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EDUCAÇÃO I
Psicologia da
EDUCAÇÃO I
FLORIANÓPOLIS
CEAD/UDESC/UAB
Copyright © CEAD/UDESC/UAB 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição
Psicologia da Educação I
Caderno Pedagógico
1ª edição
Florianópolis
2011
Professor autor
Jaime Bezerra do Monte
Design instrucional
Ana Cláudia Taú
Professora parecerista
Enira Terezinha Braghirolli Damin
Projeto instrucional
Ana Cláudia Taú
Carmen Maria Cipriani Pandini
Roberta de Fátima Martins
Diagramação
Elisa Conceição da Silva Rosa
Revisão de texto
Roberta de Fátima Martins
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-64210-20-2
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Programando os estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Receba-o como mais um recurso para a sua aprendizagem, realize seus estudos
de modo orientado e sistemático, dedicando um tempo diário à leitura. Anote
e problematize o conteúdo com sua prática e com as demais disciplinas que irá
cursar. Faça leituras complementares, conforme sugestões e realize as atividades
propostas.
Bons estudos!
Equipe CEAD\UDESC\UAB
Introdução
Prezado(a) acadêmico(a),
Acreditamos que dessa forma você estará preparado para entender, discutir e
aplicar no dia a dia de seu trabalho como educador as principais temáticas que
envolvem a Psicologia.
Ementa
Objetivos da disciplina
Geral
Compreender a evolução da Psicologia científica e suas diferentes abordagens
teóricas. A finalidade é possibilitar ao educando a apropriação do conhecimento
psicológico com vistas a sua aplicação no contexto escolar.
Específicos
»» Descrever a evolução da psicologia científica.
»» Diferenciar o conhecimento científico do conhecimento de senso
comum.
Carga horária
54 horas/aula.
Conteúdo da disciplina
Veja, a seguir, a organização didática da disciplina, distribuída em capítulos,
os quais são subdivididos em seções, com seus respectivos objetivos de
aprendizagem. Leia-os com atenção, pois correspondem ao conteúdo que deve
ser apropriado por você e faz parte do seu processo formativo.
12
Capítulos de estudo: 4
13
CAPÍTULO
Seções de estudo
Seção 1 – A evolução da Psicologia Científica
Seção 2 - O estruturalismo e o funcionalismo na Psicologia
Seção 3 – Concepções inatista e ambientalista na Psicologia
Seção 4 - A Psicologia e os processos psicológicos básicos
Iniciando o estudo do capítulo
A Psicologia, assim como as outras ciências, estrutura o seu conhecimento
sobre o consenso do que é fazer ciência, do como fazer ciência e qual a
finalidade do conhecimento científico. Nem sempre foi dessa maneira,
houve um tempo em que o conhecimento não era categorizado como
científico. Nesse tempo, o conhecimento sobre os fenômenos psicológicos
estava misturado ao misticismo, às crenças e à cultura de modo geral.
CAPÍTULO 1
um pano e colocar sobre a barriga do bebê com cólica, como forma de
tratamento. O conhecimento de senso comum também pode ser visto na
ação daquelas pessoas, que detém conhecimento sobre o poder de cura
das ervas, que fazem rezas e benzeduras com finalidade terapêutica. Todas
essas manifestações de sabedoria popular são consideradas conhecimento
de senso comum.
19
CAPÍTULO 1
A Psicologia não se tornou uma ciência da noite para o dia. Até atingir esse
status, a Psicologia passou por várias etapas. Em cada etapa, ao longo da
história da Humanidade, a Psicologia se organizou de uma determinada
forma.
CAPÍTULO 1
»» O Período Teocêntrico, ocorrido no final da Idade Antiga.
Marcado pela ascensão do Cristianismo. Esse período tem como
característica principal a ideia de Deus como centro do universo,
sendo, então, todas as explicações dadas por meio da fé.
21
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 1
Seção 2 - O estruturalismo e o funcionalismo na Psicologia
Objetivo de aprendizagem
23
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 1
Seção 3 - Concepção inatista e ambientalista na
Psicologia
Objetivo da aprendizagem
25
CAPÍTULO 1
O filósofo Descartes (1596 – 1650), também afirmou que temos ideias inatas.
