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tribunal de contas da união | auditor de controle externo Diogo Moreira

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Índice
INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3
INFORMAÇÕES INICIAIS........................................................................................ 4
O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO...................................................................... 5
O CARGO.............................................................................................................. 10
A BANCA.............................................................................................................. 14
CONCURSOS ANTERIORES.................................................................................. 16
O ÚLTIMO EDITAL................................................................................................. 18
ANÁLISE DAS QUESTÕES DA ÚLTIMA PROVA..................................................... 22
TAMANHO DAS MATÉRIAS.................................................................................. 25
CORRENDO CONTRA O TEMPO........................................................................... 27
MATÉRIAS INICIAIS.............................................................................................. 29
METODOLOGIA DE ESTUDO................................................................................. 31
REVISÃO IMEDIATA E REVISÃO INTERMEDIÁRIA................................................ 39
CICLO DE ESTUDO............................................................................................... 44
ACABANDO A LEITURA DAS MATÉRIAS:............................................................. 49
FIM DA REVISÃO VIA QUESTÕES: CADERNO DE ERROS..................................... 50
RESOLVER QUESTÕES......................................................................................... 51
A PLANILHA TÁTICA DE GUERRILHA................................................................... 52
ANSIEDADE.......................................................................................................... 54
COMO ESTUDAR SEM LER A MATÉRIA INTEIRA................................................. 55
CESPE................................................................................................................... 57
DISCURSIVAS....................................................................................................... 58
CONCLUSÃO......................................................................................................... 59
LINKS E SÍTIOS ÚTEIS.......................................................................................... 60
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO ÚLTIMO EDITAL.............................................. 61

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INTRODUÇÃO

A
ntes de mais nada, parabéns pela aquisição! Este é o E-Book do Tribunal
de Contas da União, para o cargo de Auditor Federal de Controle Exter-
no – Área: Controle Externo – Orientação: Auditoria Governamental!
Este material, se usado com sabedoria, pode ser um grande diferencial no “mun-
do” dos concursos. Geralmente, os candidatos a concursos de alto nível como
esse se preparam por muito tempo totalmente focados nas disciplinas cobradas.
Com esse e-Book você terá as mesmas técnicas que os melhores candidatos.
Os tempos em que se podia comprar resumos na banca de revistas e tentar pas-
sar em concurso público ficaram para trás há muito. Hoje, pessoas em qualquer
lugar do Brasil têm acesso às melhores técnicas de estudo e aos materiais mais
completos. A sorte surge somente para os mais bem preparados. Entender o fun-
cionamento da prova e dividir o seu tempo de estudos adequadamente entre as
matérias são fundamentais para uma preparação de alto nível.
Neste eBook, trago análise do edital do Tribunal de Contas da União com enfoque
no cargo de Auditor Federal de Controle Externo – Área: Controle Externo – Orien-
tação: Auditoria Governamental, além dos ciclos de estudos que devem subsi-
diar a sua preparação.
Mais do que isso, trato especificamente de cada disciplina e digo como estudar
nas diversas fases da preparação, desde os primeiros contatos com o tema até o
momento em que já leu todas as disciplinas e precisa revisar e praticar.
Em suma, siga as orientações aqui e seu estudo terá qualidade e organiza-
ção superiores àquelas da maioria dos concorrentes. Obrigado pela confiança
e faça bom proveito!
E se quiser saber mais sobre técnicas de estudo para concursos, não deixe de con-
ferir as informações e dicas de estudo em https://www.profdiogomoreira.com.br/!

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INFORMAÇÕES INICIAIS

N este e-Book, você encontrará as seguintes informações sobre o con-


curso do TCU:

»» O que é e como funciona o Tribunal de Contas da União.


»» Como é o cargo de Auditor de Controle Externo.
»» Panorama dos últimos editais.
»» Análise do último edital.
»» Conteúdo Programático.
»» Comentários e dicas de como estudar cada uma das matérias.
»» Edital verticalizado.
»» Ciclo de estudo para iniciar sua preparação e para a fase intermediá-
ria dos seus estudos.

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O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

O
Tribunal de Contas da União (TCU) é instituição brasileira prevista na
Constituição Federal para exercer a fiscalização contábil, financeira, or-
çamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da ad-
ministração direta e administração indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à
economicidade e a fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de re-
ceitas. Auxilia o Congresso Nacional no planejamento fiscal e orçamentário anual.
Tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, sejam de direito público ou direito
privado, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, as-
suma obrigações de natureza pecuniária tem o dever de prestar contas ao TCU.
Conforme o art. 71 da Constituição Federal o Tribunal de Contas da União é uma
instituição com autonomia administrativa, financeira e orçamentária.
O entendimento majoritário no mundo jurídico é no sentido de o tribunal não estar
ligado diretamente a nenhum poder, o que faz com que seja um órgão indepen-
dente. Sua independência é comparada à do Ministério Público, um órgão que não
está ligado a nenhum poder e exerce sua função constitucional. No entanto, esse
não é um tema pacífico, e alguns autores entendem que o Tribunal de Contas é um
órgão integrante do Poder Legislativo.
Segundo seu sítio oficial (link ao final), o TCU é o órgão de controle externo do go-
verno federal e auxilia o Congresso Nacional na missão de acompanhar a execução
orçamentária e financeira do país e contribuir com o aperfeiçoamento da Adminis-
tração Pública em benefício da sociedade. Para isso, tem como meta ser referên-
cia na promoção de uma Administração Pública efetiva, ética, ágil e responsável.
O Tribunal é responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-
racional e patrimonial dos órgãos e entidades públicas do país quanto à legalida-
de, legitimidade e economicidade.

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Veja as principais competências do TCU


Além das competências constitucionais e privativas do TCU que estão estabe-
lecidas nos artigos 33, §2º, 70, 71, 72, §1º, 74, §2º e 161, parágrafo único, da
Constituição Federal de 1988, outras leis específicas trazem em seu texto atribui-
ções conferidas ao Tribunal. Entre essas estão a Lei de Responsabilidade Fiscal
(LC 101/2001), a Lei de Licitações e Contratos (8666/93) e, anualmente, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias.

Competências
»» Apreciar as contas anuais do presidente da República
»» Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos.
»» Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão de
aposentadorias, reformas e pensões civis e militares.
»» Realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria ou por solicitação
do Congresso Nacional.
»» Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais.
»» Fiscalizar a aplicação de recursos da União repassados a estados, ao Distrito
Federal e a municípios.
»» Prestar informações ao Congresso Nacional sobre fiscalizações realizadas.
»» Aplicar sanções e determinar a correção de ilegalidades e irregularidades
em atos e contratos.
»» Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando a deci-
são à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
»» Emitir pronunciamento conclusivo, por solicitação da Comissão Mista Perma-
nente de Senadores e Deputados, sobre despesas realizadas sem autorização.
»» Apurar denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político, as-
sociação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicação
de recursos federais.
»» Fixar os coeficientes dos fundos de participação dos estados, do Distrito Fe-
deral e dos municípios e fiscalizar a entrega dos recursos aos governos esta-
duais e às prefeituras municipais.

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CONTROLE
O TCU exerce competência como órgão auxiliar do Congresso Nacional no contro-
le externo. O Congresso Nacional delega, por meio de leis e, principalmente pelo
Orçamento, os meios e os mandatos para que a Administração Pública alcance
objetivos políticos, econômicos e sociais. Por essa razão, o Parlamento precisa de
instrumentos para avaliar e controlar o alcance dos resultados. Este é o princípio
fundamental do Controle Externo, prerrogativa da qual o Legislativo é titular.
Para aumentar a capacidade de o Congresso exercer esse Controle, a Constitui-
ção Federal criou o TCU e estabeleceu as competências que estão dispostas no
seu art. 71. Além disso, existem outras atribuições previstas na Lei de Respon-
sabilidade Fiscal, na Lei de Licitações e Contratos e na Lei de Diretrizes Orça-
mentárias. Adicionalmente, o TCU atende a solicitações específicas do Congres-
so Nacional, como, por exemplo, pronunciar-se conclusivamente sobre indícios
de despesas não autorizadas, em razão de solicitação de Comissão Mista de
Senadores e Deputados.

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JURISDIÇÃO
Encontram-se submetidas ao controle externo exercido pelo TCU pessoas físicas
e jurídicas, entidades públicas e privadas que:
1. Utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam, aplicam ou administram dinhei-
ros, bens e valores públicos federais ou pelos quais a União responde;
2. Assumem, em nome da União, obrigações de natureza pecuniária;
3. Ocasionam perda, extravio ou outra irregularidade que resul-
te em dano ao erário;
4. Recebem contribuições para-fiscais e prestam serviço de interes-
se público ou social;
5. Devem, por força da lei, prestar contas ao TCU;
6. Praticam atos que estão sujeitos à fiscalização do TCU por ex-
pressa disposição legal;
7. Aplicam quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,
acordo ajuste ou outros instrumentos semelhantes.

HISTÓRIA
Tem suas raízes no Erário Régio ou Tesouro Real Público, criado pelo então prínci-
pe-regente Dom João, mediante alvará de 28 de junho de 1808, em que no seu título
VI, segundo Agenor de Roure, traz como a origem do Tribunal de Contas no Brasil.
Foi somente com a República, entretanto, que o projeto de lei de autoria de Ma-
nuel Alves Branco que foi instituído no Brasil um Tribunal de Contas, seguindo os
modelos francês ou belga, mediante o Decreto-Lei 966-A, de 7 de novembro de
1890. Mas este não restou regulamentado, surgindo então a força política de Ruy
Barbosa na justificação deste decreto.
De fato, com a Carta Magna de 1891 o Tribunal de Contas passou a ser preceito
constitucional, in verbis:
Art. 89 - É instituído um Tribunal de Contas para liquidar as contas da receita e
despesa e verificar a sua legalidade, antes de serem prestadas ao Congresso.
Os membros deste Tribunal serão nomeados pelo Presidente da República, com
aprovação do Senado, e somente perderão os seus lugares por sentença.

Veja abaixo o organograma do TCU:

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O CARGO

S
egundo a Resolução – TCU n° 154, de 04 de dezembro de 2002, o exercício
do cargo de Auditor Federal de Controle Externo, área e especialidade Con-
trole Externo, consiste em desenvolver atividades de planejamento, coor-
denação e execução relativas à fiscalização e ao controle externo da arrecadação
e aplicação de recursos da União, bem como da administração desses recursos,
examinando a legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência e efetividade,
em seus aspectos financeiro, orçamentário, contábil, patrimonial e operacional,
dos atos daqueles que devam prestar contas ao Tribunal. (NR) (Resolução – TCU
nº 227, de 24/06/2009, DOU de 26/06/2009)
As atribuições do cargo de Auditor Federal de Controle Externo, especialidade
Controle Externo abrangem as do cargo transformado de AFCE-Controle Externo
para ACE-Controle Externo, e aos respectivos ocupantes incumbe: (NR) (Resolu-
ção – TCU nº 227, de 24/06/2009, DOU de 26/06/2009):
I - examinar, instruir, organizar e acompanhar processos, documentos e in-
formações relativos a matérias de controle externo ou administrativa que
lhe sejam distribuídos;
II - instruir processos relativos a contas, atos sujeitos a registro e fiscalização de
atos e contratos que, por força de disposições constitucionais, legais ou regula-
mentares, são apresentados ao Tribunal;
III - propor, planejar, executar e coordenar trabalhos de fiscalização, em suas di-
versas modalidades, nas unidades, áreas, programas projetos ou atividades vin-
culadas às competências do Tribunal de Contas da União, com a elaboração dos
respectivos relatórios e exame de recursos;
IV - quando devidamente designado ou autorizado, colaborar com o Congresso
Nacional ou suas Comissões, com o Poder Judiciário e outros órgãos da Adminis-
tração, em matéria afeta ao Tribunal;

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V - compor e, quando for o caso, coordenar comissão, equipe de fiscalização e grupo


de trabalho ou de pesquisa instituídos no âmbito do Tribunal ou em decorrência de
acordos de cooperação ou convênios firmados pelo Tribunal de Contas da União;
VI - efetuar o cálculo das quotas referentes aos Fundos de Participação dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - calcular e atualizar débitos de processos de contas e de fiscalização;
VIII - participar de trabalhos na área administrativa em situações que requeiram
especialização na sua área de conhecimento; (NR) (Portaria nº 203, de 6/6/2007)
IX - executar outros trabalhos técnicos ou administrativos inerentes à sua área de
atuação. (AC) (Portaria nº 203, de 6/6/2007)
Parágrafo único. A investidura no cargo requer a apresentação de certificado de
conclusão ou diploma de curso superior, devidamente reconhecido, na área de
formação determinada no edital do respectivo concurso, ou de título reconhecido
por lei como equivalente.
São também as atribuições inerentes a todos os cargos do Tribu-
nal de Contas da União:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - cumprir e fazer cumprir as normas legais e regulamentares;
III - atender com presteza e tratar com urbanidade o público interno e externo;
IV - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades
de que tiver ciência;
V - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio do Tribunal;
VI - guardar sigilo sobre assunto do Tribunal;
VII - ser assíduo e pontual ao serviço, mantendo conduta compatível com a mora-
lidade administrativa;
VIII - efetuar e atualizar registros em sistemas manuais ou informatizados do Tribunal;
IX - consultar, extrair, organizar e consolidar dados e informações de
bases informatizadas;

