CURSO PROGRESSÃO

Professor Vítor Miranda

Estrutura dissertativa
Estrutura básica da dissertação-argumentativa

Apresente o tema e o recorte que

você fará dele. Evite fazer rodeios.
É recomendável que a tese seja
Ao longo da primeira parte deste Projeto de exposta para direcionar a leitura
Redação, consolidaremos os conceitos básicos e tomaremos Introdução (TESE) e mostrar sua linha de raciocínio.
conhecimento das técnicas e estratégias de redação. Pode- Lembre-se de que na dissertação
se dizer, a esse propósito, que a ênfase recairá sobre os seus argumentos devem ser
aspectos estruturais e formais da construção do texto, como usados para convencer quem
era de se esperar de uma fase introdutória. estiver lendo.
Naturalmente, a discussão de temas SEMPRE estará
presente, o que significa dizer que o “conteúdo” da redação Defenda a sua tese apresentando
também será, demasiadamente, trabalhado. A intenção ideias que a justifiquem, de forma
deste material é tratar de teses consistente, e apresente seus
O texto solicitado pela maioria dos vestibulares é a argumentos. Essa parte é
dissertação, tipologia a ser trabalhada durante todo o importante, por isso coloque tudo
projeto. Dissertar é expor ideias a respeito de um Desenvolvimento da forma mais clara possível para
determinado assunto/tema. É discutir essas ideias, analisá- (ARGUMENTOS) que o leitor compreenda seu
las e apresentar provas que justifiquem e convençam o ponto de vista. Para deixar
leitor da validade do ponto de vista de quem as defende. A organizado, uma dica é reservar
dissertação, por isso, pressupõe: um parágrafo para cada
argumento, analisando todos os
- exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever; aspectos que você quer abordar.
- raciocínio lógico;
Retome as ideias expostas na
- clareza, coerência e objetividade na exposição.
introdução, junto com os
principais argumentos que a
justificam para confirmar a tese e
Conclusão
(Retomada da encerrar o debate. Diferente das
Tese + Proposta outras redações, no Enem é nessa
de Intervenção)
parte que você deve propor a
solução ao problema, a partir dos
pontos já levantados durante sua
redação.

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Enem 2012: Veja exemplos de redações nota 1000
Apenas 1,1% dos candidatos teve pontuação acima de 900
Apenas 1,1% dos candidatos que fizeram o Enem 2012 obteve
nota acima de 900 na redação. A faixa de notas que concentra o
maior número de participantes é a que vai de 400 a 499, com
25,4% das pessoas que fizeram a prova. Os dados foram
disponibilizados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), junto com
o espelho de correção dos textos produzidos.
Confira abaixo algumas redações que
ganharam nota mil da banca sobre o tema:
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IMIGRAÇÕES PARA O BRASIL NO SÉCULO XXI
Olhares que buscam o Brasil
Ao despontar como potência econômica do
século XXI, o Brasil tem cada vez mais atraído os olhares
do mundo, chamando a atenção da mídia, de grandes
empresas e de outros países. Contudo, é outro olhar não
menos importante que deveria começar a nos
sensibilizar mais: o olhar marginalizado e cheio de
esperança daqueles que não têm dinheiro, dos famintos
e desempregados ao redor do globo. São pessoas com
esse perfil que majoritariamente contribuem para o
crescente volume de imigrantes no país, e o que se vê é
uma ausência de políticas públicas eficientes para
receber e integrar essas pessoas à sociedade.
Não parece que a solução seja simplesmente
deixar que imigrantes pouco qualificados continuem
entrando no país de forma irregular e esperar que eles,
sozinhos, encontrem um ofício para se sustentar. O
governo ainda não percebeu que a regularização desses
imigrantes e a inserção dos mesmos no mercado de
trabalho formal poderiam servir como oportunidades
para o país arrecadar mais impostos e possíveis futuros
cidadãos, ou seja, novos contribuintes para a deficitária
Previdência Social.
Visando aproveitar tais benefícios, o governo
poderia começar a implantar, nas regiões por onde
chegam os imigrantes, mais órgãos e agências que
oferecessem serviços de regularização do visto e da
carteira de trabalho, posto que ainda há muita
deficiência de controle nesse setor. Além disso, nos
destinos finais desses imigrantes poderiam ser oferecidos
cursos de português e cursos qualificantes voltados para
os mesmos. Isso facilitaria muito a inserção dessas
pessoas no mercado de trabalho formal e poderia
inclusive suprir a alta demanda por mão-de-obra em
setores como o da construção civil, por exemplo.
Nesse sentido, é preciso que atitudes mais
energéticas sejam tomadas a fim de que o país não deixe
escapar essa oportunidade: a de transformar o problema
da imigração crescente em uma solução para outros. A
questão merece mais atenção do governo, portanto, pois
não deve ser a toa que o Brasil, além de ser conhecido
pela hospitalidade, também o é pelo modo criativo de
resolver problemas. Prestemos mais atenção aos olhares
que nos cercam; deles podem vir novas oportunidades.
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 Imigração no Brasil: Resolver para poder crescer Confira abaixo algumas redações que ganharam nota mil
da banca.
Japoneses, italianos, portugueses, açorianos ou
espanhóis. Durante o século XIX, muitos foram os povos OBSERVAÇÃO: Atente mais para a construção do texto
que, em busca de trabalho e bem-estar social, (tese, argumentos e conclusão), já que a exigência de
desembarcaram no Brasil e enriqueceram nossa cultura. proposta de intervenção veio se modificando ao longo dos
Atualmente, em pleno século XXI, a imigração para o Brasil anos. Isso será tratado no Projeto em aulas posteriores.
mantém-se crescente, desafiando não somente nossa
sociedade como também nossa economia. Exemplo
Assim como os antigos imigrantes, os indivíduos
Benefícios da leitura 
que hoje se instalam em território brasileiro anseiam por
melhores e mais dignas condições de vida. Muitos deles,
         Como a leitura pode transformação nossa realidade? A
devido à Crise Econômica originada em 2008, viram-se
leitura é extremamente importante, não apenas por ser
obrigados a se dirigir para outras nações, como o Brasil. Os
fundamental em nossa formação intelectual, mas também
espanhóis, por exemplo, por terem sido intensamente
por permitir a todos um acesso a um mundo de
atingidos pela recessão, já somam uma quantidade
informações, ideias e sonhos. Sim, pois ler é ampliar
expressiva na periferia de São Paulo. Diante disso, a fração
horizontes e deixar que a imaginação desenhe situações e
da sociedade que reside em tal localidade vem enfrentando
lugares desconhecidos e isto é um direito de todos. A leitura
muitas dificuldades em "dividir" seu espaço, que,
permite ao homem se comunicar, aprender e até mesmo
inicialmente, não era adequado à sobrevivência, quem dirá
desenvolver, trabalhar suas dificuldades. Em reportagem
após a chegada dos europeus. Segundo pesquisas realizadas
recente, uma grande revista de circulação nacional atribuiu
pelo jornal "A Folha de São Paulo", no primeiro semestre de
à leitura, a importância de agente fundamental para a
2012, brasileiros e espanhóis dos arredores de São Paulo
transformação social do nosso país. Através do
vivem em constantes conflitos e a causa traduz-se,
conhecimento da língua, todos tem (sic) acesso à
justamente, na irregularidade habitacional que ambos
informação e são capazes de emitir uma opinião sobre os
compartilham.
acontecimentos. Ter opinião é cidadania e essa parte pode
Como se não bastasse, a economia brasileira
ser a grande transformação social do Brasil. Os benefícios
também tem sofrido com a chegada dos migrantes. Existem,
da leitura são cientificamente comprovados. Pesquisas
entre eles, tanto trabalhadores desqualificados como
indicam que crianças que tem (sic) o hábito da leitura
profissionais graduados. O problema reside na pouca oferta
incentivado durante toda a vida escolar desenvolvem seu
de emprego a eles destinada. Visto que não recebem
senso crítico e mantém seu rendimento escolar em um
oportunidades, passam a integrar setores informais da
nível alto. O analfabetismo, um dos grandes obstáculos da
economia, sem direitos trabalhistas e com ausência de
educação no Brasil está sendo combatido com a educação
pagamento dos devidos impostos. O Estado, dessa forma,
de jovens e adultos, mas a tecnologia está afastando nossas
deixa de arrecadar capital e de aproveitar a mão-de-obra
crianças dos livros. Permitir a uma criança sonhar com
disponível, o que auxiliaria no andamento da economia
uma aventura pela selva ou imaginar uma incrível viagem
nacional.
espacial são algumas das mágicas da leitura. Ler amplia
Assim, com a finalidade de preparar a sociedade e
nosso conhecimento, desenvolve a nossa criatividade e nos
a economia brasileiras para a chegada dos novos
desperta para um mundo de palavras e com elas
imigrantes, medidas devem ser tomadas. O Estado deve
construímos o que gostamos, o que queremos e o que
oferecer incentivos às empresas que empregarem os
sonhamos. Portanto, garantir a todos o acesso à leitura deve
recém-chegados; essas, por sua vez, devem prepará-los
ser uma política de Estado, mas cabe a nós dedicarmos um
para o mercado brasileiro, oferecendo treinamentos
tempo do nosso dia a um bom livro, incentivar nossos
adequados e cursos de Língua Portuguesa e, ainda, garantir
amigos, filhos ou irmãos a se apegarem à leitura e acima de
seus direitos trabalhistas. É imprescindível que o governo
tudo utilizar nosso conhecimento para fazer de nossa
procure habitações para os imigrantes e que nós,
cidade, estado ou país, um lugar melhor para se viver.
brasileiros, respeitemos os povos que, seja no passado ou no
Enem 2013: veja exemplos de redações nota 1000
presente, somente têm a nos acrescentar.
Agora, confira redações do ENEM de 2006 bem avaliadas.