Para ele, as ideias inatas fazem parte da natureza humana. Para Descartes,
o ser humano também é dotado de ideias derivadas, que são aquelas
provenientes do nosso contato com o meio ambiente, social e histórico.
CAPÍTULO 1
Segundo o filósofo Aristóteles (384 - 322 a.C.), o homem conhece e
Conhecimento empírico
aprende por meio dos órgãos dos sentidos: visão, gustação, audição, é aquele conhecimento
olfato e sensação. Dessa forma, órgãos dos sentidos captam os elementos que vem da experiência do
dispostos no meio ambiente e os transformam em aprendizagens, em sujeito, da prática cotidiana.
Podemos dizer que um
conhecimento. Alguns filósofos como: John Locke, Thomas Hobbes e professor com formação em
Francis Bacon acreditam que o conhecimento é empírico e compartilham magistério, que ainda não fez
do pensamento de Aristóteles. o curso de pedagogia, possui
um conhecimento pedagó-
gico empírico, vindo da sua
Jonh Locke (1632 – 1704), famoso pensador inglês, levou mais de 20 anos prática profissional no dia a
para responder a seguinte questão: “como conhecemos?”. De acordo com dia da escola.
Locke, no momento do nascimento, nossa mente é uma “tabula rasa”,
como uma folha de papel em branco. A atividade mental de conhecimento
é iniciada com a experiência sensorial, no meio ambiente. Para ele a
experiência é a fonte de conhecimento.
27
CAPÍTULO 1
»» sensação e percepção ;
»» atenção;
»» memória;
»» pensamento;
»» linguagem;
»» emoções;
»» sentimentos.
CAPÍTULO 1
sofrem influência do meio social e cultural e a relação de interação do
homem com o contexto constitui e organiza o seu psiquismo. A maneira
como cada pessoa internaliza as experiências vividas e como essas
experiências influenciam no comportamento de cada um constitue as
particularidades de cada pessoa.
Sensação e percepção
29
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 1
O desenvolvimento da percepção do sujeito está relacionado às
experiências vividas por ele, tanto no contexto social quanto geográfico;
está relacionado também à educação e ao trabalho ao longo da vida.
Atenção
31
CAPÍTULO 1
Memória
CAPÍTULO 1
a outras informações como: ideias, sentimentos, conhecimento e
lembranças.
Pensamento
33
CAPÍTULO 1
Linguagem
CAPÍTULO 1
Por exemplo, quando a criança está com sede chama de “água”
todo e qualquer tipo de líquido. Aos poucos a palavra de desloca do
plano da necessidade e passa ser relacionada aos diferentes tipos
de líquido acessível à criança em seu meio social. Em seguida, a
criança relaciona duas ou três palavras que a levam a formar frases
simples e evolui para frases mais complexas.
Emoção
35
CAPÍTULO 1
Síntese do capítulo
CAPÍTULO 1
Atividades de aprendizagem
Aprenda mais...
Para saber mais sobre o conteúdo estudado neste capitulo você poderá ler o
livro:
37
CAPÍTULO
Seções de estudo
Seção 1 – O condicionamento clássico de Pavlov
Seção 2 – O condicionamento operante de Skinner
Seção 3 – Gestalt: Psicologia da Forma
Iniciando o estudo do capítulo
Nesse capítulo, você estudará as principais escolas psicológicas. A partir
do momento que a Psicologia adquiriu o status de ciência, em várias
partes do mundo foram realizados estudos com a finalidade de entender o
psiquismo. Você verá que o Behaviorismo surgiu nos EUA e no Brasil ficou
conhecido como psicologia do comportamento. Essa escola psicológica
tem como objeto de estudo a relação do organismo com os estímulos do
meio ambiente.
CAPÍTULO 2
Considera-se como uma escola psicológica a adesão de um grupo
de pesquisadores por uma forma de explorar o objeto de estudo, por
meio da reunião e sistematização de pressupostos teóricos, que unidos
formam uma linha de pensamento com método de pesquisa particular.