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X - utilizar os aplicativos necessários ao desempenho das atividades técnicas e


administrativas a cargo do Tribunal;
XI - elaborar relatórios, instruções, representações, atas, minutas de pareceres, de
normativos e de atos administrativos inerentes à sua área de atuação;
XII - propor e elaborar estudos e instrumentos que visem ao aperfeiçoamento das
atividades técnicas e administrativas no âmbito do Tribunal;
XIII - acompanhar e manter organizada e atualizada a legislação, a doutrina e a
jurisprudência relativas a sua área de atuação;
XIV - participar de atividades de aperfeiçoamento, atualização e pesquisa, acom-
panhando matérias e realizando estudos técnicos e científicos inerentes à sua
área de atuação, com vistas ao seu aprimoramento profissional;
XV - disseminar conhecimentos adquiridos em decorrência de participação em
eventos de interesse do Tribunal;
XVI - responsabilizar-se por informações, documentos e processos, sigilosos ou
não, por materiais, máquinas, instalações e equipamentos, atendimentos, bem
como pela qualidade dos serviços executados;
XVII - executar outros trabalhos técnicos ou administrativos inerentes à
sua área de atuação.
Veja abaixo o quadro atualizado com a remuneração do cargo (valores para 2019):

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Como o último concurso foi há 4 anos, logicamente existe uma grande carência
de Auditores para o TCU, segundo informações de seu sítio oficial, atualmente
existem mais de 100 cargos vagos. Acompanhe os números abaixo:

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A BANCA

C
omo os últimos concursos foram realizados pelo Cespe, vamos fazer a
análise desta banca. Mas deixo claro que não se pode prever qual a pró-
xima banca escolhida para o concurso do TCU. Mas há grandes chances
de ser o Cespe novamente.
O Cespe é a banca mais sui generis. Sua sistemática de punir erros gera muita dú-
vida entre os candidatos. Alguns defendem que é melhor não chutar, ou seja, deixe
em branco quando não tiver a menor ideia da resposta. Outros contam histórias
de quem chutou e passou, indicando ainda que, se na dúvida, marque como Erra-
da qualquer questão que apresente palavras restritivas como “sempre”, “nunca”,
“somente” etc, pois geralmente há exceções para tudo.
Mas há ainda um aspecto interessante: não há nota mínima por matéria. Você
pode não estudar uma matéria e ainda assim ser aprovado (desde que faça os
pontos suficientes). Segue um exemplo do que estou dizendo:
O aluno A marcou as 120 questões. Chutou várias matérias que não dominava
bem. Acertou 92 e errou 28. Sua nota líquida foi 64.
O aluno B não estudou nada dos Direitos Constitucional e Administrativo, nem de
Legislação Penal Especial. Deixou em branco, por isso, todas as questões dessas
matérias, no total 18 (como na prova de Escrivão 2013). Mas estudou bem as
outras matérias, chegou a um alto nível nelas e marcou 102 no total (120-18).
Dessas 102, errou 10. Sua nota final, portanto, foi 82.
Repare que, nos dois exemplos, ambos acertaram 92 questões! O problema está
na quantidade de erros.
E a característica do Cespe que permite fazer isso é: ele não exige nota mínima
por matéria. Você pode deixar qualquer uma completamente em branco. Além
disso, ele premia que sabe mais. É uma prova com boa sistemática de correção.

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Portanto, tenha contato com todas as matérias, mas não fique com medo de dei-
xar completamente de lado uma matéria que não conseguirá estudar bem. Mas
esteja preparado para deixá-la em branco!
O que achou das notas do exemplo, 64 e 82? Achou pouco? Pois saiba que os úl-
timos dos aprovados na 1a fase (o último que teve a discursiva corrigida) tiveram
nota 66 na prova de Auditor de 2015.
Portanto, se alguém lhe disser que ao deixar 18 questões em branco você es-
tará brigando por apenas 102 pontos e por isso não terá chance, apenas
sorrie e dê um joia.

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CONCURSOS ANTERIORES

O
último concurso foi em 2015 realizado pela banca Cespe. Antes dele
houve outros em 2013 e 2011, sendo estes dois últimos também reali-
zados pela banca Cespe.
Os conteúdos programáticos dos últimos concursos são bem parecidos, com
poucas variações de cobrança entre as disciplinas e seus pesos. Espera-se
que a próxima prova seja muito parecida, em termos de conteúdo programáti-
co, com as anteriores.
Vamos ver agora um breve histórico de matérias cobradas nos concursos para
Auditor do TCU comparando os últimos 3 concursos. Isso te dará uma boa ideia
do que é mais importante e comum nessa preparação.

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Em 2011, o concurso foi apenas para Auditor na área de Auditoria Governamental


e o órgão disponibilizou 29 vagas.
Em 2013, o concurso foi para Auditor na área de Auditoria Governamental, Audito-
ria de Obras Públicas, além de Psicologia e o órgão disponibilizou 70 vagas.
Em 2015, o concurso foi para Auditor na área de Auditoria Governamental e Audi-
toria de T.I. O órgão disponibilizou 66 vagas.

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O ÚLTIMO EDITAL

O
concurso de 2015 foi o último do órgão para Auditor (com vagas tam-
bém para técnico e procurador), destinava-se ao provimento de mais de
65 cargos vagos divididos nas áreas de conhecimento:
AFCE – Auditoria Governamental
AFCE – Auditoria de Tecnologia da Informação
A escolaridade exigida foi conclusão de curso de nível superior, em qualquer área,
fornecido por instituição de ensino superior autorizada ou credenciada pelo Minis-
tério da Educação (MEC).
Seguem os dados do último edital para o cargo de Auditor do TCU:
Órgão: Tribunal de Contas da União - TCU
Banca Organizadora: Cespe
Cargos: Auditor Federal de Controle Externo, dividido em áreas
Remuneração inicial: À época, segundo o edital de 2015, R$ 14.078,66.
Número de vagas:

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Valor da Inscrição: R$ 160,00.


Data da prova: 16 de agosto de 2015 (Provas Objetivas e Discursivas).
Período das provas: Vespertino
Duração das provas: 5 horas
O concurso foi composto de uma etapa: Prova Objetiva e Discursiva. Veja no qua-
dro abaixo a divisão proporcional das matérias da prova objetiva.

Agora perceba, no gráfico abaixo, a representatividade proporcional de cada ma-


téria na prova. Veja que 8 das 20 matérias do concurso representaram mais de
60% dos pontos válidos. São elas: Contabilidade Geral, Português, Contabilidade
de Custos, AFO, Economia do SP, Contabilidade Pública, Análise das D.C. e Adm.
Pública. Se formos considerar que a nota de corte foi, aproximadamente, 66%,
podemos afirmar que a dedicação a essas disciplinas fez toda a diferença na apro-
vação dos candidatos.

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A nota em cada item das provas objetivas, feita com base nas marcações da fo-
lha de respostas, foi igual a: 1,00 ponto, caso a resposta do candidato estivesse
em concordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 1,00 ponto nega-
tivo, caso a resposta do candidato estivesse em discordância com o gabarito
oficial definitivo das provas; 0,00, caso não houvesse marcação ou houvesse
marcação dupla (C e E).
Para o cargo de Auditor, seria reprovado nas provas objetivas e eliminado do concur-
so público o candidato que se enquadrasse em pelo menos um dos itens a seguir:
a. obtivesse nota inferior a 20,00 pontos na prova objetiva de Co-
nhecimentos Gerais P1;
b. obtivesse nota inferior a 30,00 pontos na prova objetiva de Conheci-
mentos Específicos P2;
c. obtivesse nota inferior a 60,00 pontos no conjunto das provas objetivas.

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A banca é conhecida pela premissa de que uma resposta errada anula uma res-
posta certa. Fazendo com que o famoso ‘chute’ se torne perigoso, pois pode fazer
com que você perca pontos na apuração total. Falaremos mais sobre a banca
Cespe caso a mesma seja escolhida para o próximo concurso.
Além da prova objetiva, o concurso de AFCE também previa a aplicação de prova
discursiva composta por: duas questões, a serem respondidas em até 20 linhas
cada, acerca dos conhecimentos gerais, uma questão discursiva, a ser respondida
em até 20 linhas e uma peça de natureza técnica, de até 50 linhas, acerca dos co-
nhecimentos específicos dos respectivos cargos. (Por peça de natureza técnica,
entende-se a redação de um texto contendo instruções e análises técnicas sobre
normas e achados de auditoria).
Sendo 20,00 pontos o valor de cada questão – totalizando 60,00 pontos. E 40,00
pontos o valor da peça técnica. Assim, as provas discursivas tiveram o valor
total de 100,00 pontos
Veja abaixo como ficou a divisão total dos pontos quando contabili-
zamos todas as provas:

Nas questões discursivas, foram cobrados temas relacionados às disciplinas Eco-


nomia, Auditoria e Controle Externo.

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ANÁLISE DAS QUESTÕES DA ÚLTIMA PROVA

V
amos iniciar agora uma análise da última prova. Nosso objetivo aqui é
identificar os pontos mais cobrados das disciplinas mais importantes da
prova. Essa análise irá te ajudar a otimizar seu estudo de acordo com os
itens que costumam ser mais cobrados nas provas. Mas, desde já, deixo claro que
essa é uma verificação da última prova e não pode ser usada como previsão para
a próxima. É apenas um guia para orientar seus estudos.

AFO:
DISCIPLINA QUESTÕES
Despesa Pública 3
Orçamento Público 3
Instrumentos Orçamentários 2
LRF 2
Receita Pública 2
Alterações Orçamentárias 1
Lei 10.180/2001 1

ECONOMIA DO SP:
DISCIPLINA QUESTÕES
Contas nacionais 3
Modelo IS-LM 3
Falhas de Mercado 3
Modelo Keynesiano 2
Regulação 2
Finanças Públicas 1

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ANÁLISE DE INFORMAÇÕES:
DISCIPLINA QUESTÕES
Noções de mineração de dados: conceituação e características 4
Banco de Dados Relacionais: conceitos básicos e características 3
Lei de acesso a informação (Lei 12.527/11): conceitos e aplicação 2
Noções de Big Data: conceitos, premissas e aplicação 1

PORTUGUÊS:
DISCIPLINA QUESTÕES
Redação Oficial 3
Interpretação de Textos 2
Análise Sintática 2
Acentuação 1
Reescrita de Frases 1
Classe de Palavras (Pronomes – Colocação Pronominal) 1
Classe de Palavras (Adjetivo) 1
Classe de Palavras (Verbo – Conjugação Verbal) 1
Crase 1
Concordância 1
Pontuação 1

DIREITO ADMINISTRATIVO:
DISCIPLINA QUESTÕES
Licitações 2
Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n. 507/2011 2
Princípios da Administração Pública 2
Agentes Públicos 1

AUDITORIA GOVERNAMENTAL:
DISCIPLINA QUESTÕES
NAT 6
Auditoria Financeira 1
IIA 1
Técnica de Auditoria 1
IN 63/2010 1

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CONTABILIDADE PÚBLICA:
DISCIPLINA QUESTÕES
Demonstrações Contábeis na Lei n.º 4.320/1964 4
LRF 3
MCASP 3
NBCASP 2
Sistema de Contabilidade Federal e Siafi 2
Lei n.º 10.180/2001 1

CONTABILIDADE GERAL:
DISCIPLINA QUESTÕES
Usuários das Informações Contábeis 5
CPC 26 2
Relatório dos Auditores Independentes 1
CPC 25 1
Avaliação de Investimentos 1
Princípios Contábeis 1
Estoques 1
CPC 01 1
DRE 1
Lançamentos Contábeis 1
CPC 30 1

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TAMANHO DAS MATÉRIAS

P
or falar nisso, vamos analisar o tamanho de cada matéria. Não é uma
medida exata, claro. Cada curso tem suas pequenas diferenças. Mas po-
demos ter uma ideia. Para isso, costumo olhar a quantidade de aulas te-
óricas no pacote do Estratégia Concursos. No final deste material tem o link para
este pacote do Estratégia.
Nota: não ganho qualquer comissão do Estratégia Concursos na venda de materiais.

