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SE PREPARANDO PARA EMPREENDER

- IDENTIFICANDO OPORTUNIDADE

- DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIOS


- DETERMINANDO OS RECURSOS NECESSÁRIOS
- ADMINISTRAÇÂO DA EMPRESA RESULTANTE

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IDENTIFICANDO OPORTUNIDADE

Segundo Hisrich e Peters (2004, p. 54), "a oportunidade deve adequar-se às habilidades e
aos objetivos pessoais do empreendedor já que é algo que também diz respeito aos seus
interesses pessoais e deste modo o empreendedor aplicará com mais entusiasmo o seu esforço
pessoal para fazer o empreendimento avançar com sucesso". Muitos acreditam que este
desejo pelo que se está construindo pode se desenvolver com o tempo, mas comumente
ele não se realiza, destinando o empreendimento ao fracasso. O empreendedor deve
acreditar na oportunidade a ponto de fazer os sacrifícios necessários para desenvolver e
administrar a organização.

Um bom plano de análise da oportunidade inclui os seguintes itens: uma descrição


do produto ou serviço, avaliação da oportunidade, avaliação do empreendedor e
da equipe, especifi cações de todas as ati vidades e recursos necessários para
transformar a oportunidade em um empreendimento viável e a fonte de capital para
financiar o empreendimento inicial bem como o seu desenvolvimento que inclui o
financiamento do primeiro e segundo estágios.

Por fim, Hisrich e Peters (2004) ainda acrescentam que para que esteja completa a análise da
oportunidade, ela deve passar por uma avaliação e esta exige a resposta das seguintes
perguntas:

- A que necessidade de mercado ela atende?

- Que observações pessoais você fez ou registrou quanto a essa necessidade de mercado?
- Que condição social está por trás dessa necessidade de mercado?

- Que dados de pesquisa de mercado podem ser utilizados para descrever essa necessidade de
mercado?

- Que ti po de concorrência existe nesse mercado?

- Como você descreveria o comportamento dessa concorrência?

- Onde está o dinheiro a ser gerado nessa ati vidade?

Visto isso e identificada a existência da oportunidade de negócio e sua real necessidade


para o mercado é hora do passo seguinte que é o desenvolvimento de um plano de negócio.

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DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIOS

O desenvolvimento de um bom plano de negócio tem como um de seus objetivos explorar a


oportunidade anteriormente definida. É uma descrição da futura direção da empresa, de
como ela vai funcionar, como espera crescer, o que pretende produzir, qual será a sua
estrutura e o seu plano financeiro, que inclui as fontes de financiamento.

Esta é uma das partes mais difíceis em todo o processo de empreender, já que sempre é
muito complicado quando se trata de fazer previsões em ambientes mutáveis ou incertos.

Um bom plano de negócio não é apenas importante no desenvolvimento da


oportunidade, como também é essencial na determinação dos recursos necessários, na
obtenção desses recursos e na boa administração da empresa resultante.

O plano de negócios deve ser redigido pelo empreendedor, porém ele pode, e deve,
consultar outras fontes durante a sua preparação. São estas fontes: advogados, contadores,
consultores e especialistas no mercado em questão.

O plano de negócio é valioso para o empreendedor, para potenciais investidores e até


para os novos funcionários, que estão tentando se familiarizar com o empreendimento, suas
metas e objetivos. Segundo os autores Hisrich e Peters (2004) o plano de negócio é
importante para estas pessoas porque:
- Ajuda a determinar a viabilidade do empreendimento em um mercado específico.

- Fornece orientação ao empreendor na organização de suas atividades de planejamento.

- Serve como instrumento importante para auxiliar na obtenção de financiamento.

Um bom plano de negócio pode levar horas para ser preparado e deve ser abrangente o
suficiente para dar ao investidor em potencial um panorama completo do empreendimento.
Também ajudará o empreendedor a esclarecer suas idéias sobre o negócio. O plano deverá
contar com algumas partes fundamentais que estão descritas na Tabela abaixo e aqui
explicadas:

Página de rosto

É o titulo e contém um breve resumo do plano de negócio, com uma pequena descrição de
como será a empresa, seu nome e endereço, dados do empreendedor, financiamento
necessário e é importante, por segurança, conter uma declaração do caráter confidencial
deste relatório.

Resumo executivo

Preparada depois que o plano é redigido esta seção tem como um dos seus objetivos
estimular o interesse do investidor salientando de maneira convincente os aspectos-chave
de todo o plano para que ele se interesse em ler o restante. Deve mostrar a
oportunidade percebida pelo empreendedor e por que ela deve ser aproveitada.

