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JESUS: O SENTIDO DE TUDO

O que mais paralisa o favor de Deus é a mensagem que diz:


Jesus terminou a obra Dele, agora, começa a sua. Esse pensamento
equivocado levou muitas pessoas a colocarem as obras no lugar
errado e viverem as consequências negativas disso; o que nós
precisamos entender é que obras no Evangelho nunca são raízes,
mas sim, frutos do que cremos e nos tornarmos por causa de Jesus.

Quando acreditamos nessa ideia de que ainda nos resta algo


a fazer diante do que Jesus consumou, tiramos Ele de raiz, e
colocamos as nossas obras lá. Assim, tendemos a nos comportar
como se Jesus MAIS a nossa oração pudessem nos tornar mais
espirituais.

Jesus MAIS o dízimo abençoasse a nossa vida financeira. Jesus


MAIS a renúncia pudessem nos salvar. Jesus MAIS a entrega
pudessem nos dar unção. Nós acrescentamos um “mais” na obra
consumada de Jesus, e essa fórmula de “Jesus mais” tem levado as
pessoas a dois lugares: as que acham que estão fazendo o “mais”
da equação e se tornam orgulhosas e donas da verdade (como os
fariseus), e as que não conseguem cumprir o “mais” da equação e
ficam decepcionadas, se frustram e acabam acreditando na mentira
de que esse “negócio de Jesus” não deve ser pra elas. Afinal, “elas
nunca conseguem” .

Talvez, nesse momento você se pergunte: “Mas então, não


devemos fazer nada? Não vamos orar? Não vamos ser generosos na
igreja? Não vamos pregar?” Pelo contrário. Entender o que Cristo
fez vai nos levar a fazer tudo isso com a consciência correta, da
forma correta e, ainda, muito mais excelente. Trata-se de colocar
as obras no lugar certo e entender que não fazemos mais porque
“temos que fazer para…”, mas sim: fazemos, porque já temos.

Não fazemos para ser, fazemos porque somos. Quando


entendemos que a nossa natureza é a mesma que a de Deus, tudo
o que fazemos agora é transbordar quem Ele é através de nós;
e esse é o nosso desejo para o mundo: que o conhecimento da
suficiência de Jesus e o entendimento da Sua graça nos levem
para um lugar onde nada falta ou precisa ser acrescentado, mas
tudo é abundante de forma que: há amor e justificação de sobra
para todos.

Nunca se tratou de merecimento. Durante todo o seu percurso na


Terra, Jesus nos mostrou que seu caráter sempre esbanjou graça, e
graça incondicional. Se eu perguntasse pra você: “Quem você acha
que merecia mais uma janta com Jesus, o jovem rico ou Zaqueu?”,
quem você responderia? Provavelmente, se considerarmos
méritos, a resposta certa seria o jovem rico. Entretanto, com quem
nós sabemos que Jesus jantou? Zaqueu . O mais incrível nisso, é
quando nos lembramos de que Jesus é a exata expressão de Deus,
e que essa história é só mais um dos grandes demonstrativos de
como Ele pensa.
A cruz foi o maior palco de amor da história, e disso, ninguém
tem dúvidas. Mas, eu te convido a imaginar algo comigo: Se na
época da cruz existissem celulares, e você estivesse lá e tirasse
uma “selfie” com a maior cena de amor que o mundo já viu, o que
apareceria na foto?

Deus nu, crucificado no meio de dois ladrões. Perceba o quão


incrível isso é. Quando Jesus, como a exata expressão de Deus,
foi “fazer pose” para o maior palco de amor que já existiu,
Ele fez questão de colocar dois marginalizados do seu lado,
pra dizer uma coisa pra mim e pra você: Igreja, não me tire
do meio dos desfavorecidos!

A família daqueles homens já não estava mais lá, não havia


mais ninguém que acreditasse neles; pelo contrário, as pessoas
estavam felizes por eles estarem crucificados, aliviadas porque eles
roubavam, aprontavam e feriam, e satisfeitas, porque pensavam
que eles mereciam estar lá pelos seus pecados. Mas Deus, que
não se assusta e nem se afasta com o pecado de ninguém, disse:
Põe eles do meu lado! E na foto do palco de amor da humanidade,
vai estar Eu e eles dois!

É por isso que Deus diz: “no Reino dos céus, os publicanos e as
prostitutas vão entrar primeiro que vocês”, porque as pessoas que
mais conseguem entender o favor de Deus, são aquelas que menos
quiseram fazer algo para merece-lo.