MATÉRIA AULAS
Estatística 25
Contab. Geral 24
D. Administrativo 22
Contab. Pública 21
AFO 19
Português 17
Adm. Pública 17
D. Constitucional 12
Economia do SP e Regulação 12
D. Penal 12
Auditoria Governamental 11
Matemática Financeira 10
Análise de Informações 9
Controle Externo 9
D. Civil 8
Inglês 7
Raciocínio Analítico 6
D. Proc. Civil 6
Contab. Custos 6
Análise das D.C. 6

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As matérias nunca vistas serão as mais demoradas, pois no começo tudo parece
difícil. Com o passar do estudo e da resolução de exercícios, o fluxo de conheci-
mento será mais fácil. Depois, seu avanço será muito mais rápido.
Contabilidade Pública, AFO, D. Administrativo e Português (para quem tem difi-
culdades) serão as mais demoradas, pois são grandes e difíceis. Além disso, das
quatro, 3 são matérias de grande peso na sua prova. Ou seja, as das matérias mais
importantes, 3 são bem grandes e demoradas! No começo, elas vão ser um pouco
mais demoradas mesmo. Depois, seu avanço será muito mais rápido. Matérias
como Análise das D.C., Contabilidade de Custos e Controle Externo caminham
muito mais rápido, pois têm inclusive aulas menores. A boa notícia é que, dessas
menores, todas são dos conhecimentos específicos! E representam muitos pontos!
Portanto, mantenha a força e a determinação nas etapas iniciais. O estudo ficará
menos arrastado no futuro.

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CORRENDO CONTRA O TEMPO

É
importante que você entenda que a análise acima visa obter a maior quan-
tidade de pontos na prova em um cenário de pressa, em que não teremos
tempo de estudar todas as matérias calmamente. Ao priorizar algumas,
estamos garantindo que pelo menos essas serão estudadas e revisadas mais ve-
zes, aumentando as chances de obter uma boa pontuação.
Sempre recomendo nos meus vídeos que os candidatos comecem a estudar bem
cedo e longe da prova. É importante ter foco. Se eu tivesse me desviado do meu
objetivo (Auditor-Fiscal da Receita Federal), não teria sido aprovado naquele con-
curso, naquele momento. Talvez conseguisse depois, talvez não.
Ter foco é saber abrir mão. Significa ver editais surgirem e não se desviar. E não
se engane: é mais difícil do que parece. Poucos têm a paciência de ler, revisar e
buscar a excelência nas matérias do concurso. Esse tipo de trabalho costuma
demorar de 12 a 24 meses para os concursos de maior salário.
Explicarei agora como organizar seus estudos por meio de ciclos, alternando ma-
térias e evoluindo pouco a pouco em muitas delas.
Ciclos de estudo são uma forma de organizar a alternância entre diversas maté-
rias. Tendo tantas para estudar, é necessário ver muitas ao mesmo tempo, alguns
minutos cada uma. Normalmente, colocamos metas de 60min a 120min de estu-
do de cada matéria antes de passar para a seguinte.
Um erro fatal dos iniciantes é estudar apenas uma matéria por muitas horas ou
somente uma durante várias semanas! Vamos supor que você demore 1 mês para
ler a matéria inteira. Se forem 12, você voltaria a vê-la só daqui a 1 ano! Não dá.
Em vez disso, veja cerca de 6 a 8 matérias ao mesmo tempo (no início da prepara-
ção). Veja cada uma por 60min a 90min, não mais do que isso. Você lerá 10 a 15
páginas de uma matéria hoje e, se não terminar, continuará amanhã. Esse avanço

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lento é importante. Ele favorece que você vá absorvendo o conteúdo aos poucos.
Será necessária uma breve revisão via questões das aulas anteriores e isso vai
ajudar na memorização. Alternar as matérias permite, ainda, revigorar a concen-
tração e evitar o cansaço mental.
O contrário disso seria ler algo por completo hoje e só revisar Deus sabe quando.
Esse é o caminho para o esquecimento.
E por quais matérias começar?

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MATÉRIAS INICIAIS

C
onforme analisei acima, temos já uma boa ideia de qual a ordem
de importância de cada matéria. Mas, antes, preciso explicar mais
uma coisa.
Os Direitos Constitucional e Administrativo são os alicerces do Direito. Todos que
começam a estudar para concurso o fazem por essas duas matérias. Mesmo
que elas apresentem baixa pontuação em provas anteriores, elas costumam fazer
parte do ciclo inicial em quase todas as áreas.
O meu objetivo com este e-Book é te municiar de técnicas e insights que au-
mentem as suas chances de aprovação. É um e-Book direcionado para o pró-
ximo concurso do TCU e não um e-Book genérico que repete informações sem
qualquer direcionamento.
Portanto, explicarei aqui como eu estudaria se estivesse começando agora e com
o objetivo de brigar por vaga na próxima prova. E isso significa fazer algumas
coisas diferentemente.
A primeira grande modificação é a priorização das matérias. Fizemos um levanta-
mento das disciplinas mais importantes e que, desde o início, farão parte dos seus
ciclos. Você vai ganhar mais pontos se ficar muito bom nessas. E, com o tempo,
as outras matérias vão sendo inseridas nos seus ciclos.
É o caso de: Direitos Constitucional e Administrativo e AFO. Além deles, temos
o Contabilidade Pública, matéria de grande importância na área de controle e
com grande peso sempre.
E tem a matéria que pode ser considerada a mais difícil: Contabilidade Geral e
Avançada. Pode contar que você estudará essa matéria com muita atenção do
primeiro dia até o dia da prova. Provavelmente, vai tentar uns 2 ou 3 materiais
diferentes e ainda assim achará que algo não está sendo explicado. É a matéria

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em que meus alunos sentem mais dificuldade. Ela tem que ser vista desde o iní-
cio, portanto estará no nosso ciclo desde o começo. E vou além: você nunca vai
aprender completamente.
Por fim, temos Português. Vale muitos pontos em qualquer prova e é sempre mui-
to extensa. Além disso, toda a prova está escrita em Português! Dominá-la vai te
ajudar em outras matérias também.
Portanto:
1. Direito Administrativo
2. Direito Constitucional
3. Contab. Pública
4. Contabilidade Geral e Avançada
5. AFO
6. Português
Temos aí as matérias básicas da área de controle. Caem em todas as provas
de Tribunais de Contas e são a base do conhecimento. Eu também começa-
ria por essas matérias.
Prepare-se: você ficará nesse ciclo inicial por muito tempo. Talvez 6 meses. É pos-
sível que você termine a primeira dessas matérias com 4 ou 5 meses de estudo.
Não se assuste. As matérias seguintes são mais rápidas e menores. A coisa vai
fluir mais depois desse ciclo inicial!
Na parte final do eBook, explicarei nossa Metodologia e apresentarei seu Ciclo e a
forma como vai realizar as Revisões Periódicas.

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METODOLOGIA DE ESTUDO

P
or algum tempo, eu recomendei que os alunos estudassem usando a téc-
nica das revisões periódicas via grifos. Eram utilizadas as revisões de 24
horas e as de 7 dias. Alguns alunos se davam bem com essa técnica, mas
eu percebia que o estudo de muitos não estava fluindo bem. Havia lentidão para
conclusão de disciplinas e, algumas vezes, até gerava desmotivação.
A metodologia Estudo Completo consiste em 5 partes:
1. Leitura
2. Revisão imediata
3. Revisão intermediária
4. Acertar mais
5. Técnicas avançadas
Explicarei cada um dos itens um pouco mais à frente. Inicialmente, vamos enten-
der o que a ciência indica como mais eficaz na hora de estudar e revisar.
Essa nova metodologia é embasada pela ciência e tem como objetivo fornecer um
estudo mais célere e eficaz (ao mesmo tempo, sim). Li alguns livros sobre meto-
dologia e um deles foi o “Fixe o Conhecimento”. Esse livro foi o principal e trouxe
diversos estudos científicos em que se comparou as diversas formas de estudar,
particularmente no tocante à revisão. Li também livros do professor Pier, da Bar-
bara Oakley (Aprendendo a aprender) e da Carol Dweck (Mindset), mas nenhum
deles foi tão objetivo e claro quanto o livro “Fixe o conhecimento”.
E qual não foi minha agradável surpresa quando percebi que as técnicas mais
eficazes de revisão foram justamente as que utilizei, em boa parte?

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Eu, Diogo, estudei para concurso da seguinte forma:


eu lia um capítulo e fazia questões, lia o segundo, e
fazia questões, quando terminava a matéria, refazia
todas as questões e, a partir daí, só fazia questões.

Quando o edital saiu, identifiquei alguns assuntos que não estavam memo-
rizados e fiz um caderninho do desespero e nele colocava frases e informa-
ções que sempre errava.
Sempre fui um bom aluno e tive facilidade e acredito que por causa disso foi mais
fácil. Não precisei fazer revisões de 24 horas e de 7 dias. Grifei o material, mas
não o relia. Em outras palavras, justamente por ter sido sempre um bom aluno e
gostar de ler, eu achava que não teria precisado das revisões de 24h e de 7 dias.
Entretanto, como elas são elogiadas e ensinadas pela maioria dos cursinhos, eu
acreditava que elas eram de fato úteis para quem nunca foi bom aluno.
Acredito que revisar é sempre fundamental, mas o problema é como são feitas
essas revisões. Há a técnica de reler os grifos. Aprendi essa metodologia, passei
para os meus alunos e foram mais de 2 anos como Coach num cursinho ensinan-
do dessa forma. Mas eu mesmo não tinha estudado assim.
Depois de muito ler e muito pesquisar sobre o assunto, eu, Diogo, finalmente me
senti à vontade para criar minha própria metodologia de estudo. E ao fazer isso,
consegui simplificar o estudo para concurso. Nunca me senti confortável ensi-
nando revisões de 24 horas e de 7 dias com releitura dos grifos porque, no fundo,
achava que era lento. Ensinava, entretanto, porque me parecia ser útil especial-
mente a quem não estudava há muito tempo.
A verdade é que no estudo para concursos, há uma abundância de questões de
provas anteriores à disposição dos alunos. E essa é uma das melhores formas
de revisar: aplicando testes. Por isso, proponho que seu estudo seja largamente
baseado na revisão via questões.
Seguem abaixo os princípios e as técnicas de estudo mais balizados pela ciência:

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Práticas intercaladas e variadas: são o ciclo de estudo. Significa separar o estudo


por disciplinas e assuntos durante o dia. É mais interessante aprender várias
matérias ao mesmo tempo do que fazer um intensivo de uma matéria apenas.
Você demora mais a finalizar um assunto ou uma aula e com isso é forçado a
relembrar trechos anteriores e a retomar o raciocínio. Isso favorece o aprendizado
de longo prazo, pois são feitas mais conexões e associações ao longo do tempo.
O contrário disso é a Prática intensiva: estudar uma mesma matéria durante mui-
tas horas seguidas ou até mesmo muitos dias. Ela é falaciosa por dois motivos:
primeiro, você aprende e esquece no longo prazo; segundo, gera uma ilusão de
conhecimento. Saber não é saber amanhã ou semana que vem, mas daqui a seis
meses ou um ano. Passar o dia inteiro lendo uma aula inteira e no fim se testar
resulta em alto percentual de acerto. Entretanto, o conhecimento se perde mais
rapidamente. E quando se trata de concursos com muitas e extensas disciplinas,
memorização de longo prazo é fundamental.
Como prevenir o esquecimento? Com a prática espaçada. É recuperar aquele co-
nhecimento de tempos em tempos. Que seja daqui a uma semana ou daqui a um
mês ou daqui a 45 dias. A ciência não apresenta uma intercalação exata, ou seja,
não precisa ser de 24 horas ou de 7 dias. Tem assuntos que você precisa decorar
hoje, amanhã e depois de amanhã, mas também há assuntos que você lê hoje e
só precisa reler daqui a 7 dias ou mais.
A nova metodologia leva em consideração essas técnicas, teorias, hipóteses e o
estudo para concurso, que é uma categoria de estudo em si, com especificidades
e necessidades próprias.
Não estamos falando de decorar nomes, cores, rostos e números, estamos falan-
do de concurso público e algumas técnicas não servem para esse tipo de estudo.
Pesquisadores analisaram diversas universidades e 80% delas explicavam que
estudar significa muito contato, ver muitas vezes e insistir. Isso não é verdade.
Não basta reler e reler e reler. Isso é um estudo passivo e a memorização não é
favorecida desse jeito. Ela requer esforço, associações.
Voltando ao assunto das práticas intercaladas e variadas. Intercalar assuntos
seria, por exemplo, aprender a calcular a área do círculo e fazer dois ou três exer-

