentos ou ao capital próprio
de investidores, sejam eles privados ou públicos.
O DESNOR e o NORTCULT serão constituídos por uma composição de recursos pró-
prios dos municípios das Regiões Norte e Noroeste Fluminense, particularmente os
“royalties” da exploração dos combustíveis fósseis e a compensação financeira pela
exploração de recursos minerais, CFEM, parcela do ICMS Cultural, recursos recebidos
de terceiros, empreendedores e investidores, como pagamentos, dações em paga-
mento, doações e outras dotações orçamentárias, delegações de usufrutos do direito
de exploração, ou recebimentos “sem restituição” e repasses de recursos de terceiros,
habitualmente, bancos multilaterais, empresas de capital de risco ou de instituições
bancárias do mercado de capitais, endereçados a projetos e empreendimentos, objeto
de sua atuação.
O DESNOR deve ser constituído na modalidade de um fundo de investimento, acumu-
lativo e rotativo, com a integralização de 40% (quarenta por cento) do montante rece-
bido a título de “royalties” e de CFEM pelos municípios das Regiões Norte e Noroeste,
anualmente, durante os próximos 10 (dez) anos, de 35% (trinta e cinco por cento) nos
10 (dez) anos subseqüentes e de 30% (trinta por cento) nos 20 (vinte) anos seguintes,
renováveis, ao qual devem ser incorporadas 10% (dez por cento) dos montantes anu-
ais destinados a investimentos pelos municípios da Região, mais recebimentos, inclu-
sive de dotações orçamentárias de quaisquer procedências vinculadas ou não, ativos
imobiliários de terrenos e edificações destinados às atividades produtivas e comerci-
ais, as receitas provenientes das aplicações e pagamentos decorrentes das operações
deste fundo, as receitas recebidas como aluguéis e arrendamentos, os aportes de re-
cursos recebidos de outros fundos, resultados e operações financeiras de captação no
mercado, entre outras. Os valores da integralização municipais correspondem à sua
contribuição para a promoção de investimentos em desenvolvimento econômico sus-
tentável, devendo ser convertidos em quotas de propriedade das Municipalidades,
portanto, não caracterizando quaisquer ônus para os tesouros municipais. Os valores
das parcelas de recursos orçamentários aplicados no DESNOR serão considerados
como parte integrante dos montantes que devem ser investidos pelos municípios, o
que deve ser referendado por legislação municipal apropriada (caso típico dos planos
diretores de desenvolvimento municipais).
O NORTCULT deve ser constituído na modalidade de um fundo de investimento, a-
cumulativo e rotativo, com a integralização de 10% (dez por cento) do montante rece-
bido a título de “royalties” e CFEM pelos municípios das Regiões Norte e Noroeste,
anualmente, durante os próximos 10 (dez) anos, de 15% (quinze por cento) nos 10
(dez) anos subseqüentes e de 10% (trinta por cento) nos 20 (vinte) anos seguintes,
renováveis, ao qual devem ser incorporadas 0,5 (cinco décimos por cento) das recei-
tas anuais dos municípios da Região, mais recebimentos, inclusive de dotações orça-
mentárias de quaisquer procedências vinculadas ou não, ativos imobiliários de terre-
nos e edificações destinados às atividades culturais, as receitas provenientes das apli-
cações financeiras e pagamentos decorrentes das operações deste fundo, as receitas
recebidas como taxa de administração, termos de parceria, aluguéis e arrendamentos,
os aportes de recursos recebidos de outros fundos, 10% (dez por cento) da receita
recebida do ICMS Cultural pelos municípios da Região, resultados e operações finan-
ceiras de captação no mercado, entre outras. Os valores da integralização municipais
correspondem à sua contribuição para a promoção de investimentos em desenvolvi-
mento da cultura, devendo ser convertidos em cotas de propriedade das Municipalida-
des, portanto, não caracterizando quaisquer ônus para os tesouros municipais. Os
valores das parcelas de recursos orçamentários aplicados no NORTCULT serão tam-

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 137


bém considerados como parte integrante dos montantes que devem ser investidos
pelos municípios, o que deve ser referendado por legislação municipal específica.
O DESNOR e o NORTCULT, respeitados os seus objetivos e propósitos, poderão
receber recursos para investimento sob a forma de repasse ou transferência de
terceiros, procedendo à sua incorporação ao montante geral para aplicação, sempre
que possível, ou atribuindo-lhes a aplicação específica a que se destinam.
Além dos aportes de capitais próprios e de terceiros, na mais ampla variedade de
possibilidades permitidas e praticadas por fundos voltados para a promoção do
desenvolvimento, como é o caso do DESNOR e o NORTCULT, estes poderão
também desenvolver outros mecanismos de captação de recursos, observada a
legislação vigente e os princípios de gestão recomendados para uma administração de
risco baixo e moderado (no limite), desde que compatíveis com a preservação dos
seus equilíbrios operacionais, financeiros e de segurança para a continuidade de sua
sustentabilidade. O ingresso de recursos próprios de terceiros será constituído a partir
de operações do DESNOR e NORTCULT com os agentes do mercado de capital de
investimento e de risco, até o limite de uma parte de capital próprio para quatro a oito
partes de aporte de capital de terceiros, privados ou públicos externos.
De maneira análoga, estes fundos poderão receber doações em espécie, em bens, em
direitos de exploração, dotações orçamentárias para destinações e projetos
específicos, recursos sem restituição ou remuneração (“a fundo perdido”), com ou sem
vinculação de aplicação.
DESNOR e o NORTCULT serão administrados pelo organismo de governança
regional que procederá à gestão operacional desses fundos no interesse público dos
municípios que dele fazem parte e da população do território do Norte-Noroeste,
observando os princípios éticos e de responsabilidade social de negócios e os
preceitos e dispositivos institucionais e legais em vigor. Este organismo deverá
contratar instituições gestoras, qualificadas e especializadas na administração de
contas de fundos de investimento, selecionadas para conduzir as suas operações.
Dos recursos reservados para os investimentos anuais, no período 2010 e 2025, o
DESNOR e o NORTCULT deverão destinar:
• um montante igual ou superior a 50% (cinqüenta por cento) do total dos recursos
disponíveis, a cada e em todos os anos, para os empreendimentos produtivos
incluindo serviços e turismo qualificado;
• 15% (dez por cento) devem ser aplicados anualmente com o empreendedorismo;
• 15% (dez por cento) para investimentos na cultura do desenvolvimento e
educação;
• 20% (vinte por cento) para investimentos em conhecimento, tecnologia e
inovação e, marginalmente, comunicação.
Entre os anos de 2025 e 2035, os montantes passam a ser de 60% (sessenta por
cento) para empreendimentos produtivos, 25% (vinte e cinco por cento) para a
produção do conhecimento e os restantes, empresas emergentes, e 15% (quinze por
cento) para a cultura e o empreendedorismo.
Dos 60% (cinqüenta por cento) mencionados, até 10% (vinte por cento) anuais deste
montante, na operação e manutenção de uma organização da sociedade civil de
interesse público que gerencie e administre a governança regional.
Os recursos do DESNOR e NORTCULT serão utilizados obrigatoriamente após:
• apreciação e aprovação do Plano de Negócios ou processo equivalente,

138 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


conforme modelo mínimo fornecido pelo organismo de governança regional;
• apreciação e aprovação da qualificação profissional (currículos e experiências
profissionais), gerencial e de responsabilidade técnica, cultural e tecnológica dos
proprietários, responsáveis pelo empreendimento, sócios ou acionistas, inclusive
das licenças, registros de propriedade intelectual, patentes ou similares, sendo
que, para os empreendimentos de base tecnológica, graduados, é requerido, no
conjunto de acionistas e responsáveis técnicos, a participação de, pelo menos,
dois profissionais com formação em grau superior, sendo um deles portador de
curso de especialização, mestrado ou doutorado ou equivalente, reconhecido
pelo MEC e/ou MCT;
• apreciação da estrutura de investimento para o empreendimento (“funding”)
como um todo, incluindo a avaliação correspondente à qualificação econômico-
financeira do beneficiário e das garantias e salvaguardas requeridas e
apresentadas, assegurando-se da sua capacidade de pagamento;
• apreciação e aprovação da adequação de seu processo de licenciamento
ambiental, assegurando que o empreendimento é portador de licenciamento
ambiental legal e uma rastreabilidade adequada que lhe atribua um
comportamento limpo, não provocando qualquer impacto inaceitável onde ficará
instalado, ao contrário, contribuindo para a sua valorização e para a melhoria de
sua qualidade de vida;
• certificação da regularidade fiscal com os órgãos e instituições dos municípios,
Estado do Rio de Janeiro e da União e, particularmente, prova de adimplência e
de quitação plena com os fundos regionais.
A liberação dos recursos para investimento está condicionada à comprovação das
informações e ao cumprimento, pelo beneficiário, de todas as cláusulas contratuais,
especialmente aquelas referentes à demonstração da realização adequada do
cronograma físico-financeiro dos investimentos, bem como da aplicação da parcela de
recursos próprios, das já liberadas ou captadas de terceiros, assim como da
confirmação de sua adimplência em relação aos seus compromissos fiscais, em cada
uma e em todas as datas de liberação ou de execução de infra-estrutura. Os recursos
dos Fundos serão mantidos aplicados, preservando a sua atualidade financeira:
• a disponibilização de parcelas de recursos para obras de infra-estrutura industrial
ou para os investidores observará um limite de tempo para seu saque e
utilização pelos usuários/tomadores, que deverá constar de cada contrato
específico;
• findo o tempo definido no inciso anterior, os recursos serão reintegrados, auto-
maticamente, às contas específicas do DESNOR e NORTCULT, para aplicação.
Os recursos dos fundos serão aplicados em operações nas modalidades:
• investimentos para a formação de ativos fixos constituídos pelas edificações
produtivas ou instalações físicas para atração ou instalação de novos
empreendimentos produtivos ou expansão dos já existentes, que serão objeto,
única e exclusivamente, de operações de cessão do direito de superfície e
cessão de direito de utilização, qualquer uma delas devidamente remuneradas,
podendo incluir, se for do interesse do empreendedor ou investidor, cláusula de
opção de alienação ao final do período contratual, período esse que nunca
deverá ser inferior a 8 (oito) anos para as edificações e instalações e ao período
de depreciação legal para máquinas e equipamentos;
• investimentos em sistemas físicos constituídos por ativos fixos representados por

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 139


instalações especiais, equipamentos e maquinários, programas de software,
licenças de propriedade intelectual e similar, quando se tratar dos recursos
destinados à incubação ou à implantação de empresas de base tecnológica ou
de base na inovação recém graduadas e/ou à incubação de empresas de base
tecnológica ou de base na inovação.
• participação financeira acionária minoritária, limitada a um montante de 25%
(vinte e cinco por cento) do capital social de constituição da empresa;
Observação: A participação acionária somente se permite, em casos excepcionais,
para empresas de base cultural ou tecnológica e de base na inovação, de interesse
estratégico e relevante para a Região e suas cadeias ou arranjos produtivos, mediante
um parecer de empresa de consultoria independente que assegure a natureza efetiva
das atividades produtivas desenvolvidas pela empresa quanto à sua adesão à
classificação de base cultural ou tecnológica ou base na inovação de interesse maior e
assegure, também, que o risco do negócio apresentado e proposto se situa em nível
classificado como conservador pelas condições vigentes de mercado, compatível,
portanto, com o recomendado para as operações do DESNOR e NORTCULT.
O valor do investimento destinado pelo DESNOR e NORTCULT à formação de ativos
fixos de empresas emergentes (incubadas e recém graduadas), está limitado a 40%
(quarenta por cento) do investimento total5 referente ao projeto do empreendimento e
da disponibilidade de recursos do Fundo, considerando sempre uma participação
mínima de capital próprio dos investidores/empreendedores de 30% (trinta por cento).
O valor desse investimento poderá ir até 70% (setenta por cento), mantida a parcela
de participação de capital próprio de 30% (trinta por cento), para aqueles
investimentos que venham a ocorrer na modalidade de “project finance”, garantindo-se
a diferença do montante de participação como investimento com os recebíveis de
contratos pré-firmados, direitos de propriedade e outros estabelecidos sobre o
empreendimento em questão.
Para viabilizar novos empreendimentos, todos os imóveis, integrantes de uma
operação de investimento na modalidade infra-estrutura, devem ser objeto de uma
cessão do direito de superfície e/ou utilização para os investidores/empreendedores,
por prazo sempre igual ou superior a 8 (oito) anos, expansíveis ou renováveis, de
acordo com o interesse das partes. Em caso de interesse do investidor ou
empreendedor superficiário ou usuário, o contrato de cessão do direito de superfície
ou de utilização poderá conter cláusula de direito de opção de venda com o preço
preestabelecido e pré-fixado, a ser pago findo o período da cessão, neste caso
sempre igual ou superior a 15 (quinze) anos, cláusula esta que tanto poderá ter um
caráter mandatário, quanto constar como uma opção ou direito a ser exercido
conforme manifestação ao DESNOR e NORTCULT, até 90 (noventa) dias antes da
data do vencimento do contrato.

5
Considera-se investimento total o somatório dos investimentos em ativos fixos no primeiro ano de
funcionamento do empreendimento resultante do projeto. Em havendo transferências de ativos fixos,
esses serão apreciados por seus valores contábeis atualizados. São considerados investimentos em
ativos fixos: máquinas e equipamentos, inclusive despesas com instalação, fretes e seguros; direito de
propriedade sobre o terreno ou equivalente, edificações e obras de urbanização internas à área em que
será instalado o empreendimento; instalações elétricas, hidráulicas, mecânicas, de transporte, de
aeração, blindagem e aterramento, comunicação, redes e outras; instalações e infra-estrutura de
pesquisa e desenvolvimento, laboratórios, unidades de qualidade e outras; investimentos em
desenvolvimento da propriedade intelectual, representados por produtos, processos e serviços, incluindo
direitos de propriedade industrial, registro de patentes, transferências e aquisições de tecnologia, todos
eles devidamente reconhecidos e registrados.

140 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


O organismo regional de cultura, inovação e conhecimento, gestor do NORTCULT,
poderá se habilitar junto ao Estado do Rio de Janeiro para ter, por delegação e como
repassador, uma parcela do montante que o orçamento estadual reserve anualmente
para aplicação sob a égide da lei de incentivo à cultura estadual, destinado para a
Região, a qual será alocada ao desenvolvimento e implementação de projetos de
interesse regional. Trata-se de uma iniciativa da maior relevância, dada a presença
programada de um número expressivo de empresas de porte que podem direcionar e
integralizar os recursos que seriam destinados à sua contribuição tributária para os
projetos deste fundo.
No caso particular do DESNOR, este fundo deverá atuar única e exclusivamente
voltado para operações de investimento, com o apoio operacional de uma instituição
de investimento que esteja instalada na Região, preferencialmente numa parceria com
a Investe Rio que passa a ter uma agência física no território regional, eximindo-se de
desenvolver qualquer outro tipo de atuação inerente a instituições financeiras
convencionais.
No caso do NORTCULT, este fundo terá uma carteira de programas e projetos que
representam investimentos sem restituição e outra que obedece ao “pattern”
(paradigma) de um fundo de investimento de sua natureza. Os investimentos sem
restituição compreendem uma extensa gama de projetos, envolvendo a maior parte
dos programas, as atividades de fomento e risco (que não obstante devem vincular um
potencial retorno ao sucesso dos desenvolvimentos e descobertas e criações, ou seja,
uma participação nos resultados futuros dos direitos sobre a propriedade intelectual), a
formação de ativos laboratoriais, acervos, a viabilização do conhecimento, do
empreendedorismo e do desenvolvimento e disseminação da cultura, entre outros.
Neste caso, o montante de recursos destinado à primeira carteira deve ser fixado em
seu Estatuto, recomendando-se observe uma relação 70:30 entre investimentos sem
restituição e investimentos com restituição. Em função desta característica, o
NORTCULT deve operar com a assistência contínua de uma auditoria externa
independente para a sua carteira sem restituição e possuir, desde o início de sua
operação, um regulamento bastante explícito, orientando seu processo de decisão
delimitando sua atuação com as condições aplicáveis aos processos sem restituição.
Nesta configuração percebe-se que DESNOR e NORTCULT interagem e atuam
complementarmente, sendo que o NORTCULT tem condições e deve responder a
todas as demandas de programas do DESNOR, que será, certamente, um cliente
regular, em sua carteira.
Em ambos os fundos, ressalte-se que eles dão cobertura somente a projetos de
interesse comum regional, assim classificados aqueles que figuram nas Carteiras de
Projetos principal e complementar do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte-
Noroeste ou novos que passarem por uma prévia aprovação do organismo de
governança regional, no qual todas as municipalidades estão representadas. Está
claro, que a atuação de ambos far-se-á em articulação com os fundos municipais,
entre outras fontes de “funding” disponíveis no ambiente regional ou nacional/interna-
cional.

Outros Integrantes da Estrutura


Compõe a estrutura de “funding” regional a alocação de uma parcela significativa das
receitas municipais para a execução de investimentos públicos. Neste sentido, a
proposição é de que cada uma das vinte e duas Municipalidades destine, pelos
menos, 11% de sua receita total para esta finalidade de maneira continuada,
procurando sempre que possível elevar este valor para algo em torno de 15%.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 141


Ressalte-se que os níveis desejados de poupança para assegurar níveis de
desenvolvimento adequados, se situa entre 20 a 25%, valor este que se mostra
bastante superior ao recomendado como média. No entanto, cabe mencionar que
alguns dos municípios da Região, aqueles que recebem as parcelas mais substantivas
de royalties do petróleo, já investiram, em passado recente, até valores superiores a
25% a.a. Neste aspecto, deve-se salientar que o importante não constitui o valor
absoluto em si, mas o valor associado à natureza das aplicações, ou seja, nos objetos
e no como se efetiva a aplicação de tais percentuais uma vez que destas condições
decorrem os fatores de multiplicação e aceleração da economia assim como da
sustentabilidade ou não do processo de desenvolvimento. O princípio fundamental
consiste na qualificação do investimento para a utilidade do resultado, seja na
alavancagem da economia ou do bem estar da população, ou ambos, ou ainda na
criação de significados e sinergias que promovem avanços evolutivos na via de
desenvolvimento desejada. A título de ilustração se tais investimentos privilegiam as
compras internas à Região (uma das funções do mercado comum), internaliza-se o
capital e promove-se o seu giro acelerado, distribuem-se oportunidades e renda e
trabalho (escólio: esta é a proposta do Compra Rio, do PAA do Ministério de
Desenvolvimento Social, entre outros, e que deve ser usada intensamente nos
projetos Copa do Mundo e Olimpíadas). Trata-se de uma assunto que envolve
coordenações de coordenações de ações uma das mais importantes funções da
unidade de governança regional.
Outro componente do “funding” regional constitui o sistema de microcrédito disse-
minado e presente em todos os municípios administrado pelas Municipalidades ou por
terceiros por lei delegada, considerando que o seu uso depende essencialmente da
proatividade dos gestores associada a programas induzidos de desenvolvimento em
municípios ou microrregiões particularmente endereçados a arranjos produtivos. A
Investe Rio dispõe de recursos, com um custo simbólico efetivo, assim como pode
repassar recursos do BNDES e há outras fontes se o volume de recursos superar as
expectativas das disponibilidades. Esta é uma das modalidades mais eficientes de se
promover os micro e pequenos empreendimentos, que precisa passar a ser usada ex-
tensivamente.
Numa perspectiva de médio/longo prazo, a estratégia de constituição por regulação
regional de fundos de exaustão associados à indústria extrativa, amplamente usados
em países desenvolvidos, desde que protegem o capital dos acionistas em relação
aos ativos imobilizados, na trajetória desses empreendimentos que se exaurem com
tempos limitados de vida útil, proporciona outra fonte de capital regional, uma vez que
tais fundos podem vir a ser aplicados em oportunidades de baixo risco ou em carteiras
de investimento lastreadas, por exemplo, por recebíveis ou, garantidas por seguros
apropriados.
No que se refere às atividades da silvicultura, a fonte de “funding”, no momento é o
MDL, mecanismo de desenvolvimento limpo, ou créditos de carbono, em que existe
um mercado importante, para investidores principalmente do hemisfério Norte e, mais
especificamente, provenientes de países da Comunidade Econômica Européia. Neste
caso, o território Norte-Noroeste Fluminense, em áreas adrede determinadas, se
presta para abrigar florestas plantadas, comerciais e de restituição natural numa
composição economicamente viável, que representam a contrapartida das emissões
provocadas pelos investidores em seus países de origem, numa moeda de troca que
observa as cotações do mercado internacional e aprecia os investimentos em tais
empreendimentos que sustentam uma cadeia produtiva de transformação da madeira.
Outra fonte de “funding” de vulto diz respeito à atração dos fundos de pensão sob dois
aspectos distintos, o primeiro decorrente de um aumento substantivo do nível de

142 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


emprego, com parcela significativa de primeiros empregos, estáveis, o que expressa
uma das fontes de captação relevante para tais fundos. A outra diz respeito ao
portfólio de investimentos/empreendimentos em que alguns deles possuem perfil e
risco em consonância com as aplicações de fundos de pensão. Neste caso, deve-se
considerar que parcela expressiva dos recursos dos fundos de pensão está
“terceirizada”, ou seja, administrada em carteiras individualizadas de investimento de
bancos nacionais, sendo estes, então, os alvos para participação na formação da
capitalização regional.
Entre outras possibilidades, na medida em que o processo de desenvolvimento se
instale e comece a se distribuir pelo território, constitui uma fonte de “funding” do maior
significado pelo seu teor e modo de realização, as contribuições dos empregados,
patrocinadas pelas empresas, correspondentes a valores dedutíveis de seu imposto
de renda, pessoa física, destinando-as ao desenvolvimento social de instituições
assistenciais regionais. Trata-se de um exercício de responsabilidade social coletiva e
solidária, empregado-empregador, ou melhor, unidade empresarial, neste ato de
converter parcela de sua renda como auxílio para o processo de inclusão social,
praticado como cidadania, com o critério e o rigor exigido para procedimentos de tal
natureza. Estendido a uma escala regional, os volumes de recursos atingem cifras
expressivas que complementam desembolsos públicos e de instituições do terceiro
setor, realizados ou por realizar, contribuindo para co-construir e aproximar a
sociedade de sua visão manifesta do futuro desejado.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 143


3. REFERÊNCIAS

BEER, Sttaford. Decision and Control. J. Wiley. London, 1966.

BEER, Stafford. The Brain of the Firm. John Wiley and Sons. London, 1972.

FJP.Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Secretaria de Estado de Planejamento


e Gestão - SEPLAG, Fundação João Pinheiro, 2005.

FUERTES, Ana Maria y GATICA, Leonardo. De la economia global al desarrollo local,


PUV, Universidad de Valencia, 2008.

HARVARD BUSINESS REVIEW. Measuring Corporate Performance. ISBN 98-


234095, Harvard College, 1998.

KAPLAN, Robert S. The Balanced Scorecard – Managing the Future Performance.


Harvard Business School Publishing, 1998.

Sites Consultados:

Acesso ao site www.faperj.br, consulta ao Índice de Qualidade de Municípios, IQM,


1998-2003, Fundação CIDE, em junho de 2010, 15 a 22.

Acesso ao site www.firjan.org.br, consulta ao Índice FIRJAN de Desenvolvimento Mu-


nicipal, IFDM, 2006, em junho de 2010, 15 a 22.

144 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


miolo - saida jul_Layout 1 06/10/10 21:31 Page 3

Metodologia de Acompanhamento
e Desempenho
Autor:

Eduardo Nery

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÃO INICIAL.............................................................................. 149


2. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO - METODOLOGIA A: GENERALIZADA 149
3. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO- METODOLOGIA B: RESPONSABILIDADE
SOCIAL DA REGIÃO ...................................................................................... 152
4. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO - METODOLOGIA C: INDICE NORTE-
NOROESTE DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ........................................... 153
5. SISTEMA DE INDICADORES DE DESEMPENHO......................................... 154
6. REFERÊNCIAS............................................................................................... 156

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


LISTAS

FIGURA

Figura 1 - Norte-Noroeste Fluminense, Indicadores de Realização Propostos......... 150

GRÁFICOS

Gráfico 1 - Norte-Noroeste Fluminense, Relação entre as Variáveis de Realização ou


Resultado Obtido ..................................................................................................... 151
Gráfico 2 - Metodologia Ethos, Responsabilidade Social ......................................... 152

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


1. CONSIDERAÇÃO INICIAL
A gestão brasileira tem avançado muito nos últimos anos, na medida em que muitas
empresas passaram a se estruturar e operar referenciadas a padrões nacionais e in-
ternacionais, vários deles incluindo sistemas de mensuração comparáveis de seu de-
sempenho. Tal situação está muito bem representada em diversos segmentos de ges-
tão da atividade econômica, tanto privada quanto pública. Há também avanços impor-
tantes nos processos financeiros associados à captação de recursos, apresentação de
projetos e iniciativas equivalentes, onde um expressivo conjunto de indicadores pas-
sou a ser reconhecido e necessário para a qualificação mínima e/ou acompanhamento
de projetos, programas e empreendimentos.
O sistema integrado de acompanhamento e gestão do Planejamento do Desenvolvi-
mento Sustentável do Norte-Noroeste Fluminense deve se estruturar para permitir ao
organismo de governança regional avaliar a efetividade dos resultados de suas ações
de gestão e coordenação na implementação do processo de desenvolvimento, particu-
larmente através das Carteiras de Projetos.
Neste sentido, apresenta-se uma Metodologia Generalizada de Acompanhamento que
se aplica a todos os seus processos de maneira simples, com apenas três índices,
mas muito eficaz, ao mesmo tempo em que se descrevem métodos existentes, mais
específicos, que delineiam a possibilidade de se desenvolver um sistema próprio para
acompanhar e mensurar o desempenho da gestão do organismo de governança regi-
onal, da implementação do Plano de Desenvolvimento e dos resultados para a socie-
dade do Norte-Noroeste Fluminense, na sua condição de público alvo do processo.

2. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO - METODOLOGIA A: GENERALIZADA


Constituem, portanto, objetivos desse Sistema a apuração e análise:
• da implementação dos programas, empreendimentos e iniciativas que estão reu-
nidos sob a designação Projetos, nas Carteiras principal e complementar;
• dos efeitos dessa implementação dos Projetos do Plano de Desenvolvimento
para a melhoria da qualidade do viver da Região, mensurando a efetividade dos
benefícios produzidos.
Em ambos, determina-se o que foi executado ou o que resultou, o que não foi execu-
tado ou não resultou, e o que poderia ter sido executado ou poderia ter sido obtido e
não foi.
A divulgação pública desses resultados corresponde a se atribuir transparência ao
processo de governança e planejamento, socializando e democratizando as informa-
ções.
Foram escolhidos dois conjuntos de indicadores próprios, conhecidos como indicado-
res de realização e de desempenho.

Indicadores de Realização

Quando consideramos o contexto de uma gestão de uma instituição de interesse pú-


blico, como é o caso do organismo de governança regional do Norte-Noroeste, numa
perspectiva de uma ou mais atribuições permanentes, observa-se que os indicadores
de realização e desempenho devem contemplar alguns fatores vitais que determinam

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 149


a viabilidade e autoprodução do seu atendimento às demandas eleitas e aos compro-
missos assumidos com a sociedade, diante das dinâmicas de evolução antecipadas
nos Cenários Prospectivos.
Tais fatores incluem as capacidades latentes da Região e do seu entorno que podem
ser constituídas, mobilizadas ou induzidas por uma gestão competente ou, dissipadas
e não utilizadas, por uma administração descuidada ou despreparada.
Daí ser necessário adotar e trabalhar com números em por unidade ou adimensionais.
Neste sentido, as medidas de realizações se desenvolvem sobre três situações distin-
tas, sequenciais, a saber:
• realidade atual ou atualidade - constitui o que se esta fazendo com os recursos
disponíveis sob limitações, pressupostos e direcionamentos existentes;
• capacidade - constitui o que poderia estar se fazendo agora, com os recursos e
limitações existentes;
• potencialidade - constitui o que deveria estar se fazendo com a mobilização de
recursos e com a remoção das limitações inclusive as ambientais, em atendi-
mento à trajetória viável estabelecida pelo Plano de Desenvolvimento Sustentá-
vel do Norte-Noroeste.
Seja qual for o modo do planejar e/ou do gerir, o que de fato se transforma é a realida-
de atual, e as medidas de realização relacionam a capacidade e a potencialidade com
o que é real, no momento atual, com três medidas nas mesmas unidades.

Figura 1 - Norte-Noroeste Fluminense, Indicadores de Realização Propostos

P POTENCIALIDADE
C/P

÷ LATÊNCIA
ÉGICO
PLANEJAMENTO NORMATIVO

A/P
ESTRATÉ

÷
PLANEJAMENTO ESTRAT

x
ÁTICO

C CAPACIDADE DESEMPENHO

A/C
PLANEJAMENTO T

÷ PRODUTIVIDADE

A ATUALIDADE
FONTE: PLATFORM FOR CHANGE
J. WILEY

A Produtividade é, portanto, a relação entre a atualidade e a capacidade, ou seja, o


quanto está sendo feito ou obtido ou deixando de ser realizado ou obtido em relação à
capacidade existente. Ela indica a efetividade operacional da governança regional em
suas atribuições ou na realização da implementação de um dos projetos de carteira.
A Latência, uma relação entre a capacidade e a potencialidade, define o quanto pode-
ria estar sendo feito ou obtido, assumindo-se os mercados e capacidades generativas

150 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


da Região, em relação à capacidade atual de fazer ou desenvolver ou obter o objeto
de sua existência. Ela sinaliza a expansão viável.
O Desempenho, como a relação entre a atualidade e a potencialidade, mensura o que
está sendo feito ou obtido agora, em relação ao que deveria ou poderia estar sendo
feito ou obtido pelo tamanho da demanda de um serviço, pela capacidade de geração
de uma receita, pelo benefício esperado pela população e assim por diante. Ele mos-
tra a diferença entre o que está sendo feito e o que poderia estar sendo feito, medindo,
então o que está deixando de ser realizado ou o quanto se está em relação à meta.
Na medida em que estes indicadores se aplicam a tudo o que o organismo de gover-
nança regional deve promover, no que constitui a sua essência e, na sua condição de
indicadores não dimensionais, comparáveis entre si, passa-se a ter um sistema de
acompanhamento contínuo, em tempo real, do que está sendo realizado e obtido, do
que pode vir a ser realizado ou obtido e do que poderá vir a ser realizado ou obtido,
ajustado às realidade dos cenários prospectivos, e às múltiplas atribuições da gestão
regional.
O Gráfico a seguir, ilustra a relação entre essas variáveis, presentes em todos os pro-
cessos de modo comum, independente de suas especificidades.
Gráfico 1 - Norte-Noroeste Fluminense, Relação entre as Variáveis de Realização ou
Resultado Obtido

Potencialidade

Capacidade

Atualidade

Tempo

A não ser em uma economia ideal, estática, de pleno emprego dos fatores, a Potencia-
lidade sempre será superior à Capacidade que é sempre superior à Atualidade.
Dependendo do que estiver sendo mensurado em termos da realização ou resultado
obtido:
superior será maior e melhor se for qualidade de vida, inclusão social, …
superior será menor e melhor se for consumo, tempo,…
Desempenho igual a 1,0, somente na economia ideal, em que a Atualidade, a Capaci-
dade e a Potencialidade se confundem.
Se se aumentar a capacidade com melhoria da qualidade, elevação do moral, reformu-
lação de processos e outras, a latência melhora e a produtividade diminui, podendo
manter constante o desempenho.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 151


Se se reduzir a capacidade, comprimindo orçamentos, reduzindo pessoal, diminuindo
compras, baixando a qualidade, a produtividade pode aumentar significativamente
enquanto a latência reduz perigosamente, mesmo que o desempenho se mantenha
praticamente inalterado.
Se a Potencialidade diminui, pela pressão da concorrência, por exemplo, mantida a
Capacidade e a Atualidade, o desempenho cai indicando a redução da perspectiva de
evolução.
A leitura dos movimentos desses indicadores de realização e obtenção de resultados
proporciona a informação do posicionamento da gestão do organismo de governança
regional e propicia inclusive, por simulação, as condições esperadas de seu compor-
tamento futuro.
No caso do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte-Noroeste, a existência
das metas e as referências nacionais e internacionais para os vetores de desenvolvi-
mento, determinam as condições alvo, ou seja, as Potencialidades, o que torna esta
metodologia aplicável diretamente, com facilidade, desde que as determinações da
Capacidade e Atualidade observam a mensuração habitual da gestão.

3. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO- METODOLOGIA B: RESPONSABILIDA-


DE SOCIAL DA REGIÃO
Outra abordagem possível, diz respeito a se considerar os indicadores e conceitos
correspondentes da responsabilidade social. Na verdade, parece óbvio e talvez redun-
dante, falar-se em responsabilidade social em relação a uma Região, como a Norte-
Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. No entanto, se se consideram os princípios
globais de Sullivan ou os conteúdos do Instituto Ethos, ou os do Dow Jones Sustaina-
bility ou London Benchmarking Group, entre outros, destinados à gestão privada e não
governamental, é possível identificar claramente a importância da incorporação de
alguns de seus conceitos e indicadores à gestão regional. Uma representação desses
conceitos que vem cada vez mais, se tornando o núcleo de um modo de avaliação
universal, consta do Gráfico seguinte.
Gráfico 2 - Metodologia Ethos, Responsabilidade Social

Fonte: Instituto Ethos, SP.

152 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Nele estão representadas as dimensões – aplicáveis à gestão de processos como o
desenvolvimento regional - em que se apuram os comportamentos da governança
regional em seu processo de gestão.
Naturalmente que esta Metodologia deve ser adaptada e ajustada para atender ao
processo de gestão da governança regional do Norte-Noroeste, redefinindo-se dimen-
sões tais como contribuições para a melhoria da qualidade de vida da população, atu-
ação ética, promoção da igualdade de oportunidades entre todos os municípios, sem
quaisquer distinções ou discriminações às pessoas e Municipalidades, contribuição
para o aumento da riqueza regional com distributividade, promoção da inclusão social
no mercado de trabalho, proteção e recuperação do meio ambiente e do desenvolvi-
mento sustentável, geração do conhecimento e da capacidade de “funding” regionais,
entre outros. Trata-se, por conseguinte, de uma iniciativa que o organismo de gover-
nança regional deve assumir e desenvolver nos primeiros momentos de sua existên-
cia, com o apoio de instituição(ões) especializada(s) regional(is).

4. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO - METODOLOGIA C: INDICE NORTE-


NOROESTE DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
A Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação dos Servidores
Públicos do Estado do Rio de Janeiro, CEPERJ, sucessora da Fundação CIDE, é res-
ponsável pela criação do Índice de Qualidade dos Municípios – Potencial para o De-
senvolvimento, IQM, que pode ser considerado um dos mais importantes e poderosos
instrumentos de gestão municipal e estadual, tendo em vista apresentar um panorama
diversificado em termos de análise de dados sobre todos os municípios do Estado o
que lhe permite nutrir as ações de planejamentos mais estratégico, que se voltem para
a formação de equilíbrios e para a sustentabilidade no território estadual. Este Índice
assimila as perspectivas da Teoria das Localidades Centrais, da formação de Pólos de
Desenvolvimento e do Desenvolvimento Local Sustentável que dão origem a sete gru-
pos (também chamados cestas) de indicadores, cada qual abordando um aspecto das
condições básicas consideradas necessárias para o desenvolvimento do município, a
saber dinamismo, centralidade e vantagem locacional, riqueza e potencial de consu-
mo, qualificação da mão-de-obra, facilidades para negócios, infra-estrutura para gran-
des empreendimentos, cidadania. Entretanto, o IQM padece do problema da desconti-
nuidade no tempo, uma vez que se dispõem apenas dos anos de 1998 e 2005.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, vem desenvol-
vendo regularmente, com alta proficiência, o cálculo anual do Índice FIRJAN de De-
senvolvimento Municipal, IFDM, para todos os municípios brasileiros, procedendo às
classificações de posição correspondentes. O IFDM se estrutura sobre as dimensões
Emprego e Renda, Saúde e Educação, sendo calculado regular e anualmente. As va-
riáveis que compõem o índice de Emprego e Renda são: geração de emprego formal,
estoque de emprego formal e salário médio do emprego formal (fonte: Ministério do
Trabalho); o de Educação inclui taxa de matrícula na educação infantil, taxa de aban-
dono escolar, taxa de distorção idade-série, percentual de docentes com nível superi-
or, média de horas-aula diária e resultado do IDEB (fonte: Ministério da Educação); e o
de Saúde são número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas e óbitos
infantis por causas evitáveis (fonte: Ministério da Saúde). Constata-se uma abrangên-
cia maior a algumas diferenças em relação ao IDH-M, além da freqüência, uma vez
que este último é calculado somente quando da realização de censos.
A Fundação João Pinheiro criou e mantém a cada biênio, o Índice Mineiro de Respon-
sabilidade Social, IMRS, com os primeiros resultados sendo divulgados em 2006. Para
a viabilidade deste Índice, foram avaliados dois macro aspectos da questão de consti-

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 153


tuição de um novo Índice no ambiente de um Estado brasileiro, o primeiro as dimen-
sões mais representativas do desempenho municipal e regional que ampliam o que já
vem sendo considerado pelo Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, e, em segundo
lugar, a disponibilidade de bases de dados que permitam a sua contínua apuração e
comparação entre municípios e regiões.
O IMRS, nesta sua primeira versão, possui oito dimensões, em cujo cálculo compare-
cem quarenta índices. Como dimensões estão renda e emprego, saúde, educação,
habitação e meio ambiente, segurança pública, cultura, desporto e lazer, gestão. Co-
mo o número de indicadores é grande mensuram-se tanto aspectos quantitativos
quanto qualitativos, para múltiplos constituintes de cada dimensão, o que lhe confere
um rigor e significado muito maior em relação a outros indicadores, o IDH-M, por e-
xemplo.
Diante da situação representada por estes exemplos da melhor qualidade, observa-se
que não há uma única metodologia que cubra todas as dimensões, ou grupos, ou ces-
tas, qualquer que seja a denominação, que interessam e se mostram indispensáveis
ao acompanhamento da implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável
Norte-Noroeste, regional, para um horizonte 2035.
Assim há duas possibilidades distintas, não exclusivas, qual sejam, a de se utilizar
múltiplos indicadores de fontes diferentes, o que introduz algumas dificuldades ou a
necessidade de pactuar ajustes com uma ou mais das instituições existentes, que re-
sultem em uma cesta de índices e indicadoras que abranjam o espectro de necessida-
des da Região, com o uso das metodologias utilizadas, as mais apropriadas. Este a-
justamento tanto pode ser feito decorrente de acordo específico, pela instituição emi-
tente, quanto por outra instituição associada, por delegação assistida. Naturalmente, a
grande dificuldade de se constituir nova fonte reside na questão da constituição das
bases de dados e a comparabilidade, ou seja, se já há quem esteja coletando e pro-
cessando os dados para manter sistemas existentes de reconhecido valor, esta condi-
ção deve ser mantida e estimulada em termos da regularidade de suas edições. Bases
adicionais somente se justificam em razão de ausência da informação necessária ou
customizada, no mercado. Nesta circunstância, torna-se possível antecipar que o a-
companhamento pela governança para a Região Norte-Noroeste, venha a ser dotado
de um Índice Regional de Desenvolvimento Sustentável que capitalize as experiências
de sucesso de índices existentes das organizações mencionadas, ajustado às condi-
ções evolutivas da Região e em especial à efetividade do seu Plano de Desenvolvi-
mento Sustentável em relação à consecução de seus objetivos.

5. SISTEMA DE INDICADORES DE DESEMPENHO


No domínio do desempenho, a disseminação em todos os continentes de organismos
de desenvolvimento regional, propiciou a formação de um elenco diversificados de
metodologias e itens de avaliação do modus de governança regional, naturalmente
que contextualizados nas diferentes situações.
O sumário seguinte exemplifica um extrato de mescla de informações secundárias, ou
índices, com informações primárias de consultas de opinião, a estratos qualificados da
sociedade, que representam uma amostra típica de informações de mensurações de-
sejadas, captadas e sistematizadas de agentes socioeconômicos que interagiram ne-
gocialmente com o organismo de gestão regional e das populações para as quais eles
existem, entre as quais então figuram:
• número de pessoas trabalhando em tempo integral e o seu custo total pelo in-
cremento do PIB regional anualmente;

154 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


• número de projetos, programas e empreendimentos desenvolvidos, em implanta-
ção ou aguardando para serem realizados, e seu estágio em relação às metas
pré-fixadas de sua implementação;
• número de atividades de negócios desenvolvidas (decididos e implantados, em
implantação, em apreciação positiva, em apreciação incerta, não realizados, em
espera) em relação às metas pré-fixadas de resultados;
• participação média dos parceiros e aliados nas co-operações realizadas e não
realizadas;
• média das ocorrências de restrições com “funding” em relação ao número de
negócios que deram entrada e aos realizados;
• média de restrições com coordenação, idem;
• média de restrições de capacidade (limitações físicas, de pessoal, instrumental,
terrenos, escala fundiária, etc.), idem;
• média de discordâncias entre as Municipalidades e os agentes do organismo de
governança regional;
• quão efetiva é a organização no desenvolvimento regional (consulta ao público
alvo ou votação voluntária ao final de cada atendimento?
• o que precisa mudar, ou falta, para melhorar a sua efetividade (autocrítica)?
• ...
Obs.: Todos os indicadores são mensurados por números ou méritos atribuídos, parte
deles expressando os valores das médias dos registros, exceção apenas ao último
quesito que recebe uma pontuação pela incidência de sua citação.
De fato, esse pequeno grupo de indicadores, auto-explicativos, se detém na avaliação
da efetividade da gestão empresarial e de qual é a percepção quanto à sua atuação
pela sociedade, de uma forma simples, mas representativa do que de mais importante
está presente ou não, no exercício da atividade da governança regional.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 155


6. REFERÊNCIAS

BEER, Sttaford. Decision and Control. J. Wiley. London, 1966.

BEER, Stafford. The Brain of the Firm. John Wiley and Sons. London, 1972.

FJP.Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Secretaria de Estado de Planejamento


e Gestão - SEPLAG, Fundação João Pinheiro, 2005.

FUERTES, Ana Maria y GATICA, Leonardo. De la economia global al desarrollo local,


PUV, Universidad de Valencia, 2008.

HARVARD BUSINESS REVIEW. Measuring Corporate Performance. ISBN 98-


234095, Harvard College, 1998.

KAPLAN, Robert S. The Balanced Scorecard – Managing the Future Performance.


Harvard Business School Publishing, 1998.

Sites Consultados:

Acesso ao site www.faperj.br, consulta ao Índice de Qualidade de Municípios, IQM,


1998-2003, Fundação CIDE, em junho de 2010, 15 a 22.

Acesso ao site www.firjan.org.br, consulta ao Índice FIRJAN de Desenvolvimento Mu-


nicipal, IFDM, 2006, em junho de 2010, 15 a 22.

156 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


miolos 5_Layout 1 30/08/10 22:40 Page 4

Desenvolvimento Regional
Programa de
“ A preeminência da decisões dos atores da governança regional sobre outras decisões que não respondem ao interesse regional,
é o que define o processo de desenvolvimento regional. Avançar para um desenvolvimento mais humano de um território (1) requer que
as pessoas incrementem seu caudal de consciência e a percepção de sua realidade e possibilidades.”

in Bustamante, Juan F. Gestión del territorio y educación, 2008.

(1) Território é o espaço onde as pessoas desenvolvem a sua cultura,


formulam as leis que as regem,
estabelecem suas formas de organização e
constroem seu sistema econômico.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


SUMÁRIO

1. DIGRESSÃO INICIAL.......................................................................................................................................................................... 161


2. CLASSIFICAÇÃO DOS PROJETOS ................................................................................................................................................... 162
3. MÓDULO HISTÓRICO ETNOGRÁFICO ............................................................................................................................................. 165
4. MÓDULO MEIO AMBIENTE NATURAL .............................................................................................................................................. 181
5. MÓDULO MEIO AMBIENTE MODIFICADO ........................................................................................................................................ 201
6. MÓDULO FÍSICO E INFRAESTRUTURA............................................................................................................................................ 212
7. MÓDULO SANEAMENTO AMBIENTAL E HABITAÇÃO ..................................................................................................................... 236
8. MÓDULO ECONOMIA......................................................................................................................................................................... 249
9. MÓDULO SOCIAL............................................................................................................................................................................... 285
10. MÓDULO POLÍTICO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................................................ 351
11. MÓDULO INSTITUCIONAL LEGAL..................................................................................................................................................... 380
12. DIGRESSÃO FINAL ............................................................................................................................................................................ 404
ANEXO................................................................................................................................................................................................405
ANEXO I – CARTEIRA DE PROJETOS .............................................................................................................................................. 406

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


“Eis o que dá ousadia aos nossos sonhos: eles podem ser realizados”

Le Corbusier

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


1. DIGRESSÃO INICIAL
O Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, como o próprio nome diz, reúne as mais importantes
iniciativas indicadas para promover o desenvolvimento regional e municipal, abrangendo, portanto, programas, empreendimentos, projetos, formação
de co-operações, ações, entre outras, tendo sido constituído, naturalmente, a partir dos elementos do trabalho que definiu a Estratégia de Desenvol-
vimento Sustentável Regional, quais são os seus Macroprogramas, Objetivos, Metas, Programas, Empreendimentos ou Iniciativas. Trata-se de um
extenso elenco de iniciativas de desenvolvimento em que se observa que uma quantidade expressiva delas não envolve quaisquer dispêndios, nem
significativos, nem adicionais; muitas delas já possuem recursos e cobertura financeira e orçamentária, muitas delas dependem somente de entendi-
mentos, formalização de acordos e parceirização, factíveis desde que beneficiam e fortalecem as partes que se comprometem. Entre os que depen-
dem de recursos, a maior parte ou já está programada para ser realizada por investidores privados ou correspondem à sua priorização pelo investidor
público, principalmente Municipalidades, de recursos que estão sob a sua administração e, finalmente, uma parcela menor depende de captação de
recursos públicos estaduais e federais e de terceiros. Assim, fica claro que, em termos de recursos de “funding”, o que se necessita captar representa
um esforço focalizado, absolutamente exeqüível, na contextualização dos Cenários prospectivos. A questão chave, crítica, da implementação do pro-
cesso de desenvolvimento do Norte e Noroeste, está centrada no comprometimento – por meio de recursos, co-operações e, principalmente, compor-
tamentos e expectativas - dos agentes socioeconômicos e ambientais envolvendo as lideranças públicas, privadas, do terceiro setor e a sociedade,
com o Plano e com este Programa, do qual resultará a Carteira de Projetos, que especificará os que forem eleitos, por seus representantes, como de
maior prioridade. Subsidiariamente, o êxito da sua implementação está associado à atuação do organismo de governança regional, no seu papel de
promover coordenações de coordenações de ações na diacronia do Programa e da Carteira, que constituem, na verdade, o mesmo produto com di-
mensões de priorização distintas, em função dos efeitos ou resultados que produzem. Este Programa de Desenvolvimento se orienta, num primeiro
momento, pela otimização do que existe, com agregação de valor e aumento de produtividade e qualidade diferenciada, enquanto investindo priorita-
riamente nas iniciativas de transformação estruturais que habilitem a Região Norte-Noroeste, integrada, a ampliar até o limite, as possibilidades de
sua participação sustentável no processo de crescimento econômico que nela se instalou e prossegue nas próximas décadas. A exploração de recur-
sos naturais se torna inevitável ou essencial, para alavancar o processo de desenvolvimento, devidamente administrado e conduzido como uma via
planejada. Neste momento, estimula-se a cooperação, a confiança, a coesão e a pertinência com o território. Com isto, a cultura do desenvolvimento
começa a permear e as atmosferas dos ambientes de produção e negócios se expandem na competência e na especialização, na inovação e na sua
difusão e apropriação, reduzindo as incertezas e constituindo as referências de autonomia e sustentação de suas posições de mercado. No momento
imediatamente seguinte, daqui a quinze anos pelo menos, as bases deverão estar preparadas para escolhas mais complexas, menos dependentes
do extrativismo e de “commodities”, de modo a incluí-los em novas trajetórias de desenvolvimento construídas da transformação e da criação permiti-
da pela riqueza gerada e pelos investimentos priorizados do momento anterior. No centro desta dinâmica de desenvolvimento, uma realização priori-
tária maior: a educação e o conhecimento, que passam a fazer parte de todos os membros da sociedade regional, com a generalização do aprender
a aprender como o bem mais precioso do processo e deste Programa de Desenvolvimento Sustentável que se segue.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 161


2. CLASSIFICAÇÃO DOS PROJETOS
Os Projetos da Carteira Inicial, que correspondem ao Programa de Desenvolvimento Regional, foram classificados de acordo com um conjunto
de critérios que consideram as múltiplas situações existentes ou que subsistirão nos Cenários construídos para a Região Norte-Noroeste Flu-
minense, nos próximos 25 ou 30 anos. Além da classificação, a cada Projeto se atribuiu uma valoração representando sua prioridade, atribuída
pela equipe de especialistas, no sentido de permitir, no momento imediatamente seguinte, formar-se a Carteira de Projetos prioritários ou prin-
cipal. Esta Carteira de Projetos, tendo em vista as práticas vigentes, particularmente as utilizadas pelo Ministério das Cidades, tinha como di-
mensão, um conjunto de 10 Projetos, ou melhor, 10 Macro Projetos, entendendo-se como tal, um projeto que reúna vários outros no sentido de
atender a um ou mais objetivos de interesse comum para o efetivo desenvolvimento regional. No entanto, dada a amplitude deste Plano de
Desenvolvimento Sustentável, conviu-se por estender este número para algo próximo de 40 Macro Projetos.
Nestas circunstâncias, os Projetos, compreendendo programas, empreendimentos, iniciativas e ações, entre outras manifestações de inter-
venção executiva na Região e em sua população e sistemas associados, foram classificados em:
1. Elegíveis (E)
1.1 Estruturantes (EE)
1.2 Especiais (ES)

2. Gerais (G)
2.1 Regionais (GR)
2.2 Microrregional ou Municipal (GM)

Elegíveis constituem os projetos que transformam ou produzem uma transformação na Região. Transformar é assumir um novo modo de ser e
de pensar, de agir e de se comportar que transformem as estruturas de uma sociedade ou um povo. Nesta linha de compreensão, elegíveis
são, portanto, um ou um conjunto de programas, empreendimentos e iniciativas – multi e interdisciplinares – que constitui ou reúne em um pro-
jeto portador de uma identidade individualizada, com resultados voltados para promover uma transformação necessária, razão pela qual são
chamados também estruturantes. De maneira análoga, acontecem projetos que, na sua especificidade, alavancam igualmente transformações,
caracterizando-se como um programa, empreendimento ou iniciativa de alta relevância individualizada. Esta, então, a qualificação dos projetos

162 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


especiais. Com isto, reafirma-se que desenvolver é realizar diferenciações na generalidade, ou, transformações estruturais qualitativas num
sistema socioeconômico ambiental.
Mas na Carteira de Projetos Iniciais, há também os denominados projetos Gerais que constituem programas, empreendimentos e iniciativas
que promovem mudanças de primeira ordem, incrementais ou conjunturais, ou de outra natureza semelhante. Mudar, neste caso, corresponde
a adicionar ou subtrair em um processo ou modo de realizar ou viver, sem produzir transformações. Para este grupo, a classificação se faz
quanto à sua extensão ou abrangência geográfica, podendo ser, então, ou regional, ou microrregional e municipal.
Os projetos Elegíveis receberam um pontuação de 1 a 3, sendo 1 o de maior prioridade e 3 o de menor. Vale lembrar que há casos em que
deve se observar um seqüenciamento o que implica em se ordenar a priorização. Para a apreciação destes projetos, foram considerados três
critérios básicos: a importância e o significado para a transformação da Região em benefício de sua população ou da população em benefício
de seu desenvolvimento, a sua viabilidade ou condição de sua viabilização diante dos Cenários Prospectivos e, particularmente, em relação ao
Cenário almejado, Emergência, e as condições de sua sustentabilidade.
Os projetos Gerais receberam uma pontuação mais ampla, variando de 1 a 5, igualmente sendo 1 o de maior prioridade e 5 o de menor. Apli-
ca-se de maneira análoga a condição anterior, quanto ao seqüenciamento. Neste caso, a apreciação se faz pelo quanto cada projeto contribui
para o desenvolvimento do território, em uma graduação de cobertura, polarização e fertilização cruzada e criação de sinergias capazes de
assumir um efeito maior, multiplicador ou acelerador dos processos que comparecem no desenvolvimento planejado.
Dadas as dimensões e complexidade desta Carteira de Projetos Iniciais, o que lhe atribui uma importância maior em termos de sua realização
para se produzir o desenvolvimento necessário, ela foi transformada no Programa de Desenvolvimento Regional, como um instrumento essen-
cial da implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.
Daí, num trabalho meticuloso de associação e grupamento de programas de mesma natureza ou complementares ou que, precisam estar jun-
tos para produzir resultados, ou condição similar, constituiu-se a Carteira de Projetos prioritários, como o subconjunto expandido (para permitir
escolhas) de maior importância que deve concentrar os esforços maiores e primeiros. Por via de conseqüência, emerge a Carteira de Projetos
complementares que agrupa todos os projetos Gerais e os Elegíveis de menor prioridade ou aqueles que excederem a quantidade que com-
põe o bloco eleito de maior prioridade. Deve-se ressaltar que muitos dos projetos podem vir a ser realizados a qualquer momento, em função
de oportunidades que aparecem e nos quais eles se enquadram e respondem em termos de seus objetivos com propriedade. Tendo em vista
tal situação, que acontece normalmente, no modo de governança, a unidade de organização regional está prevista assumir este gerenciamen-
to por delegação e em articulação com a SEPLAG e com orientações e assistência de outras Secretarias e instituições, no sentido de habilitar
projetos deste Programa de Desenvolvimento Regional (integrantes da Carteira complementar) e captar o maior número de oportunidades que
estejam sendo oferecidas ou percebidas no horizonte de implementação do Plano.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 163


Autora:
Elisiana Alves

164 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


3. MÓDULO HISTÓRICO ETNOGRÁFICO
Uma Avaliação Geral
Diante da leitura que se fez das Regiões Norte e Noroeste Fluminense, entende-se como sendo de vital importância para fundamentar o de-
senvolvimento Histórico-Etnográfico destas Regiões, a adoção de quatro macroprogramas que darão condições de desencadear esse proces-
so de desenvolvimento, são eles:
• A Cultura do Desenvolvimento;
• Cultura do Conhecimento, da Arte e da Tecnologia;
• Valores Culturais- Capitais Tangíveis e Intangíveis;
• Binômio Cultura e Turismo.
Esses macroprogramas deverão dar as devidas condições de desenvolvimento segundo o paradigma de sustentabilidade proposto, num hori-
zonte até 2040.
Entretanto, ressalta-se, algumas destas medidas deverão ser tomadas, prioritária e mandatoriamente, durante o primeiro qüinqüênio. Se isto
acontecer, serão viabilizadas as realizações em médio e longo prazo, que a elas estão vinculadas e delas dependem. Caso contrário, as reali-
zações de médio prazo estarão comprometidas e muitas delas, senão a maioria, perderá a sua exequibilidade.
Esses quatro macroprogramas que deverão ser adotados para desencadear o processo de desenvolvimento sustentável nesta Região possu-
em, para cada um deles, determinados objetivos que, para serem alcançados, devem observar uma série de orientações ou estratégias institu-
ídas, afim de que os processos se constituam e os resultados possam acontecer e ser colhidos.
Deve-se entender que a maioria, senão a quase totalidade das ações propostas no que diz respeito à Cultura do Desenvolvimento não depen-
de de alocação de recursos financeiros, mas tão somente da apropriação das responsabilidades pela própria sociedade Regional. As institui-
ções empresariais e de classe deverão alinhar necessidades e potencialidades a fim de desencadear o processo de desenvolvimento.
Ao poder público cabe o papel de promotor e facilitador dos processos e as instituições de ensino, por sua vez, devem exercitar extensiva e
com a maior amplitude, o seu papel junto à população, assumindo efetivamente a responsabilidade de irrigar e nutrir o processo de desenvol-
vimento por meio da produção e distribuição do conhecimento. Deve-se pensar principalmente, uma universidade, uma escola profissionalizan-
te, uma unidade de educação integral que trabalhe com e para a sociedade atendendo-a no que lhe é mais precioso o aprender, o conhecer o
respeita o outro pelo outro. E mudar paradigmas, conceber um novo modo de pensar e de agir, parece ser a mais premente de todas as ne-
cessidades da Região Norte-Noroeste Fluminense. Segue o Programa de Desenvolvimento Sustentável referente ao Módulo Histórico-
Etnográfico ou, alternativamente, Cultura do Desenvolvimento, parte integrante do Capítulo Carteira de Projetos Iniciais.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 165


Organograma Histórico Etnográfico

Histórico Etnográfico
(HE)

Macroprograma HE/1 Macroprograma HE/2 Macroprograma HE/3 Macroprograma HE/4


A cultura do Cultura do conhecimento Valores culturais, Binômio
desenvolvimento da arte e da tecnologia capitais tangíveis e cultura e
intangíveis turismo

166 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma HE/1
Cultura do desenvolvimento

Objetivo MP.HE/1.1 Objetivo MP.HE/.2 Objetivo MP.HE/1.3


Estruturação do desenvolvimento Implementação de uma cultura Regulação adequada entre a
dos intangíveis regionais de governança regional Região Norte-Noroeste e
seu entorno

Meta Meta Meta


Promover a inovação tecnológica e o fortalecimen- Assegurar que todos os municípios participem de Aumentar a complexidade endógena com gover-
to das formas estéticas contemporâneas, das pelo menos duas modalidades de consórcios nança própria imbuída de uma consciência cultural
tradições e da diversidade regional intermunicipais regional do desenvolvimento e sua socioeconomia
ou sistema social e econômico para um desenvol-
vimento sustentável

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 167


Macroprograma HE/1
A cultura do desenvolvimento

Objetivo MP.HE/1.1 Objetivo MP.HE/1.2 Objetivo MP.HE/1.3


Estruturação do desenvolvimento Implementação de uma cultura Regulação adequada entre a
dos intangíveis regionais de governança regional Região Norte-Noroeste e
seu entorno

Programa Programa Programa Programa Programa


Programa
PE.HE/1.1.1 PE.HE/1.1.2 PE.HE/1.2.2 PE.HE/1.3.1 PE.HE/1.3.2 Ampliar
PE.HE/1.2.1
Disseminar o marco Utilizar os grandes Implantar e ou imple- Assumir e praticar, a variedade ou comple-
Ampliar a capacidade
de valores e o reco- empreendimentos mentar os programas em simultaneidade, xidade do sistema da
de cooperação através
nhecimento e prática para multiplicar e estruturantes as estratégias de Região Norte-Noroeste,
de consórcios
da responsabilidade distribuir no território ampliar e reduzir a através de um processo
intermunicipais
social e ambiental os seus benefícios e complexidade do de desenvolvimento
de suas cadeias entorno sustentável construído
produtivas e linhas sobre os seus intangí-
de alimentação e veis
Programa Programa
consumo
PE.HE/1.2.3 PE.HE/1.2.4 Programa
Programa Aumentar a complexidade Acompanhar regular e PE.HE/1.3.3
PE.HE/1.1.3 endógena com governan- a gestão continuada Reduzir a variedade do
Realizar a manutenção ça própria imbuída de uma do planejamento entorno por meio do uso
Programa
do desenvolvimento consciência cultural regio- regional de redutores tais como
PE.HE/1.1.4
sustentável da cultura nal do desenvolvimento e leis e regulamentações,
Adotar um sistema
regional, com o acom- sua socioeconomia ou normas e especificações,
analítico-simbólico das
panhamento do Índice sistema social e econômi- valores, costumes,
marcas da Região
de Desenvolvimento co para um desenvolvi- procedimentos e pautas
Cultural - IDC mento sustentável. de responsabilidade
cultural, entre outras

168 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma HE/2
Cultura do conhecimento da arte
e da tecnologia

Objetivo MP.HE/2.1 Objetivo MP.HE/2.2 Objetivo MP.HE/2.3


Desenvolvimento internalizado Alinhamento da produção acadêmica Distribuição eficiente do
do conhecimento com as necessidades regionais conhecimento

Meta
Que até 2015, se estruturem pelo menos cinco plataformas de conhecimento, tecnologia/arte e
inovação independentes e em domínios diferenciados, na Região Norte - Noroeste Fluminense.
Este número deve se elevar para pelo menos 10, até 2020, e 15 até 2025, alcançando
20 unidades, pelo menos, muito bem qualificadas e produzindo, efetiva e regularmente, conhe-
cimento endogenamente, até 2035

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 169


Macroprograma HE/2
Cultura do conhecimento, da arte
e da tecnologia

Objetivo MP.HE/2.1 Objetivo MP.HE/2.2 Objetivo MP.HE/2.3


Desenvolvimento regional Alinhamento da produção Distribuição eficiente
do conhecimento e da arte acadêmica com do conhecimento
as necessidades regionais

Programa Programa Programa Programa Programa Programa


PS.HE/2.1.1 PS.HE/2.1.2 PS.HE/2.2.1 PS.HE/2.2.4 PS.HE/2.3.1 PS.HE/2.3.3
Transformar a NORTEC Constituir a rede regio- Desenvolver programas Fazer uso do transbor- Criar o sistema de Tornar uma das institui-
num instrumento de nal de conhecimento e de qualificação profissio- damento, aumentando a informação “Alberto ções de ensino superior
formação especializada arte entre as institui- nal da população leiga mobilidade tecnológica e Lamêgo”- SIAL, onde da Região a mantene-
e apoio e depositária ções universitárias, dentro das suas necessi- artística nos ambientes todos os municípios dora do SIAL, disponibi-
do conhecimento profissionalizantes, de dades inter-regional e interna- serão co-depositários de lizando as informações
para o sistema pesquisa e desenvolvi- cional, fazendo uso da informações oficiais em via internet, rádios,
produtivo regional mento, empresas e alavancagem das escalas todas as áreas revistas e jornais
municipalidades, a e escopos em relação à
NORTEC Programa
sua geografia
PS.HE/2.2.2 Programa
Desenvolver programas PS.HE/2.3.2
de integração da cultura Promover através do
Programa Programa Programa
regional com as culturas SIAL e NORTEC,
PS.HE/2.2.3 PS.HE/2.2.5 PS.HE/2.3.4
de outros parceiros inter- bienalmente, o Congres-
Oferecer cursos e festivais regula- Habilitar as instituições Estreitar o relacionamen-
nacionais que estejam so do Desenvolvimento
res e permanentes em artes, tanto acadêmicas regionais to entre os produtores de
atuando na Região do Conhecimento Regi-
de formação quanto especialização para atuar como depositá- conhecimento, arte e a
ad hoc, para alimentar a cultura da rias do conhecimento e onal, em rotatividade população
inovação e da criatividade na tecnologia corporativos de entre os municípios do
Região Norte - Noroeste empresas na Região Norte - Noroeste

170 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma HE/3
Valores culturais capitais
tangíveis e intangíveis

Objetivo MP.HE/3.1 Objetivo MP.HE/3.2 Objetivo MP.HE/3.3


Reconhecer a inovação científica e Intensificar a Relação do Sistema Ampliar a capacidade de gestão pública e
tecnológica como valor estratégico Formal de Educação e a Cultura garantir a participação da sociedade civil
para a cultura nos processos

Meta Meta Meta


Promover a inovação tecnológica e o Inserir a disciplina “Identidade Regional ” Garantir a dotação orçamentária não inferior a
fortalecimento das formas estéticas na grade curricular municipal de todos 2,0% da receita total municipal destinada à
contemporâneas, das tradições e os municípios das Regiões Norte - Noroeste execução de políticas culturais, até 2040
da diversidade regional Fluminense até 2015

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 171


Macroprograma HE/3
Valores culturais capitais
tangíveis e intangíveis

Objetivo MP.HE/3.1 Objetivo MP.HE/3.2 Objetivo MP.HE/3.3


Reconhecer a inovação científica Intensificar a Relação do Ampliar a capacidade de gestão
e tecnológica como valor Sistema Formal de Educação pública e garantir a participação
estratégico para a cultura e a Cultura da sociedade civil nos processos

