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1
1.3 Equações Exponenciais onde e é um número irracional conhecido
como número de Euler e cujo valor é apro-
Equações exponenciais são aquelas cujas ximadamente 2.7183. A generalização da
variáveis surgem como parte do expoente função da equação-(11) é dada por,
de um ou mais termos da equação. Para
resolver uma equação exponencial de uma f (x) = au(x) (12)
variável real x devem-se dispor em ambos
lados da equação potências de mesma base onde a é uma constante real e ainda 0 <
preferencialmente constantes, e expoentes a 6= 1. O expoente u(x) na equação-(12) é
que sejam funções de x, em seguida igua- também uma função real. A equação-(11)
lar estes expoentes e resolver a nova equa- é um caso particular da equação-(12) onde
ção encontrada. As ilustrações seguintes a = e e u(x) = x.
demostram o processo descrito. I LUSTRAÇÃO 5 Dada a função f (x) = 21−x ,
I LUSTRAÇÃO 3 Resolver a equação, determine f (0), f (1) e f (2).
S OLUÇÃO
22x − 16 = 0
f (0) = 21−0 = 21 = 2
f (1) = 21−1 = 20 = 1
S OLUÇÃO 1
Fazemos, f (2) = 21−2 = 2−1 = = 0.5
2
22x − 16 = 0 I LUSTRAÇÃO 6 Determinar f (2) quando
22x = 16 x+1
f (x) = 2 x−1 .
22x = 24 ⇒ 2x = 4 S OLUÇÃO
x=2 2+1
f (2) = 2 2−1
3
I LUSTRAÇÃO 4 Resolver a equação, = 21
1 = 23
= 27x =8
31−2x
3 Domínio
O domínio da função da equação 12 equi-
2 Definição vale ao domínio de u(x),
2
S OLUÇÃO I LUSTRAÇÃO 11 Determinar f (4) quando
1 f (x) = 3x−1 + 3x+1
Como D(f ) = D(u) e u(x) = 2 então
x −1 S OLUÇÃO
D(f ) = R − {−1, 1}
f (4) = 34−1 + 34+1
4 Composição = 33 + 35
= 27 + 243
Funções exponenciais podem ser forma- = 270
das com multiplicações por constantes in-
clusive negativas, ou seja,
I LUSTRAÇÃO 12 Determinar o domínio da
f (x) = c · au(x) (14) função,
1 4
f (x) = 2 x−2 + 3 x−3
com c ∈ R∗, é também uma função expo-
nencial. Quando o domínio de u(x) são os
números reais então, S OLUÇÃO
Para que x pertença ao domínio de uma
• Se c > 0 então a imagem de f (x) equi- função composta de partes somadas ou
vale aos reais positivos (R∗+ ). multiplicadas então ele deve ser operado si-
multaneamente por todas essas partes. As-
• Se c < 0 então a imagem de f (x) equi- sim o domínio de f (x) é a intersecção dos
1 4
vale aos reais negativos (R∗− ). domínios de 2 x−2 e 3 x−3 , ou seja,
D(f ) = R − {2, 3}
I LUSTRAÇÃO 9 Determinar f (2) quando
f (x) = − [e2x−1 ]
S OLUÇÃO 5 Gráfico
f (2) = − e2(2)−1
O gráfico da função exponencial,
= − e3
equação-(11), é crescente e possui as-
pecto,
I LUSTRAÇÃO 10 Determinar imagem das f (x) = ex
funções f (x) = 4x−1 e g(x) = − [4x−1 ]
S OLUÇÃO
3
tendem a valores positivos elevados. Esta S OLUÇÃO
forma de crescimento da imagem - não pro- Em f1 tem-se que a = 3 > 0 e u(x) = x−1 que
porcional ao domínio - é conhecida como é crescente tornando 3x−1 crescente. Como
crescimento exponencial. c = 1 > 0 então f1 é crescente. Em f2
Seja o crescimento da função da equação- tem-se que a = 3 > 0 e u(x) = x + 1 que
(12). Se a > 1 então o crescimento de f (x) é crescente tornando 3x+1 crescente. Po-
será análogo ao de u(x). Se 0 < a < 1 o rém omo c = −0.3 < 0 então f2 é decres-
crescimento de f (x) será inverso ao de u(x). cente. Em f3 tem-se que a = 0.7 ∈ (0, 1) e
I LUSTRAÇÃO 13 Determinar o tipo de cres- u(x) = 1 − 3x que é decrescente tornando
cimento e o esboço do gráfico das funções, 0.71−3x crescente. Como c = −0.3 < 0 então
f3 é decrescente. Os esboços obtidos são,
• f1 (x) = 2x
• f2 (x) = 2−x f1
• f3 (x) = 0.8x
• f4 (x) = 0.8−x
S OLUÇÃO
4
5.1 Princípio da Reflexão 2x
2
f (x) = (0.5)1−x
1−x
f◦ 1
=
2
Note que f ◦ é o reflexo de f em relação 1
= 1−x
ao eixo x ao passo que f ◦◦ é o reflexo de f 2
em relação ao eixo y. Matematicamente a = 2−(1−x)
função reflexo em relação ao eixo x é dada = 2x−1
por,
f ◦ (x) = −f (x) (15) Visto que em 2x−1 tem-se que c = 1, a =
E a função reflexo em relação a y é dada 2 > 1 e u(x) = x − 1 (crescente) então f (x) é
por, crescente.