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cícios. Em seguida, aprender a calcular a área do triângulo e fazer dois ou três


exercícios. Ou seja, o objetivo é não ficar muito tempo em um assunto só (prática
intensiva) e sim revezar diferentes assuntos, diferentes desafios, forçando o aluno
a realizar associações e buscar soluções (prática intercalada).
Essa forma é mais dolorosa e dá uma sensação de que não se está aprendendo
porque pratica-se pouco. No entanto, na prova não há 10 exercícios da área do cír-
culo ou 10 exercícios da área do triângulo. Você tem que saber identificar, relem-
brar e utilizar o conhecimento de repente. A variação favorece esse desempenho.
Para exatas isso é ainda mais útil porque em vez de fazer uma gama de exercícios
e achar que está memorizando e aprendendo, intercale os assuntos para que seu
aprendizado seja de longo prazo.
No mundo dos concursos, não recomendo fazer isso para todos os assuntos e
todas as disciplinas, pois será um caos. Entretanto, acho válido para exatas e,
principalmente, para quem tem dificuldade nessa disciplina. Explicarei uma forma
de controlar isso mais a frente.
Como falei anteriormente, vai ser doloroso, ou seja, é fazer exercícios do assunto
que você acabou de ler e fazer exercícios do assunto anterior e ainda de um outro
assunto anterior que você estudou há algumas semanas. Você terá dificuldades
para lembrar. No entanto, esse esforço de lembrar, a dor de não lembrar e o ódio de
ter que olhar de novo a teoria, tudo isso faz parte do aprendizado de longo prazo.
O aprendizado que vem fácil, vai fácil.
O aprendizado esforçado é fundamental para o aprendizado de longo prazo. Não
apenas o esforço de ter que lembrar, puxar da memória, fazer associação, mas
também da dor que os erros causam.
Quanto maior o esforço, maior a assimilação.
Em práticas intercaladas e variadas, a palavra “variadas” significa que você tem
que fazer exercícios e testes diferentes, ou seja, formas diferentes de abordar o
assunto ao invés, por exemplo, de ficar relendo o mesmo resumo diversas vezes.
Cada enunciado de questão vai trazer um enfoque novo, uma forma de cobrar o

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assunto. Cada um é um desafio e você tem que fazer associações e buscar as


informações na memória, cada vez de uma forma diferente.
A releitura não é uma Recuperação ativa. Ela é uma recuperação passiva, ou seja,
é apenas ler novamente a teoria ou os grifos. E é aí que surge o problema das re-
visões de 24 horas e de 7 dias com revisões desses grifos: é uma revisão passiva.
Segundo os cientistas, a recuperação passiva não é boa para a memoriza-
ção. A recuperação ativa funciona justamente por causa do esforço que men-
cionei anteriormente.
A recuperação ativa pura é lembrar do nada, sem o auxílio de uma questão ou
de um enunciado, mas não precisa ser assim. Uma boa recuperação ativa ne-
cessita apenas que seja feita por meio de testes. O ideal é que você olhe para o
enunciado e não veja as alternativas para tentar responder puxando o máximo da
memória. Isso força mais a memória e faz com que você busque associações.
Quando as alternativas são lidas, deixa de ser 100% ativo e passa a ser um pouco
passivo. Mesmo assim ainda é mais preferível do que reler a teoria ou os grifos. É
passivo, mas nem tanto.
A recuperação ativa para os concurseiros seriam as questões.
A variação é simplesmente variar os testes. Se você variar as questões, já está
bom. Claro que você pode tentar fazer uma discursiva, ou autoexplicação, ou dar
uma aula sobre o assunto. Entretanto, nada disso é muito prático quando falamos
em estudo para concursos. Estudar para concurso apenas com leitura já levaria
meses apenas para ler todo o material. É muita coisa e não há tempo hábil para
fazer discursivas ou autoexplicações da matéria inteira. Por isso, a variação de
questões já é suficiente: é rápida e favorece a memorização. Deixe as técnicas
avançadas para o futuro (explicarei quando devem ser utilizadas).
A ilusão de conhecimento surge na recuperação passiva da releitura nas revisões
de 24 horas e de 7 dias. Você leu ontem e revisa hoje relendo os grifos. Ao revisar
assim, nota que se lembra de quase tudo ali. Tudo parece familiar e você se lem-
bra de ter lido essas coisas no dia anterior.
Mas você se lembra mesmo? Qual o conhecimento verdadeiro? É fazer um teste
e verificar o resultado.

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Quando se lê os grifos há uma sensação de que se está memorizando 100% do


assunto, mas quando se faz as questões se acerta, por exemplo, 60%. Em outras
palavras, ao se testar de fato os resultados são piores do que se imaginava. A
ilusão de conhecimento decorrente da revisão passiva impede que o aluno tenha
uma noção real de quanto aprendeu. O que é interessante para quem está estu-
dando para concursos? É acertar questões. E o seu percentual de acertos é o rei,
é ele quem diz se você está aprendendo ou não.

LEITURA - CICLO DE ESTUDO


Um ciclo de estudos é uma forma de intercalar matérias e repetir a mesma se-
quência sempre. Você pode visualizar uma organização circular das matérias no
ciclo: matéria A, matéria B, matéria C etc, uma após a outra. Após a última matéria,
o ciclo retorna à primeira e se reinicia.

Esse formato tornava difícil controlar as revisões de 24h e de 7 dias. Por isso, eu
passava aos alunos um ciclo organizado por dia da semana. Cada dia tinha algu-
mas matérias (três ou quatro) e algumas revisões (as de 24h e de 7 dias).

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O formato circular é mais simples e mais resistente a imprevistos. Por ele, você
segue a ordem e a carga horária das matérias, não importando quantas horas
você estuda em cada dia. Você simplesmente identifica qual a próxima matéria e
por quanto tempo ela deve ser estudada.
Onde você parar hoje, você retoma amanhã.
Se você puder estudar mais do que o normal hoje, basta avançar mais no ciclo. Se
tiver estudado menos, é só retomar o ciclo amanhã de onde parou hoje. Simples.

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Na primeira vez em que estuda uma matéria, você deve apenas ler e grifar. Não va-
mos utilizar esses grifos nas revisões, mas grifos são úteis caso você precise re-
correr à teoria novamente no futuro. Eles são atalhos para as partes importantes.
Confesso que grifei muito e reli muito pouco dos grifos. Entretanto, recomendo
que faça. Se não quiser saber, saiba que seu material ficará “cru” e será necessário
ler muita coisa até encontrar os pontos importantes ou difíceis.

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REVISÃO IMEDIATA E REVISÃO INTERMEDIÁRIA

A
s revisões serão realizadas basicamente via questões. Quando finalizar
a aula, faça as questões pares. A ideia é reduzir o número de questões a
serem feitas ao final de cada aula. Fazendo somente as pares, você esta-
rá fazendo metade das questões. Entretanto, haverá o cuidado de fazer questões
do começo, do meio e do fim da lista de questões, evitando assim que deixe de
revisar algum assunto. Essa é a revisão imediata: você fará as questões assim
que terminar uma aula (ou capítulo, ou módulo) por inteiro. Mais adiante você
fará as ímpares (explicarei mais a frente).
Faça as questões no horário normal de estudo da matéria. Não será algo extra.
Quando você terminar de ler uma aula, faça as questões antes de começar a
ler a aula seguinte.
Continuando:
Termine a aula 00 e faça as questões pares.
Termine a aula 01 e faça as questões pares.
Termine a aula 02 e faça as questões pares.
Termine a aula 03, faça as questões pares da aula 03 e as questões ímpares da aula 00.
Termine a aula 04, faça as questões pares da aula 04 e as ímpares da aula 01.
E por aí vai. Dessa forma, você está fazendo as pares como revisão imediata e as
ímpares como revisão intermediária após algumas semanas. Veja:

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Fazer as pares de uma aula e as ímpares de outra não atrasa os estudos. Lem-
brando que quando você faz as pares da aula 00 e as ímpares mais adiante. Ou
seja, na verdade essas ímpares são questões não feitas, não treinadas. Volta-se
ao princípio da variação (variar os testes para um melhor aprendizado).
É uma forma bem simples de aprender e de organizar o estudo.
Fazendo apenas as pares, cai pela metade o tempo com as questões de fim de
aula. Quando se faz as pares e as ímpares o tempo é gasto como se fosse apenas
uma aula inteira. Isso não atrasa seus estudos. Além disso, como não está desti-
nando tempo às revisões de 24h e de 7 dias mais, você já estará avançando muito
mais rapidamente nas matérias.
Se a matéria for mais longa (10 aulas ou mais), você pode ainda adicionar uma
nova revisão via questões. Para isso, deverá refazer as questões pares mais a
frente. Na tabela acima, sugeri que isso ocorra após finalizar a aula 08. Ou seja,
você estará revisando a aula 00 ao terminar de ler as aulas 00, 03 e 08. Isso deve
ser feito apenas em caso de matérias mais extensas. Não há problema em acele-
rar para chegar ao fim da matéria, pois ao finalizá-la você a revisará via questões.

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Quando terminar a disciplina toda, refaça todas as pares que faltaram e, em segui-
da, todas as ímpares. Essa será uma revisão geral via questões feita em 2 tempos.
Se tiver dificuldade em Exatas, pode fazer uma divisão a mais do que apenas pares e
ímpares. Pode dividir as questões em 4 grupos para espaçar ainda mais as revisões:
Grupo A: Questões 1, 5, 9, 13 etc
Grupo B: Questões 2, 6, 10, 14 etc
Grupo C: Questões 3, 7, 11, 15 etc
Grupo D: Questões 4, 8, 12, 16 etc.
A cada aula finalizada, você fará um grupo diferente, conforme o quadro abaixo:

ACERTAR MAIS – CADERNO DE ERROS


Conforme explicado acima, ao finalizar uma matéria por inteiro, você deve fazer
uma revisão geral dela via questões. Pode usar as questões do material mesmo.
Após essa revisão geral, é interessante que você passe a utilizar um site de questões
para ter uma variedade maior. TEC Concursos e Qconcursos são os mais indicados.

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A ideia nesse momento é que você faça sucessivas revisões via questões dos
assuntos. É interessante, portanto, que você faça apenas algumas questões de
cada assunto antes de seguir ao assunto seguinte. Isso evitar que se fique tempo
demais em apenas um assunto. Além disso, ter contato com cada assunto múlti-
plas vezes está em harmonia com o princípio da prática espaçada.
Sugiro que faça 15 a 20 questões de um assunto antes de passar
ao assunto seguinte.
Faça as questões, corrija e verifique os erros. Os bons sites de questões trazem
comentários que muitas vezes são suficientes para que você entenda por que
errou. Não é necessário, portanto, voltar ao seu material teórico.
Ao verificar seus erros, se achar que errou porque esqueceu mesmo, porque era
decoreba ou porque nunca entendeu aquilo, jogue essa informação para um Ca-
derno de Erros. Faça um Caderno para cada matéria. Nele, você colocará as infor-
mações que são difíceis para você. Só esse tipo de informação deve estar nele.
Erros bobos ou assuntos dominados (mesmo que cobrados com frequência) não
devem ir para o Caderno. Esse deve ser enxuto, pequeno. Ele será fundamental
para que você tenha à mão as principais informações para as revisões de véspera
de prova. Além disso, ele deverá ser relido de tempos em tempos, forçando um
contato maior com esses assuntos mais difíceis.
Esse formato de site de questões aliado ao Caderno será praticamente o último
estágio do seu estudo para concurso. Entretanto, simplesmente reler o Caderno
pode não ser suficiente para algumas informações entrarem na sua cabeça. Pode
ser necessário usar técnicas avançadas de memorização.

TÉCNICAS AVANÇADAS
Há diversas técnicas avançadas de memorização. O Caderno de Erros pode, in-
clusive, ser considerado uma delas. Entretanto, há algumas que merecem menção
e podem ser úteis a você.
Não recomendo a utilização dessas técnicas para muitos assuntos. Elas são tra-
balhosas e tomarão tempo precioso. Por isso, sugiro que escolha alguns temas

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dentro do Caderno para serem objetos dessas técnicas. Você estará gastando
mais tempo com assuntos que mereçam isso.
Mapas mentais: são representações visuais. Ao formulá-los, organiza-se o conhe-
cimento de forma visual e espacial. Isso facilita que se lembre no futuro. Mapas
requerem múltiplas revisões para serem decorados. São bons para conhecimen-
tos que requeiram que se decore listas e para organogramas também.
Flashcards: são uma espécie de fichamento com revisão variável. Escreve-se uma
pergunta ou nome na frente de um pedaço de papel e a resposta ou informação no
verso. É uma técnica eficaz por ser um teste em que a resposta não está visível.
Força-se mais a memória (e fortalece-a mais) dessa forma. Entretanto, é interes-
sante dar tratamento diferenciado aos papéis. Se você errar ou esquecer a infor-
mação, reveja esse papel em poucos dias. Se acertar, pode demorar mais tempo
para rever. Isso é explicado em detalhes em videoaula no nosso curso.

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CICLO DE ESTUDO

A
gora, vamos iniciar a elaboração do seu ciclo de estudo. É fundamental
você se organizar para conseguir um estudo eficiente. Primeiramente,
sistematize sua rotina atual. Algumas pessoas trabalham oito horas por
dia e possuem um tempo reduzido para os estudos. Outras, abdicaram suas vi-
das profissionais para se dedicar aos estudos e, portanto, possuem muito tempo
para a preparação. Você, estando no primeiro grupo ou em outro qualquer, pre-
cisa estabelecer o seu horário de estudos de acordo com as suas disponibilida-
des de tempo.
Ao estabelecer seu horário de estudo tente ter disciplina para cumpri-lo. De nada
adianta fazermos metas e planos se não colocarmos em prática.
Note que a distribuição inicial é quase equânime: praticamente a mesma carga
horária (CH) para cada matéria. Algumas são maiores ou mais lentas que ou-
tras, mas não estamos aqui tentando terminar todas ao mesmo tempo. É até in-
teressante que você vá terminando as matérias em momentos diferentes, pois
assim pode alterar e inserir novas matérias pouco a pouco. O mais importante é
seguir o planejamento.
Você receberá também uma planilha para controle de páginas li-
das, conforme a seguir:

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Por ela, vai controlar a data em que estudou, a disciplina estudada, a CH efetiva-
mente estudada, a Aula (da teoria ou das questões que tiver feito), e as páginas
em que começou e parou de ler (em caso de leitura de teoria).
Essas anotações são importantes para você saber de onde retomar a leitura.
Siga a carga horária prevista para o dia, mas entenda que imprevistos acontecem.
Com esse ciclo, fica fácil se adaptar. Sempre comece o dia seguinte a partir de
onde parou no dia anterior. É simples assim.