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Gráfico mostra os percentuais de notas de redação em
cada faixa de pontuação - .
Tema “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”
A terceira lei de Newton sugere que, para toda
ação, existe uma reação. Quando o assunto é bebida
alcoólica e direção, a aplicação da Física é muito mais
que uma triste constatação, já que muitas pessoas
morrem diariamente no Brasil. Para reverter tal
quadro, o governo criou a Lei Seca para inibir essa
terrível combinação. Porém, é preciso entender os
limites e desafios de uma lei que, apesar de pertinente,
ainda encontra obstáculos.
Em primeiro lugar, é impossível negar a
redução de acidentes e de vítimas fatais. O
fortalecimento das punições àqueles que dirigem
alcoolizados fez com que muitos temessem a perda da
carteira e o valor em dinheiro da multa, além de uma
possível prisão. Assim, por meio de campanhas
midiáticas, a opção por táxi ou pelo “motorista da
rodada” ganhou força. Para que isso não se perca, é
muito importante que as punições se mantenham.
Nesse sentido, a mídia tem protagonismo na exposição
de estatísticas e dados.
No entanto, não se pode fechar os olhos para o
fato de que a lei possui entraves. Na rede social
Twitter, a conta que mostra onde os postos de
monitoramento estão localizados tem milhões de
seguidores. Basta um clique para que o cidadão que
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ingeriu bebidas alcoólicas modifique seu caminho e
fuja de uma blitz. Aliado a isso, o aparato fiscalizador
é falho, pois não há operações em todos os horários
necessários, concentrando-se na madrugada, como se
houvesse hora marcada para beber. É papel do Estado
ampliar e intensificar a fiscalização.
Fica claro, portanto, que a Lei Seca é
extremamente benéfica, mas, para que seus efeitos
sejam ainda mais positivos, há muito o que fazer.
Nesse contexto, educação é fundamental. Escolas
devem mostrar desde cedo as consequências fatais da
mistura de álcool e direção, para que crianças
cresçam responsáveis e não cometam tais infrações
quando adultas. Além disso, autoescolas devem
aumentar o número de aulas a respeito de consciência
no trânsito. Só assim será possível parodiar
Drummond: “Stop. O automóvel parou, a vida, não.”.
Análise de Redações
Redação I
Basta andar nas ruas para perceber a doença que
impregna no sangue brasileiro. Ao olhar para os carros de
luxo em contraste com os pés descalços daqueles que são
vítimas da desigualdade, que, consoante à Organização das
Nações Unidas, ONU, faz do Brasil a oitava nação com os
maiores índices de diferença social. As fontes geradoras
deste óbice são variadas e investimentos na educação
promoverão a inclusão, e, ainda garantirão melhores
condições àqueles que possuem a pobreza como sua marca
de nascença, algo que, infelizmente, é a maior mácula do
Brasil.
Enganam-se as pessoas que ao cercarem suas casas
com artefatos de segurança pensam que o pobre deixa de
existir. Se não o vê não quer dizer que ele não continue
vendendo bala. A pobreza de bens materiais e de comida é
proveniente muitas vezes da pobreza de altruísmo. E não só
a socioeconômica como a desigualdade de oportunidades
existe. Com a deficiência no ensino, aquele que consegue
vaga em universidade é exceção, o que se reflete em uma
sociedade estamental moderna.
A baixa remuneração da mão de obra força o
brasileiro a estudar para garantir seu diploma, porém um
país que têm nos alunos de instituições privadas notas 21%
maiores que nos de escola pública, como observado no
jornal "Estadão", ser aprovado em uma universidade
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gratuita é tarefa impossível e a esperança surge na nova lei
de cotas - aprovada em 2012, que disponibiliza 50% das
vagas aos mesmos. Falta no Brasil qualidade na educação
de base, sete vezes menos investida quando comparado aos
cursos superiores, para que os estudantes possam competir
por mérito.
Portanto, os contrastes que fazem estômago e
coração doerem só serão amenizados com reformas de base
efetivas, que darão sustentação concreta aos que buscam
uma realidade diferente. Juntamente a isso, a instauração
de políticas públicas voltadas à melhor distribuição de
renda entre aqueles que, de fato, ajudam a conduzir o país
é a melhor forma de justificar a força da nossa economia,
criando uma cultura de equiparação não entre ricos e
pobres, mas entre seres humanos.
Tema: “O que é prioritário – cuidar do meio ambiente ou resolver os
problemas sociais?”
O que é mais importante: cuidar do meio ambiente
ou lugar contras as mazelas sociais? Com essa pergunta,
coloca-se um dos grandes dilemas dos Governos
contemporâneos, sobretudo em países como o Brasil. Os
jornais demonstram que ambos os problemas só fazem
aumentar, exigindo soluções emergenciais. Ocorre que
possíveis caminhos para superar esse impasse excluem-se.
Pelo menos, aparentemente. Costuma-se afirmar que
os problemas ecológicos têm uma urgência “invisível”. Nem
sempre é possível sentir a poluição ou “enxergar” o buraco
na camada de ozônio, mas existem provas de sua existência
e de sua negatividade. Como a vida humana depende, em
diversas instâncias, de um aproveitamento equilibrado da
natureza, o ideal é não economizar esforços no sentido de
preservá-la. Nessa perspectiva, o Governo e os cidadãos
devem colocar os cuidados com o meio ambiente em
primeiro plano.
Por outro lado, de acordo com atribuições
constitucionais, o Estado precisa oferecer condições dignas
de vida à população. Em um país pobre como o Brasil, em
que a miséria e a fome se impõem a milhares de pessoas,
sua erradicação é tarefa inadiável. As consequências do
descaso se fazem sentir todos os dias, exigindo a imediata
aplicação de recursos no atendimento aos carentes. Afinal,
de que adiantaria a natureza preservada, se a vida humana
fosse prejudicada?
Igualmente graves e urgentes, os problemas
ecológicos e sociais parecem constituir um dilema para os
Governos. Afinal, como definir o que é prioritário? Na
verdade, ambos o são e não há razões para supor que um
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exclua o outro. Assim como existem diferentes ministérios e
secretarias para cuidar de áreas díspares, também existem
recursos financeiros suficientes para reverter as duas
situações simultaneamente. Isso é possível, desde que a
corrupção não desvie os recursos disponíveis.
Assim, longe de constituir uma contradição, o
combate à miséria e a redução dos danos ecológicos podem
coexistir. Mais do que isso, podem se complementar. Uma
população bem alimentada e educada tende a cuidar de seu
habitat, e um ambiente agradável favorece a vida digna. Só
assim, com dignidade e consciência, é possível dar um novo
sentido aos velhos dilemas humanos.
Tema: “A dificuldade de se conviver com as diferenças.”
De um lado e de outro, ouvem-se vozes distintas,
veem-se pessoas diferentes, que pensam e agem do modo
dissonante. Existe uma explicação biológica para esse fato,
porém é mais importante entender significados. A
pluralidade humana é obra da natureza. Desse modo, não
há como um grupo se tornar hegemônico, pois as misturas
genéticas já ocorreram milhares de anos atrás. Então,
deixam de fazer sentido muitos conflitos atuais. A
superação dessas divergências não ocorrerá por meio de
guerras e preconceitos. Nesse sentido, o ser humano possui
o dom do diálogo. Assim, usando essa ferramenta, podem-
se perceber as vantagens das interações culturais.
Atualmente, a Terra sofre com disputas, de todos os
tipos, entre seus povos habitantes. Os conflitos, bélicos ou
não, têm motivos distintos, que, entretanto, possuem uma
origem comum. A gênese está no choque de culturas, que
sempre existiu na história da humanidade, e vem se
intensificando no último século. Dessa forma, vê-se a
disseminação do ódio contra o diferente. Contudo, poucos
percebem os erros dessa política. A homogeneidade leva à
estagnação, em todos os sentidos. Por isso, interagir com o
outro, aproveitando as vantagens dessa convivência, com
certeza, é a melhor opção para atenuar os conflitos.
O convívio com os outros povos, outras ideias,
outros modos de viver pode ser estranho no início. Não
obstante, aqueles que fogem à regra imediatista e
conseguem aprender algo acumulam experiências capazes
de tornar mais rica a sua existência. Tem-se de valorizar,
pois, aquilo que cada um pode trazer de positivo para a
vida humana neste planeta. Esse aproveitamento será
possível quando, em vez de guerrearem, os homens
passarem a dialogar. Essa arma é mais poderosa do que
qualquer outra, porque, além de não ferir fisicamente,
transforma inimigos em aliados.
2998/09 - 5/18
 Por conseguinte, o principal meio de superar as
divergências é a conscientização. O ser humano precisa
perceber que a maioria das guerras são paliativas: não
resolvem definitivamente a questão. Para que a solução seja
eficaz, é necessário entender as razões do lado oposto,
buscando amenizar as divergências. Nesse sentido, a
palavra possui uma força inigualável. Assim, será possível
que grupos diferentes convivam nesse planeta destruírem.
material, da fila aristotélica à solidariedade, saliente uma
solução coerente para um mundo insensato e imediatista,
mimetizado não só nas necessidades humanas, mas na
satisfação de um eu não consciente, porém dominador, a
essência humana.
Análise de Redações NOTA 1000 – ENEM 2011
Tema:
“Viver em redes no século XXI: os limites entre o público e o privado”

Tema: “O que há de errado com a felicidade?”

