O documento discute as teorias críticas do Formalismo Russo e Estruturalismo Francês. O Formalismo Russo valorizou as produções de vanguarda e se concentrou na forma do texto literário ao invés do conteúdo. O Estruturalismo Francês analisou a estrutura das relações nas obras e viu o homem como uma estrutura de linguagem inconsciente. O Pós-Estruturalismo de Derrida pôs em causa os conceitos do Estruturalismo e viu a linguagem como alegórica,
O documento discute as teorias críticas do Formalismo Russo e Estruturalismo Francês. O Formalismo Russo valorizou as produções de vanguarda e se concentrou na forma do texto literário ao invés do conteúdo. O Estruturalismo Francês analisou a estrutura das relações nas obras e viu o homem como uma estrutura de linguagem inconsciente. O Pós-Estruturalismo de Derrida pôs em causa os conceitos do Estruturalismo e viu a linguagem como alegórica,
O documento discute as teorias críticas do Formalismo Russo e Estruturalismo Francês. O Formalismo Russo valorizou as produções de vanguarda e se concentrou na forma do texto literário ao invés do conteúdo. O Estruturalismo Francês analisou a estrutura das relações nas obras e viu o homem como uma estrutura de linguagem inconsciente. O Pós-Estruturalismo de Derrida pôs em causa os conceitos do Estruturalismo e viu a linguagem como alegórica,
Valorização das produções de vanguarda, considerando o
material da representação (fábula) inferior à trama (construção do texto); Associação dos procedimentos de composição do texto aos procedimentos estilísticos; Centralização no âmbito formal do texto literário e a negação de uma significação estética da obra, decorrente de alguma correlação possível entre a experiência subjetiva do produtor/receptor do texto e a realidade referencial evocada pela representação; Negação da concepção de arte como mimese ou representação.
II- ESTRUTURALISMO FRANCÊS
Abrangeu uma variedade de domínios que implicavam a
necessidade de conhecimento de etnologia, psicanálise, linguística, materialismo histórico, sociologia, etc. Afirmou-se como uma nova linguagem, partindo de conceitos da linguística (Saussure e Benveniste) e centrando-se na noção de estrutura como sistema de relações formais. Identificou-se com o anti-empirismo e o anti-historicismo, correspondendo a um movimento que fez da estrutura formal do texto o sentido exclusivo da literatura para o crítico. Entendeu o homem como uma estrutura de linguagem – um formalismo de ordem inconsciente, que domina os comportamentos humanos e se realiza neles sem que eles saibam. Para Roland Barthes e Gerard Genette uma narrativa é uma estrutura funcional descritível, que jamais tem a função de representar algo como propõe a teoria da mimese. O conteúdo da narrativa faz parte de sua estrutura e a narrativa refere-se a si mesma. Portanto: A estrutura das relações são mutáveis e as unidades individuais são substituíveis. II-A: O ESTRUTURALISMO POSSUI ATITUDES MARCANTES DE: Indiferença pelo indivíduo; Abordagem clínica dos mistérios da literatura; Incompatibilidade com o senso comum; Não relacionamento da obra com a realidade que ela trata ou com as condições de produção e muito menos com o leitor; Afastamento do objeto real e do sujeito humano; Propor o anti-humanismo, ao rejeitar o mito de que o significado começa e termina na “experiência” do indivíduo; Não se referir a um objeto real e nem à expressão de um sujeito individual.
II-B: QUANTO À OBRA LITERÁRIA É NOTÁVEL NO ESTRUTURALISMO
QUE:
O que resta na obra é um sistema de regras;
O sujeito foi “efetivamente liquidado”; O novo sujeito é o próprio sistema; A “estrutura” antecede o significado.
SEGUNDO EAGLETON, É POSSÍVEL SE DIZER QUE:
O Estruturalismo é mais uma série de malfadadas tentativas da teoria
literária de substituir a religião por alguma coisa que tenha a mesma eficiência: nesse caso, a moderna religião da ciência.
Parece impossível erradicar certo elemento de interpretação e,
portanto, de subjetividade do texto literário.
Não é necessariamente “incompetente” a leitura que despreza um
modo de operação crítica convencional. Há leituras incompetentes por serem fiéis a uma convenção.
Os textos literários são “produtores e confirmadores de códigos”: eles
podem ensinar novas maneiras de ler e não apenas reforçar as já existentes.
GENETTE – Discours Narratif (1972)
Distingue récit (ordem dos acontecimentos); histoire (sequência dos acontecimentos) e narration (o ato de narrar). Para ele, existem categorias centrais da análise do texto literário: a) Ordem – ordem temporal: prolepse (antecipação); analepse (retrovisão); b) Duração – modo do encaminhamento dos episódios da narrativa; c) Frequência – possibilidades de narrar os acontecimentos na história; d) Modo – distância: relação da narrativa com seus materiais; recontar a história (diegese) e representá-la (mimese); perspectiva (ponto de vista) o narrador sabe mais, menos ou no mesmo nível dos personagens; a narrativa pode ser “não localizada” quando o narrador for onisciente, exterior à ação; focalização interna – posição fixa ou várias posições de uma personagem ou de um ponto de vista de várias personagens; focalização externa – o narrador sabe menos do que os personagens. e) Voz: relaciona-se com a narrativa e com o tipo de narrador e destinatário: narrador heterodiegético (ausente da narrativa); narrador homodiegético (presente na narrativa); narrador autodiegético (presente e personagem principal da narrativa). f) Narração é o ato e processo de contar uma história. g) Narrativa é o que é realmente contado.
III – PÓS-ESTRUTURALISMO FRANCÊS – DERRIDA
Põe em causa os conceitos fundamentais do Estruturalismo, como a
noção de texto como uma estrutura orgânica capaz de ser corretamente analisada e interpretada, ou seja, a adequação entre o signo e o referente, entre o significante e o significado das palavras. Afirma que não é possível conhecer com rigor a realidade objetiva, pois cada palavra remete apenas para outras palavras, não sendo possível construir uma linguagem científica. Para Derrida, toda a linguagem é alegórica e a crítica visa apenas transmitir leituras parciais, “desconcertantes” da criação literária. Trata-se, pois, de uma negação da ciência da literatura, de acordo com a filosofia relativista e céptica do conhecimento e da linguagem, que aponta para o vazio intelectual, para o desconcerto. Apresenta uma visão das ideologias subjacentes aos textos – a sua desconstrução.