Análise ambiental

Consiste na avaliação de variáveis externas incontroláveis que podem ter algum tipo de
impacto sobre o plano de negócio, são estas tendências que possibilitam a existência da
oportunidade e conseqüentemente do negócio em si. Ela deve conter todos estes aspectos
incontroláveis como economia, cultura, tecnologia e legislação.

Análise do mercado

Verifica as tendências e estratégias competitivas específicas do setor e contém dois aspectos


fundamentais que são a demanda do setor e a concorrência.

Descrição do empreendimento

Segundo Dornelas (2001) esta seção do plano deve oferecer um resumo da organização
da empresa e de como ela se desenvolverá. Descreve a natureza do negócio e o que o
empreendedor espera conquistar com ele, mostrando o seu propósito e como pretende
trazer um benefício para o cliente, além de trazer uma idéia do crescimento que se espera
conseguir em três a cinco anos.

A descrição do empreendimento deverá oferecer uma visão global do produto, serviços e


operações do novo empreendimento. A localização do negócio é de fundamental
importância para o seu sucesso, principalmente se for uma loja ou serviço, sendo assim o
empreendedor precisará avaliar fatores como estacionamento e acesso à rodovias para
clientes, fornecedores, distribuidores, taxas de entrega e regulamentações urbanas
ou leis regionais.

Para uma boa escolha é necessário fazer uma avaliação do local onde o
empreendimento vai ser instalado para isto é necessário fazer algumas considerações como:

- Quantidade de espaço necessária;

- Se o espaço deve ser comprado ou alugado;

- O custo por metro quadrado do espaço;

- Se o local pode ser usado para fins comerciais;

- A existência de restrições quanto a placas e vagas para estacionar;

- A necessidade de reforma do prédio a ser escolhido;

- Se o acesso ao tráfego é fácil;

- A existência de lugares para estacionar;

- Se existe a possibilidade de expansão do negócio no próprio local; - A presença de


mão-de-obra qualificada à disposição;

- Se o perfil econômico e demográfico da área é compatível com o negócio;

- A tributação local;

- Existência de infra-estrutura (esgoto, eletricidade e água) adequada.

Plano Operacional

Detalha como acontecera a prestação de serviço, se alguma parte do processo será


subcontratada, serviços terceirizados com a sua localização e motivações para a seleção,
custos e contratos. Se a prestação de serviço ou parte dela for desempenhada
pelo empreendedor, este plano deverá conter também informações sobre a planta, o
maquinário, matérias-primas, fornecedores e necessidades futuras de equipamentos.

Plano de marketing

Descreve condições de mercado e estratégias relacionadas ao modo como os serviços serão


distribuídos, seu preço e a sua promoção. Nesta parte devem constar evidências de marketing
para embasar decisões estratégicas que envolvam marketing. São feitas previsões
específicas sobre produtos ou serviços, a fim de projetar a lucratividade do
empreendimento. Este planejamento deve ser visto como algo que norteia as decisões da
empresa no curto prazo.

Plano organizacional

Descreve as formas de propriedade e linhas de autoridade e responsabilidade dos membros


do novo empreendimento. É importante que conste informações a respeito das pessoas que
gerem a organização.

Avaliação de risco

Para que esteja ciente dos prejuízos em potencial é importante que o


empreendedor faça uma avaliação de risco que identifica tanto possíveis prejuízos quanto
a possibilidade de estratégias alternativas para atingir metas e objetivos do negócio. Nesta
avaliação deve constar uma simulação do que aconteceria se esses riscos se tornassem
realidade e estratégias para impedir ou minimizar os seus efeitos sobre o empreendimento.

Plano Financeiro

É constituído de projeções dos principais dados financeiros que determinam a viabilidade


econômica e a necessidade de recursos para o empreendimento. Nele devem constar o
investimento requerido, projeções para o primeiro ano com um d etalhamento mês a
mês, previsão de vendas, custo das mercadorias, despesas e um fluxo de caixa dos primeiros
três anos.

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DETERMINANDO OS RECURSOS NECESSÁRIOS

Segundo Hisrich e Peters (2004), também deve ser feita uma determinação dos recursos
necessários para se aproveitar a oportunidade, este é um processo que começa com
uma apreciação dos atuais recursos que o empreendedor possui e dos recursos
necessários para a realização do empreendimento. Quaisquer recursos fundamentais
devem então ser diferenciados daqueles que são apenas úteis. Deve-se tomar um
cuidado especial para não subestimar a quantidade e a variedade dos recursos
necessários, tudo deve ser planejado previamente para que sejam evitadas ao máximo as
surpresas durante o percurso. Os riscos associados a recursos insuficientes ou
inadequados também devem ser avaliados cuidadosamente pois também podem haver
custos muito altos na hora de se desfazer de um empreendimento que não dá certo,
sem falar em um custo intangível que é o da perda de credibilidade que sofre um
empreendedor que fracassa por não calcular exatamente os recursos necessários para
a implementação total de seu empreendimento.