Uma tela em branco, diferentes cores de tinta e as Redação de Isabela Carvalho Leme Vieira da Cruz, Rio de Janeiro
pinceladas do amor, da angústia, frustração, fugacidade, (RJ).
entre outras tonalidades de Vincent Van Gogh compõem o
quadro “Noite estrelada”, notório por sua proximidade com O fim do Grande Irmão

algo considerado perfeito. Perfeição, tão valorizada pela

Câmeras que gravam qualquer movimento, telas
vaidade humana, levianamente confundida com felicidade
transmitindo notícias a todo minuto, o Estado e a mídia
e, paradoxalmente, semelhante a ela no que tange à
controlando os cidadãos. O mundo idealizado por George
impassibilidade de total concretização, o que faz com que
Orwell em seu romance 1984, onde aparelhos denominados
seja nítida a questão: não é felicidade em si, mas as
teletelas controlam os habitantes de Oceania vem se tornando
aspirações humanas que são, estritamente, parasitas dos
realidade. Com a televisão e, principalmente, a internet, somos
seus próprios hospedeiros.
influenciados – para não dizer manipulados – todos os dias.
É por viver em sociedade que o homem alimenta a
Tal influência ocorre, majoritariamente, através da
ingênua crença na felicidade. E somente pela análise do que
mídia e da propaganda. Com elas, padrões de vida são
isso produz, ele toma consciência de si e de seu estado
disseminados a uma velocidade assombrosa, fazendo a
transitório, efêmero, claramente observado na necessidade
sociedade, muitas vezes privada de consciência crítica,
de forma laços com o seu próximo, e busca individualizar-
absorvê-los e incorporá-los como ideais próprios. Desse modo,
se erroneamente, esquecendo que a superação de suas
deixamos de ter opinião particular para seguir os modelos
necessidades e a formação de sua cultura, linguagem e
ditados pelo computador, acreditando no que foi publicado,
história foram exercidas em meio ao antro social. Logo, por
sem o devido questionamento da veracidade dos fatos
sua mediocridade e ignorância, cria jornadas homéricas
apresentados.
para ser feliz, esquecendo que não é Ulisses, personagem
Com isso, as novas redes sociais, surgidas nesse início
mítico e tecnicamente instransponível.
do século XXI, se tornam os principais vetores da alienação
Entrementes objetiva por uma vida menos seca,
cultural e social da população, uma vez que todos possuem
sujeita seus relacionamentos à superficialidade, fadando-os
um perfil virtual com acesso imensurável a todo o tipo de
ao fracasso. Essa estirpe de pensamento revela a que grau o
informações. Por isso, diversas empresas e personalidades se
altruísmo e o amor desinteressado se rebaixaram. O fato é
valem da criação de perfis próprios, atraindo diversos
que impera a autofágica lógica capitalista, na qual tempo é
seguidores, aos quais impõe sua maneira de agir e pensar.
dinheiro, e a defesa do espectro da associação humanística
Esses usuários, então, se tornam mais vulneráveis e suscetíveis
jaz enterrada sobre os escombros do que, um dia, suscita
à manipulação virtual .
uma comunidade não taciturna, e sim acometida por uma
Outro ponto negativo dessas redes, como o Facebook
ataraxia graciosa, deixando raízes profundas, mas não as
e o Twitter, é o fato de todo o conteúdo publicado ficar
que geram os frutos esperados.
armazenado na internet, permitindo a determinação do perfil
Vale ressaltar também que o apreço pela obra de
dos usuários e a escolha da melhor maneira midiática de agir
Van Gogh deve-se ao egocentrismo do homem pela
para conquistá-los. Além disso, o uso indiscriminado de tais
ambiência da pintura se dar ao anoitecer, privando-o de
perfis possibilita a veiculação de imagens ou arquivos
engendrar sua inferioridade perante o sol, determinante da
difamadores, servindo como ferramenta política e social para
vida na Terra e limitante de uma abstrata felicidade. Contra
aumentar a credibilidade de determinadas personalidades,
isso, o resgate dos valores descartados pela sociedade ao
como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na Venezuela
longo do tempo como o altruísmo e desprendimento

Português www.cursoprogressao.com.br 2998/09 - 6/18

e comprometendo outras, com falsas denúncias, por exemplo.
Diante disso, é necessária a aplicação de medidas
visando a um maior controle da internet. A implantação, na
grade escolar brasileira, do estudo dessas novas tecnologias de
informação, incluindo as redes sociais, e a, consequente,
formação crítica dos brasileiros, seria um bom começo. Só
assim, poderemos negar as previsões feitas por George Orwell
e ter um futuro livre do controle e da alienação.
Comentários
A participante demonstra ter compreendido a proposta da
redação e desenvolvido o tema dentro dos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo. A redação organiza-se em cinco parágrafos.
Na introdução (primeiro parágrafo), refere-se ao mundo idealizado por
George Orwell, na obra intitulada 1984, que apresenta o homem
controlado pelo Estado por intermédio da tecnologia.
A seguir, apresenta-se a tese de que a internet é uma forma
atual de manipulação das pessoas. No  desenvolvimento (segundo,
terceiro e quarto parágrafos), são apresentados os argumentos que
comprovam a opinião negativa da participante sobre a ação das redes
sociais. Na conclusão  (quinto parágrafo), apresenta-se a proposta de se
exercer maior controle sobre o uso da internet e implantar o estudo das
novas tecnologias de informação na grade curricular das escolas, para
uma formação mais crítica dos brasileiros, tendo em vista a construção de
um futuro sem alienação e controle, o que negaria as previsões de G.
Orwell.
' A tese defendida pela participante é a de que a internet é uma forma
atual de manipulação das pessoas, como o mundo idealizado por George
Orwell na obra 1984. Os argumentos utilizados para defender a tese são
os seguintes: o computador influencia na disseminação de determinados
padrões de vida assumidos pelas pessoas sem consciência crítica; as
redes sociais tornam-se
agentes da alienação cultural e social da população suscetível à
manipulação virtual; a divulgação pública dos hábitos e preferências dos
usuários, devido à publicação de perfis, permite a difamação de uns ou a
promoção de outros.
No último parágrafo, identifica-se a proposta de intervenção
para o problema abordado, respeitando os direitos humanos: criação de
medidas para maior controle da internet e implantação do estudo das
novas tecnologias de informação na grade curricular das escolas, para
uma formação mais crítica dos brasileiros, tendo em vista a construção de
um futuro sem alienação e controle, o que negaria as previsões de G.
Orwell. Embora tenha sido pouco desenvolvida, a proposta é coerente
com a tese apresentada no texto.
A redação apresenta encadeamento lógico das ideias e demonstra
que a participante soube selecionar, relacionar, organizar e interpretar
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de
vista: o tema é desenvolvido de forma coerente, e os argumentos
selecionados são consistentes e justificam a tese proposta, porque
explicitam os fatores negativos identificados pela participante. A
conclusão retoma o que foi exposto nos primeiros parágrafos, e a
proposta de intervenção é adequada à tese defendida, porque sugere uma
formação mais crítica para os jovens e retoma a referência ao romance de
Orwell.
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Do ponto de vista da estruturação textual, observa-se que a
redação apresenta inúmeros recursos coesivos para dar continuidade
ao texto, revelando que a participante demonstra conhecimento dos
mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação. O
texto recorre a vários conectores responsáveis por expressar relações
lógicas e promover o encadeamento textual. Por exemplo, no
terceiro parágrafo, a locução “uma vez que” estabelece relação de
causalidade entre as redes sociais e a alienação cultural e social das
pessoas. No quarto parágrafo, a conjunção “como” tem a função de
introduzir a citação de um exemplo de utilização das redes como
ferramenta política. Identifica-se a utilização de pronomes e de termos ou
expressões de base nominal para retomar referentes do contexto anterior
(exemplos: “Com elas, padrões de vida são disseminados a uma velocidade
assombrosa, fazendo a sociedade, muitas vezes privada de consciência
crítica, absorvê-los e incorporá-los como ideais próprios.”). Esse recurso
aparece também na relação entre parágrafos, para garantir a
continuidade textual: “Tal influência ocorre”; “Com isso, as novas redes
sociais”; “Outro ponto negativo dessas redes”; “Diante disso”.
Tema: Imigrações para o Brasil no século XXI
Uma nova canção
Índios, negros e brancos. Japoneses, haitianos e
alemães. Essa histórica Torre de Babel compõe o quadro
único da identidade étnico-cultural da pátria que hoje
chamamos Brasil. Diante de tal perspectiva, seria paradoxal
duvidar da capacidade de nossa nação acolher os
novíssimos fluxos imigratórios que aqui aportam no século
XXI. Lidar com tais nuanças é o primeiro passo para que,
na atualidade, a soberania nacional prevaleça.
É preciso considerar, primeiramente, a questão da
legalidade desses movimentos. Entraves diplomáticos e
ausência de documentação básica fazem com que os novos
habitantes se transformem em mais do que estrangeiros –
estranhos. Prova disso são muitos latino-americanos que,
impossibilitados de exercer atividades regulamentadas,
submetem-se à informalidade e à exploração.
Por outro lado, a presença de imigrantes legais
também pode provocar incômodos. O acirramento da
competitividade no mercado pela chegada de trabalhadores
qualificados – alguns, inclusive, europeus – dificulta a
busca da utopia socioeconômica dos brasileiros. O mundo
de Thomas More nunca pareceu tão romanticamente
inalcançável.
Nesse contexto, muitas vezes, o cidadão se revela
contrário à presença dos "invasores" em sua terra.
Preconceito e, até mesmo, xenofobia – comportamentos
repugnantes – acabam por ganhar projeção num cenário
de suposta aceitação recíproca. Contrário à ideia
aristotélica de pluralidade na desigualdade, o brasileiro
desperdiça a chance de evoluir com o "novo“, mesmo que a
2998/09 - 7/18
entrada, ainda que legal de imigrantes, possa trazer
prejuízos não só à economia, mas à cultura prevalente em
território nacional.
Fica claro, portanto, que a tão exaltada sexta
economia do mundo precisa ser mais capaz de considerar o
lado humano de sua composição. Para isso, o Estado deve
elaborar e efetivar leis e ações afirmativas de integração de
imigrantes. A mídia precisa cumprir sua função social,
aproximando diferentes culturas e ensinando a sociedade a
olhar com mais zelo pelo outro. Talvez, assim, possamos um
dia reescrever a Canção do Exílio, simbolizando o lar de – e
para – todos: "Nossa terra tem palmeiras /Onde canta o
sabiá".
PROCEDIMENTOS INTRODUTÓRIOS
Tema: LEI SECA
consumo alcoólico é a verdadeira raiz desse problema, e seu
excesso se dá por inúmeras causas. Dentre elas, destaca-se –
intangivelmente – a influência da mídia, a qual é constituída
por armas psicológicas que trabalham com estratégia na
mente de seus alvos.
 Tese IV
Uma solução chamada Lei Seca
O hábito de ingerir alcoólicas não é recente, tendo
em vista que esta prática vem sendo realizada pelo homem
desde longas décadas. Por estar tão atrelada ao cotidiano, ela
tornou-se perigosa com a chegada da urbanização. Desde a
Segunda Revolução Industrial, principalmente após a
exploração do Fordismo, o aumento de acidentes no trânsito
passou a crescer absurdamente. Assim, como um controle para
tal situação, a Lei Seca é benéfica ao ser humano.