f ◦◦ (x) = f (−x) (16)
I LUSTRAÇÃO 16 Determine a função re-
flexo de f (x) = 21−x em relação ao eixo y.
6 Aplicação,
Juros Compostos
S OLUÇÃO
6.1 Taxa de Juros
f ◦◦ (x) = f (−x) Denomina-se taxa de juros ao percentual
1−(−x)
=2 de correção aplicado a um determinado va-
= 21+x lor monetário definido para intervalos regu-
lares de tempo em geral medidos em dias,
I LUSTRAÇÃO 17 Mostre que a função meses ou anos. Se C0 é um capital inicial a
x2
f (x) = 5 é simétrica em relação ao eixo ser corrigido por ação de uma taxa de juros
y. j regular 1 que incide regularmente sobre o
S OLUÇÃO montante (o que se deve até o momento) por
Se f (x) é simétrica em relação a y então um total de n períodos (dias, meses, anos e
f (x) = f (−x). De fato, etc) então o custo final final C será,
2
f (−x) = 5(−x)
j
n
C = C0 · 1 + (17)
= 5x 100
= f (x) 1
Em geral a taxa de juros está no intervalo 0 ≤ j ≤
O gráfico de f (x) ilustra a simetria, 1 ou 0 ≤ j ≤ 100 quando expressa em percentual.
5
Denomina-se juros a diferença entre o ca- k
pital final e inicial, ou seja, C − C0 (Depen- j
P = qk · 1 + (19)
dendo do contexto os juros podem repre- 100
sentar lucro ou prejuízo!). Isolando qk na equação-(19) e substi-
I LUSTRAÇÃO 19 Uma fatura de cartão tuindo na equação-(18) obtemos,
acusa 750 R$ de valor a pagar. Depois
do vencimento a multa diária é de 0.3 % n
X P
ao dia. Qual será o prejuízo dado por esta C0 − E = k
j
conta se paga 30 dias após o vencimento? k=1
1+
100
S OLUÇÃO n
Da equação-(17),
X 1
C0 − E = P · k
n k=1 j
1+
j 100
C = C0 · 1 +
100 C0 − E
0.3
30 P = k
= 750 · 1 + n
100 P 1
= 820.52 k=1
j
1+
100
Assim o valor final a pagar será 820.52 R$. Por questões de simplificação definimos a
Para calcular o prejuízo fazemos, constante A como segue,
C − C0 = 820.52 − 750 j
A=1+ (20)
= 70.52 100
Com a qual reescrevemos a equação de P
Por fim o prejuízo será de 70.52 R$. como,
C0 − E
6.2 Calculando Parcelas Fixas P = k
Pn 1
Seja C0 o preço de a vista de um produto k=1 A
que pode ser pago em n parcelas de valor P Usando a equação-(10) podemos eliminar
constante calculadas com base numa taxa a somatória desta última equação obtendo
de juros j. Para diminuir os juros finais assim,
ainda poderá ser dado um valor de entrada
E (E < C0 ). Mostraremos a seguir como de-
C0 − E
terminar o valor de P como função de C0 , j, P = n+1
n e E. 1 1
−
Seja qk a fatia do capital em dívida, C0 − E A A
(custo original menos o valor de entrada), 1
−1
que ao final de k meses, por correção men- A
sal e progressiva da taxa de juros j, se
1
torna a parcela de valor P do k-ésimo mês. (C0 − E) −1
A
Notoriamente, P = n+1
1 1
n
−
X A A
C0 − E = qk (18)
i=1 Multiplicando numerador e denominador
nesta última equação por −An+1 obtemos,
Como cada fatia qk é corrigida para um
valor de parcela constante P então, da (C0 − E)(An+1 − An )
equação-(17), pode-se escrever que, P = (21)
An − 1
6
Uma vez determinado P o valor total 6. 53 · 52
pago, Q, é facilmente calculado por,
7. (−2)6
Q=E+n·P (22) −1
2
E consequentemente os juros pagos, J, se 8.
