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ACADEMIA DE CIÊNCIAS POLICIAIS

MESTRADO PROFISSIONAL EM CIÊNCIAS


POLICIAIS
Módulo de Direito Policial

TRÁFICO DE SERES HUMANOS

Docentes Discentes:
PhD: Fernando Francisco Joel Leroy Napita
Mcs: Augusto Chabana

Michafutene, 2020
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

1.1. PROBLEMA ...................................................................................................... 4

1.2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 4

1.3. OBJECTIVOS ................................................................................................... 5

1.3.2 ESPECIFÍCOS ........................................................................................... 5

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 5

2.1. TRÁFICO HUMANO ....................................................................................... 5

2.2. CONTEXTO MOÇAMBICANO ...................................................................... 6

3. MÉTODO DE PESQUISA ....................................................................................... 8

3.1. RECOLHA DE DADOS ................................................................................... 8

3.2. TÉCNICAS DE PESQUISA ............................................................................. 9

4. O SENAMI E O TRÁFICO HUMANO ................................................................... 9

5. CONCLUSÕES ....................................................................................................... 12

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................... 13

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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho é referente a exercício prático de investigação a ser apresentado
como parte dos requisitos de avaliação no módulo de Direito Policial do curso de
Mestrado Profissional em Ciências Polícias ministrado na Academia de Ciências Polícias
da Polícia da República de Moçambique.

O tráfico humano, não consiste algo recente. Tradicionalmente, este concretizou-se


sob distintas configurações, mas no argumento da globalização, alcançou novas e
estonteantes proporções. É um fenómeno complexo, multifacetado que envolve variadas
fracções de interesse a nível institucional e comercial. Estabelece uma actividade
comercial a nível global, orientada pela procura, com um mercado enorme para mão-de-
obra barata e sexo comercial confrontado, muitas vezes, por quadros legislativos e
políticas reguladoras insuficientes ou não experimentadas e sem pessoal adequadamente
treinado para lhe fazer frente. (UNESCO, 2006)

Nesse sentido, debruça-se sobre a actuação das autoridades fronteiriças nacionais,


precisamente do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), na prevenção e controle do
tráfico de Seres humanos sendo que este fenómeno ocorre muitas vezes nos postos de
travessia onde a referida especialidade das Forças de Defesa e Segurança (FDS), está
inserida. A intenção com a realização deste trabalho, é identificar como a tradição de
circulação e migração para fins comerciais e de trabalho configura numa contribuição
para uma anuência e antecipação de movimentações não reguladas, a fim de compreender
os fatores ou causas que levam a ocorrência dos tráficos de pessoas em Moçambique.

O interesse em reflectir sobre esse tema surge no facto de Moçambique, segundo Lima
e Roda (2018), “possuir uma a vulnerabilidade das fronteiras, aliada ao envolvimento dos
funcionários dos serviços de guarda-fronteira e da migração na facilitação da passagem,
contribuem em grande medida para que o controlo da fronteira seja praticamente
inexistente”.

O principal objeto de estudo é o Serviço Nacional de Migração (SENAMI) é um


serviço público de natureza paramilitar integrado no Ministério do Interior que
superintende a área da migração. Ou seja, é o órgão de competência legal na tramitação
de documentação migratória, de modo a manter controle de entrada e saída de pessoas no
país o que coopera decisivamente para a mitigação do tráfico de pessoas.

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O método a ser adotado na presente pesquisa de forma a alcançar o os objetivos
pretendidos serão: método dedutivo baseada numa pesquisa bibliográfica e documental
de forma a explicar o fenômeno.

1.1.PROBLEMA

Nos derradeiros anos, Moçambique têm-se deparado com várias situações


susceptíveis a cenários colaborativos ao tráfico humano. De acordo com os estudos do
Centro de Integridade Pública (2011), o país é tido como um dos polos de atracção da
região austral de África, dado ao descobrimento de potenciais recursos minerais levando
a crer num prospero crescimento económico, o que contribui para a imigração ilegal.

