Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Texto - A Discussão Da BNCC No CNE - José Francisco Soares
1 Texto - A Discussão Da BNCC No CNE - José Francisco Soares
BNCC no GNE
. José,Francisco Soares
O CNE recebeu ô documento com proposta do MECpara a. Base Nacional Çpmum Curriçuiardo
Ensino Médio- EM. Para sua.análise p GNE adotou o mesmo processo utilizadp np ano. passado
para a discussão da parte da BNGG relativa à educação infantil e o Ensino Fundamental. Neste
Sentido tem prorrióvido" reuniões iritèrnas, e, concomitànternente, aberto espaços de escuta dos
vários "setorès interessados na BNGGv especialmente' os grupos que, fruto de seus trabalhos
prévibsr têm algo á dizer e õs que serão afetados pela mudança como estudantes, professores
■e"gèstòres.' -n. ^
A análise do documento, referente ao Ensino Médio, tem uma dificuldade que não estava
presente na discussão anterior. FIá uma lei que mudou partes da LDB e criou estruturas no EM
que precisam ser consideradas, ao se discutir o que os estudantes devem aprender no EM.
O debate sobre a BNGG do EM ganhou novos contornos sociais com a posição adotada pela SBPG
na sua última reunião anual, quando aprovou uma moção que pede que o debate sobre a BNGG
no GNE seja interrompido e que esforços sejam feitos para a revogação da lei dq ensino médio.
Gomo conseqüência, varias associações cientificas aprovaram moções na mesma linha do
documento da SBPG.
Minha proposta é que o GNE defina como prioridade imediata a produção de um documento,
síntese das contribuições recebidas até aqui, relatando as conseqüências indesejáveis de se
adotar o documento na sua atual versão e que faça propostas claras de aperfeiçoamento do
documento. Isso não é uma tarefa fácil, considerando a estrutura deste Gonselho.
Para isso, o GNE deve assumir que tem diante de si a missão de contribuir para uma reforma de
grande calado dó ensino médiò brasileiro. Portanto, é necessário agregar às discussões
curriculares da BNGG, os conceitos de itinerários formativos, formação básica comum, ENEM,
obrigatoriedade de determinadas disciplinas, oportunidade de criàçãó de um itinerário na área
de artes, organização por área, interdisciplinaridade, uso de tecnologia e notório saber, entre
outros.
A lei do EM é peculiar de uma forma que pode facilitar o debate, pois permite organizações
muito diversas. No entanto, seu texto, ensejou, que sefixasse em amplos setores da sociedade.
a idéia de que apenas Língua portuguesa, matemática e inglês são componentes curriculares
obrigatórios. Isso tem criado, compreensivelmente, uma grande reação de professores, que
veem seus empregos ameaçados com b possível desaparecimento de suas disciplinas e de
alunos que entendem que seriam obrigados a.uma formação que não atende ao que a vida lhes
pede. Todas estas questões, podem ser tratadas com definição do que será parte comum
universal, a ser cursada por para todos os est'údantes,'è os itinerários que, se de uma mesma
categoria, deveriam ser similares ém todo o país, mas diferentes entre sí.' '
Acredito que/ mesmo com todas as restrições legais e sociais,.oCNE pode fazer uma proposta
que atenda aos anseios da sociedade brasileira. A percepçãp deste trabalho pela sociedade será
fundamental para balizar a relevância da atuação do conselho no próximo ano. Passa.r.a idéia
de um órgão homologatórip terá conseqüências danosas para o CNE, instituição fundamental
para a educação básica brasileira.