A aquisição dos recursos de modo oportuno, evitando-se ceder parte do controle da


empresa, é o próximo passo no processo de empreender. Muitas pessoas decidem
empreender justamente para ter autonomia nas suas decisões profissionais e não ter
que se reportar a respeito dessas decisões para outras pessoas. Sendo assim o
empreendedor deve lutar para manter a sua posição de proprietário pelo maior tempo
que ele puder, especialmente no estágio inicial do empreendimento que é onde ele
deseja fazer as coisas ao seu modo.

À medida que o negócio se desenvolve, provavelmente serão necessários mais recursos


para financiar o crescimento da empresa, e estes recursos podem vir das mais diversas
fontes de financiamento como, por exemplo, bancos e programas de incentivo do
governo. Mas existe uma opção que é a da admissão de um ou mais novos sócios e esta
decisão exige que o empreendedor ceda parte do controle que tem sobre a sua
empresa. Todo empreendedor só deve ceder em sua posição de proprietário no
empreendimento depois que todas as outras opções já forem exploradas e que não
haja outra saída a não ser a de recorrer a esta fonte de recursos. Devem-se identificar
fornecedores alternativos desses recursos, com suas necessidades e reivindicações.
Compreendendo as necessidades do fornecedor de recursos, o empreendedor pode
estruturar um acordo que possibilite que os recursos sejam adquiridos ao mais baixo
custo possível e com a menor perda de controle da empresa. Hisrich e Peters (2004).
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CRIANDO UMA NOVA EMPRESA

Criando Legalmente a Empresa

Depois de identificada a oportunidade de empreendimento e uma vez redigido o


plano de negócio, se inicia um momento muito importante que é hora do empreendedor
colocar as suas idéias em prática e abrir a empresa. Criar uma empresa legalmente
exige muita paciência e determinação para lidar com os procedimentos burocráticos
exigidos por alguns órgãos governamentais, segundo Júnior e Pisa (2010, p. 74), "Um
empreendedor de verdade não pode deixar-se abater nessa primeira fase da realização
de seu sonho".

O intuito deste guia é direcionar o empreendedor da melhor forma possível para


que ele saiba exatamente o que fazer, evitando o desperdício de trabalho, tempo e em
muitos casos dinheiro no processo de registro da sua empresa.

Ter uma empresa devidamente registrada conforme a lei não só é importante


para se evitar a informalidade como também para o seu crescimento, quando ela cresce,
se torna conhecida e ganha espaço no mercado, tendo assim a oportunidade de
fornecer seus produtos ou serviços para grandes redes de varejo ou até mesmo
participar de licitações públicas para ter como um de seus clientes o governo. Para isso
a empresa deverá ser registrada legalmente, tendo um CNPJ (cadastro nacional da
pessoa jurídica).

Outros fatores fundamentais para a abertura de uma empresa são as orientações


de um advogado para ajudar nos aspectos legais, um contador para ser responsável
pelas finanças e declarações de impostos e dos órgãos fiscais do seu município para
que a empresa e suas instalações estejam sempre dentro das normas exigidas.

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Aspectos Legais e Tributários das Micro e Pequenas Empresas

1) Lei geral das micro e pequenas empresas:


Para a regulamentação das Micro e Pequenas empresas (MPE's) existe a "lei
geral das micro e pequenas empresas" que corresponde à Lei Complementar n 9 123,
de 18/12/2006, que regulamenta o Estatuto Nacional da Microempresa (ME) e da
Empresa de Pequeno Porte (EPP), estabelecendo normas que dão um tratamento
diferenciado e favorecido para estas empresas.

Princípios da lei geral das micro e pequenas empresas:

1.Geração de emprego.
2.Distribuição de renda.
3.Redução da informalidade.
4.Incentivo ao crescimento das empresas.
5.Ampliação da competitividade.
6.Desenvolvimento da economia.

Principais objetivos da lei:

1.Estabelecer forma diferenciada, simplificada e regime único de recolhimento


de impostos e contribuições da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
2.Estimular a formação das microempresas e empresas de pequeno porte.
3.Simplificar o cumprimento de obrigações trabalhistas.
4.Proporcionar meios de acesso ao crédito, às novas tecnologias e aos
mercados.
5.Criar o cadastro integrado.
6.Simplificar a abertura e baixa de empresas.
7.Estimular o associativismo.
8.Estimular a utilização de mediação e arbitragem.
Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto na
Lei das MPE's, a pessoa jurídica:

1.De cujo capital participe outra pessoa jurídica.


2.Que seja filial, sucursal, agência ou representação de empresas com sede no
exterior.

3.De cujo capital participe empresário ou sócio de outra empresa que receba
tratamento jurídico diferenciado, em que a receita bruta total ultrapasse o limite previsto
para MPE's.