Programa Programa Programa Programa


Programa Programa
PE.HE/3.2.1 PE.HE/3.2.3 EE.HE/3.3.1 EE.HE/3.3.3
PE.HE/3.1.1 PE.HE/3.1.2
Promover a inclusão Fomentar a reflexão e o Fomentar programas Garantir que todos os
Realizar projetos de Incentivar programas
de mestres dos saberes debate sobre questões voltados à realização de municípios possuam o
inserção dos estudantes de extensão que
das culturas populares de cidadania, pluralidade seminários, à publicação arcabouço legal da
em espaços comunitá- facilitem o diálogo
nas rotinas de educação simbólica, economia da de livros e revistas e uso cultura:
rios para promover o entre os centros de
escolar cultura e cultura do da mídia, à internet e Conselhos
diálogo entre imaginário estudos, comunidades
desenvolvimento outros canais de comuni- Fundos
e as tradições locais artísticas e movimen-
cação para a produção e Fundações
com as formas de tos culturais.
a difusão da crítica Leis de incentivo
difusão tecnológica
Programa artística e cultural Leis de proteção
PE.HE/3.2.2 Programa e participem de fóruns
Estimular a participação de PE.HE/3.2.4 e consórcios regionais
Programa artistas e produtores em Preservar os aspectos de cultura
Programa
PE.HE/3.1.4 programas educativos e de históricos, arquitetôni- Programa
PE.HE/3.1.3
Incentivar a criação de acesso à produção artística cos, artísticos, paisagís- EE.HE/3.3.2
Incentivar a criação,
rádios comunitárias, sites, e cultural ticos e simbólicos das Integralizar 100% do
manutenção e expansão Programa
jornais e revistas regiões estimulando a ICMS – Cultural dos
dos laboratórios de EE.HE/3.3.4
produção historiográfica municípios aos fundos
criação de arte e arte Investir na formação de
local e regional. municipais de cultura
digital nas escolas agentes culturais e
servidores

172 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma HE/4
Binômio cultura e turismo

Objetivo MP.HE/4.1 Objetivo MP.HE/4.2 Objetivo MP.HE/4.3


Ativação dos Circuitos e/ou Construção de identidade A cultura como incremento
Caminhos Turísticos cultural gastronômica da Região do turismo

Meta
Transformar a Região Norte - Noroeste Fluminense em
destinos de primeira grandeza turística do país até 2040

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 173


Macroprograma HE/4
Binômio cultura e turismo

Objetivo MP.HE/4.1 Objetivo MP.HE/4.2 Objetivo MP.HE/4.3


Ativação dos circuitos e/ou Construção de identidade A cultura como
caminhos turísticos cultural gastronômica da incremento do turismo
região

Programa Programa Programa Programa Programa Programa


PR.HE/4.1.1 PR.HE/4.1.3 PS.HE/4.2.1 PS.HE/4.2.4 PR.HE/4.3.1 PR.HE/4.3.3
Investir em Realizar o inventário Realizar programas Concursos e festivais Ações conjuntas, Implementar políticas
capacitação e turístico-cultural educacionais e de gastronômicos, planejadas e geridas de preservação dos
gestão de sistemas municipal e regional associativismo publicações entre as áreas de patrimônios culturais
regionais de turismo cultura e
cooperação sociedade civil
Programa representada
Programa PS.HE/4.2.2 Programa Programa
PR.HE/1.1.4 Classificar e profissionali- PS.HE/4.2.5 PR.HE/4.3.4
Programa Investir na infra-estrutura zar o sistema gastronômi- Incentivar a participa-
PR.HE/4.1.2 Produção de orgânicos e
turística e vias de acesso co regional certificação de origem e Programa ção da comunidade
Habilitar um dos PR.HE/4.3.2 através de fóruns e
municípios da região rastreabilidade
Trabalhar os ícones conselhos culturais
para cidade base culturais
(satélite) da Copa do Programa Programa
Mundo 2014 e a região PR.HE/4.1.5 PS.HE/4.2.3
para sediar modalidade Realizar o plano Trabalhar com o alinha-
esportiva das regional de marketing mento recíproco entre a
Olimpíadas 2016 gastronomia e a produção
agrícola regional

174 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Carteira de Projetos Iniciais: Histórico-Etnográfico

Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade

Macroprograma MP.HE/1 –
EE
A Cultura do Desenvolvimento
Objetivo MP.HE/1.1
Estruturação do desenvolvimento dos intangíveis regionais
Disseminar o marco de valores e o reconhecimento e prática da responsabilidade social e ambi-
PE.HE/1.1.1 EE1
ental
Utilizar os grandes empreendimentos para multiplicar e distribuir no território os seus benefícios
PE.HE/1.1.2 EE1
e de suas cadeias produtivas e linhas de alimentação e consumo
Realizar a manutenção do desenvolvimento sustentável da cultura regional, com o acompanha-
PE.HE/1.1.3 EE1
mento do Índice de Desenvolvimento Cultural – IDC
PE.HE/1.1.4 Adotar um sistema analítico-simbólico como marcas da Região EE1
Objetivo MP.HE/1.2
Implementação de uma cultura de governança regional
PE.HE/1.2.1 Ampliar a capacidade de cooperação através de consórcios intermunicipais EE1
PE.HE/1.2.2 Implantar e ou implementar os programas estruturantes EE1
Aumentar a complexidade endógena com governança própria imbuída de uma consciência cul-
PE.HE/1.2.3 tural regional do desenvolvimento e sua socioeconomia ou sistema social e econômico para um EE1
desenvolvimento
PE.HE/1.2.4 Acompanhar, regular e a gestão continuada do planejamento regional EE1
Objetivo MP.HE/1.3
Regulação adequada entre a Região Norte-Noroeste e seu entorno
Assumir e praticar, em simultaneidade, as estratégias de ampliar e reduzir a complexidade do
PE.HE/1.3.1 EE3
entorno

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 175


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Ampliar a variedade ou complexidade do sistema da Região Norte, através de um processo de
PE.HE/1.3.2 EE3
desenvolvimento sustentável construído sobre os seus intangíveis
Reduzir a variedade do entorno por meio do uso de redutores tais como leis e regulamentações,
PE.HE/1.3.3 normas e especificações, valores, costumes, procedimentos e pautas de responsabilidade cultu- EE3
ral, entre outras
Macroprograma MP.HE/2-
ES
Cultura do Conhecimento da Arte e da Tecnologia
Objetivo MP.HE/2.1
Desenvolvimento regional do conhecimento e da arte
Transformar a NORTEC num instrumento de formação especializada e apoio e depositária do
PS.HE/2.1.1 ES3
conhecimento para o sistema produtivo regional
Constituir a rede regional de conhecimento e arte entre as instituições universitárias, profissio-
PS.HE/2.1.2 ES3
nalizantes, de pesquisa e desenvolvimento, empresas e municipalidades, a NORTEC
Objetivo MP.HE/2.2
Alinhamento da produção acadêmica com as necessidades regionais
Desenvolver programas de qualificação profissional da população leiga dentro das suas neces-
PS.HE/2.2.1 ES1
sidades
Desenvolver programas de integração da cultura regional com as culturas de outros parceiros
PS.HE/2.2.2 ES1
internacionais que estejam atuando na Região
Oferecer cursos e festivais regulares e permanentes em artes, tanto de formação quanto especia-
PS.HE/2.2.3 ES1
lização ad hoc, para alimentar a cultura da inovação e da criatividade na Região Norte – Noroeste
Fazer uso do transbordamento, aumentando a mobilidade tecnológica e artística nos ambientes
PS.HE/2.2.4 inter-regional e internacional, fazendo uso da alavancagem das escalas e escopos em relação à ES1
sua geografia
Habilitar as instituições acadêmicas regionais para atuar como depositárias do conhecimento e
PS.HE/2.2.5 ES1
tecnologia corporativos de empresas na Região

176 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.HE/2.3
Distribuição eficiente do conhecimento
Criar o sistema de informação “Alberto Lamêgo”- SIAL, onde todos os municípios serão co-
PS.HE/2.3.1 ES2
depositários de informações oficiais em todas as áreas
Promover através do SIAL e NORTEC, bienalmente, o Congresso do Desenvolvimento do Co-
PS.HE/2.3.2 ES2
nhecimento Regional, em rotatividade entre os municípios do Norte – Noroeste
Tornar uma das instituições de ensino superior da Região a mantenedora do SIAL, disponibili-
PS.HE/2.3.3 ES2
zando as informações via internet, rádios, revistas e jornais
PS.HE/2.3.4 Estreitar o relacionamento entre os produtores de conhecimento, arte e a população ES2
Macroprograma MP.HE/3-
EE
Valores Culturais Capitais Tangíveis e Intangíveis
Objetivo MP.HE/3.1
Reconhecer a inovação científica e tecnológica como valor estratégico para a cultura
Realizar projetos de inserção dos estudantes em espaços comunitários para promover o diálogo
PE.HE/3.1.1 EE3
entre imaginário e as tradições locais com as formas de difusão tecnológica
Incentivar programas de extensão que facilitem o diálogo entre os centros de estudos, comuni-
PE.HE/3.1.2 EE3
dades artísticas e movimentos culturais
Incentivar a criação, manutenção e expansão dos laboratórios de criação de arte e arte digital
PE.HE/3.1.3 EE3
nas escolas
PE.HE/3.1.4 Incentivar a criação de rádios comunitárias, sites, jornais e revistas EE3
Objetivo MP.HE/3.2
Intensificar a Relação do Sistema Formal de Educação e a Cultura
Promover a inclusão de mestres dos saberes das culturas populares nas rotinas de educação
PE.HE/3.2.1 EE1
escolar
Estimular a participação de artistas e produtores culturais em programas educativos e de acesso
PE.HE/3.2.2 EE1
à produção artística e cultural

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 177


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Fomentar a reflexão e o debate sobre questões de cidadania, pluralidade simbólica, economia
PE.HE/3.2.3 EE1
da cultura e cultura do desenvolvimento.
Preservar os aspectos históricos, arquitetônicos, artísticos, paisagísticos e simbólicos das regi-
PE.HE/3.2.4 EE1
ões estimulando a produção historiográfica local e regional
Objetivo MP.HE/3.3
Ampliar a capacidade de gestão pública e garantir a participação da sociedade civil nos processos
Fomentar programas voltados à realização de seminários, à publicação de livros e revistas e uso
PE.HE/3.3.1 da mídia, à internet e outros canais de comunicação para a produção e a difusão da crítica EE1
artística e cultural
PE.HE/3.3.2 Integralizar 100% do ICMS – Cultural dos municípios aos fundos municipais de cultura EE1
Garantir que todos os municípios possuam o arcabouço legal da cultura:
PE.HE/3.3.3 (Conselhos,Fundos, Fundações, Leis de incentivo, Leis de proteção,e participem de fóruns e EE1
consórcios regionais de Cultura)
PE.HE/3.3.4 Investir na formação de agentes culturais e servidores EE1
Macroprograma MP.HE/4 –
ES/GR
Binômio Cultura e Turismo
Objetivo MP.HE/4.1
Ativação dos Circuitos e/ou Caminhos Turísticos
PR.HE/4.1.1 Investir em capacitação e gestão de sistemas regionais de cooperação GR3
Habilitar um dos municípios da Região para cidade base (satélite) da Copa do Mundo 2014 e a
PR.HE/4.1.2 GR3
Região para sediar modalidade esportiva das Olimpíadas 2016
PR.HE/4.1.3 Realizar o Inventário Turístico-Cultural Municipal e Regional GR3
PR.HE/4.1.4 Investir na Infraestrutura Turística e vias de acesso GR3
PR.HE/4.1.5 Realizar o Plano Regional de Marketing GR3

178 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.HE/4.2
Construção de Identidade Cultural Gastronômica da Região
PS.HE/4.2.1 Realizar programas educacionais e de associativismo ES2
PS.HE/4.2.2 Classificar e profissionalizar o Sistema Gastronômico Regional ES2
PS.HE/4.2.3 Trabalhar com o alinhamento recíproco entre a gastronomia e a produção agrícola regional ES2
PS.HE/4.2.4 Concursos e festivais gastronômicos, publicações ES2
PS.HE/4.2.5 Produção de orgânicos e certificação de origem e rastreabilidade ES2
Objetivo MP.HE/4.3
A Cultura como Incremento do Turismo
Ações conjuntas, planejadas e geridas entre as áreas de turismo cultura e sociedade civil repre-
PR.HE/4.3.1 GR2
sentada
PR.HE/4.3.2 Trabalhar os ícones culturais GR2
PR.HE/4.3.3 Implementar políticas de preservação dos Patrimônios Culturais GR2
PR.HE/4.3.4 Incentivar a participação da comunidade através de fóruns e conselhos culturais G2

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 179


Autores:
Daniel Cardoso
Luciano Rosa Cota

180 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


4. MÓDULO MEIO AMBIENTE NATURAL
Introdução
Os macroprogramas de desenvolvimento propostos para o Meio Ambiente Natural compreendem:
• Recuperação da cobertura vegetal;
• Implantação e fortalecimento de Unidades de Conservação;
• Fortalecimento Institucional das entidades gestoras de recursos hídricos;
• Recuperação dos canais da Baixada Campista.
A cada macroprograma de desenvolvimento estão vinculados objetivos. Para cada objetivo foram traçados os programas necessários, de ma-
neira que sejam alcançados os resultados esperados.
Com o intuito de facilitar o entendimento, os programas relacionados a cada objetivo são descritas sucintamente a seguir.

Recuperação da cobertura vegetal


Ao macroprograma “Recuperação da cobertura vegetal” estão vinculados três objetivos, sendo estes: a redução da fragmentação florestal, a
regularização ambiental das propriedades rurais e a recuperação das áreas degradadas com baixa aptidão agrícola.
• Redução da fragmentação florestal

Os programas propostos para a redução da fragmentação florestal estão voltadas à implantação de corredores ecológicos, conectando os
fragmentos florestais remanescentes, e a formação de parcerias público-privadas, nas quais sejam constituídas alianças entre governo esta-
dual, prefeituras municipais, proprietários rurais ou investidores/empreendedores, organizações não governamentais e outras entidades inte-
ressadas.

A conexão dos fragmentos florestais remanescentes deve ser realizada através da implantação de unidades de conservação, averbação de
reservas legais, recuperação de áreas de preservação permanente, recuperação de áreas degradadas com baixa aptidão agrícola, e outras
iniciativas que vierem a ser propostas.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 181


A formação das parcerias público-privadas é de grande importância para a redução dos dispêndios pelo poder público. Por intermédio dessas
parcerias podem ser reduzidos custos com viveiros e mudas, preparo do solo, combate a formigas, contratação de mão-de-obra para plantio e
manutenção, dentre outros.
• Regularização ambiental das propriedades rurais
Os programas indicados para a regularização ambiental das propriedades rurais estão relacionadas ao pagamento pela prestação de serviços
ambientais, a promoção da educação ambiental nas propriedades rurais, fortalecimento do Programa Rio Rural, incentivo ao manejo sustentá-
vel das áreas de reserva legal e elaboração de parcerias para redução dos custos.
O pagamento por serviços ambientais representa uma tendência mundial na conservação do solo e da água em propriedades rurais e vem
sendo amplamente discutido no Estado do Rio de Janeiro. A partir da adoção de práticas e manejo conservacionista nas propriedades rurais,
prevê-se a remuneração dos proprietários de acordo com o nível de boas práticas adotado.
A educação ambiental é fundamental para que as comunidades da zona rural entendam a necessidade da preservação ambiental, a partir de
práticas conservacionistas e do manejo sustentável das propriedades. Além disso, é necessário que haja conhecimento da legislação ambien-
tal vigente para que esta possa ser devidamente respeitada.
O Programa Rio Rural é uma iniciativa inovadora e eficaz do Governo do Rio de Janeiro, promovendo o manejo sustentável das propriedades
rurais, implicando em impactos positivos sobre a conservação dos recursos naturais. Esse programa vem demonstrando excelentes resultados
e grande adesão dos proprietários rurais. Sendo assim, propõe-se que o programa seja expandido e alcance todas as microbacias do Norte e
Noroeste, tornando essa Região um modelo em sustentabilidade rural.
Como a legislação brasileira prevê a utilização sustentável dos recursos florestais nas áreas de reserva legal, propõe-se que sejam elaborados
projetos que venham a fomentar a exploração com fins econômicos dessas áreas. Dessa forma, pretende-se não apenas aumentar a cobertu-
ra vegetal, como também, melhorar as condições sociais e financeiras da população rural.
• Recuperação das áreas degradadas com baixa aptidão agrícola.
Os programas indicados para a recuperação das áreas degradadas com baixa aptidão agrícola são a recuperação ambiental com vistas ao
aproveitamento econômico sustentável, o mapeamento das áreas de baixa aptidão agrícola e a formação de parcerias para viabilizar realiza-
ções.
O mapeamento das áreas com baixa aptidão agrícola é indispensável para que esse objetivo seja alcançado. Através desse mapeamento as
áreas em potencial devem ser identificadas e múltiplos planos de ação específicos devem ser traçados.

182 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


A recuperação ambiental com vistas ao aproveitamento econômico sustentável prevê que áreas degradadas com baixa aptidão agrícola sejam
recuperadas, e os proprietários rurais sejam incentivados a praticar o manejo florestal sustentável. Com isso, pretende-se aumentar a área de
cobertura vegetal nas regiões estudadas e diversificar a cadeia produtiva local.
A formação de parcerias entre governo estadual, prefeituras municipais, ongs e proprietários rurais é essencial para a viabilidade dos projetos.

Implantação e Fortalecimento de Unidades de Conservação


Os objetivos vinculados ao macroprograma “Implantação e fortalecimento de Unidades de Conservação” são: aumentar a extensão de áreas
protegidas, promover a educação ambiental em Unidades de Conservação, aumentar o conhecimento sobre a fauna e a flora local, incentivar
a implantação de RPPNs e atrair visitantes às Unidades de Conservação.
• Aumentar a extensão de áreas protegidas
Os programas indicados para aumentar a extensão de áreas protegidas são a realização de estudos para definição de novas áreas prioritárias
para implantação de unidades de conservação e a garantia de implantação das unidades de conservação já propostas.
A realização de novos estudos para definição de áreas prioritárias para implantação de unidades de conservação é fundamental para que as
áreas com potencial para criação de Unidades de Conservação no Norte e Noroeste sejam diagnosticadas. A partir de tais estudos, o INEA
poderá propor a criação de novas UCs, aumentando a extensão de áreas protegidas nas regiões.
A garantia da implantação das unidades de conservação propostas nos estudos contratados pelo INEA, em 2009, é de extrema importância
para o incremento de áreas protegidas nas regiões em estudo. As áreas propostas apresentam grande relevância para a conservação da bio-
diversidade local, sendo elas: Parque Estadual da Serra do Monte Verde, Reserva de Fauna do Domínio das Ilhas Fluviais do Rio Paraíba do
Sul e ampliação do Parque Estadual do Desengano.
• Promover a educação ambiental em Unidades de Conservação
O programa proposto para promover a educação ambiental em UCs é a criação de um Programa de Educação Ambiental em Unidades de
Conservação. Através do referido programa, pretende-se fomentar ações e iniciativas de educação ambiental que venham a auxiliar na gestão
ambiental das UCs.
• Aumentar o conhecimento sobre a fauna e a flora local
O programa proposto para aumentar o conhecimento sobre a fauna e flora local é firmar convênios entre universidades e centros de pesquisa
e desenvolvimento e unidades de conservação, estimulando a realização de pesquisas científicas. A partir desses convênios devem ser im-

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 183


plantados núcleos de pesquisa estrategicamente localizados, de modo a preencher a lacuna de conhecimento referente a espécies da fauna e
flora regional e a sua preservação.
• Incentivar a implantação de RPPNs
Com o intuito de incentivar a implantação de RPPNs, foram indicados os seguintes programas: implantar política de subsídios na implantação
de RPPNs e fortalecer o Programa Estadual de RPPNs.
O subsídio na implantação de RPPN é uma estratégia altamente eficaz para aumentar as áreas protegidas, incentivando a participação da
iniciativa privada na conservação da biodiversidade. Algumas etapas que se propõe o subsídio são o georreferenciamento e topografia das
propriedades e o registro destas em cartório. Algumas prefeituras do estado estão adotando tal política, fator que vem sendo preponderante
para a implantação dessas UCs nesses municípios.
O Programa Estadual de RPPN é uma iniciativa do INEA, que vem aumentando substancialmente o número de RPPN no Estado. Esse pro-
grama apresenta resultados expressivos, apesar de seu curto prazo de implantação. Portanto, propõe-se que esse programa seja fortalecido,
de maneira que a expansão das áreas ocupadas por RPPN continue sendo intensificada.
• Atrair visitantes às Unidades de Conservação
O programa proposto para atrair visitantes às Unidades de Conservação é a elaboração de estudo das potencialidades turísticas nas UCs. A
partir de tal estudo poderão ser tomadas decisões que venham a impulsionar o turismo ecológico nas Regiões. É importante que as unidades
de conservação que venham a ser propostas também sejam contempladas com estudos dessa natureza, auxiliando no esforço da diversifica-
ção econômica da região. Vale ressaltar que paralelamente ao incentivo do turismo ecológico devem ser apresentadas medidas que reduzam
o impacto ambiental nas UCs.

Fortalecimento das Entidades Gestoras de Recursos Hídricos


Os objetivos relacionados ao macroprograma “Fortalecimento das entidades gestoras de recursos hídricos” são: fortalecimento dos Comitês de
Bacia, aumento da arrecadação financeira dos Comitês de Bacia e fortalecer o corpo técnico das áreas de saneamento e meio ambiente de
todas as Municipalidades do Norte e Noroeste Fluminense.
• Fortalecimento dos Comitês de Bacia

184 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Com vistas ao fortalecimento dos Comitês de Bacia foram propostos os seguintes programas: mobilização social para a gestão participativa,
por intermédio da comunicação social, mobilização participativa, capacitação em gestão dos recursos hídricos, etc; desenvolvimento dos ins-
trumentos de gestão de Bacia; e criação de câmaras técnicas compostas por profissionais capacitados
A mobilização social para a gestão participativa propõe ações que venham a fortalecer institucionalmente o Comitê de Bacia. O estabelecimen-
to de um canal de comunicação entre o Comitê e a população, instituições de interesse da bacia e membros do Comitê através de um Progra-
ma de Comunicação Social é extremamente importante num primeiro momento. A mobilização participativa conscientizando e informando ato-
res responsáveis pela gestão dos recursos hídricos sobre a atuação do Comitê, conceitos da Política Nacional de Recursos Hídricos, necessi-
dade da participação social, etc. também é essencial nesse processo de fortalecimento. A capacitação de cidadãos e atores responsáveis pela
gestão dos recursos hídricos também é essencial para que sociedade desempenhe papel atuante nesse processo de gestão.
O desenvolvimento dos instrumentos de gestão da Bacia como sistema de informações sobre recursos hídricos, enquadramento dos corpos
d’água em classes, elaboração de Planos de Recursos Hídricos é essencial para a gestão eficaz dos recursos hídricos da região.
A formação de câmaras técnicas formadas por profissionais capacitados é outro fator preponderante no fortalecimento dos Comitês de Bacia.
• Aumento da arrecadação financeira dos Comitês de Bacia
A estratégia adotada para aumentar a arrecadação financeira dos Comitês de Bacia é atrair recursos financeiros a partir de parcerias com a
iniciativa privada. Como a Região apresenta grandes investimentos previstos, com a implantação de grandes empreendimentos, essa estraté-
gia aparece como uma solução factível, já que através de tais parcerias é possível aumentar a renda dos Comitês e associar a imagem de
grandes empresas à conservação ambiental.
• Fortalecer o corpo técnico das áreas de saneamento e meio ambiente das Municipalidades (prefeituras municipais)
Para fortalecer o corpo técnico das áreas de saneamento e meio ambiente das Municipalidades foram indicados os seguintes programas: con-
tratação de profissionais de nível superior nas áreas de saneamento e meio ambiente; capacitar os profissionais por meio de convênios com
universidades e instituições consolidadas; implantar secretarias de meio ambiente em todos os municípios; promover cursos e palestras infor-
mando as secretarias de meio ambiente sobre oportunidades e procedimentos necessários para obtenção de recursos financeiros.
A criação de secretarias de meio ambiente em todos os municípios é fundamental para que os municípios desempenhem um papel significante
na gestão dos recursos hídricos, através de ações em saneamento e proteção ambiental.
Todas as secretarias devem ter um profissional de nível superior responsável pela análise, contratação, fiscalização e elaboração de projetos
na área de saneamento e recursos hídricos.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 185


O incentivo à capacitação desses profissionais através de convênios com universidades e instituições de ensino consolidadas é de extrema
relevância para que a gestão ambiental municipal alcance um nível de conhecimento e eficácia satisfatório.
A promoção de cursos e palestras informando as secretarias de meio ambiente sobre oportunidades e procedimentos necessários para obten-
ção de recursos financeiros, também possui grande relevância, mantendo esses órgãos sempre em sintonia com os planos e projetos nas á-
reas de saneamento e recursos hídricos desenvolvidos no Estado e no país.

Recuperação dos Canais da Baixada Campista


Ao macroprograma “Recuperação dos Canais da Baixada Campista” estão vinculados os seguintes objetivos: eliminar os conflitos pelo uso da
água e reduzir a ocorrência de enchentes na Baixada Campista.
Nesse caso específico, foi indicado apenas um programa para os dois objetivos. Tal medida foi adotada devido ao adiantamento nos esforços
para a recuperação desse sistema de canais, em que praticamente todos os estudos já foram contratados. Dessa forma, para a resolução dos
problemas de conflitos pelo uso da água e enchentes na região é necessário que as obras de recuperação dos três subsistemas sejam execu-
tadas e alem da definição do responsável pela gestão desses canais.
Portanto, a estratégia adotada é realização de parceria público-privada para execução das obras, manutenção e operação nos três subsiste-
mas. Tal estratégia é proposta visto que serão necessários recursos financeiros expressivos, tanto para a execução das obras, quanto para a
gestão do sistema, viabilizando a sua realização e operação e manutenção, em menor prazo e com sustentação, pelo Poder Público.

186 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Organograma Meio Ambiente Natural

Meio Ambiente Natural


(MAN)

Macroprograma MAN/1 Macroprograma MAN/2 Macroprograma MAN/3 Macroprograma MAN/4


Recuperação da Ampliação e Fortalecimento das Recuperação dos
cobertura fortalecimento de entidades canais da
vegetal unidades de gestoras de baixada
conservação recursos hídricos campista

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 187


Macroprograma MAN/1
Recuperação da
cobertura
vegetal

Objetivo MP.MAN/1.1 Objetivo MP.MAN/1.2 Objetivo MP.MAN/1.3


Reduzir a Regularização Recuperação
fragmentação ambiental das das áreas
florestal propriedades degradadas
rurais com baixa
aptidão agrícola

Meta
A meta do plano de desenvolvimento sustentável é viabilizar a restau-
ração da cobertura vegetal de 100 mil hectares até o ano de 2035.

188 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma MAN/1
Recuperação da
cobertura
vegetal

Objetivo MP.MAN/1.1 Objetivo MP.MAN/1.2 Objetivo MP.MAN/1.3


Reduzir a Regularização Recuperação das áreas
fragmentação ambiental das degradadas com baixa
florestal propriedades rurais aptidão agrícola

Programa Programa Programa Programa Programa


PE.MAN/1.1.1 PE.MAN/1.2.1 PE.MAN/1.2.2 PE.MAN1.3.1 PE.MAN/1.3.2
Elaboração de parcerias Pagamento por Promoção da Mapeamento Recuperação
público-privadas serviços ambientais educação das áreas com ambiental com
para diminuir custos com ambiental baixa vistas ao aprovei-
mão-de-obra, plantio, nas propriedades aptidão tamento
manutenção, mudas, etc. Programa rurais agrícola econômico
PE.MAN/1.2.3 sustentável
Fortalecimento do
programa rio rural

Programa Programa Programa Programa


PE.MAN/1.1.2 PE.MAN/1.2.5 PE.MAN/1.2.4 PE.MAN/1.3.3
Implantar corredores Elaboração de parcerias Incentivo ao manejo Elaboração de parcerias
ecológicos público-privadas para sustentável público-privadas
diminuir custos das áreas de para diminuir custos com
com mão-de-obra, plantio, reserva legal mão-de-obra, plantio,
manutenção, mudas, etc. manutenção, mudas, etc.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 189


Macroprograma MAN/2
Ampliação e
fortalecimento de
unidades de
conservação

Objetivo MP.MAN/2.1 Objetivo MP.MAN/2.2 Objetivo MP.MAN/2.3 Objetivo Objetivo


Aumentar a Promover a Aumentar o MP.MAN/2.4 MP.MAN/2.5
extensão de educação conhecimento Incentivar a Atrair visitantes
áreas ambiental em sobre a fauna e a implantação de às unidades de
protegidas unidades de flora local RPPN conservação
conservação

Meta Meta Meta Meta Metas


• Implantar 125.000 • Implantar a educação • Implantar pelo menos • Implantar • Desenvolver estudos de potencial
hectares de áreas ambiental associada cinco núcleos de pes- 10.000 hecta- turístico em unidades de conservação
protegidas até o à gestão ambiental quisa em unidades de res de RPPNs (implantadas e a serem implantadas)
ano de 2035 em 80% das Unida- conservação, sendo até o ano de e fomentar atividades atrativas até o
des de Conservação um na restinga Norte, 2035. ano de 2020.
da Região até o ano três no Noroeste e um • Criar infraestrutura necessária para
de 2035 na região serrana de visitação e desenvolvimento das ati-
Macaé e Campos até vidades previstas, a partir dos estu-
o ano de 2035. dos elaborados, até o ano de 2035

190 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma MAN/2
Ampliação e
fortalecimento
de unidades
de conservação

Objetivo MP.MAN/2.1 Objetivo MP.MAN/2.2 Objetivo MP.MAN/2.3 Objetivo MP.MAN/2.4 Objetivo MP.MAN/2.5
Aumentar a Promover a Aumentar o Incentivar a Atrair
extensão de educação conhecimento implantação visitantes às
áreas protegidas ambiental em sobre a fauna e a de RPPNs unidades de
unidades de flora local conservação
conservação

Programa
PR.MAN/2.1.1 Programa Programa Programa Programa Programa Programa
Estudo para PR.MAN/2.1.2 PR.MAN/2.2.1 PR.MAN/2.3.1 PR.MAN/2.4.1 PR.MAN/2.4.2 PR.MAN/2.5.1
definição de Garantia de Implantar Firmar convênios Implantar Fortalecer o Estudo das
novas áreas implantação programa de entre universidades política de programa potencialidades
prioritárias das educação e Unidades de subsídios na estadual de turísticas nas
para Implanta- Unidades de ambiental em Conservação, implantação de RPPNs UCs (tanto nas já
ção de Unida- Conservação unidades de estimulando a RPPNs existentes quanto
des de já propostas conservação realização de nas que forem
Conservação pesquisas científicas propostas)

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 191


Macroprograma MAN/3
Fortalecimento das
entidades gestoras
de recursos hídricos

Objetivo MP.MAN/3.1 Objetivo MP.MAN/3.2 Objetivo MP.MAN/3.3


Fortalecimento dos Aumento da Fortalecer o corpo técnico
Comitês de Bacia arrecadação financeira das áreas de saneamento
dos Comitês de Bacia e meio ambiente das
prefeituras municipais

Metas Meta Metas


• Realizar ações de mobilização social • Aumentar a arrecadação dos Comi- • Instituir secretarias de meio ambiente em todos os municí-
incentivando a gestão participativa; tês do Baixo Paraíba do Sul e Ita- pios, com pelo menos um cargo para profissional de nível
• Implementar câmaras técnicas totalmente bapoana (porção fluminense da Ba- superior, capacitado para análise, contratação, fiscalização
formadas, com representantes capacita- cia) a partir de parcerias e convê- e elaboração de projetos na área de saneamento e recur-
dos; nios, em 400% até 2020 e 1000% sos hídricos até o ano de 2020.
• Instituir as ferramentas de gestão dos Co- até 2035, com as devidas correções • Capacitação dos profissionais de saneamento e meio
mitês até o ano de 2020. monetárias. ambiente das prefeituras, atingindo um índice de 80% de
profissionais pós-graduados nessas áreas até 2035.

192 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma MAN/3
Fortalecimento das
entidades gestoras
de recursos hídricos

Objetivo MP.MAN/3.1 Objetivo MP.MAN/3.2 Objetivo MP.MAN/3.3


Fortalecimento dos Aumento da Fortalecer o corpo técnico
Comitês de Bacia arrecadação das áreas de saneamento e meio
financeira dos ambiente das Municipalidades
Comitês de Bacia

Programa Programa Programa Programa


Programa
PS.MAN/3.1.2 PS.MAN/3.2.1 PS.MAN/3.3.1 PS.MAN/3.3.2
PS.MAN/3.1.1
Desenvolvimento dos Atrair recursos Contratação de profissionais Capacitar os
Mobilização social
instrumentos de gestão financeiros a partir de nível superior nas áreas de profissionais por meio
para a gestão
de bacia de parcerias com a saneamento e meio ambiente de convênios com
participativa, por
intermédio da iniciativa privada universidades e
comunicação social, instituições consolidadas
mobilização participati- Programa
va, capacitação em Programa PS.MAN/3.3.3
gestão dos PS.MAN/3.1.3 Promover cursos e palestras Programa
recursos hídricos, etc. Criação de câmaras informando as secretarias PS.MAN/3.3.4
técnicas compostas por de meio ambiente sobre Implantar secretarias de
profissionais oportunidades e procedimentos meio ambiente em todos
capacitados necessários para obtenção de os municípios
recursos financeiros

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 193


Macroprograma MAN/4
Recuperação dos
canais da
Baixada
Campista

Objetivo MP.MAN/4.1 Objetivo MP.MAN/4.2


Harmonizar e viabilizar o uso Reduzir a ocorrência
múltiplo da água de enchentes na
na Baixada Campista Baixada Campista

Meta
Recuperar e estabelecer um sistema de gestão dos três subsistemas,
eliminando problemas de enchentes e conflitos por usos da água até o
ano de 2020.

194 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma MAN/4
Recuperação dos
canais da
Baixada
Campista

Objetivo MP.MAN/4.1 Objetivo MP.MAN/4.2


Viabilizar o uso Reduzir a ocorrência
múltiplo da água de enchentes na
na Baixada Campista Baixada Campista

Programa PM.MAN/4.1.1 e PM.MAN/4.2.1


Realização de parceria público-privada para execução das
obras, manutenção e operação nos três subsistemas.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 195


Carteira de Projetos Iniciais: Meio Ambiente Natural

Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade

Macroprograma MP.MAN/1 –
EE
Recuperação da Cobertura Vegetal
Objetivo MP.MAN/1.1
Reduzir a fragmentação florestal
Elaboração de Parcerias Público-Privadas para diminuir custos com mão-de-obra, plantio, manu-
PE.MAN/1.1.1 EE1
tenção, mudas, etc.
PE.MAN/1.1.2 Implantar corredores ecológicos EE1
Objetivo MP.MAN/1.2
Regularização ambiental das propriedades rurais
PE.MAN/1.2.1 Pagamento por serviços ambientais EE1
PE.MAN/1.2.2 Promoção da educação ambiental nas propriedades rurais EE1
PE.MAN/1.2.3 Fortalecimento do Programa Rio Rural EE1
PE.MAN/1.2.4 Incentivo ao manejo sustentável das áreas de reserva legal EE1
Elaboração de Parcerias Público-Privadas para diminuir custos com mão-de-obra, plantio, manu-
PE.MAN/1.2.5 EE1
tenção, mudas, etc.
Objetivo MP.MAN/1.3
Recuperação das áreas degradadas com baixa aptidão agrícola
PE.MAN/1.3.1 Mapeamento das áreas com baixa aptidão agrícola EE1
PE.MAN/1.3.2 Recuperação ambiental com vistas ao aproveitamento econômico sustentável EE1
Elaboração de Parcerias Público-Privadas para diminuir custos com mão-de-obra, plantio, manu-
PE.MAN/1.3.3 EE1
tenção, mudas, etc.

196 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.MAN/2-
ES/GR
Ampliação e Fortalecimento de Unidades de Conservação
Objetivo MP.MAN/2.1
Aumentar a extensão de áreas protegidas
PS.MAN/2.1.1 Estudo para definição de novas áreas prioritárias para implantação de unidades de conservação ES1
PS.MAN/2.1.2 Garantia de implantação das unidades de conservação já propostas ES1
Objetivo MP.MAN/2.2
Promover a educação ambiental em unidades de conservação
PR.MAN/2.2.1 Implantar Programa de Educação Ambiental em Unidades de Conservação GR3
Objetivo MP.MAN/2.3
Aumentar o conhecimento sobre a fauna e a flora local
Firmar convênios entre universidades e unidades de conservação estimulando a realização de
PR. MAN/2.3.1 GR1
pesquisas científicas
Objetivo MP.MAN/2.4
Incentivar a implantação de RPPN
PR. MAN/2.4.1 Implantar política de subsídios na implantação de RPPN GR1
PR. MAN/2.4.2 Fortalecer o Programa Estadual de RPPN GR1
Objetivo MP.MAN/2.5
Atrair visitantes às Unidades de Conservação
Estudo das potencialidades turísticas nas UCs (tanto nas já existentes quanto nas que forem
PR. MAN/2.5.1 GR3
propostas)
Macroprograma MP.MAN/3
ES
Fortalecimento das entidades gestoras de recursos hídricos
Objetivo MP.MAN/3.1
Fortalecimento dos Comitês de Bacia

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 197


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Mobilização social para a gestão participativa, por intermédio da comunicação social, mobiliza-
PS.MAN/3.1.1 ES1
ção participativa, capacitação em gestão dos recursos hídricos, etc
PS.MAN/3.1.2 Desenvolvimento dos instrumentos de gestão de bacia ES1
PS.MAN/3.1.3 Criação de câmaras técnicas compostas por profissionais capacitados ES1
Objetivo MP.MAN/3.2
Aumento da Arrecadação financeira dos comitês de bacia
PS.MAN/3.2.1 Atrair recursos financeiros a partir de parcerias com a iniciativa privada ES2
Objetivo MP.MAN/3.3
Fortalecer o corpo técnico das áreas de saneamento e meio ambiente das prefeituras municipais
PS.MAN/3.3.1 Contratação de profissionais de nível superior nas áreas de saneamento e meio ambiente ES1
PS.MAN/3.3.2 Capacitar os profissionais por meio de convênios com universidades e instituições consolidadas ES1
Promover cursos e palestras informando as secretarias de meio ambiente sobre oportunidades e
PS.MAN/3.3.3 ES1
procedimentos necessários para obtenção de recursos financeiros
PS.MAN/3.3.4 Implantar secretarias de meio ambiente em todos os municípios ES1
Macroprograma MP.MAN/4
GM
Recuperação dos canais da Baixada Campista
Objetivo MP.MAN/4.1
Eliminar os conflitos pelo uso da água na Baixada Campista
Realização de Parceria Público-Privada para execução das obras, manutenção e operação nos
PM.MAN/4.1.1 GM1
três subsistemas.
Objetivo MP.MAN/4.2
Reduzir a ocorrência de enchentes na Baixada Campista
Realização de Parceria Público-Privada para execução das obras, manutenção e operação nos
PM.MAN/4.2.1 GM1
três subsistemas.

198 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Considerações Finais
Os programas visam eliminar ou reduzir, a médio e longo prazo, as principais fragilidades ambientais identificadas na Análise Situacional reali-
zada, sendo elas: a falta de cobertura vegetal; a baixa concentração de áreas protegidas; a gestão dos recursos hídricos; e a disseminação de
conflitos pelo uso da água e enchentes na Baixada Campista.
A adoção de tais estratégias aplicadas a programas de desenvolvimento, integrante da política do Estado do Rio de Janeiro garantirá a con-
servação dos recursos hídricos, do solo, da diversidade biológica e a manutenção da qualidade ambiental necessária para o desenvolvimento
sustentável da Região Norte-Noroeste.
Devido à multidisciplinaridade dos assuntos tratados nesse módulo, deve haver o envolvimento de diversas áreas do governo na construção
das soluções propostas para os problemas apresentados, não cabendo toda a responsabilidade às Secretarias ou Organismos de Meio Ambi-
ente.
A Região Norte-Noroeste Fluminense está em evidência no cenário nacional, devido aos grandes investimentos em execução e à previsão de
seu crescimento acelerado nos próximos anos. Portanto, é necessário e fundamental aproveitar esse momento ou oportunidade, para alocar
recursos na conservação ambiental, firmando parcerias com grandes investidores e adotando políticas conservacionistas de modo que a pre-
servação ambiental acompanhe o crescimento econômico, constituindo-se, então, como desenvolvimento. Um grande desafio a ser incorpora-
do nesse processo é agregar valor econômico e social e conhecimento à preservação ambiental.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 199


Autores:

Andréa Ferreira Machado Casério


Gustavo Campos Dib
Mário Teixeira Rodrigues Bragança
Milton Casério Filho
Túlio Ricardo Amaral Pereira

200 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


5. MÓDULO MEIO AMBIENTE MODIFICADO

Introdução
O Módulo Meio Ambiente Modificado contempla um Programa Estruturante, composto por um macroprograma de desenvolvimento que têm
por objetivo principal a criação e implementação das políticas ambientais regionais, mediante a regulamentação e fiscalização ambiental regio-
nal para o desenvolvimento sustentável.
Nessa ótica, o Programa Estruturante centra atenção no Capital Ambiental, orientado à recomposição, preservação rigorosa e ampliação das
coberturas do meio ambiente regional original, de modo a fortalecer a gestão dos recursos hídricos, através da implantação de um programa
de gestão ambiental, baseado em instrumentos diversos, de modo a atender às mais variadas demandas da sociedade.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 201


Organograma Meio Ambiente Modificado

Meio Ambiente Modificado


(MAM)

Macroprograma MAM/1

Criação e implementação das


políticas ambientais regionais

202 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma MAM/1
Criação e implementação das
políticas ambientais regionais –
regulamentação e fiscalização ambiental
regional para o desenvolvimento sustentável

Objetivo MP.MAM/1.3
Objetivo MP.MAM/1.1 Controle e fiscalização de riscos ambientais associados à operação
Programa de sistema informação ambiental do Estado do Rio de dos grandes empreendimentos
Janeiro Metas:
Meta: • Criação imediata de um fundo para subsidiar os trabalhos de recuperação
• Operacionalização do programa de sistematização de dados ambi- e reparação de danos ambientais.
entais, em 60 meses. • Vinculação imediata dos novos empreendimentos a esse fundo, de modo
a garantir sua capitalização num prazo máximo de 10 anos.
• Estabelecer condições para capitalização do Fundo, num prazo
de 10 anos.

Objetivo MP.MAM/1.2
Implantação das redes de monitoramento ambiental
Metas: Objetivo MP.MAM 1.4
• Estabelecer a tipologia de parâmetros ambientais no prazo de 12 Institucionalização do zoneamento econômico-ecológico
meses. Meta:
• Implantar as redes de monitoramento e qualificar a equipe técnica • Agilizar o processo de licenciamento ambiental das empresas, num prazo
em até 60 meses. de 36 meses.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 203


Objetivo MP.MAM/1.1

Programa de Sistema Informação


Ambiental do Estado do Rio de Janeiro

Programa PR.MAM/1.1.1 Programa PR.MAM/1.1.2


Desenvolver o escopo, a estrutura e o formato do sistema. Institucionalizar as redes oficiais de monitoramento e auto-
monitoramento ambiental no Estado do Rio de Janeiro.

Programa PR.MAM/1.1.3 Programa PR.MAM/1.1.4


Licitar para contratação o projeto executivo das redes de
monitoramento e a conversão de dados para o novo forma- Contratar o projeto executivo das redes de monitoramento.
to da rede

Programa PR.MAM/1.1.5 Programa PR.MAM/1.1.6


Contratar a execução deste projeto do Sistema Informação Implementar o sistema de recebimento de dados ambientais
Ambiental do Estado do Rio de Janeiro das estações, até 18 meses após a contratação.

Programa PR.MAM/1.1.8
Programa PR.MAM/1.1.7
Qualificar os técnicos da Secretaria de Estado do Ambiente
Contratar a conversão ou transposição dos dados analógi-
para utilização do sistema, imediatamente após a conver-
cos existentes para o formato do banco de dados do siste-
são dos dados.
ma, em até 12 meses, após a sua implementação.

204 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.MAM/1.2

Implantação das redes de


monitoramento ambiental

Programa PR.MAM/1.2.1 Programa PR.MAM/1.2.2


Num período de 1 ano, estabelecer a tipologia de parâme- Contratar a execução do projeto da(s) rede(s) de monitora-
tros ambientais do Estado do Rio de Janeiro, inclusive no
mento em até 6 meses
tocante ao atendimento da legislação pertinente

Programa PR.MAM/1.2.4
Programa PR.MAM/1.2.3 Designar uma instituição universitária ou de P&D&I para
Sistematizar e padronizar as redes de monitoramento e assumi-la como depositária e mantê-la desde então, de-
auto-monitoramento do Estado, em até 6 meses após a vendo ser responsável por suas atualizações e novos
contratação módulos, no mesmo período anterior. Esta instituição será
responsável por operar a plataforma regional e disseminar
as suas informações
Programa PR.MAM/1.2.5
Adquirir os equipamentos necessários, em até 1 ano após a
padronização das redes. Programa PR.MAM/1.2.6
Instalar as redes de monitoramento, até 6 meses após a
aquisição dos equipamentos.
Programa PR.MAM/1.2.7
Qualificar técnicos regionais pelo Estado para operar a rede
e receber e processar os dados do monitoramento, imedia-
tamente após a instalação dos equipamentos.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 205


Objetivo MP.MAM/1.3

Controle e fiscalização de riscos ambientais


associados à operação dos grandes
empreendimentos

Programa PR.MAM/1.3.2
Programa PR.MAM/1.3.1 Criar meios para a vinculação imediata dos novos empre-
Criação imediata de um fundo para subsidiar os trabalhos endimentos a esse fundo, de modo a garantir
de recuperação e reparação de danos ambientais, de- sua capitalização num prazo máximo de 10 anos
correntes de incidentes diversos

Programa PR.MAM/1.3.3
Estabelecer como contribuição mínima para o fundo 0,5%
do ICMS gerado adicional e o total de sua parcela Ecoló-
gica em cada município que abrigue grande empreendi-
mentos ou APL

206 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.MAM/1.4

Institucionalização do zoneamento
econômico-ecológico

Programa PR.MAM/1.4.1 Programa PR.MAM/1.4.2


Discutir com o Legislativo e com a sociedade civil organi- Divulgar entre os empreendedores e empresários interes-
zada a aplicação do instrumento previsto no zoneamento sados em investir no Norte-Noroeste Fluminense às novas
econômico-ecológico, como complemento ao procedimento regras e facilidades advindas da utilização do zoneamento
administrativo de licenciamento ambiental, num período
econômico-ecológico
de 12 meses

Programa PR.MAM/1.4.3
Efetivar mudanças na estrutura do licenciamento que
facilitem e agilizem o processo de licenciamento ambiental
das empresas, num prazo de 36 meses após a implemen-
tação legal da medida

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 207


Carteira de Projetos Iniciais: Meio Ambiente Modificado
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.MAM/1
GR
Criação e implementação das políticas ambientais regionais
Objetivo MP.MAM/1.1
Programa de Sistema Informação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro
PR.MAM/1.1.1 Desenvolver o escopo, a estrutura e o formato do sistema GR3
Institucionalizar as redes oficiais de monitoramento e auto-monitoramento ambiental no Estado
PR.MAM/1.1.2 GR3
do Rio de Janeiro
Licitar para contratação o projeto executivo das redes de monitoramento e a conversão de da-
PR.MAM/1.1.3 GR3
dos para o novo formato da rede
PR.MAM/1.1.4 Contratar o projeto executivo das redes de monitoramento GR3
PR.MAM/1.1.5 Contratar a execução deste projeto do Sistema Informação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro GR3
Implementar o sistema de recebimento de dados ambientais das estações, até 18 meses após a
PR.MAM/1.1.6 GR3
contratação
Contratar a conversão ou transposição dos dados analógicos existentes para o formato do ban-
PR.MAM/1.1.7 GR3
co de dados do sistema, em até 12 meses, após a sua implementação
Qualificar os técnicos da Secretaria de Estado do Ambiente para utilização do sistema, imedia-
PR.MAM/1.1.8 GR3
tamente após a conversão dos dados
Objetivo MP.MAM/1.2
Implantação das redes de monitoramento ambiental
Num período de 1 ano, estabelecer a tipologia de parâmetros ambientais do Estado do Rio de
PR.MAM/1.2.1 GR1
Janeiro, inclusive no tocante ao atendimento da legislação pertinente
PR.MAM/1.2.2 Contratar a execução do projeto da(s) rede(s) de monitoramento em até 6 meses GR1
Sistematizar e padronizar as redes de monitoramento e auto-monitoramento do Estado, em até
PR.MAM/1.2.3 GR1
6 meses após a contratação

208 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Designar uma instituição universitária ou de P&D&I para assumi-la como depositária e mantê-la
desde então, devendo ser responsável por suas atualizações e novos módulos, no mesmo perí-
PR.MAM/1.2.4 GR1
odo anterior. Esta instituição será responsável por operar a plataforma regional e disseminar as
suas informações
PR.MAM/1.2.5 Adquirir os equipamentos necessários, em até 1 ano após a padronização das redes. GR1
PR.MAM/1.2.6 Instalar as redes de monitoramento, até 6 meses após a aquisição dos equipamentos. GR1
Qualificar técnicos regionais pelo Estado para operar a rede e receber e processar os dados do
PR.MAM/1.2.7 GR1
monitoramento, imediatamente após a instalação dos equipamentos.
Objetivo MP.MAM/1.3
Controle e fiscalização de riscos ambientais associados à operação dos grandes empreendimentos
Criação imediata de um fundo para subsidiar os trabalhos de recuperação e reparação de danos
PR.MAM/1.3.1 GR2
ambientais, decorrentes de incidentes diversos
Criar meios para a vinculação imediata dos novos empreendimentos a esse fundo, de modo a
PR.MAM/1.3.2 GR2
garantir sua capitalização num prazo máximo de 10 anos
Estabelecer como contribuição mínima para o fundo 0,5% do ICMS gerado em cada município
PR.MAM/1.3.3 GR2
abrangido pelos grandes empreendimentos
Objetivo MP.MAM/1.4
Institucionalização do zoneamento econômico-ecológico
Discutir com o Legislativo e com a sociedade civil organizada a aplicação do instrumento previs-
PR.MAM/1.4.1 to no zoneamento econômico-ecológico, como complemento ao procedimento administrativo de GR1
licenciamento ambiental, num período de 12 meses
Divulgar entre os empreendedores e empresários interessados em investir no norte e noroeste
PR.MAM/1.4.2 fluminense as novas regras e facilidades advindas da utilização do zoneamento econômico- GR1
ecológico
Efetivar mudanças na estrutura do licenciamento que facilitem e agilizem o processo de licencia-
PR.MAM/1.4.3 GR1
mento ambiental das empresas, num prazo de 36 meses após a implementação legal da medida

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 209


Comentário Final
Com a implantação integral dos Programas descritos, pretende-se propiciar, na área ambiental, o desenvolvimento do Norte-Noroeste com
baixo impacto de natureza negativa.
Através da re-ordenação física, econômica, jurídica e política, será desenhado um novo modelo de gestão ambiental, em sintonia com as pro-
postas de desenvolvimento regional sustentável, a qual criará, ao final do horizonte de vinte e cinco anos, um ambiente sustentável e de ele-
vado padrão de qualidade de vida para a população local/regional.

210 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Autores:

Andréa Ferreira Machado Casério


Gustavo Campos Dib
Mário Teixeira Rodrigues Bragança
Milton Casério Filho
Túlio Ricardo Amaral Pereira

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 211


6. MÓDULO FÍSICO E INFRAESTRUTURA

Introdução

As condições da infraestrutura regional são analisadas no contexto do estabelecimento das condições necessárias à instalação de novas ativi-
dades produtivas e da dinamização dos setores já consolidados no Norte e Noroeste Fluminense.
Esse tema é abordado no escopo do Programa Estruturante direcionado para o desenvolvimento de sistema regional planejado e implementa-
do, de uso comum, nos segmentos de infraestrutura e serviços, logística e transporte, de modo a integrar e atribuir viabilidade, cooperativa-
mente e/ou em rede, com múltiplos níveis de atuação, à implementação e à sustentação do desenvolvimento regional planejado.
O Programa Estruturante encontra-se decomposto em um macroprograma de desenvolvimento que têm por objetivo principal organizar pro-
gramas capazes de integrar um plano e implementação da infraestrutura regional para o desenvolvimento.
Com sete objetivos específicos, arrola-se um conjunto de programas desenhados para permitir o reordenamento da economia regional, a partir
da adequação das facilidades já existentes ou da proposição de novas instalações.
O Programa Estruturante do capital urbano prevê a Implementação do Plano Diretor Macrorregional. Esse Plano contempla um conjunto de
macrodireções e macroorientações, integradas do ponto de vista urbanístico, sanitário e ambiental, que deverão proporcionar a macro regula-
mentação das aglomerações urbanas do Norte e Noroeste Fluminense, suportando as ações da governança regional. Este Plano se apresenta
como um instrumento regulatório devendo, portanto, ser socialmente construído e avalizado pela população da Região.

212 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Organograma Físico e Infraestrutura

Físico e Infraestrutura
(FI)

Macroprograma FI/1 Macroprograma FI/2


Plano e implementação da infraestrutura Implementação governança regional –
regional para o desenvolvimento plano diretor regional

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 213


Macroprograma FI/1
Plano e implementação da infraestrutura
regional para o desenvolvimento

Objetivo MP.FI/1.1
Definição da matriz energética regional Objetivo MP.FI/1.2
Metas: Adequação do sistema viário regional
• Atratividade comparativa da geração de energia termelétrica em relação à oferta Meta:
em outras regiões e condições; • Licitação da elaboração de projetos executivos de cada intervenção
• Levantamento e acompanhamento da evolução da demanda regional de energia proposta.
e energia elétrica com a implantação de grandes empreendimentos e expansão
• Elaboração dos projetos executivos de cada intervenção proposta.
da economia do Norte-Noroeste, contrapondo-se as alternativas de seu atendi-
mento que se mostrem as mais atraentes e viáveis, não introduzindo quaisquer • Licitação da execução dos projetos elaborados.
restrições. Gerenciamento da demanda mediante implantação das redes inteli- • Implantação das obras licitadas.
gentes (“smart grids”) e minimização de áreas para corredores de transmissão.

Objetivo MP.FI/1.3
Viabilidade e Implantação do Sistema de Metrô ou VLT Regional (Trem Regional)
Objetivo MP.FI/1.4
Metas: Criação da Unidade Regional de Gerenciamento de Infraestruturas
• Licitação do estudo de viabilidade técnica e financeira, + 3 meses; Metas:
• Elaboração do estudo de viabilidade técnica e financeira, + 12 meses; • Priorização do projeto;
• Avaliação do estudo de viabilidade, + 3 meses; • Elaboração do Projeto de Lei para criação da autarquia, fundação pública
• Licitação e estudos e projetos básicos e alternativas locacionais e modelos de ou similar;
exploração mediante concessão assim como o edital de concessão, +12 meses; • Apresentação do Projeto de Lei à Assembléia Legislativa;
• Formulação e consultas preliminares de interessados na contratação de Parcerias • Aprovação do Projeto de Lei pela Assembléia Legislativa;
Público-Privadas, +6 meses;
• Sanção pelo Governador;
• Licenciamento ambiental 12 meses (+6 meses);
• Licitação dos estudos projetos executivos;
• Implantação e operacionalização desta unidade de gestão e coordenação
• Elaboração de projetos executivos. ou, licitação do direito da concessão ou PPP + regional.
12 meses;
• Implantação total e início da operação, + 18 meses.

214 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma FI/1
Plano e implementação da infraestrutura
regional para o desenvolvimento

Objetivo MP.FI/1.5 Objetivo MP.FI/1.7


Reabilitação de Vias das Ferrovias da Zona da Mata Mineira e Erradicação dos lixões
Metas:
Norte / Noroeste Fluminense
Meta: • Constituição de consórcios intermunicipais de resíduos sólidos e
industriais;
• Reabilitação total das ferrovias da zona da Mata Mineira e Nor-
te/Noroeste Fluminense até 2035. • Instalação de centros de triagem e compostagem nos municípios
que irão acolher os aterros;
• Adequação dos vazadouros existentes, na razão de 5% ao ano;
• Implantação da coleta seletiva;
• Instalação de aterros sanitários;
Objetivo MP.FI/1.6 • Instalação de aterros industriais;
Ampliação do acesso e rede logística do Porto de Imbetiba • Instalação de plantas de geração de energia.
Metas:
• Implementação imediata de retroárea de armazenamento com-
patível com as necessidades do Porto de Imbetiba tanto pró-
prias quanto em termos das condições de fluência de seu des-
locamento de ida e volta até o Porto. Prioridade imediata de
equacionamento para implementação gradual em conformidade
com a expansão da capacidade portuária (píeres);
• Estudo de viabilização da rede multimodal que interliga e inte-
gra a cadeia de suprimento e logística com o Porto;
• Implantação da rede multimodal de fluxos de cargas.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 215


Objetivo MP.FI/1.1

Definição da matriz energética regional

Programa PS.FI/1.1.1 Programa PS.FI/1.1.2


Selecionar alternativas de oferta associadas a empreendimentos Realizar estudos comparativos entre opções de geração de
integrantes do Programa de Desenvolvimento Regional energia termelétrica, segundo o combustível utilizado: carvão
mineral, bagaço de cana, gás natural e nuclear, assim como da
exploração do potencial eólico de São Francisco do Itabapoana

Programa PS.FI/1.1.3
Realizar estudos técnicos sobre a evolução do consumo e de- Programa PS.FI/1.1.4
manda regional de energia e das condições previstas ou disponí- Avaliar as possibilidades e locais de melhor utilização das redes
veis para o seu atendimento de modo a não afetar os seu crono- inteligentes (“smart grids”) para o aumento da competitividade e
grama de funcionamento e operações melhoria do desempenho do sistema energético regional

Programa PS.FI/1.1.5
Programa PS.FI/1.1.6
Promover a constituição de um ou mais núcleos de conhecimento
e tecnologia e inovação em energia em universidades regionais, Associar aos resultados um programa de mobilização da socie-
como parte deste programa estratégico dade com amplo esclarecimento e formação sobre a situação e
as condições obtidas

216 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.FI/1.2

Adequação do sistema viário regional

Programa PR.FI/1.2.2
Programa PR.FI/1.2.1
Implantar o arco viário Campos dos Goytacazes.
Implantar o arco viário Macaé.

Programa PR.FI/1.2.3 Programa PR.FI/1.2.4

Implantar o corredor logístico multimodal de acesso ao Implantar o ramal ferroviário Complexo do Porto de Açu a
Complexo do Porto de Açu, antes do início da operação do rede da FCA, com extensão de 45 km, antes do início da
Complexo Industrial. operação do Complexo Industrial.

Programa PR.FI/1.2.5 Programa PR.FI/1.2.6


Concluir a duplicação da BR-101 e início da duplicação da Duplicar e melhorar o traçado da BR-356, nos próximos
RJ-216, nos próximos cinco anos. cinco anos.

Programa PR.FI/1.2.7 Programa PR.FI/1.2.8


Manter e adequar os pontos críticos das demais vias esta- Implementar o segmento da RJ-146 entre os entroncamen-
duais das Regiões Norte e Noroeste em 50% nos próximos tos com a RJ-116 em Cambiasca, e a RJ-182 em Santa
10 anos e de 50% nos 15 anos subseqüentes. Maria Madalena com pista dupla com três faixas de cada
lado e canteiro central, com extensão de 44 km nos próxi-
mos 6 anos.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 217


Objetivo MP.FI/1.2

Adequação do sistema viário regional

Programa PR.FI/1.2.9 Programa PR.FI/1.2.10


Realizar estudos para adequação das RJ 178 e 196, na Promover a adequação do trecho Macaé – Barra do Furado
forma de rodovia com pista dupla, canteiro central, três e a criação do trecho Barrado Furado – Porto do Açu.
pistas de rolamento, otimizando a integração entre Ma-
caé e Barra do Furado e para a interligação entre os
Portos de Barra do Furado e Açu.
Programa PR.FI/1.2.12
Avaliar a necessidade e oportunidade da construção de um
novo aeródromo em Macaé, com a destinação do existente
Programa PR.FI/1.2.11 exclusivamente para a aviação de asas móveis.
Implantar o Aeroporto-Indústria de Campos dos Goytaca-
zes (incluindo uma EADI) e complementar e qualificar os
aeródromos de Itaperuna e Santo Antônio de Pádua.

Programa PR.FI/1.2.13
Duplicar a rodovia Macaé – Rio das Ostras, com uma
concepção cênica associada ao replanejamento do siste-
ma viário urbano de Macaé, com particular atenção ao
aspecto de acesso ao Porto de Imbetiba e localização
estratégica de retroáreas de estocagem e armazenamento.

218 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.FI/1.3

Viabilidade e Implantação do Sistema de Metrô ou VLT Regional


(Trem Regional)

Programa PS.FI/1.3.1 Programa PS.FI/1.3.2


Licitar do estudo de viabilidade técnica e financeira de um Elaborar do estudo de viabilidade técnica e financeira de um
VLT ou metrô VLT ou metrô

Programa PS.FI/1.3.3 Programa PS.FI/1.3.4


Avaliar o estudo de viabilidade Licitar os estudos e projetos básicos e alternativas locacio-
nais

Programa PS.FI/1.3.5 Programa PS.FI/1.3.6


Abrir oportunidade para manifestação de interesse e ajustes Elaborar dos estudos e obtenção do licenciamento ambien-
no edital em Parcerias Público-Privadas tal

Programa PS.FI/1.3.7 Programa PS.FI/1.3.8


Licitar de projetos executivos e licenciamento ambiental Elaborar de projetos executivos ou licitar o direito de explo-
ração da concessão ou PPP

Programa PS.FI/1.3.9 Programa PS.FI/1.3.10


Licitar a concessão associada à construção Acompanhar e monitorar a implantação e a operação do
sistema

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 219


Objetivo MP.FI/1.4

Criação da Unidade Regional de Gerenciamento


de Infraestruturas

Programa PS.FI/1.4.1
Definir os agentes competentes. Programa PS.FI/1.4.2
Designar a Secretaria de Governo como gestora no ambien-
te do Executivo Estadual.

Programa PS.FI/1.4.3 Programa PS.FI/1.4.4


Elaborar e apresentar o Projeto de Lei à Assembléia Legis-
Aprovar o Projeto de Lei, até 6 meses após a apresentação
lativa, em até 12 meses.
à Assembléia Legislativa.

Programa PS.FI/1.4.6
Programa PS.FI/1.4.5
Implantar a unidade regional em até 24 meses, mediante
Obter a sanção do Governador, após aprovação do Projeto realização formação de quadros, treinamento do pessoal e
de Lei na Assembléia Legislativa. estruturação física da entidade.

220 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.FI/1.5

Reabilitação de Vias das Ferrovias da Zona da


Mata Mineira e Norte / Noroeste Fluminense

Programa PE.FI/1.5.1 Programa PE.FI/1.5.2


Licitar os estudos de viabilidade técnica e econômica da Elaborar os estudos de viabilidade técnica e econômica da
reabilitação de leitos de ferrovias baseados em anteproje- reabilitação de leitos de ferrovias.
tos

Programa PE.FI/1.5.3 Programa PE.FI/1.5.4


Licitar elaboração dos projetos executivos para reabilitação Elaborar os projetos executivos para reabilitação dos leitos
dos leitos das ferrovias do norte e noroeste fluminense das ferrovias do norte e noroeste fluminense, incluindo
licenciamento ambiental

Programa PE.FI/1.5.5 Programa PE.FI/1.5.6


Promover o licenciamento ambiental Obter a licença Prévia e a de Instalação

Programa PE.FI/1.5.7 Programa PE.FI/1.5.8


Licitar as obras civis Implantar o Programa específico

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 221


Objetivo MP.FI/1.6
Ampliação do acesso e rede logística
do Porto de Imbetiba

Programa PS.FI/1.6.1 Programa PS.FI/1.6.2


Licitar a contratação do estudo de viablidade da rede Elaborar estudo de viabilidade da rede multimodal.
multimodal do porto de Imbetiba.

Programa PS.FI/1.6.3 Programa PS.FI/1.6.4


Licitar projetos executivos e licenciamento ambiental para Elaborar projetos executivos para implantação da retroárea
implantação da retroárea do Porto de Imbetiba do Porto de Imbetiba

Programa PS.FI/1.6.5 Programa PS.FI/1.6.6


Licitar a implantação do condomínio industrial-logístico e Implantar um ou mais condomínio(s) industrial-logístico,
da via de acesso ao porto de Imbetiba com 300.000 m² de área (vias de acesso e infraestrutura)

Programa PS.FI/1.6.7 Programa PS.FI/1.6.8


Implantar os acessos da(s) retroárea(s) ao porto de Imbe- Implantar as estruturas e equipamentos do terminal de
tiba e ao(s) aeródromo(s) cargas multimodal do Porto de Imbetiba

222 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.FI/1.7

Erradicação dos Lixões

Programa PE.FI/1.7.1 Programa PE.FI/1.7.2


Constituir de consórcios intermunicipais Licitar os projetos básicos e executivos e licenciamento
ambiental de aterros sanitários

Programa PE.FI/1.7.3
Licitar os projetos básicos e executivos e licenciamento Programa PE.FI/1.7.4
ambiental de aterros industriais Elaborar projetos básicos e executivos dos aterros sanitá-
rios

Programa PE.FI/1.7.5 Programa PE.FI/1.7.6


Elaborar projetos básicos e executivos dos aterros indus- Licenciar ambientalmente os aterros sanitários e industriais
triais

Programa PE.FI/1.7.7 Programa PE.FI/1.7.8


Licitar as obras de instalação dos aterros sanitários Licitar as obras de instalação dos aterros industriais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 223


Objetivo MP.FI/1.7

Erradicação dos Lixões

Programa PE.FI/1.7.9 Programa PE.FI/1.7.10


Instalar os centros de triagem e compostagem Adequar os vazadouros existentes, na razão de 5% ao ano.