 Tese V
 Tese I

No caminho certo
Direcionando o Brasil
Jovem de 18 anos é atropelado, condutor de
Bebida e direção são incompatíveis. Juntando-se a
veículos estava alcoolizado. Motorista embriagado causa
cultura hedonista e irresponsável do brasileiro com a histórica
acidentes. Tais notícias tornaram-se acontecimentos
preferência por rodovias e incentivo à compra de carros, ficou
recorrentes na sociedade contemporânea. Porém, esses
evidente esse problema nos grandes números de acidentes por
problemas são atenuados por leis que visam a garantir a
conta do álcool. Nesse contexto, a criação da Lei Seca cumpre
segurança de cidadãos inocentes. Entretanto, apenas a criação
um papel fundamental de tentar conter a situação, mas não
da Lei Seca não basta para reduzir o número de acidentes,
conseguirá resolvê-la por si só. Junto a ela, é preciso mudar a
devendo ser aliada a uma devida exequibilidade desta e de
consciência do povo aqui reside.
outras leis de mesma natureza.
 Tese II
 Tese VI

Pela sociedade transposta

Apesar da diferença cronológica entre a promulgação
No início do século XX, os Estados Unidos
da Constituição de 1988 e a atual conjuntura sócio-política,
declararam guerra ao álcool, com a total proibição conhecida
identifica-se o descaso no trânsito, o que resulta em acidentes,
como Lei Seca. Essa medida, diferentemente da versão
geralmente associado ao álcool. Tal situação fez-se premente a
brasileira, era facilmente driblada e intervir nos direitos da
criação da “Lei Seca”, todavia, embora tenha favorecido a
população. Por ser mais sutil e focada, a campanha vigente no
organização do país, não reduziu o número de adeptos a esse
Brasil já apresenta efeitos positivos, demonstrando que mais
vício e, ademais, não significou a conscientização da
importante que existência de uma legislação é uma efetiva
população no que tange às consequências do uso dessa
aplicação. Portanto, o modelo aplicado no problema do dirigir
substância à vida.
alcoolizado deve ser ampliado para outros âmbitos nacionais,
relacionados ou não ao tráfico viário.

 Tese III

A verdade sobre a “causa mortis” no trânsito

“Se dirigir, não beba.” Uma simples inversão dos
termos de uma frase popular transforma todo o significado de
uma propaganda. Com a implantação da Lei Seca, a “causa
mortis” da maioria dos acidentes de carro tornou-se evidente,  Tese VII
Ousadia na direção
atenuando, assim, suas estatísticas anuais. Em contrapartida, o