4.Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa
não beneficiada pela Lei n2 123 / 2006.

5.Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica


com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite previsto para as
MPE's.
6.Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo.
7.Que participe do capital de outra pessoa jurídica.
8.Que exerça atividade de banco, de sociedade de crédito, financiamento e
investimento ou de crédito imobiliário, de corretora, dentre outras.

9.Seja resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de


desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-
calendário anteriores.
10. Seja constituída sob a forma de sociedade por ações.

(JÚNIOR, A. e PISA, B. J. Administrando micro e pequenas empresas. Elsevier Editora, 2010. — pág 75.)

2) Sistema Simples Nacional:

No Brasil existem, atualmente, três regimes de tributação previstos pela lei e


cabe ao empreendedor fazer a escolha de qual é o melhor regime de tributação a ser
adotado para o seu negócio, ou seja, ele deve escolher qual a maneira legal com que
os impostos da sua empresa serão calculados. Segundo Júnior e Pisa (2010), os três
regimes de tributação são:
1-Lucro real: o imposto deverá ser calculado com base no lucro registrado
no balanço.
2-Lucro presumido: o imposto deverá ser calculado com base em uma
estimativa do lucro a ser alcançado pela empresa.

3-Simples: corresponde ao regime especial e unificado de arrecadação de


impostos e contribuições devidos pelas Microempresas (MP) e Empresas de Pequeno
Porte (EPP), instituído pela Lei Complementar n 2 123, de 14 de dezembro de 2006 (LC
123 / 2006), vigente a partir de 1 2 de julho de 2007 e alterações posteriores.

O Simples é um regime opcional e não um tributo a mais. É uma forma de


arrecadação mensal que unifica oito tributos, entre eles federais, estaduais e municipais,
que são calculados a partir da receita bruta mensal da empresa.

Porém o Simples não exclui as MPE's de contribuições como o IOF (imposto


sobre operações financeiras), II (imposto sobre a importação), IE (imposto sobre a
exportação), contribuições ao FGTS, ITR (imposto sobre a propriedade territorial rural) e
demais descritos na lei para cada tipo de pessoa jurídica.

A condição para enquadramento no Simples Nacional é a receita bruta anual que


no caso das Microempresas (ME's) deve ser igual ou inferior a R$ 240.000,00 e no caso
das Empresas de Pequeno Porte (EPP's) deve ser superior a R$ 240.000,00 e inferior a
R$ 2.400.000,00. As empresas enquadradas nessas condições terão a opção de aderir
ou não ao Simples, podendo inclusive optar pela tributação baseada no lucro presumido.
Esta decisão só deverá ser tomada após uma consulta detalhada junto ao contador da
empresa que avaliará qual deles é o regime mais vantajoso.

Segundo as leis complementares n 9 123 / 2006 e n2 128 / 2008 as principais


características do sistema Simples Nacional são:

Ser facultativo;
 Ser irretratável para todo o ano-calendário;
 Apuração e recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único
de arrecadação;
 Disponibilização às ME's e às EPP's de sistema eletrônico para a
realização do cálculo do valor mensal devido;
 Apresentação de declaração única e simplificada de informações
socioeconômicas e fiscais;
 Possibilidade de os estados adotarem sublimites de EPP's em função da
respectiva participação no PIB;

 A Lei Complementar 128/08, que ajustou a Lei do Simples Nacional permitiu


o parcelamento de débitos tributários para empresas que estavam solicitando adesão ao
sistema pela primeira vez.

A lei do Simples Nacional em seu artigo ng 17 determina que algumas atividades


não estão permitidas a se enquadrar neste regime de tributação como, por exemplo:
transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; importação ou fabricação de
automóveis e motocicletas; produção ou venda no atacado de cigarros, armas de fogo,
munições e pólvoras, explosivos e detonantes; bebidas alcoólicas e refrigerantes;
dentre outras.

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo regime de


tributação do Simples Nacional também deverão adotar os livros de registro e controle.
Deve-se prestar atenção também aos livros de registros específicos de setores como o
do comércio de veículos que tem o Livro de Registro de Veículos e o do comércio
de combustíveis, que tem o Livro de Movimentação de Combustíveis (LMC). Este
não só é necessário para fins tributários como também para o credenciamento e
funcionamento de um posto revendedor de combustíveis junto à ANP (Agência Nacional
do Petróleo), órgão do governo que regula este setor.

A lei do Simples também ajuda as ME's e EPP's na simplificação das obrigações


trabalhistas, dispensando elas de:

1.Afixação de quadro de trabalho.


2.Anotação de férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de
registro.
3.Empregar e matricular aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem (SENAI).

4.Posse do livro "Inspeção do Trabalho".