Assim como uma foto revela as características do fotografado


para quem não o conhece, se tirassem uma foto de Deus, o que
seria visto é Cristo. Colossenses 1:15 nos diz que Jesus é a imagem
de Deus; mas, o que é ainda mais maravilhoso é que, Gênesis 1:26,
nos diz que Deus nos fez à sua imagem. Ou seja, se a imagem de
Deus é Cristo, e nós fomos feitos à imagem de Deus: nós fomos
feitos como Cristo! E essa é a nossa única mensagem: O Deus que
por amor se fez nascer carne para trazer a toda carne o convite para
nascer de Deus; ou seja: nos dar a Sua natureza por meio de um
novo nascimento, na Sua família, onde podemos ser chamados de
filhos e crer que assim como Ele é, nós também somos chamados
para ser nesse mundo.

O nosso erro é colocar Jesus em nossos púlpitos como apenas


mais uma pregação. Há alguns dias, uma senhora que visitou a
nossa igreja veio até mim e disse: “Muito obrigada, porque fazem
anos que eu frequento igrejas evangélicas, mas fazia muito tempo
que eu não ouvia falar sobre Jesus”. Quando questionei sobre o que
ela ouvia, ela me respondeu com exemplos clássicos: mensagens
sobre Davi derrubando o gigante Golias, a queda das muralhas de
Jericó, e tantas outras coisas que, são sim, boas e verdadeiras, mas
que, sem apontar para Cristo, nos ensinam meros testemunhos
históricos que, se utilizados da forma errada, podem até gerar
engano no nosso coração.
Entenda: o problema não é pregar sobre isso, mas sim, pregar
sobre isso - ou sobre qualquer outra coisa - sem fazer de Cristo o
nosso contexto e objetivo. Sem Cristo, é muito fácil lermos a história
de Davi e Golias e interpretarmos ao nosso gosto, pensando que
somos Davi e que Deus zombará dos nossos inimigos, por exemplo.
Inimigos que, para piorar, de forma mais equivocada ainda, muitas
vezes consideramos ser outras pessoas.

Nós precisamos entender de uma vez por todas que o único


inimigo daquele que crê já foi destruído : nós não temos inimigos.
Até aqueles que nos consideram inimigos deles, podem ainda
não saber, mas, por causa de Jesus, nós já somos amigos! Não
fazemos de ninguém nossos inimigos, porque Jesus também
não nos fez assim. A Bíblia diz que Deus nos amou quando
ainda éramos seus inimigos ; ou seja, por causa do pecado nós
O tínhamos como. inimigo, mas o Seu desejo sempre foi que
vivêssemos como melhores amigos, e por isso, por meio de
Cristo, Ele nos reconciliou com Ele para que, de fato, o fossemos.

Nós podemos pregar sobre as muralhas de Jericó; só precisamos


entender que Josué é um nome hebraico para Jesus, e ele não
derruba Jericó lutando. Ou seja: a nossa vitória não vem enquanto
lutamos, mas enquanto desfrutamos de quem Deus é. O texto
bíblico conta que eles apenas andavam em volta das muralhas
declarando que Deus era o Senhor e crendo que Ele já tinha
entregado a cidade a eles. De repente, com um só grito, as muralhas
foram ao chão . As muralhas da nossa vida não são derrubadas
pela força do nosso próprio braço: elas já caíram ao chão com um
único grito, e ele dizia: ESTÁ CONSUMADO!

Nós podemos pregar sobre Davi e Golias; só precisamos entender


que Davi era o filho mais desprezado e um pastor de ovelhas. Isso
não te lembra algo? João 1:11 nos diz: “Ele veio para o que era
seu, mas os seus não o receberam”. Jesus também foi desprezado
pelos seus irmãos, e em João 10:25, o mesmo texto que diz que
os judeus estavam contra Ele, também nos mostra Ele dizendo:
“Eu sou o bom pastor!”. A Bíblia está claramente nos mostrando
Davi como um tipo para Jesus. Já Golias, era um gigante vestido
de bronze , e bronze na Bíblia representa a justiça própria. Aquele
gigante se apresentou dizendo: “Eu posso vencer na força do
meu braço!”. Então vem Jesus, que se fez pequeno, e redefine o
que é força. Porque, enquanto pra nós força é alguém que nunca
morre, quando Deus revelou a sua força, Ele se fez homem e
morreu em um madeiro.

Como um cordeiro inocente, o justo Jesus se fez propiciação


pelos injustos; suas vestes foram rasgadas e seu corpo nu foi
transpassado, para que pudéssemos nos revestir da Sua justiça, e
não mais da nossa. Jesus é o Alfa e o Ômega; o princípio e o fim.
Ele é, do Velho ao Novo Testamento; de Gênesis à Apocalipse: o
contexto, a interpretação e o sentido pleno da Bíblia.

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