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POSTED BY: FERNANDO BERSAN
INTRODUÇÃO
Esquemas de Reparo
No artigo anterior, disponível em http://www.somaovivo.mus.br/artigos.php?
id=191 , apresentamos uma série de conceitos necessários para o correto ajuste de
uma estrutura de ganhos. Recomendamos uma leitura prévia do artigo, para que tais
conceitos estejam bem fixados na memória. Amplificadores, Caixas
Acústicas e uma tal de
Neste artigo, vamos estudar principalmente os amplificadores, e ver como se impedância – Parte 2
aplicam os conceitos estudados, e até mesmo descobrir certas particularidades que
afetam estes equipamentos. E apesar de se situarem no último elo da cadeia de
equipamentos, é interessante já saber como as coisas terminam antes de estudar os
outros equipamentos. Veremos, no decorrer do estudo, o porquê.
Os 10 mandamentos dos
Usaremos como modelo os equipamentos da Ciclotron, pois a linha de produtos microfones sem fio
deles, sendo bem ampla, nos permite estudar desde equipamentos para o mercado
amador até equipamentos voltados para o mercado profissional. Obviamente, o
estudo servirá para qualquer equipamento, de qualquer fabricante, bastando aplicar
os mesmos conhecimentos. Quem tem medo de
Phantom Power?
AMPLIFICADORES
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01/01/2022 18:27 Estrutura de ganhos - Parte 2 Os amplificadores - Artigos - Som ao Vivo
ÚLTIMOS ARTIGOS
StudioLive 32 Presonus –
Vendo a foto do painel, podemos ver vários controles, a saber: Novo concorrente no
mercado
botão liga-desliga;
dois potenciômetros rotativos, conhecidos popularmente como “volume”,
marcados de “0” (potenciômetro na posição máxima, máxima amplificação) Utilizando plugins MultiRack
até “infinito” (potenciômetro na posição mínima, sem som na saída), com com a Behringer XR18
marcações em “-1”, “-3”, “-6”, “-10”, “-15”, “-20”, “-30”, “-40”.
luzes (em verde) indicativas de existência de sinal de áudio (SIGNAL);
luzes de aviso de OVERLOAD (vermelha), indicando a existência de algum
problema (geralmente impedância abaixo do mínimo ou curto-circuito na VANTEC – A caixa de som
saída;
Wireless da DAS
luzes de CLIP (vermelha).
luzes indicativas de TEMP (na verdade, indicam que há superaquecimento, e
que a proteção contra isto foi acionada).
Evidente que tal nomenclatura pode variar entre fabricantes diferentes. Overload
pode aparecer como “OL” e CLIP pode aparecer como “Peak”, ou até outro nome
qualquer (vide manual). E, infelizmente, esses indicadores tão importantes podem
simplesmente não existir em alguns produtos.
Neste momento é importante lembrar o que um amplificador faz: ele pega um sinal
de entrada e o amplifica por uma razão constante. Se o sinal de entrada for baixo,
ele entregará no seu estágio de saída um sinal também baixo. Se o sinal de entrada
for alto, a saída será também alta. A “taxa” de amplificação é sempre constante em
um amplificador, mas cada aparelho tem a sua própria taxa, dependendo claro da
sua potência e da sensibilidade de entrada.
A LUZ DE CLIPPING
O que isto quer dizer? Quer dizer que o amplificador, ao receber na sua entrada um
sinal de 0,775V (o equivalente a 0dBu), fornecerá na sua saída a potência máxima
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possível, sem distorção. Esse conceito é muito importante, guarde na sua memória!
Em resumo, o “clipping” quer dizer que o equipamento está sendo exigido além do
que foi projetado. E exigir além do projeto é sempre arriscado, pois há grande
chances de acarretar em defeitos.
O regime de clipping então, pode ser traduzido diretamente por excesso de sinal na
entrada, além do máximo suportado pelo equipamento, pois o amplificador tentará
amplificar esse sinal excessivo do mesmo jeito, ainda que o resultado seja distorção.
O pior de tudo é que essa distorção não é bem percebida pelos nossos ouvidos.