5.Comunicações devidas ao Ministério do Trabalho e Emprego a exemplo
da concessão de férias coletivas.

3) Lei do Empreendedor individual:

A Lei Complementar 128 / 2008 também criou a figura do empreendedor


individual, para que este possa registrar o seu negócio e ter certos benefícios que a Lei
oferece como: aposentadoria, aposentadoria por invalidez, salário maternidade, pensão
por morte e auxilio reclusão, acesso a serviços bancários e ao crédito, obter um CNPJ,
poder emitir notas fiscais, entre outras vantagens. Esta lei também prevê o
enquadramento do empreendedor individual no Simples Nacional, possibilitando a
isenção de impostos federais tais como Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL.

Segundo Júnior e Pisa (2010), para ter o seu negócio enquadrado nesta lei o
empreendedor deverá:

 Ter receita bruta anual de até R$ 36 mil (R$ 3 mil por mês). A
comprovação se dará mediante apresentação do registro de vendas ou de prestação de
serviços; quanto ao conceito de receita bruta a Lei n 2 123/06 a descreve como o
produto da venda de bens e serviços pelo preço de venda, não incluídas as vendas
canceladas e os descontos concedidos.

 Ter no máximo um funcionário com renda de até um salário mínimo mensal


ou o piso da categoria.

 Não ter filial, não ser titular, sócio ou administrador de outra empresa.
 Exercer suas atividades no comércio, culinária, artesanato, serviços de estética,
serviços de manutenção e reparação em geral, dentre outros.
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Custos e Prazos Para a Criação de Uma Empresa

Custos

O custo da abertura de uma empresa pode variar de acordo com o município no


qual a empresa irá se estabelecer e de acordo com as especificidades do ramo de
atividade do empreendimento. As taxas cobradas pelos órgãos que atuam nesse
processo variam e a esse valor ainda deve ser adicionado os custos dos honorários do
contador.

Em média, segundo dados do ano de , os custos totais para se abrir uma


empresa variam entre R$ e R$ . Esse valor poderá ser maior para alguns ramos
de atividade em especial, nos quais há a necessidade de, por exemplo, se obter um
licenciamento ambiental. Sendo assim o desembolso por parte do empreendedor
para a abertura da sua empresa pode chegar em torno dos R$ . Júnior e Pisa (2010).

Estes custos referem-se apenas a formalização da empresa nos aspectos


jurídicos e contábeis (pagamento de guias, emissão de notas fiscais, registro da marca,
autenticações e etc.), é claro que existem muitos outros investimentos que não são de
natureza legal e sim que dizem respeito à compra do ponto de comércio, o prédio,
máquinas e todo o necessário para que o negócio entre em funcionamento.

P r a z o s

O prazo para a abertura de uma empresa também varia de acordo com o lugar e
o ramo de atividade além de depender da documentação exigida para o setor onde ela
vai atuar e da situação fiscal dos sócios. De acordo com informações divulgadas pelo
SEBRAE em , o prazo médio para a abertura de uma empresa é dias. No caso
de alguns estados brasileiros como São Paulo este prazo já está reduzido a duas
semanas.
Podemos dizer que houve um avanço, pois em 2007 este prazo variava de 40 a
150 dias. Essa redução no prazo deve-se à Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
que desburocratizou e facilitou este processo. Porém ainda há muito o que melhorar se
compararmos com dados da revista Exame de agosto de 2008, que mostra o tempo
para este processo em outros países: Austrália: 2 dias; Bélgica: 4 dias; Canadá: 3 dias
e Estados Unidos: 6 dias.

 Procedimentos Para a Formalização

A formalização de uma empresa exige que sejam tomadas diversas providências


e que o empreendedor entre em contato com diversos órgãos e instituições as quais
cada uma tem os seus próprios padrões de funcionamento e prazos a serem cumpridos
durante o processo de formalização de uma empresa. Sendo este processo tão
complicado é aconselhável a contratação de um contador não apenas para a
abertura de uma empresa, mas também para a escrituração rotineira do negócio.
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ABRINDO UMA EMPRESA PASSO A PASSO

Passos para abrir uma empresa

Abrir uma empresa pode parecer uma tarefa muito difícil para alguns novos
empreendedores, mas ela pode se tornar muito mais fácil se a separarmos em etapas.

A seguir estão 18 passos definidos por Júnior e Pisa (2010), a partir das
orientações do SEBRAE, obtidas em sua página na Internet (www.sebrae.com.br) que
facilitam em muito este processo, desde que estes passos sejam seguidos na ordem
em que se apresentam, uma vez que os documentos obtidos em um poderão ser
necessários para o próximo passo:

1) Determinação do tipo jurídico:

O tipo jurídico determina o regime no qual uma empresa se enquadra, através


dele o fisco tem mais controle sobre a empresa e determina os seus direitos e
obrigações.