Programa PE.FI/1.7.12
Programa PE.FI/1.7.11 Adquirir software/sistema de gestão logística e aquisição de
Implantar da coleta seletiva veículos, entre outros

Programa PE.FI/1.7.13 Programa PE.FI/1.7.14


Instalar dos aterros sanitários Instalar dos aterros industriais

Programa PE.FI/1.7.15
Instalar de plantas de geração de energia elétrica (queima
dos resíduos)

224 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma FI/2
Implementação governança regional
– plano diretor regional

Objetivo MP.FI/2.1 Objetivo MP.FI/2.2


Elaboração e/ou Revisão e Implementação dos
Elaboração e Implementação do Plano Diretor Regional de Planos Diretores Municipais
Urbanização e Infraestrutura
Metas: Metas:
• Articulação política intermunicipal; • Elaboração de projetos de planos diretores com base plano di-
• Desenvolvimento e consolidação do Plano Diretor; retor regional;
• Consolidação dos documentos e aprovação junto às Câmaras • Revisão de planos diretores existentes com base plano diretor
Municipais. regional;
• Aprovação dos novos planos diretores nas Câmaras Munici-
pais;
• Implementação dos instrumentos criados nos novos planos di-
retores.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 225


Objetivo MP.FI/2.1
Elaboração e Implementação do Plano Diretor
Regional de Urbanização e Infraestrutura

Programa PR.FI/2.1.1 Programa PR.FI/2.1.2


Articular política intermunicipal em torno do Plano Diretor Definir as diretrizes técnico-políticas de urbanização, infra-
Regional de Urbanização e Infraestrutura estrutura, serviços

Programa PR.FI/2.1.3 Programa PR.FI/2.1.4


Estruturar e aproveitar as economias, externalidades e Discutir o Projeto Executivo do Plano Diretor Regional com
outras condições necessárias para o Projeto Executivo de as Municipalidades e organismos estaduais
Plano Diretor Regional

Programa PR.FI/2.1.5 Programa PR.FI/2.1.6


Rever as Leis Municipais para adequação ao formato do Formatar de Projetos de Lei para discussão e aprovação
Plano Diretor Regional nas Câmaras Municipais

Programa PR.FI/2.1.7 Programa PR.FI/2.1.8


Sancionar as leis aprovadas pelos Executivos Municipais Consolidar o Plano Diretor Regional , para sua homologa-
ção no ambiente estadual

226 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.FI/2.2

Elaboração e/ou Revisão e Implementação


dos Planos Diretores Municipais

Programa PE.FI/2.2.1
Programa PE.FI/2.2.2
Licitar os serviços elaboração e/ou revisão de planos Elaborar os projetos de planos diretores com base Plano
diretores conforme Plano Diretor Regional e os planos
Diretor Regional de Urbanização e Infraestrutura
diretores existentes

Programa PE.FI/2.2.3 Programa PE.FI/2.2.4


Rever os planos diretores existentes com base plano Aprovar os novos planos diretores nas Câmaras Municipais
diretor regional

Programa PE.FI/2.2.5
Implementar os instrumentos criados nos novos planos
diretores

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 227


Carteira de Projetos Iniciais: Físico e Infraestrutura
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.FI/1
ES
Plano e implementação da infraestrutura regional para o desenvolvimento
Objetivo MP.FI/1.1
Definição da matriz energética regional
Selecionar alternativas de oferta associadas a empreendimentos integrantes do Programa de
PS.FI/1.1.1 ES2
Desenvolvimento Regional.
Realizar estudos comparativos entre opções de geração de energia termelétrica, segundo o
PS.FI/1.1.2 combustível utilizado: carvão mineral, bagaço de cana, gás natural e nuclear, assim como da ES2
exploração do potencial eólico de São Francisco do Itabapoana.
Realizar estudos técnicos sobre a evolução do consumo e demanda regional de energia e das
PS.FI/1.1.3 condições previstas ou disponíveis para o seu atendimento de modo a não afetar os seu crono-
gama de funcionamento e operações.
Avaliar as possibilidades e locais de melhor utilização das redes inteligentes (“smart grids”) para
PS.FI/1.1.4
o aumento da competitividade e melhoria do desempenho do sistema energético regional.
Promover a constituição de um ou mais núcleos de conhecimento e tecnologia e inovação em
PS.FI/1.1.5
energia em universidades regionais, como parte deste programa estratégico.
Associar aos resultados um programa de mobilização da sociedade com amplo esclarecimento e
PS.FI/1.1.6
formação sobre a situação e as condições obtidas.
Objetivo MP.FI/1.2
Adequação do sistema viário regional
PR.FI/1.2.1 Implantar o arco viário Macaé. GR1
PR.FI/1.2.2 Implantação imediata do arco viário Campos dos Goytacazes. GR1

Implantar o corredor logístico multimodal de acesso ao Complexo do Porto de Açu, antes do


PR.FI/1.2.3 GR1
início da operação do Complexo Industrial.

228 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar o ramal ferroviário Complexo do Porto de Açu a rede da FCA, com extensão de 45 km,
PR.FI/1.2.4 GR1
antes do início da operação do Complexo Industrial.
PR.FI/1.2.5 Concluir a duplicação da BR-101 e início da duplicação da RJ-216, nos próximos cinco anos. GR1
PR.FI/1.2.6 Duplicar e melhorar o traçado da BR-356, nos próximos cinco anos. GR1
Manter e adequar os pontos críticos das demais vias estaduais das Regiões Norte e Noroeste
PR.FI/1.2.7 GR1
em 50% nos próximos 10 anos e de 50% nos 15 anos subseqüentes.
Implementar o segmento da RJ-146 entre os entroncamentos com a RJ-116 em Cambiasca, e a
PR.FI/1.2.8 RJ-182 em Santa Maria Madalena com pista dupla com três faixas de cada lado e canteiro cen- GR1
tral, com extensão de 44 Km nos próximos 6 anos.
Realizar estudos para adequação das RJ 178 e 196, na forma de rodovia com pista dupla, can-
PR.FI/1.2.9 teiro central, três pistas de rolamento, otimizando a integração entre Macaé e Barra do Furado e GR1
para a interligação entre os Portos de Barra do Furado e Açu.
Promover a adequação do trecho Macaé – Barra do Furado e a criação do trecho Barrado Fura-
PR.FI/1.2.10 GR1
do – Porto do Açu.
Implantar o Aeroporto-Indústria de Campos dos Goytacazes (incluindo uma EADI) e complemen-
PR.FI/1.2.11 GR1
tar e qualificar os aeródromos de Itaperuna e Santo Antônio de Pádua.
Avaliar a necessidade e oportunidade da construção de um novo aeródromo em Macaé, com a
PR.FI/1.2.12 GR1
destinação do existente exclusivamente para a aviação de asas móveis.
Duplicar a rodovia Macaé – Rio das Ostras, com uma concepção cênica associada ao replane-
PR.FI/1.2.13 jamento do sistema viário urbano de Macaé, com particular atenção ao aspecto de acesso ao GR1
Porto de Imbetiba e localização estratégica de retroáreas de estocagem e armazenamento.

Objetivo MP.FI/1.3
Viabilidade e Implantação do Sistema de Metrô ou VLT Regional (Trem Regional)

Licitar do estudo de viabilidade técnica e financeira de um VLT ou metrô interligando Campos -


PS.FI/1.3.1 ES1
São João da Barra - Açu - Farol de São Tomé - Quissamã - Carapebus - Macaé - Rio das Ostras

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 229


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Elaborar do estudo de viabilidade técnica e financeira de um VLT ou metrô interligando os muni-
cípios do norte e noroeste fluminense, operando numa rede multimodal, ou seja, com integração
nas estações terminais com outros modais de transporte e maximização do retorno com implan-
PS.FI/1.3.2 tação gradual pelas etapas de maior rentabilidade (fluxos maiores). Considerar igualmente o ES1
potencial atendimento a áreas industriais no trajeto (em Quissamã, no APL de Cerâmica, etc.).
Incluir nos fluxos financeiros os custos evitados ambientais e a substituição de combustíveis
fósseis, entre outros, incluindo a condição do MDL-créditos de carbono.
PS.FI/1.3.3 Avaliar o estudo de viabilidade. ES1
Licitar os estudos e projetos básicos e alternativas locacionais incluindo a preparação do Edital
PS.FI/1.3.4 ES1
de Licitação
Abrir oportunidade para manifestação de interesse e ajustes no edital em Parcerias Público-
PS.FI/1.3.5 Privadas, visando a identificação de potenciais interessados na implantação e operação do sis- ES1
tema.
PS.FI/1.3.6 Elaborar dos estudos e obtenção do licenciamento ambiental ES1
PS.FI/1.3.7 Licitar de projetos executivos e licenciamento ambiental ES1
Elaborar de projetos executivos ou licitar o direito de exploração da concessão ou PPP mediante
PS.FI/1.3.8 construção que observe os termos do edital anteriormente preparado e submetido à consulta ES1
pública prévia
PS.FI/1.3.9 Licitar a concessão associada à construção ES1
PS.FI/1.3.10 Acompanhar e monitorar a implantação e a operação do sistema. ES1
Objetivo MP.FI/1.4
Criação da Unidade Regional de Gerenciamento de Infraestruturas
PS.FI/1.4.1 Definir os agentes competentes. ES1
PS.FI/1.4.2 Designar a Secretaria de Governo como gestora no ambiente do Executivo Estadual. ES1

230 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PS.FI/1.4.3 Elaborar e apresentar o Projeto de Lei à Assembléia Legislativa, em até 12 meses. ES1
PS.FI/1.4.4 Aprovar o Projeto de Lei, até 6 meses após a apresentação à Assembléia Legislativa. ES1
PS.FI/1.4.5 Obter a sanção do Governador, após aprovação do Projeto de Lei na Assembléia Legislativa. ES1
Implantar a unidade regional em até 24 meses, mediante realização formação de quadros, trei-
PS.FI/1.4.6 ES1
namento do pessoal e estruturação física da entidade.
Objetivo MP.FI/1.5
Reabilitação de Vias das Ferrovias da Zona da Mata Mineira e Norte / Noroeste Fluminense
Licitar os estudos de viabilidade técnica e econômica da reabilitação de leitos de ferrovias base-
PE.FI/1.5.1 EE1
ados em anteprojetos.
PE.FI/1.5.2 Elaborar os estudos de viabilidade técnica e econômica da reabilitação de leitos de ferrovias. EE1
Licitar elaboração dos projetos executivos para reabilitação dos leitos das ferrovias do norte e
PE.FI/1.5.3 EE1
noroeste fluminense.
Elaborar os projetos executivos para reabilitação dos leitos das ferrovias do norte e noroeste
PE.FI/1.5.4 EE1
fluminense, incluindo licenciamento ambiental.
PE.FI/1.5.5 Promover o licenciamento ambiental. EE1
PE.FI/1.5.6 Obter a licença Prévia e a de Instalação. EE1
PE.FI/1.5.7 Licitar as obras civis. EE1
PE.FI/1.5.8 Implantar o Programa específico. EE1
Objetivo MP.FI/1.6
Ampliação do acesso e rede logística do Porto de Imbetiba
PS.FI/1.6.1 Licitar a contratação do estudo de viabilidade da rede multimodal do porto de Imbetiba. ES1
PS.FI/1.6.2 Elaborar estudo de viabilidade da rede multimodal. ES1

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 231


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Licitar projetos executivos e licenciamento ambiental para implantação da retroárea do Porto de
PS.FI/1.6.3 ES1
Imbetiba.
PS.FI/1.6.4 Elaborar projetos executivos para implantação da retroárea do Porto de Imbetiba. ES1
PS.FI/1.6.5 Licitar a implantação do condomínio industrial-logístico e da via de acesso ao porto de Imbetiba. ES1
Implantar um ou mais condomínio(s) industrial-logístico, com 300.000 m² de área (vias de aces-
PS.FI/1.6.6 ES1
so e infraestrutura).
PS.FI/1.6.7 Implantar os acessos da(s) retroárea(s) ao porto de Imbetiba e ao(s) aeródromo(s). ES1
PS.FI/1.6.8 Implantar as estruturas e equipamentos do terminal de cargas multimodal do Porto de Imbetiba. ES1
Objetivo MP.FI/1.7
Erradicação dos Lixões
PE.FI/1.7.1 Constituir de consórcios intermunicipais. EE2
PE.FI/1.7.2 Licitar os projetos básicos e executivos e licenciamento ambiental de aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.3 Licitar os projetos básicos e executivos e licenciamento ambiental de aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.4 Elaborar projetos básicos e executivos dos aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.5 Elaborar projetos básicos e executivos dos aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.6 Licenciar ambientalmente os aterros sanitários e industriais. EE2
PE.FI/1.7.7 Licitar as obras de instalação dos aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.8 Licitar as obras de instalação dos aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.9 Instalar os centros de triagem e compostagem. EE2
PE.FI/1.7.10 Adequar os vazadouros existentes, na razão de 5% ao ano. EE2
PE.FI/1.7.11 Implantar da coleta seletiva. EE2

232 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PE.FI/1.7.12 Adquirir software/sistema de gestão logística e aquisição de veículos, entre outros. EE2
PE.FI/1.7.13 Instalar dos aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.14 Instalar dos aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.15 Instalar de plantas de geração de energia elétrica (queima dos resíduos). EE2
Macroprograma MP.FI/2
GR
Implementação governança regional – plano diretor regional
Objetivo MP.FI/2.1
Elaboração e Implementação do Plano Diretor Regional de Urbanização e Infraestrutura
PR.FI/2.1.1 Articular política intermunicipal em torno do Plano Diretor Regional de Urbanização e Infraestrutura. GR1
PR.FI/2.1.2 Definir as diretrizes técnico-políticas de urbanização, infraestrutura, serviços . GR1
Estruturar e aproveitar as economias, externalidades e outras condições necessárias para o
PR.FI/2.1.3 GR1
Projeto Executivo de Plano Diretor Regional.
Discutir o Projeto Executivo do Plano Diretor Regional com as Municipalidades e organismos
PR.FI/2.1.4 GR1
estaduais.
PR.FI/2.1.5 Rever as Leis Municipais para adequação ao formato do Plano Diretor Regional. GR1
PR.FI/2.1.6 Formatar de Projetos de Lei para discussão e aprovação nas Câmaras Municipais. GR1
PR.FI/2.1.7 Sancionar as leis aprovadas pelos Executivos Municipais. GR1
PR.FI/2.1.8 Consolidar o Plano Diretor Regional , para sua homologação no ambiente Estadual. GR1
Objetivo MP.FI/2.2
Elaboração e/ou Revisão e Implementação dos Planos Diretores Municipais
Licitar os serviços elaboração e/ou revisão de planos diretores conforme Plano Diretor Regional
PE.FI/2.2.1 EE2
e os planos diretores existentes.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 233


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Elaborar os projetos de planos diretores com base Plano Diretor Regional de Urbanização e
PE.FI/2.2.2 EE2
Infraestrutura.
PE.FI/2.2.3 Rever os planos diretores existentes com base plano diretor regional. EE2
PE.FI/2.2.4 Aprovar os novos planos diretores nas Câmaras Municipais. EE2
PE.FI/2.2.5 Implementar os instrumentos criados nos novos planos diretores. EE2

Considerações Finais
A implantação integral dos programas descritos deverá propiciar o desenvolvimento da Região Norte-Noroeste do Estado do Rio de Janeiro,
no âmbito de infraestrutura e serviços públicos essenciais.
Com eles, espera-se alcançar a sustentabilidade econômica e política regional, através da integração dos circuitos produtivos e cadeias com
sistemas de fluxo e serviços próprios, atuantes de maneira independente ou integrada, principalmente do ponto de vista macropolítico.
A definição clara de uma política regional de longo termo, compreende a adequação da infraestrutura produtiva, que deverá ser perpassada
por um marco regulatório amplo e necessário, no contexto da diversidade política e legal, inerente aos entes regionais da federação brasileira.
Com a implantação integral pretende-se igualmente alcançar o ordenamento urbano, na escala regional, de modo a evitar processos de ocu-
pação desordenada das e entre áreas urbanas das cidades, frente à potencial atração de mão-de-obra, migrações, deslocamentos temporá-
rios e outras manifestações decorrentes da implantação dos empreendimentos programados. Certamente que, com a re-ordenação macro
urbanística, será desenhado um novo modelo de gestão urbana e de infraestruturas regionais, em sintonia com as propostas de seu desenvol-
vimento sustentável.
Para tanto, será necessário promover a discussão e a integração dos interesses municipais, de modo a superar os obstáculos particulares de
cada núcleo urbano, em conformidade com um plano, interesse e orientação macrorregional.

234 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Autor:
Antônio Otávio Gontijo

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 235


7. MÓDULO SANEAMENTO AMBIENTAL E HABITAÇÃO

Introdução
Optou-se por descrever a situação com um único macroprograma que se estrutura em 5 objetivos e múltiplos programas. Como mencionado, a
urbanização crescente dos núcleos urbanos da Região Norte-Noroeste Fluminense, com o esvaziamento contínuo das áreas rurais, o cresci-
mento econômico, fluxos migratórios, entre outros, de um lado, encontraram a falta ou dificuldade de investimentos cumulativos, a ausência de
uma regulação consentânea à importância dos assuntos, a não visibilidades das questões, a necessidade de ações associativas, caso do
processamento dos resíduos sólidos, o controle de enchentes, entre outros, como contraponto. Outros fatores de importância similar ou menor
também intervieram, o que fez com que a situação atingisse um desequilíbrio estrutural crônico, com déficits substantivos ou capacidades críti-
cas na maioria dos municípios da Região. Há naturalmente exemplos recentes notáveis de empreendimentos que representam conquistas
importantes que ainda estão longe em grande parte dos casos de alcançarem patamares de atendimento ótimos. Dada a sua influência direta
na qualidade de vida e saúde da população e do meio ambiente, este é o aspecto mais importante para equacionamento no segmento dos
serviços públicos essenciais e para a melhoria e elevação desejada da qualidade do viver regional. Por envolver fluxos de água, o problema se
torna eminentemente da Região.

236 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Organograma Saneamento Ambiental e Habitação

Saneamento Ambiental e Habitação


(SAH)

Macroprograma SAH/1

Saneamento e Habitação

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 237


Macroprograma SAH/1
Saneamento Ambiental
e Habitação

Objetivo MP.SAH/1.1
Sistema de abastecimento de água e disponibilidade hídrica Objetivo MP.SAH/1.2
Metas: Sistema de esgotamento sanitário
• Elaboração de plano diretor de abastecimento de água regional, até Metas:
2014, com a disponibilidade hídrica, ambos para o horizonte 2035 • Elaboração de Plano Diretor de Esgotamento Sanitário, 2035
• Garantir o abastecimento para 100 % da população, até 2020 • Garantir esgotamento sanitário para a 60 % da população, em
2020, 80% em 2035

Objetivo MP.SAH/1.3
Sistema de resíduos sólidos Objetivo MP.SAH/1.4
Metas: Sistema de drenagem pluvial
• Elaboração de Plano Diretor de Gestão Integrada de Resíduos Sóli- Metas:
dos , até 2014, Biorremediação dos lixões até 2020 • Elaboração de Plano Regional de Gestão Hídrica, até 2014, monito-
• Garantir a coleta e o destino final para 80 % da população 2020, ramento de enchentes 2015,
90%, 2035 • Implantar obras estruturantes e de controle e coordenação de en-
chentes até 2035

Objetivo MP.SAH/1.5
Sistema habitacional
Metas:
• Atualizar/elaborar Plano Diretor de Desenvolvimento, 2014
• Remoção e reassentamento de 25.000 moradias construídas em á-
reas de risco
• Construção de 10.000 habitações até o ano de 2.020 e 50.000 unida-
des para atender o programa de interesse social

238 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.SAH/1.1
Sistema de abastecimento de água
e disponibilidade hídrica

Programa PE.SAH/1.1.1 Programa PE.SAH/1.1.2


Estabelecer diretrizes e elaborar plano de referência para a Elaborar plano de referência para a contratação de estudo de
contratação plano diretor regional de recursos hídricos na disponibilidade hídrica na Região Norte-Noroeste, até o ano
Região Norte- Noroeste, até o ano de 2011 de 2011

Programa PE.SAH/1.1.3 Programa PE.SAH/1.1.4


Criar bases de dados de informação com relatórios atualiza- Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado
do mensais sobre disposição final de resíduos sólidos dos mensais sobre operação dos sistemas municipais de abasteci-
municípios da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012 mento de água e ocorrências que afetem a disponibilidade
hídrica da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012

Programa PE.SAH/1.1.5 Programa PE.SAH/1.1.6


Elaborar plano diretor regional de recursos hídricos, com Implantar serviços de abastecimento (estaduais, municipais e
vistas a organizar e disciplinar o abastecimento de água particulares) para o abastecimento de água potável para 100 %
residencial, comercial e industrial, para a Região Norte- da população urbana até o ano de 2020 e rural até 2025
Noroeste, até o ano de 2014

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 239


Objetivo MP.SAH/1.2
Sistema de esgotamento sanitário

Programa PE.SAH/1.2.1 Programa PE.SAH/1.2.2


Estabelecer diretrizes e elaborar termo de referência para a Criar bases de dados de informação com relatórios atualiza-
contratação de Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da do sobre operação dos sistemas municipais de coleta e trata-
Região Norte-Noroeste, até o ano de 2011 mento de esgoto sanitário dos municípios das Regiões, até o
ano de 2011

Programa PE.SAH/1.2.4
Programa PE.SAH/1.2.3 Elaborar projetos básicos de engenharia dos sistemas de
Realizar levantamento topográfico pelo método de perfila- coleta e tratamento de esgoto dos municípios das Regiões
mento a laser nas Região Norte-Noroeste, para possibilitar o Norte e Noroeste, para cadastramento nos programas de
dimensionamento dos sistemas de esgotamento sanitário, até financiamento do Governo Federal até o ano de 2012
o ano de 2011

Programa PE.SAH/1.2.5
Implantar serviços de esgotamento sanitário (municipais,
estaduais e particulares) - coleta e o tratamento - para 60 %
da população urbana e rural até o ano de 2020 e 80 % da
população urbana e rural até o ano de 2.035

240 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.SAH/1.3
Sistema de coleta e destinação dos
resíduos sólidos

Programa PE.SAH/1.3.1 Programa PE.SAH/1.3.2


Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado Criar programa de capacitação dos agentes municipais res-
mensais sobre disposição final de resíduos sólidos dos muni- ponsáveis pelo gerenciamento dos sistemas de coleta dos
cípios das Região Norte-Noroeste, até o ano de 2011 resíduos sólidos, e programa de educação ambiental para a
população visando a coleta seletiva, até o ano de 2011

Programa PE.SAH/1.3.3 Programa PE.SAH/1.3.4


Elaborar Plano Diretor Regional de Gestão Integrada de Elaboração de projetos básicos para a implantação de sis-
Resíduos Sólidos, considerando escala, escopo, formação de tema de destinação final dos resíduos sólidos, com priorida-
consórcios, parceirização pública-privada, para a coleta e des em usinas de reciclagem e compostagem, e ou, de
tratamento dos resíduos sólidos residenciais, comerciais e produção de energia, e cadastrar estes projetos nos órgãos
industriais e erradicação dos lixões por biorremediação, até o financiadores do Governo Federal , com o objetivo de erradi-
ano de 2014 car os lixões e melhorar/ampliar as estações de tratamento
existentes, até 2015

Programa PE.SAH/1.3.5
Implantar o Plano com as soluções nele indicadas para 80 %
da população até o ano de 2020 e 90 % até o ano de 2035

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 241


Objetivo MP.SAH/1.4
Sistema de drenagem pluvial e
controle de cheias

Programa PE.SAH/1.4.1 Programa PE.SAH/1.4.2


Elaborar e implementar campanha educativa com a diretriz Elaborar plano de referência para a contratação de Plano
de conscientizar a população residente na Região Norte- Diretor de Gestão Hídrica e Drenagem Pluvial nas Regiões
Noroeste dos cuidados e proteção do meio ambiente, até o Norte e Noroeste até o ano de 2011
ano de 2011

Programa PE.SAH/1.4.3
Contratação de projeto do sistema de monitoramento de Programa PE.SAH/1.4.4
enchentes, que deverá prever a implantação de sistema Implantação de sistema de monitoramento de cheias,
eletrônico de alerta e plano preventivo de remoção da popu- conforme projeto, até o ano de 2015
lação até o ano de 2012

Programa PE.SAH/1.4.5
Elaborar o Plano Diretor Regional de Gestão Hídrica
até o ano de 2016

242 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.SAH/1.5
Sistema habitacional

Programa PE.SAH/1.5.1
Elaborar termo de referência para a contratação de Atualiza- Programa PE.SAH/1.5.2
ção / Elaboração dos Planos Diretores de Desenvolvimento Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos
Municipal na Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012 disponíveis para a construção de 25.000 moradias pelo
programa “Minha Casa Minha Vida” do Governo Federal
até o ano de 2015

Programa PE.SAH/1.5.3
Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos
disponíveis para a construção de 10.000 moradias pelo Programa PE.SAH/1.5.4
programa FNHIS do Governo Federal, até o ano de 2.012 Executar atualização/ elaboração dos planos diretores de
desenvolvimento municipal conforme Lei 10.257 – Estatuto
das Cidades até o ano de 2014

Programa PE.SAH/1.5.5
Executar obras melhorias e reabilitação de 100.000 unidades
habitacionais para beneficiar estratos menos favorecidos e Programa PE.SAH/1.5.6
residentes em áreas de risco, usando recursos da CEF e dos Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos
Governos Estadual e Federal, até o ano de 2020 disponíveis para a construção de 50.000 moradias pelos
programas do Governo Federal até o ano de 2020

Programa PE.SAH/1.5.7
Executar obras de construção de 80.000 unidades habitacio-
nais para beneficiar comunidades carentes e/ou residentes
em áreas de risco, pelos programas do Governo Federal até
o ano de 2.035

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 243


Carteira de Projetos Iniciais: Saneamento Ambiental e Habitação
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.SAH/1
EE
Saneamento Ambiental e Habitação
Objetivo MP.SAH/1.1
Sistema de abastecimento de água e disponibilidade hídrica
Estabelecer diretrizes e elaborar plano de referência para a contratação plano diretor regional de
PE.SAH/1.1.1 EE1
recursos hídricos na Região Norte- Noroeste, até o ano de 2011
Elaborar plano de referência para a contratação de estudo de disponibilidade hídrica na Região
PE.SAH/1.1.2 EE1
Norte-Noroeste, até o ano de 2011
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado mensais sobre disposição final de
PE.SAH/1.1.3 EE1
resíduos sólidos dos municípios da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado mensais sobre operação dos
PE.SAH/1.1.4 sistemas municipais de abastecimento de água e ocorrências que afetem a disponibilidade hídri- EE1
ca da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012
Elaborar plano diretor regional de recursos hídricos, com vistas a organizar e disciplinar o abas-
PE.SAH/1.1.5 tecimento de água residencial, comercial e industrial, para a Região Norte-Noroeste, até o ano EE1
de 2014
Implantar serviços de abastecimento (estaduais, municipais e particulares) para o abastecimento
PE.SAH/1.1.6 EE1
de água potável para 100 % da população urbana até o ano de 2020 e rural até 2025
Objetivo MP.SAH/1.2
Sistema de esgotamento sanitário
Estabelecer diretrizes e elaborar termo de referência para a contratação de Plano Diretor de
PE.SAH/1.2.1 EE2
Esgotamento Sanitário da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2011
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado sobre operação dos sistemas
PE.SAH/1.2.2 municipais de coleta e trata-mento de esgoto sanitário dos municípios das Regiões, até o ano de EE2
2011

244 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Realizar levantamento topográfico pelo método de perfilamento a laser nas Região Norte-
PE.SAH/1.2.3 Noroeste, para possibilitar o dimensionamento dos sistemas de esgotamento sanitário, até o ano EE2
de 2011
Elaborar projetos básicos de engenharia dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto dos
PE.SAH/1.2.4 municípios das Regiões Norte e Noroeste, para cadastramento nos programas de financiamento EE2
do Governo Federal até o ano de 2012
Implantar serviços de esgotamento sanitário (municipais, estaduais e particulares) - coleta e o
PE.SAH/1.2.5 tratamento - para 60% da população urbana e rural até o ano de 2020 e 80 % da população EE2
urbana e rural até o ano de 2035
Objetivo MP.SAH/1.3
Sistema de coleta e destinação dos resíduos sólidos
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado mensais sobre disposição final de
PE.SAH/1.3.1 EE2
resíduos sólidos dos municípios das Região Norte-Noroeste, até o ano de 2011
Criar programa de capacitação dos agentes municipais responsáveis pelo gerenciamento dos
PE.SAH/1.3.2 sistemas de coleta dos resíduos sólidos, e programa de educação ambiental para a população EE2
visando a coleta seletiva, até o ano de 2011
Elaborar Plano Diretor Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, considerando escala,
escopo, formação de consórcios, parceirização pública-privada, para a coleta e tratamento dos
PE.SAH/1.3.3 EE2
resíduos sólidos residenciais, comerciais e industriais e erradicação dos lixões por biorremedia-
ção, até o ano de 2014
Elaboração de projetos básicos para a implantação de sistema de destinação final dos resíduos
sólidos, com prioridades em usinas de reciclagem e compostagem, e ou, de produção de ener-
PE.SAH/1.3.4 EE2
gia, e cadastrar estes projetos nos órgãos financiadores do Governo Federal , com o objetivo de
erradicar os lixões e melhorar/ampliar as estações de tratamento existentes, até 2015
Implantar o Plano com as soluções nele indicadas para 80% da população até o ano de 2020 e
PE.SAH/1.3.5 EE2
90% até o ano de 2035
Objetivo MP.SAH/1.4
Sistema de drenagem pluvial e controle de cheias

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 245


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Elaborar e implementar campanha educativa com a diretriz de conscientizar a população resi-
PE.SAH/1.4.1 EE2
dente na Região Norte-Noroeste dos cuidados e proteção do meio ambiente, até o ano de 2011
Elaborar plano de referência para a contratação de Plano Diretor de Gestão Hídrica e Drena-
PE.SAH/1.4.2 EE2
gem Pluvial nas Regiões Norte e Noroeste até o ano de 2011
Contratação de projeto do sistema de monitoramento de enchentes, que deverá prever a implanta-
PE.SAH/1.4.3 EE2
ção de sistema eletrônico de alerta e plano preventivo de remoção da população até o ano de 2012
PE.SAH/1.4.4 Implantação de sistema de monitoramento de cheias,conforme projeto, até o ano de 2015 EE2
PE.SAH/1.4.5 Elaborar o Plano Diretor Regional de Gestão Hídrica até o ano de 2016 EE2
Objetivo MP.SAH/1.5
Sistema habitacional
Elaborar termo de referência para a contratação de Atualização / Elaboração dos Planos Direto-
PE.SAH/1.5.1 EE2
res de Desenvolvimento Municipal na Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012
Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos disponíveis para a construção de 25.000
PE.SAH/1.5.2 EE2
moradias pelo programa “Minha Casa Minha Vida” do Governo Federal até o ano de 2015
Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos disponíveis para a construção de 10.000
PE.SAH/1.5.3 EE1
moradias pelo programa FNHIS do Governo Federal, até o ano de 2.012
Executar atualização / elaboração dos planos diretores de desenvolvimento municipal conforme
PE.SAH/1.5.4 EE3
Lei 10.257 – Estatuto das Cidades até o ano de 2014
Executar obras melhorias e reabilitação de 100.000 unidades habitacionais para beneficiar es-
PE.SAH/1.5.5 tratos menos favorecidos e residentes em áreas de risco, usando recursos da CEF e dos Gover- EE1
nos Estadual e Federal, até o ano de 2020
Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos disponíveis para a construção de 50.000
PE.SAH/1.5.6 EE3
moradias pelos programas do Governo Federal até o ano de 2020
Executar obras de construção de 80.000 unidades habitacionais para beneficiar comunidades ca-
PE.SAH/1.5.7 EE3
rentes e/ou residentes em áreas de risco, pelos programas do Governo Federal até o ano de 2.035

246 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Comentários Finais
A elaboração e atualização de planos diretores municipais e regionais, como forma de planejamento e gestão, precede o desenvolvimento dos
projetos e sua implantação. Os cronogramas mostram metas viáveis em que as restrições mais severas são físicas, admitindo-se a disponibili-
dade de fontes de “funding” nos diferentes níveis de governo e suas instituições financeiras. Não obstante os esforços, diante da situação defi-
citária atual, decorrente de anos de descapitalização do atendimento seja pela falta de investimentos seja em relação ao que existia ou pela
expansão acelerada, ao que se somam novas demandas decorrentes do processo de crescimento em curso – que deve prosseguir – não se
espera chegar em 2035, com um atendimento pleno, mas bem próximo dele.
Cabe ressaltar em aditamento:
• que os sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem pluvial possam ser supridos extensiva-
mente para melhorar a qualidade de vida e saúde da população, com o viés de preservação do meio ambiente.
• que o sistema urbanístico e a ocupação do solo por meio da construção de habitações seja disciplinado para não permitir a proliferação de
unidades e bairros inteiros irregulares,
• que, ao longo destas próximas décadas, se promova, gradual e sistematicamente, a regularização das habitações em condições de risco, a
partir daquelas em áreas de risco geológico, para em seguida contemplar as em áreas de risco hídrico, habitualmente em território de pre-
servação permanente (margens dos rios nas áreas urbanas da maior parte das cidades da Região), áreas de encosta e assim por diante,
procedendo-se à remoção e reassentamento de milhares de famílias que se encontram nesta situação.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 247


Autora:
Nildred Stael Fernandes Martins

248 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


8. MÓDULO ECONOMIA

Introdução
O desenvolvimento da economia no Norte-Noreste do Estado do Rio de Janeiro se organiza sobre quatro macroprogramas de desenvolvimen-
to econômico, contendo seus objetivos, metas e programas. O primeiro macroprograma trata da Economia do Conhecimento sendo formado
por três objetivos , doze metas e dezesseis programas, enquanto o segundo diz respeito ao Ajustamento Estrutural da Atividade Agropecuá-
ria, compondo-se de três objetivos, catorze metas e vinte e quatro programas. O terceiro refere-se ao processo de diversificação econômica e
adensamento das cadeias produtivas compreendendo três objetivos, doze metas e vinte e cinco programas e, finalmente, o quarto macropro-
grama constitui o Desenvolvimento do Turismo Sustentável reunindo nove objetivos, nove metas e vinte e quatro programas.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 249


Organograma Economia

ECONOMIA
(E)

Macroprograma E/1 Macroprograma E/2 Macroprograma E/3 Macroprograma E/4


Economia do Ajustamento Diversificação Desenvolvimento
conhecimento estrutural da econômica e do turismo
atividade adensamento das sustentável
agropecuária e cadeias produtivas
aquicultura

250 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma E/1
Economia do
conhecimento

Objetivo MP.E/1.1 Objetivo MP.E/1.2


Formação de quadros de pessoal de nível técnico e superior nas Desenvolvimento do sistema de inovação regional
áreas definidas como correspondentes as condições diferenciadas Metas:
preferenciais e oportunidades regionais. • Acompanhar os melhores padrões nacionais na formação e fixação de pes-
Metas: quisadores e profissionais voltados para a investigação nas áreas de ativida-
• Estruturar uma rede regional de escolas técnicas, faculdades e uni- des diferenciais da Região, assim como nas oportunidades que se lhe apre-
versidades, disseminadas pelo espaço do território, participando de sentam;
modo co-operativo da formação de profissionais para atuarem nos • Promover a interação entre universidades / institutos e unidades de pesqui-
setores definidos como vocação ou diferencial e/ou potencialidades sas e empresas constituindo a rede regional de inovação, NORTEC;
regionais. • Constituir e consolidar pelo menos 20 centros ou unidades equivalentes de
• Contar com 50% da PEA regional, cursando ou tendo concluído o pesquisa e pós-graduação e gestão avançada, disseminados pelo espaço
ensino técnico e/ou superior em 2035. territorial regional, direcionados e distribuídos cobrindo as engenharias e as
agrociências e a gestão de atividades produtivas e de negócios em merca-
dos globais.

Objetivo MP.E/1.3
Disseminação do conhecimento e da tecnologia gerados para a população e sistema empresarial
Metas:
• Formar redes entre escolas técnicas, faculdades, universidades, incubadoras, centros de pesquisa e empresas.
• Implantar um centro de tecnologia para cada APL regional em adição a outros centros não vinculados;
• Aderir imediata e irrestritamente ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), com resultados acima da média nacional;
• Prover 50% da população com acesso à banda larga mínima de 1MB até 2012;
• Crescer a uma taxa de pelo menos 10% ao ano no que se refere ao acesso à banda larga;
• Atender a 100% da população com banda larga mínima de acordo com o PNBL até 2020;
• Prover 50% da população com acesso à banda larga com, pelo menos, o dobro da mínima determinada no PNBL, até 2035.
• Implantar a rede de comunicação regional – TVs educativas, rádios e TVs comunitárias, jornais e publicações, etc.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 251


Objetivo MP.E/1.1
Formação de quadros de pessoal de nível
técnico e superior nas áreas definidas
conforme vocação preferencial e
oportunidades regionais

Programa PE.E/1.1.1 Programa PE.E/1.1.4


Definição das áreas a serem desenvolvidas conforme Implantação do consórcio intermunicipal/interregional
orientações e oportunidades regionais de educação superior, consolidando entre outras ações, o
programa auxílio universitário com a distribuição de bolsas
de estudo para a graduação superior em faculdades e
universidades regionais, e linhas de transporte interregional,
facilitando as condições de estudo de alunos, principalmente
Programa PE.E/1.1.2 daqueles residentes em municípios desprovidos
Implantação e direcionamento de cursos técnicos/artísticos e de instituições de ensino superior
universitários para as áreas de desenvolvimento escolhidas

Programa PE.E/1.1.5
Mapeamento das principais demandas do mercado
Programa PE.E/1.1.3 produtivo em termos de capacitação, bem como as principais
Apoio à ampliação das universidades e ofertas de cursos ofertas de capacitação já existentes, para adequação
superiores e técnicos (especialmente no Noroeste), demanda-oferta de profissionalização
aumentando as possibilidades de qualificação da população,
a partir de estudos das demandas não atendidas dos
mercados regionais
Programa PE.E/1.1.6
Convênios poder público universidades para
qualificação profissional e efetivação de pesquisas e
trabalhos junto às administrações das Municipalidades

252 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/1.2
Desenvolvimento do sistema
de inovação regional

Programa PS.E/1.2.4
Programa PS.E/1.2.1 Criação de agência de fomento a inovação tecnológica junto
Implantação de centros de pesquisa e desenvolvimento às universidades (transferência, pesquisas de produção,
voltados para as áreas pre-escolhidas captação de recursos)

Programa PS.E/1.2.2
Programa PS.E/1.2.5
Criação de centros de transferência tecnológica (facilitar o
Parcerias público/privado para implantação de centros de
processo de transferência de tecnologia para pequenas e
pesquisas em diferentes áreas do conhecimento, voltadas
médias empresas)
principalmente para os investimentos tecnológicos, o
desenvolvimento da tecnologia social e o reconhecimento
do contexto regional

Programa PS.E/1.2.3
Centros de incubação em número suficiente para fazer a
ponte entre universidades e empresas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 253


Objetivo MP.E/1.3
Disseminação do conhecimento e
da tecnologia gerados para a
população e sistema empresarial

Programa PE.E/1.3.1 Programa PE.E/1.3.4


Convênios entre poder público /universidades para Implementação de uma cultura empreendedora desde a
qualificação profissional, apoio às incubadoras e fomento Educação Básica até o Ensino Superior e também para os
à empresas jovens empresários e dirigentes públicos e demais integrantes da
liderança regional

Programa PE.E/1.3.2
Desenvolvimento / investimento em tecnologia social que
compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, Programa PE.E/1.3.5
desenvolvidas na interação com a comunidade e que Formação de convênios e redes entre as instituições de ensino
representem efetivas soluções de transformação social e pesquisa tecnológicas com o setor empresarial/industrial e
o poder público

Programa PE.E/1.3.3
Realização de pesquisas voltadas para a compreensão
de inúmeras questões regionais, especialmente do
Noroeste Fluminense

254 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma E/2
Ajustamento estrutural da
atividade agropecuária e aquicultura

Objetivo MP.E/2.1
Adoção de práticas de produção tecnicamente compatíveis com as exigências do mercado
Metas:
• Desenvolver a capacitação dos proprietários e trabalhadores rurais e aquicultores para atuarem de forma profissional e competitiva
tanto no processo produtivo, como no gerenciamento de suas atividades:
• Capacitar tecnicamente para o processo de produção, pelo menos uma pessoa atuando em cada estabelecimento rural e de quaicultu-
ra, direta ou indiretamente (consultor, por exemplo) com curso técnico ou superior em área relacionada à (s) atividade (s) praticada (s)
neste estabelecimento
• Capacitar tecnicamente para gerenciamento do estabelecimento rural ou aquicultor, pelo menos uma pessoa atuando em cada estabe-
lecimento, direta ou indiretamente (consultor, por exemplo) com curso técnico ou superior em administração ou áreas afins
• Constituir patrulhas rurais, estrategicamente localizadas e estruturadas, implantadas e administradas pelas municipalidades e parcei-
ros, disponibilizando-as para todos os produtores rurais de cada município ou micro/meso Regiões Norte-Noroeste Fluminense
• Promover a multiplicação da instalação de tanques de resfriamento do leite e câmaras de refrigeração, em número e quantidade sufici-
ente para atender aos produtores rurais e aquicultores, em atendimento ao que dispõe a regulamentação pertinente
• Promover a expansão da assistência técnica e extensão rural para pelo menos 90% das propriedades rurais da região
• Promover o desenvolvimento do conhecimento das espécies marinhas da Região e das condições e fluxos que regem a sua produção,
incluindo os impactos da exploração do petróleo;
• Promover o repeixamento contínuo das Bacias regionais, incluindo o sistema de lagoas, com espécies nativos e adequados, prevenin-
do predadores, utilizando preferencialmente a capacidade de produção de alevinos da Região;
• 100% dos produtores rurais e aquicultores com acesso ao crédito e ao financiamento em condições acessíveis e que viabilizem os
programas de modernização e consolidação produtiva

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 255


Macroprograma E/2
Ajustamento estrutural da
atividade agropecuária e aquicultura

Objetivo MP.E/2.2 Objetivo MP.E/2.3


Desenvolvimento, fortalecimento e consolidação das cadeias produtivas Sistema de comercialização da produção que atenda as necessidades do
reveladas como vocação e potencialidades regionais pequeno produtor rural e da expansão das cadeias produtivas regionais
Metas: Metas:
• Implantar programas de modernização das cadeias produtivas com o suporte • Constituir pelo menos uma central de comercialização da produção agrope-
de centros de pesquisa regionais para atender às cadeias produtivas do café, cuária e agroindustrial local em cada município
arroz, cana-de-açúcar, fruticultura, agricultura orgânica, bovinocultura leiteira, • Implementar pelo menos duas plataformas de comercialização e distribuição
silvicultura e pesca fluvial e marítima da produção regional com vistas ao mercado interno e externo
• Aumentar a produtividade dos produtos das cadeias produtivas selecionadas • Promover a adesão de todos os municípios ao Programa de Aquisição de
para níveis acima da média nacional até 2020 e para níveis de referência na- Alimentos (PAA) do Governo Federal
cional até 2035
• Implantar, no mínimo, uma unidade de processamento e agregação de valor
para cada cadeia produtiva selecionada, exceção da agricultura orgânica que
deve estar disseminada em todo o território
• Implantar projeto de florestas plantadas comerciais para pelo menos três
cadeias produtivas de grande extensão abrangendo as áreas identificadas
como indicadas ao reaproveitamento comercial, mantendo a biodiversidade e
a preservação e resgate da mata original com a constituição de conectividades
no horizonte 2025, usando dos mecanismos de desenvolvimento limpo, ou
créditos de carbono, como integrante da viabilidade econômico-financeira e
ambiental. Para 2035, estas atividades adquirem os níveis de maturidade e
expansão projetados de maior agregação de valor de suas cadeias incluindo
potenciais diversificações mais elaboradas. Constituir as ecovilas florestais.

256 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/2.1
Adoção de práticas de produção
tecnicamente compatíveis com as
exigências do mercado

Programa PE.E/2.1.1 Programa PE.E/2.1.6


Criação de um programa de modernização tecnológica Melhoria e expansão do acesso ao crédito agrícola
e administrativa das pequenas propriedades agrícolas através da orientação para acesso a linhas de crédito

Programa PE.E/2.1.7
Programa PE.E/2.1.2
Incentivo à regularização fundiária documental através do
Criação de programas regionalizados estimulando a
incentivo e apoio para a confecção de documentos pessoais e
cooperação entre pequenas propriedades
regularização dos títulos de posse das pro-priedades familiares

Programa PE.E/2.1.3
Implantar programas de apoio à pesquisa pública e Programa PE.E/2.1.8
privada e à extensão rural Apoio aos grupos organizados / associações de produtores
para a busca de soluções em conjunto através de cursos
de capacitação
Programa PE.E/2.1.4
Desenvolvimento e implantação do programa de melhoria da
qualidade genética dos rebanhos bovinos, particularmente na Programa PE.E/2.1.9
pecuária leiteira para aumento da produtividade Implantação de centros de produção comunitária

Programa PE.E/2.1.5
Programa PE.E/2.1.10
Desenvolvimento e implantação dos programas de incentivo à
Reativação da escola de formação agrícola na Região Noroeste
adoção de práticas de manejo mais avançadas tecnologicamen-
e sua integração com as instituições de pesquisa (PESAGRO),
te e em conformidade com as normas da vigilância sanitária
desenvolvimento e inovação da Região Norte-Noroeste, e uni-
versidades e cursos profissionalizantes parceiros

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 257


Objetivo MP.E/2.2
Desenvolvimento, fortalecimento e
consolidação das cadeias produtivas
reveladas como vocação e
potencialidades regionais

Programa PE.E/2.2.1
Programa PE.E/2.2.5
Implantação de centros de pesquisa multidisciplinar, dissemina-
Desenvolvimento e integração das associações e cooperativas
dos pelo espaço regional, para o desenvolvimento dos produtos de produtores rurais e aquicultores
agrícolas regionais

Programa PE.E/2.2.2
Programa PE.E/2.2.6
Criação de um programa de incentivo ao desenvolvimento do
Desenvolvimento dos processos de certificação e da diferencia-
agronegócio em pequenas propriedades
ção de produtos típicos regionais pela atribuição de selos, asso-
ciado ao tombamento cultural dos produtos típicos e à rastreabi-
lidade das cadeias mais significativas, visando uma atuação
Programa PE.E/2.2.3 diferenciada voltada para nichos de mercado
Implantação de programas de criação e qualificação de
cooperativas agrícolas, agropecuárias e de aquicultura

Programa PE.E/2.2.7
Apoio ao desenvolvimento da agricultura alternativa (orgânica,
Programa PE.E/2.2.4
agroecológica, hidropônica, biofábricas), através da divulgação
Dotação das regiões de infraestrutura física e social que suporte
de informações, capacitação, assistência técnica e disponibilida-
o desenvolvimento da atividade rural e pesca/piscicultura
de de crédito

258 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/2.3
Sistema de comercialização da produção
que atenda as necessidades do pequeno
produtor rural e da expansão das cadeias
produtivas regionais

Programa PS.E/2.3.1 Programa PS.E/2.3.5


Criação programas de estímulo e dinamização das exportações Criação e/ou revitalização de mercados/feiras municipais e de
de produtos agrícolas e pesqueiros feiras itinerantes, intra e intermunicipais (aquisição de barracas
padronizadas, criação de uma estratégia de transporte das
mercadorias, capacitação dos feirantes, padronização de
Programa PS.E/2.3.2 mercadorias e embalagens). Feiras como espaço de sociabili-
Implantação programas de comercialização que dão acesso a dade com apresentações culturais, artesanato, produtos
alimentos para os estratos mais pobres agrícolas e praça de alimentação

Programa PS.E/2.3.3
Programa PS.E/2.3.6
Implantação do mercado institucional (escolas, creches, abrigos)
Implantação de ambiente de comercialização para os pequenos
para a absorção da produção dos agricultores familiares, nos
produtores, observadas as características de cada grupo de
moldes utilizados pelo Programa de Aquisição de Alimentos
atividades homogêneas, por exemplo, um mercado de atacado
(PAA), executados pela CONAB e pelo MDS
para os pequenos agricultores, uma plataforma de comercializa-
ção permanente para os artesãos, pontos vendas associados
aos centros de produção comunitária, entre outros
Programa PS.E/2.3.4
Implantação, na área cultural, dos centros e programas de
gastronomia e culinária local apoiando e em conexão com a Programa PS.E/2.3.7
produção de alimentos regional, para atração de turistas e Implantação de programa constante de manutenção e
exportação, além de criar uma cadeia de trabalho e renda adequação das estradas rurais, de forma a viabilizar o
escoamento da produção rural

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 259


Macroprograma E/3
Diversificação econômica e
adensamento das cadeias produtivas

Objetivo MP.E/3.2
Objetivo MP.E/3.1 Fortalecer a estrutura produtiva: atração de grandes e médias em-
Criação de um organismo – instituto ou comitê ou fundação - presas de setores com forte encadeamento a jusante e a montante
dedicado à gestão e acompanhamento do planejamento do Metas:
desenvolvimento sustentável da região Norte-Noroeste integrada • Manter uma taxa de investimentos, visando o fortalecimento das
Metas: cadeias produtivas regionais, acima da média do Estado, sempre
• Montagem de equipe multidisciplinar reduzida, elaboração da docu- tendo como patamar mínimo 11% da receita e uma poupança regional
mentação institucional e regulamentar, formalização de pactos e con- mínima de 15% do PIB;
vênios em 2010; • Internalizar nas regiões a oferta de serviços, de insumos e intermediá-
• Montar a estrutura de governança em 2010/2011; rios para estes empreendimentos em pelo menos 80% dos montantes
• Montagem de infraestrutura central e de representações locais em fins totais consumidos, até 2035;
de 2010/2011; • Estimular as inversões e reinversões privadas na Região mediante
• Iniciar os trabalhos da equipe em 2011. programa de incentivos associados a oferta de condições diferencia-
das, prevenindo-se quaisquer renúncias fiscais, doações e equivalen-
tes, e sempre vinculando as vantagens e benefícios a resultados e
tempos que assegurem a sustentabilidade;
• Ter pelo menos 50% desta oferta de bens e serviços intermediários
proveniente de micro e pequenas empresas;
• Aumentar a participação das micro, pequenas e médias empresas na
geração da riqueza e do emprego regional;
• Atrair empresas com produção de alto valor agregado;
• Implantar todos os APLs, clusters ou cadeias produtivas da região Nor-
te-Noroeste, no horizonte 2025, distribuindo as empresas e indústrias
numa estratégia de ocupação de todo o território, observada as otimi-
zações e sinergias possíveis, introduzindo-se compensações quando
necessário, mediante regulação específica.

260 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma E/3
Diversificação econômica e
adensamento das cadeias produtivas

Objetivo MP.E/3.3
Diversificar a estrutura produtiva

Metas:
• Aumentar o conjunto de atividades produtivas (bens e serviços) acima da diversi-
dade estadual até 2035 (ou seja, a participação relativa de atividades com um per-
centual significativo)
• APL de rochas e pedras ornamentais Norte-Noroeste Fluminense;
• APL de cerâmica Norte Fluminense;
• APL de confecções e têxtil Noroeste Fluminense;
• APL de Fruticultura Norte-Noroeste Fluminense;
• Exploração Mineral: calcário e cimento Norte-Noroeste Fluminense;
• APL petróleo e Gás Norte e Noroeste Fluminense;
• Desenvolvimento setor mínero-metalúrgico-metálico e logístico Norte e Noroeste
Fluminense;
• Indústria naval Norte-Noroeste Fluminense;
• APL da Silvicultura e Indústria Derivada Norte-Noroeste;
• Centros de Negócios em Campos dos Goytacazes, Macaé e São João da Barra;
• APL da cultura e turismo Norte-Noroeste Fluminense.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 261


Objetivo MP.E/3.1
Criação de um organismo - instituto ou comitê
ou fundação - dedicado à gestão e
acompanhamento do planejamento
do desenvolvimento sustentável da região
Norte-Noroeste integrada

Programa PR.E/3.1.1 Programa PR.E/3.1.2


Definição de políticas claras no modo de Aumento da capacidade de inovação
regulação voltado para a atração de tecnológica regional
investimentos

262 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/3.2
Fortalecer a estrutura produtiva: atração de
grandes e médias empresas de setores com
forte encadeamento a jusante e a montante

Programa PE.E/3.2.2
Programa PE.E/3.2.1 Ampliação da presença regional (cobertura espacial) dos bancos e agentes
Atração e diversificação de segmentos de serviços complexos e avançados, de crédito para investimento, capitais de risco e semente, créditos de carbo-
particularmente agentes de mercado e logística, fontes renováveis de energia no, seguradoras, alfandegários, além das instituições financeiras públicas e a
e indústrias exportadoras disseminação do sistema de microcrédito ou banco do povo em uma parceria
com a INVESTE-Rio e BNDES

Programa PE.E/3.2.3
Incentivo à implantação de cooperativas, associações cooperativas e outras Programa PE.E/3.2.4
formas de atuação coletiva ou grupal empresariais para a realização de negó- Desenvolvimento de políticas e implantação de
cios, a aquisição de informação e tecnologia, a participação nos mercados programas de incentivo à exportação para mercados diversos
exógenos nacional e internacional, entre outras atividades ganha-ganha

Programa PE.E/3.2.6
Programa PE.E/3.2.5
Inserção do conteúdo do cooperativismo e
Formação e qualificação profissional estendida e intensiva
empreendedorismo nas escolas públicas e privadas regionais

Programa PE.E/3.2.7
Oferecer financiamento subsidiado, microcrédito, às micro e pequenas em- Programa PE.E/3.2.8
presas vinculados a indicadores de desempenho produtivo, mercadológico e Fomentar a cooperação entre as empresas para projetos de inovação tecnoló-
gica, em operações cooperativas
inovativo (ou seja, ganhar mercado regional, nacional e externo e inovar)

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 263


Objetivo MP.E/3.2
Fortalecer a estrutura produtiva: atração de
grandes e médias empresas de setores com
forte encadeamento a jusante e a montante

Programa PE.E/3.2.9 Programa PE.E/3.2.10


Fomento da competitividade das micro, pequenas e médias empresas, atra- Fomento à interação das empresas locais com as universidades e institutos
vés de um programa de qualificação e capacitação, e de empreendedorismo de pesquisas regionais ou já existentes no país e principalmente com os que
para os empresários, dirigentes e integrantes das altas administrações serão criados, no sentido deles assumirem o papel de depositários do conhe-
cimento e desenvolvedores da tecnologia e inovação necessárias a sustentar
a competitividade do parque produtivo regional

Programa PE.E/3.2.11
Desenvolvimento de mecanismos para que se crie um ambiente social
estável, através da criação de uma identidade coletiva, de forma a promover Programa PE.E/3.2.12
a cooperação entre os agentes envolvidos em atividades comuns, Apoio ao desenvolvimento de empreendimentos vinculados a tecnologias
porém dispersos emergentes e aos serviços avançados
em diferentes localidades;
Programa PE.E/3.2.14
Programa PE.E/3.2.13 Atração de empresas ofertantes de bens e serviços de base tecnológica e
Ampliação do “agrobusiness” baseado no cooperativismo mecanismos de desenvolvimento limpo
Meta:
• Mínimo de 50 novas empresas/a.a., até 2015, passando a uma média de
100 a.a. no decênio subsequente
Programa PE.E/3.2.15
Priorização das políticas voltadas para o processo produtivo, buscando-se
melhorias estruturais, através do esforço contínuo de progressão tecnológica
Programa PE.E/3.2.16
dos diferentes pólos
Implantação de um centro regional em gestão avançada, dos centros de de-
senvolvimento de tecnologias e outras instituições que estruturem e respon-
dam pelas bases de conhecimento e formação regional

264 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/3.3
Diversificar a estrutura produtiva

Programa PE.E/3.3.1 Programa PE.E/3.3.5


Desenvolvimento ativo de fornecedores de todas as cadeias internas Fornecimento de cursos de capacitação e profissionalização (forma-
ção, qualificação e requalificação) da mão-de-obra, em seus diversos
níveis, de forma permanente e contínua, nas áreas relacionadas com
os setores a serem desenvolvidos
Programa PE.E/3.3.2
Criação de programa de adensamento das cadeias
produtivas identificadas, a partir da articulação com atores relevantes
Programa PE.E/3.3.6
Atuação, junto aos agentes financiadores, especialmente
estaduais e federais, para que sejam abertas linhas de crédito especi-
ficas para os setores em desenvolvimento na Região
Programa PE.E/3.3.3
Instrumentalização das cadeias produtivas primárias no processo
de agregação de valor

Programa PE.E/3.3.7
Fomento das atividades de reciclagem e
reaproveitamento em todos os setores e atividades produtivas
Programa PE.E/3.3.4
Incentivo à implantação e disseminação de incubadoras
ligadas às principais cadeias produtivas, num primeiro momento e de
parques tecnológicos num segundo momento, cada um deles com
10 anos de duração, sequenciados

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 265


Macroprograma E/4
Desenvolvimento do turismo sustentável

Objetivo MP.E/4.1 Objetivo MP.E/4.2


Criação e fortalecimentos de políticas públicas voltadas Ampliação dos investimentos do setor público em
para o desenvolvimento do turismo nas regiões Norte e infraestrutura básica e de apoio ao turismo
Noroeste Meta:
Meta: • 90% dos municípios das regiões Norte e Noroeste com
• 100% dos municípios das regiões Norte e Noroeste com infraestrutura básica e de apoio ao turismo (aeródromos,
estrutura institucional local voltada para o turismo. autoestradas troncais, ferrovias, saneamento, etc.)

Objetivo MP.E/4.3
Melhoria e qualificação dos serviços turísticos Objetivo MP.E/4.4
Meta: Promoção e comercialização dos produtos turísticos
• Pelo menos 30% da população das Região Norte - Noro- Meta:
este qualificada e mobilizada em relação à importância do • 80% dos municípios da região Norte-Noroeste com
turismo local e regional, constituição de um número instrumentos de divulgação e comercialização do turis-
adicional de atrações maior do que 50% do que existe na mo local
atualidade na Região.