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CICLO INICIAL:
MATÉRIA CH

D. Constitucional 60

D. Administrativo 60

Contab. Geral 90

AFO 80

Português 90

Contab. Pública 80
Por ser um Ciclo para iniciante, a ênfase está em matérias mais básicas e obri-
gatórias, como Português, D. Constitucional, D. Administrativo, Contabilidade
e AFO. Essas matérias deixarão um legado para os próximos concursos. Tam-
bém leva-se em consideração que são matérias com peso mais alto e mais fre-
quentes que as demais.
Nesse Ciclo para iniciantes, a ênfase está em matérias mais longas, cuja leitura
demandará mais tempo. O objetivo primário é cobrir o máximo de conteúdo pro-
gramático possível. Mais pontos virão de conteúdos ainda não estudados.

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CICLO INTERMEDIÁRIO:
MATÉRIA CH

D. Constitucional 60

D. Administrativo 60

Exatas 50

AFO 80

Português 90

Auditoria 70

Controle Externo 60

Contab. Pública 80

Economia 70

Contab. Custos 60

Adm. Pública 60

Perceba que as matérias já finalizadas ficam em verde no seu ciclo. Isso significa
que essas matérias já tiveram seu conteúdo de leitura totalmente finalizado, dessa
forma, elas têm sua preparação alterada para o modo de revisão via questões. A
partir de agora você só vai estudá-las por meio de questões de concursos passa-
dos. Recomendo que faça questões de um assunto por vez, anote sempre os resul-
tados e dê preferência aos sites de questões. Eles são bem completos, permitem
filtros de questões por temas específicas e têm bons comentários às respostas.
Note que, como o ciclo é circular, você pode interromper o estudo de uma matéria
no meio, se seu horário de estudo acabar. Aí, no dia seguinte, você retoma de onde
parou e continua o ciclo normalmente. Caso o edital seja lançado, aumente a CH
de todos os dias se possível. Mas não se esqueça que o descanso tem fundamen-
tal importância para guardar energia para a reta final. Fiz um vídeo sobre cansaço

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mental, está na nossa plataforma de videoaulas. É importante tirar ao menos uma


hora por dia para relaxar e se recuperar do cansaço.
Você pode (e deve) adequar o ciclo à sua realidade. Se você está muito bem em
alguma matéria, pode reduzir a Carga Horária dessa matéria. Em vez de ler a teo-
ria, pode estudá-la via questões.
Se você já tiver um material bom e bem marcado, não há por que reler tudo. Leia
os assuntos inéditos e depois revise tudo.
Pronto, você tem nas mãos um planejamento suficiente para meses de diversão!

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ACABANDO A LEITURA DAS MATÉRIAS:

P rofessor, terminei de ler algumas matérias. O que devo fazer agora?

A primeira coisa a ser feita com o término de algumas matérias é fazer uma revi-
são completa da matéria via questões do seu material. Primeiro, refaça todas as
questões pares. Depois, refaça todas as ímpares.
Ao mesmo tempo, insira a matéria nova no ciclo em módulo de leitura.
Se você ainda estiver com o conteúdo muito atrasado em alguma matéria, pode
diminuir um pouco a CH da matéria finalizada e passar para a matéria atrasada a
CH que foi liberada, a fim de vê-la chegar ao final logo. Eu faço isso com alguns
alunos que estejam mais lentos nessas matérias. Ou seja, em vez de inserir maté-
ria nova, você aumenta a CH dessas matérias atrasadas.

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FIM DA REVISÃO VIA QUESTÕES:


CADERNO DE ERROS

A
o finalizar a revisão via questões de todos os assuntos da matéria, o
estudo passa a um estágio mais avançado. Ao terminar de refazer as
questões, o ideal é que você possa fazer uma revisão geral da matéria,
porém produzindo o Caderno de Erros. Não é para resumir o que você já aprendeu.
O objetivo é ter um material enxuto e completamente focado naquilo que você
precisa revisar muitas vezes para aprender. Esses resumos serão relidos inúme-
ras vezes e serão especialmente importantes na reta final, pós-edital. As matérias
nesse estágio de produção de resumos serão pintadas de azul.
Esse é o estágio que considero o mais avançado: alternar a releitura dos Cadernos
com resolução de questões por assunto. Alternadamente, você deve: fazer mais
questões, reler os Cadernos, ler algumas das leis secas, estudar jurisprudência.
Atenção: os Cadernos são dinâmicos. Se você estiver errando algo na resolução de
questões, coloque esse assunto nos Cadernos. Se já tiver decorado algo dos Cader-
nos, pode riscar (não apague) e parar de reler aquela parte com tanta frequência.
Leis secas: é pegar as leis para ler. CF, CTN, 8.666, 8.112 etc etc etc.
Jurisprudência: a melhor fonte para acompanhar a jurisprudência dos tribunais su-
periores é, na minha opinião, o site www.esinf.com.br. Entretanto, os professores
costumam colocar atualizações de jurisprudência nos sites e blogs. Há também
o site Dizer o Direito.

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RESOLVER QUESTÕES

J
unto com este eBook, você recebeu uma Planilha na qual vai anotar sempre
que fizer questões. Anote quantas fez e quantas acertou. Sempre. Isso vai te
dar um mapa claro dos seus percentuais de acerto em cada assunto de cada
matéria. Vai reconhecer, assim, suas fraquezas e poderá focar nelas.
Na Planilha, você encontrará também a lista de assuntos e a estatística de com
que frequência eles costumam ser cobrados pela banca. Verá que alguns poucos
assuntos muitas vezes respondem por 70% ou 80% das questões nas provas.
Na aba inicial da Planilha Tática de Guerrilha tem uma explicação de como
usá-la. Adicionalmente, enviarei a vocês um manual dos significados de
cada campo da planilha.
Dê prioridade a esses assuntos mais cobrados. Comece seu estudo por eles e,
se não der tempo de ver tudo, veja apenas eles. Você vai ver que enquanto um
assunto responde por 20% das questões de prova, outro representa 0,2%. A chan-
ce é de ter uma questão do primeiro assunto a cada 5 questões da matéria na
prova! É um ótimo custo-benefício. Enquanto isso, gastar tempo com o de 0,2%
significa que você vai achar uma questão desse assunto a cada 500 questões de
prova daquela matéria!!!
Estude primeiro os assuntos mais cobrados. Se der tempo, veja os outros, mas
fique à vontade para não estudar os menos relevantes.
OBS: a quantidade de questões no site TEC Concursos para cada assunto pode
ser bastante grande. Faça apenas umas 20 questões de cada assunto e passe
ao seguinte. Terminando os assuntos, volte ao primeiro. É importante girar dessa
forma, caso contrário você corre o risco de fazer 1.000 questões de apenas um
assunto e deixar os outros abandonados.

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A PLANILHA TÁTICA DE GUERRILHA

A
Tática de Guerrilha é uma planilha do Excel (só abre no Excel mesmo)
que contém as disciplinas do seu concurso e os assuntos mais recorren-
tes em provas passadas da banca que organizará sua prova.
Pensei em desenvolver essa planilha para ajudá-los a otimizar o tempo escasso
de estudos. Por ela, você vai saber quais são os assuntos mais comuns que a
banca costuma cobrar de CADA disciplina.
A intenção é que, caso não tenha tempo, dê prioridade ao que costuma cair mais
e com maior peso. Pois a chance de também cair na sua prova é mais alta. Além
disso, evita que você perca tempo precioso estudando assuntos que provavelmen-
te não estarão na sua prova.
Como você faz esse estudo do que mais cai?
Eu busco nos sites de questões de concurso CADA uma das matérias e calculo
quantas questões de cada assunto aparecem. Pela quantidade, faço uma estima-
tiva percentual da incidência de cada assunto.
Isso significa que busco TODOS os assuntos que estão nos sites de questões. In-
dependente de o assunto estar ou não no seu edital, ele aparecerá com índice de
relevância da banca. Por isso, te asseguro que nem todos os assuntos que estão
na planilha estão no seu edital.
É, em razão dessa diferença, que sempre recomendo que verifique o edital do
SEU concurso. Veja se o assunto que está na planilha também está no Conteúdo
Programático da sua prova.
Por que é feita dessa forma?

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O edital e o site de questões não falam sempre a mesma


língua. Há tópicos no edital que são chamados de outra
forma no site. Há tópicos no site que na verdade foram
divididos em 2 ou 3 tópicos no edital. Há tópicos do
edital que estão dentro de um tópico indivisível do site
que inclui assuntos que não caem. É bem complicado.
Muitas vezes, professores de disciplinas específicas têm
dificuldade em saber o que exatamente a banca pretende
com os nomes no conteúdo programático. Imagine eu, que
não sou especialista em todas as disciplinas? Portanto,
faça o batimento do conteúdo programático ao final
deste eBook com os assuntos da Tática de Guerrilha.

A Tática de Guerrilha é só um guia em que você irá saber o que é mais importante
e irá controlar suas questões e percentual de acerto.

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ANSIEDADE

T
enho percebido que a ansiedade na preparação tem “derrubado” muitos
candidatos extremamente bem preparados. O nervosismo e a ansiedade
de terminar todo o conteúdo deixam o candidato bastante atordoado e
confuso. Muitos não sabem nem por onde começar.
Para evitar que isso aconteça, é fundamental deixar TUDO organizado. A organi-
zação nos dá uma sensação muito boa de controle (embora nem sempre esse
controle seja verdadeiro... Mas isso é outro assunto). E essa sensação de controle
vai te deixar mais calmo e te ajudará a seguir em frente.
O ideal é você colocar em ordem seus materiais, seu local de estudo, seus afaze-
res domésticos e qualquer outra pendência que possa resolver. A partir daí, você
já sabe o que deve fazer (estudar o que está no ciclo) e nenhum outro problema
irá atormentar sua mente. Sei que não é tão simples assim, mas te garanto que
vai te ajudar bastante.
Você não precisa estar 100% em todos os assuntos cobrados. E não te cobrar
por isso, fará um diferencial gigantesco no desenrolar do seu estudo. Todos os
aprovados que conheço foram para as provas com a sensação de que podiam ter
estudado melhor alguns (ou vários) tópicos. Isso é normal e NUNCA vai mudar.
Nós somos perfeccionistas, achamos que conseguiremos nos sentir totalmente
prontos e, quando não sentimos isso, nos bate uma desilusão que nos prejudica.
A última e mais importante dica para ajudar no controle da sua ansiedade é a mais
simples: pratique esportes.
Simplesmente isso. Esse é um momento em que sua energia fica “represada” e
você precisa de uma “válvula de escape” para dar vazão a todo energia acumulada.
E nada melhor que uma corrida, uma pedalada, crossfit ou qualquer outra ativida-
de. Dê preferência aos exercícios aeróbicos e, sempre que possível, tente chegar
à exaustão. Isso te trará um alívio inimaginável na hora de estudar. Faça o teste.