43
CAPÍTULO 2
Ivan Petrovich Pavlov foi um famoso fisiologista russo que nasceu na Cidade de Ryazan, na Rússia
Central, em 14 de setembro de 1849 e faleceu em 1936, em Leninegrado, atual São Petersburgo.
Embora tenha iniciado seus estudos em um seminário, acabou por renunciar à carreira religiosa e
formou-se na Universidade de São Petersburgo, na área de Ciências e Medicina. Pavlov foi diretor
do Departamento de Fisiologia do Instituto de Medicina Experimental dessa Universidade, onde
iniciou as suas pesquisas.
Pavlov, em seu laboratório, realizava pesquisas sobre os processos digestivos. Para alcançar o
seu objetivo alimentava os animais que utilizava em suas experiências todos os dias. Certo dia
observou que os cachorros utilizados em suas pesquisas salivavam ao ouvir os passos do tratador,
no momento em que o tratador iria dar-lhes comida. As reações dos cães colocaram Pavlov diante
de um dilema: a salivação dos cachorros, anterior a alimentação dificultavam os experimentos
sobre sucos gástricos, por outro lado, intrigaram Pavlov. O pesquisador teve então a ideia de
estudar o cérebro dos animais. Pavlov havia lido em um livro de Sechnov sobre os reflexos do
cérebro, essa leitura o motivou a pesquisar sobre o reflexo de salivar dos cães de seu laboratório.
Em 1904, Pavlov recebeu o prêmio Nobel de ciência na cidade de Estocolmo, na Suécia. Ao receber
o Nobel, Pavlov fez um discurso no qual descreveu os experimentos que estava fazendo com
cães, suas palavras despertaram o interesse de vários psicólogos, especialmente dos psicólogos
americanos.
Condicionamento Clássico
CAPÍTULO 2
Em outro momento de seu experimento, Pavlov tocou uma sineta,
esperando qualquer resposta do animal. Entretanto, o cachorro não teve
nenhuma reação. Essa sineta, apresentada ao cão, foi chamada de estímulo
neutro (EN) uma vez que não provocava nenhum tipo de resposta por
parte do animal.
45
CAPÍTULO 2
ANTES DO CONDICIONAMENTO
resposta resposta
salivação não há salivação
estímulo resposta estímulo sem resposta
incondicionado (EI) incondicionada (RI) neutro (EN) condicionada
DURANTE O CONDICIONAMENTO
resposta
emparelhamento resposta
de estímulos incondicionada (RI)
APÓS O CONDICIONAMENTO
resposta
estímulo resposta
condicionado (EC) condicionada (RC)
EI + EN = RC
EN passa a ser um EC
CAPÍTULO 2
O interesse pelos animais e o desconforto com o método introspectivo fez
com que outro pesquisador estudasse empiricamente o comportamento
de aprendizagem: Watson. Diferente de Pavlov, Watson utilizou ratos em
seus experimentos e o mais famoso experimento do pesquisador foi com
um bebê humano.
No contexto em que Watson
desenvolveu suas pesquisas
Você sabe quem foi John Watson? era permitido fazer experi-
ências com humanos. Hoje
as pesquisas com humanos
John Watson, nascido em 1878, foi um psicólogo americano fundador da corrente behaviorista, precisam passar por um co-
dentro da Psicologia. O pai, violento e desordeiro, abandonou a família quando Watson tinha mitê de ética das universida-
13 anos. Era ambicioso e persistente e apesar de pobre conseguiu entrar para a Universidade des que avalia e determina
Furman, aos 16 anos. Recebeu o diploma de mestre após cinco anos de estudos, ingressando se é possível a realização do
posteriormente na Universidade de Chicago para doutorar-se em Psicologia, em 1903. Mais experimento.
cinco anos e foi nomeado professor de Psicologia Experimental e comparada na Universidade
Johns Hopkins, em Baltimore.
Watson estudou as descobertas feitas por Ivan Pavlov, na mesma época de seu doutoramento,
e desenvolveu pesquisas semelhantes em biologia, fisiologia e comportamento de animais.