Objetivo MP.E/4.5
Gestão sustentável dos atrativos naturais e seu entorno
Meta:
• 70% dos atrativos naturais ordenados e sustentáveis na
Região Norte-Noroeste

266 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma E/4
Desenvolvimento do turismo sustentável

Objetivo MP.E/4.6
Criação de base de dados municipais como instrumento Objetivo MP.E/4.7
de gestão Formação de redes de parcerias e serviços
Meta: Meta:
• 100% dos municípios da região com base de dados da ati- • 80% dos municípios das regiões Norte e Noroeste com
vidade turística (inventários turísticos e planos de manejo e redes de parcerias e serviços formadas
circuitos internos, calendário de eventos quinquenal)

Objetivo MP.E/4.8
Sensibilização e mobilização da população local para a Objetivo MP.E/4.9
importância do desenvolvimento do turismo Inclusão da Região Norte-Noroeste na programação da
Meta: Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016
• 65% da população local da Região Norte-Noroeste Meta:
mobilizadas e sensibilizadas para a importância do • Habilitar a região para atuar como satélite da Copa do
desenvolvimento do turismo Mundo e Olimpíadas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 267


Objetivo MP.E/4.1
Criação e fortalecimentos de políticas públicas
voltadas para o desenvolvimento do turismo nas
regiões Norte e Noroeste

Programa PE.E/4.1.1 Programa PE.E/4.1.2


Criação de estruturas de gestão voltadas para o turismo Inclusão do turismo no sistema de governança regional
nos municípios das regiões Norte e Noroeste

Programa PE.E/4.1.3
Fortalecimento de colegiados nos municípios e Programa PE.E/4.1.4
constituição do conselho regional de Turismo da região Desenvolvimento dos planos diretores regional e
Norte-Noroeste fluminense que tenha por objetivo o municipais de desenvolvimento do turismo
desenvolvimento do turismo regional e local e a
participação na Copa e Olimpíadas

Programa PE.E/4.1.5
Elaboração de roteiros/circuitos internos turísticos
da região

268 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/4.2
Ampliação dos investimentos do setor
público em infraestrutura básica e de apoio
ao turismo

Programa PM.E/4.2.1 Programa PM.E/4.2.2


Criação da coleta seletiva de resíduos sólidos em todos os Melhoria nas vias de acessos dos municípios aos seus
municípios da Região, até 2014 distritos e aos sítios e locais turísticos

Programa PM.E/4.2.3 Programa PM.E/4.2.4


Saneamento básico em todos os municípios da Região Construção/ampliação de hospitais para serviços
Norte-Noroeste qualificados para o turismo em municípios-chave

Programa PM.E/4.2.5
Criação de centros de atendimento ao turista na Região Programa PM.E/4.2.6
(receptivos nos acessos e pontos de concentração principais, Instalação de sinalização turística programação visual nas rotas
portais, etc., cobrindo o território turístico) e nas atrações turísticas de toda a Região

Programa PM.E/4.2.7
Melhoria na infraestrutura regional nos locais dos
sítios turísticos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 269


Objetivo MP.E/4.3
Melhoria e qualificação dos serviços turísticos

Programa PR.E/4.3.1
Parcerias com instituições de ensino e com o sistema “S” para a capacitação
e qualificação dos atores envolvidos com o turismo, particularmente visando
os eventos Copa e Olimpíadas

270 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/4.4
Promoção e comercialização dos
produtos turísticos

Programa PR.E/4.4.1 Programa PR.E/4.4.2


Criação de portais contendo informações turísticas de vários Inserção de links com informações turísticas completas nos
municípios com o objetivo de divulgação das regiões turísticas, sites das municipalidades
em múltiplos idiomas

Programa PR.E/4.4.3
Promoção do turismo regional em eventos nacionais e Programa PR.E/4.4.4
internacionais ligados ao turismo Criação de calendário de eventos regional quinquenal

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 271


Objetivo MP.E/4.5
Gestão sustentável dos atrativos
naturais e seu entorno

Programa PR.E/4.5.2
Programa PR.E/4.5.1 Estudo da capacidade de carga e redimensionamento dos
Monitoramento dos impactos ambientais da região atrativos turísticos naturais, para atender às demandas do
mercado

Programa PR.E/4.5.3
Gestão dos atrativos naturais com a parceria das entidades de
meio ambiente

272 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.E/4.6 Programa PE.E/4.6.1
Criação de base de dados municipais como instrumento Elaboração e administração do Inventário da oferta turística em todos os municípios da
de gestão Região Norte-Noroeste

Objetivo MP.E/4.7 Programa PR.E/4.7.1


Formação de redes de parcerias e serviços Constituir as redes de parcerias e serviços ligadas ao turismo e sua cadeia produtiva e à
promoção conjunta de eventos e programas

Objetivo MP.E/4.8 Programa PS.E/4.8.1


Sensibilização e mobilização da população local para a Parcerias com instituições de ensino e com o sistema “S” para a sensibilização e
importância do desenvolvimento do turismo mobilização da população local para a importância do desenvolvimento do turismo local

Objetivo MP.E/4.9 Programa PR.E/4.9.1


Inserção do Norte-Noroeste nos eventos Copa do Mundo Inclusão da região nos eventos Copa do Mundo e Olimpíadas, compartilhando
e Olimpíadas delegações e atividade esportiva a ser disputada oficialmente

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 273


Carteira de Projetos Iniciais: Economia

Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade

Macroprograma MP.E/1 –
EE
Economia do conhecimento

Objetivo MP.E/1.1
Formação de quadros de pessoal de nível técnico e superior nas áreas definidas conforme vocação preferencial e oportunidades regionais
PE.E/1.1.1 Definição das áreas a serem desenvolvidas conforme vocação e oportunidades regionais EE1
Implantação e direcionamento de cursos técnicos e universitários para as áreas de desenvolvi-
PE.E//1.1.2 EE1
mento escolhidas
Apoio à ampliação das universidades e ofertas de cursos superiores e técnicos (especialmente
PE.E//1.1.3 no Noroeste),aumentando as possibilidades de qualificação da população,a partir de estudos EE1
das demandas não atendidas dos mercados regionais
Implantação do consórcio intermunicipal/interregional de educação superior, consolidando entre
outras ações, o programa auxílio universitário com a distribuição de bolsas de estudo para a
PE.E//1.1.4 graduação superior em faculdades e universidades regionais, e linhas de transporte interregio- EE1
nal, facilitando as condições de estudo de alunos, principalmente daqueles residentes em muni-
cípios desprovidos de instituições de ensino superior
Mapeamento das principais demandas do mercado produtivo em termos de capacitação, bem
PE.E//1.1.5 como as principais ofertas de capacitação já existentes, para adequação demanda-oferta de EE1
profissionalização
Convênios poder público universidades para qualificação profissional e efetivação de pesquisas
PE.E//1.1.6 EE1
e trabalhos junto às Administrações municipais
Objetivo MP.E/1.2
Desenvolvimento do Sistema de Inovação Regional
PS.E/1.2.1 Implantação de centros de pesquisa e desenvolvimento voltados para as áreas escolhidas ES1

274 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Criação de centros de transferência tecnológica (facilitar o processo de transferência de tecnolo-
PS.E/1.2.2 ES1
gia para pequenas e médias empresas)
PS.E/1.2.3 Centros de incubação em número suficiente para fazer a ponte entre universidades e empresas ES1
Criação de agência de fomento a inovação tecnológica junto às universidades (transferência,
PS.E/1.2.4 ES1
pesquisas de produção, captação de recursos)
Parcerias público/privado para implantação de centros de pesquisas em diferentes áreas do
PS.E/1.2.5 conhecimento, voltadas principalmente para os investimentos tecnológicos, o desenvolvimento ES1
da tecnologia social e o reconhecimento do contexto regional
Objetivo MP.E/1.3
Disseminação do Conhecimento e da Tecnologia Gerados para a População e Sistema Empresarial
Convênios entre poder público /universidades para qualificação profissional, apoio às incubado-
PE.E/1.3.1 EE2
ras e fomento à empresas jovens
Desenvolvimento / investimento em tecnologia social que compreende produtos, técnicas ou
PE.E/1.3.2 metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem EE2
efetivas soluções de transformação social
Realização de pesquisas voltadas para a compreensão de inúmeras questões regionais, espe-
PE.E/1.3.3 EE2
cialmente do Noroeste Fluminense
Implementação de uma cultura empreendedora desde a Educação Básica até o Ensino Superior
PE.E/1.3.4 EE2
e também para os empresários e dirigentes públicos e demais integrantes da liderança regional
Formação de convênios e redes entre as instituições de ensino e pesquisa tecnológicas com o
PE.E/1.3.5 EE2
setor empresarial/industrial e o poder público
Macroprograma MP.E/2-
EE
Ajustamento Estrutural da Atividade Agropecuária
Objetivo MP.E/2.1
Adoção de Práticas de Produção Tecnicamente Compatíveis com as Exigências do Mercado

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 275


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Criação de um programa de modernização tecnológica e administrativa das pequenas proprie-
PE.E/2.1.1 EE1
dades agrícolas
PE.E/2.1.2 Criação de programas regionalizados estimulando a cooperação entre pequenas propriedades EE1
PE.E/2.1.3 Implantar programas de apoio à pesquisa pública e privada e à extensão rural EE1
Desenvolvimento e implantação do programa de melhoria da qualidade genética dos rebanhos
PE.E/2.1.4 EE1
bovinos, particularmente na pecuária leiteira
Desenvolvimento e implantação dos programas de incentivo à adoção de práticas de manejo
PE.E/2.1.5 EE1
mais avançadas tecnologicamente e em conformidade com as normas da vigilância sanitária
Melhoria e expansão do acesso ao crédito agrícola através da orientação para acesso a linhas
PE.E/2.1.6 EE1
de crédito
Incentivo à regularização fundiária documental através do incentivo e apoio para a confecção
PE.E/2.1.7 EE1
de documentos pessoais e regularização dos títulos de posse das propriedades familiares
Apoio aos grupos organizados / associações de produtores para a busca de soluções em con-
PE.E/2.1.8 EE1
junto através de cursos de capacitação
PE.E/2.1.9 Implantação de centros de produção comunitária EE1
Reativação da escola de formação agrícola na região Noroeste e sua integração com as institui-
PE.E/2.1.10 ções de pesquisa, desenvolvimento e inovação da região Norte-Noroeste, e universidades e EE1
cursos profissionalizantes parceiros
Objetivo MP.E/2.2
Desenvolvimento, fortalecimento e consolidação das cadeias produtivas reveladas como vocação e potencialidades regionais
Implantação de centros de pesquisa multidisciplinar, disseminados pelo espaço regional, para o
PE.E/2.2.1 EE1
desenvolvimento dos produtos agrícolas regionais
Criação de um programa de incentivo ao desenvolvimento do agronegócio em pequenas propri-
PE.E/2.2.2 EE1
edades
PE.E/2.2.3 Implantação de programas de criação e qualificação de cooperativas agrícolas e agropecuárias EE1

276 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Dotação das regiões de infraestrutura física e social que suporte o desenvolvimento da atividade
PE.E/2.2.4 EE1
rural no campo
PE.E/2.2.5 Desenvolvimento e integração das associações e cooperativas de produtores rurais EE1
Desenvolvimento dos processos de certificação e da diferenciação de produtos típicos regionais
pela atribuição de selos, associado ao tombamento cultural dos produtos típicos e à rastreabili-
PE.E/2.2.6 EE1
dade das cadeias mais significativas, visando uma atuação diferenciada voltada para nichos de
mercado
Apoio ao desenvolvimento da agricultura alternativa (orgânica, agroecológica, hidropônica), a-
PE.E/2.2.7 través da divulgação de informações, capacitação, assistência técnica e disponibilidade de crédi- EE1
to
Objetivo MP.E/2.3
Sistema de Comercialização da Produção que Atenda às Necessidades do Pequeno Produtor Rural e da Expansão das Cadeias Produtivas Regionais

PS.E/2.3.1 Criação programas de estímulo e dinamização das exportações de produtos agrícolas ES1

PS.E/2.3.2 Implantação programas que dão acesso a alimentos aos mais pobres ES1
Implantação do mercado institucional (escolas, creches, abrigos) para a absorção da produção
PS.E/2.3.3 dos agricultores familiares, nos moldes utilizados pelo Programa de Aquisição de Alimentos ES1
(PAA), executados pela CONAB e pelo MDS
Implantação, na área cultural, dos centros e programas de gastronomia e culinária local apoian-
PS.E/2.3.4 do e em conexão com a produção de alimentos regional, para atração de turistas e exportação, ES1
além de criar uma cadeia de trabalho e renda
Criação e/ou revitalização de mercados/feiras municipais e de feiras itinerantes, intra e intermu-
nicipais (aquisição de barracas padronizadas, criação de uma estratégia de transporte das mer-
PS.E/2.3.5 cadorias, capacitação dos feirantes, padronização de mercadorias e embalagens). Feiras como ES1
espaço de sociabilidade com apresentações culturais, artesanato, produtos agrícolas e praça de
alimentação

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 277


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantação de ambiente de comercialização para os pequenos produtores, observadas as ca-
racterísticas de cada grupo de atividades homogêneas, por exemplo, um mercado de atacado
PS.E/2.3.6 ES1
para os pequenos agricultores, uma plataforma de comercialização permanente para os arte-
sãos, pontos vendas associados aos centros de produção comunitária, entre outros
Implantação de programa constante de manutenção e adequação das estradas rurais, de forma
PS.E/2.3.7 ES1
a viabilizar o escoamento da produção rural
Macroprograma MP.E/3-
Diversificação Econômica e Adensamento das Cadeias Produtivas EE / GR
Objetivo MP.E/3.1
Criação de um organismo - instituto ou comitê ou fundação - dedicado à gestão e acompanhamento do planejamento do desenvolvimento susten-
tável da região Norte-Noroeste integrada
PR.E/3.1.1 Definição de políticas claras no modo de regulação voltado para a atração de investimentos GR1
PR.E/3.1.2 Aumento da capacidade de inovação tecnológica regional GR1
Objetivo MP.E/3.2
Fortalecer a Estrutura Produtiva: atração de grandes e médias empresas de setores com forte encadeamento a jusante e a montante
Atração e diversificação de segmentos de serviços complexos e avançados, particularmente
PE.E/3.2.1 EE1
agentes de mercado e logística, fontes renováveis de energia e indústrias exportadoras
Ampliação da presença regional (cobertura espacial) dos bancos e agentes de crédito para in-
vestimento, capitais de risco e semente, créditos de carbono, seguradoras, alfandegários, além
PE.E/3.2.2 EE1
das instituições financeiras públicas e a disseminação do sistema de microcrédito ou banco do
povo em uma parceria com a INVEST-Rio e BNDES
Incentivo à implantação de cooperativas, associações cooperativas e outras formas de atuação
coletiva ou grupal empresariais para a realização de negócios, a aquisição de informação e tec-
PE.E/3.2.3 EE1
nologia, a participação nos mercados exógenos nacional e internacional, entre outras atividades
ganha-ganha
Desenvolvimento de políticas e implantação de programas de incentivo à exportação para mer-
PE.E/3.2.4 EE1
cados diversos

278 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PE.E/3.2.5 Formação e qualificação profissional estendida e intensiva EE1
Inserção do conteúdo do cooperativismo e empreendedorismo nas escolas públicas e privadas
PE.E/3.2.6 EE1
regionais
Oferecer financiamento subsidiado às micro e pequenas empresas vinculados a indicadores de
PE.E/3.2.7 desempenho produtivo, mercadológico e inovativo (ou seja, ganhar mercado regional, nacional e EE1
externo e inovar)
Fomentar a cooperação entre as empresas para projetos de inovação tecnológica, em opera-
PE.E/3.2.8 EE1
ções cooperativas
Fomento da competitividade das micro, pequenas e médias empresas, através de um programa
PE.E/3.2.9 de qualificação e capacitação, e de empreendedorismo para os empresários, dirigentes e inte- EE1
grantes das altas administrações
Fomento à interação das empresas locais com as universidades e institutos de pesquisas regio-
nais ou já existentes no país e principalmente com os que serão criados, no sentido deles assu-
PE.E/3.2.10 EE1
mirem o papel de depositários do conhecimento e desenvolvedores da tecnologia e inovação
necessárias a sustentar a competitividade do parque produtivo regional
Desenvolvimento de mecanismos para que se crie um ambiente social estável, através da cria-
PE.E/3.2.11 ção de uma identidade coletiva, de forma a promover a cooperação entre os agentes envolvidos EE1
em atividades comuns, porém dispersos
Apoio ao desenvolvimento de empreendimentos vinculados a tecnologias emergentes e aos
PE.E/3.2.12 EE1
serviços avançados
PE.E/3.2.13 Ampliação do “agrobusiness” baseado no cooperativismo EE1
Atração de empresas ofertantes de bens e serviços de base tecnológica e mecanismos de de-
PE.E/3.2.14 EE1
senvolvimento limpo
Priorização das políticas voltadas para o processo produtivo, buscando-se melhorias estruturais,
PE.E/3.2.15 EE1
através do esforço contínuo de progressão tecnológica dos diferentes pólos
Implantação de um centro regional em gestão, dos centros de desenvolvimento de tecnologias e
PE.E/3.2.16 EE1
outras instituições que estruturem e respondam pela base de conhecimento regional

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 279


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.E/3.3
Diversificar a Estrutura Produtiva
PE.E/3.3.1 Desenvolvimento ativo de fornecedores de todas as cadeias internas EE1
Criação de programa de adensamento das cadeias produtivas identificadas, a partir da articula-
PE.E/3.3.2 EE1
ção com atores relevantes
PE.E/3.3.3 Instrumentalização das cadeias produtivas primárias no processo de agregação de valor. EE1
Incentivo à implantação e disseminação de incubadoras ligadas às principais cadeias produti-
PE.E/3.3.4 vas, num primeiro momento e de parques tecnológicos num segundo momento, cada um deles EE1
com 10 anos de duração, sequenciados
Fornecimento de cursos de capacitação e profissionalização (formação, qualificação e requalifi-
PE.E/3.3.5 cação) da mão-de-obra, em seus diversos níveis, de forma permanente e contínua, nas áreas EE1
relacionadas com os setores a serem desenvolvidos
Atuação, junto aos agentes financiadores, especialmente estaduais e federais, para que sejam
PE.E/3.3.6 EE1
abertas linhas de crédito especificas para os setores em desenvolvimento
PE.E/3.3.7 Fomento das atividades de reciclagem e reaproveitamento em todos os setores e atividades EE1
Macroprograma MP.E/4 -
EE / ES / GR / GM
Desenvolvimento do Turismo Sustentável
Objetivo MP.E/4.1
Criação e fortalecimentos de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do turismo nas regiões Norte e Noroeste
Criação de estruturas de gestão voltadas para o turismo nos municípios das regiões Norte e
PE.E/4.1.1 EE1
Noroeste
PE.E/4.1.2 Inclusão do turismo no sistema de governança regional. EE1
Fortalecimento de colegiados nos municípios e constituição do conselho regional de Turismo da
PE.E/4.1.3 região Norte-Noroeste fluminense que tenha por objetivo o desenvolvimento do turismo regional EE1
e local e a participação na Copa e Olimpíadas

280 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PE.E/4.1.4 Desenvolvimento dos planos diretores regional e municipais de desenvolvimento do turismo. EE1
PE.E/4.1.5 Elaboração de roteiros/circuitos internos turísticos da região EE1
Objetivo MP.E/4.2
Ampliação dos investimentos do setor público em infraestrutura básica e de apoio ao turismo
PM.E/4.2.1 Criação da coleta seletiva em todos os municípios da região, até 2014 GM1
PM.E/4.2.2 Melhoria nas vias de acessos dos municípios aos seus distritos e aos sítios e locais turísticos GM1
PM.E/4.2.3 Saneamento básico em todos os municípios da região Norte-Noroeste. GM1
PM.E/4.2.4 Construção/ampliação de hospitais e serviços qualificados para o turismo em municípios chave. GM1
Criação de centros de atendimento ao turista na região (receptivos nos acessos e pontos de
PM.E/4.2.5 GM1
concentração principais, portais, etc., cobrindo o território turístico)
PM.E/4.2.6 Instalação de sinalização turística oficial nos atrativos turísticos de toda a região. GM1
PM.E/4.2.7 Melhoria na infraestrutura regional e turística GM1
Objetivo MP.E/4.3
Melhoria e Qualificação dos Serviços Turísticos
Parcerias com instituições de ensino e com o sistema “S” para a capacitação e qualificação dos
PR.E/4.3.1 GR1
atores envolvidos no turismo
Objetivo MP.E/4.4
Promoção e Comercialização dos Produtos Turísticos
Criação de portais contendo informações turísticas de vários municípios com o objetivo de divul-
PR.E/4.4.1 GR2
gação das regiões turísticas, em múltiplos idiomas
PR.E/4.4.2 Inserção de links com informações turísticas completas nos sites das municipalidades GR2
PR.E/4.4.3 Promoção do turismo regional em eventos nacionais e internacionais ligados ao turismo GR2
PR.E/4.4.4 Criação de calendário de eventos regional qüinqüenal GR2

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 281


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.E/4.5
Gestão Sustentável dos Atrativos Naturais e seu Entorno
PR.E/4.5.1 Monitoramento dos impactos ambientais da região GR1
Estudo da capacidade de carga e redimensionamento dos atrativos turísticos naturais, para a-
PR.E/4.5.2 GR1
tender às demandas do mercado
PR.E/4.5.3 Gestão dos atrativos naturais com a parceria das entidades de meio ambiente GR1
Objetivo MP.E/4.6
Criação de Base de Dados como Instrumento de Gestão
Elaboração e administração do Inventário da oferta turística em todos os municípios da Região
PE.E/4.6.1 EE1
Norte-Noroeste
Objetivo MP.E/4.7
Formação de Redes de Parcerias e Serviços
Constituir as redes de parcerias e serviços ligadas ao turismo e sua cadeia produtiva e à promo-
PR.E/4.7.1 GR1
ção conjunta de eventos e programas
Objetivo MP.E/4.8
Sensibilização e mobilização da população local para a importância do desenvolvimento do turismo
Parcerias com instituições de ensino e com o sistema “S” para a sensibillização e mobilização da
PS.E/4.8.1 ES1
população local para a importância do desenvolvimento do turismo local.
Objetivo MP.E/4.9
Inserção do Norte-Noroeste nos Eventos Copa do Mundo e Olimpíadas
Inclusão da região nos eventos Copa do Mundo e Olimpíadas, compartilhando delegações e
PR.E/4.9.1 GR1
atividade esportiva a ser disputada oficialmente

282 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Comentário Final
Os macroprogramas de desenvolvimento apresentados constituem-se nas bases para o desenvolvimento de um sistema econômico diversifi-
cado, includente e sustentável. Seus objetivos, metas e programas compõem um sistema dinâmico, os quais devem ser adaptados de acordo
com as mudanças, necessidades e oportunidades reveladas ao longo do processo de desenvolvimento regional.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 283


Autoras:
Karen dos Santos Menezes
Samantha de Oliveira Nery

284 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


9. MÓDULO SOCIAL

Introdução

O trabalho na área de Desenvolvimento Social é essencial para o bem-estar das populações locais e aborda questões como a segurança, a
equidade social ampla, a geração de trabalho e renda e outras, de grande relevância para os habitantes.
O Módulo Social se constituiu sobre sete Macroprogramas de Desenvolvimento, a partir de uma consideração sobre os principais problemas e
dificuldades encontrados nas Regiões Norte e Noroeste Fluminenses e as expectativas de reversão destes nos próximos 35 anos, dentro do
Cenário Emergência.
São eles o Desenvolvimento do Capital Humano – Educação, Formação, Capacitação e Empreendedorismo; Melhoria da Qualidade e do A-
tendimento na Saúde; Aumento da Equidade Social; Reestruturação Habitacional e Coordenação de Expansão Urbana; Aumento da Seguran-
ça Pública; Ampliação da Oferta e Qualidade das Políticas Desportivas e Geração de Trabalho e Renda.
Para cada Macroprograma foram estabelecidos os objetivos e metas de desenvolvimento, com um conjunto de programas respectivos para o
alcance destas metas.
Ressalta-se que todas estas dimensões consideradas para o desenvolvimento social regional estão interconectadas e por isso, alguns pro-
gramas exercem múltiplos efeitos no alcance de mais de um objetivo.
O conjunto de programas apresentado, apesar de não esgotar as possibilidades de ações necessárias para o alcance dos objetivos, pretende
ser suficiente para a realização das metas.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 285


Organograma Social

Social

(S)

Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma


S/1 S/2 S/3 S/4 S/5 S/6 S/7
Desenvolvimento Melhoria da Aumento da Reestruturação Aumento da Ampliação Geração de
do capital humano - qualidade e do equidade habitacional e segurança da oferta e trabalho e
educação, forma- atendimento social coordenação da pública qualidade das renda
ção, capacitação e na saúde expansão políticas
empreendedorismo urbana desportivas

286 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma S/1
Desenvolvimento do capital humano -
educação, formação, capacitação e
empreendedorismo

Objetivo MP.S/1.1 Objetivo MP.S/1.4


Superação do analfabetismo Ampliação da capacitação técnica e profissionalizante
Meta: Meta:
• Diminuir a taxa de analfabetismo para 5% • 80% da população em idade produtiva qualificada para o
trabalho

Objetivo MP.S/1.2 Objetivo MP.S/1.5


Elevação da escolaridade média Ampliação da Integração entre administração pública /
Metas:
empresas/universidades/população
• Alcançar a média de anos de estudo para 12 Metas:
• Aumentar a freqüência escolar dos jovens de 15-17 anos • Firmar convênios entre poder público / Instituições de ensino
para 100% superior / Setor empresarial para qualificação profissional, reali-
zação de pesquisas e outras atividades integradas
• Implantar o consórcio Intermunicipal/Interregional de educação
Objetivo MP.S/1.3 superior até 2020, com atividades integradas em execução
Melhoria do atendimento aos alunos e da qualidade do
ensino
Objetivo MP.S/1.6
Metas:
Ampliação da produção do conhecimento científico
• Superar as metas estabelecidas pelo Índice de Desen-
Metas:
volvimento da Educação Básica, IDEB, nos anos iniciais
• Implantar pelo menos 10 centros de pesquisas regionais ativos
e finais dos ensino fundamental alcançando notas entre
• Gerar novas pesquisas sobre as regiões Norte e Noroeste flumi-
8e9 nense e pesquisas voltadas para conhecimentos científico- tecno-
• Institucionalizar e disseminar o empreendedorismo em lógico
80% dos estabelecimentos educacionais da educação • Apoiar às incubadoras e fomentar à empresas jovens
básica • Atrair novas universidades para o Noroeste

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 287


Objetivo MP.S/1.1
Superação do analfabetismo

Programa PE.S/1.1.1
Investir na criação de novas vagas para o ensino médio,
elaborando propostas conjuntas entre as escolas municipais
e estaduais, identificando e implantando ações que visem
erradicar os problemas de reprovação escolar, evasão e
repetência e a melhoria do aprendizado funcional Programa PE.S/1.1.3
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendi-
mento, especialmente no horário noturno - procurando superar
os problemas inerentes a adolescentes e adultos que não
tiveram acesso ao ensino na idade própria, incluindo parcerias
de cursos de alfabetização em empresas/universidades locais
para seus funcionários/fornecedores e vizinhos, visando erradi-
car o índice de analfabetismo
Programa PE.S/1.1.2
Promover processos de recuperação educacional paralela nos
sistemas municipais e estaduais de educação, garantindo o
processo de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles
carentes e/ou com dificuldades de aprendizagem

288 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/1.2
Elevação da escolaridade média

Programa PE.S/1.2.1
Investir na criação de novas vagas para o ensino médio, elaborando
propostas conjuntas entre as escolas municipais e estaduais, identifi-
Programa PE.S/1.2.4
cando e implantando ações que visem erradicar os problemas de
Preparar os alunos do ensino médio para sua aprovação em provas,
reprovação escolar, evasão e repetência
concursos e para seu ingresso no ensino superior, ampliando suas
oportunidades de cursarem o terceiro grau, inclusive mediante bolsas

Programa PE.S/1.2.2
Promover processos de recuperação educacional paralela nos siste-
mas municipais e estaduais de educação, garantindo o processo de Programa PE.S/1.2.5
aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles carentes e/ou com Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de
dificuldades de aprendizagem parcerias de cursos de alfabetização em redes de comunicação que disponibilize Internet gratuita em todas as
empresas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de unidades escolares e para a população da Região Norte-Noroeste
analfabetismo na Região

Programa PE.S/1.2.3
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento, Programa PE.S/1.2.6
especialmente no horário noturno - procurando superar os problemas Implantar telecentros comunitários nos municípios da Região, criando
inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram acesso ao ensino cursos e programas específicos de inclusão digital, que atendam às
na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em demandas das distintas faixas etárias
empresas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de
analfabetismo na Região

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 289


Objetivo MP.S/1.3
Melhoria do atendimento aos alunos e da qualidade do ensino

Programa PE.1.3.5
Programa PE.S/1.3.1 Acompanhar e melhorar os projetos político-culturais e pedagógicos das escolas
da Região, incentivando uma atualização constante, valorizando não apenas com
Constituir os sistemas municipais de creche, em parceria com as secretarias
a formação acadêmica, como almejando a formação do ser humano ético, crítico
Municipais de Assistência Social, para o atendimento de toda a demanda e rico em valores humanitários
apresentada, especialmente de crianças de 0 a 3 anos

Programa PE.1.3.6
Programa PE.1.3.2 Implantar programa “ escola comunitária”, para desenvolver e manter atividades
que promovam a integração entre as escolas e entre as escolas e as comunida-
Introduzir uma disciplina nos currículos da educação básica voltada para
des, realizando eventos educacionais, de proteção ambiental, de saúde, de espor-
o desenvolvimento do empreendedorismo e da cidadania dos jovens, te e lazer, eventos em datas comemorativas e outros
despertando-os para ações cooperativas, para o conhecimento das reali-
dades circundantes, para o exercício de práticas cidadãs, entre muitas
outras matérias congêneres Programa PE.1.3.7
Estruturar um programa de censos escolares dos educandos, com o objetivo de
subsidiar a elaboração e avaliações dos planos municipais de educação e dos
Programa PE.1.3.3 projetos político pedagógicos das escolas, gerando subsídios para desenvolver as
alternativas educacionais mais indicadas a cada contexto
Implantar programa de resgate e valorização cultural, fortalecendo a rela-
ção de identidade e pertencimento do aluno com os municípios e suas
respectivas regiões Programa PE.1.3.8
Implantar programas municipais de qualidade do ensino, com a qualificação e
requalificação contínua do quadro docente com relação às propostas político-
Programa PE.1.3.4 pedagógicas e outras questões relacionadas à formação do aluno
Implantar o programa de aperfeiçoamento da educação - ampliação e melho-
ria da infra-estrutura disponíveis nas unidades escolares aquisição de novos
laboratórios de pesquisa, bibliotecas, equipamentos, inclusive para a infor-
Programa PE.1.3.9
matização e o aprimoramento tecnológico-cultural do sistema educacional
Capacitar a equipe técnica, inclusive nível médio, das secretarias municipais de
educação para atualização continuada referente à gestão do sistema

290 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/1.3
Melhoria do atendimento aos alunos e da qualidade do ensino

Programa PE.S/1.3.10 Programa PE.S/1.3.14


Implantar o plano de cargos e carreiras da Educação em todos os municípios da Implantar políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produ-
Região que não o possua, valorizando os profissionais de ensino através de ção, comercialização e consumo de alimentos, como base para a implantação
processos de reconhecimento do mérito, do desempenho e dedicação, remune- de hortas comunitárias nas escolas e comunidades, feiras de circulação dos
ração condigna e ingresso e progressão exclusivamente por sistemas públicos e produtos locais, utilização destes na composição da merenda escolar
transparentes de avaliação da qualificação

Programa PE.S/1.3.15
Programa PE.S/1.3.11 Potencializar a qualidade das merendas escolares, abrangendo a segu-
Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de rança alimentar e nutricional; a saúde sanitária e tecnológica dos
redes de comunicação que disponibilize internet gratuita em todas as alimentos, bem como seu aproveitamento/reaproveitamento, os cuida-
unidades escolares das regiões dos com o meio ambiente e outros, visando a promoção da saúde –
incluindo a qualificação das cantineiras para este trabalho

Programa PE.S/1.3.12
Ofertar ensino específico para os portadores de necessidades especiais e Programa PE.S/1.3.16
outros grupos especiais, em escolas ou instituição de educação, assegu- Implantar o “programa de saúde bucal e ocular” em todas as unidades
rando-lhes profissionais capacitados, material e equipamentos adequados, escolares municipais, realizando ações corretivas e principalmente
além das facilidades que lhes permitam e lhes facilitem a freqüência preventivas para os alunos

Programa PE.S/1.3.13 Programa PE.S/1.3.17


Implantar telecentros comunitários nos municípios, criando cursos e pro- Estabelecer um programa de coleta seletiva de lixo e reciclagem nas escolas
gramas específicos de inclusão digital, que atendam as demandas das
distintas faixas etárias
Programa PE.S/1.3.18
Otimizar o sistema de transporte escolar a partir da revisão das rotas percorridas
diariamente, mantendo seu funcionamento adequado e com qualidade

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 291


Objetivo MP.S/1.4
Ampliação da capacitação técnica e profissionalizante

Programa PE.S/1.4.4
Implantar gradualmente cursos profissionalizantes em parceria com
instituições especializadas, direcionados especialmente para jovens,
Programa PE.S/1.4.1 em atividades relacionadas às economias e vocações municipais e
Mapear as demandas técnicas e profissionais não atendidas nos regionais existentes e a serem implementadas, de modo a permitir a
mercados regionais, buscando uma adequação demanda-oferta fixação de parcela significativa da população em seu território, inclusive
através de parcerias com instituições como SESC, SENAR, SENAI,
SENAC, SEBRAE, com instituições não governamentais e outros
órgãos
Programa PE.S/1.4.2
Apoiar à ampliação das universidades/centros de pesquisas e ofertas
de cursos superiores e técnicos na Região, aumentando as possibilida- Programa PE.S/1.4.5
des de qualificação da população Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de
redes de comunicação que disponibilize Internet gratuita em todas as
unidades escolares da Região Norte-Noroeste

Programa PE.S/1.4.3
Firmar convênios entre poder público e universidades para qualificação
Programa PE.S/1.4.6
profissional, com o apoio às incubadoras e fomento à empresas jovens
Implantar telecentros comunitários nos municípios da Região, criando
cursos e programas específicos de inclusão digital dirigidos, que aten-
dam às demandas das distintas faixas etárias

292 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/1.5
Ampliação da integração entre administração pública /
empresas / universidades / população

Programa PE.S/1.5.1
Implantar consórcio Intermunicipal/Interregional de educação superi-
or consolidando, entre outras ações, o programa auxílio universitá-
rio, com a distribuição de bolsas de estudo para a graduação superi- Programa PE.S/1.5.3
or em faculdades e universidades regionais e linhas de transporte Firmar convênios entre poder público e universidades para qualifica-
interregionais, facilitando as condições de estudo dos alunos, princi- ção profissional, com o apoio às incubadoras e fomento à empresas
palmente daqueles residentes em municípios desprovidos de jovem
instituições de ensino superior

Programa PE.S/1.5.2
Estabelecer parcerias público/privado/empresas a para implantação de
centros de pesquisas em diferentes áreas do conhecimento, voltadas Programa PE.S/1.5.4
principalmente para os investimentos produtivos locais, o desenvolvi- Apoiar à ampliação das universidades/centros de pesquisas e ofertas
mento da tecnologia social, reconhecendo-se o contexto de cursos superiores e técnicos - especialmente na Região Noroeste,
aumentando as possibilidades de qualificação da população

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 293


Objetivo MP.S/1.6
Ampliação da produção do conhecimento científico

Programa PE.S/1.6.1
Estabelecer parcerias público/privado/empresas a para implantação
de centros de pesquisas em diferentes áreas do conhecimento,
voltadas principalmente para os investimentos produtivos locais, o
desenvolvimento da tecnologia social, reconhecendo-se o contexto Programa PE.S/1.6.3
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento,
especialmente no horário noturno - procurando superar os problemas
inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram acesso ao ensino
na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em
empresas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de
analfabetismo nos municípios
Programa PE.S/1.6.2
Promover processos de recuperação educacional paralela nos
sistemas municipais e estaduais de educação, garantindo o proces-
so de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles carentes
e/ou com dificuldades de aprendizagem

294 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma S/2
Melhoria da qualidade e do atendimento na saúde

Objetivo MP.S/2.1 Objetivo MP.S/2.4


Ampliação da cobertura do sistema de saúde ofertado à Implantação e/ou ampliação dos sistemas de vigilância sanitá-
população ria e epidemiologia
Metas: Metas:
• Aumentar o acesso da população à atenção básica, com a cober- • Implementar e/ou melhorar os programas de vigilância sanitária
tura do PSF para 100% da população para 100% dos municípios
• Aumentar o número de leitos do SUS para 7/1.000 habitantes • Cobertura do programa de epidemiologia para 100% dos muni-
cípios da Região Norte-Noroeste

Objetivo MP.S/2.2
Aumento da qualidade dos serviços de saúde ofertados
Metas: Objetivo MP.S/2.5
• Diminuir o índice de óbitos para 5/1.000 habitantes e a mortalida- Reativação e fortalecimento dos consórcios intermunicipais de
de infantil para 5/1.000 habitantes saúde em ambas as regiões
• Incluir programas preventivos da saúde em todos os municípios Meta:
como melhorias da alimentação, atividades físicas, programas de • Incluir todos os municípios no sistema dos consórcios e garan-
controle de enfermidades em todos os municípios tir o funcionamento integrado e de qualidade entre os serviços de
• Ampliar os programas de planejamento familiar e da saúde da saúde da Região
mulher para 100% da população, diminuindo o percentual de
mães de 10-19 anos para 5% e o percentual de parto cesáreo
para 20%

Objetivo MP.S/2.3 Objetivo MP.S/2.6


Melhoria dos serviços de informação em saúde Ampliação da oferta de saneamento e abastecimento de água
Meta: Meta:
• Ampliar a acuracidade, coleta e transmissão de dados em todos • Ampliar os serviços de saneamento e abastecimento de água tra-
os municípios implantando o biocard para todos até 2020 tada para 100% da população regional até 2020

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 295


Objetivo MP.S/2.1
Ampliação da cobertura do sistema de saúde ofertado à população

Programa PR.S/2.1.1
Incrementar infraestruturas e equipamentos da saúde, com destaque para Programa PR.S/2.1.7
novas viaturas, laboratórios e também o número de leitos ofertados no Planejar e buscar mais recursos financeiros para a atenção de alta
Sistema Único de Saúde, especialmente na Região Norte complexidade, que tem apresentado dificuldades significativas para
ofertar os atendimentos demandados pela população

Programa PR.S/2.1.2
Ampliar os programas preventivos, o Programa de Atenção Comunitária e Programa PR.S/2.1.8
o Programa de Saúde da Família nas regiões, visando o atendimento de Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e interna-
toda a população regional tos nas regiões, priorizando as áreas com baixa oferta de profissionais

Programa PR.S/2.1.3
Implantar programas de planejamento familiar e de saúde da mulher, junto Programa PR.S/2.1.9
ao acompanhamento pré-natal, visando minimizar problemas como gravi- Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação,
dez precoce, DSTs, mortalidade infantil e outros problemas que organizam os atendimentos entre municípios e otimizam os recur-
sos disponíveis, verificando-se também os fluxos intermunicipais dos
atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor
Programa PR.S/2.1.4 resolutividade dos sistemas
Criar equipamentos para atenção à gestante de baixo risco/casas de
parto, além de implantação da política de humanização do parto
Programa PR.S/2.1.10
Programa PR.S/2.1.5 Fortalecer os colegiados de gestão regional, dando-lhes condições para
Ampliar o número de atendimentos disponíveis em algumas especialidades exercerem seu papel como agentes de discussão e avaliação das condi-
medicas, que em alguns casos estão abaixo na meta estabelecida pelos ções do atendimento de saúde pública e os conselhos municipais de saúde
parâmetros e/ou abaixo das necessidades da população

Programa PR.S/2.1.6 Programa PR.S/2.1.11


Estruturar melhor e/ou implementar as redes de especialidades, urgên- Ampliar a oferta de atendimento odontológico para todas as faixas
cia e emergência em ambas as regiões etárias, incluindo programas educativos e preventivos nas escolas

296 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/2.2
Aumento da qualidade dos serviços de saúde ofertados

Programa PR.S/2.2.1
Implantar e/ou ampliar os programas preventivos de saúde ofertados nos Programa PR.S/2.2.6
municípios da Região, como melhorias na alimentação, atividades físicas, Melhorar o sistema de acompanhamento e avaliação dos dados, a partir do
programas de controle e acompanhamento de enfermidades, combate à uso sistema do Ministério da Saúde, preocupando-se especialmente com a acura-
de drogas, entre outros cidade da coleta e transmissão de dados

Programa PR.S/2.2.2 Programa PR.S/2.2.7


Aumentar a divulgação dos serviços ofertados na área, especialmente aqueles de Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e internatos
média e alta complexidade, a partir de um mapeamento dos equipamentos / capaci- na Região, priorizando as áreas com baixa oferta de profissionais
dade instalada, disponíveis na rede SUS dos municípios da Região

Programa PR.S/2.2.8
Programa PR.S/2.2.3 Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que orga-
Capacitar permanentemente os profissionais da saúde, incluindo os agentes nizam os atendimentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis,
comunitários do PSF, que são de fundamental importância na qualidade dos verificando-se também os fluxos intermunicipais dos atendimentos realizados
serviços oferecidos à população, no seu papel de informá-los sobre questões nos serviços de saúde, para uma melhor resolutividade dos sistemas
significativas e encaminhá-los para os outros serviços de saúde

Programa PR.S/2.2.9
Programa PR.S/2.2.4 Fortalecer os colegiados de gestão regional, dando-lhes condições para exer-
Capacitar a equipe técnica, inclusive nível médio, das Secretarias Munici- cerem seu papel como agentes de discussão e avaliação das condições do
pais de Saúde para atualização continuada referente à gestão do sistema atendimento de saúde pública e os conselhos municipais de saúde

Programa PR.S/2.2.5 Programa PR.S/2.2.10


Planejar e buscar mais recursos financeiros para a atenção de alta complexida- Ampliar a oferta de atendimento odontológico para todas as faixas etárias,
de, que tem apresentado dificuldades significativas para ofertar os atendimen- incluindo programas educativos e preventivos nas escolas
tos demandados pela população

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 297


Objetivo MP.S/2.3
Melhoria dos Serviços de Informação em Saúde

Programa PR.S/2.3.3
Programa PR.S/2.3.1 Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regula-
Melhorar o sistema de acompanhamento e avaliação dos dados, a ção, que organizam os atendimentos entre municípios e otimizam
partir do sistema do Ministério da Saúde, preocupando-se especi- os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos intermu-
almente com a acuracidade da coleta e transmissão de dados nicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para
uma melhor resolutividade dos sistemas

Programa PR.S/2.3.2 Programa PR.S/2.3.4


Facilitar o acesso à informação dos municípios junto à SESDEC, Garantir a implantação do serviço de verificação de óbitos regionais
favorecendo o fluxo de informações de ambas as partes

298 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/2.4
Implantação e/ou ampliação dos sistemas de
vigilância sanitária e epidemiologia

Programa PR.S/2.4.1
Implementar e ou desenvolver o trabalho da VISA – Vigilância
Sanitária, que tem uma relevância enorme na regulação de temas
relacionados à manutenção da higiene e da saúde

Programa PR.S/2.4.3
Estabelecer nas regiões centros de referência para as doenças
infecto-contagiosas, ampliando-se o potencial preventivo e educa-
tivo da saúde, além de preparar-se para situações de risco à
saúde

Programa PR.S/2.4.2
Desenvolver o serviço de epidemiologia, prevenindo e controlando
a ocorrência de enfermidades, através de pesquisas, elaboração
de material informativo para a população e controle de endemias

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 299


Objetivo MP.S/2.5
Reativação e fortalecimento dos consórcios
intermunicipais de saúde em ambas as Regiões

Programa PE.S/2.5.1
Reativar o consórcio de saúde da região Norte e fortalecer o Con- Programa PE.S/2.5.4
sórcio Intermunicipal da Região Noroeste (CONSPNOR), revendo Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e
a integração regional e o repasse de recursos financeiros do internatos nas regiões, priorizando as áreas com baixa oferta de
convênio junto a SESDEC, possibilitando inclusive a redução de profissionais
custos operacionais

Programa PE.S/2.5.2
Programa PE.S/2.5.5
Incrementar os consórcios intermunicipais de saúde, no âmbito
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regula-
interregional – melhorando a comunicação entre os secretários
ção, que organizam os atendimentos entre municípios e otimizam
municipais de Saúde - visando a busca de soluções e propostas
os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos intermuni-
para problemas significativos na área e que podem ser melhor
cipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para
equacionados com a unificação dos recursos, uma vez que alguns
uma melhor resolutividade dos sistemas
problemas alcançam frequentemente dimensões intermunicipais

Programa PE.S/2.5.3
Planejar para que municípios melhor preparados se tornem pólo de
determinados serviços de saúde ofertados em sua microrregião,
regulamentando procedimentos que em alguns casos já ocorrem
espontaneamente por parte dos pacientes e devem referenciados
em torno daqueles municípios que possuam as melhores condições
na área

300 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/2.6
Ampliação da oferta de saneamento e
abastecimento de água potável

Programa PE.S/2.6.1
Ampliar a oferta de saneamento para toda a população dos municípios,
evitando a qualidade de vida e a proliferação de enfermidades

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 301


Macroprograma S/3
Aumento da equidade social

Objetivo MP.S/3.1 Objetivo MP.S/3.3


Ampliação da oferta de serviços públicos, com destaque para a
Diminuição da pobreza e erradicação da indigência
ampliação da cobertura e do atendimento dos grupos vulneráveis
Metas:
Metas:
• Reduzir o Índice Gini para 0,30 • Ofertar educação, saúde, assistência social e outras políticas públicas
• Diminuir a razão de renda entre os mais ricos e os mais po- para todos aqueles que assim o necessitem
bres para 11 • 100% dos grupos vulneráveis com cobertura e atendimento no CRAS,
• Diminuir de índice de pobreza para 5% CREAS e outros programas protetivos similares
• Aumentar a renda per capita média para 2,5 salários mínimos • Apoio aos idosos e aos portadores de necessidades especiais – 100%
• Erradicação do trabalho infantil, com participação continuada do PETI
• Erradicar o índice de indigência, ou seja, 0% de indigentes
• Diminuir o percentual de famílias que recebem o Bolsa
Família para 5% do total Objetivo MP.S/3.4
Aumento das oportunidades de trabalho e aumento da renda familiar
Metas:
• Criar novas vagas de trabalho
Objetivo MP.S/3.2 • Aumentar a renda per capita para 2,5 salários mínimos
Melhoria dos indicadores de qualidade de vida da população
Metas:
• Aumentar o IDH-M para 0,850
• Aumentar o IFDM para 0,820 Objetivo MP.S/3.5
Obs.: Considerar o conjunto de estratégias do Macroprograma S/7 Melhoria das condições habitacionais
– Geração de Trabalho e Renda Metas:
• Diminuir o déficit habitacional para 10% e eliminar as habita-
ções em condições precárias
• Saneamento básico, água tratada para 100% da população
Obs.: Considerar todas as estratégias do Macroprograma S/4 -
Reestruturação Habitacional e Coordenação da Expansão Urbana

302 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/3.1
Diminuição da pobreza e erradicação da indigência

Programa PE.S/3.1.1 Programa PE.S/3.1.4


Mapear as potencialidades de renda local, a partir do reconheci- Erradicar o trabalho infantil nas regiões, investindo em políticas
mento de capacidades produtivas existentes em grupos de popu- públicas para o aumento da renda familiar e para a inclusão
lação, ainda que de maneira incipiente e sem profissionalização, educacional, que garanta a freqüência e o acompanhamento
garantido-lhes possibilidades de aperfeiçoamento nestas funções escolar, somado à implementação de um conjunto de medidas
e, posteriormente, incremento da renda familiar fiscalizadoras e protetivas, primordialmente nas áreas onde o
trabalho infantil vem ocorrendo

Programa PE.S/3.1.5
Programa PE.S/3.1.2 Articular as instituições locais de assistência social, especialmente
Implantar cursos técnicos, profissionalizantes e programas de àquelas que desenvolvem trabalhos afins, buscando incrementar
geração de trabalho renda seus recursos e estratégias de crescimento

Programa PE.S/3.1.3
Criar programas municipais de diminuição do desemprego,
ofertando benefícios fiscais e outros – como processos de capa-
citação subvencionados pelo poder público - para empresas e
indústrias que absorverem mão de obra local, buscando-se
disseminar o conceito de que quanto melhor estiver o contexto
produtivo no qual um empreendimento se inserir melhor serão
seus resultados

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 303


Objetivo MP.S/3.2
Melhoria dos indicadores de qualidade de vida
da população

Considerar o conjunto de programas do


Macroprograma MP.S/7 – Geração de Trabalho e
Renda

304 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/3.3
Ampliação da oferta de serviços públicos, com destaque para a
ampliação da cobertura e do atendimento dos grupos vulneráveis

Programa PM.S/3.3.5
Programa PM.S/3.3.1 Ampliar e melhorar o atendimento das políticas públicas ofertadas
Mapear as demandas sociais mais urgentes na área da assistência nas diferentes áreas, garantindo a todos condições equânimes de
social em todos os municípios em questão acessibilidade e resolutividade aos serviços

Programa PM.S/3.3.2 Programa PM.S/3.3.6


Ampliar / qualificar as ofertas e serviços do CRAS e CREAS - inclu- Capacitar gestores e técnicos da área da assistência social, prepa-
indo-se o atendimento das demandas não atendidas, visto que rando-os continuamente para lidar com as demandas de seu traba-
ambos os Centros de Referência são a porta de entrada aos lho e para serem ativos e criativos diante da possibilidade de en-
serviços de Proteção Básica e Especial e, portanto, articulam os contrarem alternativas novas para os problemas, incluindo-se a
outros serviços ofertados pela assistência social elaboração de projetos na área privada e/ou pública

Programa PM.S/3.3.3 Programa PM.S/3.3.7


Trabalhar na política de assistência social de maneira preventiva, Articular as instituições locais de assistência social, especialmente
aplicando os diversos programas de favorecimento e proteção social àquelas que desenvolvem trabalhos afins, buscando incrementar seus
aqueles necessitados, voltado para a valorização das capacidades recursos e estratégias de crescimento
dos seres humanos, evitando assim o reforço do assistencialismo
histórico brasileiro e reforçando o trabalho da equipe na prática desta
mentalidade Programa PM.S/3.3.8
Fortalecer e apoiar às entidades civis organizadas, as associações
diversas e as ongs dos municípios, proporcionando melhores condi-
Programa PM.S/3.3.4 ções para que estas ampliem sua capacidade de atuação
Implantar um Programa de Apoio às Famílias que ofereça palestras,
cursos e encontros em grupo sobre os principais problemas e dificul-
dades enfrentadas, melhorando seu nível de informação e conheci-
mentos gerais sobre questões relevantes e empoderando-as para
lidarem de forma autônoma com suas vidas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 305


Objetivo MP.S/3.3
Ampliação da oferta de serviços públicos, com destaque para a
ampliação da cobertura e do atendimento dos grupos vulneráveis

Programa PM.S/3.3.9 Programa PM.S/3.3.12


Valorizar e divulgar melhor os Programas e Projetos Regionais e Articular as empresas locais, a Educação e a Assistência Social para
Territoriais existentes, tornando-lhes conhecidos e melhor utilizados que alunos portadores de necessidades especiais sejam capacitados
pelas populações regionais e contratados para a prática de estágios e/ou trabalhos

Programa PM.S/3.3.13
Programa PM.S/3.3.10 Ampliar os serviços e as políticas públicas ofertadas aos idosos,
Elaborar projetos de preparação de vias, escolas e outros locais sejam estas assistencialistas e/ou na área dos esportes, lazer,
públicos que promovam o acesso dos portadores de necessidades cultura, educação e outras, de maneira a propiciar-lhes o convívio
especiais, garantindo-lhes o convívio social e o exercício da cidada- social, o reconhecimento dos seus saberes construídos ao longo da
nia ofertados pela assistência social vida, além de garantir-lhes uma vida digna, através dos cuidados
necessários ao seu estágio de desenvolvimento particular

Programa PM.S/3.3.11
Elaborar um Plano Regional/Interregional de Transporte Público Programa PM.S/3.3.14
Coletivo, promovendo a acessibilidade dos habitantes aos serviços Articular as governanças locais em busca de uma integração
e facilidades existentes em municípios vizinhos, aumentando suas ampla, que constitua Associações Intermunicipais e Interregionais,
opções e potencializando a integração regional aqueles necessita- que objetivem a construção de estratégias de desenvolvimento
dos, voltado para a valorização das capacidades dos seres huma- conjuntas de acessibilidade e resolutividade aos serviços
nos, evitando assim o reforço do assistencialismo histórico brasilei-
ro e reforçando o trabalho da equipe na prática desta mentalidade

306 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/3.4
Aumento das oportunidades de trabalho e aumento
da renda familiar

Programa PE.S/3.4.3
Programa PE.S/3.4.1
Criar Programas Municipais de Diminuição do Desemprego, ofer-
Mapear as potencialidades de renda local, a partir do reconheci-
tando benefícios fiscais e outros – como processos de capacitação
mento de capacidades produtivas existentes em grupos de popu-
subvencionados pelo Poder Público - para Empresas e Indústrias
lação, ainda que de maneira incipiente e sem profissionalização,
que absorverem mão de obra local, buscando-se disseminar o
garantido-lhes possibilidades de aperfeiçoamento nestas funções
conceito de que quanto melhor estiver o contexto produtivo no qual
e, posteriormente, incremento da renda familiar
um empreendimento se inserir melhor serão seus resultados

Programa PE.S/3.4.2 Obs.: Considerar além destes, todos os programas do Macropro-


Implantar Cursos Técnicos, Profissionalizantes e Programas de grama MP.S/7 – Geração de Trabalho e Renda
Geração de Trabalho Renda

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 307


Objetivo MP.S/3.5
Melhoria das condições habitacionais

Obs.: Considerar todos os programas do Macropro-


grama MP.S/4 - Reestruturação Habitacional e
Coordenação da Expansão Urbana

308 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma S/4
Reestruturação Habitacional e Coordenação
da Expansão Urbana

Objetivo MP.S/4.1
Melhoria das Condições Habitacionais Objetivo MP.S/4.4
Metas: Prevenção e controle de enchentes
• Diminuir o déficit habitacional municipal para 10% Meta:
• Erradicar as habitações em condições precárias • Implantar, em todos os municípios que sofram o risco de en-
chentes, um Plano para diminuir os impactos sociais, econômi-
cos e ambientais, com a participação ativa da Defesa Civil arti-
culada regionalmente
Objetivo MP.S/4.2
Ordenamento dos crescimentos populacionais desordenados
Metas:
• Implementar um Plano de Ordenamento Territorial Municipal Objetivo MP.S/4.5
até 2020 para os municípios que receberão diretamente o Acompanhamento das Desapropriações
impacto de grandes empreendimentos e posteriormente para Meta:
outros municípios, até 2035 • Acompanhar todos os processos de desapropriações realiza-
• 100% dos municípios com Planos Diretores elaborados e/ou dos, em decorrência dos grandes empreendimentos, com com-
revisados, com inclusão de parâmetros atualizados de uso e pensações sempre localizadas no território do empreendimento
ocupação do solo e garantias de habitação de interesse social
• Todas as Administrações Públicas com um sistema de gestão
e fiscalização da ocupação territorial até 2020, com o desen-
volvimento de um trabalho posterior permanente
Objetivo MP.S/4.6
Ampliação da oferta de serviços públicos
Metas:
• Serviços públicos melhorados
Objetivo MP.S/4.3
• Saneamento e abastecimento de água e coleta de lixo para
Regularização Fundiária
100% da população
Meta:
• Transporte, iluminação pública e outras
• Legalização dos documentos de propriedade de 100% dos
imóveis urbanos e rurais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 309


Objetivo MP.S/4.1
Melhoria das Condições Habitacionais

Programa PR.S/4.1.4
Programa PR.S/4.1.1 Realizar obras que garantam a qualidade infra-estrutural urbana
Promover o levantamento das demandas habitacionais dos municí- mínima, ampliando as redes de saneamento e abastecimento de
pios, através da construção de um Sistema de Cadastros de Déficit água, coleta de lixo, melhoria das vias e transportes públicos, sinali-
Habitacional e Habitações Inadequadas, que não oferecem condi- zação e iluminação, arborização, investindo e requalificando praças
ções ou que restringem a habitabilidade de seus ocupantes e espaços públicos como espaços de lazer e convivência social

Programa PR.S/4.1.2
Estimular e buscar parcerias para a produção de novas moradias Programa PR.S/4.1.5
e para a implantação dos programas de reabilitação e melhorias Criar o Programa de Auxilio Construtivo para a população de menor
habitacionais, através de parcerias público-privadas, a realização de renda, através do fornecimento de projetos como o padrão de arqui-
programas de construção de moradias pelo regime associativista ou tetura, estrutural, hidráulico e elétrico e de assistência técnica e
por consórcios habitacionais, a implantação de bancos de materiais jurídica para a autoconstrução, convênios regionais com a CEF
de construção e de terrenos, entre outros

Programa PR.S/4.1.6
Buscar soluções construtivas não convencionais, compatíveis com
Programa PR.S/4.1.3 os padrões de ocupação existentes em cada território e com as
Captar recursos estaduais e federais para a execução de obras de necessidades e especificidades da população a ser atendida,
melhorias habitacionais nos municípios da Região priorizando as possibilidades de reaproveitamento de desman-
ches/demolições a partir da formação de um Banco de Materiais
Regional, que receba os descartes e articule sua reutilização

310 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/4.2
Ordenamento dos crescimentos populacionais
desordenados

Programa PE.S/4.2.1
Elaborar e/ou revisar os instrumentos institucionais legais
que assegurem o ordenamento territorial, como o Plano Diretor,
que inclui a regulamentação do uso e ocupação do solo e outros,
como os Planos Locais de Habitação de Interesse Social, desta-
cando-se planejamentos habitacionais específicos para os municí-
pios que tem como expectativa o recebimento de grandes Programa PE.S/4.2.3
aumentos populacionais Implantar um programa de monitoramento e fiscalização da
expansão urbana, com o apoio de tecnologias e instrumentos
atuais como foto-satélites, referenciamentos geoprocesados, con-
trolando a proliferação da instalação de novas moradias em terre-
nos irregulares, encostas, margens de rios e áreas degradadas
Programa PE.S/4.2.2
Alocar na malha urbana e na Zona Rural os espaços de expansão
urbana, adensamento e implantação de grupos distribuídos de
habitações para os extratos sociais de menor renda, evitando
concentrações que induzam à discriminação ou tratamento não
equânime na diversidade social

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 311


Objetivo MP.S/4.3
Regularização Fundiária

Programa PM.S/4.3.1
Efetivar Programa de Regularização Fundiária e Urbanização de Loteamentos e
Assentamentos, urbanos e rurais, que se encontrem irregulares ou incompletos,
assegurando o direito de posse e as condições de urbanização aos moradores, por
meio da titulação reconhecida institucionalmente das moradias, possibilitando pedidos
de financiamento e ampliação de negócios. Para tal, deve ser exigido dos proprietá-
rios dos loteamentos e/ou incorporadores o cumprimento das condições legais aplicá-
veis a cada um e a todos eles, incluindo a adequação às leis ambientais municipais

312 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/4.4
Prevenção e controle de enchentes

Programa PM.S/4.4.1
Implantar Programa de Prevenção e Controle de enchentes, objeti-
vando o monitoramento de volume de água dos rios e de previsões
metereológicas, instauração de sistemas de comunicação eficazes
com sinais de alerta para acidentes naturais e outros

Programa PM.S/4.4.3
Constituir um Fundo Regional para Acidentes Naturais, com reservas
orçamentárias próprias, destinadas à recuperação de municípios
afetados nestes casos a ser administrado pela governança regional

Programa PM.S/4.4.2
Constituir um Sistema Regional de Apoio às Populações em caso
de acidentes naturais, integrado com a Defesa Civil para garantir o
abrigamento, apoio e recuperação das famílias atingidas pelos
problemas de enchentes e inundações, diminuindo os impactos
sociais e econômicos resultantes destes fenômenos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 313


Objetivo MP.S/4.5
Acompanhamento das Desapropriações

Programa PM.S/4.5.1
Implementar um Programa de Acompanhamento das Desapropriações realizadas
em virtude dos grandes empreendimentos e/ou remoções amplas previstas para
áreas de risco, buscando-se minimizar os impactos destes processos para as
populações atingidas

314 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/4.6
Ampliação da oferta de serviços públicos

Programa PE.S/4.6.1
Realizar obras que garantam a qualidade infra-estrutural urbana mínima, ampli-
ando as redes de saneamento e abastecimento de água, coleta de lixo, melhoria
das vias e transportes públicos, sinalização e iluminação, arborização, seguran-
ça, drenagem, investindo e requalificando praças, espaços e equipamentos
públicos como locais para lazer e convivência social

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 315


Macroprograma S/5
Aumento da Segurança Pública

Objetivo MP.S/5.1
Diminuição dos Índices de violência e criminalidade Objetivo MP.S/5.3
Metas:
Melhoria do sistema prisional local e diminuição das
• Diminuir a taxa de homicídios da população total para 06/
100.000 habitantes reincidências criminais
Metas:
• Diminuir a taxa de homicídios da população jovem para 06/
100.000 habitantes • 80% dos egressos qualificados - Programa de qualificação
profissional para egressos
• Reduzir o número de óbitos por Acidentes de Transportes
para 06/ 100.000 habitantes • Aumentar o IFDM para 0,820
• Diminuir o número de ocorrências das AISPs em 70%

Objetivo MP.S/5.2 Objetivo MP.S/5.4


Melhoria da execução da Segurança Pública dos Municípios Aumento da Equidade Social
Meta:
Obs.: Considerar todas as metas e estratégias deste Macroprogra-
• Reduzir os índices de criminalidade dos municípios
ma

316 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/5.1
Diminuição dos índices de violência e criminalidade

Programa PR.S/5.1.1
Implantar e/ou ampliar os Programas de Prevenção da Criminali- Programa PR.S/5.1.3
dade para ambas a Região Norte Noroeste – sejam estes estadu- Implantar um conjunto de ações de fiscalização, sinalização,
ais ou municipais - direcionados especialmente para os jovens melhoria na qualidade das rodovias, programas para prevenção
como, por exemplo, os programas desportivos municipais, pro- de acidentes, entre outras ações que aumentem a segurança
gramas de geração de trabalho e renda, e.g. o Programa Jovem no trânsito, considerando os altos indicadores de óbitos por
Aprendiz, etc. acidentes de transporte

Programa PR.S/5.1.2
Programa PR.S/5.1.4
Criar ações que promovam a participação ativa da comunidade
Investir na chamada repressão classificada, que tem como
na discussão das questões de segurança pública, com a criação
premissa básica buscar os criminosos mais “perigosos” para a
e/ou fortalecimento dos Conselhos Municipais e de organismos
sociedade e no mais breve espaço de tempo investigá-los, pro-
comunitários para o enfrentamento de situações de violência
cessá-los e condená-los, assim como na blindagem eletrônica
urbana
das divisas da Região Norte-Noroeste

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 317


Objetivo MP.S/5.2
Melhoria da execução da Segurança Pública
Regional

Programa PR.S/5.2.1
Implantar programas de treinamento/qualificação dos profissionais Programa PR.S/5.2.4
da Segurança Pública, incluindo aqueles que trabalham na gestão Capacitar as unidades policiais para o uso destes recursos da
do sistema, preparando-os para o melhor desempenho de suas tecnologia de informação e inteligência, criando e/ou aprimorando o
funções disque denúncia e as redes na Região

Programa PR.S/5.2.2
Criar Programas de Segurança Pública para os municípios, envol-
vendo a estruturação, expansão e modernização da logística e de
seus quadros efetivos Programa PR.S/5.2.5
Incorporar o conceito de estratégia à própria forma como o Estado
trata a Segurança Pública no contexto das políticas sociais, elabo-
rando critérios de gestão e planejamento sobre as questões orça-
mentárias, a partir de instrumentos gerenciais eficazes e salários
Programa PR.S/5.2.3 adequados para que a política de segurança cumpra sua função
Implantar o Sistema de Informações Gerenciais da Segurança
Pública, que integre em um banco de dados as informações das
Policias Civil e Militar, de segurança do Governo Federal e outras
entidades com fins semelhantes, ampliando o conhecimento geral
das informações e, consequentemente, gerando uma maior eficácia
e eficiência no combate à criminalidade

318 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/5.3
Melhoria do sistema prisional local e
diminuição das reincidências criminais

Programa PR.S/5.3.1
Buscar recursos e financiamentos para melhorar e modernizar as
condições do sistema prisional local
Programa PR.S/5.3.3
Implantar um Programa de Acompanhamento dos egressos no
processo de reinserção social, através de ações como monitora-
mento temporário destes no processo de liberdade assistida,
parcerias e incentivos às empresas locais para contratação destes
Programa PR.S/5.3.2 e outros
Criar Programas de Capacitação para os detentos, preparando-os
para a inserção/reinserção no mercado de trabalho, ampliando suas
oportunidades de empregabilidade e produção de renda própria

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 319


Objetivo MP.S/5.4
Aumento da Equidade Social

Considerar todas as metas e programas deste Macroprograma

320 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma S/6
Ampliação da oferta e qualidade das
políticas desportivas

Objetivo MP.S/6.1
Ampliação das práticas desportivas ofertadas à população
Metas:
• Aumentar o acesso da população às práticas desportivas,
ofertadas para todas as faixas etárias e em 100% dos
municípios
• Ampliar a integração interregional através de práticas
desportivas conjuntas para todos os municípios
• Dobrar o número de instalações desportivas em cada
município

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 321


Objetivo MP.S/6.1
Ampliação das práticas desportivas
ofertadas à população

Programa PM.S/6.1.5
Programa PM.S/6.1.1 Investir para que os municípios sediem jogos em seus espaços esporti-
Destinar e alocar recursos municipais orçamentários regulares para vos, inclusive a partir de eventos intermunicipais, enfatizando o turismo
as práticas desportivas integrando regionalmente desportivo que poderá alavancar melhorias infra-estruturais e movimen-
tar a economia dos municípios da Região

Programa PM.S/6.1.2 Programa PM.S/6.1.6


Melhorar continuamente a infraestrutura para as práticas desporti- Implementar um programa esportivo específico para crianças e adoles-
vas, a partir de pesquisas sobre os déficits existentes e interesses centes, extra currículo escolar e gratuito, com uma equipe de professo-
prioritários das populações, incluindo a construção de novos espa- res que acompanhe alunos em bairros, periferias e zonas rurais, sema-
ços e a revitalização daqueles já existentes e a aquisição contínua nalmente, em aulas de esportes, através de um sistema de rotatividade
de materiais, tanto nos centros urbanos como nas áreas rurais que abranja um grande número de localidades municipais

Programa PM.S/6.1.3 Programa PM.S/6.1.7


Organizar programas municipais continuados de esportes, que Incentivar e apoiar a participação de times e desportistas locais em
incluam diversas práticas desportivas para diferentes faixas etárias, eventos esportivos intermunicipais e interregionais, em campeonatos e
gerando benefícios como a internalização de normas e valores, a competições, buscando auxiliar financeiramente com transportes e
aquisição de outros recursos necessários, incrementando as atrações
melhoria da saúde, a convivência em grupo, dentre outros
ofertadas à população e seus visitantes

Programa PM.S/6.1.4 Programa PM.S/6.1.8


Desenvolver projetos de práticas esportivas junto ao potenciais ambientais
Apoiar e incentivar os projetos desportivos que já acontecem nos locais, como a prática de surf, canoagem, trilhas e outras modalidades afins,
municípios, favorecendo a ampliação dos núcleos existentes do para a utilização da população e dos turistas, buscando auxiliar financeira-
Programa de Iniciação Esportiva, aumentando suas capacidades de mente com transportes e aquisição de outros recursos necessários, incre-
atendimento e os resultados atingidos mentando as atrações ofertadas à população e seus visitantes

322 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma S/7
Geração de Trabalho e Renda

Objetivo MP.S/7.3
Objetivo MP.S/7.1
Preparação dos municípios para a atração de novos inves-
Geração de novas oportunidades de trabalho
timentos e melhor qualificação da população de acordo
Metas:
• Diminuir o índice de desemprego para 5%
com as atividades produtivas regionais
Meta:
• Aumentar a taxa de participação para 80%
• Aumentar o IQM dos municípios para 0,500

Objetivo MP.S/7.4
Objetivo MP.S/7.2 Aumento da capacitação/profissionalização dos habitantes
Melhoria da qualidade do emprego e do bem estar do Metas:
trabalhador • Elevar o nível de escolaridade, com alcance de uma média de
Metas: 12 anos de estudo
• Aumentar o índice de formalidade para 80% • Adequar os cursos técnicos/profissionalizantes de acordo com
• Diminuir o grau de precariedade no trabalho para 20% as demandas atuais e futuras já conhecidas do mercado de
trabalho

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 323


Objetivo MP.S/7.1
Geração de novas oportunidades de trabalho

Programa PE.S/7.1.1
Mapear as competências regionais, incluindo a cadeia de supri-
mentos das grandes empresas para a integração entre empreen- Programa PE.S/7.1.5
dimentos, o encadeamento das cadeias produtivas, a formação de Implementar projetos de integração entre as empresas fornecedo-
possíveis cooperativas e a adequação da capacitação de mão de ras locais, buscando-se a formação de cadeias produtivas, APLs
obra local ao mercado de trabalho local/regional e outros arranjos, conectando-as e estabelecendo parcerias que
otimizem os recursos existentes

Programa PE.S/7.1.2
Desenvolver atividades produtivas que dinamizem a economia
regional, através da ação conjunta de atração de empreendimentos Programa PE.S/7.1.6
e/ou ampliação dos espaços produtivos locais Reconhecer e valorizar as atividades culturais e artísticas munici-
pais e regionais como recursos fundamentais, não apenas ao
patrimônio intangível constituído, mas também como recursos
Programa PE.S/7.1.3 passíveis de gerarem renda, formarem capital humano e amplia-
Mapear e reconhecer os potenciais turísticos locais, constituindo os rem positivamente os ciclos econômicos locais
chamados Circuitos Turísticos Regionais, que integrem os inúme-
ros atrativos naturais, históricos, culturais e outros, fomentando o
crescimento do turismo como uma atividade econômica potente
Programa PE.S/7.1.7
Promover a regularização fundiária das áreas produtivas, com a
Programa PE.S/7.1.4 regulamentação dos documentos de propriedade das terras, em
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor especial na zona rural, garantindo aos moradores a posse e possibi-
aos produtos locais, utilizando matérias primas existentes como litando-lhes pedidos de financiamento e ampliação dos negócios
o calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura, que
poderão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas
tecnologias, criatividade, preparação de mão de obra, formação de
cooperativas e outras iniciativas afins

324 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/7.2
Melhoria da qualidade do emprego e do
bem estar do trabalhador

Programa PE.S/7.2.2
Programa PE.S/7.2.1 Melhorar as condições de trabalho locais, buscando-se a diminui-
Apoiar e/ou ampliar projetos associativos ou cooperados, como ção da informalidade em consonância com a diminuição da precari-
alternativa de trabalho, unificação de potenciais em torno de objeti- edade do trabalho, fiscalizando as empresas no exercício dos seus
vos comuns, diminuição de custo e incremento da qualidade dos deveres, garantindo uma remuneração média condizente com as
produtos e da renda gerada funções exercidas pelos trabalhadores, ao mesmo tempo que reco-
nhecendo-os legalmente sempre que estiver dentro do modelo
esperado