Outro cenário contributivo é a (in)stabilidade política aliada aos recorrentes conflitos


armados e a situações vulnerabilidade econômica que têm não só seduzido sobretudo
mulheres e crianças para a procura de melhores condições na África do Sul. Perante
tamanha pressão, os Serviços de Migração passaram a ser um dos sectores mais
apetecíveis para a caça de renda ilícita por parte de seus agentes, que amiúde se esquecem
da sua função de promover a segurança nacional e procuram benefícios próprios,
alinhando em práticas que fomentam as práticas ilegais migratórias como o tráfico de
pessoas. (UNESCO, 2006)

Nesta perspectiva, o estudo a ser realizado faz alusão, em termos teóricos, as políticas
de atuação estatal de repressão e prevenção de modo a impedir na prática do tráfico de
Seres Humanos, respondendo o seguinte questionamento: quais medidas de combate e
prevenção do tráfico são adotadas para mitigação do fenómeno do tráfico humano.

1.2.JUSTIFICATIVA

O tema apresentado deriva do particular interesse que o autor demonstra na área de


segurança pública, a partir da vulnerabilidade das fronteiras aliada às fragilidades das
Forças de Defesa e Segurança (corrupção, salários baixos, entre outros), que apresentam
ao nível dos postos fronteiriços agentes dos Serviços Nacional de Migração que auxiliam
os traficantes em alguns casos.

Portanto, se justifica academicamente pelas assertivas acima descritas e


profissionalmente pelo facto, de o autor se encontrar em vínculo laboral com o Ministério
do Interior, uma instituição responsável pela segurança interna do país e também por
pertencerem a órgãos que no âmbito das atribuições e competências da Polícia, é

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responsável pela planificação, direção, coordenação e controle de todas as atividades
técnico-operativas que influenciam a ordem e segurança pública na cidade capital.

1.3.OBJECTIVOS

1.3.1. GERAL
 Analisar o Tráfico Humano a partir da perspectiva do SENAMI;

1.3.2 ESPECIFÍCOS

 Descrever o Tráfico Humano em Moçambique;


 Identificar as causas do tráfico de pessoas;
 Compreender o processo migratório em Moçambique;

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.TRÁFICO HUMANO

De acordo com Gonçalves (2011, p.55), O tráfico humano é uma das actividades mais
rentáveis da criminalidade organizada, que inclui o tráfico de seres humanos e o apoio à
imigração ilegal, existindo alguma confusão sobre os termos acima referidos, por isso, é
essencial diferencia-los.

Segundo a Unesco (2006), a definição de tráfico de pessoas acordada a nível


internacional encontra-se expressa no Protocolo da ONU para Prevenir, Suprimir e Punir
o Tráfico de Pessoas, Especialmente de Mulheres e Crianças, que Suplementa a
Convenção da ONU contra o Crime Transnacional Organizado (2000) da seguinte forma:

“O recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou


recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso de força ou
por quaisquer outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de
decepção, do abuso de autoridade ou de uma posição de
vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios
para obter o consentimento para uma pessoa ter controlo sobre
outra pessoa, para o propósito de exploração. A exploração
incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de ouros ou
outras formas de exploração sexual, trabalho ou serviços forçados,
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escravidão, servidão ou práticas semelhantes à escravidão, servidão
ou a remoção de órgãos.”

Assim sendo, o tráfico humano é o comércio de seres humanos, geralmente para


trabalho forçado, prostituição, tráfico de drogas, extração de órgãos. É proibido pela Lei
de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos.

Noutra perspetiva, a esperança de uma vida melhor (trabalho, qualidade de vida,


instabilidade politica e económica no país de origem), muitos indivíduos pedem ajuda aos
grupos criminosos para entrarem num determinado país, como uma prestação de um
serviço, sendo esta uma situação de ilegalidade, conhecida como apoio à imigração ilegal.
Inicialmente são utilizados vistos temporários de trabalho ou de férias para manter uma
situação de legalidade. Geralmente, estes indivíduos como forma de pagar as suas dívidas
(pagamento do serviço) são vítimas de extorsão, exploração sexual, escravatura,
prostituição, independente do sexo e da idade. (GONÇALVES, 2011)

Portanto, o consentimento de uma vítima de tráfico por parte das pessoas da


intencionada exploração será considerado como irrelevante onde tenham sido usados
quaisquer dos meios antes mencionados. Sendo assim, este é um dilema público e seu
apoio cinge a consecução de benefícios económicos ou de outra natureza, através da
facilitação da entrada ilegal de uma pessoa num Estado, onde ela não resida ou não seja
cidadã nacional.