Estudou também o comportamento da criança, concluindo que o comportamento humano
era, sob muitos aspectos, semelhante ao comportamento animal. Foi com base nesta
constatação e inspirado pelas descobertas de Pavlov, que Watson inaugurou, dentro da
Psicologia, a corrente que ficou conhecida por Behaviorismo (Comportamentalismo).
47
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 2
Você estudou o trabalho de Pavlov sobre o condicionamento respondente
e como acontece a aprendizagem por associação. Viu também um exemplo
do condicionamento de Pavlov na escola. A seguir, você estudará outra
forma de condicionamento realizada por um pesquisador nos EUA.
49
CAPÍTULO 2
Reforço Positivo
O caso Pedro
Pedro tem nove anos, seu comportamento em sala de aula atrapalha o trabalho do
professor(a). Pedro não faz as tarefas propostas pelo professor, caminha pela sala e conversa
muito durante a aula. O ano letivo transcorre e Pedro não consegue realizar aprendizagens
significativas. O professor decide pedir ajuda ao psicólogo(a) da escola.
O psicólogo observa o comportamento de Pedro e percebe que ele se sente inseguro ao ler
qualquer tipo de texto. O psicólogo decide auxiliar Pedro através do uso do reforço positivo.
A cada leitura bem sucedida o psicólogo o elogia e em seguida lhe dá um prêmio.
Após vários dias de trabalho com o psicólogo, Pedro deixa de apresentar o comportamento
de insegurança em relação à leitura e melhora significativamente seu comportamento em
sala de aula.
CAPÍTULO 2
Muitas vezes no nosso dia a dia, reforçamos comportamentos que nem
sempre são desejados, por exemplo: uma criança em um supermercado
chora e grita ao ver o seu doce preferido, a mãe para evitar o constrangimento
acaba por comprar o doce para a criança com a finalidade de acalmá-
la. Sem se dar conta, a mãe reforçou o comportamento de choro e grito
apresentado pela criança.
Reforço Negativo
51
CAPÍTULO 2
Punição
A caixa de Skinner
CAPÍTULO 2
vezes, até que o rato associa o som da sineta com a liberação da água.
Nesse momento do experimento, o rato pode estar em qualquer ponto da
caixa e ao ouvir o som da sineta o rato se dirige exatamente ao ponto em
que é liberada a água.
Auto-falante
Luzes sinalizadoras
Alavanca
Tubo
alimentador
Alimento
Grade elétrica
Gerador de choque
53
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 2
Seção 3 - Gestalt: Psicologia da forma
Objetivo de aprendizagem
55
CAPÍTULO 2
outra luz, por isso, tem-se a ideia de deslocamento, gerando uma ilusão de
ótica.
CAPÍTULO 2
A psicologia da Gestalt afirma que a percepção se configura a partir de
alguns princípios fundamentais:
»» princípio de proximidade;
»» princípio de fechamento;
»» princípio de semelhança;
»» a relação figura/fundo.
Dizer “o todo é mais que a soma das partes”, significa dizer que quando
observamos um objeto, tendemos a perceber a totalidade desse. A primeira
vista, não percebemos os detalhes e as partes que o compõem, por isso,
interpretamos o objeto de uma forma e quando lançamos um olhar mais
minucioso sobre o mesmo, este adquire outro sentido para nós.
57
CAPÍTULO 2
Observe que os elementos mais próximos tendem a ser agrupados por isso
vemos três colunas e não três linhas.
CAPÍTULO 2
Figura 2.9 – Exemplo de princípio de semelhança
59
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 2
O trabalho do professor consiste em auxiliar o aluno, a reorganizar seu
campo perceptual, a partir do conteúdo ensinado.
A escola da Gestalt, no contexto escolar, sofre muitas críticas por parte dos
educadores. Para alguns educadores, a super valorização da individualidade
do sujeito desfavorece o processo de ensino-aprendizagem, porque não
permite a realização de atividades escolares em grupo ou em pares etc.