Evidente que ouvidos bem treinados notam mais facilmente essa distorção e
percebem algo errado, mas geralmente a distorção passa despercebida pela maioria
dos operadores mais inexperientes. No máximo, nota-se “algo estranho” no som,
mas não se sabe o que é. Esse “algo estraho” é exatamente o que sai queimando
tudo…
Vamos voltar ao exemplo do carro. Com um motor 1.0, para se fazer algumas
ultrapassagens é necessário um maior cuidado, mais espaço. Infelizmente, alguns
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01/01/2022 18:27 Estrutura de ganhos - Parte 2 Os amplificadores - Artigos - Som ao Vivo
Da mesma forma que consertar carro com motor estourado é algo muito caro,
também convém lembrar que o conserto de falantes é algo bem caro, principalmente
se bem feito e com peças originais para o recondicionamento. Um reparo de driver
titânio nacional geralmente custa de 50% a 70% do preço do mesmo, enquanto um
reparo original de driver importado costuma custar uma pequena fortuna (mais que
um driver nacional completo). Reparos de alto-falantes, principalmente os de 15” e
18” também não são baratos, custando facilmente na casa das centenas de reais.
Tudo isto é uma boa justificativa para aprendermos a fazer uma estrutura de ganho
eficiente e, principalmente, nunca deixarmos as luzes de Clip (ou Peak) acender
(não só no amplificador, mas também na mesa de som, equalizadores, etc). Se isto
acontecer, a solução é uma só: abaixar o volume, seja no próprio amplificador, seja
em um ponto anterior do sistema. Uma precaução que pode evitar grandes
prejuízos.
Sensibilidade de entrada
2. Pouco comuns:
1V
0,900V
0,700V
Note também: quanto mais baixo for o valor da sensibilidade de entrada, mais
rapidamente o amplificador atingirá a sua potência máxima. Por outro lado, quanto
mais alto for o valor da sensibilidade de entrada, maior terá que ser o sinal de
entrada para o amplificador mostrar tudo o que pode dar.
Só que isto traz uma conseqüência com a qual precisamos ter cuidado. Alguns
fabricantes, no intuito de fazer o seu produto parecer melhor que os dos outros,
ajusta a sensibilidade de entrada para um valor baixo, de forma que usuários
inexperientes acreditarão que o amplificador X “dá muito mais som” que o
amplificador Y, ainda que ambos tenham a mesma potência em Watts RMS.
Por outro lado, fabricantes que ajustam a sensibilidade para um valor mais alto e,
quando comparados com outros, aparentemente dão menos som, o que não é
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verdade. Eles apenas precisam de mais sinal na entrada para mostrar toda a sua
força.
Por isto, quando compararmos amplificadores, é sempre bom dar uma conferida nos
valores de sensibilidade de entrada. E, é claro, na hora da comprar, adquirir
produtos com sensibilidades padronizadas entre si. É um dos motivos pelo qual é
melhor trabalhar com todos os amplificadores de potência da mesma marca em um
sistema de áudio, quando possível.
Nos Dynamic, pode-se escolher entre 20x e 40x. Segundo o manual do fabricante,
quando o ajuste está em 20x, o amplificador entrega um sinal com um ganho fixo de
26dB em cima do sinal de entrada. Quando em 40X, o amplificador entrega um
ganho fixo de 32dB em cima do sinal de entrada. Ou então pode-se escolher “0”,
onde a sensibilidade de entrada é de 0,775V e o amplificador trabalha com a sua
própria taxa interna de amplificação. Em outras marcas, é possível encontrar, por
exemplo, chaves seletoras com o padrão 0dBu, +4dBu e 40X.
Em resumo, quando selecionamos tal posição, para qualquer sinal de entrada será
aplicado um ganho constante. Por exemplo, em um amplificador com chave
posicionada em 40x, se entrarmos com 1V, o resultado será 1 x 40 = 40V na saída.
Isto pode ser útil quando temos diversas marcas de aparelhos misturados, de
diversas potências diferentes. Ajustar todos para uma mesma taxa de amplificação
significará resultados idênticos de potência em todos eles, a partir de um mesmo
sinal vindo da mesa de som.
Pode parecer desperdício de potência (pois na verdade estamos nivelando por baixo,
trazendo o amplificador de 3.000 para operar igual ao de 2.000W), mas na prática
estamos padronizando as potências, padronizando os resultados, o que pode ser
extremamente útil.
*Nota: em muitos amplificadores, tal situação é indicada pelo valor “0”, mas isto
não quer dizer que seja 0dBu ou 0,775V. É “zero” para indicar que o ajuste está igual
ao valor da sensibilidade de entrada, que varia de fabricante para fabricante, como
vimos.
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seja necessária um maior sinal de entrada para o aparelho mostrar toda sua
potência.