A opção do tipo jurídico da empresa a ser aberta deve levar em conta tanto as
características do negócio quanto os objetivos do empreendedor. Algumas atividades,
por determinação legal, só poderão existir sob a forma de sociedade, com dois sócios
ou mais, a exemplo das empresas prestadoras de serviços.

Segundo o Código Civil há dois tipos de sociedades:

Sociedade Simples: é formada por pessoas que exercem profissão de natureza


intelectual, científica, artística ou literária, mesmo sem empregados.

Sociedade Empresarial: é aquela na qual se exerce profissionalmente atividade


econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de
serviços, constituindo elemento de empresa (art. 981 do Novo Código
Civil).
Cada uma destas duas espécies também pode ser classificada conforme o seu
setor econômico. Existem três setores definidos para as atividades empresariais:

Setor Primário: empresas atuantes no setor agrícola.


Setor Secundário: empresas que atuam nas indústrias.
Setor Terciário: empresas atuantes na prestação de serviços.

Segundo Júnior e Pisa (2010), existem outras formas para a classificação que
podem ser determinadas pela quantidade de sócios, tamanho, fins organização ou
natureza:

Empresa individual: quando a empresa é constituída por apenas uma pessoa,


que é o proprietário, neste tipo de organização o capital particular do
proprietário se confunde com o da empresa.

Empresa por Cotas ou de Responsabilidade Limitada: é o tipo mais comum, é


aquela em que a responsabilidade dos sócios será medida de acordo com
a quantidade de cotas que possuem. Mas todos respondem solidariamente
pela integralização do capital social. Este também é o tipo mais utilizado
pelas MPE's.

Sociedade Anônima: tem seu capital distribuído em ações e a


responsabilidade de cada sócio, ou acionista, é correspondente a
quantidade e valor das ações que ele possui.

Sociedade em Comandita Simples: tipo de sociedade em que além dos sócios


de responsabilidade ilimitada e solidária, existem aqueles que entram
apenas com capital, não participando da gestão do negócio, tendo sua
responsabilidade restringida ao capital subscrito.

Sociedade em Comandita por Ações: são regidas pelas mesmas normas


das sociedades anônimas visto estar o seu capital dividido em ações.

Sociedade em Nome Coletivo: deve ser constituída somente por


pessoas físicas, sendo que todos os sócios respondem solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Sociedade sem Fins Lucrativos: são as organizações onde toda a receita é
revertida para as atividades que elas mantém, geralmente são de caráter
social e humanitário.

Microempresa: o empresário, pessoa jurídica, ou a ela equiparada que possua


receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240.000,00 (Lei n 2 123 de
14/12/2006).
Empresa de Pequeno Porte: o empresário, pessoa jurídica, ou a ela
equiparada que tenha receita bruta anual superior a R$ 240.000,00 e

igual ou inferior a R$ 2.400.000, 00 (Lei n 2 123 de 14/12/2006).

Júnior e Pisa (2010), ainda acrescentam que "as MPE's não precisam nem
devem se organizar de forma sofisticada e cara". Segundo eles as duas melhores
formas de se constituírem e atuarem legalmente são:

1. Firma Individual: é a situação na qual a empresa pertence a uma única pessoa.


2. Sociedade Limitada: situação em que os sócios têm responsabilidade limitada.

2) Consulta comercial:

A consulta comercial tem como objetivo a aprovação para o local de


funcionamento da empresa, pela Prefeitura Municipal. É importante verificar a
viabilidade do local escolhido com muita antecedência para que haja tempo de se
procurar outro no caso do local não ser aprovado.

Existem dois órgãos responsáveis por fornecer essa aprovação que são a
Prefeitura Municipal e a Secretaria Municipal de Urbanismo. O empreendedor deve se
dirigir a um desses locais portando os seguintes documentos:

Cópia do carnê de IPTU do local.


Formulário fornecido pela prefeitura, próprio para esse fim, preenchido com as
seguintes informações:
-Área do estabelecimento medida em metros quadrados;
-Endereço completo do local;
- Descrição da atividade a ser implantada no local.

3) Busca de um nome comercial:

Consiste em uma consulta na Junta Comercial para verificar se já existe alguma


outra empresa registrada com o nome comercial pretendido. Esta solicitação deverá ser
encaminhada na forma de um formulário fornecido pela própria junta no qual podem ser
pesquisados até três nomes de cada vez.

Uma vez obtida a uma resposta positiva, o registro do nome pode ser feito junto
ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial — INPI.

Dependendo do tipo jurídico da empresa, o nome comercial pode ser de três


formas: firma individual, denominação e razão social. A firma individual refere-se ao
empresário individual enquanto as sociedades podem usar dois tipos de nome
comercial, a denominação e a razão social:

1. Firma Individual: o nome comercial será o nome do proprietário ao qual pode,


ou não, ser acrescida a especificação da atividade:

—Henrique Silva Dias.