Outro aspecto negativo é que o insight, por parte do aluno, depende do
seu conhecimento prévio e não é papel da escola trabalhar os pré-requisitos
para aprendizagem. Essa bagagem a criança tem que trazer de casa e está
relacionada a sua maturação nervosa. Se o aluno apresentar problemas de
aprendizagem, não há o que fazer no contexto escolar.
Síntese do capítulo
61
CAPÍTULO 2
Atividades de aprendizagem
CAPÍTULO 2
2. Você estudou o Behaviorismo. De acordo com seus estudos sobre
o Behaviorismo, assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que
corresponde ao experimento de Skinner.
Aprenda mais...
Para saber mais sobre o conteúdo estudado neste capitulo você poderá ler o
livro:
ATKINSON, R. L.; ATKINSON, R. C.; SMITH, E. E.; BEM, D. J.; NOLEN- HOEKSEMA,
S. Introdução à Psicologia de Hilgard. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.
63
CAPÍTULO
Seções de estudo
Seção 1 – Princípios da Psicanálise
Seção 2 – Desenvolvimento psicossexual de acordo com a
Psicanálise
CAPÍTULO 3
Antes de estudar a teoria de Carl Rogers é importante você entender o que
é a Psicanálise de Sigmund Freud.
Após trabalhar com Charcot, Freud retorna a Viena e passa a trabalhar com
outro médico: Dr. Josef Breuer (1842-1925). Breuer, assim como Charcot,
também realizava pesquisas com a hipnose. Em seu trabalho com pacientes
histéricos, Breuer avançou em direção ao que viria ser a Psicanálise.
O caso mais famoso de Breuer foi o de uma paciente que padecia fisicamente
em virtude de uma neurose histérica. A paciente foi chamada de “Ana O”,
para preservar sua identidade. Em uma das consultas de rotina, Breuer,
O nome da paciente
por meio da hipnose, colocou Ana em um estado de sonambulismo como era Ana O, é assim que
se tivesse usado tranquilizante. Nesse estado, a paciente passou a narrar aparece na literatura
fatos passados que lhe foram dolorosos e a marcaram profundamente. psicanalítica.
Os episódios narrados por Ana, no estado de sonambulismo hipnótico,
não lhe eram conscientes. Por isso, quando Ana voltava da hipnose não
se lembrava de nada que havia acontecido durante a sessão, por isso a
hipnose foi abandonada.
69
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3
no inconsciente movimenta-se em direção à consciência e apresenta-se de
forma simbólica nos sonhos e aparecem nos “atos falhos” do paciente. O
ato falho nada mais é que o conteúdo inconsciente que aparece na fala da
pessoa sem que ela tenha a intenção de comunicar o que foi dito.
Exemplo
Id
71
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3
ou a mamadeira, diminui a tensão gradativamente, aumenta o estado de
conforto gerando prazer que o acalma.
Ego
Superego
CONSCIÊNCIA
73
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3
fator que estremeceu os pilares da sociedade médica e da população em
geral foi a afirmação de Freud sobre a sexualidade da criança, para ele a
criança é sexuada. De acordo com Freud, o prazer erótico está presente
desde o nascimento do sujeito e que sua manifestação ocorre a partir dos
primeiros dias de vida.
Você estudou que o aparelho psíquico é dinâmico e suas partes (id, ego
e superego) estão em interação constante. A energia que mobiliza o
conteúdo psicológico é chamada de libido e sua fonte é o id.
75
CAPÍTULO 3
Fase oral
Fase anal
CAPÍTULO 3
que nessa fase, ocorre a maturação biológica dos músculos anais (esfíncter)
e das musculaturas de base que favorecem a mobilidade da criança, ela
coordena suas ações e torna-se mais independente.
A criança sente prazer ao evacuar. É dada uma atenção especial para o “fazer
cocô”. Nesse período, a criança passa pelo treino de toalete e os adultos
dão atenção especial ao momento em que a criança irá evacuar. Por outro
lado, a criança se depara com um produto que é seu, nesse sentido as
fezes tornam-se muito importantes para criança. A valorização do produto
criado pela criança e a valorização social são elementos que estruturam
as fantasias do infante. Ela “imagina” que seu produto é importante para
todos, e durante o treino de toalete ela o oferece como recompensa a um
ambiente agradável. Se o ambiente for desagradável, a criança se recusa a
oferecer o seu produto às pessoas, podendo então reter as fezes.