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 325


Objetivo MP.S/7.3
Preparação dos municípios para a atração de novos
investimentos e melhor qualificação da população de
acordo com as atividades produtivas regionais

Programa PE.S/7.3.1
Criar um Projeto Regional de Capacitação de mão de obra, que Programa PE.S/7.3.3
inclua qualificação e re-qualificação da mão-de-obra local - utilizan- Qualificar a mão de obra para atuar especificamente no setor
do os recursos e conteúdos disponíveis no Fundo de Amparo ao turístico em seus diversos aspectos, como receptivos, guias, pro-
Trabalhador, FAT, e outros - compatível às necessidades do mer- moção de eventos, hotelaria, restaurantes e outros, de forma a
cado, promovendo também a ampliação da empregabilidade local, consolidar o turismo como uma atividade produtiva permanente e
a partir do melhor encaminhamento do capital humano existentes de qualidade

Programa PE.S/7.3.2 Programa PE.S/7.3.4


Implementar um Programa de Capacitação Regional voltado para o Implementar um conjunto de ações que resultem no aumento do
empresariado, abrangendo o desenvolvimento dos negócios, atra- IQM, através da capacitação dos municípios para o recebimento de
vés de cursos de gestão, empreendedorismo, criação e inovação, novos empreendimentos, aumento do dinamismo da economia,
reconhecimento de oportunidades existentes nos mercados nacio- melhoria da formação dos gestores públicos da infra estrutura local,
nal e internacional, entre outros conhecimentos de relevância para dentre outras voltadas para o desenvolvimento econômico sustentá-
a profissionalização das atividades produtivas locais/regionais vel, que inclui também o bem estar das populações

326 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.S/7.3
Preparação dos municípios para a atração de novos
investimentos e melhor qualificação da população de
acordo com as atividades produtivas regionais

Programa PE.S/7.3.7
Programa PE.S/7.3.5 Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor
Organizar planos de fomento à créditos para as empresas, bem aos produtos locais, utilizando matérias primas existentes como o
como captar recursos financeiros para projetos de inovação das calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura, que pode-
cadeias produtivas locais rão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologi-
as, criatividade, preparação de mão de obra, formação de coopera-
tivas e outras iniciativas afins

Programa PE.S/7.3.6 Programa PE.S/7.3.8


Melhorar as vias de acesso entre as áreas rurais e urbanas, rodovi- Promover a regularização fundiária das áreas produtivas, com a
as intermunicipais e interestaduais, facilitando o escoamento da regulamentação dos documentos de propriedade das terras, em
produção, o trânsito de moradores, turistas, como um fator essenci- especial na zona rural, garantindo aos moradores a posse e possi-
al para a promoção da integração regional e interregional em seus bilitando-lhes pedidos ampliação de financiamentos
diversos aspectos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 327


Objetivo MP.S/7.4
Aumento da capacitação / profissionalização dos
habitantes

Programa PE.S/7.4.1
Criar um Projeto Regional de Capacitação de mão de obra, que inclua Programa PE.S/7.4.4
qualificação e re-qualificação da mão-de-obra local - utilizando os Capacitar os produtores rurais, em parceria com órgãos como a
recursos e conteúdos disponíveis no Fundo de Amparo ao Trabalha- EMATER e outras instituições similares, preparando-os continua-
dor, FAT, e outros - compatível às necessidades do mercado, promo- mente para o aprimoramento de seus processos produtivos
vendo também a ampliação da empregabilidade local, a partir do
melhor encaminhamento do capital humano existentes nos diferentes
municípios
Programa PE.S/7.4.5
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor
aos produtos locais, utilizando matérias primas existentes como o
Programa PE.S/7.4.2
Organizar os Centros de Produção Comunitários, CPC, em bairros calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura, que pode-
urbanos e núcleos rurais, criando-se um espaço para que a população rão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologi-
utilize seus conhecimentos no processo produtivo, somado à seu as, criatividade, preparação de mão de obra, formação de coope-
aperfeiçoamento em cursos profissionalizantes, tais como costura, rativas e outras iniciativas afins
coleta seletiva, marcenaria, hortas comunitárias, produtos de limpeza e
outros que forem mapeados nas regiões
Programa PE.S/7.4.6
Implementar um Programa de Capacitação Regional voltado para
Programa PE.S/7.4.3 o empresariado, abrangendo o desenvolvimento dos negócios,
Implementar os Centros de Vocação Tecnológica onde não se fazem
através de cursos de gestão, empreendedorismo, criação e inova-
presentes, promovendo a melhor adaptação dos trabalhadores aos
ção, reconhecimento de oportunidades existentes nos mercados
processos de mudanças estruturais e tecnológicas previstos, conside-
rando-se especialmente grandes empreendimentos locais que envol- nacional e internacional, entre outros conhecimentos de relevância
vem conhecimentos de alta tecnologia para a profissionalização das atividades produtivas locais/regionais

328 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Carteira de Projetos Iniciais: Social
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.S/1
EE
Desenvolvimento do capital humano - educação, formação, capacitação e empreendedorismo
Objetivo MP.S/1.1
Superação do Analfabetismo
Investir na criação de novas vagas para o ensino médio, elaborando propostas conjuntas entre
PE.S/1.1.1 as escolas municipais e estaduais, identificando e implantando ações que visem erradicar os EE1
problemas de reprovação escolar, evasão e repetência
Promover processos de recuperação educacional paralela nos sistemas municipais e estaduais
PE.S/1.1.2 de educação, garantindo o processo de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles ca- EE1
rentes e/ou com dificuldades de aprendizagem
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento, especialmente no horário
noturno - procurando superar os problemas inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram
PE.S/1.1.3 EE1
acesso ao ensino na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em empresas
locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios
Objetivo MP.S/1.2
Elevação da Escolaridade Média
Investir na criação de novas vagas para o ensino médio, elaborando propostas conjuntas entre
PE.S/1.2.1 as escolas municipais e estaduais, identificando e implantando ações que visem erradicar os EE1
problemas de reprovação escolar, evasão e repetência
Promover processos de recuperação educacional paralela nos sistemas municipais e estaduais
de educação, garantindo o processo de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles ca-
PE.S/1.2.2 EE1
rentes e/ou com dificuldades de aprendizagem parcerias de cursos de alfabetização em empre-
sas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento, especialmente no horário
noturno - procurando superar os problemas inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram
PE.S/1.2.3 EE1
acesso ao ensino na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em empresas
locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 329


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Preparar os alunos do ensino médio para sua aprovação em provas, concursos e para seu in- EE1
PE.S/1.2.4
gresso no ensino superior, ampliando suas oportunidades de cursarem o terceiro grau
Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de redes de comunicação que EE1
PE.S/1.2.5
disponibilize Internet gratuita em todas as unidades escolares das regiões
Implantar telecentros comunitários nos municípios, criando cursos e programas específicos de EE1
PE.S/1.2.6
inclusão digital, que atendam as demandas das distintas faixas etárias
Objetivo MP.S/1.3
Melhoria do atendimento aos alunos e da qualidade do ensino
Constituir os sistemas municipais de creche, em parceria com as secretarias Municipais de As-
PE.S/1.3.1 sistência Social, para o atendimento de toda a demanda apresentada, especialmente de crian- EE1
ças de 0 a 3 anos
Introduzir uma disciplina nos currículos da educação básica voltada para o desenvolvimento do
empreendedorismo e da cidadania dos jovens, despertando-os para ações cooperativas, para o
PE.S/1.3.2 EE1
conhecimento das realidades circundantes, para o exercício de práticas cidadãs, entre muitas
outras matérias congêneres
Implantar programa de resgate e valorização cultural, fortalecendo a relação de identidade e
PE.S/1.3.3 EE1
pertencimento do aluno com os municípios e suas respectivas regiões
Implantar o programa de aperfeiçoamento da educação - ampliação e melhoria da infra-estrutura
disponíveis nas unidades escolares aquisição de novos laboratórios de pesquisa, bibliotecas,
PE.S/1.3.4 EE1
equipamentos, inclusive para a informatização e o aprimoramento tecnológico-cultural do sis-
tema educacional
Acompanhar e melhorar os projetos político pedagógicos das escolas das regiões, incentivando
PE.S/1.3.5 uma atualização constante, valorizando não apenas com a formação acadêmica, como almejan- EE1
do a formação do ser humano ético, crítico e dotado de valores humanitários
Implantar programa “ escola comunitária”, para desenvolver e manter atividades que promovam a
PE.S/1.3.6 integração entre as escolas e entre as escolas e as comunidades, realizando eventos educacionais, EE1
de proteção ambiental, de saúde, de esporte e lazer, eventos em datas comemorativas e outros

330 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Estruturar um programa de censos escolares dos educandos, com o objetivo de subsidiar a
elaboração e avaliações dos planos municipais de educação e dos projetos político pedagógicos
PE.S/1.3.7 EE1
das escolas, gerando subsídios para desenvolver as alternativas educacionais mais indicadas a
cada contexto
Implantar programas municipais de qualidade do ensino, com a qualificação e requalificação
PE.S/1.3.8 contínua do quadro docente com relação às propostas político-pedagógicas e outras questões EE1
relacionadas à formação do aluno
Capacitar a equipe técnica, inclusive nível médio, das secretarias municipais de educação para
PE.S/1.3.9 EE1
atualização continuada referente à gestão do sistema
Implantar o plano de cargos e carreiras da Educação em todos os municípios que não o possua,
valorizando os profissionais de ensino através de processos de reconhecimento do mérito, do
PE.S/1.3.10 EE1
desempenho e dedicação, remuneração condigna e ingresso e progressão exclusivamente por
sistemas públicos e transparentes de avaliação da qualificação
Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de redes de comunicação que
PE.S/1.3.11 EE1
disponibilize internet gratuita em todas as unidades escolares das regiões
Ofertar ensino específico para os portadores de necessidades especiais e outros grupos especi-
ais, em escolas ou instituição de educação, assegurando-lhes profissionais capacitados, materi-
PE.S/1.3.12 EE1
al e equipamentos adequados, além das facilidades que lhes permitam e lhes facilitem a fre-
quência
Implantar telecentros comunitários nos municípios, criando cursos e programas específicos de
PE.S/1.3.13 EE1
inclusão digital, que atendam as demandas das distintas faixas etárias
Implantar políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção, comerciali-
zação e consumo de alimentos, como base para a implantação de hortas comunitárias nas es-
PE.S/1.3.14 EE1
colas e comunidades, feiras de circulação dos produtos locais, utilização destes na composição
da merenda escolar
Potencializar a qualidade das merendas escolares, abrangendo a segurança alimentar e nutri-
cional; a saúde sanitária e tecnológica dos alimentos, bem como seu aproveitamen-
PE.S/1.3.15 EE1
to/reaproveitamento, os cuidados com o meio ambiente e outros, visando a promoção da saúde
– incluindo a qualificação das cantineiras para este trabalho

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 331


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar o “programa de saúde bucal e ocular” em todas as unidades escolares municipais,
PE.S/1.3.16 EE1
realizando ações corretivas e principalmente preventivas para os alunos
PE.S/1.3.17 Estabelecer um programa de coleta seletiva de lixo e reciclagem nas escolas EE1
Otimizar o sistema de transporte escolar a partir da revisão das rotas percorridas diariamente,
PE.S/1.3.18 EE1
mantendo seu funcionamento adequado e com qualidade
Objetivo MP.S/1.4
Ampliação da capacitação técnica e profissionalizante
Mapear as demandas técnicas e profissionais não atendidas nos mercados regionais, buscan-
PE.S/1.4.1 EE1
do uma adequação demanda-oferta
Apoiar à ampliação das universidades/centros de pesquisas e ofertas de cursos superiores e
PE.S/1.4.2 técnicos - especialmente na região Noroeste, aumentando as possibilidades de qualificação da EE1
população
Firmar convênios entre poder público e universidades para qualificação profissional, com o apoio
PE.S/1.4.3 EE1
às incubadoras e fomento à empresas jovens
Implantar gradualmente cursos profissionalizantes em parceria com instituições especializadas,
direcionados especialmente para jovens, em atividades relacionadas às economias e vocações
municipais e regionais existentes e a serem implementadas, de modo a permitir a fixação de
PE.S/1.4.4 EE1
parcela significativa da população em seu território, inclusive através de parcerias com institui-
ções como SESC, SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE, com instituições não governamentais e
outros órgãos
Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de redes de comunicação que
PE.S/1.4.5 EE1
disponibilize Internet gratuita em todas as unidades escolares das regiões
Implantar telecentros comunitários nos municípios, criando cursos e programas específicos de
PE.S/1.4.6 EE1
inclusão digital, que atendam as demandas das distintas faixas etárias
Objetivo MP.S/1.5
Ampliação da Integração entre administração pública / empresas / universidades / população

332 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar consórcio Intermunicipal/Interregional de educação Superior consolidando, entre
outras ações, o programa auxílio universitário, com a distribuição de bolsas de estudo para a
PE.S/1.5.1 graduação superior em faculdades e universidades regionais e linhas de transporte interregio- EE 2
nais, facilitando as condições de estudo dos alunos, principalmente daqueles residentes em
municípios desprovidos de instituições de ensino superior
Estabelecer parcerias público/privado/empresas a para implantação de centros de pesquisas em
PE.S/1.5.2 diferentes áreas do conhecimento, voltadas principalmente para os investimentos produtivos EE2
locais, o desenvolvimento da tecnologia social, reconhecendo-se o contexto
Firmar convênios entre poder público e universidades para qualificação profissional, com o apoio
PE.S/1.5.3 EE2
às incubadoras e fomento à empresas jovem
Apoiar à ampliação das universidades/centros de pesquisas e ofertas de cursos superiores e
PE.S/1.5.4 técnicos - especialmente na região Noroeste, aumentando as possibilidades de qualificação da EE2
população
Objetivo MP.S/1.6
Ampliação da produção do conhecimento científico
Estabelecer parcerias público/privado/empresas a para implantação de centros de pesquisas em
PE.S/1.6.1 diferentes áreas do conhecimento, voltadas principalmente para os investimentos produtivos EE3
locais, o desenvolvimento da tecnologia social, reconhecendo-se o contexto
Promover processos de recuperação educacional paralela nos sistemas municipais e estaduais
PE.S/1.6.2 de educação, garantindo o processo de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles ca- EE3
rentes e/ou com dificuldades de aprendizagem
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento, especialmente no horário
noturno - procurando superar os problemas inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram
PE.S/1.6.3 EE3
acesso ao ensino na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em empresas
locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios
Macroprograma MP.S/2
EE/GR
Melhoria da qualidade e do atendimento na saúde
Objetivo MP.S/2.1
Ampliação da cobertura do sistema de saúde ofertado à população

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 333


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Incrementar infraestruturas e equipamentos da saúde, com destaque para novas viaturas, labo-
PR.S/2.1.1 ratórios e também o número de leitos ofertados no Sistema Único de Saúde, especialmente na GR1
região Norte
Ampliar os programas preventivos, o Programa de Atenção Comunitária e o Programa de Saúde
PR.S/2.1.2 GR1
da Família nas regiões, visando o atendimento de toda a população
Implantar programas de planejamento familiar e de saúde da mulher, junto ao acompanhamento
PR.S/2.1.3 pré-natal, visando minimizar problemas como gravidez precoce, DSTs, mortalidade infantil e GR1
outros problemas
Criar equipamentos para atenção à gestante de baixo risco/casas de parto, além de implantação
PR.S/2.1.4 GR1
da política de humanização do parto
Ampliar o número de atendimentos disponíveis em algumas especialidades medicas, que em
PR.S/2.1.5 alguns casos estão abaixo na meta estabelecida pelos parâmetros e/ou abaixo das necessida- GR1
des da população
Estruturar melhor e/ou implementar as redes de especialidades, urgência e emergência em am-
PR.S/2.1.6 GR1
bas as regiões
Planejar e buscar mais recursos financeiros para a atenção de alta complexidade, que tem apre-
PR.S/2.1.7 GR1
sentado dificuldades significativas para ofertar os atendimentos demandados pela população
Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e internatos nas regiões, prio-
PR.S/2.1.8 GR1
rizando as áreas com baixa oferta de profissionais
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os atendi-
mentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PR.S/2.1.9 GR1
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resolutivi-
dade dos sistemas
Fortalecer os colegiados de gestão regional, dando-lhes condições para exercerem seu papel GR1
PR.S/2.1.10 como agentes de discussão e avaliação das condições do atendimento de saúde pública e os
conselhos municipais de saúde
Ampliar a oferta de atendimento odontológico para todas as faixas etárias, incluindo programas GR1
PR.S/2.1.11
educativos e preventivos nas escolas

334 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/2.2
Aumento da qualidade dos serviços de saúde ofertados
Implantar e/ou ampliar os programas preventivos de saúde ofertados nos municípios, como me-
PR.S/2.2.1 lhorias na alimentação, atividades físicas, programas de controle e acompanhamento de enfer- GR1
midades, combate à uso de drogas, dentre outros
Aumentar a divulgação dos serviços ofertados na área, especialmente aqueles de média e alta
PR.S/2.2.2 complexidade, a partir de um mapeamento dos equipamentos / capacidade instalada, disponí- GR1
veis na rede SUS dos municípios
Capacitar permanentemente os profissionais da saúde, incluindo os agentes comunitários do
PSF, que são de fundamental importância na qualidade dos serviços oferecidos à população, no
PR.S/2.2.3 GR1
seu papel de informá-los sobre questões significativas e encaminhá-los para os outros serviços
de saúde
Capacitar a equipe técnica, inclusive nível médio, das Secretarias municipais de Saúde para
PR.S/2.2.4 GR1
atualização continuada referente à gestão do sistema
Planejar e buscar mais recursos financeiros para a atenção de alta complexidade, que tem apre-
PR.S/2.2.5 GR1
sentado dificuldades significativas para ofertar os atendimentos demandados pela população
Melhorar o sistema de acompanhamento e avaliação dos dados, a partir do sistema do Ministé-
PR.S/2.2.6 rio da Saúde, preocupando-se especialmente com a acuracidade da coleta e transmissão de GR1
dados
Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e internatos nas regiões, prio-
PR.S/2.2.7 GR1
rizando as áreas com baixa oferta de profissionais
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os atendi-
mentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PR.S/2.2.8 GR1
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resolutivi-
dade dos Sistemas
Fortalecer os colegiados de gestão regional, dando-lhes condições para exercerem seu papel
PR.S/2.2.9 como agentes de discussão e avaliação das condições do atendimento de saúde pública e os GR1
conselhos municipais de saúde
Ampliar a oferta de atendimento odontológico para todas as faixas etárias, incluindo programas
PR.S/2.2.10 GR1
educativos e preventivos nas escolas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 335


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/2.3
Melhoria dos Serviços de Informação em Saúde
Melhorar o sistema de acompanhamento e avaliação dos dados, a partir do sistema do Ministé-
PR.S/2.3.1 rio da Saúde, preocupando-se especialmente com a acuracidade da coleta e transmissão de GR2
dados
Facilitar o acesso à informação dos municípios junto à SESDEC, favorecendo o fluxo de infor-
PR.S/2.3.2 GR2
mações de ambas as partes
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os atendi-
mentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PR.S/2.3.3 GR2
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resoluti-
vidade dos sistemas
PR.S/2.3.4 Garantir a implantação do serviço de verificação de óbitos regionais GR2
Objetivo MP.S/2.4
Implantação e/ou ampliação dos sistemas de vigilância sanitária e epidemiologia
Implementar e ou desenvolver o trabalho da VISA – Vigilância Sanitária, que tem uma relevância
PR.S/2.4.1 GR2
enorme na regulação de temas relacionados à manutenção da higiene e da saúde
Desenvolver o serviço de epidemiologia, prevenindo e controlando a ocorrência de enfermida-
PR.S/2.4.2 des, através de pesquisas, elaboração de material informativo para a população e controle de GR2
endemias
Estabelecer nas regiões centros de referência para as doenças infecto-contagiosas, ampliando-se
PR.S/2.4.3 GR2
o potencial preventivo e educativo da saúde, além de preparar-se para situações de risco à saúde
Objetivo MP.S/2.5
Reativação e fortalecimento dos consórcios intermunicipais de saúde em ambas as regiões
Reativar o consórcio de saúde da região Norte e fortalecer o consórcio intermunicipal da região
PE.S/2.5.1 Noroeste (CONSPNOR), revendo a integração entre os municípios e o repasse de recursos fi- EE1
nanceiros do convênio junto a SESDEC, possibilitando inclusive a redução de custos operacionais

336 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Incrementar os consórcios intermunicipais de saúde, no âmbito interregional – melhorando a
comunicação entre os secretários Municipais de Saúde - visando a busca de soluções e propos-
PE.S/2.5.2 tas para problemas significativos na área e que podem ser melhor equacionados com a unifica- EE1
ção dos recursos, uma vez que alguns problemas alcançam frequentemente dimensões inter-
municipais
Planejar para que municípios melhor preparados se tornem pólo de determinados serviços de
saúde ofertados em sua microrregião, regulamentando procedimentos que em alguns casos já
PE.S/2.5.3 EE1
ocorrem espontaneamente por parte dos pacientes e devem referenciados em torno daqueles
municípios que possuam as melhores condições na área
Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e internatos nas regiões, prio-
PE.S/2.5.4 EE1
rizando as áreas com baixa oferta de profissionais
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os atendi-
mentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PE.S/2.5.5 EE1
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resoluti-
vidade dos sistemas
Objetivo MP.S/2.6
Ampliação da oferta de saneamento e abastecimento de água
Ampliar a oferta de saneamento para toda a população dos municípios, evitando a proliferação
PE.S/2.6.1 EE1
de enfermidades
Macroprograma MP.S/3
EE/GR/GM
Aumento da equidade social
Objetivo MP.S/3.1
Diminuição da pobreza e erradicação da indigência
Mapear as potencialidades de renda local, a partir do reconhecimento de capacidades produti-
vas existentes em grupos de população, ainda que de maneira incipiente e sem profissionaliza-
PE.S/3.1.1 EE1
ção, garantido-lhes possibilidades de aperfeiçoamento nestas funções e, posteriormente, incre-
mento da renda familiar
PE.S/3.1.2 Implantar cursos técnicos, profissionalizantes e programas de geração de trabalho renda EE1

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 337


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Criar programas municipais de diminuição do desemprego, ofertando benefícios fiscais e outros
– como processos de capacitação subvencionados pelo poder público - para empresas e indústrias
PE.S/3.1.3 EE1
que absorverem mão de obra local, buscando-se disseminar o conceito de que quanto melhor
estiver o contexto produtivo no qual um empreendimento se inserir melhor serão seus resultados
Erradicar o trabalho infantil nas regiões, investindo em políticas públicas para o aumento da
renda familiar e para a inclusão educacional, que garanta a freqüência e o acompanhamento
PE.S/3.1.4 EE1
escolar, somado à implementação de um conjunto de medidas fiscalizadoras e protetivas, pri-
mordialmente nas áreas onde o trabalho infantil vem ocorrendo
Articular as instituições locais de assistência social, especialmente àquelas que desenvolvem
PE.S/3.1.5 EE1
trabalhos afins, buscando incrementar seus recursos e estratégias de crescimento
Objetivo MP.S/3.2
Melhoria dos indicadores de qualidade de vida da população
Considerar o conjunto de programas do
Macroprograma MP.S/7 – Geração de Trabalho e Renda
Objetivo MP.S/3.3
Ampliação da oferta de serviços públicos, com destaque para a ampliação da cobertura e do atendimento dos grupos vulneráveis
Mapear as demandas sociais mais urgentes na área da assistência social em todos os municí-
PM.S/3.3.1 GM1
pios em questão
Ampliar / qualificar as ofertas e serviços do CRAS e CREAS - incluindo-se o atendimento das
demandas não atendidas, visto que ambos os Centros de Referência são a porta de entrada aos
PM.S/3.3.2 GM1
serviços de Proteção Básica e Especial e, portanto, articulam os outros serviços ofertados pela
assistência social
Trabalhar na política de assistência social de maneira preventiva, aplicando os diversos progra-
mas de favorecimento e proteção social aqueles necessitados, voltado para a valorização das
PM.S/3.3.3 GM1
capacidades dos seres humanos, evitando assim o reforço do assistencialismo histórico brasi-
leiro e reforçando o trabalho da equipe na prática desta mentalidade

338 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar um Programa de Apoio às Famílias que ofereça palestras, cursos e encontros em
grupo sobre os principais problemas e dificuldades enfrentadas, melhorando seu nível de infor-
PM.S/3.3.4 GM1
mação e conhecimentos gerais sobre questões relevantes e empoderando-as para lidarem de
forma autônoma com suas vidas
Ampliar e melhorar o atendimento das políticas públicas ofertadas nas diferentes áreas, garan-
PM.S/3.3.5 GM1
tindo a todos condições equânimes de acessibilidade e resolutividade aos serviços
Capacitar gestores e técnicos da área da assistência social, preparando-os continuamente para
lidar com as demandas de seu trabalho e para serem ativos e criativos diante da possibilidade
PM.S/3.3.6 GM1
de encontrarem alternativas novas para os problemas, incluindo-se a elaboração de projetos na
área privada e/ou pública
Articular as instituições locais de assistência social, especialmente àquelas que desenvolvem
PM.S/3.3.7 GM1
trabalhos afins, buscando incrementar seus recursos e estratégias de crescimento
Fortalecer e apoiar às entidades civis organizadas, as associações diversas e as ONGs dos
PM.S/3.3.8 municípios, proporcionando melhores condições para que estas ampliem sua capacidade de GM1
atuação
Valorizar e divulgar melhor os Programas e Projetos Regionais e Territoriais existentes, tornan-
PM.S/3.3.9 GM1
do-lhes conhecidos e melhor utilizados pelas populações
Elaborar projetos de preparação de vias, escolas e outros locais públicos que promovam o a-
PM.S/3.3.10 cesso dos portadores de necessidades especiais, garantindo-lhes o convívio social e o exercício GM1
da cidadania ofertados pela assistência social
Elaborar um Plano Regional/Interregional de Transporte Público Coletivo, promovendo a acessi-
bilidade dos habitantes aos serviços e facilidades existentes em municípios vizinhos, aumentan-
PM.S/3.3.11 do suas opções e potencializando a integração regional aqueles necessitados, voltado para a GM1
valorização das capacidades dos seres humanos, evitando assim o reforço do assistencialismo
histórico brasileiro e reforçando o trabalho da equipe na prática desta mentalidade
Articular as empresas locais, a Educação e a Assistência Social para que alunos portadores de
PM.S/3.3.12 necessidades especiais sejam capacitados e contratados para a prática de estágios e/ou traba- GM1
lhos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 339


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Ampliar os serviços e as políticas públicas ofertadas aos idosos, sejam estas assistencialistas
e/ou na área dos esportes, lazer, cultura, educação e outras, de maneira a propiciar-lhes o con-
PM.S/3.3.13 vívio social, o reconhecimento dos seus saberes construídos ao longo da vida, além de garantir- GM1
lhes uma vida digna, através dos cuidados necessários ao seu estágio de desenvolvimento par-
ticular
Articular as governanças locais em busca de uma integração ampla, que constitua Associações
PM.S/3.3.14 Intermunicipais e Interregionais, que objetivem a construção de estratégias de desenvolvimento GM1
conjuntas de acessibilidade e resolutividade aos serviços
Objetivo MP.S/3.4
Aumento das oportunidades de trabalho e aumento da renda familiar
Mapear as potencialidades de renda local, a partir do reconhecimento de capacidades produti-
vas existentes em grupos de população, ainda que de maneira incipiente e sem profissionaliza-
PE.S/3.4.1 EE1
ção, garantido-lhes possibilidades de aperfeiçoamento nestas funções e, posteriormente, incre-
mento da renda familiar
PE.S/3.4.2 Implantar Cursos Técnicos, Profissionalizantes e Programas de Geração de Trabalho Renda EE1
Criar Programas Municipais de Diminuição do Desemprego, ofertando benefícios fiscais e outros
– como processos de capacitação subvencionados pelo Poder Público - para Empresas e Indús-
PE.S/3.4.3 trias que absorverem mão de obra local, buscando-se disseminar o conceito de que quanto me- EE1
lhor estiver o contexto produtivo no qual um empreendimento se inserir melhor serão seus resul-
tados
Obs.: Considerar além destes, todos os programas do Macroprograma MP.S/7 – Geração de Trabalho e Renda
Objetivo MP.S/3.5
Melhoria das condições habitacionais
Obs.: Considerar todos os Programas do Macroprograma MP.S/4 - Reestruturação Habitacional e Coordenação da Expansão Urbana
Macroprograma MP.S/4
EE/GR/GM
Reestruturação Habitacional e Coordenação da Expansão Urbana

340 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/4.1
Melhoria das Condições Habitacionais
Promover o levantamento das demandas habitacionais dos municípios, através da construção
PR.S/4.1.1 de um Sistema de Cadastros de Déficit Habitacional e Habitações Inadequadas, que não ofere- GR1
cem condições ou que restringem a habitabilidade de seus ocupantes
Estimular e buscar parcerias para a produção de novas moradias e para a implantação dos pro-
gramas de reabilitação e melhorias habitacionais, através de parcerias público-privadas, a reali-
PR.S/4.1.2 GR1
zação de programas de construção de moradias pelo regime associativista ou por consórcios
habitacionais, a implantação de bancos de materiais de construção e de terrenos, entre outros
Captar recursos estaduais e federais para a execução de obras de melhorias habitacionais nos
PR.S/4.1.3 GR1
municípios
Realizar obras que garantam a qualidade infra-estrutural urbana mínima, ampliando as redes de
saneamento e abastecimento de água, coleta de lixo, melhoria das vias e transportes públicos,
PR.S/4.1.4 GR1
sinalização e iluminação, arborização, investindo e requalificando praças e espaços públicos
como espaços de lazer e convivência social
Criar o Programa de Auxilio Construtivo para a população de menor renda, através do forneci-
PR.S/4.1.5 mento de projetos como o padrão de arquitetura, estrutural, hidráulico e elétrico e de assistência GR1
técnica e jurídica para a autoconstrução
Buscar soluções construtivas não convencionais, compatíveis com os padrões de ocupação
existentes em cada território e com as necessidades e especificidades da população a ser aten-
PR.S/4.1.6 GR1
dida, priorizando as possibilidades de reaproveitamento de desmanches/demolições a partir da
formação de um Banco de Materiais Regional, que receba os descartes e articule sua reutilização
Objetivo MP.S/4.2
Ordenamento dos crescimentos populacionais desordenados
Elaborar e/ou revisar os instrumentos institucionais legais que assegurem o ordenamento territo-
rial, como o Plano Diretor, que inclui a regulamentação do uso e ocupação do solo e outros,
PE.S/4.2.1 como os Planos Locais de Habitação de Interesse Social, destacando-se planejamentos habita- EE1
cionais específicos para os municípios que tem como expectativa o recebimento de grandes
aumentos populacionais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 341


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Alocar na malha urbana e na Zona Rural os espaços de expansão urbana, adensamento e im-
plantação de grupos distribuídos de habitações para os extratos sociais de menor renda, evitan-
PE.S/4.2.2 EE1
do concentrações que induzam à discriminação ou tratamento não equânime na diversidade
social
Implantar um programa de monitoramento e fiscalização da expansão urbana, com o apoio de
tecnologias e instrumentos atuais como foto-satélites, referenciamentos geoprocesados, contro-
PE.S/4.2.3 EE1
lando a proliferação da instalação de novas moradias em terrenos irregulares, encostas, mar-
gens de rios e áreas degradadas
Objetivo MP.S/4.3
Regularização Fundiária
Efetivar Programa de Regularização Fundiária e Urbanização de Loteamentos e Assentamentos
que se encontrem irregulares ou incompletos, assegurando o direito de posse e as condições de
urbanização aos moradores, por meio da titulação reconhecida institucionalmente das moradias,
PM.S/4.3.1 GM2
possibilitando pedidos de financiamento e ampliação de negócios. Para tal, deve ser exigido dos
proprietários dos loteamentos e/ou incorporadores o cumprimento das condições legais aplicá-
veis a cada um e a todos eles, incluindo a adequação às leis ambientais municipais
Objetivo MP.S/4.4
Prevenção e controle de enchentes
Implantar Programa de Prevenção e Controle de enchentes, objetivando o monitoramento de
PM.S/4.4.1 volume de água dos rios e de previsões metereológicas, instauração de sistemas de comunica- GM2
ção eficazes com sinais de alerta para acidentes naturais e outros
Constituir um Sistema Regional de Apoio às Populações em caso de acidentes naturais, inte-
grado com a Defesa Civil para garantir o abrigamento, apoio e recuperação das famílias atingi-
PM.S/4.4.2 GM2
das pelos problemas de enchentes e inundações, diminuindo os impactos sociais e econômicos
resultantes destes fenômenos
Constituir um Fundo Regional para Acidentes Naturais, com reservas orçamentárias próprias,
PM.S/4.4.3 GM2
destinadas à recuperação de municípios afetados nestes casos

342 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/4.5
Acompanhamento das Desapropriações
Implementar um Programa de Acompanhamento das Desapropriações realizadas em virtude
PM.S/4.5.1 dos grandes empreendimentos e/ou remoções amplas previstas para áreas de risco, buscando- GM1
se minimizar os impactos destes processos para as populações atingidas
Objetivo MP.S/4.6
Ampliação da oferta de Serviços Públicos
Realizar obras que garantam a qualidade infra-estrutural urbana mínima, ampliando as redes de
saneamento e abastecimento de água, coleta de lixo, melhoria das vias e transportes públicos,
PE.S/4.6.1 EE1
sinalização e iluminação, arborização, investindo e requalificando praças, espaços e equipamen-
tos públicos como locais para lazer e convivência social
Macroprograma MP.S/5
GR
Aumento da Segurança Pública
Objetivo MP.S/5.1
Diminuição dos Índices de violência e criminalidade
Implantar e/ou ampliar os Programas de Prevenção da Criminalidade para ambas as regiões –
sejam estes estaduais ou municipais - direcionados especialmente para os jovens como, por
PR.S/5.1.1 GR1
exemplo, os programas desportivos municipais, programas de geração de trabalho e renda,
como por exemplo o Programa Jovem Aprendiz, etc.
Criar ações que promovam a participação ativa da comunidade na discussão das questões de
PR.S/5.1.2 segurança pública, com a criação e/ou fortalecimento dos Conselhos Municipais e de organis- GR1
mos comunitários para o enfrentamento de situações de violência urbana
Implantar um conjunto de ações de fiscalização, sinalização, melhoria na qualidade das rodovi-
PR.S/5.1.3 as, programas para prevenção de acidentes, entre outras ações que aumentem a segurança GR1
no trânsito, considerando os altos indicadores de óbitos por acidentes de transporte
Investir na chamada repressão classificada, que tem como premissa básica buscar os crimino-
PR.S/5.1.4 sos mais “perigosos” para a sociedade e no mais breve espaço de tempo investigá-los, proces- GR1
sá-los e condená-los

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 343


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/5.2
Melhoria da execução da Segurança Pública dos Municípios
Implantar Programas de treinamento/qualificação dos profissionais da Segurança Pública, inclu-
PR.S/5.2.1 indo aqueles que trabalham na gestão do sistema, preparando-os para o melhor desempenho GR1
de suas funções
Criar Programas de Segurança Pública para os municípios, envolvendo a estruturação, expan-
PR.S/5.2.2 GR1
são e modernização da logística e de seus quadros efetivos
Implantar o Sistema de Informações Gerenciais da Segurança Pública, que integre em um ban-
co de dados as informações das Policias Civil e Militar, de segurança do Governo Federal e
PR.S/5.2.3 GR1
outras entidades com fins semelhantes, ampliando o conhecimento geral das informações e,
consequentemente, gerando uma maior efetividade no combate à criminalidade
Capacitar as unidades policiais para o uso destes recursos da tecnologia de informação, crian-
PR.S/5.2.4 GR1
do e/ou aprimorando o disque denuncia nos municípios
Incorporar o conceito de estratégia à própria forma como o Estado trata a Segurança Pública no
contexto das políticas sociais, elaborando critérios de gestão e planejamento sobre as questões
PR.S/5.2.5 GR1
orçamentárias, a partir de instrumentos gerenciais eficazes e salários adequados para que a
política de segurança cumpra sua função

Objetivo MP.S/5.3
Melhoria do sistema prisional local e diminuição das reincidências criminais

Buscar recursos e financiamentos para melhorar e modernizar as condições do sistema prisional


PR.S/5.3.1 GR2
local
Criar Programas de Capacitação para os detentos, preparando-os para a inserção no mercado
PR.S/5.3.2 GR2
de trabalho, ampliando suas oportunidades de empregabilidade
Implantar um Programa de Acompanhamento dos egressos no processo de reinserção social,
PR.S/5.3.3 através de ações como monitoramento temporário destes no processo de liberdade assistida, GR2
parcerias e incentivos às empresas locais para contratação destes e outros

344 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/5.4
Aumento da Equidade Social
PR.S Considerar todas as metas e programas deste Macroprograma GR1
Macroprograma MP.S/6
GM
Ampliação da oferta e qualidade das políticas desportivas
Objetivo MP.S/6.1
Ampliação das práticas desportivas ofertadas à população
PM.S/6.1.1 Destinar e alocar recursos municipais orçamentários regulares para as práticas desportivas GM1
Melhorar continuamente a infraestrutura para as práticas desportivas, a partir de pesquisas so-
bre os déficits existentes e interesses prioritários das populações, incluindo a construção de
PM.S/6.1.2 GM1
novos espaços e a revitalização daqueles já existentes e a aquisição contínua de materiais,
tanto nos centros urbanos como nas áreas rurais
Organizar programas municipais continuados de esportes, que incluam diversas práticas despor-
PM.S/6.1.3 tivas para diferentes faixas etárias, gerando benefícios como a internalização de normas e valo- GM1
res, a melhoria da saúde, a convivência em grupo, dentre outros
Apoiar e incentivar os projetos desportivos que já acontecem nos municípios, favorecendo a
PM.S/6.1.4 ampliação dos núcleos existentes do Programa de Iniciação Esportiva, aumentando suas capa- GM1
cidades de atendimento e os resultados atingidos
Investir para que os municípios sediem jogos em seus espaços esportivos, inclusive a partir de
PM.S/6.1.5 eventos intermunicipais, enfatizando o turismo desportivo que poderá alavancar melhorias infra- GM1
estruturais e movimentar a economia dos municípios
Implementar um programa esportivo específico para crianças e adolescentes, extra currículo
escolar e gratuito, com uma equipe de professores que acompanhe alunos em bairros, periferias
PM.S/6.1.6 GM1
e zonas rurais, semanalmente, em aulas de esportes, através de um sistema de rotatividade que
abranja um grande número de localidades municipais
Incentivar e apoiar a participação de times e desportistas locais em eventos esportivos intermu-
nicipais e interregionais, em campeonatos e competições, buscando auxiliar financeiramente
PM.S/6.1.7 GM1
com transportes e aquisição de outros recursos necessários, incrementando as atrações oferta-
das à população e seus visitantes

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 345


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Desenvolver projetos de práticas esportivas junto ao potenciais ambientais locais, como a práti-
ca de surf, canoagem, trilhas e outras modalidades afins, para a utilização da população e dos
PM.S/6.1.8 GM1
turistas, buscando auxiliar financeiramente com transportes e aquisição de outros recursos ne-
cessários, incrementando as atrações ofertadas à população e seus visitantes
Macroprograma MP.S/7
EE
Geração de Trabalho e Renda
Objetivo MP.S/7.1
Geração de novas oportunidades de trabalho
Mapear as competências regionais, incluindo a cadeia de suprimentos das grandes empresas
para a integração entre empreendimentos, o encadeamento das cadeias produtivas, a formação
PE.S/7.1.1 EE1
de possíveis cooperativas e a adequação da capacitação de mão de obra local ao mercado de
trabalho
Desenvolver atividades produtivas que dinamizem a economia regional, através da ação conjun-
PE.S/7.1.2 EE1
ta de atração de empreendimentos e/ou ampliação dos espaços produtivos locais
Mapear e reconhecer os potenciais turísticos locais, constituindo os chamados Circuitos Turísti-
PE.S/7.1.3 cos Regionais, que integrem os inúmeros atrativos naturais, históricos, culturais e outros, fomen- EE1
tando o crescimento do turismo como uma atividade econômica potente
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor aos produtos locais, utilizando
matérias primas existentes como o calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura, que
PE.S/7.1.4 EE1
poderão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologias, criatividade, prepara-
ção de mão de obra, formação de cooperativas e outras iniciativas afins
Implementar projetos de integração entre as empresas fornecedoras locais, buscando-se a for-
PE.S/7.1.5 mação de cadeias produtivas, APLs e outros arranjos, conectando-as e estabelecendo parcerias EE1
que otimizem os recursos existentes
Reconhecer e valorizar as atividades culturais e artísticas municipais e regionais como recursos
fundamentais, não apenas ao patrimônio intangível constituído, mas também como recursos
PE.S/7.1.6 EE1
passíveis de gerarem renda, formarem capital humano e ampliarem positivamente os ciclos
econômicos locais

346 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Promover a regularização fundiária das áreas produtivas, com a regulamentação dos documen-
PE.S/7.1.7 tos de propriedade das terras, em especial na zona rural, garantindo aos moradores a posse e EE1
possibilitando-lhes pedidos de financiamento e ampliação dos negócios
Objetivo MP.S/7.2
Melhoria da qualidade do emprego e do bem estar do trabalhador
Apoiar e/ou ampliar projetos associativos ou cooperados, como alternativa de trabalho, unifica-
PE.S/7.2.1 ção de potenciais em torno de objetivos comuns, diminuição de custo e incremento da qualidade EE2
dos produtos e da renda gerada
Melhorar as condições de trabalho locais, buscando-se a diminuição da informalidade em con-
sonância com a diminuição da precariedade do trabalho, fiscalizando as empresas no exercício
PE.S/7.2.2 dos seus deveres, garantindo uma remuneração média condizente com as funções exercidas EE2
pelos trabalhadores, ao mesmo tempo que reconhecendo-os legalmente sempre que estiver
dentro do modelo esperado
Objetivo MP.S/7.3
Preparação dos municípios para a atração de novos investimentos e melhor qualificação da população de acordo com as atividades produtivas
regionais
Criar um Projeto Regional de Capacitação de mão de obra, que inclua qualificação e re-
qualificação da mão-de-obra local - utilizando os recursos e conteúdos disponíveis no Fundo de
PE.S/7.3.1 Amparo ao Trabalhador, FAT, e outros - compatível às necessidades do mercado, promovendo EE1
também a ampliação da empregabilidade local, a partir do melhor encaminhamento do capital
humano existentes nos diferentes municípios
Implementar um Programa de Capacitação Regional voltado para o empresariado, abrangendo
o desenvolvimento dos negócios, através de cursos de gestão, empreendedorismo, criação e
PE.S/7.3.2 inovação, reconhecimento de oportunidades existentes nos mercados nacional e internacional, EE1
entre outros conhecimentos de relevância para a profissionalização das atividades produtivas
locais
Qualificar a mão de obra para atuar especificamente no setor turístico em seus diversos aspec-
PE.S/7.3.3 tos, como receptivos, guias, promoção de eventos, hotelaria, restaurantes e outros, de forma a EE1
consolidar o turismo como uma atividade produtiva permanente e de qualidade

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 347


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implementar um conjunto de ações que resultem no aumento do IQM, através da capacitação
dos municípios para o recebimento de novos empreendimentos, aumento do dinamismo da eco-
PE.S/7.3.4 EE1
nomia, melhoria da formação dos gestores públicos da infra estrutura local, dentre outras voltadas
para o desenvolvimento econômico sustentável, que inclui também o bem estar das populações
Organizar planos de fomento à créditos para as empresas, bem como captar recursos financei-
PE.S/7.3.5 EE1
ros para projetos de inovação das cadeias produtivas locais
Melhorar as vias de acesso entre as áreas rurais e urbanas, rodovias intermunicipais e interes-
PE.S/7.3.6 taduais, facilitando o escoamento da produção, o trânsito de moradores, turistas, como um fator EE1
essencial para a promoção da integração regional e interregional em seus diversos aspectos
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor aos produtos locais, utilizando
matérias primas existentes como o calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura, que
PE.S/7.3.7 EE1
poderão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologias, criatividade, prepara-
ção de mão de obra, formação de cooperativas e outras iniciativas afins
Promover a regularização fundiária das áreas produtivas, com a regulamentação dos documen-
PE.S/7.3.8 tos de propriedade das terras, em especial na zona rural, garantindo aos moradores a posse e EE1
possibilitando-lhes pedidos de financiamento e ampliação dos negócios
Objetivo MP.S/7.4
Aumento da capacitação /profissionalização dos habitantes
Criar um Projeto Regional de Capacitação de mão de obra, que inclua qualificação e re-
qualificação da mão-de-obra local - utilizando os recursos e conteúdos disponíveis no Fundo de
PE.S/7.4.1 Amparo ao Trabalhador, FAT, e outros - compatível às necessidades do mercado, promovendo EE1
também a ampliação da empregabilidade local, a partir do melhor encaminhamento do capital
humano existentes nos diferentes municípios
Organizar os Centros de Produção Comunitários, CPC, em bairros urbanos e núcleos rurais,
criando-se um espaço para que a população utilize seus conhecimentos no processo produtivo,
PE.S/7.4.2 somado à seu aperfeiçoamento em cursos profissionalizantes, tais como costura, coleta seleti- EE1
va, marcenaria, hortas comunitárias, produtos de limpeza e outros que forem mapeados nas
regiões

348 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implementar os Centros de Vocação Tecnológica onde não se fazem presentes, promovendo a
melhor adaptação dos trabalhadores aos processos de mudanças estruturais e tecnológicas
PE.S/7.4.3 EE1
previstos, considerando-se especialmente grandes empreendimentos locais que envolvem co-
nhecimentos de alta tecnologia
Capacitar os produtores rurais, em parceria com órgãos como a EMATER e outras instituições
PE.S/7.4.4 EE1
similares, preparando-os continuamente para o aprimoramento de seus processos produtivos
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor aos produtos locais, utilizando
matérias primas existentes como o calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura, que
PE.S/7.4.5 EE1
poderão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologias, criatividade, prepara-
ção de mão de obra, formação de cooperativas e outras iniciativas afins
Implementar um Programa de Capacitação Regional voltado para o empresariado, abrangendo
o desenvolvimento dos negócios, através de cursos de gestão, empreendedorismo, criação e
PE.S/7.4.6 inovação, reconhecimento de oportunidades existentes nos mercados nacional e internacional, EE1
entre outros conhecimentos de relevância para a profissionalização das atividades produtivas
locais

Comentário Final
Foram apresentadas para o Módulo Social desde programas mais simples até outros mais complexos, alguns que envolvem grandes montan-
tes de recursos e outros que dependem muito mais do esforço e da inovação nas articulações locais/regionais.
O importante, no caso, é que todas sejam aquelas que forem eleitas como prioridades maiores ou as que ficarem com prioridades menores,
venham a ser sejam, buscando-se as oportunidades e as parcerias, recursos, realizando-se processos de mobilização social, ou seja, que se
quebrem paradigmas até então praticados, criando-se um novo ciclo positivo de desenvolvimento para o Norte e Noroeste Fluminense integra-
dos.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 349


Autor:
Eduardo Nery

350 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


10. MÓDULO POLÍTICO ADMINISTRATIVO
Comentário Inicial
O domínio político-administrativo no Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro se estrutura so-
bre sete macroprogramas de desenvolvimento inter-relacionados, quais são: políticas públicas regionais e municipais, integração e governança
- regionalização político-administrativa, planejamento local e regional, sistema regional de poupança e “funding” para investimentos, sistema de
monitoramento e gestão da implementação do plano de desenvolvimento, preparação dos municípios para os grandes empreendimentos e
aglomerações produtivas e qualificação e modernização da gestão pública. Cada um destes macroprogramas possui objetivos com metas es-
tabelecidas para o horizonte 2040, bem como cada um ou um grupo deles possui um conjunto de programas para viabilizar a sua implementa-
ção individualizada e de todos os macroprogramas integradamente. Nesta contextualização comparecem algumas macroorientações políticas,
assim caracterizadas por sua generalidade, que se aplicam a toda a orientação político-administrativa que deve ser assumida, a saber:
• as Municipalidades devem promover o desenvolvimento de políticas públicas atualizadas com a sua cultura e com as suas realidades
atuais e as da Região Norte e Noroeste fluminense, contemplando os grandes empreendimentos regionais e seus impactos e possibili-
dades de desdobramento na sua inserção regional, as possibilidades de comporem aglomerações ou arranjos produtivos ou equivalen-
tes, os potenciais de crescimento de sua economia individualizada e cooperativamente, com abrangência de todas as áreas de sua atua-
ção, no horizonte 2035. Tais políticas devem ser transformadas em projetos de lei de ordenação pública, para a tramitação legislativa
competente.
• no desenvolvimento de sua socioeconomia, os municípios devem considerar dois momentos, o primeiro, de curto prazo, em que as suas
políticas devem privilegiar a oferta de trabalho e a inclusão social extensiva, o uso das vantagens diferenciais naturais ou induzidas, em
função dos condicionantes necessários para a viabilização do projeto regional, enquanto se trabalha a educação e a formação profissio-
nalizante de sua população pelo desenvolvimento prioritário do capital humano e demais capitais intangíveis; no segundo momento, mé-
dio e longo prazo, as orientações se voltam para a melhoria do acesso e qualificação e a agregação de valor, incorporando cada vez
mais os intangíveis decorrentes dos investimentos públicos continuados, procurando-se a inserção em rede e a diversificação compatível
ao novo perfil e nível de aspiração de sua população.
• as Municipalidades e a Governança Regional devem usar os seus poderes de regulação no sentido de promover as políticas que levem
ao aproveitamento das oportunidades do crescimento da e em conjunto com a economia regional para a sua interiorização distributiva
em seu território e também promover a indução e expansão ou emergência de investimentos em empreendimentos comprometidos com
o desenvolvimento de sua socioeconomia;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 351


• as Municipalidades e a Governança Regional devem estruturar as plataformas político-institucionais e legais que lhes permitam regular
politicamente as atividades intra-território, com sustentabilidade, em perspectiva de longo prazo, o que implica em se deter no resgate e
recuperação de parcelas do meio ambiente degradado mediante políticas de estímulo para o setor privado e não governamental;
• as políticas fiscais e tributárias devem substituir incentivos temporários e eventuais por incentivos não financeiros associados a resulta-
dos e benefícios mensuráveis para a sociedade, legislação de cessões e equivalentes, valorização da responsabilidade social inserida no
território de caráter persistente, ou seja, conduzindo esta questão para uma abordagem sistêmica, econômica e de sustentabilidade e
prevenindo o imediatismo, a evasão ou renúncia ou guerra fiscal, esta particular e especialmente na Região e no Estado do Rio de Janei-
ro;
• as políticas públicas e os programas (projetos, empreendimentos, etc.) de desenvolvimento sustentável devem se pautar pela adoção de
códigos de ética, contratos de gestão, possibilidades de adoção de estratégias de choque para mudanças estruturais de maior profundi-
dade e extensão, dando cobertura para a introdução de processos de transformação ou iniciativas similares sempre que necessários;
• as políticas públicas devem assumir e definir, como sua estratégia permanente, como a sua a sua maior, melhor e primeira prioridade
absoluta, a educação e a constituição do conhecimento, da tecnologia e da inovação para a sua população e os sistemas sociais de seu
território;
• a cultura do desenvolvimento deve ser cultivada, disseminada e propalada, realimentada e valorizada, como o melhor patrimônio da Re-
gião Norte-Noroeste Fluminense e dos municípios que a constituem, o símbolo de sua identidade. Política pública comum a todos os mu-
nicípios e à Região deve unir as ações públicas, privadas e do terceiro setor na consecução deste objetivo maior.
Todo o processo considerou as Regiões Norte e Noroeste integradas (designada então como Região Norte-Noroeste), evoluindo para uma
condição congruente de desenvolvimento coordenado, usando de sua cultura centenária para promover a sua disseminação em todo o territó-
rio, com a valorização e busca maior dos princípios de sustentabilidade reconhecidos, a equanimidade, a qualidade de vida e a economia eco-
lógica.
Os resultados, apresentados a seguir, se organizam em diagramas de blocos auto-explicativos que atribuem excelência com transparência à
compreensão do que se propõe como Plano de Desenvolvimento Sustentável para o Norte-Noroeste, no que diz respeito ao seu aspecto polí-
tico administrativo.

352 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Organograma Político Administrativo

Político
Administrativo
(PA)

Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma Macroprograma


PA/1 PA/2 PA/3 PA/4 PA/5 PA/6 PA/7
Políticas Integração e Planejamento Sistema Sistema de Preparação Qualificação
Públicas Governança, Local Regional de Monitoramento dos Municípios e
Municipais e Regionalização e Poupança e e Gestão da para os Modernização
Regionais Político-admi- Regional “Funding” para Implementação do Grandes da
nistrativa Investimentos Plano de Empre- Gestão
Desenvolvimento endimentos Pública

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 353


Macroprograma PA/1
Políticas Públicas Municipais e Regionais

Objetivo MP.PA/1.1 Objetivo MP.PA/1.2


Político-Administrativo Geral Constituição da Comunidade Econômica Norte-
Metas: Noroeste Fluminense
• Gestão integrada do desenvolvimento da Região Norte- Metas:
Noroeste integradas, orientadas pelo seu Plano de • Pacto de operação conjunta entre os 22 municípios das
Desenvolvimento Sustentável, a partir de 2011 duas Regiões, o Estado do Rio de Janeiro e entidades
• Aplicação de 11% da receita bruta municipal em de classe e empresariais, universitárias e comunitárias
investimentos produtivos nos próximos 25 anos • Constituição da Comunidade Econômica Norte-Noroeste
Fluminense operando com um Mercado Comum

Objetivo MP.PA/1.3
Sistema de Informação Regional Multiníveis ,
Multiacesso, em Rede
Meta:
• Implantar o sistema e suas conexões, disponibilizando-o
para a sociedade em 24 meses, tendo uma universidade
como mantenedora

354 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivos MP.PA/1.1 e MP.PA/1.2 e MP.PA/1.3
• Político-Administrativo Geral
• Constituição da Comunidade Econômica Norte - Noroeste Fluminense
• Sistema de Informação Regional Multiníveis , Multiacesso, em Rede

Programa PS.PA/1.1-2-3.1
Administrar os tempos e sincronicidades em consonância com Programa PS.PA/1.1-2-3.4
as demandas provenientes da implantação dos empreendimen- Programar a implantação gradual, a partir de agora,
tos, utilizando de soluções não convencionais para promover o das plataformas de inteligência e gestão avançada regionais,
ajustamento e a compensação dos defasamentos que existem distribuídas no território, voltadas para apoiar e suportar
e existirão as suas aglomerações produtivas e a formação de sua
população

Programa PE.PA/1.1-2-3.2 Programa PR.PA/1.1-2-3.5


Promover a formação e constituir a governança regional e As políticas públicas devem se pautar pela adoção de
seus instrumentos de gestão códigos de ética, contratos de gestão, possibilidades de
adoção de estratégias de choque para mudanças estruturais
de maior profundidade e extensão, dando cobertura para a
introdução de processos de transformação ou iniciativas
similares sempre que necessários
Programa PE.PA/1.1-2-3.3
Negociar com os grandes grupos investidores para a interna-
lização das cadeias produtivas, particularmente, o conheci-
mento, tecnologia e inovação, e a substituição de importações

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 355


Objetivos MP.PA/1.1 e MP.PA/1.2 e MP.PA/1.3
• Político-Administrativo Geral
• Constituição da Comunidade Econômica Norte - Noroeste Fluminense
• Sistema de Informação Regional Multiníveis , Multiacesso, em Rede

Programa PE.PA/1.1-2-3.6 Programa PE.PA/1.1-2-3.9


Negociar com priorização, com os governos estadual e federal, Formalizar a constituição da atuação integrada com um pacto
os investimentos regionais de infraestrutura e serviços de co-operação entre as Regiões seguido pela constituição da
Comunidade Econômica Norte-Noroeste Fluminense

Programa PE.PA/1.1-2-3.7 Programa PE.PA/1.1-2-3.10


Constituir o marco institucional legal regional para as regula- As políticas fiscais e tributárias devem substituir incentivos
ções e regulamentações dos assuntos de interesse comum e temporários e eventuais por incentivos não financeiros associ-
que permeiam todos os municípios e afetam à Região Norte- ados a resultados e benefícios mensuráveis para a sociedade,
Noroeste integrada e sua população legislação de cessões e equivalentes, valorização da respon-
sabilidade social inserida no território de caráter persistente,
ou seja, conduzindo esta questão para uma abordagem sis-
têmica, econômica e de sustentabilidade e prevenindo o ime-
diatismo, a evasão ou renúncia ou guerra fiscal
Programa PE.PA/1.1-2-3.8
A cultura do desenvolvimento deve ser cultivada, dissemina-
da e propalada, realimentada e valorizada, como o melhor
patrimônio da Região e dos municípios que a constituem, o
símbolo de sua identidade

356 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma PA/2
Integração e Governança, Regionalização
Político-administrativa

Objetivo MP.PA/2.1 Objetivo MP.PA/2.2


Governança Regional Regionalização Político-administrativa
Metas: Metas:
• Constituir a unidade de governança regional, recursiva, • Implantar o máximo possível de descentralização
num prazo de 2 anos, ou seja, para operar reconhecida regional administrativa estadual e federal, não governa-
e institucionalizada, em 2011 mental, internacional, factível nos próximos 24 meses
• Até 2013 e 2015, estabelecer as condições de • Constituir toda a instrumentalização da governança
participação da Região Norte-Noroeste nos projetos regional nos próximos 24 meses, envolvendo fori e
Copa do Mundo 2013/2014 e Olimpíadas 2016, fundos regionais, a implementação do Plano de
respectivamente Desenvolvimento Sustentável, as redes, entre várias
outras

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 357


Objetivos MP.PA/2.1 e MP.PA/2.2
• Governança Regional
• Regionalização Político-administrativa

Programa PS.PA/2.1-2.1 Programa PS.PA/2.1-2.3


Constituir uma instituição, comunidade, comitê ou instituto, Construir a estrutura de capital e investimento regional com
que deve aglutinar as Municipalidades, representações dos fundos próprios e de terceiros, a partir da capitalização dos
poderes legislativo e judiciário, as associações de classe “royalties” do petróleo, preferencialmente, com a participação
regionais, as empresas e instituições de educação e pesqui- pública e privada, para constituir a decisão de investimento
sa, os sindicatos, as associações comunitárias, as fundações regional.
e organizações não governamentais, os clubes e entidades
sociais, entre outros segmentos e estratos da sociedade.
Qualquer que seja a forma de sua organização, ela deve
possuir pelo menos uma assembléia, uma direção, um con-
selho técnico-consultivo e um conselho fiscal. Programa PS.PA/2.1-2.4
Estruturar e operar em redes regionais integradas com redes
exógenas, em parcerias e alianças, com bases de informação
universitárias regionais

Programa PE.PA/2.1-2.2
Constituir e operar aglomerações produtivas, qualquer que seja
a sua denominação, representa um facilitador e elemento de
convergência notável, baixo custo e de alta efetividade Programa PS.PA/2.1-2.5
Constituir uma fundação ou oscip, associada a uma rede
cultural regional integrando todos os municípios, voltada à
preservação dos valores, patrimônios, símbolos, produção
cultural, etc. respondendo pela formação e alimentação
permanente da cultura regional do desenvolvimento, a ser
mantida por uma parcela de recursos dos fundos regionais e
contribuições regionais

358 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivos MP.PA/2.1 e MP.PA/2.2
• Governança Regional
• Regionalização Político-administrativa

Programa PE.PA/2.1-2.6 Programa PE.PA/2.1-2.9


Implementar um programa permanente regional de empreen- Constituir a rede social regional em articulação com uma
dedorismo, cobrindo todas as faixas etárias desde a educa- rede de mobilização comunitária em todo o território, supor-
ção fundamental aos profissionais com senioridade. No caso tado por um sistema de comunicação regional com televisões
da educação institucional deve ser criada e implantada uma educativas, televisões e rádios comunitárias, jornais e perió-
disciplina de empreendedorismo e cidadania na educação dicos regulares incluindo um boletim mensal sobre o desen-
municipal fundamental e no ensino médio e profissionalizante volvimento regional a ser distribuído gratuitamente para toda
a população em suas residências

Programa PS.PA/2.1-2.7
Transformar em lei estadual o Plano de Desenvolvimento
Sustentável do Norte e Noroeste que investido como um Programa PS.PA/2.1-2.10
instituto legal regule o processo de desenvolvimento no Organizar um núcleo de regulação e regulamentação regio-
horizonte de sua aplicabilidade e validade incluindo as nal, a partir da elaboração inicial, de marcos institucionais-
disposições quanto à sua instrumentalização legais regionais que disciplinem e equalizem (uniformizem)
as meta orientações de interesse geral a todos os municí-
pios, ao desenvolvimento da economia e à sociedade Norte-
Noroeste
Programa PE.PA/2.1-2.8
Constituir as plataformas regionais de conhecimento, tecnolo-
gia e inovação e da rede regional de tecnologia e conheci-
mento, NORTEC, com toda uma estrutura múltipla voltada
para as operações de produção, desenvolvimento, guarda e
preservação, multiplicação, formação e qualificação, naciona-
lização, entre outras

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 359


Macroprograma PA/3
Planejamento Regional e Local (Municipal)

Objetivo MP.PA/3.1
Planejamento Regional Objetivo MP.PA/3.2
Metas: Planejamento Municipal associado ao Regional
• Acompanhar a implementação do Plano de Desenvol- Meta:
vimento Sustentável do Norte e Noroeste, articulando • Intervir para que, pelo menos a metade dos
e intermediando a execução de suas estratégias e municípios (11, pelo menos) estejam planejando o
programas bem como de sua Carteira de Projetos, a seu desenvolvimento integrada e sistematicamente
partir de 2011 até 2015, este número se elevando a 16, até 2020,
• Assistir à SEPLAG e municípios nas atualizações e fechando 2025 com quase todos os municípios em
continuadas, manutenção da bases de dados, e em exercício normal de seu planejamento de desenvol-
tudo que mantenha o Plano e seus desdobramentos vimento sustentável
como instrumento de utilidade para a construção do
futuro regional, de 2011 a 2040

360 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivos MP.PA/3.1 e MP.PA/3.2
• Planejamento Regional
• Planejamento Municipal associado ao Regional

Programa PS.PA/3.1-2.1 Programa PE.PA/3.1-2.3


Organizar o acompanhamento da implementação do Plano de Exercitar o planejar integrado entre a Região e seus municí-
Desenvolvimento das Regiões Norte-Noroeste Fluminense pios, de maneira que o desenvolvimento regional passe a
nos trabalhos regulares da governança regional, a partir de constituir auto-regulação que se incorpora como parte inte-
2011 até 2040 grante da cultura de desenvolvimento. Esta auto-regulação
propiciará a visibilidade do que se passa no sistema e o
desempenho do processo pelos monitoramentos recíprocos
que produzem realimentações múltiplas que aumentam as
Programa PS.PA/3.1-2.2 chances de um número majoritário de comportamentos em
Assistir os processos de atualização ou desenvolvimento dos correspondência aos compromissos assumidos tanto no
planos municipais de desenvolvimento, estimulando, orien- ambiente das governanças das Municipalidades, quanto na
tando e promovendo a sua integração com o Plano Regional governança regional e vice versa.
e os Cenários Prospectivos.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 361


Macroprograma PA/4
Sistema Regional de Poupança e “Funding”
para Investimentos

Objetivo MP.PA/4.1
Fundo Regional de Desenvolvimento Sustentável,
FUNOR
Metas:
Objetivo MP.PA/4.2
• Aplicar 80% dos “royalties” e 100% da CFEM, nos
Constituição do Centro (Eixo) Financeiro e de Negó-
próximos 10 anos, 60% nos 10 anos subseqüentes e
50% nos 20 anos subsequentes no FUNOR, fundo de cios na Rede de Serviços e Comércio do Norte-
investimento destinado a financiar exclusivamente Noroeste Fluminense
investimentos produtivos na Região Norte-Noroeste Metas:
Fluminense • Atrair pelo menos 5 grandes grupos de capitais / finan-
• Atrair outros capitais públicos e privados para o ambiente ciamento (inclusive capital semente e de risco) e
do FUNOR, tanto de poupanças específicas quanto de operações de mercado (inclusive operadores de bolsas
operações financeiras de mercado de capitais, am- de mercadorias) para se implantarem e operarem no
pliando sua capacidade de investimento em 20% ao eixo Campos dos Goytacazes a Macaé, nos próximos
qüinqüênio 36 meses.
• Promover a constituição, mandatoriamente, mediante • Triplicar este número nos 36 meses subseqüentes,
sustentação de regulação regional e municipal integra- com a instalação de “brokers, dealers e traders” neste
das, os Fundos de Exaustão das atividades de extração eixo, transformando-o em uma plataforma (rede)
mineral de grande lavras ou conjunto de lavras (regio- regional de negócios (Itaperuna, Campos dos Goytaca-
nal), exauríveis , em benefício dos seus investidores e zes, São João da Barra, Quissamã, Macaé, Itaperuna)
da sociedade regional, fixando-se um prazo de 24 meses
para a sua implantação inicial em relação ao funciona-
mento comercial de cada uma delas