—Henrique Silva Dias Consertos de Pranchas de Surfe.

2. Denominação: É um termo criado ao qual é acrescido o objetivo da empresa


e o seu tipo jurídico que pode ser abreviado ou por extenso:

—Big Wave Comércio de Pranchas de Surfe Limitada.


—Big Wave Comércio de Pranchas de Surfe Ltda.

3. Razão Social: Consiste na utilização do nome de sócios:

—Silva e Dias Ltda.


—Silva e Cia. Ltda.
—Irmãos Silva e Cia. Ltda.
No caso das microempresas a expressão "Microempresa" ou "ME" deve ser
acrescentada ao nome comercial:

— Henrique Silva Dias Consertos de Pranchas de Surfe ME.

4) Arquivamento do contrato social:

O Contrato Social é o instrumento constitutivo, o item mais importante no começo


de uma empresa, é como se fosse a certidão de nascimento de uma pessoa jurídica,
decorrendo deste ato todos os seus direitos e obrigações, é a partir dele que a empresa
passa a existir para a sociedade.

Segundo o Novo Código Civil, no contrato social deverão estar claramente


definidos os seguintes itens:

 I n t e r e ss e d as p a r t e s .
 Finalidade e objetivo da empresa.
 Descrição do tipo de sociedade e de como será a integralização de cotas.
Para todas as empresas, a exceção das MPE's que estão dispensadas desta
apresentação, o contrato social deverá conter a assinatura de um advogado para ter
validade.

Uma vez pronto o contrato social, deve-se fazer o seu registro na Junta
Comercial do estado ou no Cartório de Registros de Pessoa Jurídica. Para isto são
necessários os seguintes documentos:

Contrato Social ou Declaração de Empresário Individual, assinados em 3 vias.


Cópia autenticada do RG e CPF do titular ou dos sócios.
Cópia autenticada da carteira da OAB do advogado (exceto para as MPE's).
Requerimento Padrão — Capa da Junta Comercial.
Declaração de microempresa ou empresa de pequeno porte, em 3 vias.
FCN — Ficha de Cadastro Nacional modelos 1 e 2.
Comprovante de endereço da empresa podendo ser contrato de locação do
imóvel, talão do IPTU ou declaração do proprietário cedendo o imóvel).
Pagamento de taxas através de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas
Federais do Ministério da Fazenda).

Após o registro da empresa o proprietário obtém o NIRE - número de


identificação do registro de empresa, que nada mais é do que uma etiqueta contendo
um número, que deverá ser fixada no contrato antes que finalmente uma das vias do
contrato social ou da declaração de empresário individual seja arquivada pela junta
comercial para fins de controle.

5) Solicitação do CNPJ:

Para uma empresa, ter um número de CNPJ significa estar incluída no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas, mas para se obter este registro é necessário estar
informado sobre o enquadramento da empresa, que foi o objeto de estudo do passo 1,
para assim classificar a empresa quanto a tributação e fiscalização.

O registro do CNPJ é feito exclusivamente através da Internet, no endereço


eletrônico: www.receita.fazenda.gov.br no qual se faz o download de um programa
específico para este fim. Os documentos exigidos poderão ser entregues nas
secretarias da Receita Federal ou enviados pelo correio e o comprovante do CNPJ fica
disponível na própria página da Receita Federal na Internet.

Documentação a ser enviada para a Receita Federal:

DBE (documento básico de entrada) que deverá ser impresso a partir do


formulário eletrônico de encaminhamento e assinado pelo administrador
ou responsável perante a Receita Federal, com firma reconhecida.

Cópia autenticada do Contrato Social ou Requerimento de Empresário


Individual, registrado na junta comercial.
Cópia autenticada do Pedido de Enquadramento de ME ou EPP, se for o caso.
É aconselhável que o empreendedor procure um contador para que este possa
auxiliá-lo neste processo, principalmente no que diz respeito a um possível
enquadramento no Simples.

6) Alvará de licença:

malvará de licença é o documento que permite o desempenho de atividades


comerciais, industriais, agrícolas e de prestação de serviços, bem como sociedades e
associações de qualquer tipo, sendo elas de pessoas físicas ou jurídicas.

mlicenciamento representado pelo documento do alvará de licença pode ser


fornecido pela Prefeitura Municipal, Administração Regional ou pela Secretaria
Municipal da Fazenda. A documentação a ser encaminhada para a solicitação do alvará
é:
 Formulário fornecido pela Prefeitura , preenchido.
 Aprovação da consulta comercial.
Cópia do CNPJ.
 Cópia do Contrato Social.
 Laudo do corpo de bombeiros , se necessário.
 Laudo da vigilância sanitária, se necessário.
 Documentos específicos pedidos na consulta comercial, caso necessário.

