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13-03-2017

Direito Constitucional

Identidade da constituição- identidade transfigurada da constituição, Identidade


relacional da constituição

Identidade transfigurada da constituição- o que conduz a esta transfiguração? A


revisão constitucional por exemplo, a ideia de uma certa transição constitucional, a
mudança material da constituição permanecendo formalmente a mesma constituição,
formalmente é a de ´76 mas materialmente há uma modificação substancial.
Desenvolvimento constitucional, significa o decurso do tempo pode fazer com que
mantendo-se o texto das normas, o enunciado normativo, na revisão constitucional
ocorre uma mudança dos preceitos das normas mantendo-se a mesma constituição.
Num desenvolvimento constitucional o conteúdo das normas é o mesmo, mas o seu
sentido de aplicação é diferente. O decurso do tempo faz com que uma norma tenha
divergência aplicativa. Os fatores que conduzem à transfiguração constitucional são: o
decurso do tempo leva a que possa existir 2 normas, uma norma oficial da constituição
escrita e uma norma não oficial, constituição não oficial.
Muitas das razões que levam à transfiguração da constituição de 76.
Intervenção dos partidos políticos, são intermediários da representação politica,
integração europeia e o seu desenvolvimento, existência de cada vez mais de um
constitucionalismo transnacional, normas do ius commune constitucional. E que
manifestações existem desta constituição? Desatualização da constituição económica
é dupla: o texto que está escrito na constituição hoje nada tem a ver com o texto que
está escrito em 76 o resultado das revisões constitucionais. Presidencialismo de
primeiro ministro, primado do governo da administração pública, transformação do
estado de partidos, ou seja, estado do partido governamental. Alteração do poder
constituinte, continua na assembleia, mas na verdade é o governo na área da
integração europeia que tem os impulsos de alterar a constituição.

Identidade relacional da constituição: a constituição portuguesa não é uma obra única,


existe uma identidade racional da constituição pois relaciona-se com outras
constituições estrageiras. Gera 2 fenómenos: contágios uma constituição pode gerar
fenómenos e famílias constitucionais, ou seja, têm traços constitucionais semelhantes,
e plágio constitucional. Apesar disso estes fenómenos têm limites: a inserção
teleológica das normas, ou seja, uma norma deve ser interpretada de acordo com os
fins, os fins de uma constituição podem ser diferentes, a diferente sistemática onde se
integram as normas, a vivência constitucional, a existência de pré-compreensões, ou
seja, diferentes culturas jurídicas. Identidade exportada: é uma constituição que serve
de modelo para outras constituições estrangeiras.
Existe a influência interna, a constituição portuguesa também sofreu influências
externas da constituição francesa de 58, da constituição alemã de 49, constituição
italiana de 47, e de constituições de 67 de constituição de matriz socialista.
A organização do poder político:

Os princípios que norteiam o poder politico o que diz respeito à organização e ao


funcionamento do poder político: o principio da separação de poderes, separação que
é à luz da CRP 111º nº1, a separação de poderes é inerente ao estado de direito
democrático, não há uma, mas várias estruturas decisórias, há, todavia, núcleos
essenciais de decisão que são atribuídos a determinados órgãos. Está também ligada à
limitação dos poderes que constituí a garantia da liberdade. Tripla aceção do poder
moderador.
Equi-ordenação o principio da igualdade dos órgãos constitucionais. Hierarquia na
constituição, pluralidade de vinculações constitucionais, significa no fundo que os
órgãos constitucionais se relacionam entre si. No seu relacionamento com outros
órgãos constitucionais podem pautar-se por 3 tipos de relações: solidariedade,
identidade de propósitos, são de todas as relações politicas as mais intensas,
cooperação, estas situações pressupõem que há poderes que só podem ser exercidos
de acordo com a boa vontade de 2 ou mais órgãos. Respeito institucional, civilidade
educacional, não tem exceções nem limites. Não podem existem zonas de vazios no
exercício do poder. Principio da auto-organização interna.

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