3
calculam por,
9. (0.1)−2
J = Q − C0 (23) −3
3
10. −
I LUSTRAÇÃO 20 Um produto custa R$ 2
450.00 e será pago em 1 ano com juros
mensais de 0.3 %. Se não for paga ne- 11. −3−2
nhuma entrada qual deverá ser o valor da 12. (−5)−2
prestação? Qual será o valor total pago?
Quanto em juros será pago? 13. (−0.5)−3
S OLUÇÃO
1
Utilizando equações 20, 21, 22 e 23, 14.
(−3)−3
0.3
A=1+ 1
100 15.
= 1.003 (0.01)−2
(450.0 − 0)(1.00313 − 1.00312 ) 2−1 − (−2)2 + (−2)−1
P = 16.
1.00312 − 1 z 2 + 2−2
= 38.24
−2
Q=E+n·P (a3 · b−2 )
17.
= 0 + 12(38.24) (a−4 · b3 )3
= 458.82 Determine x nas equações seguintes,
J = 458.82 − 450.00
= 8.82 18. 100x = 0.001
x
1
Assim a parcela a pagar será R$ 38.24, o 19. = 25
total pago será R$ 458.82 e os juros pagos 125
serão de R$ 8.82. 20. 82x−1 = 0.25
2 −6
21. 3x = 27
7 Exercícios 2 +8
22. 2x = 43x
Simplifique as expressões seguintes, 1
23. = 91−x
3x
1. (−3)2
1
2. −32 24. 2x =
8x+1
4
1 3x
3. − 25. 62x − =0
3 144
3 2x+3
3 3x−1 1
4. − − 26. 5 =
2 25
√ 3x−1 √ 2x−1
5. (−5)0 27. 2 = 3 16
7
2 −x
28. 8x = 4x+1 49. 22x+1 − (2m − 3) · 2x+1 + (7 − 2m) = 0
29. 32x+1 · 93x+4 = 27x+1 Nos casos a seguir determinar a parcela fixa
√ √x
√
2x a ser paga na compra de um produto de va-
30. 5x−2 · 252x−5 − 53x−2 = 0
lor a vista C0 , entrada E, parcelado em n ve-
2+ 1 81 zes com taxa de juros j,
31. 3x x2 = x+ x1
3
50. C0 = 550.00 E = 0.00 n = 28 j = 0.25
Determine o valor das somatórias a seguir,
51. C0 = 1248.00 E = 400.00 n = 10 j =
2 3 10
32. 1 + 5 + 5 + 5 + · · · + 5 0.3
33. 42 + 43 + · · · + 48 52. C0 = 200.00 E = 20.00 n = 12 j = 1.0
1 1 1 1
34. 3
+ 4 + 5 + · · · + 10 Resolva os problemas a seguir,
2 2 2 2
35. 1 − 2 + 22 − 23 + 24 − 25 + · · · − 219 + 220 53. Reimplemente o problema da compra
com parcelas fixas de forma que o cli-
36. 2 + 23 + 25 + 27 + 29 + · · · + 219 ente escolha o valor da parcela P a pa-
gar. Neste caso serão dados como en-
Para cada função exponencial seguinte de- trada o valor de a vista C0 , o valor de
termine se é crescente ou decrescente, o entrada E, a taxa de juros j e o valor
ponto de intersecção com o eixo y e um es- da parcela P . Como saída deverão ser
boço do gráfico, calculados o total de períodos n, o total
pago Q e os juros decorridos J do pro-
37. f (x) = 21−x
cesso. Implemente um programa para
38. f (x) = 3 2
x+1
agilizar o uso das equações obtidas.
2x+1
1 54. Consideremos agora o problema das
39. f (x) = parcelas amortizadas no pagamento de
2
um produto de custo a vista C0 . Nesta
40. f (x) = 2x − 3 forma de pagamento é dada uma en-
trada E e as parcelas correspondem a
41. f (x) = 2 − 3x valores decrescentes de uma quantia
x
1 fixa T . Ao final de n períodos (dias, me-
42. f (x) = +1 ses, anos e etc) sobre uma taxa de ju-
3
ros invariante j (diária, mensal, anual e
43. f (x) = 3 · 2x−1 etc) o valor da parcela atinge um valor
menor ou igual a T momento este em
1 que a dívida deve ser quitada. Deduza
44. f (x) = 32x−1
5 equações que, dadas como entrada C0 ,
45. f (x) = 2x + 2−x E, j e T , calculem o total de meses n
que decorrerão para quitação e ainda
46. f (x) = 2x − 2−x os valores de cada uma das parcelas
a serem pagas. Implemente um pro-
Nas equações a seguir determine valores de grama que agilize o uso destas equa-
m ∈ R de forma a admitirem pelo menos uma ções.
raiz real,
47. 4x − (m − 2) · 2x + 2m + 1 = 0