77
CAPÍTULO 3
Fase fálica
CAPÍTULO 3
Nessa fase, a tensão e o conflito estão relacionados às relações afetivas que
a criança estabelece com seus pais. É nesse momento que a criança vive o
que Freud chamou de “complexo de Édipo”.
79
CAPÍTULO 3
Fase de latência
CAPÍTULO 3
Cabe observar, que na fase de latência a criança tem curiosidade sobre
o corpo do adulto, busca outros recursos afetivos para solucionar os
seus problemas e por isso fica vulnerável à sedução do adulto. Embora
a criança seja independente e circule sozinha pela vizinhança é um
período que exige atenção e cuidado.
Fase genital
81
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3
ótica da moral e passou a ser encarada como um processo natural, com
manifestações em correspondência à fase do desenvolvimento psicossexual
da criança. Isso levou os educadores a encarar a sexualidade da criança
como objeto da educação, a sexualidade passou a pertencer ao campo de
estudo da educação.
Você estudará agora a teoria de Carl Rogers (1902 - 1987). Esta teoria
apresenta diferenças marcantes em relação às outras teorias psicológicas.
Rogers não usou o método introspectivo e não entende o homem como um
produto dos estímulos do meio. Ele tem uma compreensão de consciência
diferente da compreensão de Freud.
83
CAPÍTULO 3
De certa forma, podemos dizer que o evento atual se liga aos eventos
anteriores experimentados pelo sujeito e essa ligação reconfigura o evento
externo tornando-o particular. Por isso, o psiquismo de cada sujeito é único
e confere características peculiares a cada pessoa.
CAPÍTULO 3
Para Rogers, o ser humano apresenta uma tendência natural à evolução,
como os outros animais. O homem evolui em direção a autonomia, com a
finalidade de usar todas as suas potencialidades. Para a Psicologia Humanista
o homem é um ser inacabado, um eterno vir-a-ser e seu objetivo maior, a
finalidade da vida é a auto-realização. De acordo com Rogers, o conflito
psicológico pode ser explicado nas contradições entre o que o sujeito é de
fato e seu self ideal. A teoria humanista entende o self ideal como outra
instância psicológica.
85
CAPÍTULO 3
Congruência
CAPÍTULO 3
o que a pessoa sente, o que ela faz e o seu self ideal a probabilidade para
ela desenvolver uma doença psicológica diminui.
Incongruência
87
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3
Seção 4 - Educar de acordo com a Teoria Humanista
Objetivos de aprendizagem
89
CAPÍTULO 3
Síntese do capítulo
CAPÍTULO 3
Você pode anotar síntese do seu processo de estudo nas linhas a
seguir:
Atividades de aprendizagem
91
CAPÍTULO 3
Aprenda mais...
Seções de estudo
Seção 1 – Movimentos educacionais e a Psicologia
Seção 2 – A Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky: nova
tendência da Psicologia e Educação
Iniciando o estudo do capítulo
CAPÍTULO 4
conhecimento por meio da autoridade do professor, o aluno era visto como
um receptáculo de informações, sendo assim, a aprendizagem consistia na
capacidade do aluno em armazenar informações. No Ensino Tradicional,
a memorização do conteúdo ensinado pelo professor era um requisito
fundamental para a verificação da aprendizagem.
Escola Nova
97
CAPÍTULO 4
Na pedagogia escolanovista, as
A expressão classe domi- diferenças de aprendizagem estão nas
nante é utilizada a partir diferenças individuais que se justificam
da teoria de Karl Marx e
designa a classe social nas diferenças sociais, étnicas e
que controla os meios cognitivas. No entanto, essa pedagogia
de produção e o sistema
econômico e político de
acabou por se restringir aos experimentos
Figura 4.1 - A Escola Nova
um país. pedagógicos que favoreceram e se
voltaram para as classes dominantes.