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 Álcool. Direção. Motoristas. Simples palavras que, se
combinadas, criam uma simbiótica e letal combinação, o que gera,
sem precedentes, mortes no trânsito. Diante disso, surge a Lei Seca, a
qual visa à diminuição dos acidentes provenientes da inconsequência
do brasileiro, alimentada, cada vez mais, por um sistema judiciário
ineficaz. Resta a todos entender que tal lei pode e tem diminuído
mortes, não obstante só a reeducação e conscientização dos motoristas
pode, de fato, acabar com o problema.
 Tese VIII
O homem é o único animal que mata a sua própria
espécie sem um fim plausível ou justificável, o que comprova a
máxima de Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.
Esse paradoxo que se intensifica na contemporaneidade se
deve a inúmeros fatores, tendo como um dos principais a letal
combinação direção e álcool, a qual faz, proporcionalmente,
mais vítimas que uma guerra, por exemplo. Nesse contexto, a
criação da Lei Seca em território brasileiro demonstra vontade
política para resolver os problemas do trânsito decorrentes do
álcool, não obstante tal medida só será eficaz, de fato, quando
houver uma conscientização nacional acerca dos reflexos das
próprias atitudes em um meio social.
Tipos de Tese
• Tradicional
• Conceitual  por definição
• Fotográfica  Por flash
• Histórica  por transição histórica
• Jornalística  por narração
• Cultural
• Raciocínio Lógico (dedutivo, indutivo e dialético)
• Roteiro  tese + apresentação dos argumentos
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ROTEIRO
Um dos principais desafios do homem
contemporâneo é a manutenção e preservação de um dos
seus maiores bens: a natureza. Não restam dúvidas de que a
mecanização industrial tem sido um dos “vilões” quando o
assunto é preservação do meio ambiente, mas uma cultura
hedonista, junto à falta de uma consciência ambiental
também são fatores preponderantes para que
humanidade coloque em xeque a sua própria existência, já
que é do próprio planeta de onde provém as riquezas
humanas.
TRADICIONAL
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Não são poucos os fatores envolvidos na discussão
acerca de preservação ambiental hoje. Basta ler com
atenção os jornais ou observar a força dos Partidos Verdes
em boa parte do mundo. Em meio a esse acalorado debate,
ganha espaço a valorização da água, por razões científicas,
econômicas e humanitárias. Compreender tais fatores é o
primeiro passo para afastar uma ameaça grave ao próprio
ser humano.
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Muito se tem discutido acerca da desvalorização
da política no mundo atual. De fato, o descaso com o voto
parece constituir forte sintoma desse panorama. Para
compreender tal fenômeno, cabe analisar a influência dos
políticos, da sociedade e do próprio sistema. Só assim será
possível perceber a complexidade da situação.
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É cada vez mais frequente a discussão sobre o
aquecimento global. Realmente, os cientistas alertam para
os perigos da emissão de gases poluentes que estão afetando
a temperatura da Terra. Diante disso, o homem começa a se
preocupar um pouco mais com suas atitudes, enquanto
governos preparam leis e acordos. Resta saber se ainda há
tempo para mudar.
FOTOGRÁFICA
Samba misturado à batida funk. Música eletrônica
com pitadas de rock. Jazz com apelo brega. Se a essência da
música contemporânea é a mistura, desempenha com
louvor o seu papel. No país da miscigenação étnica, a
produção musical herda a qualidade da reciclagem
criativa, responsável pelo mosaico cultural da nação.
Convém incomodar: mosaico ou colcha de retalhos?
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Adolescentes “ficando”. Namoros via internet.
Aumento do número de divórcios. Tais são alguns dos
indícios de que as relações amorosas estão passando por
a transformações profundas. Sem dúvida, a economia, a
tecnologia e a aceleração dos processos têm sido decisivas
na concretização do amor contemporâneo. Cabe
compreender esse processo para julgá-lo – se for o caso.
Olhos inquietos, bolsa levada à frente do corpo,
andar apressado. Não, não se trata de um cidadão
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neurótico, mas de um típico brasileiro morador das grandes
cidades. Seja nas estatísticas, seja nas ruas, a violência
aparece em todas as suas dimensões, alterando o cotidiano
das pessoas. Nessa realidade, todos garantem segurança
como podem, comprando armas, planejando roteiros,
evitando sair de casa. Afinal, ninguém quer ser vítima da
violência.
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HISTÓRICA
Na Idade Média, quando surgiu, o trote constituía
um ritual de passagem cuja violência tinha significados
filosóficos: os traumas físicos e psíquicos ajudavam os
calouros a entender o seu novo lugar. Hoje, porém, essa
prática tornou-se vazia, limitando-se à expressão de uma
violência cada vez mais banalizada.
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Em 1917, uma revolução começou a concretizar
uma das maiores utopias do ser humano – a criação de
uma sociedade igualitária. Menos de um século depois,
mais precisamente em 1989, esse ideal voltou ao pó de que
viera, com a destruição de um muro que, de certa forma, o
simbolizava. Chegamos ao século XXI descrentes e cínicos,
apostando nossas fichas em uma única e triste certeza: o
indivíduo. O “problema” – ou solução, nesse caso – é que o
homem nunca deixou de sonhar.
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Quando o governo militar se aproveitou da vitória
brasileira na Copa de 70 para fazer propagando política,
muitos denunciaram uma postura populista. Hoje, apesar
da liberdade de imprensa, não são poucos os políticos que
agem apenas pela simpatia da público, fugindo de medidas
de impopulares. Das cotas nas universidades ao bolsa-
escola, passando pelos restaurantes populares, muito pouco
é feito para mudar, de fato, as estruturas sociais do país.
CONCEITUAL
Em sua etimologia, educar significa elevar,
conduzir a um patamar superior. Infelizmente, nem sempre
a teoria se aproxima da prática. O sistema educacional
brasileiro é um bom exemplo desse distanciamento.
Infraestrutura decadente, baixa remuneração
profissionais e currículos antiquados não combinam com o
discurso do ministério da educação, tornando-o etéreo.
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Os dicionários registram que a ciência
Português
conjunto de conhecimentos de determinada área, obtidos
segundo um método objetivo e demonstrável. Embora clara,
essa definição deixa de lado um fator cada vez mais
presente no mundo científico: o dinheiro. Sejam as verbas
para universidades públicas, sejam os investimentos em
laboratórios privados, o fato é que os cientistas tornaram-se
reféns da lógica econômica. Nesse novo contexto, a
humanidade só tem a perder.
JORNALÍSTICA
Há cerca de cinco anos, a USP foi palco de uma
tragédia: a morte de um calouro de medicina durante o
trote. Esse episódio trouxe à tona uma discussão que ficara
escondida por muito tempo. Trata-se do debate em torno
dos trotes universitários e sua violência descontrolada.
Embora represente um sadismo compreensível, essa prática
vai de encontro ao espírito universitário e pode ser
substituído por atividades mais inteligentes.
CULTURAL
Entre os poderes da arte, encontra-se a capacidade
de traduzir certas percepções em palavras ou imagens
especiais. Na música, por exemplo, canções como a “Oração
ao Tempo”, de Caetano Veloso, e “Tempo Rei”, de Gilberto
Gil, falam de um mesmo assunto e o fazem da mesma
maneira, personificando o tempo com letras maiúsculas.
Essa opção faz sentido, sobretudo, quando se reflete acerca
da importância dada ao tempo pelo homem
contemporâneo, que o trata como uma espécie de
religiosidade vazia.
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Há cem anos, Einstein mudou a cosmovisão ocidental
ao propor a Teoria da Relatividade. Embora se trate de
assunto complexo, a hipótese do físico alemão colocou o
tempo em evidência, tornando-se a grande questão desta
época. Em meio à preponderância da economia, nunca foi
tão verdadeiro o clichê “tempo é dinheiro”. Em virtude
dessa visão pragmática, a aceleração tecnológica reduz o
tempo do homem, que tenta detê-lo em vão.
de
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é o Quando Santos Dumont inventou o relógio de pulso,
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talvez não tenha imaginado o quanto esse instrumento
seria importante, até mesmo para evidenciar sua obra mais
famosa. Sem dúvida, seja para embarcar em um avião, seja
para regular suas atividades vitais, o homem mede o tempo
de tudo. Entretanto, quanto mais a humanidade imagina
controlar a passagem dos ponteiros nos relógios, mais ela se
torna refém desse controle.
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Policarpo Quaresma, sabemos todos, teve um triste fim.
Triste, mas realista: sua pátria idealizada não correspondia
ao Brasil real. Tanto pior se ele pudesse ver a cultura
nacional enfeitada de músicas americanas, comidas
japonesas e ideias de qualquer parte. Diferente do que
possa parecer, no entanto, talvez o nacionalismo não seja
uma qualidade, e a globalização não seja o fim do mundo.
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Leis de Newton. Fórmula de Bhaskara. Teoria
darwinista da seleção natural. Seja no ensino médio, seja no
cotidiano, fórmulas matemáticas
cientificamente comprovados oferecem explicações para
praticamente tudo. Paradoxalmente, em pleno século XXI,
não são poucos os que procuram, em templos ou “profetas”
divulgados em panfletos nas esquinas, orientações para
uma vida melhor. De fato, se a realidade tão racional do
homem contemporâneo frequentemente gera angústia e
incompletude, por que não recorrer, em alguns momentos,
a caminhos menos comprovados e mais confortantes?
a) Trajetória histórica
Ao longo da história, as drogas tiveram usos
múltiplos que alimentaram e espelharam a alma humana.
Elas deram origem a religiões, percorreram o planeta com o
comércio, provocaram guerras, mudaram a cultura, a
música e a moda. Contudo, foi somente a partir do século
20 que começaram a surgir proibições globais ao uso de
entorpecentes, gerando FALTA O ARREMATE/TESE
b) Método indutivo (do particular para o geral)
Entre as drogas consideradas mais perigosas,
destaca-se o crack, mistura da pasta de cocaína com
bicarbonato de sódio, que leva em segundos a um estado de
euforia intenso que não dura mais do que 10 minutos. O
nome crack vem desse efeito rápido, que surge como estalos
para o usuário. Antes restrita às classes menos favorecidas,
tal droga circula hoje entre todas as classes sociais,
ameaçando tornar-se um problema de saúde pública.
c) Método dedutivo (do geral para o particular)
Português
O consumo de drogas psicoativas é considerado
problema de ordem social, não somente em função de sua
alta frequência, mas principalmente devido às
consequências prejudiciais para a saúde dos indivíduos e,
por extensão, para a sociedade, o que faz com muitos
estejam à mercê da segurança pública, algo temerário
quando se trata de Brasil.
d) Conceito ou definição
De acordo com a Organização Mundial da Saúde,
a droga psicotrópica pode ser definida como qualquer
substância que provoca alteração no funcionamento
cerebral e no estado mental do usuário. A maioria dessas
drogas têm alto potencial viciante, uma vez que estão
associadas a alguma forma de bem-estar.
e) Citação
“O efeito consiste em uma duradoura euforia. A
pessoa adquire um grande vigor”: foi dessa forma que
Sigmund Freud descreveu a cocaína, droga que abandonou
e conceitos
apenas depois da morte de um de seus pacientes, vítima de
overdose. Mas o conceituado psicanalista representa uma
exceção entre os usuários de drogas, uma vez que a maioria
prefere correr riscos a renunciar à “euforia”.
i) Informação ou constatação
De acordo com especialistas em dependência
química, o maior obstáculo à reabilitação dos usuários
reside no prazer. Embora haja experiências incipientes com
anticorpos que tentam desativar os receptores dos
neurônios que recebem a droga, a ciência está longe de
encontrar um remédio eficaz no combate ao vício.
FALTA ARREMATE!!!!!
Redações completas e bem avaliadas no ENEM
2013. É bom que você veja para perceber o que a