362 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivos MP.PA/4.1 e MP.PA/4.2
• Fundo Regional de Desenvolvimento Sustentável, FUNOR
• Constituição do Centro Financeiro e de Negócios na Rede de
Serviços e Comércio do Norte-Noroeste Fluminense

Programa PS.PA/4.1-2.1
Constituir os fundos regionais, em complementação à disse-
minação dos fundos municipais, todos eles na modalidade
investimento, com regulações próprias e conselhos gestores Programa PE.PA/4.1-2.3
ativos, fiscalizados por organismos independentes, operando Constituir a rede de cidades pólo de negócios da Região para
em uma rede regional e observando as orientações de distri- abrigar as empresas e instituições de comércio e logística
butividade territorial estrategicamente estabelecidas (transportadores, armadores, distribuidores, despachantes
alfandegários, etc.), financeiras, seguradoras e instituições de
capital de risco, agentes de mercado e de bolsas de mercado-
rias e futuros, provedores de tecnologias e conhecimentos,
prestadores de serviços especializados, inclusive internacio-
Programa PS.PA/4.1-2.2 nais, empresas de conhecimento, entre outras
Disseminar os fundos municipais como parte integrante dos
processos de investimentos públicos municipais a serem
utilizados na indução e fomento de investimentos produtivos
nos municípios segundo decisão integrada regional e munici-
pal ou vice versa

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 363


Macroprograma PA/5
Sistema de Monitoramento e Gestão da
Implementação do Plano de Desenvolvimento
Sustentável

Objetivo MP.PA/5.1 Objetivo MP.PA/5.2


Sistema de Monitoramento do Desempenho do Gestão da Implementação do Plano de
Plano e Região Desenvolvimento Sustentável
Meta: Meta:
• Operar o sistema de acompanhamento das Carteiras de • Manter a implementação com a avaliação contínua de
Projeto – principal e complementar - e deste Plano de seus resultados para a sociedade, em tempo, com
Desenvolvimento Sustentável, a partir de 2012, atribuin- alternativas para as situações mais críticas e coordena-
do-lhe distintos níveis de alerta e intervenção para su- ção de coordenação de ações, desde 2012/13 com os
porte ao processo de decisão e coordenação de ações seu(s) organismo(s) gestor(es)
regional

364 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivos MP.PA/5.1 e MP.PA/5.2
• Sistema de Acompanhamento e Desempenho do Plano (desenvolvi-
mento da Região) e da Governança Regional
• Gestão da Implementação das Carteiras do Plano de Desenvolvimen-
to Sustentável

Programa PS.PA/5.1-2.1 Programa PS.PA/5.1-2.2


Construir e manter atualizado regularmente um portal Transformar o sistema de monitoramento num instrumento
de acompanhamento e monitoramento do Plano de de gestão da implementação mediante incorporação de
Desenvolvimento Sustentável, com capacidade de interação avaliações de resultados e apreciações e consultas pela
e interlocução com a sociedade população e parceiros da Região Norte-Noroeste Fluminense

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 365


Macroprograma PA/6
Preparação dos Municípios para os Grandes
Empreendimentos e Aglomerações Produtivas

Objetivo MP.PA/6.1 Objetivo MP.PA/6.2


Grandes Empreendimentos Aglomerações Produtivas

Meta
Promover a inserção regional plena dos grandes empreendimentos e
arranjos/aglomerações produtivas, desde 2010 em diante

366 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivos MP.PA/6.1 e MP.PA/6.2
• Grandes Empreendimentos
• Arranjos e Aglomerações Produtivas

Programa PE.PA/6.1-2.1 Programa PE.PA/6.1-2.4


Planejar os canteiros de obra para os mínimos impactos regio- Atribuir um tratamento especial aos aspectos da regulação
nais, absorção máxima da mão de obra regional, reaproveita- dos fluxos e da logística tanto em termos de sua solução
mento sempre que possível das edificações e obras de urbani- como em termos dos negócios que representa, nos níveis
zação, lazer, etc, internalização do capital circulante, prioriza- municipal, microrregional e regional
ção de fornecedores regionais, entre outras

Programa PE.PA/6.1-2.2 Programa PR.PA/6.1-2.5


Promover a profissionalização intensiva e acelerada de pesso- Capitalizar os grandes empreendimentos e/ou aglomerações
as para usufruírem dos grandes empreendimentos desde o produtivas para alavancar o desenvolvimento municipal e
seu canteiro de obra à sua operação em regime permanente, regional, para constituir a rede social participativa da popula-
particularmente usando de mecanismos não convencionais e ção (ões), e o desenvolvimento do sistema financeiro local /
de amplo processo de parcerias regional

Programa PM.PA/6.1-2.3
Reestruturar os espaços urbanos, seus mobiliários, sanea-
mento ambiental, infra-estrutura, etc. aproveitando os grandes
empreendimentos e aglomerações produtivas como uma
oportunidade para o replanejamento urbano integrado que
atenda ao que está sendo adicionado e a demandas existen-
tes, ainda não atendidas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 367


Objetivos MP.PA/6.1 e MP.PA/6.2
• Grandes Empreendimentos
• Aglomerações Produtivas

Programa PE.PA/6.1-2.6
Utilizar as implantações de grandes empreendimentos e Programa PS.PA/6.1-2.9
aglomerações produtivas para promover a internalização Constituir previamente à implantação dos empreendimentos ou
de suas cadeias produtivas, a partir do fornecimento aos aglomerações , os marcos institucionais legais pertinentes
canteiros de obras com provedores regionais ou que venham atribuindo regras estáveis e isonômicas que regulem as suas
a ali se instalar; considerar este o condicionamento prioritário atividades, como uma segurança, conforto e sustentabilidade
de qualquer processo de compensação entre empreendimento de todos os partícipes em tais processos
e Municipalidade

Programa PS.PA/6.1-2.10
Programa PE.PA/6.1-2.7 Converter sistemática e com rigor, como princípio geral, todas
Associar mandatoriamente, todo grande empreendimento e as iniciativas de responsabilidade social dos grandes empre-
aglomeração produtiva a uma base conhecimento regional no endimentos e aglomerações produtivas em novos empreendi-
sentido de assegurar sua vinculação persistente, seja na con- mentos e na formação dos intangíveis em atenção à prioridade
dição de depositária ou de desenvolvimento e inovação, além
dos planos municipais e regionais que regem tais matérias
da formação tradicional

Programa PS.PA/6.1-2.8
Constituir, nos ambientes de governança das Municipalidade e
o Regional, as salas dedicadas aos investidores e empreen-
dedores, dotadas de tudo o que se faz necessário e dos pro-
cedimentos operacionais e em rede indispensáveis à tomada
de decisão em condições altamente competitivas e expeditas

368 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma PA/7
Qualificação e Modernização da Gestão Pública

Objetivo MP.PA/7.2
Modernização da Gestão Pública
Objetivo MP.PA/7.1 Metas:
Qualificação da Gestão Pública • Informatização completa dos serviços públicos municipais
Metas: com disponibilização de atendimento via Internet, instru-
• Requalificação dos quadros de pessoal efetivos em 5 mentalização completa de gestão pública com sistemas
anos, reduzindo o total de dispêndios com pessoal a 40% de apoio a decisão em rede, georreferenciamento de
da despesa total até 2015, a 35% até 2020, e a 32% até toda a cartografia e sistemas municipais em 5 anos
2025 • Planejamento municipal integrado, planos de receitas e
• Gestão municipal por resultados em 3 anos, máximos, planos de despesas, priorização decenal mínima de
disponibilidade de indicadores de desempenho regular- empreendimentos pelo retorno ou benefício para a socie-
mente exposta no portal municipal em 12 meses dade, priorização máxima para a educação, empreende-
dorismo e inovação e cultura do desenvolvimento
implantados em 12 meses e aplicáveis por 33 anos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 369


Objetivos MP.PA/7.1 e MP.PA/7.2
Qualificação e Modernização da Gestão Pública

Programa PM.PA/7.1-2.1 Programa PM.PA/7.1-2.4


Determinar quadros mínimos de pessoal, exclusivamente Implantar organizações pouco ou não estruturadas, indivi-
efetivos, em função de processos e instrumentos de gestão dualizadas e ajustadas a processos evolutivos e demandas
avançados especificamente indicados para a gestão pública externas com diferenciação, com equipes de alto desempe-
em ambientes de mudanças contínuas nho e grupos de projetos

Programa PM.PA/7.1-2.2 Programa PM.PA/7.1-2.5


Promover a profissionalização intensiva centrada em quadros Manter o marco institucional legal atualizado, com alto rigor
permanentes, com qualificação e aprendizado continuado técnico e alta flexibilidade operacional
como atributos de apreciação de planos de carreira

Programa PE.PA/7.1-2.6
Implantar o empreendedorismo e cidadania como disciplina
Programa PM.PA/7.1-2.3
regular da educação pública municipal
Valorizar a qualificação das pessoas, profissionais do serviço
público, com a compressão de sua quantidade e do dispêndio
específico correspondente
Programa PM.PA/7.1-2.7
Informatizar e instrumentalizar os serviços públicos municipais

370 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivos MP.PA/7.1 e MP.PA/7.2
Qualificação e Modernização da Gestão Pública

Programa PM.PA/7.1-2.8
Constituir sistema de planejamento e desenvolvimento munici- Programa PM.PA/7.1-2.11
pal com, pelo menos, um plano de desenvolvimento de longo Assumir a gestão por resultados com acompanhamento do
prazo, direcionando o conjunto de ações públicas em todas as desempenho e sua divulgação sistemática para os ambientes
suas áreas de atuação, priorizando o desenvolvimento dos externos e população
capitais intangíveis de sua população e a integração e partici-
pação regional como parte de sua estratégia de desenvolvi-
mento do território
Programa PM.PA/7.1-2.12
Realizar programa e acompanhamento especial do desempe-
nho municipal em relação ao mercado e aos públicos alvo,
Programa PM.PA/7.1-2.9 no que se refere à qualidade dos serviços públicos da educa-
Adotar a integração e operação em rede para os públicos e ção, prioritários, e da saúde, imediatamente a seguir, e da
relações externas urbanização

Programa PM.PA/7.1-2.10 Programa PR.PA/7.1-2.13


Constituir e intensificar a atuação dos conselhos e grupos de Constituir o Fórum de Gestores Públicos do Norte-Noroeste
coordenação e decisão coletiva, como parte da estratégia de Fluminense para promover as coordenações de coordena-
mobilização e participação comunitária contínua ções de ações e experiências, padronizações e uniformidades
entre as Municipalidades

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 371


Carteira de Projetos Iniciais: Político Administrativo
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.PA/1
EE1
Políticas Públicas Municipais e Regionais
Objetivos PA/1.1 e PA/1.2 e PA/1.3
• Político-Administrativo Geral
• Constituição da Comunidade Econômica Norte - Noroeste Fluminense
• Sistema de Informação Regional Multiníveis , Multiacesso, em Rede
Administrar os tempos e sincronicidades em consonância com as demandas provenientes da
PS.PA/1.1-2-3.1 implantação dos empreendimentos, utilizando de soluções não convencionais para promover o ES1
ajustamento e a compensação dos defasamentos que existem e existirão
PE.PA/1.1-2-3.2 Promover a formação e constituir a governança regional e seus instrumentos de gestão EE1
Negociar com os grandes grupos investidores para a internalização das cadeias produtivas,
PE.PA/1.1-2-3.3 EE1
particularmente, o conhecimento, tecnologia e inovação, e a substituição de importações
Programar a implantação gradual, a partir de agora, das plataformas de inteligência e gestão
PS.PA/1.1-2-3.4 avançada regionais, distribuídas no território, voltadas para apoiar e suportar as suas aglomera- ES1
ções produtivas e a formação de sua população
As políticas públicas devem se pautar pela adoção de códigos de ética, contratos de gestão,
possibilidades de adoção de estratégias de choque para mudanças estruturais de maior profun-
PR.PA/1.1-2-3.5 GR1
didade e extensão, dando cobertura para a introdução de processos de transformação ou inicia-
tivas similares sempre que necessários
Negociar com priorização, com os governos estadual e federal, os investimentos regionais de
PE.PA/1.1-2-3.6 EE1
infraestrutura e serviços
Constituir o marco institucional legal regional para as regulações e regulamentações dos assun-
PE.PA/1.1-2-3.7 tos de interesse comum e que permeiam todos os municípios e afetam à Região Norte-Noroeste EE2
integrada e sua população
A cultura do desenvolvimento deve ser cultivada, disseminada e propalada, realimentada e valo-
PE.PA/1.1-2-3.8 rizada, como o melhor patrimônio da Região e dos municípios que a constituem, o símbolo de EE1
sua identidade

372 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Formalizar a constituição da atuação integrada com um pacto de co-operação entre as Regiões
PE.PA/1.1-2-3.9 EE1
seguido pela constituição da Comunidade Econômica Norte-Noroeste Fluminense
As políticas fiscais e tributárias devem substituir incentivos temporários e eventuais por incenti-
vos não financeiros associados a resultados e benefícios mensuráveis para a sociedade, legis-
PE.PA/1.1-2-3.10 lação de cessões e equivalentes, valorização da responsabilidade social inserida no território de EE1
caráter persistente, ou seja, conduzindo esta questão para uma abordagem sistêmica, econômi-
ca e de sustentabilidade e prevenindo o imediatismo, a evasão ou renúncia ou guerra fiscal
Macroprograma MP.PA/2
EE1
Integração e Governança, Regionalização Político-administrativa
Objetivos PA/2.1 e PA/2.2
• Governança Regional
• Regionalização Político-administrativa
Constituir uma instituição, comunidade, comitê ou instituto, que deve aglutinar as Municipalida-
des, representações dos poderes legislativo e judiciário, as associações de classe regionais, as
empresas e instituições de educação e pesquisa, os sindicatos, as associações comunitárias, as
PS.PA/2.1-2.1 fundações e organizações não governamentais, os clubes e entidades sociais, entre outros ES1
segmentos e estratos da sociedade. Qualquer que seja a forma de sua organização, ela deve
possuir pelo menos uma assembléia, uma direção, um conselho técnico-consultivo e um conse-
lho fiscal

Constituir e operar aglomerações produtivas, qualquer que seja a sua denominação, representa
PE.PA/2.1-2.2 EE1
um facilitador e elemento de convergência notável, baixo custo e de alta efetividade

Construir a estrutura de capital e investimento regional com fundos próprios e de terceiros, a


PS.PA/2.1-2.3 partir da capitalização dos “royalties” do petróleo, preferencialmente, com a participação pública ES1
e privada, para constituir a decisão de investimento regional.

Estruturar e operar em redes regionais integradas com redes exógenas, em parcerias e alian-
PS.PA/2.1-2.4 ES1
ças, com bases de informação universitárias regionais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 373


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Constituir uma fundação ou oscip, associada a uma rede cultural regional integrando todos os
municípios, voltada à preservação dos valores, patrimônios, símbolos, produção cultural, etc.
PS.PA/2.1-2.5 ES1
respondendo pela formação e alimentação permanente da cultura regional do desenvolvimento,
a ser mantida por uma parcela de recursos dos fundos regionais e contribuições regionais
Implementar um programa permanente regional de empreendedorismo, cobrindo todas as faixas
etárias desde a educação fundamental aos profissionais com senioridade. No caso da educação
PE.PA/2.1-2.6 EE1
institucional deve ser criada e implantada uma disciplina de empreendedorismo e cidadania na
educação municipal fundamental e no ensino médio e profissionalizante
Transformar em lei estadual o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste que
PS.PA/2.1-2.7 investido como um instituto legal regule o processo de desenvolvimento no horizonte de sua ES1
aplicabilidade e validade incluindo as disposições quanto à sua instrumentalização
Constituir as plataformas regionais de conhecimento, tecnologia e inovação e da rede regional
de tecnologia e conhecimento, NORTEC, com toda uma estrutura múltipla voltada para as ope-
PE.PA/2.1-2.8 EE1
rações de produção, desenvolvimento, guarda e preservação, multiplicação, formação e qualifi-
cação, nacionalização, entre outras
Constituir a rede social regional em articulação com uma rede de mobilização comunitária em
todo o território, suportado por um sistema de comunicação regional com televisões educativas,
PE.PA/2.1-2.9 televisões e rádios comunitárias, jornais e periódicos regulares incluindo um boletim mensal EE2
sobre o desenvolvimento regional a ser distribuído gratuitamente para toda a população em
suas residências
Organizar um núcleo de regulação e regulamentação regional, a partir da elaboração inicial, de
marcos institucionais-legais regionais que disciplinem e equalizem (uniformizem) as meta orien-
PS.PA/2.1-2.10 ES2
tações de interesse geral a todos os municípios, ao desenvolvimento da economia e à socieda-
de Norte-Noroeste
Macroprograma MP.PA/3
EE1
Planejamento Regional e Local (Municipal)
Objetivos PA/3.1 e PA/3.2
• Planejamento Regional
• Planejamento Municipal Associado ao Regional

374 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Organizar o acompanhamento da implementação do Plano de Desenvolvimento das Regiões Norte-
PS.PA/3.1-2.1 ES2
Noroeste Fluminense nos trabalhos regulares da governança regional, a partir de 2011 até 2040
Assistir os processos de atualização ou desenvolvimento dos planos municipais de desenvolvi-
PS.PA/3.1-2.2 mento, estimulando, orientando e promovendo a sua integração com o Plano Regional e os Ce- ES3
nários Prospectivos
Exercitar o planejar integrado entre a Região e seus municípios, de maneira que o desenvolvi-
mento regional passe a constituir auto-regulação que se incorpora como parte integrante da
cultura de desenvolvimento. Esta auto-regulação propiciará a visibilidade do que se passa no
PE.PA/3.1-2.3 sistema e o desempenho do processo pelos monitoramentos recíprocos que produzem reali- EE1
mentações múltiplas que aumentam as chances de um número majoritário de comportamentos
em correspondência aos compromissos assumidos tanto no ambiente das governanças das
Municipalidades, quanto na governança regional e vice versa
Macroprograma MP.PA/4
ES1
Sistema Regional de Poupança e “Funding” para Investimentos
Objetivos PA/4.1 e PA/4.2
• Fundo Regional de Desenvolvimento Sustentável, FUNOR
• Constituição do Centro Financeiro e de Negócios na Rede de Serviços e Comércio do Norte-Noroeste Fluminense
Constituir os fundos regionais, em complementação à disseminação dos fundos municipais,
todos eles na modalidade investimento, com regulações próprias e conselhos gestores ativos,
PS.PA/4.1-2.1 ES1
fiscalizados por organismos independentes, operando em uma rede regional e observando as
orientações de distributividade territorial estrategicamente estabelecidas
Disseminar os fundos municipais como parte integrante dos processos de investimentos públi-
PS.PA/4.1-2.2 cos municipais a serem utilizados na indução e fomento de investimentos produtivos nos muni- ES2
cípios segundo decisão integrada regional e municipal ou vice versa
Constituir a rede de cidades pólo de negócios da Região para abrigar as empresas e instituições
de comércio e logística (transportadores, armadores, distribuidores, despachantes alfandegários,
PE.PA/4.1-2.3 etc.), financeiras, seguradoras e instituições de capital de risco, agentes de mercado e de bolsas EE1
de mercadorias e futuros, provedores de tecnologias e conhecimentos, prestadores de serviços
especializados, inclusive internacionais, empresas de conhecimento, entre outras

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 375


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.PA/5
ES2
Sistema de Monitoramento e Gestão da Implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos PA/5.1 e PA/5.2
• Sistema de Acompanhamento e Desempenho do Plano (desenvolvimento da Região) e da Governança Regional
• Gestão da Implementação das Carteiras do Plano de Desenvolvimento Sustentável
Construir e manter atualizado regularmente um portal de acompanhamento e monitoramento
PS.PA/5.1-2.1 do Plano de Desenvolvimento Sustentável, com capacidade de interação e interlocução com a ES2
sociedade
Transformar o sistema de monitoramento num instrumento de gestão da implementação medi-
PS.PA/5.1-2.2 ante incorporação de avaliações de resultados e apreciações e consultas pela população e par- ES3
ceiros da Região Norte-Noroeste Fluminense
Macroprograma MP.PA/6
EE1
Preparação dos Municípios para os Grandes Empreendimentos e Aglomerações Produtivas
Objetivos PA/6.1 e PA/6.2
• Grandes Empreendimentos
• Arranjos e Aglomerações Produtivas
Planejar os canteiros de obra para os mínimos impactos regionais, absorção máxima da mão de
PE.PA/6.1-2.1 obra regional, reaproveitamento sempre que possível das edificações e obras de urbanização, EE1
lazer, etc, internalização do capital circulante, priorização de fornecedores regionais, entre outras
Promover a profissionalização intensiva e acelerada de pessoas para usufruírem dos grandes
PE.PA/6.1-2.2 empreendimentos desde o seu canteiro de obra à sua operação em regime permanente, particu- EE1
larmente usando de mecanismos não convencionais e de amplo processo de parcerias
Reestruturar os espaços urbanos, seus mobiliários, saneamento ambiental, infra-estrutura, etc.
aproveitando os grandes empreendimentos e aglomerações produtivas como uma oportunidade
PM.PA/6.1-2.3 GM1
para o replanejamento urbano integrado que atenda ao que está sendo adicionado e a deman-
das existentes, ainda não atendidas

376 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Atribuir um tratamento especial aos aspectos da regulação dos fluxos e da logística tanto em
PE.PA/6.1-2.4 termos de sua solução como em termos dos negócios que representa, nos níveis municipal, EE1
microrregional e regional
Capitalizar os grandes empreendimentos e/ou aglomerações produtivas para alavancar o de-
PR.PA/6.1-2.5 senvolvimento municipal e regional, para constituir a rede social participativa da população GR1
(ões), e o desenvolvimento do sistema financeiro local / regional
Utilizar as implantações de grandes empreendimentos e aglomerações produtivas para promo-
ver a internalização de suas cadeias produtivas, a partir do fornecimento aos canteiros de obras
PE.PA/6.1-2.6 EE1
com provedores regionais ou que venham a ali se instalar; considerar este o condicionamento
prioritário de qualquer processo de compensação entre empreendimento e Municipalidade
Associar mandatoriamente, todo grande empreendimento e aglomeração produtiva a uma base
PE.PA/6.1-2.7 conhecimento regional no sentido de assegurar sua vinculação persistente, seja na condição de EE1
depositária ou de desenvolvimento e inovação, além da formação tradicional
Constituir, nos ambientes de governança das Municipailidade e o Regional, as salas dedicadas
aos investidores e empreendedores, dotadas de tudo o que se faz necessário e dos procedi-
PS.PA/6.1-2.8 ES3
mentos operacionais e em rede indispensáveis à tomada de decisão em condições altamente
competitivas e expeditas
Constituir previamente à implantação dos empreendimentos ou aglomerações , os marcos insti-
PS.PA/6.1-2.9 tucionais legais pertinentes atribuindo regras estáveis e isonômicas que regulem as suas atividades, ES1
como uma segurança, conforto e sustentabilidade de todos os partícipes em tais processos
Converter sistemática e com rigor, como princípio geral, todas as iniciativas de responsabilidade
social dos grandes empreendimentos e aglomerações produtivas em novos empreendimentos e
PS.PA/6.1-2.10 ES3
na formação dos intangíveis em atenção à prioridade dos planos municipais e regionais que
regem tais matérias
Macroprograma MP.PA/7
GM1
Qualificação e Modernização da Gestão Pública
Objetivos PA/7.1 e PA/7.2
Qualificação e Modernização da Gestão Pública

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 377


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Determinar quadros mínimos de pessoal, exclusivamente efetivos, em função de processos e
PM.PA/7.1-2.1 instrumentos de gestão avançados especificamente indicados para a gestão pública em ambien- GM1
tes de mudanças contínuas
Promover a profissionalização intensiva centrada em quadros permanentes, com qualificação e
PM.PA/7.1-2.2 GM1
aprendizado continuado como atributos de apreciação de planos de carreira
Valorizar a qualificação das pessoas, profissionais do serviço público, com a compressão de sua
PM.PA/7.1-2.3 GM2
quantidade e do dispêndio específico correspondente
Implantar organizações pouco ou não estruturadas, individualizadas e ajustadas a processos evo-
PM.PA/7.1-2.4 lutivos e demandas externas com diferenciação, com equipes de alto desempenho e grupos de GM2
projetos
PM.PA/7.1-2.5 Manter o marco institucional legal atualizado, com alto rigor técnico e alta flexibilidade operacional GM1
PE.PA/7.1-2.6 Implantar o empreendedorismo e cidadania como disciplina regular da educação pública municipal EE1
PM.PA/7.1-2.7 Informatizar e instrumentalizar os serviços públicos municipais GM1
Constituir sistema de planejamento e desenvolvimento municipal com, pelo menos, um plano de
desenvolvimento de longo prazo, direcionando o conjunto de ações públicas em todas as suas
PM.PA/7.1-2.8 GM1
áreas de atuação, priorizando o desenvolvimento dos capitais intangíveis de sua população e a
integração e participação regional como parte de sua estratégia de desenvolvimento do território
PM.PA/7.1-2.9 Adotar a integração e operação em rede para os públicos e relações externas GM1
Constituir e intensificar a atuação dos conselhos e grupos de coordenação e decisão coletiva,
PM.PA/7.1-2.10 GM2
como parte da estratégia de mobilização e participação comunitária contínua
Assumir a gestão por resultados com acompanhamento do desempenho e sua divulgação sis-
PM.PA/7.1-2.11 GM1
temática para os ambientes externos e população
Realizar programa e acompanhamento especial do desempenho municipal em relação ao mer-
PM.PA/7.1-2.12 cado e aos públicos alvo, no que se refere à qualidade dos serviços públicos da educação, prio- GM1
ritários, e da saúde, imediatamente a seguir, e da urbanização
Constituir o Fórum de Gestores Públicos do Norte-Noroeste Fluminense para promover as coordena-
PR.PA/7.1-2.13 ções de coordenações de ações e experiências, padronizações e uniformidades entre as Municipali- GR1
dades

378 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Autores:
Flávia Lafetá Ribeiro
Osvaldo Silva Leão Neto
Rogério Augusto Figueiredo Coutinho
Shandler Santos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 379


11. MÓDULO INSTITUCIONAL LEGAL
Comentário Geral
O presente estudo tem a finalidade de propor, como efetivamente propõe: 4 macroprogramas de desenvolvimento – que constituem proposi-
ções em sentido amplo; 17 objetivos para viabilizição do desenvolvimento, e 26 programas de implantação dos projetos e 39 metas de desen-
volvimento regional com mensuração de cenários a serem alcançados até 2035-2040.
São macroprogramas de desenvolvimento institucional legal:
1. Regulação para o Desenvolvimento Regional – Integração e Conectividade entre as duas Regiões;
2. Regulação Ambiental Extrativista para os Grandes Empreendimentos - Ambiente Regional;
3. Regulação de Políticas Incentivos e Subsídios, Fundos e Consórcios Intermunicipais - Mecanismos de Eficácia Plena de Integração dos
Municípios na Região;
4. Qualificação e Modernização da Gestão Pública.
Frise-se que o desenvolvimento regional está associado à constituição e aplicação de um conjunto de institutos, marcos e outros instrumentos
institucionais e legais que regulam e regulamentam as condições necessárias para viabilizar a(s) via(s) de desenvolvimento escolhida(s) por
sua sociedade, que serão implantados através dos programas propostos.
Não há como se falar em desenvolvimento regional sem que exista uma base regulatória regionalizada, verdadeiro marco legal de amplo es-
pectro que preveja, precavidamente, todas as situações de direito advindas das transformações sócio-econômicas esperadas para essas Re-
giões.
Necessário, pois, a regulação de todos os aspectos para a mínima sustentação organizacional dos entes envolvidos nesse projeto de desen-
volvimento regional, de maneira a gerenciar os problemas fazendo frente à complexidade e às incertezas, melhorar a qualidade dos serviços
aos cidadãos e procurar o desenvolvimento humano ao mesmo tempo em que o econômico.
Nesse diapasão, a partir de teorias de desenvolvimento territorial e estratégias de planejamento participativo, já aplicadas em várias regiões do
país e da América Latina, procurou-se comprometer os Agentes de Desenvolvimento Local e Regional, os Conselhos Regionais e as Organi-
zações da Sociedade Civil com conceitos e programas elaborados de forma democrática e que poderão criar um ambiente favorável ao de-
senvolvimento regional.
Registre-se que a presente proposição não possui a finalidade de esgotar o conteúdo proposto, mas tão somente apresentar um esquema
simplificado de macroprogramas, objetivos, metas e programas. O conteúdo detalhado sobre a matéria pode ser encontrado no Relatório Insti-
tucional-Legal específico.

380 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Organograma Institucional Legal

Institucional Legal

(IL)

Macroprograma IL/1 Macroprograma IL/2 Macroprograma IL/3 Macroprograma IL/4


Regulação para o desen- Regulação ambiental Regulação de políticas Qualificação e moder-
volvimento regional - inte- extrativista para os incentivos e subsídios, nização da gestão
gração e conectividade grandes empreendimen- fundos e consórcios inter- pública - integração e
tos - nível regional municipais - mecanismos conectividade
de eficácia plena de integra-
ção dos municípios

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 381


Macroprograma IL/1
Regulação para o Desenvolvimento
Regional - Integração e Conectividade

Objetivo MP.IL/1.1
Estruturação dos marcos legais regionais e municipais direcionados à regulação e regulamentação integrada
regional / municipal
Metas:
• Marcos de regulação mínimos regionais numa perspectiva de integração das Regiões, com um nível lógico meta-
municipal se detendo nos interesses de modo comum (prazo de 24 meses).
• Planos diretores de desenvolvimento sustentável municipais integrados aos marcos regionais que se distinguem
pelo alinhamento e observância das orientações e diretrizes constantes e que viabilizem o plano de desenvolvimen-
to sustentável regional Norte-Noroeste, em 36 meses.
• Governança regional a partir de um pacto intermunicipal, estadual e empresariado/terceiro setor e da implementa-
ção de redes regionais, no menor prazo (em até 6 meses da aprovação desta proposta), com a finalidade de admi-
nistrar o interesse comum da regiões e articular a atuação integrada dos agentes de sua sociedade endógena e e-
xogenamente, em 6 meses.
• Realizar fori de debates e participação da sociedade regional, como a conferência das cidades, regular e periodica-
mente e disseminar a cultura de desenvolvimento na Região, continuamente.
• Arcabouço institucional legal dos municípios contendo código de obras, leis de uso e ocupação do solo urbano,
códigos tributários, códigos de posturas, códigos ambientais, conjugados com os planos plurianuais e LOAs, bus-
cando, uma regulação equânime e igualitária que incorpore a cultura e peculiaridades de cada ambiente municipal,
como um instituto aderente à macro regulação urbanística regional, em 48 meses.
• Organizar a estrutura de serviços da governança regional que administre a dinâmica da regulação e regulamentação
regional integrada às municipais, em 6 meses.

382 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma IL/1
Regulação para o desenvolvimento
regional - integração e conectividade

Objetivo MP.IL/1.3
Objetivo MP.IL/1.2 Regulação e regulamentação tributária e fiscal e
Regularização fundiária administrativa regional
Metas: Metas:
• Implantação de planos/programas de regularização fun- • Conversão do Plano de Desenvolvimento Sustentável
diária – parcelamentos irregulares, consolidação de fave- do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro num
las, vilas e de assentamentos precários e informais, pro- instituto legal desse Estado, imediatamente à sua apro-
priedades rurais, entre outras, em 60 meses, renováveis vação pelo Executivo.
por igual período. • Implantação de diretrizes e parâmetros tributários e fis-
• Implantação de planos e diretrizes de remoção e reas- cais para a internalização de cadeias produtivas, sem
sentamento - assentamentos precários e informais em renúncia e sem doação, em 6 meses.
áreas de risco e em faixas non aedificandi, em 120 me-
ses. • Criação de incentivos fiscais isonômicos que podem ser
• Zoneamento econômico-ecológico de todo o território re- concedidos às empresas produtivas e de negócios que
conhecido pelos municípios em atenção à proposta es- se instalarem no Norte-Noroeste Fluminense, recha-
tadual çando, assim, qualquer guerra fiscal intra região, que
passa a atuar como um bloco econômico com mercado
• Implantação de regulação regional especializada político-
distributiva, econômico-financeira, ambiental e sociocul- comum, em 10 meses.
tural em 12 meses. • Criação do mercado comum regional, em 12 meses.
• Implantação dos fundos regionais, em 6 meses.
• Regulamentação do modus de governança regional no
contexto da governança estadual, em 6 meses.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 383


Objetivo MP.IL/1.1
Estruturação dos marcos legais regionais e
municipais direcionados à regulação e regula-
mentação integrada regional / municipal

Programa PR.IL/ 1.1.1 Programa PE.IL/1.1.4


Instituir, estruturar os planos diretores regionais revisar ou atualizar Identificar e constituir projetos, empreendimentos e ações que viabili-
os planos diretores municipais de modo que possam ser adequados zem a estruturação e atração de empreendimentos e investimentos,
aos ditames dos instrumentos de políticas regionalizadas e o zonea- individualizados ou em arranjos ou cadeias, para o desenvolvimento
mento regional dos municípios como um conjunto harmônico, em que prevaleçam o
aumento e a distributividade da riqueza produzida pela exploração,
com efetividade e com impactos administrados, dos seus recursos
naturais e a criação de uma economia própria constituída sobre
os seus diferenciais e sobre as oportunidades econômico-sociais
e culturais dos mercados circundantes, assegurando que esse
Programa PS.IL/ 1.1.2 processo incorpore o conhecimento e a complexidade, gradual e
Estruturar a unidade de organização para a governança regional,
consecutivamente
incluindo o núcleo de regulação e regulamentação que lhe dê o supor-
te necessário para a sua atuação efetiva

Programa PR.IL/1.1.5
Estabelecer mecanismos de regulação regional para a elaboração dos
planos plurianuais de investimento, PPAs, das leis de diretrizes orça-
Programa PE.IL/1.1.3 mentárias anuais e dos orçamentos e programas que visem propor-
Constituir o aparato ordenador e regulador regional com relação à sua cionar a urbanização e regularização jurídicas de áreas com assenta-
atuação sobre a ordem econômica, social, cultural e ambiental, sobre mentos precários e irregulares, assim como promover a remoção e
o planejamento e ordenação territorial, bem como sobre a política de reassentamento de edificações construídas em locais tidos como non
saneamento, com vistas a que sua ação contribua para proporcionar o aedificandi, promovendo a possibilidades de acesso regular à terra e
bem estar da população e a sustentabilidade à moradia, principalmente nas cidades que atraem migrantes e
população flutuante

384 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.IL/1.2
Regularização fundiária

Programa PR.IL/1.2.1 Programa PR.IL/1.2.3


Promover o reparcelamento/titulação por cessão de direito – Avançar na reforma agrária fortalecendo a agricultura familiar
alienação (ato jurídico oneroso) ou doação (ato jurídico gratuito), orgânica e agroecológica garantindo áreas agrícolas para suas
que consubstanciam-se num contrato em que se transfere a atividades, ao mesmo tempo em que viabiliza a agricultura de
propriedade de terreno público a particular, mediante remunera- escala da cana, florestas comerciais, etc, ambas acompanha-
ção (escritura de compra e venda) ou mesmo gratuitamente das de assistência técnica, extensão rural e melhoria da qua-
(doação), destinados, por excelência, para fins específicos de lidade de vida, diminuindo o êxodo rural e incentivando a
promoção de programas habitacionais de urbanização e de diversidade de produção nas comunidades agrícolas, constitu-
regularização fundiária indo as ecovilas florestais, apoiando o associativismo

Programa PR.IL/1.2.4
Ampliar as políticas públicas para a construção de sociedades
Programa PR.IL/1.2.2 sustentáveis por meio de: manutenção do homem no campo
Promover desapropriações para fins de urbanização específica com a promoção da regularização fundiária, reestruturação
de interesse social ou reurbanização, necessárias para a conse- agrária, introdução intensiva do desenvolvimento baseado em
cução das intervenções físicas para atração de investimentos e tecnologias avançadas e limpas visando à conservação e pre-
empreendimentos, e que tenham sua necessidade respaldada servação dos biomas incluindo a criação e manutenção de
em diagnóstico e avaliação setorial e propostas físico-ambiental corredores ecológicos e privilegiando o extrativismo natural de
e jurídica específicas forma sustentável. Estes aspectos devem ser inseridos em
planos integrados, setoriais e sociais da Região Norte-Noroeste,
do Estado, e da União

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 385


Objetivo MP.IL/1.3
Regulação e regulamentação tributária e fiscal e
administrativa regional

Programa PS.IL/1.3.1
Criar mecanismos regionais, através de pactos e protocolos de
Programa PS.IL/1.3.3
intenções, que disponham acerca de incentivos fiscais isonômi-
Constituir e referendar o Comitê de Desenvolvimento Regional,
cos a serem concedidos às empresas que se instalarem no
com a adesão de todos os municípios e chancela legal do
Norte e Noroeste Fluminense, rechaçando, assim, qualquer
Estado do Rio de Janeiro, sob o regime jurídico próprio das
guerra fiscal e preterimento de local de instalação em função
OSCIP’s
exclusiva de benesses fiscais.

Programa PS.IL/1.3.2 Programa PS.IL/1.3.4


Implantar do mercado comum regional Constituir através de Consórcios intermunicipais, mecanismos de
incentivos fiscais isonômicos para atração de empreendimentos
e investimentos

386 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma IL/2
Regulação ambiental extrativista para os
grandes empreendimentos - nível regional

Objetivo MP.IL/ 2.1


Inter-relacionamento entre órgãos ambientais municipais, Objetivo MP.IL /2.3
INEA e CONAMA Identificação e delimitação de todas as APAs, APPs e
Meta: RPPNs da Região
• Aparelhar o Estado (INEA) e municípios com equipamentos Meta:
e capital humano suficientes para uma fiscalização preventi- • Confecção de plano de manejo integral de todas as unida-
va e repressiva, e ainda, para análise dos pedidos de licen- des de conservação e legislação regional de incentivo à ex-
ciamento ambiental pansão de áreas de conservação

Objetivo MP.IL/ 2.4


Programas, nas três esferas de governo, que destinem
Objetivo MP.IL/ 2.2
Zoneamento ambiental integrado – zoneamento ecoló- recursos para a redução da vulnerabilidade social dos
gico-econômico do Estado do Rio de Janeiro povos da cidade e do campo, diretamente atingidos por
Meta empreendimentos de alto impacto
Meta:
• Implementação desses instrumentos em todo o território das
Regiões Norte e Noroeste Fluminense • Previsão de dotação orçamentária própria e suficiente, e
criação de mecanismos de controle de tais programas
• Uso do zoneamento para a ativar a utilização racional do
território como nele recomendado • Constituição das Ecovilas Florestais
• Inserção das populações deslocadas no sistema produtivo
em implantação mediante regulação adequada

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 387


Macroprograma IL/2
Regulação ambiental extrativista para os
grandes empreendimentos - nível regional

Objetivo MP.IL/2.5 Objetivo MP.IL/2.7


Estruturação da vigilância em saúde ambiental Estabelecer o marco regulatório da política de
articulada ao SISNAMA como política pública meio ambiente, implementando infraestrutura de
Meta: fiscalização e proteção da saúde ambiental, inclu-
• Alcançar essa estruturação em todos os níveis de sive codificando a legislação ambiental regional
Governo Meta:
• Elaboração e implantação de 100% da legislação
específica
Objetivo MP.IL/2.6
Fortalecimento da fiscalização dos processos
produtivos e monitoramento do Estado, com a
participação ativa da sociedade organizada no
controle social, visando uma produção mais
limpa, assegurando tais atividades em legisla- Objetivo MP.IL/2.8
ção específica Implantação de uma política educacional em meio
Meta: ambiente desenvolvida de forma intersetorial, nas
• Superar as metas estabelecidas pelas normas e esferas pública e privada
planos federais de preservação ambiental, pas- Meta:
sando a se referenciar pelas metas do seu Plano • Alcançar 100% da população regional
de Desenvolvimento Sustentável regional
• Aplicação intensiva do MDL (créditos de carbono)
associado a uma regulação regional consequente Programa PE.IL/2.1....8
Articular com as instituições mencionadas a exe-
cução das ações correspondentes a cada uma
delas

388 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma IL/3
Regulação de políticas incentivos e subsídios,
fundos e consórcios intermunicipais - mecanismos
de eficácia plena de integração dos municípios

Objetivo MP.IL/3.1 Objetivo MP.IL/3.2


Articulação política e administrativa, desenvolvimentos Criação/operação de comitês e conselhos intermunicipais
em parceria e distribuição de responsabilidades ou regionais - institucionalização
Metas:
Metas: • Criar e manter operantes Comitês e Conselhos Intermunici-
• Estabelecer pacto e convênios entre todos os municípios pais ou Regionais;
que compõem a Região, assim como com representan- • Criar fundos de desenvolvimento regional e municipais com
tes da iniciativa privada e do terceiro setor; integralização por parte de todos os municípios da região utili-
zando receitas dos “royalties” e da CFEM, além de recursos
• Criar legislação organizacional e competência de todos
próprios;
os agentes integrantes desses convênios;
• Desenvolver sistema informatizado de monitoramento e avali-
• Desenvolver sistema informatizado de monitoramento e ação da gestão integrada da governança regional;
avaliação da gestão integrada regional

Objetivo MP.IL/3.3
Criação de consórcios intermunicipais, arranjos produtivos,
etc. - como forma de compartilhar a decisão, recursos e
resultados e significados, criar sinergias enfatizando os
grandes empreendimentos
Metas:
• Firmar convênios e constituir consórcios intermunicipais com
todos os demais municípios que compõem a região;
• Desenvolver regulações específicas multidisciplinares e inter-
disciplinares para cada um dos apls e cadeias produtivas regi-
onais;

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 389


Objetivo MP.IL/3.1
Articulação política e administrativa, desenvolvimentos
em parceria e distribuição de responsabilidades

Programa PR.IL/3.1.1
Descentralizar e automatizar os serviços, visando o atendimento Programa PR.IL/3.1.2
direto e imediato à população regional, com redução de custos, Adotar mecanismos que favoreçam a articulação, integração e com-
eliminação de controles superpostos e imposição de deslocamentos plementaridade entre os setores públicos dos próprios municípios e
desnecessários; da Região com o Estado e a União, com o setor privado, bem como
Aplicar mecanismos legais para promover a maior descentralização a construção de parcerias com a sociedade nos seus diferentes
possível, no âmbito do Norte –Noroeste de funções estaduais, fede- segmentos para a co-operação com organismos e mercados inter-
rais e do terceiro setor, ampliando o sistema recursivo de governan- nacionais e estrangeiros, muitas vezes regidos por regulações e
ça regional legislações próprias, estrangeiras ou do mercado internacional

390 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.IL/3.2
Criação / operação de comitês e conselhos
intermunicipais - institucionalização

Programa PR.IL/3.2.1 Programa PM.IL/3.2.3


Criar e operacionalizar os órgãos municipais e inter-municipais e Flexibilizar e eliminar formalidades e procedimentos que retardem ou
regionais de aconselhamento e colegiado, como instância recursivas dificultem o acesso e a obtenção da prestação pública de serviços ou
de governança, de tomada de decisões e deliberações normativas que agilize sua execução, especialmente na viabilização de investi-
mentos produtivos

Programa PR.IL/3.2.2
Adotar critérios de eficiência, racionalidade e agilidade na prestação
de serviços públicos regionais, de modo a garantir aos seus usuá-
rios uma prestação de boa qualidade ao menor custo em tempo
mínimo de resposta

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 391


Objetivo MP.IL/3.3
Criação de consórcios intermunicipais, arranjos produtivos,
etc. - como forma de compartilhar a decisão, recursos e
resultados e significados, criar sinergias enfatizando os
grandes empreendimentos

Programa PS.IL/3.3.1
Constituir regulação regional para a formação de aglomerações
produtivas regionais e municipais sob a forma de arranjos produ-
tivos locais e regionais, pólos, clusters de cadeias produtivas,
parques e vilas de empresas de base tecnológica, cultural, co-
mercial e industrial, aeródromo de indústria, etc...

392 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Macroprograma IL/4
Qualificação e modernização da gestão pública -
integração e conectividade

Objetivo MP.IL/4.1
Articulação política e administrativa, desenvolvimen- Objetivo MP.IL/4.3
tos em parceria e distribuição de responsabilidades Requalificação regional das municipalidades para o
Metas: desenvolvimento sustentável
• Estabelecer convênios com todos os demais municí- Metas:
pios que compõem a Região; • Desenvolver sistema informatizado de monitora-
• Desenvolver sistema informatizado de monitoramen- mento e avaliação da gestão integrada
to e avaliação da gestão integrada • Certificação dos órgãos de fiscalização estadual e
nacional, com certificação negativa para assunção
de créditos e financiamentos
• Constituir selos regionais para qualificar e promover
o reconhecimento da qualidade, da inovação ou da
Objetivo MP.IL/4.2 responsabilidade social, ou rastreabilidade, entre
Atuação coordenada e integrada em áreas de atuação outras regional, em 12 meses
e serviços, fixação de metas, dos processos de deci-
são e de legitimação
Metas:
• Estabelecer convênios com todos os demais municí-
pios que compõem a Região;
• Desenvolver sistema informatizado de monitoramento
e avaliação da gestão integrada

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 393


Objetivo MP.IL/4.1
Articulação política e administrativa, desenvolvimen-
to em parceria e distribuição de responsabilidades

Programa PM.IL/4.1.3
Re-organizar ou reestruturar os seus quadros efetivos de pessoal criando
Programa PM.IL/4.1.1 grupos de competência, dotados de qualidade e excelência, bem remune-
Remodelar os critérios de orçamentação habitualmente utilizados, basea- rados, assistidos por marco legal que incentive resultados e mérito, bastan-
dos em metodologias na modalidade “balance and bound”, por critérios te reduzido desde que apoiado por uma extensa e intensa instrumentaliza-
de eficácia associados aos resultados e constituição de significados priori- ção e informatização dos serviços públicos e das facilidades e condições
tários, com consultas à comunidade sempre que possível e um grupo de acesso para a população. Programas de re-qualificação e atualização,
gestor propiciando uma revisão no sentido de torná-la um instrumento especialização e desenvolvimento devem se tornar parte regular da rotina
efetivo da gestão financeira nos dois níveis propostos o da municipalidade do pessoal, o que deve ser obtido numa atuação conjunta regional que
e de cada uma de suas áreas, e o do seu alinhamento com empreendi- além de viabilizar e homogeneizar conhecimentos, ainda contribuem para
mentos orientados regionais estreitar o sistema de relações inter-pessoais

Programa PE.IL /4.1.4


Programa PS.IL/4.1.2 Identificar e constituir projetos, empreendimentos e ações que viabilizem
Estruturar e atuar as municipalidades e a Região para planejar, ordenar, a estruturação e atração de empreendimentos e investimentos, individu-
regular e induzir os processos de desenvolvimento econômico-social alizados ou em arranjos ou cadeias, para o desenvolvimento dos muni-
do município e da região, de forma integrada e simultânea, de modo pró- cípios como um conjunto harmônico, em que prevaleçam o aumento e a
ativo e orientado para as vantagens de seus diferenciais, para as oportu- distributividade da riqueza produzida pela exploração, com efetividade e
nidades e para as escolhas de sua população, mobilizando e fazendo com impactos administrados, dos seus recursos naturais e a criação de
dessa sociedade um parceiro ativo a quem caberá conduzir a maioria dos uma economia própria constituída sobre os seus diferenciais e sobre as
empreendimentos, sejam eles projetos ou programas oportunidades econômico-sociais e culturais dos mercados circundan-
tes, assegurando que esse processo incorpore o conhecimento e a
complexidade, gradual e consecutivamente

394 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Objetivo MP.IL/4.2
Atuação coordenada e integrada em áreas
de atuação e serviços, fixação de metas, dos
processos de decisão e de legitimação

Programa PM.IL/4.2.3
Constituir a regulação de uma nova estrutura de investimentos, com
Programa PM.IL/4.2.1 valores programados de aplicações anuais, fixados nas leis dos PDPs,
Utilizar e intensificar o uso dos mecanismos institucionais estabeleci- portanto, numa perspectiva de médio/longo prazo, assumindo-se a
dos pelo Estatuto das Cidades e constantes das legislações dos planos participação de parcelas de recursos de terceiros respeitada estraté-
diretores participativos de desenvolvimento gias de alavancagem preestabelecidas, nos quais se incluem com
. igualdade e prioridade os empreendimentos classificados para o ambi-
ente regional. Tanto parte da parcela de recursos próprios para inves-
timento, quanto parte dos recursos dos fundos de desenvolvimento
econômico-sociais dos municípios e dos fundos regionais devem ser
alocadas como as contrapartidas das captações externas, ampliando a
Programa PS.IL/4.2.2 capacidade de investimento nos primeiros anos de uma trajetória dece-
Constituir o modus de acompanhamento da carteira dos projetos nal ou de maior duração das municipalidades e da Região, visando
prioritários e complementares, com participação de empresas ou assegurar a execução das transformações programadas
instituições especializadas para execução de partes que as integram,
monitorando os comportamentos das instituições de “funding” e exe-
cutivas e contratadas destes projetos em relação aos resultados
produzidos e programados e as condições do mercado
Programa PS.IL/4.2.4
Constituir a regulação da rede de conhecimento que inclua desde as
bases de conhecimento dos municípios e regional e seus modos
de acompanhamento, até os acordos com entidades geradoras e
depositárias do conhecimento específico diferencial para alimentar e
sustentar o processo de desenvolvimento e a sua gestão

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 395


Objetivo MP.IL/4.3
Requalificação regional das municipalidades
para o desenvolvimento sustentável

Programa PM.IL/4.3.1
Programa PS.IL/4.3.3
Formar as receitas municipais e regionais, a partir de uma
Introduzir o empreendedorismo, a inovação e a criação, a
realidade média regional administrada e da exploração
prática da cidadania como parte essencial, regular e siste-
sistemática de seu potencial de crescimento o que deve
mática da educação municipal em toda a Região, com a
resultar em uma avaliação que esgote o exame das condi-
prioridade máxima na formação das novas gerações, ao
ções vigentes, de ajustes e atualizações pertinentes, de
mesmo tempo em que ela será facultada às lideranças
atualizações cadastrais, regularização fundiária e demais
executivas e comunitárias, à população em geral, na consti-
aspectos associados, da ampliação da geração própria de
tuição de uma cultura de desenvolvimento como substitui-
recursos incluindo fontes específicas associadas à gestão
ção qualificada para desenvolver o processo de Emergência
ecológica ou ambiental e cultural, dos sistemas de arreca-
dação e dos percentuais de investimento, entre outros

Programa PM.IL/4.3.2
Formar as despesas, para a qual se deve cumprir um pro-
grama absolutamente análogo aos da receita, observando os
gastos com o pessoal, legislativo e despesas correntes que
representam os maiores itens na sua composição, a aloca-
ção de gastos por áreas tanto em termos de valor quanto de
distributividade, os processos e suas otimizações

396 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Carteira de Projetos Iniciais: Institucional legal
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.IL/1
ES/GR/EE
Regulação para o Desenvolvimento Regional - Integração e Conectividade
Objetivo MP.IL/1.1
Estruturação dos marcos legais regionais e municipais direcionados à regulação e regulamentação integrada regional / municipal
Instituir, estruturar os planos diretores regionais revisar ou atualizar os planos diretores munici-
PR.IL/1.1.1 pais de modo que possam ser adequados aos ditames dos instrumentos de políticas regionali- GR1
zadas e o zoneamento regional
Estruturar a unidade de organização para a governança regional, incluindo o núcleo de regula-
PS.IL/1.1.2 ES1
ção e regulamentação que lhe dê o suporte necessário para a sua atuação efetiva
Constituir o aparato ordenador e regulador regional com relação à sua atuação sobre a ordem
econômica, social, cultural e ambiental, sobre o planejamento e ordenação territorial, bem como
PE.IL/1.1.3 EE1
sobre a política de saneamento, com vistas a que sua ação contribua para proporcionar o bem
estar da população e a sustentabilidade
Identificar e constituir projetos, empreendimentos e ações que viabilizem a estruturação e atra-
ção de empreendimentos e investimentos, individualizados ou em arranjos ou cadeias, para o
desenvolvimento dos municípios como um conjunto harmônico, em que prevaleçam o aumento e
a distributividade da riqueza produzida pela exploração, com efetividade e com impactos admi-
PE.IL/1.1.4 EE1
nistrados, dos seus recursos naturais e a criação de uma economia própria constituída sobre os
seus diferenciais e sobre as oportunidades econômico-sociais e culturais dos mercados circun-
dantes, assegurando que esse processo incorpore o conhecimento e a complexidade, gradual e
consecutivamente
Estabelecer mecanismos de participação efetiva da comunidade e de seus representantes, em
especial na elaboração dos planos plurianuais de investimento, PPAs, das leis de diretrizes or-
çamentárias anuais e dos orçamentos, criar programas que visem proporcionar a urbanização e
PR.IL/1.1.5 regularização jurídicas de áreas com assentamentos precários e irregulares, assim como pro- GR1
mover a remoção e reassentamento de edificações construídas em locais tidos como non aedifi-
candi, promovendo a possibilidades de acesso regular à terra e à moradia, principalmente nas
cidades que atraem migrantes e população flutuante

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 397


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.IL/1.2
Regularização Fundiária
Promover o reparcelamento/titulação por cessão de direito – alienação (ato jurídico oneroso) ou
doação (ato jurídico gratuito), que consubstanciam-se num contrato em que se transfere a pro-
PR.IL/1.2.1 priedade de terreno público a particular, mediante remuneração (escritura de compra e venda) GR2
ou mesmo gratuitamente (doação), destinados, por excelência, para fins específicos de promo-
ção de programas habitacionais de urbanização e de regularização fundiária
Promover desapropriações para fins de urbanização específica de interesse social ou reurbani-
zação, necessárias para a consecução das intervenções físicas para atração de investimentos e
PR.IL/1.2.2 GR2
empreendimentos, e que tenham sua necessidade respaldada em diagnóstico e avaliação seto-
rial e propostas físico-ambiental e jurídica específicas
Avançar na reforma agrária fortalecendo a agricultura familiar orgânica e agroecológica garan-
tindo áreas agrícolas para suas atividades, ao mesmo tempo em que viabiliza a agricultura de
escala da cana, florestas comerciais, etc, ambas acompanhadas de assistência técnica, exten-
PR.IL/1.2.3 GR2
são rural e melhoria da qualidade de vida, diminuindo o êxodo rural e incentivando a diversida-
de de produção nas comunidades agrícolas, constituindo as ecovilas florestais, apoiando o as-
sociativismo
Ampliar as políticas públicas para a construção de sociedades sustentáveis por meio de: manu-
tenção do homem no campo com a promoção da regularização fundiária, reestruturação agrária,
introdução intensiva do desenvolvimento baseado em tecnologias avançadas e limpas visando à
PR.IL/1.2.4 conservação e preservação dos biomas incluindo a criação e manutenção de corredores ecoló- GR2
gicos e privilegiando o extrativismo natural de forma sustentável. Estes aspectos devem ser
inseridos em planos integrados, setoriais e sociais da Região Norte-Noroeste, do Estado, e da
União
Objetivo MP.IL/1.3
Regulação e regulamentação tributária e fiscal e administrativa regional
Criação de mecanismos regionais, através de pactos e protocolos de intenções, que disponham
acerca de incentivos fiscais isonômicos a serem concedidos às empresas que se instalarem no
PS.IL/1.3.1 ES1
Norte e Noroeste Fluminense, rechaçando, assim, qualquer guerra fiscal e preterimento de local
de instalação em função exclusiva de benesses fiscais

398 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PS.IL/1.3.2 Implantar do mercado comum regional ES1
Constituir e referendar o Comitê de Desenvolvimento Regional, com a adesão de todos os muni-
PS.IL/1.3.3 ES1
cípios e chancela legal do Estado do Rio de Janeiro, sob o regime jurídico próprio das OSCIP’s
Constituir através de Consórcios intermunicipais, mecanismos de incentivos fiscais isonômicos
PS.IL/1.3.4 ES1
para atração de empreendimentos e investimentos
Macroprograma MP.IL/2
EE
Regulação ambiental extrativista para os grandes empreendimentos - nível regional
Objetivo MP.IL/2.1
Inter-relacionamento entre órgãos ambientais municipais, INEA e CONAMA
Objetivo MP.IL/2.2
Zoneamento ambiental integrado – zoneamento ecológico-econômico do Estado do Rio de Janeiro
Objetivo MP.IL/2.3
Identificação e delimitação de todas as APAs, APPs e RPPNs da Região
Objetivo MP.IL/2.4
Programas, nas três esferas de governo, que destinem recursos para a redução da vulnerabilidade social dos povos da cidade e do campo, dire-
tamente atingidos por empreendimentos de alto impacto
Objetivo MP.IL/2.5
Estruturação da vigilância em saúde ambiental articulada ao SISNAMA como política pública
Objetivo MP.IL/2.6
Fortalecimento da fiscalização dos processos produtivos e monitoramento do Estado, com a participação ativa da sociedade organizada no con-
trole social, visando uma produção mais limpa, assegurando tais atividades em legislação específica
Objetivo MP.IL/2.7
Estabelecer o marco regulatório da política de meio ambiente, implementandoa infraestrutura de fiscalização e proteção da saúde ambiental, in-
clusive codificando a legislação ambiental regional

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 399


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.IL/2.8
Implantação de uma política educacional em meio ambiente desenvolvida de forma intersetorial, nas esferas pública e privada
PE.IL/2.1...8 Articular com as instituições mencionadas a execução das ações correspondentes a cada uma delas EE1
Macroprograma MP.IL/3
Regulação de políticas incentivos e subsídios, fundos e consórcios intermunicipais - mecanismos de eficácia plena GR
de integração dos municípios
Objetivo MP.IL/3.1
Articulação política e administrativa, desenvolvimentos em parceria e distribuição de responsabilidades
Descentralizar e automatizar os serviços, visando o atendimento direto e imediato à população
regional, com redução de custos, eliminação de controles superpostos e imposição de desloca-
mentos desnecessários;
PR.IL/3.1.1 GR1
Aplicar mecanismos legais para promover a maior descentralização possível, no âmbito do Norte
–Noroeste de funções estaduais, federais e do terceiro setor, ampliando o sistema recursivo de
governança regional
Adotar mecanismos que favoreçam a articulação, integração e complementaridade entre os
setores públicos dos próprios municípios e da Região com o Estado e a União, com o setor
PR.IL/3.1.2 privado, bem como a construção de parcerias com a sociedade nos seus diferentes segmentos GR1
para a co-operação com organismos e mercados internacionais e estrangeiros, muitas vezes
regidos por regulações e legislações próprias, estrangeiras ou do mercado internacional
Objetivo MP.IL/3.2
Criação / operação de comitês e conselhos intermunicipais - institucionalização
Criar e operacionalizar os órgãos municipais e inter-municipais e regionais de aconselhamento e
PR.IL/3.2.1 colegiado, como instância recursivas de governança, de tomada de decisões e deliberações GR2
normativas
Adotar critérios de eficiência, racionalidade e agilidade na prestação de serviços públicos regio-
PR.IL/3.2.2 nais, de modo a garantir aos seus usuários uma prestação de boa qualidade ao menor custo em GR2
tempo mínimo de resposta

400 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Flexibilizar e eliminar formalidades e procedimentos que retardem ou dificultem o acesso e a
PM.IL/3.2.3 obtenção da prestação pública de serviços ou que agilize sua execução, especialmente na viabi- GM2
lização de investimentos produtivos
Objetivo MP.IL/3.3
Criação de consórcios intermunicipais, arranjos produtivos, etc. - como forma de compartilhar a decisão, recursos e resultados e significados,
criar sinergias enfatizando os grandes empreendimentos
Constituir regulação regional para a formação de aglomerações produtivas regionais e munici-
pais sob a forma de arranjos produtivos locais e regionais, pólos, clusters de cadeias produtivas,
PS.IL/3.3.1 ES1
parques e vilas de empresas de base tecnológica, cultural, comercial e industrial, aeródromo de
indústria, etc...
Macroprograma MP.IL/4
GM/ES/EE
Qualificação e modernização da gestão pública - integração e conectividade
Objetivo MP.IL/4.1
Articulação política e administrativa, desenvolvimentos em parceria e distribuição de responsabilidades
Remodelar os critérios de orçamentação habitualmente utilizados, baseados em metodologias
na modalidade “balance and bound”, por critérios de eficácia associados aos resultados e consti-
tuição de significados prioritários, com consultas à comunidade sempre que possível e um grupo
PM.IL/4.1.1 gestor propiciando uma revisão no sentido de torná-la um instrumento efetivo da gestão financei- GM1
ra nos dois níveis propostos o da municipalidade e de cada uma de suas áreas, e o do seu ali-
nhamento com empreendimentos orientados regionais

Estruturar e atuar as municipalidades e a Região para planejar, ordenar, regular e induzir os


processos de desenvolvimento econômico-social do município e da região, de forma integrada e
simultânea, de modo pró-ativo e orientado para as vantagens de seus diferenciais, para as opor-
PS.IL/4.1.2 ES1
tunidades e para as escolhas de sua população, mobilizando e fazendo dessa sociedade um
parceiro ativo a quem caberá conduzir a maioria dos empreendimentos, sejam eles projetos ou
programas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 401


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade

Re-organizar ou reestruturar os seus quadros efetivos de pessoal criando grupos de competên-


cia, dotados de qualidade e excelência, bem remunerados, assistidos por marco legal que in-
centive resultados e mérito, bastante reduzido desde que apoiado por uma extensa e intensa
PM.IL/4.1.3 instrumentalização e informatização dos serviços públicos e das facilidades e condições de a-
cesso para a população. Programas de re-qualificação e atualização, especialização e desen- GM1
volvimento devem se tornar parte regular da rotina do pessoal, o que deve ser obtido numa atu-
ação conjunta regional que além de viabilizar e homogeneizar conhecimentos, ainda contribuem
para estreitar o sistema de relações inter-pessoais

Identificar e constituir projetos, empreendimentos e ações que viabilizem a estruturação e atra-


ção de empreendimentos e investimentos, individualizados ou em arranjos ou cadeias, para o
desenvolvimento dos municípios como um conjunto harmônico, em que prevaleçam o aumento
e a distributividade da riqueza produzida pela exploração, com efetividade e com impactos
PE.IL/4.1.4 administrados, dos seus recursos naturais e a criação de uma economia própria constituída EE1
sobre os seus diferenciais e sobre as oportunidades econômico-sociais e culturais dos merca-
dos circundantes, assegurando que esse processo incorpore o conhecimento e a complexida-
de, gradual e consecutivamente

Objetivo MP.IL/4.2
Atuação coordenada e integrada em áreas de atuação e serviços, fixação de metas, dos processos de decisão e de legitimação
Utilizar e intensificar o uso dos mecanismos institucionais estabelecidos pelo Estatuto das Cida-
PM.IL/4.2.1 des e constantes das legislações dos planos diretores participativos de desenvolvimento GM2

Constituir o modus de acompanhamento da carteira dos projetos prioritários e complementares,


com participação de empresas ou instituições especializadas para execução de partes que as
PS.IL/4.2.2 integram, monitorando os comportamentos das instituições de “funding” e executivas e contrata- ES3
das destes projetos em relação aos resultados produzidos e programados e as condições do
mercado

402 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Constituir a regulação de uma nova estrutura de investimentos, com valores programados de
aplicações anuais, fixados nas leis dos PDPs, portanto, numa perspectiva de médio/longo prazo,
assumindo-se a participação de parcelas de recursos de terceiros respeitados os programas de
alavancagem preestabelecidos, nos quais se incluem com igualdade e prioridade os empreen-
dimentos classificados para o ambiente regional. Tanto parte da parcela de recursos próprios
PM.IL/4.2.3 GM1
para investimento, quanto parte dos recursos dos fundos de desenvolvimento econômico-sociais
dos municípios e dos fundos regionais devem ser alocadas como as contrapartidas das capta-
ções externas, ampliando a capacidade de investimento nos primeiros anos de uma trajetória
decenal ou de maior duração das municipalidades e da Região, visando assegurar a execução
das transformações programadas
Constituir a regulação da rede de conhecimento que inclua desde as bases de conhecimento
dos municípios e regional e seus modos de acompanhamento, até os acordos com entidades
PS.IL/4.2.4 ES2
geradoras e depositárias do conhecimento específico diferencial para alimentar e sustentar o
processo de desenvolvimento e a sua gestão
Objetivo MP.IL/4.3
Requalificação regional das municipalidades para o desenvolvimento sustentável
Formar as receitas municipais e regionais, a partir de uma realidade média regional administrada
e da exploração sistemática de seu potencial de crescimento o que deve resultar em uma avali-
ação que esgote o exame das condições vigentes, de ajustes e atualizações pertinentes, de
PM.IL/4.3.1 GM1
atualizações cadastrais, regularização fundiária e demais aspectos associados, da ampliação da
geração própria de recursos incluindo fontes específicas associadas à gestão ecológica ou am-
biental e cultural, dos sistemas de arrecadação e dos percentuais de investimento, entre outros
Formar as despesas, para a qual se deve cumprir um programa absolutamente análogo aos da
receita, observando os gastos com o pessoal, legislativo e despesas correntes que representam
PM.IL/4.3.2 GM1
os maiores itens na sua composição, a alocação de gastos por áreas tanto em termos de valor
quanto de distributividade, os processos e suas otimizações
Introduzir o empreendedorismo, a inovação e a criação, a prática da cidadania como parte es-
sencial, regular e sistemática da educação municipal em toda a Região, com a prioridade máxi-
PS.IL/4.3.3 ma na formação das novas gerações, ao mesmo tempo em que ela será facultada às lideranças ES1
executivas e comunitárias, à população em geral, na constituição de uma cultura de desenvolvi-
mento como substituição qualificada para desenvolver o processo de Emergência

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 403


12. DIGRESSÃO FINAL
A apresentação do Programa de Desenvolvimento Sustentável evidencia a sua abrangência e a busca incessante das melhores alternativas e
soluções diferenciadas em consonância com uma Estratégia Integrada, com os Cenários Prospectivos e, particularmente o denominado Emer-
gência, opção escolhida pela sociedade do Norte-Noroeste Fluminense.
Este Programa, como sói acontecer, é dinâmico razão pela qual se justifica ainda mais, o modo de governança regional, que assume a sua
condução em articulação com os poderes constituídos, as classes estruturadas e a população. Na sua condição de Regional, ele contempla a
mais ampla gama de programas que procuram responder às mais variadas demandas e/ou objetivos dos espaços que constituem o território
Norte-Noroeste, com sua diversidade espacial geográfica e natural, à qual se superpõe uma rica unidade cultural.
É sobre esta cultura, direcionando-a para o desenvolvimento, que torna-se viável pensar e propor o administrar políticas distributivas de opor-
tunidades, equacionar os conflitos decorrentes de enclaves melhor posicionados no presente, de arranjos nos grandes empreendimentos ou
em áreas relativamente dispersas em implantação ou previstos, e locais menos providos ou mais distantes que somente podem fazer parte de.
Tarefa de alta complexidade e desafiante exige, sobretudo que se gerencie a equanimidade para que não se perca o sentimento de esperança
que um Plano de Desenvolvimento Sustentável deve ser portador, visto que é considerado como o último recurso, ou a última oportunidade.
A condição ímpar de se dispor de uma programação extraordinária de investimentos, caso do Norte e Noroeste Fluminense, deve ser usada
intensivamente para contratar-se o processo de desenvolvimento futuro que diz respeito a prazos mais longos, requerendo uma compreensão
estendida pelas comunidades e populações, o que traduz um esforço notável de preservação de equilíbrios, em um processo em que ele so-
mente se manifesta no seu último estágio.
Para nutrir a população regional e considerando-se, que mesmo com dezenas de programas podendo ser realizados em paralelo, a execução
plena só é exequível a longo prazo, deste Programa deve emergir uma Carteira de Projetos prioritários, um núcleo estruturante, que na sua
centralidade deve ser portadora de resultados, significados e visibilidades, que traga respostas que sejam percebidas pelas pessoas e comu-
nidades e que desenvolva a disseminação da cultura do desenvolvimento como o alimento mais efetivo da sustentabilidade do processo de
desenvolvimento do Norte-Noroeste Fluminense integrado. Esta Carteira de Projetos terá uma contrapartida, a dos projetos complementares
que a secunda e se realiza nas oportunidades ou em trajetórias periféricas paralelas, devendo, se possível, possuir uma única gestão, integra-
dora, que sabendo o que se passa promoverá o uso das sinergias e economias de escala e escopo que naturalmente emergem, em benefício
da constituição de maiores e melhores resultados para a população e para o desenvolvimento da socioeconomia do Norte-Noroeste na imple-
mentação deste seu Programa de Desenvolvimento Regional em longo prazo.