CAPÍTULO 4
Nesse contexto, a Psicologia realizava avaliações por meio dos testes
psicológicos. Esses testes são resultados de pesquisas científicas e somente
os psicólogos podem utilizá-los no processo de diagnóstico do sujeito. O Os testes psicológicos são
resultado desses testes eram desligados da história de vida do aluno e do instrumentos de avaliação
contexto social e cultural em que ele se desenvolvia. O resultado dos testes elaborados para medir o
funcionamento mental do
aplicados nos estudantes servia aos professores para classificar os alunos ser humano
em sala de aula.
99
CAPÍTULO 4
As Teorias Crítico-reprodutivistas
CAPÍTULO 4
Teoria Histórico-crítica
De acordo com esta corrente, o homem é visto como um ser histórico que
ao mudar sua consciência, muda também a realidade. A educação é o
instrumento que irá tirar o sujeito do estado de alienação para promover
uma nova ordem social. É nesse contexto que a Teoria Psicológica de Lev
Vygotsky adentra ao contexto educacional brasileiro.
Objetivos de aprendizagem
101
CAPÍTULO 4
Lev S. Vygotsky (1896 - 1934), foi professor e realizou pesquisas no campo da Psicologia.
Foi contemporâneo de Piaget, e nasceu e viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose,
tinha 37 anos. Vygotsky estudou arte e filologia. Suas pesquisas, na Psicologia, tiveram como
objetivo superar o dualismo cartesiano.
CAPÍTULO 4
O conhecimento mediado socialmente possibilita a aprendizagem
pelo processo de apropriação do conhecimento. Apropriação de
um conhecimento significa que o aluno incorporou o objeto desse
conhecimento e poderá operar mentalmente com esse objeto.
O Brasil é um país geograficamente imenso, por isso, não tem uma única
cultura, o que dificulta a adoção de um único referencial teórico para a
educação. A adoção de um único referencial teórico, como já aconteceu,
quando as cartilhas distribuídas pelo governo engessavam o trabalho
103
CAPÍTULO 4
Síntese do capítulo
CAPÍTULO 4
Atividades de aprendizagem
01 – Escola Nova ( ) ________________________
02 – Pedagogia Crítico-reprodutivista ( ) ________________________
03 – Ensino Tradicional ( ) ________________________
04 – Pedagogia Histórico-crítica ( ) ________________________
105
CAPÍTULO 4
Aprenda mais...
Para saber mais sobre as teorias estudadas nesse capitulo você poderá ler o
livro:
AUTOR
Jaime Bezerra do Monte
PARECERISTA
Enira Teresinha Braghirolli Damin
Capítulo 01
2. Após seus estudos sobre a Psicologia, faça uma síntese do capítulo no espaço
abaixo. Após a realização da síntese verifique com seus colegas de curso se há
consenso acerca da compreensão do capítulo.
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
110
Referências
DAVIS, Claudia; Oliveira Zilma. M.R. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez,
1994.
LIBÂNEO, José Carlos. Psicologia Educacional: uma avaliação crítica. In: LANE,
Silvia (org.) Psicologia Social – o homem em movimento. 3ª Ed. São Paulo:
Editora Brasiliense, 2001.
MACEDO, Laércio Nobre de; MACEDO, Ana Angelica Mathias; CASTRO, José
Aires de. Avaliação de um Objeto de Aprendizagem com Bases nas Teorias
Cognitivas. Departamento de Psicologia (UFPE). Rio de Janeiro: Anais do
Congresso SBC, 2007.
112
Referências das figuras
resposta resposta
salivação não há salivação
estímulo resposta estímulo sem resposta
incondicionado (EI) incondicionada (RI) neutro (EN) condicionada
DURANTE O CONDICIONAMENTO
resposta
emparelhamento resposta
de estímulos incondicionada (RI)
APÓS O CONDICIONAMENTO
resposta
estímulo resposta
condicionado (EC) condicionada (RC)
EI + EN = RC
EN passa a ser um EC
Luzes sinalizadoras
Alavanca
Tubo
alimentador
Alimento
Grade elétrica
CONSCIÊNCIA
EGO PRÉ-CONSCIENTE
INCONSCIENTE
ID
SUPEREGO
115