banca do ENEM tem querido ver nos textos.
Todos os textos atingiram nota superior a 900,
algo importante, já que menos de 1% dos
brasileiros atingiram tal nota. Vale a pena dar
uma conferida.
Lei Seca no ENEM
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Texto I
No caminho certo
Jovem de 18 anos é atropelado, condutor de veículo
estava alcoolizado. Motorista embriagado causa acidentes.
Tais notícias tornaram-se acontecimentos recorrentes na
sociedade contemporânea. Porém, esses problemas são
atenuados por leis que visam a garantir a segurança de
cidadãos inocentes. Entretanto, apenas a criação da Lei Seca
não basta para reduzir o número de acidentes, devendo ser
aliada a uma devida exequibilidade desta e de outras leis de
mesma natureza.
Acerca da questão da Lei Seca no Brasil, antes de
mais nada, é importante mencionar que ela difere de leis
semelhantes em outros países, visto que não proíbe o
consumo de bebidas alcoólicas, porém a possibilidade de
alguém dirigir após ter realizado o consumo dessas bebidas.
Logo, não restringe, infelizmente, a liberdade individual, já
que se preocupa em proteger a integridade física deste e de
outros indivíduos.
Cabe ressaltar também que, além de proteger
incontestáveis vidas, a criação e execução da Lei Seca
também ajuda a reduzir gastos desnecessários por parte do
estado, porquanto reduz, indubitavelmente, o número de
acidentes e danos ao patrimônio público, gastos os quais
poderiam ser melhor utilizados ou investidos em áreas que
melhorem a qualidade de vida da população, tais quais
educação e saúde. Esse panorama reforça a necessidade de
maior investimento em órgãos que garantam a execução
dessas leis, maximizando seu potencial de abrangência.
Nesse contexto, pode-se inferir que a implantação
da Lei Seca trouxe, quase que exclusivamente, benefícios ao
país, como a diminuição nos índices de acidentes no
trânsito, por exemplo. Restando à sociedade, por
conseguinte, entender que mudanças devem ocorrer em
todos os âmbitos, fazendo-se necessário que todos tomem
decisões que visem a evitar mais acidentes, como sair de
táxi se for consumir bebidas alcoólicas. E cabe ao governo
criar palestras e programas de televisão ou rádio que possam
informar e conscientizar a população dos malefícios de
dirigir alcoolizado. Dessa forma, poder-se-á garantir, de
fato, a proteção ao maior e mais precioso bem de um
indivíduo: a vida.
Texto II
Ao reunir bebidas alcoólicas, homens
irresponsáveis e veículos automotivos em uma tigela, mexer
e levar ao fogo visando a obter um bolo simples e
homogêneo, podemos ter como resultado o caos. Essa foi e
ainda é a receita caótica do trânsito brasileiro. Mesmo que
agora exista uma lei que proíba os componentes de nossa
sociedade de beber antes de dirigir, muitos acidentes
continuam ocorrendo com indivíduos alcoolizados
envolvidos. Isso mostra um claro desrespeito à nossa
legislação e à vida humana.
Da existência da bebida, surgiu o homem que bebe.
Deste homem, a necessidade de locomoção. Desta
necessidade, o ser que, sobre efeito do álcool, dirigiu. E
disso, a vítima da ausência de responsabilidade. Embora
exista uma legislação para evitar esses acontecimentos,
claramente muitos membros de nosso país não a respeitam e,
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assim, acabam destruindo vidas em prol de uma diversão
efêmera.
Ademais, neste ano, existiram inúmeras fatalidades,
as quais foram observadas por nós no sadismo gratuito que
chamamos de noticiário. Nessa perspectiva, cabe ressaltar
que a punição para os seres que transgridem a Lei Seca é
insuficiente, pois ela proporciona ao homem a visão de
impunidade. Dessa forma, podemos notar que não temos
querido à existência humana como deveríamos, portanto as
estatísticas favoráveis à nova lei são ínfimas perto das vidas
perdidas.
Cabe à sociedade, por conseguinte, aprender a
cumprir sua função social respeitando a lei a que é
submetida. Para isso, o Estado deve ministrar palestras para
formar uma geração mais consciente acerca da importância
da legislação para um país harmônico, e o Poder Legislativo
deve instaurar punições mais severas aos que não cumpram
a Lei Seca. Enfim, talvez, futuramente, poderemos retirar a
irresponsabilidade de nosso trânsito e contemplar o bolo que
sempre esperamos.
Texto III
A verdade sobre a “causa mortis” no trânsito
“Se dirigir, não beba.” Uma simples inversão dos
termos de uma frase popular transforma todo o significado
de uma propaganda. Com a implantação da Lei Seca, a
“causa mortis” da maioria dos acidentes de carro tornou-se
evidente, atenuando, assim, suas estatísticas anuais. Em
contrapartida, o consumo alcoólico é a verdadeira raiz desse
problema, e seu excesso se dá por inúmeras causas. Dentre
elas, destaca-se – intangivelmente – a influência da mídia, a
qual é constituída por armas psicológicas que trabalham com
estratégia na mente de seus alvos.
Propagandas de cerveja ou de bebidas destiladas
sempre obtiveram espaço próprio nos meios de
comunicação. Diferentemente da cartela de cigarro, as
consequências do consumo não estão expostas em seus
rótulos ou comerciais, e a Lei Seca apareceu como forma de
equilibrar esse “descuido” da mídia. Essa política foi aderida
por grande parte da população, e isso se tornou evidente na
divulgação pelos adesivos de carro, outdoors e, claro, a
diminuição na taxa de mortalidade no trânsito. Entretanto, a
questão do incentivo ao consumo alcoólico ainda está
presente.
Segundo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do
homem”, provando assim que, indiretamente, há a existência
do beneficiado e do prejudicado no ciclo do consumo. Este
representa o influenciado, alcoólatra; o qual já sofreu ou virá
a sofrer com problemas na estrada; aquele, o empresário,
publicitário ou até mesmo o psicanalista, contratados para
trabalhar com a mente do consumidor ou trabalhar com a
mente do consumidor e lucrar em cima.
Assim sendo, é perceptível a presença da influência
de terceiros no consumo de álcool, e que a causa a ser
combatida não é apenas a ação de pôr-se frente ao volante
após a ingestão de bebidas, mas também propagandas que
influenciam esse ato. Dessa forma, além da diminuição dos
acidentes, outros benefícios serão alcançados, como a baixa
taxa de doenças endócrinas. Para isso, faz-se necessário o
filtro de propagandas alcoólicas e incentivo do pensamento
crítico da população, porque, assim, a raiz do problema será
cortada, e a Lei Seca – ponto de partida para essa
mobilização – será completamente bem-sucedida.
2998/09 - 12/18
 Texto IV
Apesar da diferença cronológica entre a
promulgação da Constituição de 1988 e a atual conjuntura
sócio-política, identifica-se o descaso no trânsito, o que
resulta em acidentes, geralmente associado ao álcool. Tal
situação fez-se premente a criação da “Lei Seca”, todavia,
embora tenha favorecido a organização do país, não reduziu
o número de adeptos a esse vício e, ademais, não significou
a conscientização da população no que tange às
consequências do uso dessa substância à vida.
Conduzir um automóvel ao estar embriagado fere
preceitos constitucionais – respeito à dignidade humana e ao
próximo –, mas também o Código Civil, os quais
determinam que todo ato ilícito que causa danos e outrem é
passivo de indenização. Dentre diversas causas para essa
realidade, a ausência de comprometimento e solidariedade
entre as pessoas é a mais incisiva, visto que demarca o
ambiente egocêntrico da sociedade, conferido a esse âmbito
a negligência à segurança pública.
Diante desse cenário, é perceptível o aumento do
índice de propagandas estimuladoras do consumo de bebidas
alcoolizadas, agravando os problemas infraestruturais
brasileiros. Nesse contexto, evidencia-se o posicionamento
dessas empresas e, até mesmo, do governo longínquo do
bem-estar popular, e muito próximo da necessidade de
contrair lucros, mesmo que o desenvolvimento econômico
não esteja atrelado ao caráter social.
Idealizar uma sociedade pautada no altruísmo entre
os seus membros é imprescindível para o crescimento
socioeconômico da nação. Dessa maneira, a fim de garantir
a diminuição de acidentes, assiste ao governo, por
conseguinte, criar instituições de resgate psicológico dos
indivíduos viciados em álcool por intermédio de palestras e
investimentos na educação de base, de forma a ressignificar
a consciência individualista. Enfim, é necessário fundar
clínicas de tratamento, pois, sendo assim, será possível
observar, no Brasil, uma nação preocupada com as
dificuldades da população.
Texto V
O advento da Lei Seca vem propiciando mudanças
no cenário do tráfego da sociedade brasileira. O uso
desmedido de bebidas alcoólicas faz-se um problema
vigente no que tange à saúde da população. Concomitante, a
mistura de álcool e volante, segundo a Abramet, é
responsável por grande número de mortes e acidentes no
trânsito. É válido ressaltar, todavia, que essa realidade vem
se modificando.
A bebida, cada vez mais presente no cotidiano,
sobretudo na vida de jovens, desencadeia diversos
problemas sociais e pessoais, como relatado em obras
fictícias na televisão. Ademais, os efeitos do álcool no
organismo alteram a produção de neurotransmissores do
córtex cerebral, sendo responsável não somente pelas
mudanças de humor e comportamento do indivíduo, mas
também pelo vício, criando um quadro de negligência
consigo mesmo e com os outros.
Nesse contexto, o desenvolvimento de campanhas e
leis como a Lei Seca visam, primordialmente, ao zelo da
segurança no trânsito. Esses mecanismos de ação conjunta
entre as autoridades e o povo vêm diminuindo a incidência
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de acidentes e, analogamente, de mortes. Dessa forma,
através de punições, propagandas acerca dos perigos em
dirigir alcoolizados e supervisão do Governo Federal,
caminha-se para o alcance de um bem comum.
A nova legislação acerca dos comportamentos no
trânsito ganha cada vez mais relevância dentro de todo o
país. É premente também a conscientização da população no
que tange ao uso de bebidas, através, por exemplo, de
campanhas publicitárias que evidenciem os reais perigos do
álcool como o vício. A Lei Seca já é o advento primordial e
deve ser investido pelo Governo para que continue a
contribuir para o bem-estar do povo.
Texto VI
Uma solução chamada Lei Seca
O hábito de ingerir alcoólicas não é recente, tendo
em vista que esta prática vem sendo realizada pelo homem
desde longas décadas. Por estar tão atrelada ao cotidiano, ela
tornou-se perigosa com a chegada da urbanização. Desde a
Segunda Revolução Industrial, principalmente após a
exploração do Fordismo, o aumento de acidentes no trânsito
passou a crescer absurdamente. Assim, como um controle
para tal situação, a Lei Seca é benéfica ao ser humano.
É notório que, com um percentual elevando de
acidentes no trânsito, muitas empresas que ofereciam seguro
para os carros prosperaram. Apesar de demonstrar uma
segurança aos motoristas e pedestres, tal lei ainda não
mostrava ser uma solução definitiva para o caso. A criação
de um projeto em que um policiamento reforçado que se
mostra disponível para entender a demanda de motoristas no
Brasil é viável, pois certamente isso possibilitará um maior
controle do trânsito. Este feito é um dos alvos Lei Seca, o
que tem impedido irregularidades que causam acidentes.
Além disso, beber e dirigir passou a ser algo
rotineiro. Muitas pessoas ingeriam álcool em algum
estabelecimento público e depois migravam para casa em
seu automóvel, sem se preocupar com uma suposta colisão
que atingiria não somente elas, mas qualquer pessoa que
poderia estar no momento. Esta atitude seria vista por
muitos como egoísta e até reforçaria a citação de Hobbes “O
homem é o lobo do homem.” Propagandas que já são
realizadas através da Lei Seca para instruir o motorista a não
beber e dirigir reduzem muito o índice de acidentes.
Dado o exposto, os efeitos causados pela Lei Seca
são positivos e impedem que muitos desastres ocorram no
trânsito. Não obstante, é preciso ressaltar que, para uma
abrangência maior, palestras devem realizadas em empresas
públicas e privadas para apresentação do projeto aos
funcionários. Caso houvesse, também, campanhas que
incentivassem a presença de táxis nas portas de restaurantes
e bares para auxiliar o retorno ao lar dos frequentadores,
sem dúvidas, as notícias sobre acidentes reduziriam.
Texto VII
2998/09 - 13/18