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COMO ESTUDAR SEM LER A MATÉRIA INTEIRA

P
rimeiramente, já adianto que não recomendo isso! O certo mesmo é co-
meçar a estudar antes da publicação do edital e com bastante tempo, de
modo a já estar bem afiado nas matérias na hora da prova. Entretanto,
sei que nem todos temos tempo para começar a estudar quando queremos. Há
também aqueles que nem estavam pensando em prestar concurso, mas não que-
rem deixar passar a oportunidade. E há também aquelas matérias enormes que
surgem de surpresa. Então vamos fazer o melhor possível!
Já vi diversas análises estatísticas sobre diversas bancas. O que há em comum?
Uma quantidade relativamente pequena de uma matéria engloba a maior parte
das questões! Poderíamos dizer que 30% da matéria é cobrada em 70% das ques-
tões. Ou seja, existe um caminho para treinar mais os assuntos que são cobrados
com mais frequência e assim melhorar sua nota o máximo possível.
As bancas dificilmente inovam muito em um edital. Com isso, quero dizer que
mesmo os assuntos pouco cobrados raramente são inéditos. Ou seja, já foram
alvo de outras questões em outras provas.
Qual a forma de descobrir e treinar os assuntos mais cobrados? A resposta parece
simples mas a metodologia não é tão óbvia assim. A forma é: fazendo centenas
ou milhares de questões da banca.
Quanto mais questões você fizer, mais estará treinando os assuntos cobrados. As-
suntos mais cobrados acabam sendo mais treinados. Simples! Mas não é só isso.
É necessário ter uma postura ativa: ficar resolvendo, corrigindo, resolvendo e corri-
gindo passivamente não vai agregar tanto conhecimento assim. Como fazer então?
Faça o conjunto de questões mais de uma vez. Na primeira, marque as questões
que errar. Na segunda vez que fizer todas as questões, observe se errou a mesma
questão que já havia errado antes. Se sim, é hora de revisar a teoria daquele as-

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sunto e possivelmente fazer um pequeno resumo ou esquema em um caderninho


à parte. Ou seja, você gastará tempo e energia com os assuntos difíceis e aqueles
que não são óbvios. Os outros, você já está acertando. Não gaste tempo com eles,
pois seu tempo é escasso!
Entendido? Fazer muitas questões e estudar os assuntos que esteja errando!
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CESPE

S
e a banca do próximo concurso for realmente o Cebraspe (Cespe), tenho
uma dica que pode fazer uma ENORME diferença na sua preparação. Nem
todos conhecem essa sistemática de estudo e acredito que pode vir a ser
o seu diferencial, especialmente em prova do Cebraspe. Ela será útil para matérias
que você desistir de estudar ou que vir que não terá tempo de ler tudo.
É muito simples: assine um site de questões (como o www.tecconcursos.com.br) e
filtre questões pela disciplina e pela banca. Você NÃO tentará responder as ques-
tões. Nunca. Não vai nem pensar se é Certo ou Errado. Você deve simplesmen-
te ler as Certas. Ler somente as Certas. Pular, ignorar completamente as asser-
tivas Erradas. Entendido? Não tente responder. Chute alguma coisa para ver a
correção. A questão estava Certa? Leia. Estava errada? Não leia e passe para a
próxima. Dessa forma, você lerá e terá contato SOMENTE COM AS RESPOSTAS
CERTAS. Qual é a vantagem disso? Simples: se na hora da prova você reconhecer
uma frase, marcará como reposta Certa. Se a frase for completamente desconhe-
cida, deixe em branco.
Todas a bancas tendem a repetir questões ou assuntos. Às vezes, mudam pouca
coisa. Portanto, sempre que você reconhecer uma questão, marcará como Certa,
pois só teve contato com questões Certas. Ok? Mas isso só serve para matérias
que você não ler e somente estudar dessa forma!

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DISCURSIVAS

O
tópico “como fazer discursivas” é importante e merece um eBook só para
ele. Não cabe a este eBook ensinar as muitas técnicas e observações
acerca do tema. Aqui, pretendo simplesmente eliminar alguns mitos.
O primeiro diz respeito ao medo de não saber falar qualquer coisa sobre os temas
estudados. E digo logo: esse sentimento é absolutamente normal. Eu nunca tive
a sensação de que sabia muito de cada matéria. Nunca achei que seria capaz de
discorrer sobre Direito Tributário. Mas uma coisa é questão de lógica: se você che-
gar à 2a fase, pode ter certeza de que sabe o suficiente. Ninguém chega lá à toa.
O segundo mito diz respeito ao estudo de conteúdo especificamente para as dis-
cursivas. Digo com tranquilidade: não há. Você levará para as discursivas o conhe-
cimento adquirido no estudo para as objetivas. Nada mais.
Se as discursivas forem em momento diferente das objetivas, claro que poderá
focar seu estudo em decorar números de leis, artigos e outros detalhes, mas so-
mente isso. Você não aprenderá nada mais profundo ou complexo simplesmente
porque terá que escrever.
O que você pode e deve desenvolver é a sua capacidade de escrever. É fundamen-
tal praticar as discursivas nos meses que antecedem a prova. Poucas redações
já fazem uma grande diferença, não se engane. É necessário treinar os aspectos
técnicos da escrita. Desenvolvimento da argumentação. Introdução, desenvolvi-
mento e conclusão. Coesão e coerência.
E, claro, não errar. Parece óbvio, mas não é. O corretor não quer saber se você é
erudito ou escreve de forma quase poética. Ele vai descontar pontos a cada erro,
simplesmente. Portanto, evite utilizar expressões que você não domina totalmen-
te. Escreva simples e de forma correta.
Falarei mais detida e detalhadamente sobre as discursivas em outro eBook. Por
enquanto, meu conselho é: se estiver longe da prova, esqueça as discursivas!

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CONCLUSÃO

N
ão passa em concurso quem sabe mais; passa quem acerta mais
questões. Esse deve ser seu objetivo. Você deve ser pragmático.
Mantenha seu estudo simples e eficiente. Não perca tempo com firulas
ou técnicas de funcionamento duvidoso. Preocupe-se em fazer com constância
e dedicação. Uma excelente caminhada de longo prazo é feita passo a passo.
Dia a dia.
Muito obrigado pela confiança! Estou sempre à disposição no Fórum e por e-mail.
Abraços!

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LINKS E SÍTIOS ÚTEIS

Sobre o Tribunal de Contas da União


http://portal.tcu.gov.br/inicio/
Edital do último concurso de Auditor do TCU
http://www.cespe.unb.br/concursos/TCU_15_AUFC/arquivos/TCU_
AUDITOR_ABT_ED._6.PDF
Pacote do Estratégia Concursos para Auditor do TCU
https://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/pacote-completo-p-tcu-auditor-
controle-externo-auditoria-governamental-com-videoaulas-2019/
Meu vídeo sobre cansaço mental
https://www.youtube.com/watch?v=YhaAmpeODc8

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DO ÚLTIMO EDITAL

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CARGO DE


AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA:
CONTROLE EXTERNO – ESPECIALIDADE: CONTROLE
EXTERNO – ORIENTAÇÃO: AUDITORIA GOVERNAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA:
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados
2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais
3 Domínio da ortografia oficial
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual
4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conecto-
res e de outros elementos de sequenciação textual
4.2 Emprego de tempos e modos verbais
5 Domínio da estrutura morfossintática do período
5.1 Emprego das classes de palavras
5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração
5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração
5.4 Emprego dos sinais de pontuação
5.5 Concordância verbal e nominal
5.6 Regência verbal e nominal
5.7 Emprego do sinal indicativo de crase

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5.8 Colocação dos pronomes átonos


6 Reescrita de frases e parágrafos do texto
6.1 Significação das palavras
6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto
6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto
6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade
7 Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República)
7.1 Aspectos gerais da redação oficial
7.2 Finalidade dos expedientes oficiais
7.3 Adequação da linguagem ao tipo de documento
7.4 Adequação do formato do texto ao gênero

Português é a disciplina base para qualquer candidato a concursos de alto


nível. Deve-se estar com o domínio afiado das regras e forma de cobrança.
A prova de português em geral é bem cansativa. Tem, geralmente, textos
longos e difíceis. Exige interpretações mais profundas e com respostas
complicadas. A parte de gramática é mais literal e cobra do candidato o
conhecimento de regras e do significado dos vocábulos. Muita atenção
aos textos: demorar tempo demais para resolver questões de interpretação
pode prejudicar todo o andamento da sua prova.

LÍNGUA INGLESA:
1 Compreensão de textos escritos em língua inglesa
2 Itens gramaticais relevantes para compreensão dos conteúdos semânticos

Atualmente, as provas de inglês são mais de análise e interpretação de tex-


tos. Com pequenas nuances de cobrança de gramática e vocabulário. O es-
tudo para a prova de inglês é basicamente a resolução de questões de pro-
vas anteriores. Se sua base não for muito boa, aconselho a leitura de textos
da área de finanças e controle em inglês. Em princípio será péssimo, mas
com o tempo, irá percebendo que as expressões e os termos se repetem.

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RACIOCÍNIO ANALÍTICO:
1 Raciocínio analítico e a argumentação
1.1 O uso do senso crítico na argumentação
1.2 Tipos de Argumentos: argumentos falaciosos e apelativos
1.3 Comunicação eficiente de argumentos

Foi a surpresa da prova de 2015! Para muitos, foi considerada a parte mais
fácil da prova. As questões cobraram praticamente o raciocínio lógico
puro, ou seja, a lógica informal. Sem imposição de regras e fórmulas. Ex-
ploraram o senso crítico do candidato e alguns tipos de argumentação.

MATEMÁTICA FINANCEIRA:
1 Regra de três simples e composta, proporcionalidades e porcentagens
2 Juros simples e compostos
3 Capitalização e desconto
4 Taxas de juros nominal, efetiva, equivalente, real e aparente
5 Rendas uniformes e variáveis
6 Planos de amortização de empréstimos e financiamentos
6.1 Sistema francês (tabela Price)
6.2 Sistema de Amortização Constante (SAC)
6.3 Sistema de Amortização Misto (SAM)
7 Cálculo financeiro
7.1 Custo real e efetivo das operações de financiamento, empréstimo e investimento
8 Avaliação de alternativas de investimento em economia estável e em
ambiente inflacionário
9 Avaliação econômica de projetos
10 Taxas de retorno e taxas internas de retorno

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É uma matéria de estudo intenso e em forma de resolução de muitos exer-


cícios (muitos mesmo!). Em geral, as provas têm cobrado aplicação de
fórmulas mais complexas. É fundamental que vá para a prova com as fór-
mulas todas decoradas. A depender de sua bagagem nessa matéria, mude
sua carga horária de estudo. Caso não seja especialista na área, dê uma
priorizada antes de o edital sair. É muito difícil ficar bom em Exatas na
correria de um pós-edital. Forme seu conhecimento e se aprofunde na re-
solução dos exercícios.

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA:
1 Metodologia e utilização da estatística. Variáveis quantitativas e qualitati-
vas. Séries estatísticas
2 Organização e apresentação de variáveis
3 Estatística descritiva e análise exploratória de dados. Distribuição de frequên-
cias: absoluta, relativa, acumulada. Medidas de posição: média, moda, mediana
e separatrizes. Medidas de dispersão: desvio-padrão, variância, coeficiente de
variação. Correlação. Histogramas e curvas de frequência. Diagrama box-plot.
Avaliação de outliers
4 Análise de dados categorizados
5 Distribuições de probabilidade. Distribuição binomial. Distribuição normal
6 Noções de inferência estatística. Estimação de parâmetros por ponto e
por intervalo. Intervalo de confiança. Testes de hipóteses. Testes paramétri-
cos: médias e proporções
7 Análise de regressão linear
8 Técnicas de Amostragem
9 Análise multivariada
10 Análise de séries temporais

Estatística tem alto grau de dificuldade. Se não for o seu forte, aprenda os
conteúdos mais teóricos e não estude os exercícios mais longos e demo-
rados. Se os estudar, cuidado para não ficar preso neles na hora da prova.

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Na última prova, estatística estava MUITO difícil. Inclusive, há relatos de


aprovados que nem resolveram essa prova.

CONTROLE EXTERNO:
1 Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) e Declaração de Lima
2 Sistemas de Controle na Administração Pública Brasileira (arts. 70 a 74 da
Constituição Federal)
2.1 Tribunais de Contas: funções, natureza jurídica e eficácia das decisões
3 Tribunal de Contas da União: natureza, competência e jurisdição
3.1 Organização. Julgamento e fiscalização
3.2 Lei Orgânica do TCU (Lei nº 8.443/1992)
3.3 Regimento Interno do TCU (Resolução-TCU nº 155/2002)

Praticamente toda prova da área de controle tem questões ligadas a esse


tema. É uma derivação de uma parte do D. Administrativo, porém com mais
aprofundamento e maiores nuances técnicas. É matéria fundamental na
sua preparação. Leia a doutrina várias vezes e procure sempre resolver
exercícios atualizados.

DIREITO CONSTITUCIONAL:
1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
1.1 Princípios fundamentais
2 Aplicabilidade das normas constitucionais
2.1 Normas de eficácia plena, contida e limitada
2.2 Normas programáticas
3 Direitos e garantias fundamentais
3.1 Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de naciona-
lidade, direitos políticos, partidos políticos
4 Organização político-administrativa do Estado
4.1 Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios

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5 Administração Pública
5.1 Disposições gerais, servidores públicos
6 Poder executivo
6.1 Atribuições e responsabilidades do Presidente da República
7 Poder legislativo
7.1 Estrutura
7.2 Funcionamento e atribuições
7.3 Processo legislativo
7.4 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária
7.5 Comissões parlamentares de inquérito
8 Poder judiciário
8.1 Disposições gerais
8.2 Órgãos do poder judiciário
8.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça
8.2.1.1 Composição e competências
9 Funções essenciais à justiça
9.1 Ministério Público e Advocacia Pública

Matéria essencial na preparação para concursos públicos de alto nível. De-


ve-se chegar para a prova com o conteúdo bem dominado, assim como o
conhecimento das jurisprudências e da doutrina. A tendência é a cobrança
dos posicionamentos jurisprudenciais do STF e do STJ. Em geral, as pro-
vas têm vindo com cobrança de itens de conhecimento mais profundo da
doutrina. A preparação é baseada na leitura da doutrina, da “lei seca”, da
jurisprudência atualizada e na resolução de muitos exercícios.

