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A “camarotização” não é um processo recente na história brasileira.

Desde o
início do descobrimento, o qual os portugueses exerciam grande dominação
entre os índios que aqui viviam, havia forte desigualdade e supremacia entre os
indivíduos. Nesse contexto, a divisão entre classes sociais não é uma ação
benéfica à sociedade, pois ela fere os princípios básicos da democracia,
sobretudo, a igualdade.
Tal questão evidencia o surgimento de um novo apartheid, dessa vez, social.
As comunidades, muitas vezes pobres, por exemplo, vivem praticamente
excluídas da sociedade. Estas, que construíram seu próprio modo de vida, não
compartilham do mesmo estilo de vida que outros grupos sociais. Um exemplo
disso ocorre no Rio de Janeiro, onde é visível o enorme número de
comunidades de casas construídas em morros. Com isso, é possível evidenciar
a segregação sócio espacial que cerca a sociedade brasileira.
Ademais, a desigualdade social, proporcionada por tal segregação, tem gerado
muitos outros problemas. Enquanto aqueles que possuem melhores condições
financeiras têm acesso a serviços de qualidade, tais como saúde e educação, a
população carente sofre para ter suas necessidades básicas supridas. Nesse
aspecto, a igualdade que a Constituição do Brasil garante não se aplica na
prática, de maneira satisfatória, visto que ainda há uma enorme desigualdade
entre grupos sociais.
Portanto, a segregação de classes no Brasil se torna uma ação prejudicial a
sociedade. É evidente que ainda faltam políticas públicas de inclusão social
para que haja, de uma vez por todas, o fim desse apartheid social. Com isso, a
igualdade, garantida na constituição brasileira, poderá, assim, ser efetivamente
difundida por todos.

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