A partir de 1988, com a elaboração da Carta Magna
Regente do país, a Constituição, foram definidos os rumos e
caminhos a serem tomados pela lei. Contudo, o avanço da
sociedade tornou evidente a necessidade de atos adicionais,
adequados às novas e antigas infrações, a troca subjugadas,
trazendo maior especificidade aos delitos. Maior exemplo
disso é a Lei Seca, que, apesar de vigente há pouco tempo,
trouxe valor inestimável à legislação do Brasil.
Com a promulgação da Lei Seca, idealizada para
que o número, idealizada com o fim de o número de
acidentes automobilísticos, até então crescentes, caísse,
inúmeras apreensão de veículos e, principalmente, de
habilitações têm ocorridos no país. Por conseguinte, a taxa
de acidentes sofreu uma queda vertiginosa, tornando mais
evidente a influência do álcool ao volante, tese há muito
sustentada e definida por diversos especialistas e
comprovada por pesquisas.
Diante disso, a atuação do Estado tem se dado de
forma muito afetiva e inteligente. A intervenção, em pontos
estratégicas nas cidades, onde há uma intensa vida noturna,
inibe alguns abusos por parte dos motoristas, que promovem
rodízios ou então fazem o uso de táxis na volta para a casa.
Esse receio se reflete na rotina da cidade e também nas
estatísticas fatais, decrescentes a esse ponto.
Nesse contexto, a atuação conjunta das polícias
estaduais e de serviços sociais tem causado um efeito ainda
maior. Em muitos dos pontos de vigilância espalhados pela
cidade, uma vítima de acidente de trânsito auxilia os agentes
de segurança no trato aos abordados, causando certa
sensibilização e agregando humanidade à ação, visto que
experiência compartilhada não será repetida pela maioria
dos seus ouvintes.
Apesar de ser uma lei recente, os impactos da Lei
Seca já são percebidos. Porém, melhoras podem ser feitas,
como o fim do anúncio das blitz em redes sociais, bem como
punições mais agressivas, como prisão imediata no exame
no bafômetro. Associados a isso, programas informacionais
educacionais sobre segurança no trânsito, sob forma de
propagandas televisivas e espalhadas pela cidade, trariam
mais base aos motoristas, para que, definitivamente,
adquiram consciência e fiquem cada vez mais seguros.
Texto VIII
A sociedade brasileira, hodiernamente, vive um dos
seus maiores paradoxos: mesmo tendo implantado a Lei
Seca, esta não possui os resultados previstos. Nesse
contexto, é imperativo que sejam realizadas ações mais
rígidas, visto que a população ainda não considerou a
gravidade desta medida.
É de conhecimento geral a dificuldade de se criar
leis que melhorem o convívio social, embora isso pareça
possível. O que mais pode fazer a diferença para a
diminuição de acidentes no trânsito causados por motoristas
alcoolizados é a conscientização da população, atrelada a
uma maior fiscalização, pois a maioria das pessoas só segue
as leis mediante conhecimento dos riscos e punição.
Cabe ressaltar também, nessa perspectiva, frisar
que muitas razões para a implantação da Lei Seca são
facilmente entendidas pela população em função de os
indivíduos serem vítimas desses acidentes. Ademais, a
“mistura” de álcool e volante causa feridos, gerando, assim,
um “congestionamento” na saúde pública que precisa
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atender a muitas vítimas, sem possuir os recursos
necessários para tal procedimento.
Resta à sociedade, por conseguinte, a fim de
alcançar o resultado pretendido, uma mobilização dos
serviços públicos em prol, sobretudo, da conscientização dos
cidadãos, por um motivo muito simples: compreender a
devida importância da Lei Seca. Para isso, devem ser feitas
palestras, em escolas, a fim de conscientizar os jovens junto
a cursos de educação no trânsito, realizados por futuros
motoristas ao ser tornarem habilitados. Além disso,
poderiam, em um curto prazo, aumentar a fiscalização das
principais vias do Brasil. Enfim, soluções para resolver o
paradoxo brasileiro no que se refere à implantação da Lei
Seca existem, basta utilizá-las.
Texto IX
O homem é o único animal que mata a sua própria
espécie sem um fim plausível e justificável, o que comprova
a máxima de Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do
homem”. Esse paradoxo que se intensifica na
contemporaneidade se deve a inúmeros fatores, tendo como
um dos principais a letal combinação direção e álcool, a qual
faz, proporcionalmente, mais vítimas que uma guerra, por
exemplo. Nesse contexto, a criação da Lei Seca em território
brasileiro demonstra vontade política para resolver os
problemas do trânsito decorrentes do álcool, não obstante tal
medida só será eficaz, de fato, quando houver uma
conscientização nacional acerca dos reflexos das próprias
atitudes em um meio social.
Ao analisar-se o povo brasileiro por um prisma
estritamente antropológico, torna-se evidente a sensação de
impunidade que impera no país. Não que a Lei Seca não
puna, mas, de certa forma, é branda e não oferece, ainda,
formas de efetiva fiscalização e controle das principais vias
do país. Há a perversão, certamente, das regras, embora a
simbiótica relação entre ideologia de felicidade e bebidas
alcoólicas nas propagandas diga o contrário. A somar-se
isso, é preciso dizer que o ser humano não está mais
“acorrentado” em cavernas, como no Mito de Platão, mas
também não usa adequadamente toda a liberdade que possui,
seu maior bem. Isso explica muitos dos acidentes no
trânsito, infelizmente.
Além disso, cabe ainda, por mais que haja vozes
dissonantes acerca das consequências, mesmo que não
conclusivas, da Lei Seca no Brasil, ressaltar que a
população, em sua imensa maioria, tem tido o devido temor
com as sanções decorrentes de tal lei. A ambivalente vontade
da diminuição dos acidentes no trânsito junto ao aumento do
consumo de álcool entre os jovens, além de preocupar, na
atualidade, também faz com que se possa esperar um futuro
não muito animador no que tange à segurança no trânsito,
conquanto os acidentes por álcool estejam diminuindo
muito.
A fim de alcançar uma sociedade consciente da
importância da vida, resta aos governantes, por conseguinte,
a direta e constante e fiscalização das principais vias do
Brasil junto a um investimento maciço em propaganda
instrucional acerca dos já sabidos males do álcool quando
combinados à direção. Ao povo cabe a responsabilidade,
com os seus próprios atos, pensar em formas de diversão
que não atinjam o próximo e que evitem acidentes, como
utilizar táxis e sair junto a não “alcoólicos”. Nessa
perspectiva, será possível desmistificar a máxima de Hobbes
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e ter, socialmente, um povo consciente.
Atenção!!!
Não se esqueça de que, antes de tudo, você precisa
organizar as suas ideias centrais em cada parágrafo
para, entre outras coisas, não fugir do tema e não ser
repetitivo. Siga o esquema abaixo.
1º PASSO – Estruturação de ideias centrais
1º Parágrafo: TESE (ponto de vista)
- Introdução
- Contextualização
- Ponto de vista
A tese nada mais é do que a exposição do seu ponto de vista
junto ao direcionamento textual da sua redação, logo deve ser
claro, objetivo e direto, o que não significa pequeno e superficial.
Uma média de seis linhas é suficiente. Você já estudou várias teses
e suas diversas formas, mas não se esqueça de que ela é o ponto de
partida da sua redação e, por isso, deve ser bem feita para que
haja interesse pelo seu texto.
2º Parágrafo: ARGUMENTO I
Ponto de vista +
Fato/Pensamento/Intertextualidade/Notícia/ Exemplo...
3º Parágrafo: ARGUMENTO II
Fato/Pensamento/Intertextualidade/Notícia/ Exemplo...
+ Ponto de vista
4º Parágrafo: ARGUMENTO II
Fato/Pensamento/Intertextualidade/Notícia/Exemplo...
+ Ponto de vista
Os argumentos servem para defender, para representar
o seu ponto de vista. Argumentar é persuadir, é tentar
convencer alguém através de métodos diversos de que a sua
tese é válida. Ou seja, validar a tese depende de argumentos
convincentes, bem escritos, bem coesos (articulados) e,
acima de tudo, DENTRO DO TEMA. É muito comum alunos
se utilizarem de vários exemplos, o que não é
necessariamente ruim, mas não deve ser exagerado. Deve
haver um bom senso para entender que exemplos não
falam por si só, o foco dos parágrafos de argumentação
devem ser, de fato, os argumentos, e os exemplos devem
servir de forma a reforçá-los.
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CUIDADO!!! Os argumentos sempre devem estar
acompanhados de um ponto de vista, ou seja, o porquê
de ele estar ali reforçando a ideia central/tese.
5º Parágrafo:
CONCLUSÃO (proposta de intervenção)
Retomada da tese
Proposta de solução
Conclusão
OBSERVAÇÃO
A sua redação pode ter quatro ou cinco parágrafos.
Estruturação temática
EXEMPLO
A cada parágrafo a ideia central foi colocada.
Não necessariamente o “esqueleto” das ideias estará na
redação; somente as ideias centrais para que o texto
seja, posteriormente, escrito.
TEMA: “Até que ponto o apoio à Copa do
Mundo e, por conseguinte, à seleção
brasileira se relaciona com o conceito de
patriotismo?
TESE (1º parágrafo): O conceito de patriotismo está
ligado ao orgulho de alguém por seu país de origem, o
que nada tem a ver com um evento, seja ele qual for.
POR QUÊ?
ARGUMENTO 1: A Copa do Mundo acontecerá no
Brasil, mas, na prática, não é dos brasileiros, pois
muitos não têm acesso.
ARGUMENTO 2: Há muitas questões mal resolvidas
no país, e o patriotismo se revela em querer resolver o
que trará mais desenvolvimento ao povo em sua
totalidade, como saúde e educação.
ARGUMENTO 3: Ser patriota é participar da decisões
mais importantes de uma nação, algo que, em países
democráticos como o Brasil, acontece por meio do voto.
CONCLUSÃO  Propostas de Solução
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Sociedade: Faça mais ou menos 2 propostas
1) Pesquisar candidatos antes de escolher em quem votar;
2) Acompanhar o andamento do mandato dos responsáveis pelo
país, pelo seu estado, pela sua cidade e pelo seu bairro;
3) Valorizar a cultura nacional incentivando ...
(Como? Por quê? Para quê?)
Governo: Faça mais ou menos 3 propostas
 Investir em educação política
 Incluir nas escolas ...
 Criar leis de incentivo ...
 Favorecer o acesso ...
 Valorizar a cultura do país ...
Não se esqueça de que todas as propostas de
solução/intervenção feitas no seu texto devem ser
aplicáveis, ou seja, devem ser práticas. Não adianta
propor conscientização se você não explicar como
essa conscientização deve acontecer.
O QUE DEVE SER FEITO?
QUEM VAI FAZER?
COMO SERÁ FEITO?
 Por que será feito?
 Qual o objetivo?
 Quais serão as consequências?
Ao pensar dessa maneira, as suas propostas atingirão
a pontuação máxima. Atente a isso!!!
Ao criar uma cultura de estruturação das
ideias centrais, você estará pronto para qualquer
redação, pois, assim, as possibilidades de fuga do tema
e repetição de ideias serão diminutas, já que, antes de
escrever, as ideias já estarão devidamente