404 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


ANEXO

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 405


ANEXO I – CARTEIRA DE PROJETOS
Carteira de Projetos Iniciais: Histórico-Etnográfico
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.HE/1 –
EE
A Cultura do Desenvolvimento
Objetivo MP.HE/1.1
Estruturação do desenvolvimento dos intangíveis regionais
Disseminar o marco de valores e o reconhecimento e prática da responsabilidade social e am-
PE.HE/1.1.1 EE1
biental
Utilizar os grandes empreendimentos para multiplicar e distribuir no território os seus benefícios
PE.HE/1.1.2 EE1
e de suas cadeias produtivas e linhas de alimentação e consumo
Realizar a manutenção do desenvolvimento sustentável da cultura regional, com o acompa-
PE.HE/1.1.3 EE1
nhamento do Índice de Desenvolvimento Cultural – IDC
PE.HE/1.1.4 Adotar um sistema analítico-simbólico como marcas da Região EE1
Objetivo MP.HE/1.2
Implementação de uma cultura de governança regional
PE.HE/1.2.1 Ampliar a capacidade de cooperação através de consórcios intermunicipais EE1
PE.HE/1.2.2 Implantar e ou implementar os programas estruturantes EE1
Aumentar a complexidade endógena com governança própria imbuída de uma consciência
PE.HE/1.2.3 cultural regional do desenvolvimento e sua socioeconomia ou sistema social e econômico para EE1
um desenvolvimento
PE.HE/1.2.4 Acompanhar, regular e a gestão continuada do planejamento regional EE1
Objetivo MP.HE/1.3
Regulação adequada entre a Região Norte-Noroeste e seu entorno
Assumir e praticar, em simultaneidade, as estratégias de ampliar e reduzir a complexidade do
PE.HE/1.3.1 EE3
entorno

406 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Ampliar a variedade ou complexidade do sistema da Região Norte, através de um processo de
PE.HE/1.3.2 EE3
desenvolvimento sustentável construído sobre os seus intangíveis
Reduzir a variedade do entorno por meio do uso de redutores tais como leis e regulamenta-
PE.HE/1.3.3 ções, normas e especificações, valores, costumes, procedimentos e pautas de responsabilida- EE3
de cultural, entre outras
Macroprograma MP.HE/2-
ES
Cultura do Conhecimento da Arte e da Tecnologia
Objetivo MP.HE/2.1
Desenvolvimento regional do conhecimento e da arte
Transformar a NORTEC num instrumento de formação especializada e apoio e depositária do
PS.HE/2.1.1 ES3
conhecimento para o sistema produtivo regional
Constituir a rede regional de conhecimento e arte entre as instituições universitárias, profissio-
PS.HE/2.1.2 ES3
nalizantes, de pesquisa e desenvolvimento, empresas e municipalidades, a NORTEC
Objetivo MP.HE/2.2
Alinhamento da produção acadêmica com as necessidades regionais
Desenvolver programas de qualificação profissional da população leiga dentro das suas neces-
PS.HE/2.2.1 ES1
sidades
Desenvolver programas de integração da cultura regional com as culturas de outros parceiros
PS.HE/2.2.2 ES1
internacionais que estejam atuando na Região
Oferecer cursos e festivais regulares e permanentes em artes, tanto de formação quanto especia-
PS.HE/2.2.3 ES1
lização ad hoc, para alimentar a cultura da inovação e da criatividade na Região Norte – Noroeste
Fazer uso do transbordamento, aumentando a mobilidade tecnológica e artística nos ambientes
PS.HE/2.2.4 inter-regional e internacional, fazendo uso da alavancagem das escalas e escopos em relação ES1
à sua geografia
Habilitar as instituições acadêmicas regionais para atuar como depositárias do conhecimento e
PS.HE/2.2.5 ES1
tecnologia corporativos de empresas na Região

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 407


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.HE/2.3
Distribuição eficiente do conhecimento
Criar o sistema de informação “Alberto Lamêgo”- SIAL, onde todos os municípios serão co-
PS.HE/2.3.1 ES2
depositários de informações oficiais em todas as áreas
Promover através do SIAL e NORTEC, bienalmente, o Congresso do Desenvolvimento do Co-
PS.HE/2.3.2 ES2
nhecimento Regional, em rotatividade entre os municípios do Norte – Noroeste
Tornar uma das instituições de ensino superior da Região a mantenedora do SIAL, disponibili-
PS.HE/2.3.3 ES2
zando as informações via internet, rádios, revistas e jornais
PS.HE/2.3.4 Estreitar o relacionamento entre os produtores de conhecimento, arte e a população ES2
Macroprograma MP.HE/3-
EE
Valores Culturais Capitais Tangíveis e Intangíveis
Objetivo MP.HE/3.1
Reconhecer a inovação científica e tecnológica como valor estratégico para a cultura
Realizar projetos de inserção dos estudantes em espaços comunitários para promover o diálo-
PE.HE/3.1.1 EE3
go entre imaginário e as tradições locais com as formas de difusão tecnológica
Incentivar programas de extensão que facilitem o diálogo entre os centros de estudos, comuni-
PE.HE/3.1.2 EE3
dades artísticas e movimentos culturais
Incentivar a criação, manutenção e expansão dos laboratórios de criação de arte e arte digital
PE.HE/3.1.3 EE3
nas escolas
PE.HE/3.1.4 Incentivar a criação de rádios comunitárias, sites, jornais e revistas EE3
Objetivo MP.HE/3.2
Intensificar a Relação do Sistema Formal de Educação e a Cultura
Promover a inclusão de mestres dos saberes das culturas populares nas rotinas de educação
PE.HE/3.2.1 EE1
escolar
Estimular a participação de artistas e produtores culturais em programas educativos e de aces-
PE.HE/3.2.2 EE1
so à produção artística e cultural

408 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Fomentar a reflexão e o debate sobre questões de cidadania, pluralidade simbólica, economia
PE.HE/3.2.3 EE1
da cultura e cultura do desenvolvimento.
Preservar os aspectos históricos, arquitetônicos, artísticos, paisagísticos e simbólicos das regi-
PE.HE/3.2.4 EE1
ões estimulando a produção historiográfica local e regional
Objetivo MP.HE/3.3
Ampliar a capacidade de gestão pública e garantir a participação da sociedade civil nos processos
Fomentar programas voltados à realização de seminários, à publicação de livros e revistas e
PE.HE/3.3.1 uso da mídia, à internet e outros canais de comunicação para a produção e a difusão da críti- EE1
ca artística e cultural
PE.HE/3.3.2 Integralizar 100% do ICMS – Cultural dos municípios aos fundos municipais de cultura EE1
Garantir que todos os municípios possuam o arcabouço legal da cultura:
PE.HE/3.3.3 (Conselhos,Fundos, Fundações, Leis de incentivo, Leis de proteção,e participem de fóruns e EE1
consórcios regionais de Cultura)
PE.HE/3.3.4 Investir na formação de agentes culturais e servidores EE1
Macroprograma MP.HE/4 –
ES/GR
Binômio Cultura e Turismo
Objetivo MP.HE/4.1
Ativação dos Circuitos e/ou Caminhos Turísticos
PR.HE/4.1.1 Investir em capacitação e gestão de sistemas regionais de cooperação GR3
Habilitar um dos municípios da Região para cidade base (satélite) da Copa do Mundo 2014 e a
PR.HE/4.1.2 GR3
Região para sediar modalidade esportiva das Olimpíadas 2016
PR.HE/4.1.3 Realizar o Inventário Turístico-Cultural Municipal e Regional GR3
PR.HE/4.1.4 Investir na Infraestrutura Turística e vias de acesso GR3
PR.HE/4.1.5 Realizar o Plano Regional de Marketing GR3

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 409


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.HE/4.2
Construção de Identidade Cultural Gastronômica da Região
PS.HE/4.2.1 Realizar programas educacionais e de associativismo ES2
PS.HE/4.2.2 Classificar e profissionalizar o Sistema Gastronômico Regional ES2
PS.HE/4.2.3 Trabalhar com o alinhamento recíproco entre a gastronomia e a produção agrícola regional ES2
PS.HE/4.2.4 Concursos e festivais gastronômicos, publicações ES2
PS.HE/4.2.5 Produção de orgânicos e certificação de origem e rastreabilidade ES2
Objetivo MP.HE/4.3
A Cultura como Incremento do Turismo
Ações conjuntas, planejadas e geridas entre as áreas de turismo cultura e sociedade civil re-
PR.HE/4.3.1 GR2
presentada
PR.HE/4.3.2 Trabalhar os ícones culturais GR2
PR.HE/4.3.3 Implementar políticas de preservação dos Patrimônios Culturais GR2
PR.HE/4.3.4 Incentivar a participação da comunidade através de fóruns e conselhos culturais G2

410 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Carteira de Projetos Iniciais: Meio Ambiente Natural

Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade

Macroprograma MP.MAN/1 –
EE
Recuperação da Cobertura Vegetal
Objetivo MP.MAN/1.1
Reduzir a fragmentação florestal
Elaboração de Parcerias Público-Privadas para diminuir custos com mão-de-obra, plantio, ma-
PE.MAN/1.1.1 EE1
nutenção, mudas, etc.
PE.MAN/1.1.2 Implantar corredores ecológicos EE1
Objetivo MP.MAN/1.2
Regularização ambiental das propriedades rurais
PE.MAN/1.2.1 Pagamento por serviços ambientais EE1
PE.MAN/1.2.2 Promoção da educação ambiental nas propriedades rurais EE1
PE.MAN/1.2.3 Fortalecimento do Programa Rio Rural EE1
PE.MAN/1.2.4 Incentivo ao manejo sustentável das áreas de reserva legal EE1
Elaboração de Parcerias Público-Privadas para diminuir custos com mão-de-obra, plantio, ma-
PE.MAN/1.2.5 EE1
nutenção, mudas, etc.
Objetivo MP.MAN/1.3
Recuperação das áreas degradadas com baixa aptidão agrícola
PE.MAN/1.3.1 Mapeamento das áreas com baixa aptidão agrícola EE1
PE.MAN/1.3.2 Recuperação ambiental com vistas ao aproveitamento econômico sustentável EE1
Elaboração de Parcerias Público-Privadas para diminuir custos com mão-de-obra, plantio, ma-
PE.MAN/1.3.3 EE1
nutenção, mudas, etc.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 411


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.MAN/2-
ES/GR
Ampliação e Fortalecimento de Unidades de Conservação
Objetivo MP.MAN/2.1
Aumentar a extensão de áreas protegidas
PS.MAN/2.1.1 Estudo para definição de novas áreas prioritárias para implantação de unidades de conservação ES1
PS.MAN/2.1.2 Garantia de implantação das unidades de conservação já propostas ES1
Objetivo MP.MAN/2.2
Promover a educação ambiental em unidades de conservação
PR.MAN/2.2.1 Implantar Programa de Educação Ambiental em Unidades de Conservação GR3
Objetivo MP.MAN/2.3
Aumentar o conhecimento sobre a fauna e a flora local
Firmar convênios entre universidades e unidades de conservação estimulando a realização de
PR. MAN/2.3.1 GR1
pesquisas científicas
Objetivo MP.MAN/2.4
Incentivar a implantação de RPPN
PR. MAN/2.4.1 Implantar política de subsídios na implantação de RPPN GR1
PR. MAN/2.4.2 Fortalecer o Programa Estadual de RPPN GR1
Objetivo MP.MAN/2.5
Atrair visitantes às Unidades de Conservação
Estudo das potencialidades turísticas nas UC´s (tanto nas já existentes quanto nas que forem
PR. MAN/2.5.1 GR3
propostas)
Macroprograma MP.MAN/3
ES
Fortalecimento das entidades gestoras de recursos hídricos
Objetivo MP.MAN/3.1
Fortalecimento dos Comitês de Bacia

412 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Mobilização social para a gestão participativa, por intermédio da comunicação social, mobiliza-
PS.MAN/3.1.1 ES1
ção participativa, capacitação em gestão dos recursos hídricos, etc.
PS.MAN/3.1.2 Desenvolvimento dos instrumentos de gestão de bacia ES1
PS.MAN/3.1.3 Criação de câmaras técnicas compostas por profissionais capacitados ES1
Objetivo MP.MAN/3.2
Aumento da Arrecadação financeira dos comitês de bacia
PS.MAN/3.2.1 Atrair recursos financeiros a partir de parcerias com a iniciativa privada ES2
Objetivo MP.MAN/3.3
Fortalecer o corpo técnico das áreas de saneamento e meio ambiente das prefeituras municipais
PS.MAN/3.3.1 Contratação de profissionais de nível superior nas áreas de saneamento e meio ambiente ES1
PS.MAN/3.3.2 Capacitar os profissionais por meio de convênios com universidades e instituições consolidadas ES1
Promover cursos e palestras informando as secretarias de meio ambiente sobre oportunidades
PS.MAN/3.3.3 ES1
e procedimentos necessários para obtenção de recursos financeiros
PS.MAN/3.3.4 Implantar secretarias de meio ambiente em todos os municípios ES1
Macroprograma MP.MAN/4
GM
Recuperação dos canais da Baixada Campista
Objetivo MP.MAN/4.1
Eliminar os conflitos pelo uso da água na Baixada Campista
Realização de Parceria Público-Privada para execução das obras, manutenção e operação nos
PM.MAN/4.1.1 GM1
três subsistemas.
Objetivo MP.MAN/4.2
Reduzir a ocorrência de enchentes na Baixada Campista
Realização de Parceria Público-Privada para execução das obras, manutenção e operação nos
PM.MAN/4.2.1 GM1
três subsistemas.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 413


Carteira de Projetos Iniciais: Meio Ambiente Modificado
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.MAM/1
GR
Criação e implementação das políticas ambientais regionais
Objetivo MP.MAM/1.1
Programa de Sistema Informação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro
PR.MAM/1.1.1 Desenvolver o escopo, a estrutura e o formato do sistema GR3
Institucionalizar as redes oficiais de monitoramento e auto-monitoramento ambiental no Estado
PR.MAM/1.1.2 GR3
do Rio de Janeiro
Licitar para contratação o projeto executivo das redes de monitoramento e a conversão de da-
PR.MAM/1.1.3 GR3
dos para o novo formato da rede
PR.MAM/1.1.4 Contratar o projeto executivo das redes de monitoramento GR3
PR.MAM/1.1.5 Contratar a execução deste projeto do Sistema Informação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro GR3
Implementar o sistema de recebimento de dados ambientais das estações, até 18 meses após
PR.MAM/1.1.6 GR3
a contratação
Contratar a conversão ou transposição dos dados analógicos existentes para o formato do ban-
PR.MAM/1.1.7 GR3
co de dados do sistema, em até 12 meses, após a sua implementação
Qualificar os técnicos da Secretaria de Estado do Ambiente para utilização do sistema, imedia-
PR.MAM/1.1.8 GR3
tamente após a conversão dos dados
Objetivo MP.MAM/1.2
Implantação das redes de monitoramento ambiental
Num período de 1 ano, estabelecer a tipologia de parâmetros ambientais do Estado do Rio de
PR.MAM/1.2.1 GR1
Janeiro, inclusive no tocante ao atendimento da legislação pertinente
PR.MAM/1.2.2 Contratar a execução do projeto da(s) rede(s) de monitoramento em até 6 meses GR1
Sistematizar e padronizar as redes de monitoramento e auto-monitoramento do Estado, em até
PR.MAM/1.2.3 GR1
6 meses após a contratação

414 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Designar uma instituição universitária ou de P&D&I para assumi-la como depositária e mantê-la
desde então, devendo ser responsável por suas atualizações e novos módulos, no mesmo
PR.MAM/1.2.4 GR1
período anterior. Esta instituição será responsável por operar a plataforma regional e dissemi-
nar as suas informações
PR.MAM/1.2.5 Adquirir os equipamentos necessários, em até 1 ano após a padronização das redes. GR1
PR.MAM/1.2.6 Instalar as redes de monitoramento, até 6 meses após a aquisição dos equipamentos. GR1
Qualificar técnicos regionais pelo Estado para operar a rede e receber e processar os dados do
PR.MAM/1.2.7 GR1
monitoramento, imediatamente após a instalação dos equipamentos.
Objetivo MP.MAM/1.3
Controle e fiscalização de riscos ambientais associados à operação dos grandes empreendimentos
Criação imediata de um fundo para subsidiar os trabalhos de recuperação e reparação de da-
PR.MAM/1.3.1 GR2
nos ambientais, decorrentes de incidentes diversos
Criar meios para a vinculação imediata dos novos empreendimentos a esse fundo, de modo a
PR.MAM/1.3.2 GR2
garantir sua capitalização num prazo máximo de 10 anos
Estabelecer como contribuição mínima para o fundo 0,5% do ICMS gerado em cada município
PR.MAM/1.3.3 GR2
abrangido pelos grandes empreendimentos
Objetivo MP.MAM/1.4
Institucionalização do zoneamento econômico-ecológico
Discutir com o Legislativo e com a sociedade civil organizada a aplicação do instrumento pre-
PR.MAM/1.4.1 visto no zoneamento econômico-ecológico, como complemento ao procedimento administrativo GR1
de licenciamento ambiental, num período de 12 meses
Divulgar entre os empreendedores e empresários interessados em investir no norte e noroeste
PR.MAM/1.4.2 fluminense as novas regras e facilidades advindas da utilização do zoneamento econômico- GR1
ecológico
Efetivar mudanças na estrutura do licenciamento que facilitem e agilizem o processo de licenci-
PR.MAM/1.4.3 GR1
amento ambiental das empresas, num prazo de 36 meses após a implementação legal da medida

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 415


Carteira de Projetos Iniciais: Físico e Infraestrutura
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.FI/1
ES
Plano e implementação da infraestrutura regional para o desenvolvimento
Objetivo MP.FI/1.1
Definição da matriz energética regional
Selecionar alternativas de oferta associadas a empreendimentos integrantes do Programa de
PS.FI/1.1.1 ES2
Desenvolvimento Regional.
Realizar estudos comparativos entre opções de geração de energia termelétrica, segundo o
PS.FI/1.1.2 combustível utilizado: carvão mineral, bagaço de cana, gás natural e nuclear, assim como da ES2
exploração do potencial eólico de São Francisco do Itabapoana.
Realizar estudos técnicos sobre a evolução do consumo e demanda regional de energia e das
PS.FI/1.1.3 condições previstas ou disponíveis para o seu atendimento de modo a não afetar os seu crono- ES2
gama de funcionamento e operações.
Avaliar as possibilidades e locais de melhor utilização das redes inteligentes (“smart grids”)
PS.FI/1.1.4 ES2
para o aumento da competitividade e melhoria do desempenho do sistema energético regional.
Promover a constituição de um ou mais núcleos de conhecimento e tecnologia e inovação em
PS.FI/1.1.5 ES2
energia em universidades regionais, como parte deste programa estratégico.
Associar aos resultados um programa de mobilização da sociedade com amplo esclarecimento
PS.FI/1.1.6 ES2
e formação sobre a situação e as condições obtidas.
Objetivo MP.FI/1.2
Adequação do sistema viário regional
PR.FI/1.2.1 Implantar o arco viário Macaé. GR1
PR.FI/1.2.2 Implantação imediata do arco viário Campos dos Goytacazes. GR1

Implantar o corredor logístico multimodal de acesso ao Complexo do Porto de Açu, antes do


PR.FI/1.2.3 GR1
início da operação do Complexo Industrial.

416 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar o ramal ferroviário Complexo do Porto de Açu a rede da FCA, com extensão de 45
PR.FI/1.2.4 GR1
km, antes do início da operação do Complexo Industrial.
PR.FI/1.2.5 Concluir a duplicação da BR-101 e início da duplicação da RJ-216, nos próximos cinco anos. GR1
PR.FI/1.2.6 Duplicar e melhorar o traçado da BR-356, nos próximos cinco anos. GR1
Manter e adequar os pontos críticos das demais vias estaduais das Regiões Norte e Noroeste
PR.FI/1.2.7 GR1
em 50% nos próximos 10 anos e de 50% nos 15 anos subseqüentes.
Implementar o segmento da RJ-146 entre os entroncamentos com a RJ-116 em Cambiasca, e
PR.FI/1.2.8 a RJ-182 em Santa Maria Madalena com pista dupla com três faixas de cada lado e canteiro GR1
central, com extensão de 44 Km nos próximos 6 anos.
Realizar estudos para adequação das RJ 178 e 196, na forma de rodovia com pista dupla, can-
PR.FI/1.2.9 teiro central, três pistas de rolamento, otimizando a integração entre Macaé e Barra do Furado GR1
e para a interligação entre os Portos de Barra do Furado e Açu.
Promover a adequação do trecho Macaé – Barra do Furado e a criação do trecho Barrado Fu-
PR.FI/1.2.10 GR1
rado – Porto do Açu.
Implantar o Aeroporto-Indústria de Campos dos Goytacazes (incluindo uma EADI) e comple-
PR.FI/1.2.11 GR1
mentar e qualificar os aeródromos de Itaperuna e Santo Antônio de Pádua.
Avaliar a necessidade e oportunidade da construção de um novo aeródromo em Macaé, com a
PR.FI/1.2.12 GR1
destinação do existente exclusivamente para a aviação de asas móveis.
Duplicar a rodovia Macaé – Rio das Ostras, com uma concepção cênica associada ao replane-
PR.FI/1.2.13 jamento do sistema viário urbano de Macaé, com particular atenção ao aspecto de acesso ao GR1
Porto de Imbetiba e localização estratégica de retroáreas de estocagem e armazenamento.
Objetivo MP.FI/1.3
Viabilidade e Implantação do Sistema de Metrô ou VLT Regional (Trem Regional)
Licitar do estudo de viabilidade técnica e financeira de um VLT ou metrô interligando Campos -
PS.FI/1.3.1 ES1
São João da Barra - Açu - Farol de São Tomé - Quissamã - Carapebus - Macaé - Rio das Ostras

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 417


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Elaborar do estudo de viabilidade técnica e financeira de um VLT ou metrô interligando os mu-
nicípios do norte e noroeste fluminense, operando numa rede multimodal, ou seja, com integra-
ção nas estações terminais com outros modais de transporte e maximização do retorno com
PS.FI/1.3.2 implantação gradual pelas etapas de maior rentabilidade (fluxos maiores). Considerar igual- ES1
mente o potencial atendimento a áreas industriais no trajeto (em Quissamã, no APL de Cerâmi-
ca, etc.). Incluir nos fluxos financeiros os custos evitados ambientais e a substituição de com-
bustíveis fósseis, entre outros, incluindo a condição do MDL-créditos de carbono.
PS.FI/1.3.3 Avaliar o estudo de viabilidade. ES1
Licitar os estudos e projetos básicos e alternativas locacionais incluindo a preparação do Edital
PS.FI/1.3.4 ES1
de Licitação
Abrir oportunidade para manifestação de interesse e ajustes no edital em Parcerias Público-
PS.FI/1.3.5 Privadas, visando a identificação de potenciais interessados na implantação e operação do ES1
sistema.
PS.FI/1.3.6 Elaborar dos estudos e obtenção do licenciamento ambiental ES1
PS.FI/1.3.7 Licitar de projetos executivos e licenciamento ambiental ES1
Elaborar de projetos executivos ou licitar o direito de exploração da concessão ou PPP median-
PS.FI/1.3.8 te construção que observe os termos do edital anteriormente preparado e submetido à consulta ES1
pública prévia
PS.FI/1.3.9 Licitar a concessão associada à construção ES1
PS.FI/1.3.10 Acompanhar e monitorar a implantação e a operação do sistema. ES1
Objetivo MP.FI/1.4
Criação da Unidade Regional de Gerenciamento de Infraestruturas
PS.FI/1.4.1 Definir os agentes competentes. ES1
PS.FI/1.4.2 Designar a Secretaria de Governo como gestora no ambiente do Executivo Estadual. ES1

418 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PS.FI/1.4.3 Elaborar e apresentar o Projeto de Lei à Assembléia Legislativa, em até 12 meses. ES1
PS.FI/1.4.4 Aprovar o Projeto de Lei, até 6 meses após a apresentação à Assembléia Legislativa. ES1
PS.FI/1.4.5 Obter a sanção do Governador, após aprovação do Projeto de Lei na Assembléia Legislativa. ES1
Implantar a unidade regional em até 24 meses, mediante realização formação de quadros, trei-
PS.FI/1.4.6 ES1
namento do pessoal e estruturação física da entidade.
Objetivo MP.FI/1.5
Reabilitação de Vias das Ferrovias da Zona da Mata Mineira e Norte / Noroeste Fluminense
Licitar os estudos de viabilidade técnica e econômica da reabilitação de leitos de ferrovias ba-
PE.FI/1.5.1 EE1
seados em anteprojetos.
PE.FI/1.5.2 Elaborar os estudos de viabilidade técnica e econômica da reabilitação de leitos de ferrovias. EE1
Licitar elaboração dos projetos executivos para reabilitação dos leitos das ferrovias do norte e
PE.FI/1.5.3 EE1
noroeste fluminense.
Elaborar os projetos executivos para reabilitação dos leitos das ferrovias do norte e noroeste
PE.FI/1.5.4 EE1
fluminense, incluindo licenciamento ambiental.
PE.FI/1.5.5 Promover o licenciamento ambiental. EE1
PE.FI/1.5.6 Obter a licença Prévia e a de Instalação. EE1
PE.FI/1.5.7 Licitar as obras civis. EE1
PE.FI/1.5.8 Implantar o Programa específico. EE1
Objetivo MP.FI/1.6
Ampliação do acesso e rede logística do Porto de Imbetiba
PS.FI/1.6.1 Licitar a contratação do estudo de viabilidade da rede multimodal do porto de Imbetiba. ES1
PS.FI/1.6.2 Elaborar estudo de viabilidade da rede multimodal. ES1

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 419


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Licitar projetos executivos e licenciamento ambiental para implantação da retroárea do Porto de
PS.FI/1.6.3 ES1
Imbetiba.
PS.FI/1.6.4 Elaborar projetos executivos para implantação da retroárea do Porto de Imbetiba. ES1
Licitar a implantação do condomínio industrial-logístico e da via de acesso ao porto de Imbeti-
PS.FI/1.6.5 ES1
ba.
Implantar um ou mais condomínio(s) industrial-logístico, com 300.000 m² de área (vias de a-
PS.FI/1.6.6 ES1
cesso e infraestrutura).
PS.FI/1.6.7 Implantar os acessos da(s) retroárea(s) ao porto de Imbetiba e ao(s) aeródromo(s). ES1
PS.FI/1.6.8 Implantar as estruturas e equipamentos do terminal de cargas multimodal do Porto de Imbetiba. ES1
Objetivo MP.FI/1.7
Erradicação dos Lixões
PE.FI/1.7.1 Constituir de consórcios intermunicipais. EE2
PE.FI/1.7.2 Licitar os projetos básicos e executivos e licenciamento ambiental de aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.3 Licitar os projetos básicos e executivos e licenciamento ambiental de aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.4 Elaborar projetos básicos e executivos dos aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.5 Elaborar projetos básicos e executivos dos aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.6 Licenciar ambientalmente os aterros sanitários e industriais. EE2
PE.FI/1.7.7 Licitar as obras de instalação dos aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.8 Licitar as obras de instalação dos aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.9 Instalar os centros de triagem e compostagem. EE2
PE.FI/1.7.10 Adequar os vazadouros existentes, na razão de 5% ao ano. EE2
PE.FI/1.7.11 Implantar da coleta seletiva. EE2

420 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PE.FI/1.7.12 Adquirir software/sistema de gestão logística e aquisição de veículos, entre outros. EE2
PE.FI/1.7.13 Instalar dos aterros sanitários. EE2
PE.FI/1.7.14 Instalar dos aterros industriais. EE2
PE.FI/1.7.15 Instalar de plantas de geração de energia elétrica (queima dos resíduos). EE2
Macroprograma MP.FI/2
GR
Implementação governança regional – plano diretor regional
Objetivo MP.FI/2.1
Elaboração e Implementação do Plano Diretor Regional de Urbanização e Infraestrutura
Articular política intermunicipal em torno do Plano Diretor Regional de Urbanização e Infraestrutu-
PR.FI/2.1.1 GR1
ra.
PR.FI/2.1.2 Definir as diretrizes técnico-políticas de urbanização, infraestrutura, serviços . GR1
Estruturar e aproveitar as economias, externalidades e outras condições necessárias para o
PR.FI/2.1.3 GR1
Projeto Executivo de Plano Diretor Regional.
Discutir o Projeto Executivo do Plano Diretor Regional com as Municipalidades e organismos
PR.FI/2.1.4 GR1
estaduais.
PR.FI/2.1.5 Rever as Leis Municipais para adequação ao formato do Plano Diretor Regional. GR1
PR.FI/2.1.6 Formatar de Projetos de Lei para discussão e aprovação nas Câmaras Municipais. GR1
PR.FI/2.1.7 Sancionar as leis aprovadas pelos Executivos Municipais. GR1
PR.FI/2.1.8 Consolidar o Plano Diretor Regional , para sua homologação no ambiente Estadual. GR1
Objetivo MP.FI/2.2
Elaboração e/ou Revisão e Implementação dos Planos Diretores Municipais
Licitar os serviços elaboração e/ou revisão de planos diretores conforme Plano Diretor Regio-
PE.FI/2.2.1 EE2
nal e os planos diretores existentes.

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 421


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Elaborar os projetos de planos diretores com base Plano Diretor Regional de Urbanização e
PE.FI/2.2.2 EE2
Infraestrutura.
PE.FI/2.2.3 Rever os planos diretores existentes com base plano diretor regional. EE2
PE.FI/2.2.4 Aprovar os novos planos diretores nas Câmaras Municipais. EE2
PE.FI/2.2.5 Implementar os instrumentos criados nos novos planos diretores. EE2

422 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Carteira de Projetos Iniciais: Saneamento Ambiental e Habitação
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.SAH/1
EE
Saneamento Ambiental e Habitação
Objetivo MP.SAH/1.1
Sistema de abastecimento de água e disponibilidade hídrica
Estabelecer diretrizes e elaborar plano de referência para a contratação plano diretor regional
PE.SAH/1.1.1 EE1
de recursos hídricos na Região Norte- Noroeste, até o ano de 2011
Elaborar plano de referência para a contratação de estudo de disponibilidade hídrica na Região
PE.SAH/1.1.2 EE1
Norte-Noroeste, até o ano de 2011
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado mensais sobre disposição final
PE.SAH/1.1.3 EE1
de resíduos sólidos dos municípios da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado mensais sobre operação dos
PE.SAH/1.1.4 sistemas municipais de abastecimento de água e ocorrências que afetem a disponibilidade EE1
hídrica da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012
Elaborar plano diretor regional de recursos hídricos, com vistas a organizar e disciplinar o abas-
PE.SAH/1.1.5 tecimento de água residencial, comercial e industrial, para a Região Norte-Noroeste, até o ano EE1
de 2014
Implantar serviços de abastecimento (estaduais, municipais e particulares) para o abastecimen-
PE.SAH/1.1.6 EE1
to de água potável para 100 % da população urbana até o ano de 2020 e rural até 2025
Objetivo MP.SAH/1.2
Sistema de esgotamento sanitário
Estabelecer diretrizes e elaborar termo de referência para a contratação de Plano Diretor de
PE.SAH/1.2.1 EE2
Esgotamento Sanitário da Região Norte-Noroeste, até o ano de 2011
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado sobre operação dos sistemas
PE.SAH/1.2.2 municipais de coleta e trata-mento de esgoto sanitário dos municípios das Regiões, até o ano EE2
de 2011

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 423


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Realizar levantamento topográfico pelo método de perfilamento a laser nas Região Norte-
PE.SAH/1.2.3 Noroeste, para possibilitar o dimensionamento dos sistemas de esgotamento sanitário, até o EE2
ano de 2011
Elaborar projetos básicos de engenharia dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto dos
PE.SAH/1.2.4 municípios das Regiões Norte e Noroeste, para cadastramento nos programas de financiamen- EE2
to do Governo Federal até o ano de 2012
Implantar serviços de esgotamento sanitário (municipais, estaduais e particulares) - coleta e o
PE.SAH/1.2.5 tratamento - para 60% da população urbana e rural até o ano de 2020 e 80 % da população EE2
urbana e rural até o ano de 2035
Objetivo MP.SAH/1.3
Sistema de coleta e destinação dos resíduos sólidos
Criar bases de dados de informação com relatórios atualizado mensais sobre disposição final
PE.SAH/1.3.1 EE2
de resíduos sólidos dos municípios das Região Norte-Noroeste, até o ano de 2011
Criar programa de capacitação dos agentes municipais responsáveis pelo gerenciamento dos
PE.SAH/1.3.2 sistemas de coleta dos resíduos sólidos, e programa de educação ambiental para a população EE2
visando a coleta seletiva, até o ano de 2011
Elaborar Plano Diretor Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, considerando esca-
la, escopo, formação de consórcios, parceirização pública-privada, para a coleta e tratamento
PE.SAH/1.3.3 EE2
dos resíduos sólidos residenciais, comerciais e industriais e erradicação dos lixões por biorre-
mediação, até o ano de 2014
Elaboração de projetos básicos para a implantação de sistema de destinação final dos resíduos
sólidos, com prioridades em usinas de reciclagem e compostagem, e ou, de produção de e-
PE.SAH/1.3.4 EE2
nergia, e cadastrar estes projetos nos órgãos financiadores do Governo Federal , com o objeti-
vo de erradicar os lixões e melhorar/ampliar as estações de tratamento existentes, até 2015
Implantar o Plano com as soluções nele indicadas para 80% da população até o ano de 2020 e
PE.SAH/1.3.5 EE2
90% até o ano de 2035
Objetivo MP.SAH/1.4
Sistema de drenagem pluvial e controle de cheias

424 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Elaborar e implementar campanha educativa com a diretriz de conscientizar a população resi-
PE.SAH/1.4.1 EE2
dente na Região Norte-Noroeste dos cuidados e proteção do meio ambiente, até o ano de 2011
Elaborar plano de referência para a contratação de Plano Diretor de Gestão Hídrica e Drena-
PE.SAH/1.4.2 EE2
gem Pluvial nas Regiões Norte e Noroeste até o ano de 2011
Contratação de projeto do sistema de monitoramento de enchentes, que deverá prever a implan-
PE.SAH/1.4.3 tação de sistema eletrônico de alerta e plano preventivo de remoção da população até o ano de EE2
2012
PE.SAH/1.4.4 Implantação de sistema de monitoramento de cheias,conforme projeto, até o ano de 2015 EE2
PE.SAH/1.4.5 Elaborar o Plano Diretor Regional de Gestão Hídrica até o ano de 2016 EE2
Objetivo MP.SAH/1.5
Sistema habitacional
Elaborar termo de referência para a contratação de Atualização / Elaboração dos Planos Direto-
PE.SAH/1.5.1 EE2
res de Desenvolvimento Municipal na Região Norte-Noroeste, até o ano de 2012
Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos disponíveis para a construção de 25.000
PE.SAH/1.5.2 EE2
moradias pelo programa “Minha Casa Minha Vida” do Governo Federal até o ano de 2015
Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos disponíveis para a construção de 10.000
PE.SAH/1.5.3 EE1
moradias pelo programa FNHIS do Governo Federal, até o ano de 2.012
Executar atualização / elaboração dos planos diretores de desenvolvimento municipal conforme
PE.SAH/1.5.4 EE3
Lei 10.257 – Estatuto das Cidades até o ano de 2014
Executar obras melhorias e reabilitação de 100.000 unidades habitacionais para beneficiar
PE.SAH/1.5.5 estratos menos favorecidos e residentes em áreas de risco, usando recursos da CEF e dos EE1
Governos Estadual e Federal, até o ano de 2020
Elaborar projetos, inclusive levantamento de terrenos disponíveis para a construção de 50.000
PE.SAH/1.5.6 EE3
moradias pelos programas do Governo Federal até o ano de 2020
Executar obras de construção de 80.000 unidades habitacionais para beneficiar comunidades ca-
PE.SAH/1.5.7 rentes e/ou residentes em áreas de risco, pelos programas do Governo Federal até o ano de EE3
2.035

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 425


Carteira de Projetos Iniciais: Economia

Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade

Macroprograma MP.E/1 –
EE
Economia do conhecimento

Objetivo MP.E/1.1
Formação de quadros de pessoal de nível técnico e superior nas áreas definidas conforme vocação preferencial e oportunidades regionais
PE.E/1.1.1 Definição das áreas a serem desenvolvidas conforme vocação e oportunidades regionais EE1
Implantação e direcionamento de cursos técnicos e universitários para as áreas de desenvolvi-
PE.E//1.1.2 EE1
mento escolhidas
Apoio à ampliação das universidades e ofertas de cursos superiores e técnicos (especialmente
PE.E//1.1.3 no Noroeste),aumentando as possibilidades de qualificação da população,a partir de estudos EE1
das demandas não atendidas dos mercados regionais
Implantação do consórcio intermunicipal/interregional de educação superior, consolidando entre
outras ações, o programa auxílio universitário com a distribuição de bolsas de estudo para a
PE.E//1.1.4 graduação superior em faculdades e universidades regionais, e linhas de transporte interregio- EE1
nal, facilitando as condições de estudo de alunos, principalmente daqueles residentes em mu-
nicípios desprovidos de instituições de ensino superior
Mapeamento das principais demandas do mercado produtivo em termos de capacitação, bem
PE.E//1.1.5 como as principais ofertas de capacitação já existentes, para adequação demanda-oferta de EE1
profissionalização
Convênios poder público universidades para qualificação profissional e efetivação de pesquisas
PE.E//1.1.6 EE1
e trabalhos junto às Administrações municipais
Objetivo MP.E/1.2
Desenvolvimento do Sistema de Inovação Regional
PS.E/1.2.1 Implantação de centros de pesquisa e desenvolvimento voltados para as áreas escolhidas ES1

426 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Criação de centros de transferência tecnológica (facilitar o processo de transferência de tecno-
PS.E/1.2.2 ES1
logia para pequenas e médias empresas)
PS.E/1.2.3 Centros de incubação em número suficiente para fazer a ponte entre universidades e empresas ES1
Criação de agência de fomento a inovação tecnológica junto às universidades (transferência,
PS.E/1.2.4 ES1
pesquisas de produção, captação de recursos)
Parcerias público/privado para implantação de centros de pesquisas em diferentes áreas do
PS.E/1.2.5 conhecimento, voltadas principalmente para os investimentos tecnológicos, o desenvolvimento ES1
da tecnologia social e o reconhecimento do contexto regional
Objetivo MP.E/1.3
Disseminação do Conhecimento e da Tecnologia Gerados para a População e Sistema Empresarial
Convênios entre poder público /universidades para qualificação profissional, apoio às incubado-
PE.E/1.3.1 EE2
ras e fomento à empresas jovens
Desenvolvimento / investimento em tecnologia social que compreende produtos, técnicas ou
PE.E/1.3.2 metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que represen- EE2
tem efetivas soluções de transformação social
Realização de pesquisas voltadas para a compreensão de inúmeras questões regionais, espe-
PE.E/1.3.3 EE2
cialmente do Noroeste Fluminense
Implementação de uma cultura empreendedora desde a Educação Básica até o Ensino Superi-
PE.E/1.3.4 EE2
or e também para os empresários e dirigentes públicos e demais integrantes da liderança regional
Formação de convênios e redes entre as instituições de ensino e pesquisa tecnológicas com o
PE.E/1.3.5 EE2
setor empresarial/industrial e o poder público
Macroprograma MP.E/2-
EE
Ajustamento Estrutural da Atividade Agropecuária
Objetivo MP.E/2.1
Adoção de Práticas de Produção Tecnicamente Compatíveis com as Exigências do Mercado

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 427


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Criação de um programa de modernização tecnológica e administrativa das pequenas proprie-
PE.E/2.1.1 EE1
dades agrícolas
PE.E/2.1.2 Criação de programas regionalizados estimulando a cooperação entre pequenas propriedades EE1
PE.E/2.1.3 Implantar programas de apoio à pesquisa pública e privada e à extensão rural EE1
Desenvolvimento e implantação do programa de melhoria da qualidade genética dos rebanhos
PE.E/2.1.4 EE1
bovinos, particularmente na pecuária leiteira
Desenvolvimento e implantação dos programas de incentivo à adoção de práticas de manejo
PE.E/2.1.5 EE1
mais avançadas tecnologicamente e em conformidade com as normas da vigilância sanitária
Melhoria e expansão do acesso ao crédito agrícola através da orientação para acesso a linhas
PE.E/2.1.6 EE1
de crédito
Incentivo à regularização fundiária documental através do incentivo e apoio para a confecção
PE.E/2.1.7 EE1
de documentos pessoais e regularização dos títulos de posse das propriedades familiares
Apoio aos grupos organizados / associações de produtores para a busca de soluções em con-
PE.E/2.1.8 EE1
junto através de cursos de capacitação
PE.E/2.1.9 Implantação de centros de produção comunitária EE1
Reativação da escola de formação agrícola na região Noroeste e sua integração com as institu-
PE.E/2.1.10 ições de pesquisa, desenvolvimento e inovação da região Norte-Noroeste, e universidades e EE1
cursos profissionalizantes parceiros
Objetivo MP.E/2.2
Desenvolvimento, fortalecimento e consolidação das cadeias produtivas reveladas como vocação e potencialidades regionais
Implantação de centros de pesquisa multidisciplinar, disseminados pelo espaço regional, para o
PE.E/2.2.1 EE1
desenvolvimento dos produtos agrícolas regionais
Criação de um programa de incentivo ao desenvolvimento do agronegócio em pequenas pro-
PE.E/2.2.2 EE1
priedades
PE.E/2.2.3 Implantação de programas de criação e qualificação de cooperativas agrícolas e agropecuárias EE1

428 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Dotação das regiões de infraestrutura física e social que suporte o desenvolvimento da ativida-
PE.E/2.2.4 EE1
de rural no campo
PE.E/2.2.5 Desenvolvimento e integração das associações e cooperativas de produtores rurais EE1
Desenvolvimento dos processos de certificação e da diferenciação de produtos típicos regio-
nais pela atribuição de selos, associado ao tombamento cultural dos produtos típicos e à ras-
PE.E/2.2.6 EE1
treabilidade das cadeias mais significativas, visando uma atuação diferenciada voltada para
nichos de mercado
Apoio ao desenvolvimento da agricultura alternativa (orgânica, agroecológica, hidropônica),
PE.E/2.2.7 através da divulgação de informações, capacitação, assistência técnica e disponibilidade de EE1
crédito
Objetivo MP.E/2.3
Sistema de Comercialização da Produção que Atenda às Necessidades do Pequeno Produtor Rural e da Expansão das Cadeias Produtivas Regionais

PS.E/2.3.1 Criação programas de estímulo e dinamização das exportações de produtos agrícolas ES1

PS.E/2.3.2 Implantação programas que dão acesso a alimentos aos mais pobres ES1
Implantação do mercado institucional (escolas, creches, abrigos) para a absorção da produ-
PS.E/2.3.3 ção dos agricultores familiares, nos moldes utilizados pelo Programa de Aquisição de Alimentos ES1
(PAA), executados pela CONAB e pelo MDS
Implantação, na área cultural, dos centros e programas de gastronomia e culinária local apoi-
PS.E/2.3.4 ando e em conexão com a produção de alimentos regional, para atração de turistas e exporta- ES1
ção, além de criar uma cadeia de trabalho e renda
Criação e/ou revitalização de mercados/feiras municipais e de feiras itinerantes, intra e inter-
municipais (aquisição de barracas padronizadas, criação de uma estratégia de transporte das
PS.E/2.3.5 mercadorias, capacitação dos feirantes, padronização de mercadorias e embalagens). Feiras ES1
como espaço de sociabilidade com apresentações culturais, artesanato, produtos agrícolas e
praça de alimentação

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 429


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantação de ambiente de comercialização para os pequenos produtores, observadas as
características de cada grupo de atividades homogêneas, por exemplo, um mercado de ataca-
PS.E/2.3.6 ES1
do para os pequenos agricultores, uma plataforma de comercialização permanente para os
artesãos, pontos vendas associados aos centros de produção comunitária, entre outros
Implantação de programa constante de manutenção e adequação das estradas rurais, de forma
PS.E/2.3.7 ES1
a viabilizar o escoamento da produção rural
Macroprograma MP.E/3-
Diversificação Econômica e Adensamento das Cadeias Produtivas EE / GR
Objetivo MP.E/3.1
Criação de um organismo - instituto ou comitê ou fundação - dedicado à gestão e acompanhamento do planejamento do desenvolvimento susten-
tável da região Norte-Noroeste integrada
PR.E/3.1.1 Definição de políticas claras no modo de regulação voltado para a atração de investimentos GR1
PR.E/3.1.2 Aumento da capacidade de inovação tecnológica regional GR1
Objetivo MP.E/3.2
Fortalecer a Estrutura Produtiva: atração de grandes e médias empresas de setores com forte encadeamento a jusante e a montante
Atração e diversificação de segmentos de serviços complexos e avançados, particularmente
PE.E/3.2.1 EE1
agentes de mercado e logística, fontes renováveis de energia e indústrias exportadoras
Ampliação da presença regional (cobertura espacial) dos bancos e agentes de crédito para
investimento, capitais de risco e semente, créditos de carbono, seguradoras, alfandegários,
PE.E/3.2.2 EE1
além das instituições financeiras públicas e a disseminação do sistema de microcrédito ou ban-
co do povo em uma parceria com a INVEST-Rio e BNDES
Incentivo à implantação de cooperativas, associações cooperativas e outras formas de atuação
coletiva ou grupal empresariais para a realização de negócios, a aquisição de informação e
PE.E/3.2.3 EE1
tecnologia, a participação nos mercados exógenos nacional e internacional, entre outras ativi-
dades ganha-ganha
Desenvolvimento de políticas e implantação de programas de incentivo à exportação para mer-
PE.E/3.2.4 EE1
cados diversos

430 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PE.E/3.2.5 Formação e qualificação profissional estendida e intensiva EE1
Inserção do conteúdo do cooperativismo e empreendedorismo nas escolas públicas e privadas
PE.E/3.2.6 EE1
regionais
Oferecer financiamento subsidiado às micro e pequenas empresas vinculados a indicadores de
PE.E/3.2.7 desempenho produtivo, mercadológico e inovativo (ou seja, ganhar mercado regional, nacional EE1
e externo e inovar)
Fomentar a cooperação entre as empresas para projetos de inovação tecnológica, em opera-
PE.E/3.2.8 EE1
ções cooperativas
Fomento da competitividade das micro, pequenas e médias empresas, através de um programa
PE.E/3.2.9 de qualificação e capacitação, e de empreendedorismo para os empresários, dirigentes e inte- EE1
grantes das altas administrações
Fomento à interação das empresas locais com as universidades e institutos de pesquisas regi-
onais ou já existentes no país e principalmente com os que serão criados, no sentido deles
PE.E/3.2.10 EE1
assumirem o papel de depositários do conhecimento e desenvolvedores da tecnologia e inova-
ção necessárias a sustentar a competitividade do parque produtivo regional
Desenvolvimento de mecanismos para que se crie um ambiente social estável, através da cria-
PE.E/3.2.11 ção de uma identidade coletiva, de forma a promover a cooperação entre os agentes envolvi- EE1
dos em atividades comuns, porém dispersos
Apoio ao desenvolvimento de empreendimentos vinculados a tecnologias emergentes e aos
PE.E/3.2.12 EE1
serviços avançados
PE.E/3.2.13 Ampliação do “agrobusiness” baseado no cooperativismo EE1
Atração de empresas ofertantes de bens e serviços de base tecnológica e mecanismos de
PE.E/3.2.14 EE1
desenvolvimento limpo
Priorização das políticas voltadas para o processo produtivo, buscando-se melhorias estrutu-
PE.E/3.2.15 EE1
rais, através do esforço contínuo de progressão tecnológica dos diferentes pólos
Implantação de um centro regional em gestão, dos centros de desenvolvimento de tecnologias
PE.E/3.2.16 EE1
e outras instituições que estruturem e respondam pela base de conhecimento regional

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 431


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.E/3.3
Diversificar a Estrutura Produtiva
PE.E/3.3.1 Desenvolvimento ativo de fornecedores de todas as cadeias internas EE1
Criação de programa de adensamento das cadeias produtivas identificadas, a partir da articula-
PE.E/3.3.2 EE1
ção com atores relevantes
PE.E/3.3.3 Instrumentalização das cadeias produtivas primárias no processo de agregação de valor. EE1
Incentivo à implantação e disseminação de incubadoras ligadas às principais cadeias produti-
PE.E/3.3.4 vas, num primeiro momento e de parques tecnológicos num segundo momento, cada um deles EE1
com 10 anos de duração, sequenciados
Fornecimento de cursos de capacitação e profissionalização (formação, qualificação e requalifi-
PE.E/3.3.5 cação) da mão-de-obra, em seus diversos níveis, de forma permanente e contínua, nas áreas EE1
relacionadas com os setores a serem desenvolvidos
Atuação, junto aos agentes financiadores, especialmente estaduais e federais, para que sejam
PE.E/3.3.6 EE1
abertas linhas de crédito especificas para os setores em desenvolvimento
PE.E/3.3.7 Fomento das atividades de reciclagem e reaproveitamento em todos os setores e atividades EE1
Macroprograma MP.E/4 -
EE / ES / GR / GM
Desenvolvimento do Turismo Sustentável
Objetivo MP.E/4.1
Criação e fortalecimentos de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do turismo nas regiões Norte e Noroeste
Criação de estruturas de gestão voltadas para o turismo nos municípios das regiões Norte e
PE.E/4.1.1 EE1
Noroeste
PE.E/4.1.2 Inclusão do turismo no sistema de governança regional. EE1
Fortalecimento de colegiados nos municípios e constituição do conselho regional de Turismo da
PE.E/4.1.3 região Norte-Noroeste fluminense que tenha por objetivo o desenvolvimento do turismo regional EE1
e local e a participação na Copa e Olimpíadas

432 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PE.E/4.1.4 Desenvolvimento dos planos diretores regional e municipais de desenvolvimento do turismo. EE1
PE.E/4.1.5 Elaboração de roteiros/circuitos internos turísticos da região EE1
Objetivo MP.E/4.2
Ampliação dos investimentos do setor público em infraestrutura básica e de apoio ao turismo
PM.E/4.2.1 Criação da coleta seletiva em todos os municípios da região, até 2014 GM1
PM.E/4.2.2 Melhoria nas vias de acessos dos municípios aos seus distritos e aos sítios e locais turísticos GM1
PM.E/4.2.3 Saneamento básico em todos os municípios da região Norte-Noroeste. GM1
PM.E/4.2.4 Construção/ampliação de hospitais e serviços qualificados para o turismo em municípios chave. GM1
Criação de centros de atendimento ao turista na região (receptivos nos acessos e pontos de
PM.E/4.2.5 GM1
concentração principais, portais, etc., cobrindo o território turístico)
PM.E/4.2.6 Instalação de sinalização turística oficial nos atrativos turísticos de toda a região. GM1
PM.E/4.2.7 Melhoria na infraestrutura regional e turística GM1
Objetivo MP.E/4.3
Melhoria e Qualificação dos Serviços Turísticos
Parcerias com instituições de ensino e com o sistema “S” para a capacitação e qualificação dos
PR.E/4.3.1 GR1
atores envolvidos no turismo
Objetivo MP.E/4.4
Promoção e Comercialização dos Produtos Turísticos
Criação de portais contendo informações turísticas de vários municípios com o objetivo de di-
PR.E/4.4.1 GR2
vulgação das regiões turísticas, em múltiplos idiomas
PR.E/4.4.2 Inserção de links com informações turísticas completas nos sites das municipalidades GR2
PR.E/4.4.3 Promoção do turismo regional em eventos nacionais e internacionais ligados ao turismo GR2
PR.E/4.4.4 Criação de calendário de eventos regional quinquenal GR2

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 433


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.E/4.5
Gestão Sustentável dos Atrativos Naturais e seu Entorno
PR.E/4.5.1 Monitoramento dos impactos ambientais da região GR1
Estudo da capacidade de carga e redimensionamento dos atrativos turísticos naturais, para
PR.E/4.5.2 GR1
atender às demandas do mercado
PR.E/4.5.3 Gestão dos atrativos naturais com a parceria das entidades de meio ambiente GR1
Objetivo MP.E/4.6
Criação de Base de Dados como Instrumento de Gestão
Elaboração e administração do Inventário da oferta turística em todos os municípios da Região
PE.E/4.6.1 EE1
Norte-Noroeste
Objetivo MP.E/4.7
Formação de Redes de Parcerias e Serviços
Constituir as redes de parcerias e serviços ligadas ao turismo e sua cadeia produtiva e à pro-
PR.E/4.7.1 GR1
moção conjunta de eventos e programas
Objetivo MP.E/4.8
Sensibilização e mobilização da população local para a importância do desenvolvimento do turismo
Parcerias com instituições de ensino e com o sistema “S” para a sensibilização e mobilização
PS.E/4.8.1 ES1
da população local para a importância do desenvolvimento do turismo local.
Objetivo MP.E/4.9
Inserção do Norte-Noroeste nos Eventos Copa do Mundo e Olimpíadas
Inclusão da região nos eventos Copa do Mundo e Olimpíadas, compartilhando delegações e
PR.E/4.9.1 GR1
atividade esportiva a ser disputada oficialmente

434 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Carteira de Projetos Iniciais: Social
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.S/1
EE
Desenvolvimento do capital humano - educação, formação, capacitação e empreendedorismo
Objetivo MP.S/1.1
Superação do Analfabetismo
Investir na criação de novas vagas para o ensino médio, elaborando propostas conjuntas entre
PE.S/1.1.1 as escolas municipais e estaduais, identificando e implantando ações que visem erradicar os EE1
problemas de reprovação escolar, evasão e repetência
Promover processos de recuperação educacional paralela nos sistemas municipais e estaduais
PE.S/1.1.2 de educação, garantindo o processo de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles EE1
carentes e/ou com dificuldades de aprendizagem
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento, especialmente no horário
noturno - procurando superar os problemas inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram
PE.S/1.1.3 EE1
acesso ao ensino na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em empre-
sas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios
Objetivo MP.S/1.2
Elevação da Escolaridade Média
Investir na criação de novas vagas para o ensino médio, elaborando propostas conjuntas entre
PE.S/1.2.1 as escolas municipais e estaduais, identificando e implantando ações que visem erradicar os EE1
problemas de reprovação escolar, evasão e repetência
Promover processos de recuperação educacional paralela nos sistemas municipais e estaduais
de educação, garantindo o processo de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles ca-
PE.S/1.2.2 EE1
rentes e/ou com dificuldades de aprendizagem parcerias de cursos de alfabetização em empre-
sas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento, especialmente no horário
noturno - procurando superar os problemas inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram
PE.S/1.2.3 EE1
acesso ao ensino na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em empre-
sas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 435


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Preparar os alunos do ensino médio para sua aprovação em provas, concursos e para seu EE1
PE.S/1.2.4
ingresso no ensino superior, ampliando suas oportunidades de cursarem o terceiro grau
Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de redes de comunicação que EE1
PE.S/1.2.5
disponibilize Internet gratuita em todas as unidades escolares das regiões
Implantar telecentros comunitários nos municípios, criando cursos e programas específicos de EE1
PE.S/1.2.6
inclusão digital, que atendam as demandas das distintas faixas etárias
Objetivo MP.S/1.3
Melhoria do atendimento aos alunos e da qualidade do ensino
Constituir os sistemas municipais de creche, em parceria com as secretarias Municipais de
PE.S/1.3.1 Assistência Social, para o atendimento de toda a demanda apresentada, especialmente de EE1
crianças de 0 a 3 anos
Introduzir uma disciplina nos currículos da educação básica voltada para o desenvolvimento do
empreendedorismo e da cidadania dos jovens, despertando-os para ações cooperativas, para o
PE.S/1.3.2 EE1
conhecimento das realidades circundantes, para o exercício de práticas cidadãs, entre muitas
outras matérias congêneres
Implantar programa de resgate e valorização cultural, fortalecendo a relação de identidade e
PE.S/1.3.3 EE1
pertencimento do aluno com os municípios e suas respectivas regiões
Implantar o programa de aperfeiçoamento da educação - ampliação e melhoria da infra-
estrutura disponíveis nas unidades escolares aquisição de novos laboratórios de pesquisa,
PE.S/1.3.4 EE1
bibliotecas, equipamentos, inclusive para a informatização e o aprimoramento tecnológico-
cultural do sistema educacional
Acompanhar e melhorar os projetos político pedagógicos das escolas das regiões, incentivando
PE.S/1.3.5 uma atualização constante, valorizando não apenas com a formação acadêmica, como alme- EE1
jando a formação do ser humano ético, crítico e dotado de valores humanitários
Implantar programa “escola comunitária”, para desenvolver e manter atividades que promovam a
PE.S/1.3.6 integração entre as escolas e entre as escolas e as comunidades, realizando eventos educacionais, EE1
de proteção ambiental, de saúde, de esporte e lazer, eventos em datas comemorativas e outros

436 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Estruturar um programa de censos escolares dos educandos, com o objetivo de subsidiar a
elaboração e avaliações dos planos municipais de educação e dos projetos político pedagógi-
PE.S/1.3.7 EE1
cos das escolas, gerando subsídios para desenvolver as alternativas educacionais mais indi-
cadas a cada contexto
Implantar programas municipais de qualidade do ensino, com a qualificação e requalificação
PE.S/1.3.8 contínua do quadro docente com relação às propostas político-pedagógicas e outras questões EE1
relacionadas à formação do aluno
Capacitar a equipe técnica, inclusive nível médio, das secretarias municipais de educação para
PE.S/1.3.9 EE1
atualização continuada referente à gestão do sistema
Implantar o plano de cargos e carreiras da Educação em todos os municípios que não o possu-
a, valorizando os profissionais de ensino através de processos de reconhecimento do mérito,
PE.S/1.3.10 EE1
do desempenho e dedicação, remuneração condigna e ingresso e progressão exclusivamente
por sistemas públicos e transparentes de avaliação da qualificação
Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de redes de comunicação que
PE.S/1.3.11 EE1
disponibilize internet gratuita em todas as unidades escolares das regiões
Ofertar ensino específico para os portadores de necessidades especiais e outros grupos espe-
ciais, em escolas ou instituição de educação, assegurando-lhes profissionais capacitados, ma-
PE.S/1.3.12 EE1
terial e equipamentos adequados, além das facilidades que lhes permitam e lhes facilitem a
frequência
Implantar telecentros comunitários nos municípios, criando cursos e programas específicos de
PE.S/1.3.13 EE1
inclusão digital, que atendam as demandas das distintas faixas etárias
Implantar políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção, comerciali-
zação e consumo de alimentos, como base para a implantação de hortas comunitárias nas
PE.S/1.3.14 EE1
escolas e comunidades, feiras de circulação dos produtos locais, utilização destes na composi-
ção da merenda escolar
Potencializar a qualidade das merendas escolares, abrangendo a segurança alimentar e nutri-
cional; a saúde sanitária e tecnológica dos alimentos, bem como seu aproveitamen-
PE.S/1.3.15 EE1
to/reaproveitamento, os cuidados com o meio ambiente e outros, visando a promoção da saúde
– incluindo a qualificação das cantineiras para este trabalho

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 437


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar o “programa de saúde bucal e ocular” em todas as unidades escolares municipais,
PE.S/1.3.16 EE1
realizando ações corretivas e principalmente preventivas para os alunos
PE.S/1.3.17 Estabelecer um programa de coleta seletiva de lixo e reciclagem nas escolas EE1
Otimizar o sistema de transporte escolar a partir da revisão das rotas percorridas diariamente,
PE.S/1.3.18 EE1
mantendo seu funcionamento adequado e com qualidade
Objetivo MP.S/1.4
Ampliação da capacitação técnica e profissionalizante
Mapear as demandas técnicas e profissionais não atendidas nos mercados regionais, bus-
PE.S/1.4.1 EE1
cando uma adequação demanda-oferta
Apoiar à ampliação das universidades/centros de pesquisas e ofertas de cursos superiores e
PE.S/1.4.2 técnicos - especialmente na região Noroeste, aumentando as possibilidades de qualificação da EE1
população
Firmar convênios entre poder público e universidades para qualificação profissional, com o
PE.S/1.4.3 EE1
apoio às incubadoras e fomento à empresas jovens
Implantar gradualmente cursos profissionalizantes em parceria com instituições especializadas,
direcionados especialmente para jovens, em atividades relacionadas às economias e vocações
municipais e regionais existentes e a serem implementadas, de modo a permitir a fixação de
PE.S/1.4.4 EE1
parcela significativa da população em seu território, inclusive através de parcerias com institui-
ções como SESC, SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE, com instituições não governamentais e
outros órgãos
Requisitar, junto ao Ministério das comunicações, a implantação de redes de comunicação que
PE.S/1.4.5 EE1
disponibilize Internet gratuita em todas as unidades escolares das regiões
Implantar telecentros comunitários nos municípios, criando cursos e programas específicos de
PE.S/1.4.6 EE1
inclusão digital, que atendam as demandas das distintas faixas etárias
Objetivo MP.S/1.5
Ampliação da Integração entre administração pública / empresas / universidades / população