2.2.CONTEXTO MOÇAMBICANO

As características socioeconómicas e geopolíticas de Moçambique fazem dele um


país de configuração embrionário e ou transitório para atividades de tráfico de seres
humanos, tanto a nível externo (emigração) como também a nível interno. O destino
principal do tráfico moçambicano de pessoas é a África do Sul, a potência económica
dessa região. No entanto, verifica-se aumento de escala do tráfico de pessoas de África
para a Europa e para o médio oriente, sugerindo que os moçambicanos, tal como muitas
outras nacionalidades africanas, também já participam desse negócio transnacional.
(LIMA & RODA, 2018).

Nesse sentido, para a Unesco (2006), Moçambique é meramente um de entre um


número estimado de 10 países da África Austral, que abastecem o mercado de tráfico de
pessoas. A recente história de conflito armado, situações extremas de deslocação e de

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perda, reconstrução, disrupção política e profundas marcas sociais, juntamente com a
geografia específica do país e a pandemia da SIDA fazem com que Moçambique seja um
alvo convidativo para o crime organizado. O impacto destes eventos sobre as mulheres e
crianças, juntamente com a discriminação sistémica de géneros e a ausência de legislação
de protecção tornam-nas particularmente expostas ao tráfico humano.

Deste modo, esta tendência de tráfico de seres humanos, à qual Moçambique se insere,
exige a definição de um quadro normativo que previna e reprima tal prática criminosa e
degradante.

O regime jurídico moçambicano definido pela A Lei de Prevenção e Combate ao


Tráfico de Seres Humanos, promulgada em 2008, estabelece, no capítulo II do artigo 10°
que comete o crime de tráfico de pessoas:

Todo aquele que recrutar, transportar, acolher, fornecer ou


receber uma pessoa, por quaisquer meios, incluindo sob pretexto
de emprego doméstico ou no estrangeiro ou formação ou
aprendizagem, para fins de prostituição, trabalho forçado,
escravatura, servidão involuntária ou servidão por dívida será
punido com pena de dezasseis a vinte anos de prisão maior.

A Organização Internacional das Migrações (OIM) estima que cerca de mil mulheres
são anualmente traficadas em táxis de Moçambique para a África do Sul e aqui usadas
como mão-de-obra nos bares e na prostituição, sendo algumas vendidas como esposas a
mineiros (OIM, 2003:60-62).

Porém, apesar da aprovação da lei n° 6/2008, constitui um passo importante do Estado


Moçambicano na busca de soluções para a prevenção e combate do tráfico de pessoas.
Entretanto, visitados vários pontos do país, fica claro que, embora importante pelo seu
conteúdo, o Estado falha por não estar a difundi-la de modo satisfatório, especialmente
entre os potenciais vítimas, populações das zonas rurais e das periferias das grandes
cidades.

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3. MÉTODO DE PESQUISA
O método é conceituado como o caminho para atingir determinado fim. Nesta senda,
configura-se na forma como o pesquisador irá proceder aos seus estudos sobre
determinado assunto, a fim de chegar ao resultado pretendido.

Método, em seu sentido geral, é a ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se
por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação
e demonstração da verdade (CERVO e BERVIAN citados por ANDRADE 2006:31).

Para a materialização desta proposta de trabalho, o autor pretende apoiar-se no


desenvolvimento de estudo de caráter descritivo aplicado, baseando-se nas análises
bibliográficas, documentais, e no modelo de investigação qualitativo e coadjuvado pelo
método quantitativo para permitir a classificação de alguns dados estatísticos. Assim
sendo, estudo irá trazer reflexões sobre as políticas de atuação estatal de repressão e
prevenção de modo a impedir na prática do tráfico de Seres Humanos em termos teóricos
e questões empíricas que mantém a temática e o objeto de pesquisa.