selecionadas. Pense nisso.
Agora, analise mais redações e preste
atenção aos conectivos e à forma como a
conexão/fluências de ideias é feita.
Português
TEMA I
Importância da participação política a fim de atenuar as desigualdades
A causa de praticamente todos os problemas
existentes em uma sociedade reside na desigualdade
premente em um grupo social. Obviamente, encontrar
soluções para tal questão se torna mister em um
mundo no qual impera uma ideologia capitalista
voltada, somente, para interesses individuais em
detrimentos dos coletivos. Nesse contexto, vale a
máxima de Thomas Hobbes: “o homem é o lobo do
próprio homem.”
Viver em um país no qual os índices de
analfabetismo são altíssimos explica muito claramente
o porquê de a classe política continuar indiferente à
qualidade de vida povo, mesmo que este não seja o
discurso oficial. Desse contexto, infere-se que, como
não há uma conformidade com os ideais
democráticos, pouco tem, de fato, melhorado, e o pior:
esse pouco não resolve os problemas sociais
definitivamente.
Ademais, é de conhecimento geral a
ineficiência do poder público para resolver os
problemas dos cidadãos mais humildes, visto que, à
medida que o país cresce, cresce também, juntamente
a isso, uma maior desigualdade. Faz-se necessário
ainda dizer que a história mostra que somente
mudanças estruturais podem gerar efeitos benéficos
para o todo, vide os efeitos não só locais, mas
mundiais da Revolução Francesa.
Resta à sociedade, por conseguinte, entender
a importância de se escolher melhor os seus
representantes, de investigar em quem se vota e de
fiscalizar os seus governantes, pois estes são os
princípios de uma democracia funcional. Com isso, de
certa forma, poderar-se-á dizer que a desigualdade,
mesmo que não seja extinta, será atenuada, mesmo
em um mundo capitalista e individualista, pois a
população não precisa mais de propostas, mas de
soluções. Assim, quem sabe, a máxima de Thomas
Hobbes poderá deixar de ser uma definição para a
raça humana.
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 TEMA II
O que é ser brasileiro?
Índios, negros, portugueses, europeus em
geral. Essa histórica Torre de Babel ilustra com clareza
o que pode definir um brasileiro: um povo miscigenado
a partir de raízes diversas. O que se vê no atual
cenário brasileiro é um homem que vive cercado de
culturas, costumes e conceitos definidos a partir da
convivência quase que pacífica prevalente no Brasil.
Nesse contexto, perceber que as diferenças são o que
nos torna singulares é entender o que é, de fato, ser
um cidadão brasileiro.
É visível em nossa sociedade que as formas
de se relacionar foram se modificando, mas a
aceitação ao próximo, independente da raça, credo,
cultura ou região sempre foi uma marca da nação
brasileira. Com isso, não só o povo, mas também o
país se fortificou econômica e socialmente e mostrou
ao mundo que uma fusão de interesses comuns pode
fazer a diferença.
A somar-se a isso, faz-se necessário frisar que
tais relações sociais se fortificaram em demasia a
partir da chegada da Família Real no Brasil, pois
muitas mudanças em todos os âmbitos do país foram
acontecendo. Claro, a desigualdade ainda existe,
como naquela época, mas esquecer de fatos
marcantes como a Abolição da Escravidão, a
Proclamação da República e, principalmente a
Independência do Brasil, consequências diretas de tal
acontecimento histórico, é negar a história e rejeitar os
fatos, os quais, obviamente, fizeram com que o
brasileiro pudesse exercer, de fato, a sua
nacionalidade.
Cabe à sociedade, portanto, entender a
importância da valorização de uma nação para a
solidificação de um conceito de pátria, o qual faz a
diferença. Não basta somente ir às ruas protestar por
melhores condições, mas modificar, primeiramente, a
forma de pensar é a melhor maneira para se crescer.
Nesse contexto, valorizar a educação criando
cidadãos críticos com relação às questões sociais é o
primeiro passo para que o ser brasileiro seja um
motivo de orgulho nacional e as culturas que aqui
coexistem sejam fortes o suficiente para alavancar
cada vez mais o país, mostrando que as disparidades,
apesar de problemáticas, aqui, são os nossos trunfos.
TEMA III
Valor da família em mundo globalizado
O sentido da vida, tão almejado pelo homem,
nunca foi tão discutido atualmente. O vazio existencial
acentuado pelo capitalismo exacerbado do século XXI
e a perda das relações interpessoais em detrimento da
disputa por um lugar ao sol só reforçam o quanto a
família, conquanto pareça um lugar-comum, possui um
poder transformador em uma sociedade pautada no
eu.
É visível no atual modo de vida dos seres
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humanos um egocentrismo alimentado por ideologias
voltadas somente ao dinheiro e às conquistas,
pseudo-ideais de felicidade. Paradoxalemente, quanto
mais o homem se aproxima dos seus objetivos, mais
infeliz e incompleto parece estar, mostrando que não é
a quantidade de pessoas, dinheiro e reconhecimento à
sua volta que define o bem-estar, mas a qualidade
dessas relações/conquistas. Nesse contexto, no qual
muitos valorizam o ter ao invés do ser, poucos são
aqueles que possuem um refúgio para os seus
problemas.
Dessa forma, com isso, muitos têm perdido
seus referenciais, perdido suas identidades, deixando
de ser socialmente completos. É claro que ninguém
busca a infelicidade, mas é óbvio que a falta de tempo
para se construir relações duradouras só poderia
resultar nisso. Aumento de consumo da classe C,
facilidade de crédito, formas de aquisição de capitais
inúmeras, opções variadas de lazer; tudo,
infelizmente, tem feito do homem um fantoche de seus
próprios interesses, condicionando-o a ser aquilo que
o mundo idealiza nele.
Resta à sociedade, por conseguinte, entender
que as relações interpessoais dentro de um ambiente
familiar são o sustentáculo não só de uma sociedade
evoluída, mas de um homem melhor. Criar
mecanismos de diminuição da jornada de trabalho e
mostrar, na escola, que a construção de um lar são
formas de desenvolvimento que se mostram os
primeiro passos a fim de que nos desviemos do
tortuoso futuro que nos espera, mostrando que o vazio
pode ser preenchido com uma simples ideia: família.
TEMA IV
Importância da educação?
Falta de perspectiva. Essa expressão resume
a ideologia de vida de um homem sem educação.
Falta de possibilidades. Isso mostra a infeliz realidade
da maioria dos brasileiros que, mal instruídos, revelam
o maior paradoxo da sociedade moderna: Brasil entre
as dez maiores economias do mundo e um dos piores
no IDH – Índice de Desenvolvimento Humano,
ocupando a 84ª posição. A educação é a égide de
uma sociedade desenvolvida, apesar de alguns
entendem que só a questão econômica seja suficiente
para demonstrar isso.
Antes de mais nada, é cediço que a plenitude
do desenvolvimento e permanência de efeitos
positivos em uma nação depende, quase que
exclusivamente, da forma pela qual os bens, mesmo
que não sejam tantos, são administrados. Não adianta
haver crescimento econômico quando não há
planejamento e boa distribuição de tais benesses a
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todos. Tal questão não é novidade no Brasil, vide a
época de JK.
Diante disso, ignorar os efeitos positivos de
um povo instruído é pensar somente no hoje, deixando
de lado ideais importantes para a perpetuação dos
bons períodos econômicos. Para que
desenvolvimento, uma palavra tão abrangente, é
preciso mais que dinheiro, é preciso cuidado com o
povo e inteligência a fim de conseguir isso, alvos
alcançados facilmente por países desenvolvidos, ou
melhor, educados, instruídos.
A fim de que se alcance o tão sonhado e
verdadeiro desenvolvimento, resta à sociedade, por
conseguinte, valorizar de verdade a educação, pois
somente ela é capaz de diminuir as desigualdades e
criar condições de crescimento de uma nação. Para
isso, não bastam promessas, mas realizações, como
investimento maior no ensino público, valorização de
professores e criação de mecanismos geradores de
conhecimento, os quais, em curto prazo, normalmente,
geram resultados. Assim sendo, será fácil identificar,
no Brasil, um país, de fato, desenvolvido.
TEMA V
Sistema de cotas
A fim de diminuir o abismo existente entre as
classes, as cotas para ingresso nas universidades
federais foram criadas. Não é possível discutir a
intenção, que até parece boa, mas a motivação para
tal medida é o que mais gera indignação. Um país
como o Brasil, rico e com imensas possibilidades,
precisar da criação de cotas para que pessoas iguais
possam ingressar na faculdade de modo diferente é
um atestado da ineficiência do Estado em todos os
âmbitos.
É de conhecimento geral que as pessoas que
visam ao sistema de cotas não gostariam de
necessitar dele, uma vez que, mesmo estando em
nível de igualdade dentro do ambiente acadêmico,
muitas vezes, sofrem preconceitos e discriminação de
colegas. Claro, muitos dos que entram
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universidade conseguem, com muito esforço,
acompanhar o conteúdo, vários deles, porém, por falta
de base educacional, abandonam o curso ou não o
acompanham, deixando claro que a falta de base é
raiz de todos os problemas brasileiros.
haja Ainda é preciso dizer sobre tal assunto que,
apesar de haver vozes dissonantes acerca do sistema
de cotas, a causa desse problema é histórica e tem
total ligação com as nossas raízes coloniais, as quais,
mesmo trazendo benefícios como uma convivência
pacífica, também trouxeram consigo a desigualdade
prevalente do Brasil atual. A falta de uma educação de
qualidade é o motivo de tudo isso.
Auxiliar não é prejudicar. Nesse contexto, cabe
à sociedade, por conseguinte, garantir condições de
ingresso na universidade por meios dignos a todos,
pela “porta da frente”, não com concessões que criam
uma divisão maior que a desigualdade já existente no
país. Ademais, facilitar a vida dos vestibulandos com a
criação de pré-vestibulares comunitários juntamente à
valorização da educação básica é ter a certeza de
que, na pior das hipóteses, em médio prazo, todos
poderão ter condições de competir igualmente, uma
vez que, na parte intelectual, tal distinção nunca
existiu.
Agora, treine com temas importantes e que podem aparecer nos
principais vestibulares do país. Mãos à obra!
Tema 1: Os idosos e o direito à assistência pública em meio ao
liberalismo econômico.
Tema 2: O indivíduo frente à ética nacional
Tema 3: O trabalho na construção da dignidade humana
Tema 4: Língua Portuguesa: herança, memória e criação
Tema 5: Incivilidades no cotidiano
Tema 6: Déficit de professores no Brasil
Tema 7: O papel da mídia na sociedade brasileira
Tema 8: Os protestos e seu contexto histórico
Tema 9: A autoajuda é mito ou realidade?
Tema 10: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI
Professor Vítor Miranda – vitorpm@gmail.com
na
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