438 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar consórcio Intermunicipal/Interregional de educação Superior consolidando, entre
outras ações, o programa auxílio universitário, com a distribuição de bolsas de estudo para a
PE.S/1.5.1 graduação superior em faculdades e universidades regionais e linhas de transporte interregi- EE 2
onais, facilitando as condições de estudo dos alunos, principalmente daqueles residentes em
municípios desprovidos de instituições de ensino superior
Estabelecer parcerias público/privado/empresas a para implantação de centros de pesquisas
PE.S/1.5.2 em diferentes áreas do conhecimento, voltadas principalmente para os investimentos produti- EE2
vos locais, o desenvolvimento da tecnologia social, reconhecendo-se o contexto
Firmar convênios entre poder público e universidades para qualificação profissional, com o
PE.S/1.5.3 EE2
apoio às incubadoras e fomento à empresas jovem
Apoiar à ampliação das universidades/centros de pesquisas e ofertas de cursos superiores e
PE.S/1.5.4 técnicos - especialmente na região Noroeste, aumentando as possibilidades de qualificação da EE2
população
Objetivo MP.S/1.6
Ampliação da produção do conhecimento científico
Estabelecer parcerias público/privado/empresas a para implantação de centros de pesquisas
PE.S/1.6.1 em diferentes áreas do conhecimento, voltadas principalmente para os investimentos produti- EE3
vos locais, o desenvolvimento da tecnologia social, reconhecendo-se o contexto
Promover processos de recuperação educacional paralela nos sistemas municipais e estadu-
PE.S/1.6.2 ais de educação, garantindo o processo de aprendizagem dos alunos, especialmente aqueles EE3
carentes e/ou com dificuldades de aprendizagem
Ampliar a oferta do EJA - e do transporte para o seu atendimento, especialmente no horário
noturno - procurando superar os problemas inerentes a adolescentes e adultos que não tiveram
PE.S/1.6.3 EE3
acesso ao ensino na idade própria, incluindo parcerias de cursos de alfabetização em empre-
sas locais para seus funcionários, visando erradicar o índice de analfabetismo nos municípios
Macroprograma MP.S/2
EE/GR
Melhoria da qualidade e do atendimento na saúde
Objetivo MP.S/2.1
Ampliação da cobertura do sistema de saúde ofertado à população

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 439


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Incrementar infraestruturas e equipamentos da saúde, com destaque para novas viaturas, labo-
PR.S/2.1.1 ratórios e também o número de leitos ofertados no Sistema Único de Saúde, especialmente na GR1
região Norte
Ampliar os programas preventivos, o Programa de Atenção Comunitária e o Programa de Saú-
PR.S/2.1.2 GR1
de da Família nas regiões, visando o atendimento de toda a população
Implantar programas de planejamento familiar e de saúde da mulher, junto ao acompanhamen-
PR.S/2.1.3 to pré-natal, visando minimizar problemas como gravidez precoce, DSTs, mortalidade infantil e GR1
outros problemas
Criar equipamentos para atenção à gestante de baixo risco/casas de parto, além de implanta-
PR.S/2.1.4 GR1
ção da política de humanização do parto
Ampliar o número de atendimentos disponíveis em algumas especialidades medicas, que em
PR.S/2.1.5 alguns casos estão abaixo na meta estabelecida pelos parâmetros e/ou abaixo das necessida- GR1
des da população
Estruturar melhor e/ou implementar as redes de especialidades, urgência e emergência em
PR.S/2.1.6 GR1
ambas as regiões
Planejar e buscar mais recursos financeiros para a atenção de alta complexidade, que tem
PR.S/2.1.7 GR1
apresentado dificuldades significativas para ofertar os atendimentos demandados pela população
Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e internatos nas regiões,
PR.S/2.1.8 GR1
priorizando as áreas com baixa oferta de profissionais
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os aten-
dimentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PR.S/2.1.9 GR1
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resoluti-
vidade dos sistemas
Fortalecer os colegiados de gestão regional, dando-lhes condições para exercerem seu papel GR1
PR.S/2.1.10 como agentes de discussão e avaliação das condições do atendimento de saúde pública e os
conselhos municipais de saúde
Ampliar a oferta de atendimento odontológico para todas as faixas etárias, incluindo programas GR1
PR.S/2.1.11
educativos e preventivos nas escolas

440 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/2.2
Aumento da qualidade dos serviços de saúde ofertados
Implantar e/ou ampliar os programas preventivos de saúde ofertados nos municípios, como
PR.S/2.2.1 melhorias na alimentação, atividades físicas, programas de controle e acompanhamento de GR1
enfermidades, combate à uso de drogas, dentre outros
Aumentar a divulgação dos serviços ofertados na área, especialmente aqueles de média e alta
PR.S/2.2.2 complexidade, a partir de um mapeamento dos equipamentos / capacidade instalada, disponí- GR1
veis na rede SUS dos municípios
Capacitar permanentemente os profissionais da saúde, incluindo os agentes comunitários do
PSF, que são de fundamental importância na qualidade dos serviços oferecidos à população,
PR.S/2.2.3 GR1
no seu papel de informá-los sobre questões significativas e encaminhá-los para os outros
serviços de saúde
Capacitar a equipe técnica, inclusive nível médio, das Secretarias Municipais de Saúde para
PR.S/2.2.4 GR1
atualização continuada referente à gestão do sistema
Planejar e buscar mais recursos financeiros para a atenção de alta complexidade, que tem
PR.S/2.2.5 GR1
apresentado dificuldades significativas para ofertar os atendimentos demandados pela população
Melhorar o sistema de acompanhamento e avaliação dos dados, a partir do sistema do Ministé-
PR.S/2.2.6 rio da Saúde, preocupando-se especialmente com a acuracidade da coleta e transmissão de GR1
dados
Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e internatos nas regiões,
PR.S/2.2.7 GR1
priorizando as áreas com baixa oferta de profissionais
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os aten-
dimentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PR.S/2.2.8 GR1
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resoluti-
vidade dos Sistemas
Fortalecer os colegiados de gestão regional, dando-lhes condições para exercerem seu papel
PR.S/2.2.9 como agentes de discussão e avaliação das condições do atendimento de saúde pública e os GR1
conselhos municipais de saúde
Ampliar a oferta de atendimento odontológico para todas as faixas etárias, incluindo programas
PR.S/2.2.10 GR1
educativos e preventivos nas escolas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 441


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/2.3
Melhoria dos Serviços de Informação em Saúde
Melhorar o sistema de acompanhamento e avaliação dos dados, a partir do sistema do Ministé-
PR.S/2.3.1 rio da Saúde, preocupando-se especialmente com a acuracidade da coleta e transmissão de GR2
dados
Facilitar o acesso à informação dos municípios junto à SESDEC, favorecendo o fluxo de infor-
PR.S/2.3.2 GR2
mações de ambas as partes
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os aten-
dimentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PR.S/2.3.3 GR2
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resoluti-
vidade dos sistemas
PR.S/2.3.4 Garantir a implantação do serviço de verificação de óbitos regionais GR2
Objetivo MP.S/2.4
Implantação e/ou ampliação dos sistemas de vigilância sanitária e epidemiologia
Implementar e ou desenvolver o trabalho da VISA – Vigilância Sanitária, que tem uma relevân-
PR.S/2.4.1 GR2
cia enorme na regulação de temas relacionados à manutenção da higiene e da saúde
Desenvolver o serviço de epidemiologia, prevenindo e controlando a ocorrência de enfermida-
PR.S/2.4.2 des, através de pesquisas, elaboração de material informativo para a população e controle de GR2
endemias
Estabelecer nas regiões centros de referência para as doenças infecto-contagiosas, ampliando-
PR.S/2.4.3 se o potencial preventivo e educativo da saúde, além de preparar-se para situações de risco à GR2
saúde
Objetivo MP.S/2.5
Reativação e fortalecimento dos consórcios intermunicipais de saúde em ambas as regiões
Reativar o consórcio de saúde da região Norte e fortalecer o consórcio intermunicipal da região
PE.S/2.5.1 Noroeste (CONSPNOR), revendo a integração entre os municípios e o repasse de recursos EE1
financeiros do convênio junto a SESDEC, possibilitando inclusive a redução de custos operacionais

442 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Incrementar os consórcios intermunicipais de saúde, no âmbito interregional – melhorando a
comunicação entre os secretários Municipais de Saúde - visando a busca de soluções e pro-
PE.S/2.5.2 postas para problemas significativos na área e que podem ser melhor equacionados com a EE1
unificação dos recursos, uma vez que alguns problemas alcançam frequentemente dimensões
intermunicipais
Planejar para que municípios melhor preparados se tornem pólo de determinados serviços de
saúde ofertados em sua microrregião, regulamentando procedimentos que em alguns casos já
PE.S/2.5.3 EE1
ocorrem espontaneamente por parte dos pacientes e devem referenciados em torno daqueles
municípios que possuam as melhores condições na área
Pleitear, junto às instituições acadêmicas, a oferta de residências e internatos nas regiões,
PE.S/2.5.4 EE1
priorizando as áreas com baixa oferta de profissionais
Reorganizar, reordenar e equipar as centrais regionais de regulação, que organizam os aten-
dimentos entre municípios e otimizam os recursos disponíveis, verificando-se também os fluxos
PE.S/2.5.5 EE1
intermunicipais dos atendimentos realizados nos serviços de saúde, para uma melhor resoluti-
vidade dos sistemas
Objetivo MP.S/2.6
Ampliação da oferta de saneamento e abastecimento de água
Ampliar a oferta de saneamento para toda a população dos municípios, evitando a proliferação
PE.S/2.6.1 EE1
de enfermidades
Macroprograma MP.S/3
EE/GR/GM
Aumento da equidade social
Objetivo MP.S/3.1
Diminuição da pobreza e erradicação da indigência
Mapear as potencialidades de renda local, a partir do reconhecimento de capacidades produti-
vas existentes em grupos de população, ainda que de maneira incipiente e sem profissionaliza-
PE.S/3.1.1 EE1
ção, garantido-lhes possibilidades de aperfeiçoamento nestas funções e, posteriormente, incre-
mento da renda familiar
PE.S/3.1.2 Implantar cursos técnicos, profissionalizantes e programas de geração de trabalho renda EE1

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 443


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Criar programas municipais de diminuição do desemprego, ofertando benefícios fiscais e ou-
tros – como processos de capacitação subvencionados pelo poder público - para empresas e in-
PE.S/3.1.3 dústrias que absorverem mão de obra local, buscando-se disseminar o conceito de que quanto EE1
melhor estiver o contexto produtivo no qual um empreendimento se inserir melhor serão seus re-
sultados
Erradicar o trabalho infantil nas regiões, investindo em políticas públicas para o aumento da
renda familiar e para a inclusão educacional, que garanta a freqüência e o acompanhamento
PE.S/3.1.4 EE1
escolar, somado à implementação de um conjunto de medidas fiscalizadoras e protetivas, pri-
mordialmente nas áreas onde o trabalho infantil vem ocorrendo
Articular as instituições locais de assistência social, especialmente àquelas que desenvolvem
PE.S/3.1.5 EE1
trabalhos afins, buscando incrementar seus recursos e estratégias de crescimento
Objetivo MP.S/3.2
Melhoria dos indicadores de qualidade de vida da população
Considerar o conjunto de programas do
Macroprograma MP.S/7 – Geração de Trabalho e Renda
Objetivo MP.S/3.3
Ampliação da oferta de serviços públicos, com destaque para a ampliação da cobertura e do atendimento dos grupos vulneráveis
Mapear as demandas sociais mais urgentes na área da assistência social em todos os municí-
PM.S/3.3.1 GM1
pios em questão
Ampliar / qualificar as ofertas e serviços do CRAS e CREAS - incluindo-se o atendimento das
demandas não atendidas, visto que ambos os Centros de Referência são a porta de entrada
PM.S/3.3.2 GM1
aos serviços de Proteção Básica e Especial e, portanto, articulam os outros serviços ofertados
pela assistência social
Trabalhar na política de assistência social de maneira preventiva, aplicando os diversos pro-
gramas de favorecimento e proteção social aqueles necessitados, voltado para a valorização
PM.S/3.3.3 GM1
das capacidades dos seres humanos, evitando assim o reforço do assistencialismo histórico
brasileiro e reforçando o trabalho da equipe na prática desta mentalidade

444 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implantar um Programa de Apoio às Famílias que ofereça palestras, cursos e encontros em
grupo sobre os principais problemas e dificuldades enfrentadas, melhorando seu nível de in-
PM.S/3.3.4 GM1
formação e conhecimentos gerais sobre questões relevantes e empoderando-as para lidarem
de forma autônoma com suas vidas
Ampliar e melhorar o atendimento das políticas públicas ofertadas nas diferentes áreas, garan-
PM.S/3.3.5 GM1
tindo a todos condições equânimes de acessibilidade e resolutividade aos serviços
Capacitar gestores e técnicos da área da assistência social, preparando-os continuamente para
lidar com as demandas de seu trabalho e para serem ativos e criativos diante da possibilidade
PM.S/3.3.6 GM1
de encontrarem alternativas novas para os problemas, incluindo-se a elaboração de projetos na
área privada e/ou pública
Articular as instituições locais de assistência social, especialmente àquelas que desenvolvem
PM.S/3.3.7 GM1
trabalhos afins, buscando incrementar seus recursos e estratégias de crescimento
Fortalecer e apoiar às entidades civis organizadas, as associações diversas e as ONGs dos
PM.S/3.3.8 municípios, proporcionando melhores condições para que estas ampliem sua capacidade de GM1
atuação
Valorizar e divulgar melhor os Programas e Projetos Regionais e Territoriais existentes, tornan-
PM.S/3.3.9 GM1
do-lhes conhecidos e melhor utilizados pelas populações
Elaborar projetos de preparação de vias, escolas e outros locais públicos que promovam o
PM.S/3.3.10 acesso dos portadores de necessidades especiais, garantindo-lhes o convívio social e o exercí- GM1
cio da cidadania ofertados pela assistência social
Elaborar um Plano Regional/Interregional de Transporte Público Coletivo, promovendo a aces-
sibilidade dos habitantes aos serviços e facilidades existentes em municípios vizinhos, aumen-
PM.S/3.3.11 tando suas opções e potencializando a integração regional aqueles necessitados, voltado para GM1
a valorização das capacidades dos seres humanos, evitando assim o reforço do assistencialis-
mo histórico brasileiro e reforçando o trabalho da equipe na prática desta mentalidade
Articular as empresas locais, a Educação e a Assistência Social para que alunos portadores de
PM.S/3.3.12 necessidades especiais sejam capacitados e contratados para a prática de estágios e/ou traba- GM1
lhos

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 445


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Ampliar os serviços e as políticas públicas ofertadas aos idosos, sejam estas assistencialistas
e/ou na área dos esportes, lazer, cultura, educação e outras, de maneira a propiciar-lhes o
PM.S/3.3.13 convívio social, o reconhecimento dos seus saberes construídos ao longo da vida, além de GM1
garantir-lhes uma vida digna, através dos cuidados necessários ao seu estágio de desenvolvi-
mento particular
Articular as governanças locais em busca de uma integração ampla, que constitua Associa-
PM.S/3.3.14 ções Intermunicipais e Interregionais, que objetivem a construção de estratégias de desenvol- GM1
vimento conjuntas de acessibilidade e resolutividade aos serviços
Objetivo MP.S/3.4
Aumento das oportunidades de trabalho e aumento da renda familiar
Mapear as potencialidades de renda local, a partir do reconhecimento de capacidades produti-
vas existentes em grupos de população, ainda que de maneira incipiente e sem profissionaliza-
PE.S/3.4.1 EE1
ção, garantido-lhes possibilidades de aperfeiçoamento nestas funções e, posteriormente, in-
cremento da renda familiar
PE.S/3.4.2 Implantar Cursos Técnicos, Profissionalizantes e Programas de Geração de Trabalho Renda EE1
Criar Programas Municipais de Diminuição do Desemprego, ofertando benefícios fiscais e ou-
tros – como processos de capacitação subvencionados pelo Poder Público - para Empresas e
PE.S/3.4.3 Indústrias que absorverem mão de obra local, buscando-se disseminar o conceito de que quan- EE1
to melhor estiver o contexto produtivo no qual um empreendimento se inserir melhor serão seus
resultados
Obs.: Considerar além destes, todos os programas do Macroprograma MP.S/7 – Geração de Trabalho e Renda
Objetivo MP.S/3.5
Melhoria das condições habitacionais
Obs.: Considerar todos os Programas do Macroprograma MP.S/4 - Reestruturação Habitacional e Coordenação da Expansão Urbana
Macroprograma MP.S/4
EE/GR/GM
Reestruturação Habitacional e Coordenação da Expansão Urbana

446 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/4.1
Melhoria das Condições Habitacionais
Promover o levantamento das demandas habitacionais dos municípios, através da construção
PR.S/4.1.1 de um Sistema de Cadastros de Déficit Habitacional e Habitações Inadequadas, que não ofere- GR1
cem condições ou que restringem a habitabilidade de seus ocupantes
Estimular e buscar parcerias para a produção de novas moradias e para a implantação dos
programas de reabilitação e melhorias habitacionais, através de parcerias público-privadas, a
PR.S/4.1.2 realização de programas de construção de moradias pelo regime associativista ou por consór- GR1
cios habitacionais, a implantação de bancos de materiais de construção e de terrenos, entre
outros
Captar recursos estaduais e federais para a execução de obras de melhorias habitacionais nos
PR.S/4.1.3 GR1
municípios
Realizar obras que garantam a qualidade infra-estrutural urbana mínima, ampliando as redes
de saneamento e abastecimento de água, coleta de lixo, melhoria das vias e transportes públi-
PR.S/4.1.4 GR1
cos, sinalização e iluminação, arborização, investindo e requalificando praças e espaços públi-
cos como espaços de lazer e convivência social
Criar o Programa de Auxilio Construtivo para a população de menor renda, através do forneci-
PR.S/4.1.5 mento de projetos como o padrão de arquitetura, estrutural, hidráulico e elétrico e de assistên- GR1
cia técnica e jurídica para a autoconstrução
Buscar soluções construtivas não convencionais, compatíveis com os padrões de ocupação
existentes em cada território e com as necessidades e especificidades da população a ser a-
PR.S/4.1.6 GR1
tendida, priorizando as possibilidades de reaproveitamento de desmanches/demolições a partir
da formação de um Banco de Materiais Regional, que receba os descartes e articule sua reutilização
Objetivo MP.S/4.2
Ordenamento dos crescimentos populacionais desordenados
Elaborar e/ou revisar os instrumentos institucionais legais que assegurem o ordenamento terri-
torial, como o Plano Diretor, que inclui a regulamentação do uso e ocupação do solo e outros,
PE.S/4.2.1 como os Planos Locais de Habitação de Interesse Social, destacando-se planejamentos habi- EE1
tacionais específicos para os municípios que tem como expectativa o recebimento de grandes
aumentos populacionais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 447


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Alocar na malha urbana e na Zona Rural os espaços de expansão urbana, adensamento e
implantação de grupos distribuídos de habitações para os extratos sociais de menor renda,
PE.S/4.2.2 EE1
evitando concentrações que induzam à discriminação ou tratamento não equânime na diversi-
dade social
Implantar um programa de monitoramento e fiscalização da expansão urbana, com o apoio de
tecnologias e instrumentos atuais como foto-satélites, referenciamentos geoprocesados, contro-
PE.S/4.2.3 EE1
lando a proliferação da instalação de novas moradias em terrenos irregulares, encostas, mar-
gens de rios e áreas degradadas
Objetivo MP.S/4.3
Regularização Fundiária
Efetivar Programa de Regularização Fundiária e Urbanização de Loteamentos e Assentamen-
tos que se encontrem irregulares ou incompletos, assegurando o direito de posse e as condi-
ções de urbanização aos moradores, por meio da titulação reconhecida institucionalmente das
PM.S/4.3.1 GM2
moradias, possibilitando pedidos de financiamento e ampliação de negócios. Para tal, deve ser
exigido dos proprietários dos loteamentos e/ou incorporadores o cumprimento das condições
legais aplicáveis a cada um e a todos eles, incluindo a adequação às leis ambientais municipais
Objetivo MP.S/4.4
Prevenção e controle de enchentes
Implantar Programa de Prevenção e Controle de enchentes, objetivando o monitoramento de
PM.S/4.4.1 volume de água dos rios e de previsões metereológicas, instauração de sistemas de comunica- GM2
ção eficazes com sinais de alerta para acidentes naturais e outros
Constituir um Sistema Regional de Apoio às Populações em caso de acidentes naturais, inte-
grado com a Defesa Civil para garantir o abrigamento, apoio e recuperação das famílias atingi-
PM.S/4.4.2 GM2
das pelos problemas de enchentes e inundações, diminuindo os impactos sociais e econômicos
resultantes destes fenômenos
Constituir um Fundo Regional para Acidentes Naturais, com reservas orçamentárias próprias,
PM.S/4.4.3 GM2
destinadas à recuperação de municípios afetados nestes casos

448 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/4.5
Acompanhamento das Desapropriações
Implementar um Programa de Acompanhamento das Desapropriações realizadas em virtude
PM.S/4.5.1 dos grandes empreendimentos e/ou remoções amplas previstas para áreas de risco, buscando- GM1
se minimizar os impactos destes processos para as populações atingidas
Objetivo MP.S/4.6
Ampliação da oferta de Serviços Públicos
Realizar obras que garantam a qualidade infra-estrutural urbana mínima, ampliando as redes
de saneamento e abastecimento de água, coleta de lixo, melhoria das vias e transportes públi-
PE.S/4.6.1 EE1
cos, sinalização e iluminação, arborização, investindo e requalificando praças, espaços e equi-
pamentos públicos como locais para lazer e convivência social
Macroprograma MP.S/5
GR
Aumento da Segurança Pública
Objetivo MP.S/5.1
Diminuição dos Índices de violência e criminalidade
Implantar e/ou ampliar os Programas de Prevenção da Criminalidade para ambas as regiões –
sejam estes estaduais ou municipais - direcionados especialmente para os jovens como, por
PR.S/5.1.1 GR1
exemplo, os programas desportivos municipais, programas de geração de trabalho e renda,
como por exemplo o Programa Jovem Aprendiz, etc.
Criar ações que promovam a participação ativa da comunidade na discussão das questões de
PR.S/5.1.2 segurança pública, com a criação e/ou fortalecimento dos Conselhos Municipais e de organis- GR1
mos comunitários para o enfrentamento de situações de violência urbana
Implantar um conjunto de ações de fiscalização, sinalização, melhoria na qualidade das rodo-
PR.S/5.1.3 vias, programas para prevenção de acidentes, entre outras ações que aumentem a segurança GR1
no trânsito, considerando os altos indicadores de óbitos por acidentes de transporte
Investir na chamada repressão classificada, que tem como premissa básica buscar os crimi-
PR.S/5.1.4 nosos mais “perigosos” para a sociedade e no mais breve espaço de tempo investigá-los, pro- GR1
cessá-los e condená-los

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 449


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/5.2
Melhoria da execução da Segurança Pública dos Municípios
Implantar Programas de treinamento/qualificação dos profissionais da Segurança Pública, inclu-
PR.S/5.2.1 indo aqueles que trabalham na gestão do sistema, preparando-os para o melhor desempenho GR1
de suas funções
Criar Programas de Segurança Pública para os municípios, envolvendo a estruturação, expan-
PR.S/5.2.2 GR1
são e modernização da logística e de seus quadros efetivos
Implantar o Sistema de Informações Gerenciais da Segurança Pública, que integre em um ban-
co de dados as informações das Policias Civil e Militar, de segurança do Governo Federal e
PR.S/5.2.3 GR1
outras entidades com fins semelhantes, ampliando o conhecimento geral das informações e,
consequentemente, gerando uma maior efetividade no combate à criminalidade
Capacitar as unidades policiais para o uso destes recursos da tecnologia de informação, cri-
PR.S/5.2.4 GR1
ando e/ou aprimorando o disque denuncia nos municípios
Incorporar o conceito de estratégia à própria forma como o Estado trata a Segurança Pública
no contexto das políticas sociais, elaborando critérios de gestão e planejamento sobre as ques-
PR.S/5.2.5 GR1
tões orçamentárias, a partir de instrumentos gerenciais eficazes e salários adequados para que
a política de segurança cumpra sua função

Objetivo MP.S/5.3
Melhoria do sistema prisional local e diminuição das reincidências criminais

Buscar recursos e financiamentos para melhorar e modernizar as condições do sistema prisio-


PR.S/5.3.1 GR2
nal local
Criar Programas de Capacitação para os detentos, preparando-os para a inserção no mercado
PR.S/5.3.2 GR2
de trabalho, ampliando suas oportunidades de empregabilidade
Implantar um Programa de Acompanhamento dos egressos no processo de reinserção social,
PR.S/5.3.3 através de ações como monitoramento temporário destes no processo de liberdade assistida, GR2
parcerias e incentivos às empresas locais para contratação destes e outros

450 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.S/5.4
Aumento da Equidade Social
PR.S Considerar todas as metas e programas deste Macroprograma GR1
Macroprograma MP.S/6
GM
Ampliação da oferta e qualidade das políticas desportivas
Objetivo MP.S/6.1
Ampliação das práticas desportivas ofertadas à população
PM.S/6.1.1 Destinar e alocar recursos municipais orçamentários regulares para as práticas desportivas GM1
Melhorar continuamente a infraestrutura para as práticas desportivas, a partir de pesquisas
sobre os déficits existentes e interesses prioritários das populações, incluindo a construção de
PM.S/6.1.2 GM1
novos espaços e a revitalização daqueles já existentes e a aquisição contínua de materiais,
tanto nos centros urbanos como nas áreas rurais
Organizar programas municipais continuados de esportes, que incluam diversas práticas des-
PM.S/6.1.3 portivas para diferentes faixas etárias, gerando benefícios como a internalização de normas e GM1
valores, a melhoria da saúde, a convivência em grupo, dentre outros
Apoiar e incentivar os projetos desportivos que já acontecem nos municípios, favorecendo a
PM.S/6.1.4 ampliação dos núcleos existentes do Programa de Iniciação Esportiva, aumentando suas capa- GM1
cidades de atendimento e os resultados atingidos
Investir para que os municípios sediem jogos em seus espaços esportivos, inclusive a partir de
PM.S/6.1.5 eventos intermunicipais, enfatizando o turismo desportivo que poderá alavancar melhorias infra- GM1
estruturais e movimentar a economia dos municípios
Implementar um programa esportivo específico para crianças e adolescentes, extra currículo
escolar e gratuito, com uma equipe de professores que acompanhe alunos em bairros, periferi-
PM.S/6.1.6 GM1
as e zonas rurais, semanalmente, em aulas de esportes, através de um sistema de rotatividade
que abranja um grande número de localidades municipais
Incentivar e apoiar a participação de times e desportistas locais em eventos esportivos intermu-
nicipais e interregionais, em campeonatos e competições, buscando auxiliar financeiramente
PM.S/6.1.7 GM1
com transportes e aquisição de outros recursos necessários, incrementando as atrações ofer-
tadas à população e seus visitantes

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 451


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Desenvolver projetos de práticas esportivas junto ao potenciais ambientais locais, como a práti-
ca de surf, canoagem, trilhas e outras modalidades afins, para a utilização da população e dos
PM.S/6.1.8 GM1
turistas, buscando auxiliar financeiramente com transportes e aquisição de outros recursos
necessários, incrementando as atrações ofertadas à população e seus visitantes
Macroprograma MP.S/7
EE
Geração de Trabalho e Renda
Objetivo MP.S/7.1
Geração de novas oportunidades de trabalho
Mapear as competências regionais, incluindo a cadeia de suprimentos das grandes empresas
para a integração entre empreendimentos, o encadeamento das cadeias produtivas, a forma-
PE.S/7.1.1 EE1
ção de possíveis cooperativas e a adequação da capacitação de mão de obra local ao mercado
de trabalho
Desenvolver atividades produtivas que dinamizem a economia regional, através da ação con-
PE.S/7.1.2 EE1
junta de atração de empreendimentos e/ou ampliação dos espaços produtivos locais
Mapear e reconhecer os potenciais turísticos locais, constituindo os chamados Circuitos Turísti-
PE.S/7.1.3 cos Regionais, que integrem os inúmeros atrativos naturais, históricos, culturais e outros, fo- EE1
mentando o crescimento do turismo como uma atividade econômica potente
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor aos produtos locais, utilizan-
do matérias primas existentes como o calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura,
PE.S/7.1.4 EE1
que poderão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologias, criatividade,
preparação de mão de obra, formação de cooperativas e outras iniciativas afins
Implementar projetos de integração entre as empresas fornecedoras locais, buscando-se a
PE.S/7.1.5 formação de cadeias produtivas, APLs e outros arranjos, conectando-as e estabelecendo par- EE1
cerias que otimizem os recursos existentes
Reconhecer e valorizar as atividades culturais e artísticas municipais e regionais como recursos
fundamentais, não apenas ao patrimônio intangível constituído, mas também como recursos
PE.S/7.1.6 EE1
passíveis de gerarem renda, formarem capital humano e ampliarem positivamente os ciclos
econômicos locais

452 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Promover a regularização fundiária das áreas produtivas, com a regulamentação dos documen-
PE.S/7.1.7 tos de propriedade das terras, em especial na zona rural, garantindo aos moradores a posse e EE1
possibilitando-lhes pedidos de financiamento e ampliação dos negócios
Objetivo MP.S/7.2
Melhoria da qualidade do emprego e do bem estar do trabalhador
Apoiar e/ou ampliar projetos associativos ou cooperados, como alternativa de trabalho, unifica-
PE.S/7.2.1 ção de potenciais em torno de objetivos comuns, diminuição de custo e incremento da qualida- EE2
de dos produtos e da renda gerada
Melhorar as condições de trabalho locais, buscando-se a diminuição da informalidade em con-
sonância com a diminuição da precariedade do trabalho, fiscalizando as empresas no exercício
PE.S/7.2.2 dos seus deveres, garantindo uma remuneração média condizente com as funções exercidas EE2
pelos trabalhadores, ao mesmo tempo que reconhecendo-os legalmente sempre que estiver
dentro do modelo esperado
Objetivo MP.S/7.3
Preparação dos municípios para a atração de novos investimentos e melhor qualificação da população de acordo com as atividades produtivas
regionais
Criar um Projeto Regional de Capacitação de mão de obra, que inclua qualificação e re-
qualificação da mão-de-obra local - utilizando os recursos e conteúdos disponíveis no Fundo de
PE.S/7.3.1 Amparo ao Trabalhador, FAT, e outros - compatível às necessidades do mercado, promovendo EE1
também a ampliação da empregabilidade local, a partir do melhor encaminhamento do capital
humano existentes nos diferentes municípios
Implementar um Programa de Capacitação Regional voltado para o empresariado, abrangendo
o desenvolvimento dos negócios, através de cursos de gestão, empreendedorismo, criação e
PE.S/7.3.2 inovação, reconhecimento de oportunidades existentes nos mercados nacional e internacional, EE1
entre outros conhecimentos de relevância para a profissionalização das atividades produtivas
locais
Qualificar a mão de obra para atuar especificamente no setor turístico em seus diversos aspec-
PE.S/7.3.3 tos, como receptivos, guias, promoção de eventos, hotelaria, restaurantes e outros, de forma a EE1
consolidar o turismo como uma atividade produtiva permanente e de qualidade

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 453


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implementar um conjunto de ações que resultem no aumento do IQM, através da capacitação
dos municípios para o recebimento de novos empreendimentos, aumento do dinamismo da
PE.S/7.3.4 economia, melhoria da formação dos gestores públicos da infra estrutura local, dentre outras EE1
voltadas para o desenvolvimento econômico sustentável, que inclui também o bem estar das
populações
Organizar planos de fomento à créditos para as empresas, bem como captar recursos financei-
PE.S/7.3.5 EE1
ros para projetos de inovação das cadeias produtivas locais
Melhorar as vias de acesso entre as áreas rurais e urbanas, rodovias intermunicipais e interes-
PE.S/7.3.6 taduais, facilitando o escoamento da produção, o trânsito de moradores, turistas, como um fator EE1
essencial para a promoção da integração regional e interregional em seus diversos aspectos
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor aos produtos locais, utilizan-
do matérias primas existentes como o calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura,
PE.S/7.3.7 EE1
que poderão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologias, criatividade,
preparação de mão de obra, formação de cooperativas e outras iniciativas afins
Promover a regularização fundiária das áreas produtivas, com a regulamentação dos documen-
PE.S/7.3.8 tos de propriedade das terras, em especial na zona rural, garantindo aos moradores a posse e EE1
possibilitando-lhes pedidos de financiamento e ampliação dos negócios
Objetivo MP.S/7.4
Aumento da capacitação /profissionalização dos habitantes
Criar um Projeto Regional de Capacitação de mão de obra, que inclua qualificação e re-
qualificação da mão-de-obra local - utilizando os recursos e conteúdos disponíveis no Fundo de
PE.S/7.4.1 Amparo ao Trabalhador, FAT, e outros - compatível às necessidades do mercado, promovendo EE1
também a ampliação da empregabilidade local, a partir do melhor encaminhamento do capital
humano existentes nos diferentes municípios
Organizar os Centros de Produção Comunitários, CPC, em bairros urbanos e núcleos rurais,
criando-se um espaço para que a população utilize seus conhecimentos no processo produtivo,
PE.S/7.4.2 somado à seu aperfeiçoamento em cursos profissionalizantes, tais como costura, coleta sele- EE1
tiva, marcenaria, hortas comunitárias, produtos de limpeza e outros que forem mapeados nas
regiões

454 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Implementar os Centros de Vocação Tecnológica onde não se fazem presentes, promovendo a
melhor adaptação dos trabalhadores aos processos de mudanças estruturais e tecnológicas
PE.S/7.4.3 EE1
previstos, considerando-se especialmente grandes empreendimentos locais que envolvem
conhecimentos de alta tecnologia
Capacitar os produtores rurais, em parceria com órgãos como a EMATER e outras instituições
PE.S/7.4.4 EE1
similares, preparando-os continuamente para o aprimoramento de seus processos produtivos
Diversificar e melhorar a qualidade da produção, agregando valor aos produtos locais, utilizan-
do matérias primas existentes como o calcário, as pedras ornamentais e a própria agricultura,
PE.S/7.4.5 EE1
que poderão tornar-se mais lucrativas com a introdução de novas tecnologias, criatividade,
preparação de mão de obra, formação de cooperativas e outras iniciativas afins
Implementar um Programa de Capacitação Regional voltado para o empresariado, abrangendo
o desenvolvimento dos negócios, através de cursos de gestão, empreendedorismo, criação e
PE.S/7.4.6 inovação, reconhecimento de oportunidades existentes nos mercados nacional e internacional, EE1
entre outros conhecimentos de relevância para a profissionalização das atividades produtivas
locais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 455


Carteira de Projetos Iniciais: Político Administrativo
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.PA/1
EE1
Políticas Públicas Municipais e Regionais
Objetivos PA/1.1 e PA/1.2 e PA/1.3
• Político-Administrativo Geral
• Constituição da Comunidade Econômica Norte - Noroeste Fluminense
• Sistema de Informação Regional Multiníveis , Multiacesso, em Rede
Administrar os tempos e sincronicidades em consonância com as demandas provenientes da
PS.PA/1.1-2-3.1 implantação dos empreendimentos, utilizando de soluções não convencionais para promover o ES1
ajustamento e a compensação dos defasamentos que existem e existirão
PE.PA/1.1-2-3.2 Promover a formação e constituir a governança regional e seus instrumentos de gestão EE1
Negociar com os grandes grupos investidores para a internalização das cadeias produtivas,
PE.PA/1.1-2-3.3 EE1
particularmente, o conhecimento, tecnologia e inovação, e a substituição de importações
Programar a implantação gradual, a partir de agora, das plataformas de inteligência e gestão
PS.PA/1.1-2-3.4 avançada regionais, distribuídas no território, voltadas para apoiar e suportar as suas aglome- ES1
rações produtivas e a formação de sua população
As políticas públicas devem se pautar pela adoção de códigos de ética, contratos de gestão,
possibilidades de adoção de estratégias de choque para mudanças estruturais de maior pro-
PR.PA/1.1-2-3.5 GR1
fundidade e extensão, dando cobertura para a introdução de processos de transformação ou
iniciativas similares sempre que necessários
Negociar com priorização, com os governos estadual e federal, os investimentos regionais de
PE.PA/1.1-2-3.6 EE1
infraestrutura e serviços
Constituir o marco institucional legal regional para as regulações e regulamentações dos assun-
PE.PA/1.1-2-3.7 tos de interesse comum e que permeiam todos os municípios e afetam à Região Norte- EE2
Noroeste integrada e sua população
A cultura do desenvolvimento deve ser cultivada, disseminada e propalada, realimentada e
PE.PA/1.1-2-3.8 valorizada, como o melhor patrimônio da Região e dos municípios que a constituem, o símbolo EE1
de sua identidade

456 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Formalizar a constituição da atuação integrada com um pacto de co-operação entre as Regiões
PE.PA/1.1-2-3.9 EE1
seguido pela constituição da Comunidade Econômica Norte-Noroeste Fluminense
As políticas fiscais e tributárias devem substituir incentivos temporários e eventuais por incenti-
vos não financeiros associados a resultados e benefícios mensuráveis para a sociedade, legisla-
PE.PA/1.1-2-3.10 ção de cessões e equivalentes, valorização da responsabilidade social inserida no território de EE1
caráter persistente, ou seja, conduzindo esta questão para uma abordagem sistêmica, econômi-
ca e de sustentabilidade e prevenindo o imediatismo, a evasão ou renúncia ou guerra fiscal
Macroprograma MP.PA/2
EE1
Integração e Governança, Regionalização Político-administrativa
Objetivos PA/2.1 e PA/2.2
• Governança Regional
• Regionalização Político-administrativa
Constituir uma instituição, comunidade, comitê ou instituto, que deve aglutinar as Municipalida-
des, representações dos poderes legislativo e judiciário, as associações de classe regionais, as
empresas e instituições de educação e pesquisa, os sindicatos, as associações comunitárias, as
PS.PA/2.1-2.1 fundações e organizações não governamentais, os clubes e entidades sociais, entre outros ES1
segmentos e estratos da sociedade. Qualquer que seja a forma de sua organização, ela deve
possuir pelo menos uma assembléia, uma direção, um conselho técnico-consultivo e um conse-
lho fiscal
Constituir e operar aglomerações produtivas, qualquer que seja a sua denominação, representa
PE.PA/2.1-2.2 EE1
um facilitador e elemento de convergência notável, baixo custo e de alta efetividade
Construir a estrutura de capital e investimento regional com fundos próprios e de terceiros, a
PS.PA/2.1-2.3 partir da capitalização dos “royalties” do petróleo, preferencialmente, com a participação pública ES1
e privada, para constituir a decisão de investimento regional.
Estruturar e operar em redes regionais integradas com redes exógenas, em parcerias e alianças,
PS.PA/2.1-2.4 ES1
com bases de informação universitárias regionais

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 457


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Constituir uma fundação ou oscip, associada a uma rede cultural regional integrando todos os
municípios, voltada à preservação dos valores, patrimônios, símbolos, produção cultural, etc.
PS.PA/2.1-2.5 ES1
respondendo pela formação e alimentação permanente da cultura regional do desenvolvimen-
to, a ser mantida por uma parcela de recursos dos fundos regionais e contribuições regionais
Implementar um programa permanente regional de empreendedorismo, cobrindo todas as fai-
xas etárias desde a educação fundamental aos profissionais com senioridade. No caso da edu-
PE.PA/2.1-2.6 EE1
cação institucional deve ser criada e implantada uma disciplina de empreendedorismo e cida-
dania na educação municipal fundamental e no ensino médio e profissionalizante
Transformar em lei estadual o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste que
PS.PA/2.1-2.7 investido como um instituto legal regule o processo de desenvolvimento no horizonte de sua ES1
aplicabilidade e validade incluindo as disposições quanto à sua instrumentalização
Constituir as plataformas regionais de conhecimento, tecnologia e inovação e da rede regional
de tecnologia e conhecimento, NORTEC, com toda uma estrutura múltipla voltada para as ope-
PE.PA/2.1-2.8 EE1
rações de produção, desenvolvimento, guarda e preservação, multiplicação, formação e qualifi-
cação, nacionalização, entre outras
Constituir a rede social regional em articulação com uma rede de mobilização comunitária em
todo o território, suportado por um sistema de comunicação regional com televisões educativas,
PE.PA/2.1-2.9 televisões e rádios comunitárias, jornais e periódicos regulares incluindo um boletim mensal EE2
sobre o desenvolvimento regional a ser distribuído gratuitamente para toda a população em
suas residências
Organizar um núcleo de regulação e regulamentação regional, a partir da elaboração inicial, de
marcos institucionais-legais regionais que disciplinem e equalizem (uniformizem) as meta orien-
PS.PA/2.1-2.10 ES2
tações de interesse geral a todos os municípios, ao desenvolvimento da economia e à socieda-
de Norte-Noroeste
Macroprograma MP.PA/3
EE1
Planejamento Regional e Local (Municipal)
Objetivos PA/3.1 e PA/3.2
• Planejamento Regional
• Planejamento Municipal Associado ao Regional

458 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Organizar o acompanhamento da implementação do Plano de Desenvolvimento das Regiões Nor-
PS.PA/3.1-2.1 ES2
te-Noroeste Fluminense nos trabalhos regulares da governança regional, a partir de 2011 até 2040
Assistir os processos de atualização ou desenvolvimento dos planos municipais de desenvol-
PS.PA/3.1-2.2 vimento, estimulando, orientando e promovendo a sua integração com o Plano Regional e os ES3
Cenários Prospectivos
Exercitar o planejar integrado entre a Região e seus municípios, de maneira que o desenvolvi-
mento regional passe a constituir auto-regulação que se incorpora como parte integrante da
cultura de desenvolvimento. Esta auto-regulação propiciará a visibilidade do que se passa no
PE.PA/3.1-2.3 sistema e o desempenho do processo pelos monitoramentos recíprocos que produzem reali- EE1
mentações múltiplas que aumentam as chances de um número majoritário de comportamentos
em correspondência aos compromissos assumidos tanto no ambiente das governanças das
Municipalidades, quanto na governança regional e vice versa
Macroprograma MP.PA/4
ES1
Sistema Regional de Poupança e “Funding” para Investimentos
Objetivos PA/4.1 e PA/4.2
• Fundo Regional de Desenvolvimento Sustentável, FUNOR
• Constituição do Centro Financeiro e de Negócios na Rede de Serviços e Comércio do Norte-Noroeste Fluminense
Constituir os fundos regionais, em complementação à disseminação dos fundos municipais,
todos eles na modalidade investimento, com regulações próprias e conselhos gestores ativos,
PS.PA/4.1-2.1 ES1
fiscalizados por organismos independentes, operando em uma rede regional e observando as
orientações de distributividade territorial estrategicamente estabelecidas
Disseminar os fundos municipais como parte integrante dos processos de investimentos públi-
PS.PA/4.1-2.2 cos municipais a serem utilizados na indução e fomento de investimentos produtivos nos muni- ES2
cípios segundo decisão integrada regional e municipal ou vice versa
Constituir a rede de cidades pólo de negócios da Região para abrigar as empresas e institui-
ções de comércio e logística (transportadores, armadores, distribuidores, despachantes alfan-
PE.PA/4.1-2.3 degários, etc.), financeiras, seguradoras e instituições de capital de risco, agentes de mercado EE1
e de bolsas de mercadorias e futuros, provedores de tecnologias e conhecimentos, prestadores
de serviços especializados, inclusive internacionais, empresas de conhecimento, entre outras

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 459


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.PA/5
ES2
Sistema de Monitoramento e Gestão da Implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos PA/5.1 e PA/5.2
• Sistema de Acompanhamento e Desempenho do Plano (desenvolvimento da Região) e da Governança Regional
• Gestão da Implementação das Carteiras do Plano de Desenvolvimento Sustentável
Construir e manter atualizado regularmente um portal de acompanhamento e monitoramento
PS.PA/5.1-2.1 do Plano de Desenvolvimento Sustentável, com capacidade de interação e interlocução com a ES2
sociedade
Transformar o sistema de monitoramento num instrumento de gestão da implementação medi-
PS.PA/5.1-2.2 ante incorporação de avaliações de resultados e apreciações e consultas pela população e ES3
parceiros da Região Norte-Noroeste Fluminense
Macroprograma MP.PA/6
EE1
Preparação dos Municípios para os Grandes Empreendimentos e Aglomerações Produtivas
Objetivos PA/6.1 e PA/6.2
• Grandes Empreendimentos
• Arranjos e Aglomerações Produtivas
Planejar os canteiros de obra para os mínimos impactos regionais, absorção máxima da mão
de obra regional, reaproveitamento sempre que possível das edificações e obras de urbaniza-
PE.PA/6.1-2.1 EE1
ção, lazer, etc., internalização do capital circulante, priorização de fornecedores regionais, entre
outras
Promover a profissionalização intensiva e acelerada de pessoas para usufruírem dos grandes
PE.PA/6.1-2.2 empreendimentos desde o seu canteiro de obra à sua operação em regime permanente, parti- EE1
cularmente usando de mecanismos não convencionais e de amplo processo de parcerias
Reestruturar os espaços urbanos, seus mobiliários, saneamento ambiental, infra-estrutura, etc.
aproveitando os grandes empreendimentos e aglomerações produtivas como uma oportunida-
PM.PA/6.1-2.3 GM1
de para o replanejamento urbano integrado que atenda ao que está sendo adicionado e a de-
mandas existentes, ainda não atendidas

460 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Atribuir um tratamento especial aos aspectos da regulação dos fluxos e da logística tanto em
PE.PA/6.1-2.4 termos de sua solução como em termos dos negócios que representa, nos níveis municipal, EE1
microrregional e regional
Capitalizar os grandes empreendimentos e/ou aglomerações produtivas para alavancar o de-
PR.PA/6.1-2.5 senvolvimento municipal e regional, para constituir a rede social participativa da população GR1
(ões), e o desenvolvimento do sistema financeiro local / regional
Utilizar as implantações de grandes empreendimentos e aglomerações produtivas para promo-
ver a internalização de suas cadeias produtivas, a partir do fornecimento aos canteiros de obras
PE.PA/6.1-2.6 EE1
com provedores regionais ou que venham a ali se instalar; considerar este o condicionamento
prioritário de qualquer processo de compensação entre empreendimento e Municipalidade
Associar mandatoriamente, todo grande empreendimento e aglomeração produtiva a uma base
PE.PA/6.1-2.7 conhecimento regional no sentido de assegurar sua vinculação persistente, seja na condição de EE1
depositária ou de desenvolvimento e inovação, além da formação tradicional
Constituir, nos ambientes de governança das Municipalidade e o Regional, as salas dedicadas
aos investidores e empreendedores, dotadas de tudo o que se faz necessário e dos procedi-
PS.PA/6.1-2.8 ES3
mentos operacionais e em rede indispensáveis à tomada de decisão em condições altamente
competitivas e expeditas
Constituir previamente à implantação dos empreendimentos ou aglomerações , os marcos insti-
PS.PA/6.1-2.9 tucionais legais pertinentes atribuindo regras estáveis e isonômicas que regulem as suas ativi- ES1
dades, como uma segurança, conforto e sustentabilidade de todos os partícipes em tais processos
Converter sistemática e com rigor, como princípio geral, todas as iniciativas de responsabilida-
de social dos grandes empreendimentos e aglomerações produtivas em novos empreendimen-
PS.PA/6.1-2.10 ES3
tos e na formação dos intangíveis em atenção à prioridade dos planos municipais e regionais
que regem tais matérias
Macroprograma MP.PA/7
GM1
Qualificação e Modernização da Gestão Pública
Objetivos PA/7.1 e PA/7.2
Qualificação e Modernização da Gestão Pública

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 461


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Determinar quadros mínimos de pessoal, exclusivamente efetivos, em função de processos e
PM.PA/7.1-2.1 instrumentos de gestão avançados especificamente indicados para a gestão pública em ambi- GM1
entes de mudanças contínuas
Promover a profissionalização intensiva centrada em quadros permanentes, com qualificação e
PM.PA/7.1-2.2 GM1
aprendizado continuado como atributos de apreciação de planos de carreira
Valorizar a qualificação das pessoas, profissionais do serviço público, com a compressão de
PM.PA/7.1-2.3 GM2
sua quantidade e do dispêndio específico correspondente
Implantar organizações pouco ou não estruturadas, individualizadas e ajustadas a processos
PM.PA/7.1-2.4 evolutivos e demandas externas com diferenciação, com equipes de alto desempenho e grupos GM2
de projetos
PM.PA/7.1-2.5 Manter o marco institucional legal atualizado, com alto rigor técnico e alta flexibilidade operacional GM1
PE.PA/7.1-2.6 Implantar o empreendedorismo e cidadania como disciplina regular da educação pública municipal EE1
PM.PA/7.1-2.7 Informatizar e instrumentalizar os serviços públicos municipais GM1
Constituir sistema de planejamento e desenvolvimento municipal com, pelo menos, um plano
de desenvolvimento de longo prazo, direcionando o conjunto de ações públicas em todas as
PM.PA/7.1-2.8 suas áreas de atuação, priorizando o desenvolvimento dos capitais intangíveis de sua popula- GM1
ção e a integração e participação regional como parte de sua estratégia de desenvolvimento do
território
PM.PA/7.1-2.9 Adotar a integração e operação em rede para os públicos e relações externas GM1
Constituir e intensificar a atuação dos conselhos e grupos de coordenação e decisão coletiva,
PM.PA/7.1-2.10 GM2
como parte da estratégia de mobilização e participação comunitária contínua
Assumir a gestão por resultados com acompanhamento do desempenho e sua divulgação sis-
PM.PA/7.1-2.11 GM1
temática para os ambientes externos e população
Realizar programa e acompanhamento especial do desempenho municipal em relação ao mer-
PM.PA/7.1-2.12 cado e aos públicos alvo, no que se refere à qualidade dos serviços públicos da educação, GM1
prioritários, e da saúde, imediatamente a seguir, e da urbanização
Constituir o Fórum de Gestores Públicos do Norte-Noroeste Fluminense para promover as coorde-
PR.PA/7.1-2.13 nações de coordenações de ações e experiências, padronizações e uniformidades entre as Munici- GR1
palidades

462 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


Carteira de Projetos Iniciais: Institucional Legal
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Macroprograma MP.IL/1
ES/GR/EE
Regulação para o Desenvolvimento Regional - Integração e Conectividade
Objetivo MP.IL/1.1
Estruturação dos marcos legais regionais e municipais direcionados à regulação e regulamentação integrada regional / municipal
Instituir, estruturar os planos diretores regionais revisar ou atualizar os planos diretores munici-
PR.IL/1.1.1 pais de modo que possam ser adequados aos ditames dos instrumentos de políticas regionali- GR1
zadas e o zoneamento regional
Estruturar a unidade de organização para a governança regional, incluindo o núcleo de regula-
PS.IL/1.1.2 ES1
ção e regulamentação que lhe dê o suporte necessário para a sua atuação efetiva
Constituir o aparato ordenador e regulador regional com relação à sua atuação sobre a ordem
econômica, social, cultural e ambiental, sobre o planejamento e ordenação territorial, bem como
PE.IL/1.1.3 EE1
sobre a política de saneamento, com vistas a que sua ação contribua para proporcionar o bem
estar da população e a sustentabilidade
Identificar e constituir projetos, empreendimentos e ações que viabilizem a estruturação e atra-
ção de empreendimentos e investimentos, individualizados ou em arranjos ou cadeias, para o
desenvolvimento dos municípios como um conjunto harmônico, em que prevaleçam o aumento
e a distributividade da riqueza produzida pela exploração, com efetividade e com impactos ad-
PE.IL/1.1.4 EE1
ministrados, dos seus recursos naturais e a criação de uma economia própria constituída sobre
os seus diferenciais e sobre as oportunidades econômico-sociais e culturais dos mercados
circundantes, assegurando que esse processo incorpore o conhecimento e a complexidade,
gradual e consecutivamente
Estabelecer mecanismos de participação efetiva da comunidade e de seus representantes, em
especial na elaboração dos planos plurianuais de investimento, PPAs, das leis de diretrizes
orçamentárias anuais e dos orçamentos, criar programas que visem proporcionar a urbaniza-
PR.IL/1.1.5 ção e regularização jurídicas de áreas com assentamentos precários e irregulares, assim como GR1
promover a remoção e reassentamento de edificações construídas em locais tidos como non
aedificandi, promovendo a possibilidades de acesso regular à terra e à moradia, principalmente
nas cidades que atraem migrantes e população flutuante

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 463


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.IL/1.2
Regularização Fundiária
Promover o reparcelamento/titulação por cessão de direito – alienação (ato jurídico oneroso) ou
doação (ato jurídico gratuito), que consubstanciam-se num contrato em que se transfere a pro-
PR.IL/1.2.1 priedade de terreno público a particular, mediante remuneração (escritura de compra e venda) GR2
ou mesmo gratuitamente (doação), destinados, por excelência, para fins específicos de promo-
ção de programas habitacionais de urbanização e de regularização fundiária
Promover desapropriações para fins de urbanização específica de interesse social ou reurbani-
zação, necessárias para a consecução das intervenções físicas para atração de investimentos
PR.IL/1.2.2 GR2
e empreendimentos, e que tenham sua necessidade respaldada em diagnóstico e avaliação
setorial e propostas físico-ambiental e jurídica específicas
Avançar na reforma agrária fortalecendo a agricultura familiar orgânica e agroecológica garan-
tindo áreas agrícolas para suas atividades, ao mesmo tempo em que viabiliza a agricultura de
escala da cana, florestas comerciais, etc., ambas acompanhadas de assistência técnica, exten-
PR.IL/1.2.3 GR2
são rural e melhoria da qualidade de vida, diminuindo o êxodo rural e incentivando a diversida-
de de produção nas comunidades agrícolas, constituindo as ecovilas florestais, apoiando o
associativismo
Ampliar as políticas públicas para a construção de sociedades sustentáveis por meio de: manu-
tenção do homem no campo com a promoção da regularização fundiária, reestruturação agrá-
ria, introdução intensiva do desenvolvimento baseado em tecnologias avançadas e limpas vi-
PR.IL/1.2.4 sando à conservação e preservação dos biomas incluindo a criação e manutenção de corredo- GR2
res ecológicos e privilegiando o extrativismo natural de forma sustentável. Estes aspectos de-
vem ser inseridos em planos integrados, setoriais e sociais da Região Norte-Noroeste, do Esta-
do, e da União
Objetivo MP.IL/1.3
Regulação e regulamentação tributária e fiscal e administrativa regional
Criação de mecanismos regionais, através de pactos e protocolos de intenções, que disponham
acerca de incentivos fiscais isonômicos a serem concedidos às empresas que se instalarem no
PS.IL/1.3.1 ES1
Norte e Noroeste Fluminense, rechaçando, assim, qualquer guerra fiscal e preterimento de
local de instalação em função exclusiva de benesses fiscais

464 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
PS.IL/1.3.2 Implantar do mercado comum regional ES1
Constituir e referendar o Comitê de Desenvolvimento Regional, com a adesão de todos os mu-
PS.IL/1.3.3 nicípios e chancela legal do Estado do Rio de Janeiro, sob o regime jurídico próprio das OS- ES1
CIP’s
Constituir através de Consórcios intermunicipais, mecanismos de incentivos fiscais isonômicos
PS.IL/1.3.4 ES1
para atração de empreendimentos e investimentos
Macroprograma MP.IL/2
EE
Regulação ambiental extrativista para os grandes empreendimentos - nível regional
Objetivo MP.IL/2.1
Inter-relacionamento entre órgãos ambientais municipais, INEA e CONAMA
Objetivo MP.IL/2.2
Zoneamento ambiental integrado – zoneamento ecológico-econômico do Estado do Rio de Janeiro
Objetivo MP.IL/2.3
Identificação e delimitação de todas as APAs, APPs e RPPNs da Região
Objetivo MP.IL/2.4
Programas, nas três esferas de governo, que destinem recursos para a redução da vulnerabilidade social dos povos da cidade e do campo, dire-
tamente atingidos por empreendimentos de alto impacto
Objetivo MP.IL/2.5
Estruturação da vigilância em saúde ambiental articulada ao SISNAMA como política pública
Objetivo MP.IL/2.6
Fortalecimento da fiscalização dos processos produtivos e monitoramento do Estado, com a participação ativa da sociedade organizada no con-
trole social, visando uma produção mais limpa, assegurando tais atividades em legislação específica
Objetivo MP.IL/2.7
Estabelecer o marco regulatório da política de meio ambiente, implementando infraestrutura de fiscalização e proteção da saúde ambiental, inclu-
sive codificando a legislação ambiental regional

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 465


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Objetivo MP.IL/2.8
Implantação de uma política educacional em meio ambiente desenvolvida de forma intersetorial, nas esferas pública e privada
PE.IL/2.1.8 Articular com as instituições mencionadas a execução das ações correspondentes a cada uma delas EE1
Macroprograma MP.IL/3
Regulação de políticas incentivos e subsídios, fundos e consórcios intermunicipais - mecanismos de eficácia plena GR
de integração dos municípios
Objetivo MP.IL/3.1
Articulação política e administrativa, desenvolvimentos em parceria e distribuição de responsabilidades
Descentralizar e automatizar os serviços, visando o atendimento direto e imediato à população
regional, com redução de custos, eliminação de controles superpostos e imposição de deslo-
camentos desnecessários;
PR.IL/3.1.1 GR1
Aplicar mecanismos legais para promover a maior descentralização possível, no âmbito do
Norte –Noroeste de funções estaduais, federais e do terceiro setor, ampliando o sistema recur-
sivo de governança regional
Adotar mecanismos que favoreçam a articulação, integração e complementaridade entre os
setores públicos dos próprios municípios e da Região com o Estado e a União, com o setor
PR.IL/3.1.2 privado, bem como a construção de parcerias com a sociedade nos seus diferentes segmentos GR1
para a co-operação com organismos e mercados internacionais e estrangeiros, muitas vezes
regidos por regulações e legislações próprias, estrangeiras ou do mercado internacional
Objetivo MP.IL/3.2
Criação / operação de comitês e conselhos intermunicipais - institucionalização
Criar e operacionalizar os órgãos municipais e inter-municipais e regionais de aconselhamento
PR.IL/3.2.1 e colegiado, como instância recursivas de governança, de tomada de decisões e deliberações GR2
normativas
Adotar critérios de eficiência, racionalidade e agilidade na prestação de serviços públicos regi-
PR.IL/3.2.2 onais, de modo a garantir aos seus usuários uma prestação de boa qualidade ao menor custo GR2
em tempo mínimo de resposta

466 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Flexibilizar e eliminar formalidades e procedimentos que retardem ou dificultem o acesso e a
PM.IL/3.2.3 obtenção da prestação pública de serviços ou que agilize sua execução, especialmente na GM2
viabilização de investimentos produtivos
Objetivo MP.IL/3.3
Criação de consórcios intermunicipais, arranjos produtivos, etc. - como forma de compartilhar a decisão, recursos e resultados e significados,
criar sinergias enfatizando os grandes empreendimentos
Constituir regulação regional para a formação de aglomerações produtivas regionais e munici-
pais sob a forma de arranjos produtivos locais e regionais, pólos, clusters de cadeias produti-
PS.IL/3.3.1 ES1
vas, parques e vilas de empresas de base tecnológica, cultural, comercial e industrial, aeró-
dromo de indústria, etc.
Macroprograma MP.IL/4
GM/ES/EE
Qualificação e modernização da gestão pública - integração e conectividade
Objetivo MP.IL/4.1
Articulação política e administrativa, desenvolvimentos em parceria e distribuição de responsabilidades
Remodelar os critérios de orçamentação habitualmente utilizados, baseados em metodologias
na modalidade “balance and bound”, por critérios de eficácia associados aos resultados e cons-
tituição de significados prioritários, com consultas à comunidade sempre que possível e um
PM.IL/4.1.1 grupo gestor propiciando uma revisão no sentido de torná-la um instrumento efetivo da gestão GM1
financeira nos dois níveis propostos o da municipalidade e de cada uma de suas áreas, e o do
seu alinhamento com empreendimentos orientados regionais

Estruturar e atuar as municipalidades e a Região para planejar, ordenar, regular e induzir os


processos de desenvolvimento econômico-social do município e da região, de forma integrada
e simultânea, de modo pró-ativo e orientado para as vantagens de seus diferenciais, para as
PS.IL/4.1.2 ES1
oportunidades e para as escolhas de sua população, mobilizando e fazendo dessa sociedade
um parceiro ativo a quem caberá conduzir a maioria dos empreendimentos, sejam eles projetos
ou programas

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 467


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade

Re-organizar ou reestruturar os seus quadros efetivos de pessoal criando grupos de compe-


tência, dotados de qualidade e excelência, bem remunerados, assistidos por marco legal que
incentive resultados e mérito, bastante reduzido desde que apoiado por uma extensa e intensa
PM.IL/4.1.3 instrumentalização e informatização dos serviços públicos e das facilidades e condições de
acesso para a população. Programas de re-qualificação e atualização, especialização e desen- GM1
volvimento devem se tornar parte regular da rotina do pessoal, o que deve ser obtido numa
atuação conjunta regional que além de viabilizar e homogeneizar conhecimentos, ainda contri-
buem para estreitar o sistema de relações inter-pessoais

Identificar e constituir projetos, empreendimentos e ações que viabilizem a estruturação e


atração de empreendimentos e investimentos, individualizados ou em arranjos ou cadeias,
para o desenvolvimento dos municípios como um conjunto harmônico, em que prevaleçam o
aumento e a distributividade da riqueza produzida pela exploração, com efetividade e com
PE.IL/4.1.4 impactos administrados, dos seus recursos naturais e a criação de uma economia própria EE1
constituída sobre os seus diferenciais e sobre as oportunidades econômico-sociais e culturais
dos mercados circundantes, assegurando que esse processo incorpore o conhecimento e a
complexidade, gradual e consecutivamente

Objetivo MP.IL/4.2
Atuação coordenada e integrada em áreas de atuação e serviços, fixação de metas, dos processos de decisão e de legitimação
Utilizar e intensificar o uso dos mecanismos institucionais estabelecidos pelo Estatuto das Ci-
PM.IL/4.2.1 dades e constantes das legislações dos planos diretores participativos de desenvolvimento GM2

Constituir o modus de acompanhamento da carteira dos projetos prioritários e complementares,


com participação de empresas ou instituições especializadas para execução de partes que as
PS.IL/4.2.2 integram, monitorando os comportamentos das instituições de “funding” e executivas e contra- ES3
tadas destes projetos em relação aos resultados produzidos e programados e as condições do
mercado

468 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


(continuação)
Identificação do Projeto Programa, Empreendimento ou Iniciativa Classificação e Prioridade
Constituir a regulação de uma nova estrutura de investimentos, com valores programados de apli-
cações anuais, fixados nas leis dos PDPs, portanto, numa perspectiva de médio/longo prazo, assu-
mindo-se a participação de parcelas de recursos de terceiros respeitados os programas de alavan-
cagem preestabelecidos, nos quais se incluem com igualdade e prioridade os empreendimentos
PM.IL/4.2.3 classificados para o ambiente regional. Tanto parte da parcela de recursos próprios para investimen- GM1
to, quanto parte dos recursos dos fundos de desenvolvimento econômico-sociais dos municípios e
dos fundos regionais devem ser alocadas como as contrapartidas das captações externas, amplian-
do a capacidade de investimento nos primeiros anos de uma trajetória decenal ou de maior duração
das municipalidades e da Região, visando assegurar a execução das transformações programadas
Constituir a regulação da rede de conhecimento que inclua desde as bases de conhecimento
dos municípios e regional e seus modos de acompanhamento, até os acordos com entidades
PS.IL/4.2.4 ES2
geradoras e depositárias do conhecimento específico diferencial para alimentar e sustentar o
processo de desenvolvimento e a sua gestão
Objetivo MP.IL/4.3
Requalificação regional das municipalidades para o desenvolvimento sustentável
Formar as receitas municipais e regionais, a partir de uma realidade média regional administra-
da e da exploração sistemática de seu potencial de crescimento o que deve resultar em uma
avaliação que esgote o exame das condições vigentes, de ajustes e atualizações pertinentes,
PM.IL/4.3.1 de atualizações cadastrais, regularização fundiária e demais aspectos associados, da amplia- GM1
ção da geração própria de recursos incluindo fontes específicas associadas à gestão ecológica
ou ambiental e cultural, dos sistemas de arrecadação e dos percentuais de investimento, entre
outros
Formar as despesas, para a qual se deve cumprir um programa absolutamente análogo aos da
receita, observando os gastos com o pessoal, legislativo e despesas correntes que represen-
PM.IL/4.3.2 GM1
tam os maiores itens na sua composição, a alocação de gastos por áreas tanto em termos de
valor quanto de distributividade, os processos e suas otimizações
Introduzir o empreendedorismo, a inovação e a criação, a prática da cidadania como parte
essencial, regular e sistemática da educação municipal em toda a Região, com a prioridade
PS.IL/4.3.3 máxima na formação das novas gerações, ao mesmo tempo em que ela será facultada às lide- ES1
ranças executivas e comunitárias, à população em geral, na constituição de uma cultura de
desenvolvimento como substituição qualificada para desenvolver o processo de Emergência

Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 469


“Restrições arbitrárias ao mecanismos de mercado podem
levar a uma redução de liberdade devido aos efeitos
consequências da ausência de mercados. Negar às
pessoas as oportunidades econômicas e as consequências
favoráveis que os mercados oferecem e sustentam pode
resultar em privações”.

(Amartya Sen, 2000, p. 41)

470 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro


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