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Estrutura narrativa
Estrutura básica

Intriga - ação primária - ação secundária


Estrutura narrativa
Estrutura básica

Intriga - ação primária - ação secundária

situação inicial → desenvolvimento → clímax → desfecho


Joseph Campbell
Estudioso de mitologia e religião

Autor de
O herói de mil faces
O poder do mito
As máscaras de Deus
O vôo do pássaro selvagem
Para viver os mitos

Viveu de março de 1904


Até outubro de 1987
O monomito
12 etapas da evolução do herói

1.O mundo comum 7.Aproximação do objetivo


2.O chamado para a aventura 8.Provação máxima
3.Recusa do chamado 9.Conquista da recompensa
4.Encontro com o mentor 10.Caminho da volta
5.A travessia do umbral 11.Depuração
6.Testes, aliados e inimigos 12.Retorno transformado
The cave you fear to enter
holds the treasure you seek
Joseph Campbell
O mundo comum
Ambientação

O mundo comum é apresentado com a função de:


-Ambientar a história
-Criar uma analogia ao mundo inocente da infância
O chamado para a aventura
O rompimento da rotina

A aventura pode começar com uma ajuda sobrenatural, com o


herói descobrindo uma sina diferente dos seus semelhantes
ou através de um erro.
O centro de gravidade do herói é transferido da sociedade
para um local desconhecido.
Os erros não são um mero acaso;
são, antes, resultado de desejos e
conflitos reprimidos
Joseph Campbell apud Sigmund Freud
Recusa do chamado
Os motivos para ingressar em uma jornada

O protagonista não se sente especial ou diferente dos outros


para merecer um destino impreciso.

A recusa completa do personagem em aceitar o convite pode


ser a chave para desencadear o destino tão temido pelo herói.
Encontro com o mentor
O auxílio sobrenatural

A aparição da figura gera fascínio e marca o início de um novo


estágio da aventura.

Esse novo elemento da história é inconscientemente


familiar ao herói.
Encontro com o mentor
O auxílio sobrenatural

É comum o mentor ser uma figura masculina, geralmente é


representado como um ser sobrenatural que vive como eremita.

Ele fornece os amuletos e ferramentas necessárias para o herói


se proteger dos futuros perigos.
A travessia do umbral
A travessia sem volta

O umbral é a divisão entre o mundo comum e a região de força


ampliada. Lá ele encontrará o(s) guardião(ões) do limiar que
protege a passagem entre os dois mundos.
Do outro lado do umbral se encontra a escuridão e o perigo,
assim como no rompimento do limite do olhar paternal.
A travessia do umbral
A travessia sem volta

Pã (ou Pan) é o deus grego conhecido


por pertencer à primeira camada do
limiar. Suas características são o
pânico e medo súbito aos que se
arriscam em cruzar o limiar e invadir
suas florestas.
A travessia do umbral
O ventre da baleia

Após a travessia do umbral o herói pode passar pelo ventre da


Baleia, uma etapa de transformação e renascimento onde a
baleia representa o símbolo do útero.

Esse acontecimento pode substituir a travessia do


personagem pelos protetores do umbral, levando-o
diretamente a um mundo desconhecido.
Testes, aliados e inimigos
Geralmente é a maior parte da história

Nessa parte é apresentado um ambiente de formas ambíguas


e oníricas, o herói deve vencer uma sucessão de provas para
alcançar o objetivo.

A provação é um aprofundamento do problema do primeiro


limiar: pode o ego entregar-se à morte?
Toda batalha vencida é um vislumbre da recompensa final.
O encontro com a deusa

É o teste final do talento do herói, o qual justificou sua eleição à


jornada em questão: A bênção do amor, que é a própria vida,
aproveitada como invólucro da eternidade.
Sintonia com o pai

O aspecto ogro do pai é um reflexo do próprio ego da vítima,


derivado da maravilhosa lembrança da proteção materna que
foi deixada para trás.
Sintonia com o pai

Essa etapa cria uma experiência frangilizadora do ego, por


parte do pai, onde a fé na imagem de segurança (mãe) dá
suporte ao herói durante esse período crítico.

Esse processo é necessário para que o herói descubra que o


pai e a mãe se refletem um ao outro e são, em essência, a
mesma coisa.
Provação máxima
O embate final

O herói alcança, depois de testes e provas, seu ápice e


conquista a condição de deus.

Esse embate se desencadeia no que chamamos de


Ultimate Boon
Conquista e recompensas
O prêmio conquistado

Ao vencer sua grande batalha o herói se encontra em posse de


uma grande recompensa que lhe traz poder e reconhecimento
diante dos demais.
“A busca da imortalidade física
procede de uma imcompreensão
do ensinamento tradicional.”
Joseph Campbell
Caminho de volta
A parte mais curta

O herói deve regressar com seu troféu transmutador da vida,


onde esse elemento conquistado servirá como base de
renovação para o mundo comum.

Seu retorno pode ser de forma mágica ou com o resgate de


auxílio externo.
Depuração
Trama secundária ou plot twist

Durante o retorno do herói pode haver novos embates em sua


caminha rumo à terra natal.

O período de depuração também abre espaço para um plot


twist na história.
Retorno transformado
Master of two worlds

Nesse ponto o herói consegue a plena consciência da jornada


conquistada e dos benefícios ganhos, se tornando o mestre
dos dois mundos.

“O herói é patrono das coisas que estão tornando, e não das


coisas que se tornaram (...) Ele não confunde a imutabilidade
do tempo com a permanência do ser”
O herói moderno
A concepção do herói no mundo moderno

“A mitologia tem sido interpretada pelo intelecto moderno


como um primitivo e desastrado esforço para o mundo da
natureza (Frazer); (...) como sonho grupal, sintomático dos
impulsos arquetípicos existentes no interior das camadas
profundas da psique humana (Jung);”
O herói pós-moderno
Como ser herói nos dias de hoje

Ser um herói é vencer o desafio imposto seguindo seus valores


pessoais e as normas éticas do mundo em que você vive.

As jornadas podem ser desde aprender a andar de bicicleta


até enfrentar uma situação de vida ou morte.
OBRIGADO

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