Por outro lado, nem sempre vamos trabalhar com o potenciômetro no máximo
(posição “0”). Nessas condições, muitas vezes o ruído de fundo é também
amplificado, causando grande incômodo (aquele “hiss” que aparece na caixa de som,
nos períodos de silêncio).
Por exemplo, existem igrejas construídas em forma de “L”. Uma nave principal e um
anexo lateral com menor quantidade de pessoas. Podemos, por exemplo, deixar o
canal que atende a nave principal com o volume total, e o canal que atende o anexo
lateral com metade (-3) ou um quarto (-6) da potência, de acordo com o número
aproximado de pessoas que o anexo acomoda (metade ou um quarto das pessoas)
em relação à nave principal.
Cabe também ressaltar que, por não haver certas padronizações no mercado de
áudio, um fabricante qualquer pode quere “inovar” e fazer seu produto diferente da
maioria, como vemos no exemplo abaixo:
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Na maioria dos casos, quando isto acontecia, o amplificador tinha VU´s do tipo
analógico (como o A-1) ou barra de led´s (como o PA-1800). Nesse caso, a
montagem de uma estrutura de ganhos era feita com base no VU do equipamento.
Era necessário verificar o tempo todo como o VU se comportava, e atuar na mesa de
som (ou mixer) caso necessário.
Atualmente, os amplificadores até podem ter VU´s também (vide a foto do Machine,
acima), mas geralmente estão equipados também com potenciômetros rotativos, o
que é bem melhor e torna os ajustes muito mais fáceis.
salientar que ele não é milagroso. O sinal limitado tem conseqüências prejudiciais a
sua sonoridade, semelhante a um sinal fortemente comprimido. A sonoridade muda
para pior e fica até mesmo não natural, mas pelo menos não há riscos de danos aos
equipamentos.
Por isto que a maioria dos equipamentos que possuem limitadores tem luzes
indicativas que o circuito está em ação (limitando), de forma que o usuário também
possa diminuir o sinal de entrada para evitar essa limitação. Por outro lado, para
evitar esse prejuízo à sonoridade, outros inclusive têm a opção de desligar o
limitador, deixando a cargo do operador controlar a distorção!
Um limitador de 1ª. Geração não saberia lidar com tais pequenas alterações, e
limitaria a potência sempre em 1.000W. No caso de tensão baixa, acarretando a
mudança da potência máxima para 900W, o limiter então deixaria de proteger, já
que está fixo em 1.000W.
Já um limiter de 2ª. Geração, por sua vez, faz análise não só do sinal de entrada, mas
também da tensão de entrada, e controla seu funcionamento pelos dois parâmetros,
não mais por um só. São feitos pequenos ajustes no valor de entrada máxima,
levando em conta a tensão de entrada. Por exemplo, uma tensão um pouco mais
baixa leva o limiter a atuar com 0,70V, não mais com 0,775V. Tudo isso é feito de
forma transparente para o usuário, e se traduz em um sistema de proteção ainda
mais eficiente, dentro dos parâmetros de fábrica, claro.
O objetivo disto é trazer um controle mais eficaz nos casos em que o valor limite de
potência tem que ser controlado exatamente. Isto pode, por exemplo, substituir um
processador externo usado para implementar a função de Limiter de um sistema de
alto-falantes.
Alguém vai perguntar: qual é melhor? Atenuar o sinal de entrada (e ter um Limiter,
interno ou externo) ou implementar logo um Limiter com Threshold?
https://www.somaovivo.org/artigos/estrutura-de-ganhos-parte-2--os-amplificadores/ 8/10
01/01/2022 18:27 Estrutura de ganhos - Parte 2 Os amplificadores - Artigos - Som ao Vivo
CONCLUSÃO
Entretanto, uma informação que não ficou clara: qual deverá ser o valor do ajuste
dos potenciômetros do amplificador. Deixar no máximo (posição 0)? Será -3? Será
-6? Ou mesmo -40? Quem responderá isso é a mesa de som! Mas isso fica para o
próximo artigo.
R$ 8.889,89 R$ 1.200
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Guilherme |
14 de fevereiro de 2019 at 14:25 |
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Entretanto, uma informação que não ficou clara: qual deverá ser o valor do
ajuste dos potenciômetros do amplificador. Deixar no máximo (posição 0)?
Será -3? Será -6? Ou mesmo -40? Quem responderá isso é a mesa de som! Mas
isso fica para o próximo artigo.
Aguardo um retorno
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Att,
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