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Vale salientar que o segundo estágio da jornada - a recusa do chamado - não foi
identificado no decorrer do conto.
No terceiro estágio da jornada - o auxílio sobrenatural-, percebe-se que a mãe
pode ser vista como a figura protetora, uma vez que, mesmo estando em seu leito
de morte, aconselha e dá de presente uma boneca para sua filha, a fim de que ela
possa usá-la/consultá-la sempre que precisar. Em outras palavras, é como se a mãe
deixasse a boneca com a filha como uma forma de proteção, conforme pode ser
evidenciado no trecho “Estas são as minhas últimas palavras, querida – sussurrou a
mãe. – Se você se perder ou precisar de ajuda, pergunte à boneca o que fazer. Você
receberá ajuda...”. A partir deste conselho, fica evidente que a boneca é o auxílio
sobrenatural, visto que é uma boneca que pode realizar coisas que os humanos
fazem, como aconselhar e executar atividade como arrumar a casa, por exemplo;
além disso, é provável que a boneca seja vista também como um amuleto. É
importante retomar a ideia de que a boneca pode ser a intuição da Vasalisa,
aflorando-se depois que a mãe faleceu, isto é, logo após precisar vivenciar novas
experiências sozinha; além de poder ser também uma forma de substituir a proteção
da mãe.