DIREITO ADMINISTRATIVO:
1 Estado, governo e Administração Pública
1.1 Conceitos

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1.2 Elementos
2 Direito administrativo
2.1 Conceito
2.2 Objeto
2.3 Fontes
3 Ato administrativo
3.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies
3.2 Extinção do ato administrativo: cassação, anulação, revogação e convalidação
3.3 Decadência administrativa
4 Agentes públicos
4.1 Legislação pertinente
4.1.1 Lei nº 8.112/1990
4.1.2 Disposições constitucionais aplicáveis
4.2 Disposições doutrinárias
4.2.1 Conceito
4.2.2 Espécies
4.2.3 Cargo, emprego e função pública
4.2.4 Provimento
4.2.5 Vacância
4.2.6 Efetividade, estabilidade e vitaliciedade
4.2.7 Remuneração
4.2.8 Direitos e deveres
4.2.9 Responsabilidade
4.2.10 Processo administrativo disciplinar
5 Poderes da Administração Pública
5.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia

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5.2 Uso e abuso do poder


6 Regime jurídico-administrativo
6.1 Conceito
6.2 Princípios expressos e implícitos da Administração Pública
7 Responsabilidade civil do Estado
7.1 Evolução histórica
7.2 Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro
7.2.1 Responsabilidade por ato comissivo do Estado
7.2.2 Responsabilidade por omissão do Estado
7.3 Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado
7.4 Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado
7.5 Reparação do dano
7.6 Direito de regresso
8 Serviços públicos
8.1 Conceito
8.2 Elementos constitutivos
8.3 Formas de prestação e meios de execução
8.4 Delegação: concessão, permissão e autorização
8.5 Classificação
8.6 Princípios
9 Organização administrativa
9.1 Centralização, descentralização, concentração e desconcentração
9.2 Administração direta e indireta
9.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista
9.4 Entidades paraestatais e terceiro setor: serviços sociais autônomos, entidades
de apoio, organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público

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10 Controle da Administração Pública


10.1 Controle exercido pela Administração Pública
10.2 Controle judicial
10.3 Controle legislativo
10.4 Improbidade administrativa: Lei nº 8.429/1992
11 Processo administrativo
11.1 Lei nº 9.784/1999
12 Licitações e contratos administrativos
12.1 Legislação pertinente
12.1.1 Lei nº 8.666/1993
12.1.2 Lei nº 10.520/2002 e demais disposições normativas relativas ao pregão
12.1.3 Decreto nº 7.892/2013 (sistema de registro de preços)
12.1.4 Lei nº 12.462/2011 (Regime Diferenciado de Contratações Públicas). De-
creto nº 6.170/2007, Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU nº 507/2011 e Ins-
trução Normativa do STN nº 1/1997 (convênios e instrumentos congêneres)
12.2 Fundamentos constitucionais

D. Administrativo é matéria fundamental na preparação para concursos pú-


blicos de alto nível. Deve-se chegar para a prova com o conteúdo bem do-
minado, assim como o conhecimento das jurisprudências e da doutrina. A
tendência é a cobrança dos posicionamentos jurisprudenciais do STF e do
STJ. Nesse último edital, o conteúdo veio bem abrangente e extenso, em
geral, as provas têm vindo com cobrança de itens mais pesados e questões
mais complexas. Perceba que o edital cobrou particularidades de leis do
Município do RJ, fique atento a esses dispositivos legais.

DIREITO CIVIL:
1 Lei de introdução às normas do direito brasileiro.
1.1 Vigência, aplicação, obrigatoriedade, interpretação e integração das leis.

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1.2 Conflito das leis no tempo.


1.3 Eficácia das leis no espaço.
2 Pessoas naturais.
2.1 Conceito.
2.2 Início da pessoa natural.
2.3 Personalidade.
2.4 Capacidade.
2.5 Direitos da personalidade.
2.6 Domicílio.
3 Pessoas jurídicas
3.1 Disposições Gerais.
3.2 Constituição.
3.3 Extinção.
3.4 Sociedades de fato.
3.5 Associações.
3.6 Fundações.
4 Bens imóveis, móveis e públicos
5 Fato jurídico
6 Negócio jurídico
6.1 Disposições gerais
6.2 Invalidade
7 Prescrição
7.1 Disposições gerais
8 Decadência
9 Obrigações
9.1 Características

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9.2 Adimplemento pelo pagamento


9.3 Inadimplemento das obrigações – disposições gerais e mora
10 Contratos
10.1 Princípios
10.2 Contratos em geral
10.3 Disposições gerais
11 Responsabilidade civil objetiva e subjetiva
11.1 Obrigação de indenizar
11.2 Dano material

É uma matéria de estudo direto, sem muita teoria. As questões, da mesma


forma, são objetivas e exigem do candidato o conhecimento da “lei seca”.
São questões pequenas e de resposta direta. Não é uma matéria difícil e,
para sua preparação, é importante que leia muitas vezes a “lei seca”. A
maioria das questões são tiradas diretamente da lei.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL:


1 Princípios do processo.
1.1 Princípio do devido processo legal.
1.2 Princípios do contraditório, da ampla defesa e do juiz natural.
2 Jurisdição.
3 Ação.
3.1 Condições da ação.
3.2 Classificação.
4 Atos judiciais.
4.1 Despachos, decisões interlocutórias e sentenças.
5 Coisa julgada material
6 Controle judicial dos atos administrativos

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Talvez essa seja a matéria de pior custo benefício da área de Controle, pois
o conteúdo é grande e a quantidade de questões é pequena. Para o aluno
que nunca estudou, pode parecer difícil no começo e o estudo exige um
pouco mais de atenção aos detalhes. Em geral, as provas vêm com poucas
questões de D. Processual Civil e, em regra, com questões diretas que bus-
cam avaliar o conhecimento dos pequenos detalhes da lei.

DIREITO PENAL:
1 Princípios básicos
2 Aplicação da lei penal.
2.1 A lei penal no tempo e no espaço.
2.2 Tempo e lugar do crime.
2.3 Lei penal excepcional, especial e temporária.
2.4 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal.
2.5 Contagem de prazo.
2.6 Interpretação da lei penal.
2.7 Analogia.
2.8 Irretroatividade da lei penal.
2.9 Conflito aparente de normas penais.
3 O fato típico e seus elementos.
3.1 Concurso de crimes.
3.2 Ilicitude e causas de exclusão.
3.3 Excesso punível.
3.4 Culpabilidade.
3.4.1 Elementos e causas de exclusão
4 Imputabilidade penal
5 Concurso de pessoas
6 Crimes contra o patrimônio

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7 Crimes contra a fé pública


8 Crimes contra a Administração Pública
9 Lei nº 12.850/2013 (Crime organizado)
10 Disposições constitucionais aplicáveis ao direito penal

As bancas têm tradição de cobrar questões mais literais de Direito Pe-


nal. São questões pequenas e de resposta direta. Mesmo não sendo uma
matéria difícil, é importante levar os detalhes decorados para resolver as
questões. São eles que farão a diferença na sua preparação.

AUDITORIA GOVERNAMENTAL:
1 Conceito, evolução.
1.1 Auditoria interna e externa: papéis.
1.2 Auditoria governamental segundo a INTOSAI (International Organization of Su-
preme Audit Institutions).
1.3 Auditoria interna segundo o IIA (Institute of Internal Auditors).
2 Governança no setor público.
2.1 Papel e importância.
2.2 Controles internos segundo o COSO I e o COSO II – ERM (Enter-
prise Risk Management).
3 Normas internacionais para o exercício profissional da auditoria.
3.1 Normas da INTOSAI: código de ética e princípios fundamentais de auditoria do
setor público (ISSAIs 100, 200, 300 e 400) - disponível em: http://portal.tcu.gov.
br/fiscalizacao-e-controle/auditoria/issai-em-portugues.htm.
3.2 Normas do IIA: independência, proficiência e zelo profissional, desenvolvimen-
to profissional contínuo
4 Normas de auditoria do TCU (Portaria-TCU nº 280/2010)
5 Auditoria de regularidade e auditoria operacional

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6 Instrumentos de fiscalização: auditoria, levantamento, monitoramento, acom-


panhamento e inspeção
7 Planejamento de auditoria.
7.1 Plano de auditoria baseado no risco.
7.2 Atividades preliminares.
7.3 Determinação de escopo.
7.4 Materialidade, risco e relevância.
7.5 Exame e avaliação do controle interno.
7.6 Risco inerente, de controle e de detecção.
7.7 Risco de auditoria
7.8 Matriz de Planejamento.
7.9 Programa de auditoria.
7.10 Papéis de trabalho.
7.11 Testes de auditoria.
7.12 Importância da amostragem estatística em auditoria.
8 Execução da auditoria.
8.1 Técnicas e procedimentos: exame documental, inspeção física, conferência de
cálculos, observação, entrevista, circularização, conciliações, análise de contas
contábeis, revisão analítica.
9 Evidências.
9.1 Caracterização de achados de auditoria.
9.2 Matriz de Achados e Matriz de Responsabilização.
10 Comunicação dos resultados: relatórios de auditoria.
11 Monitoramento.
12 Documentação da auditoria.
13 Supervisão e Controle de Qualidade.

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14 Procedimentos em processos de prestação de contas da Adminis-


tração Pública Federal.
14.1 Peças e conteúdos do processo de contas e do relatório de gestão, conforme
disposto na IN n.º 63/2010.

Matéria básica nas provas da área de controle. Certamente estará presen-


te nos próximos concursos. À primeira leitura, parece uma matéria fácil
e intuitiva. Entretanto, quando fazemos questões dela notamos que a
quantidade de erros é grande. Além disso, os assuntos cobrados são bem
abrangentes, inclusive com conhecimentos do Manual de Auditoria do TCU.

ANÁLISE DE INFORMAÇÕES:
1 Dado, informação, conhecimento e inteligência. Dados estruturados e não es-
truturados. Dados abertos. Coleta, tratamento, armazenamento, integração e
recuperação de dados
2 Banco de dados relacionais: conceitos básicos e características. Metadados.
Tabelas, visões (views) e índices. Chaves e relacionamentos
3 Noções de modelagem dimensional: conceito e aplicações
4 Noções de mineração de dados: conceituação e características. Modelo de refe-
rência CRISP-DM. Técnicas para pré- processamento de dados. Técnicas e tarefas
de mineração de dados. Classificação. Regras de associação. Análise de agrupa-
mentos (clusterização). Detecção de anomalias. Modelagem preditiva. Aprendiza-
do de máquina. Mineração de texto
5 Noções de Big Data: conceito, premissas e aplicação
6 Visualização e análise exploratória de dados
7 Noções de sistemas de informação da Administração Pública Federal: SIAFI,
SIASG e SICONV. Finalidade. Principais informações
8 Lei de Acesso a Informação (Lei nº 12.527/2011): conceitos e aplicação
Nessa disciplina, a banca englobou conhecimentos de Informática e Análise de
Dados, além da LAI (Lei de Acesso à Informação). Pelo conteúdo programático,
o candidato chegou na prova bem assustado e temendo essa prova, mas quando

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começou a resolver, percebeu que era uma prova mais tranquila do que se imagi-
nava. Inclusive, há relatos de muitos candidatos que gabaritaram essa parte.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O CARGO DE


AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA:
CONTROLE EXTERNO – ESPECIALIDADE: CONTROLE
EXTERNO – ORIENTAÇÃO: AUDITORIA GOVERNAMENTAL

NOÇÕES DE ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO E DA REGULAÇÃO:


1 Introdução: o sistema de contas nacionais e as identidades ma-
croeconômicas básicas.
1.1 Produto agregado e os problemas de mensuração.
1.2 Produto nominal x produto real.
1.3 Contas do sistema monetário.
1.4 Noções básicas do balanço de pagamentos.
2 O modelo keynesiano básico: o multiplicador e o papel dos gastos do governo.
3 O modelo IS/LM: impactos das políticas monetária e fiscal.
3.1 Políticas macroeconômicas em diferentes regimes cambiais.
3.2 A avaliação do gasto público.
3.3 O financiamento do setor público no Brasil.
3.4 Conceitos de regulação, desregulação e re-regulação.
4 Teoria econômica de indústrias reguladas
5 Estrutura de mercado, concorrência perfeita e monopolística, oligopólio, monopólio
6 Falhas de mercado, externalidades, bens públicos, assimetria de informação
(seleção adversa e perigo moral)
7 Regulação e formação de preços para estruturas de mercado de
concorrência imperfeita
8 Conceitos básicos sobre regimes tarifários

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9 Tarifação por custo de serviço


10 Tarifação por preço teto
11 Regulação por incentivos
12 Regulação para competição

Essa é uma das disciplinas que gera mais medo nos candidatos. Em geral,
cobra fórmulas e contas mais complexas. A boa notícia é que as provas
desta disciplina são curtas e diretas. Não dá muita margem para o candi-
dato menos preparado. É o tipo de prova que “ou você sabe ou você pula”.
Adeque o estudo de economia ao seu nível. Se não tem um conhecimento
mais avançado, é melhor dedicar mais horas para o aprendizado.

