Identidade da constituição- identidade transfigurada da constituição, Identidade
relacional da constituição
Identidade transfigurada da constituição- o que conduz a esta transfiguração? A
revisão constitucional por exemplo, a ideia de uma certa transição constitucional, a mudança material da constituição permanecendo formalmente a mesma constituição, formalmente é a de ´76 mas materialmente há uma modificação substancial. Desenvolvimento constitucional, significa o decurso do tempo pode fazer com que mantendo-se o texto das normas, o enunciado normativo, na revisão constitucional ocorre uma mudança dos preceitos das normas mantendo-se a mesma constituição. Num desenvolvimento constitucional o conteúdo das normas é o mesmo, mas o seu sentido de aplicação é diferente. O decurso do tempo faz com que uma norma tenha divergência aplicativa. Os fatores que conduzem à transfiguração constitucional são: o decurso do tempo leva a que possa existir 2 normas, uma norma oficial da constituição escrita e uma norma não oficial, constituição não oficial. Muitas das razões que levam à transfiguração da constituição de 76. Intervenção dos partidos políticos, são intermediários da representação politica, integração europeia e o seu desenvolvimento, existência de cada vez mais de um constitucionalismo transnacional, normas do ius commune constitucional. E que manifestações existem desta constituição? Desatualização da constituição económica é dupla: o texto que está escrito na constituição hoje nada tem a ver com o texto que está escrito em 76 o resultado das revisões constitucionais. Presidencialismo de primeiro ministro, primado do governo da administração pública, transformação do estado de partidos, ou seja, estado do partido governamental. Alteração do poder constituinte, continua na assembleia, mas na verdade é o governo na área da integração europeia que tem os impulsos de alterar a constituição.
Identidade relacional da constituição: a constituição portuguesa não é uma obra única,
existe uma identidade racional da constituição pois relaciona-se com outras constituições estrageiras. Gera 2 fenómenos: contágios uma constituição pode gerar fenómenos e famílias constitucionais, ou seja, têm traços constitucionais semelhantes, e plágio constitucional. Apesar disso estes fenómenos têm limites: a inserção teleológica das normas, ou seja, uma norma deve ser interpretada de acordo com os fins, os fins de uma constituição podem ser diferentes, a diferente sistemática onde se integram as normas, a vivência constitucional, a existência de pré-compreensões, ou seja, diferentes culturas jurídicas. Identidade exportada: é uma constituição que serve de modelo para outras constituições estrangeiras. Existe a influência interna, a constituição portuguesa também sofreu influências externas da constituição francesa de 58, da constituição alemã de 49, constituição italiana de 47, e de constituições de 67 de constituição de matriz socialista. A organização do poder político:
Os princípios que norteiam o poder politico o que diz respeito à organização e ao
funcionamento do poder político: o principio da separação de poderes, separação que é à luz da CRP 111º nº1, a separação de poderes é inerente ao estado de direito democrático, não há uma, mas várias estruturas decisórias, há, todavia, núcleos essenciais de decisão que são atribuídos a determinados órgãos. Está também ligada à limitação dos poderes que constituí a garantia da liberdade. Tripla aceção do poder moderador. Equi-ordenação o principio da igualdade dos órgãos constitucionais. Hierarquia na constituição, pluralidade de vinculações constitucionais, significa no fundo que os órgãos constitucionais se relacionam entre si. No seu relacionamento com outros órgãos constitucionais podem pautar-se por 3 tipos de relações: solidariedade, identidade de propósitos, são de todas as relações politicas as mais intensas, cooperação, estas situações pressupõem que há poderes que só podem ser exercidos de acordo com a boa vontade de 2 ou mais órgãos. Respeito institucional, civilidade educacional, não tem exceções nem limites. Não podem existem zonas de vazios no exercício do poder. Principio da auto-organização interna.