3.1.RECOLHA DE DADOS

A metodologia adoptada para fundamentar a ideia a ser exposta no trabalho inclui a


coleta e análise criteriosa dos dados de caráter bibliográfico e documental, dos sites
governamentais, dos relatórios e planos, artigos acadêmicos, artigos de jornais, bem como
da pesquisa de conteúdo das diplomacias legais e análise descritiva dos estudos
estatísticos realizadas pelas instituições de competência, e da percepção dos especialistas
da área temática.

O estudo vai procurar para compreender, identificar e descrever a complexidade do


problema relativamente as políticas de atuação estatal de repressão e prevenção de modo
a impedir na prática do tráfico de Seres Humanos a partir dos membros dos serviços de
migração, assim como da opinião da sociedade civil e os entendidos da matéria no caso
concreto de Moçambique.

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3.2.TÉCNICAS DE PESQUISA

Os pressupostos metodológicos nesta pesquisa vão compreender como técnicas uma


pesquisa documental e bibliográfica, pois além de representar uma fonte não reativa, nos
afasta fisicamente dos autores deste objeto em estudo, evitando influências que
eventualmente daí poderia ocorrer (GODOY, 1995)

A opção por esta técnica, é pelo facto de a maior parte da informação com
credibilidade científica existir nos relatórios e livros de ocorrências diárias registada, o
que permitirá extrair a informação chave para este propósito.

4. O SENAMI E O TRÁFICO HUMANO


Para uma melhor compreensão do fenómeno, foi feita uma análise que poderá guiar
o estudo por forma a lograr os objectivos previamente traçados, por conseguinte é
extremamente relevante a interpretação da correlação do Serviço Nacional de Migração
com o tráfico de pessoas.

De acordo com o Decreto 73/2014 de 9 de Dezembro que aprova o Estatuto Orgânico


e Organograma do Serviço Nacional de Migração, são funções gerais do SENAMI:

a) Controlar o movimento migratório através das fronteiras


nacionais;

b) Fiscalizar a permanência de cidadãos estrangeiros no


território nacional;

c) Emitir documentos de viagem para cidadãos nacionais e


estrangeiros;

d) Emitir documentos de residência para cidadãos


estrangeiros.

A ideia com este mecanismo ou instrumento legal para gerir a movimentação dos
candidatos a migração deve reduzir os incentivos para formas irregulares de
movimentação de pessoas uma vez que o tráfico de pessoas compele as populações a
considerarem a emigração como uma opção. Tráfico ilícito contempla ainda, além da
prostituição infantil, exposição de pessoas a atos pornográficos com menores ou com

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maiores, sexo forçado, estupro, violação sexual, uso de gráfica sexual, exibicionismo,
voyeurismo, etc.

No âmbito de controlo migratório, o SENAMI tem como funções específicas:

a) Proceder a gestão do movimento migratório;


b) Combate, rigorosamente, o tráfico de seres humanos,
para o trabalho forçado, exploração sexual e outros fins.
c) Proceder a autorização de entrada e saída de pessoas do
território nacional, nos postos de travessia;
d) Proceder ao controlo das áreas restritas nos postos de
travessia.

Com base, no contexto da atuação no controlo dos postos de travessia e manter


controle prévio através de todos sistemas policiais de modo a evitar o tráfico de pessoas
de forma preventiva, são funções dos Postos de Travessia:

a) Proceder ao registo e controlo de entrada e saída de


viajantes;
b) Controlar o movimento de estrangeiros e nacionais em
viaturas, autocarros de passageiros, composições
ferroviárias, embarcações, aeronaves comerciais ou de
recreio surtos nos portos e aeroportos nacionais, quando se
destinem ou provenham do estrangeiro;
c) Inspecionar passaportes e outros documentos de viagem
equiparados;
d) Emitir visto de fronteira, nos termos da lei;
e) Controlar o acesso e circulação nas áreas restritas do Posto
de Travessia;
f) Executar as medidas cautelares, deter ou reter infratores das
normas migratórias e proceder, nos termos da lei;
g) Emitir cartões de acesso e de circulação nas áreas restritas;
h) Elaborar estatísticas sobre movimento migratório.

Por outro lado, conforme reportaram as fontes, os chamados guias das travessias na
fronteira cobram valores que para atravessar viajantes sem passaporte ao longo da
fronteira. Este fato suscita suspeitas sobre a idoneidade de alguns agentes dos serviços de

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migração, afetos aos postos fronteiriços nacionais o que torna difícil combater o tráfico
humano nos Postos de travessia, com vista o alcance da Ordem, Segurança e
Tranquilidade Públicas.