CONTABILIDADE:

I CONTABILIDADE GERAL:
1 Princípios Contábeis Fundamentais (aprovados pelo Conselho Federal de
Contabilidade pela Resolução CFC n.º 750/1993, atualizada pela Resolu-
ção CFC nº 1.282/2010.
2 Deliberação CVM nº 29, de 05/02/86: estrutura conceitual básica da Contabilidade.
3 Principais grupos usuários das demonstrações contábeis.
3.1 As responsabilidades da administração da entidade e do auditor independente.
3.2 O parecer do auditor independente.
3.3 NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.
4 Diferença entre regime de competência e regime de caixa.
4.1 Informações sobre origem e aplicação de recursos.
5 Patrimônio.
5.1 Componentes patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou
Patrimônio Líquido).
6 Equação fundamental do Patrimônio.
7 Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais.

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8 Conta: conceito.
8.1 Débito, crédito e saldo.
8.2 Função e estrutura das contas.
8.3 Contas patrimoniais e de resultado.
9 Balancete de verificação.
10 Apuração de resultados.
10.1 Controle de estoques e do custo das vendas.
11 Escrituração.
11.1 Sistema de partidas dobradas.
11.2 Escrituração de operações típicas.
12 Livros de escrituração: Diário e Razão.
12.1 Erros de escrituração e suas correções.
13 Balanço patrimonial: obrigatoriedade e apresentação.
13.1 Conteúdo dos grupos e subgrupos.
14 Classificação das contas.
14.1 Critérios de avaliação do Ativo e do Passivo.
14.2 Avaliação de investimentos.
14.3 Levantamento do Balanço patrimonial.
15 Demonstração do resultado do exercício: estrutura, características e elaboração.
16 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados: forma de apresentação.
17 Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido: forma de apresentação.
18 Relatório Anual da Administração.
18.1 Notas explicativas às demonstrações contábeis.
18.2 Conselho fiscal: competência, deveres e responsabilidades, de acordo com
a Lei nº 6.404/1976.
19 Demonstração de Fluxos de Caixa: métodos direto e indireto.

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20 Aspectos contratuais da Contabilidade.


20.1 Relação Agente e Principal.

Geralmente a Contabilidade assusta o candidato que está iniciando sua


preparação. E não é para menos. Pode-se considerar que é a matéria mais
difícil da área de controle. As provas têm cobrado exatamente aquele deta-
lhe de rodapé. A exceção é regra nas provas de contabilidade. Sua prepara-
ção será baseada na leitura da teoria e na resolução de diversos exercícios.
Além disso, resumos e esquemas serão fundamentais para decorar todas
as contas e classificações. Normalmente, peço aos meus alunos que não
façam resumos durante a primeira leitura de uma matéria. Contabilidade é
a exceção. Fique à vontade para anotar, se achar necessário.

II ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS:


1 Retorno sobre o capital empregado: componentes, retorno sobre o Ativo, alavan-
cagem financeira e retorno sobre o Patrimônio Líquido
1.1 Economic Value Aded – EVA (Lucro Residual). Ebitda. Indicadores
2 Análise da lucratividade: análise da formação do resultado, análise da Receita,
análise dos custos dos produtos vendidos/serviços prestados, análise das despe-
sas e análise da variação
2.1 Indicadores
3 Análise de liquidez: análise do fluxo de caixa, análise do ciclo operacional e aná-
lise do ciclo financeiro
3.1 Indicadores
4 Análise da estrutura de capital e da solvência
4.1 Indicadores e medidas de solvência
5 Informações extraídas das Notas Explicativas
6 Análise horizontal e vertical
6.1 Análise de tendências
6.2 Grupos de comparação

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7 Indicadores de mercado
8 Limitações da análise por indicadores
9 Considerações de natureza não-financeira (qualitativa)
10 Noções de Auditoria financeira (Normas Técnicas de Auditoria - NBC TA)
10.1 Estrutura conceitual
10.2 Objetivos gerais da auditoria do auditor independente e a condução da audi-
toria em conformidade com normas de auditoria
10.3 Documentação de auditoria
10.4 Planejamento da auditoria de demonstrações contábeis
10.5 Resposta do auditor aos riscos avaliados
10.6 Evidência de auditoria
10.7 Formação da opinião e emissão do relatório de auditoria

Matéria de excelente custo x benefício para sua prova! Seu estudo é bem
fluido e as questões são objetivas. Geralmente as provas não vêm com
muitas inovações. Aconselho fortemente que essa matéria seja dominada
ao máximo. Verá que vale a pena!

III CONTABILIDADE DE CUSTOS:


1 Sistemas de custos: terminologia aplicada à Contabilidade de Custos, termino-
logia em entidades não industriais
2 Classificação de custos
2.1 Custos diretos: custos fixos e variáveis
2.2 Distinção entre custos e despesas
2.3 Custos indiretos: alocação e determinação da base para alocação
2.4 Custos indiretos: custos fixos e variáveis
3 Métodos de custeio: por absorção, direto ou variável e ABC (Custeio Ba-
seado por Atividades)

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3.1 Definição, principais características, diferenciação, vantagens e desvan-


tagens de cada método

Contabilidade de Custos: Talvez seja a matéria de melhor custo benefício


das provas. São poucas aulas e muitas questões. É uma matéria em que
precisamos ter domínio das fórmulas e conceitos. A prova vem sempre
“regada” de questões que exigem do candidato o conhecimento da correta
aplicação das fórmulas e das definições dos conceitos básicos. As últi-
mas provas da área de Controle têm vindo com várias questões rápidas e
com pequenos cálculos.

IV CONTABILIDADE PÚBLICA:
1 Contabilidade pública: campo de aplicação, objeto e objetivos
1.1 Título IX da Lei nº 4.320/1964
1.2 Tópicos selecionados da Lei Complementar nº 101/2000: conceitos de dívida
pública e restos a pagar, escrituração e consolidação das contas
2 Gestão organizacional da contabilidade pública no Brasil: papéis da Secreta-
ria do Tesouro Nacional e dos órgãos setoriais de Contabilidade constantes
da Lei nº 10.180/2001
3 Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI): con-
ceito, objetivos, usuários e segurança do sistema (princípios e instrumentos)
4 Balanço patrimonial de acordo com a Lei nº 4.320/1964: estrutura, característi-
cas dos ativos e passivos e das contas de compensação
5 Balanço orçamentário de acordo com a Lei nº 4.320/1964: estrutura, caracterís-
ticas das receitas e despesas orçamentárias
5.1 Interpretação do resultado orçamentário
5.2 Relatório resumido da execução orçamentária a que se refere à Lei Comple-
mentar nº 101/2000: estrutura, composição
6 Demonstração das variações patrimoniais, de acordo com a Lei nº 4.320/1964:
estrutura, características das interferências, mutações, superveniên-
cias e insubsistências

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6.1 Receitas e despesas efetivas e não-efetivas


6.2 Interpretação do resultado patrimonial
7 Balanço financeiro de acordo com a Lei nº 4.320/1964: estrutura, característi-
cas das receitas e despesas extraorçamentárias
7.1 Interpretação do resultado financeiro
8 Relatório de gestão fiscal de acordo com a Lei Complementar nº 101/2000:
estrutura, composição
9 Decreto 6.976/2009 (sistema de contabilidade federal)
10 NBCASP (Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público):
NBC T 16.1 a 16.11 do Conselho Federal de Contabilidade
11 Manual de Contabilidade do Setor Público, 6ª Ed. (Portaria Conjunta STN/
SOF nº 1 de 10/12/2014)

Muitos alunos acham a parte de Contabilidade Pública a mais difícil da


área de Controle. Não é por menos. Essa disciplina tangencia o conteúdo
de Contabilidade Geral e o mistura com os conhecimentos de AFO. É uma
matéria que pode complicar a prova até de um candidato bem preparado.
As provas atuais têm se baseado muito no MCASP. É bem possível que este
será um dos temas da próxima prova.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA:


1 Funções do Governo
1.1 Falhas de mercado e produção de bens públicos
1.2 Políticas econômicas governamentais (alocativa, distributiva e estabilizadora)
1.3 Federalismo Fiscal
2 Orçamento público: conceitos e princípios
2.1 Evolução conceitual do orçamento público
2.2 Orçamento-Programa: fundamentos e técnicas
3 Orçamento público no Brasil: Títulos I, IV, V e VI da Lei nº 4.320/1964

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3.1 Orçamento na Constituição de 1988: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes


Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA)
3.2 Leis de Créditos Adicionais
4 Plano Plurianual (PPA): estrutura, base legal, objetivos, conteúdo, tipos de programas
4.1 Decreto nº 2.829/1998
5 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): objetivos, Anexos de Metas Fiscais, Ane-
xos de Riscos Fiscais, critérios para limitação de empenho
6 Classificações orçamentárias
6.1 Classificação da despesa pública: institucional, funcional, progra-
mática, pela natureza
6.2 Classificação da receita pública: institucional, por categorias
econômicas, por fontes
7 Ciclo orçamentário: elaboração da proposta, discussão, votação e aprova-
ção da lei de orçamento
7.1 Execução orçamentária e financeira: estágios e execução da despesa pública
e da receita pública
7.2 Programação de desembolso e mecanismos retificadores do orçamento
7.3 Conta Única do Tesouro Nacional: conceito e previsão legal
8 Gestão organizacional das finanças públicas: sistema de planejamento e orça-
mento e de programação financeira constantes da Lei nº 10.180/2001
9 Tópicos selecionados da Lei Complementar nº 101/2000: princípios, conceitos,
planejamento, renúncia de receitas, geração de despesas, transferências voluntá-
rias, destinação de recursos para o setor privado, transparência da gestão fiscal,
prestação de contas e fiscalização da gestão fiscal

Também chamada de Direito Financeiro, é uma matéria que assusta muitos


candidatos. Apesar da extensa lista de assuntos pedidos no seu edital,
você verá que o estudo flui de forma rápida. Dica: Não tenha medo da Lei
de Responsabilidade Fiscal (a famosa LRF), vá fazendo exercícios dividin-
do-a por artigos. Por exemplo, faça vários exercícios do artigo 1ª ao 9º,

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depois do artigo 10º e 11º, e assim por diante. Você verá que ficará mais
fácil assimilar e memorizar o conteúdo dessa forma.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
1 Administração Pública: do modelo racional-legal ao paradigma pósburocrático
1.1 O Estado oligárquico e patrimonial, o Estado autoritário e burocrático, o Esta-
do do bem-estar, o Estado regulador
2 Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público
2.1 Processos participativos de gestão pública: conselhos de gestão, orçamento
participativo, parceria entre governo e sociedade
3 Transparência da Administração Pública
3.1 Controle social e cidadania
3.2 Accountability
4 Excelência nos serviços públicos
4.1 Gestão por resultados na produção de serviços públicos
4.2 Gestão de Pessoas por Competências
5 Comunicação na gestão pública e gestão de redes organizacionais
6 Governabilidade e governança
6.1 Intermediação de interesses (clientelismo, corporativismo e neocorporativismo)
7 Mudanças institucionais: conselhos, Organizações Sociais, Organização da So-
ciedade Civil de Interesse Público (OSCIP), agência reguladora, agência executiva
8 Processo de formulação e desenvolvimento de políticas: construção de agen-
das, formulação de políticas, implementação de políticas
9 As políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo
9.1 Descentralização e democracia
9.2 Participação, atores sociais e controle social
9.3 Gestão local, cidadania e equidade social
9.4 Corrupção e políticas públicas: fatores que influenciam a incidência de corrup-
ção e fatores que promovem a qualidade das políticas públicas

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10 Planejamento e avaliação nas políticas públicas: conceitos bá-


sicos de planejamento
10.1 Aspectos administrativos, técnicos, econômicos e financeiros
10.2 Formulação de programas e projetos
10.3 Avaliação de programas e projetos
10.4 Tipos e modelos de avaliação de políticas públicas
10.5 Análise custo benefício e análise custo-efetividade
10.6 Indicadores de políticas públicas
10.7 Coleta, análise e interpretação de informações quantitativas e qualitativas
para avaliação de programas governamentais
11 O ciclo do planejamento em organizações (PDCA)
12 Balanced Scorecard (BSC): principais conceitos, aplicações, mapa estratégico,
perspectivas, temas estratégicos, objetivos estratégicos, relações de causa e efei-
to, indicadores, metas, iniciativas estratégicas
13 Referencial Estratégico das Organizações
13.1 Análise de ambiente interno e externo
13.2 Ferramentas de análise de ambiente: análise swot, análise de
cenários, matriz GUT
13.3 Negócio, missão, visão de futuro, valores
14 Indicadores de desempenho
14.1 Tipos de indicadores
14.2 Variáveis componentes dos indicadores

Apesar do nome no edital, essa matéria veio englobando conhecimentos


de Adm. Pública e Adm. Geral. Não foi uma prova difícil para o candidato
bem preparado, mas a prova cobriu praticamente todos os temas do Con-
teúdo Programático. O estudo deve ser pautado na leitura repetitiva das
aulas e na resolução de questões da banca. Fique atento! Cada banca cobra
essa matéria de um jeito diferente.

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