O fato da existência de fronteiras facilmente penetráveis, juntamente com os


distúrbios civis e políticos, além da falta de oportunidades econômicas, asseguram um
fluxo constante, em direção a sul, tanto de migrantes legais como irregulares na África
Austral, com possível cumplicidade de policiais e guardas fronteiriços com os traficantes,
para deixar passar viajantes sem documentação regular. (Molo, 2000)

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5. CONCLUSÕES
Com a realização deste trabalho pode-se concluir que a questão do crime de Tráfico
de Seres Humanos ou tráfico de pessoas traduz-se numa grave violação dos direitos
humanos e a sua prevenção e repressão exigem necessariamente uma abordagem
multidisciplinar e medidas de apoio e protecção às vítimas, envolvendo entidades
governamentais e da sociedade civil, numa estratégia de acção conjunta.

Contudo, o crime de Tráfico de Seres Humanos é um crime complexo que apesar de


facilmente confundível e subsumível a outros tipos de crime, encerra em si mesmo um
conjunto de especificidades essenciais ao seu diagnóstico precoce e identificação.
Conhecer o crime de tráfico de pessoas passa por valorizar os indícios, admitir a
existência desta realidade, concertar esforços para a sua erradicação, e acima de tudo não
permitir que potencial vítima alguma seja tratada como um criminoso. (COSTA, 2011).

Nesse sentido, existe penúria de robustecer o controle nas fronteiras especialmente no


ponto de destino da vizinha África do Sul, incumbindo ao governo realizar investimento
tecnológico, policial, equipamentos e de tramitação de documentação migratória, de
modo a manter controle que contribuirá decisivamente para a mitigação do tráfico de
pessoas.

A melhoria do controle na saída e entrada de pessoas no país em todos os aspectos,


partindo de provimento pelo governo de recursos humanos e materiais suficientes para
evitar a movimentação de estrangeiros portadores de documentos falsos, alguns
envolvidos no tráfico de tráfico humano, que reduzirá a fragilidade do controle no
processo migratório. (LIMA & RODA, 2018).

Por fim é necessário reforçar a formação dos quadros de imposição da lei, oficiais de
imigração e alfandegários, promotores públicos e juízes, inspectores de mão-de-obra,
diplomatas e professores bem como outros oficiais relevantes à prevenção do tráfico
ilegal.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CIP, (2011). Corrupção na Direcção Nacional da Migração. Um submundo do crime
organizado. Edição n° 12, Maputo

COSTA, Joana Azevedo. (2011). TRÁFICO DE SERES HUMANOS. In verbojuridico.net


Junho de 2011.

IOM, (2003). “Seduction Sale and Slavery: Trafficking in Women and Children for sexual
exploitation in Southern Africa”.

LIMA, Mário Jorge P. e RODA, Armenio Alberto Rodrigues. (2018).


RESPONSABILIDADE DO ESTADO NA PROTEÇÃO E PREVENÇÃO DOS CRIMES
DE TRÁFICO DE PESSOAS: A SITUAÇÃO EM MOÇAMBIQUE. Revista de Direitos
Humanos em Perspectiva, v. 4, n. 1, p. 37 – 55, Salvador.

MOCAMBIQUE (2008). Lei de Base de Proteção da Criança, Lei da Organização


Jurisdicional de Menores e Lei Sobre o Tráfico de Pessoas. Central Impressora e Editora
de Maputo, Maputo.

Molo Songololo, (2000). “The trafficking of children for Purposes of Sexual Exploitation,
South Africa August”.

UNESCO, (2006), Tráfico de Pessoas, em Moçambique: Causas Principais e


Recomendações.

UNICEF, (2003).Trafficking in Human Beings, Especially Women and Children, in


Africa, Innocenti Research Centre.

Sites Visitados

http://www.jornalnoticias.co.mz/
http://www.jornalpublico-moz.com/
http://www.opais.co.mz/
http://www.pap.org.mz/
http://www.savana.co.mz/
http://www.verdade.co.mz/

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