7) Inscrição Estadual:

É o registro no Cadastro de Contribuintes do Imposto sobre Circulação de


Mercadorias e Serviços — ICMS, da Receita Estadual.

Qualquer empresa que desempenhe atividades que envolvam a circulação de


mercadorias, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual, assim
como as empresas concessionárias dos serviços de comunicação e energia, devem
solicitar uma Inscrição Estadual, que é feita na Secretaria da Fazenda do Estado e
requer a seguinte documentação:
Estadual, devidamente preenchidos e assinados pelo responsável pela empresa.
Certidão Negativa para débitos de tributos estaduais ou cópia autenticada.
Instrumento constitutivo da sociedade ou declaração de empresário,
devidamente arquivado na Junta Comercial do Estado.
Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica —CNPJ

Cópia autenticada do comprovante de localização da empresa ,


geralmente a primeira folha do carnê do IPTU.
Cópia autenticada do documento que comprove direito de uso do imóvel, que
poderá ser o contrato de locação, de comodato ou escritura pública.
Cópia do RG e do CPF dos sócios.
Comprovante de endereço dos sócios, pode ser cópia autenticada.
Contrato de prestação de serviços do contador da empresa.
Certificado de regularidade profissional do contador da empresa, emitido pelo
Conselho regional de Contabilidade.
Cópia do alvará de licença. Em alguns estados a inscrição estadual é solicitada
antes do alvará de funcionamento.

Enquadramento para microempresa ou empresa de pequeno porte, se for o


caso.

Tratando-se de uma empresa que também seja prestadora de serviços, é


necessária a inscrição na Secretaria da Fazenda Municipal com a documentação a
seguir:

Fichas de cadastramento, duas vias de cada.


Cópia do Instrumento Constitutivo.
C ó p i a d o C N P J .
Comprovante de contribuinte do Imposto Sobre Serviços — ISS.
Cópia do comprovante de localização da empresa.
Cópia do comprovante de endereço dos sócios.
Cópia do RG e do CPF dos sócios.
8) Alvará Sanitário:

A Licença Sanitária, ou também Alvará Sanitário, deve ser solicitada por todo
estabelecimento que produzir, manipular, comercializar, armazenar ou transportar
produtos e serviços que exerçam influência sobre a saúde humana, como farmácias e
consultórios médicos ou odontológicos.

Esta licença tem como objetivo comprovar que o estabelecimento atende às


exigências da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA.

O Alvará Sanitário pode ser obtido junto a Secretaria Municipal da Saúde e


requer a seguinte documentação:

 Cópia do Contrato Social.


Cópia do CNPJ.
 Cópia do atestado de viabilidade, aprovado na consulta comercial.

9)Matricula no Cadastro Específico do INSS (CEI):

Segundo a Previdência Social, "todas as pessoas, físicas ou jurídicas,


consideradas ou equiparadas a empresas pela legislação previdenciária, estão
obrigadas à matricula, que se caracteriza como ato de cadastramento para identificação
do contribuinte na SRP (Secretaria da Receita Previdenciária)".

A matricula pode ser feita pela Internet ou nas agências da Previdência Social,
ao mesmo tempo em que é feita a inscrição no CNPJ ou, em um prazo de 30 dias a
partir do inicio de suas atividades, perante o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social),
caso não haja CNPJ.

10) Inscrição Municipal IM: —

É o número de identificação do contribuinte no Cadastro Tributário Municipal. A


Inscrição Municipal é impressa no documento do alvará de funcionamento, que deve
ser fixado em local visível na sede da empresa.
Segundo Júnior e Pisa (2010), no que diz respeito ao imposto sobre serviços de
qualquer natureza — ISS, que é um tributo municipal, a Inscrição Municipal tem como
objetivos:

Informar que a empresa está inscrita na prefeitura como prestadora de serviços.


Controlar o pagamento dos impostos.
 Autoriza as empresas a solicitar notas fiscais de serviços.
 Qualificar a empresa a participar de concorrências públicas.
Para obter uma Inscrição Municipal, deve-se apresentar na prefeitura as cópias
dos seguintes documentos:

R e q u e ri m e n t o as si n a d o .
C N P J .
I n s t r u m e n t o C o n s t i t u t i v o .
Contrato de locação, comodato ou escritura do imóvel.
R G e C P F d o s s ó c i o s .

 Guia de pagamento do IPTU desde que não tenha débitos anteriores, devendo
apresentar, pagas, as guias com débitos referentes a exercícios anteriores.

 Guia do DAM (Documento de Arrecadação Municipal) comprovando o


recolhimento da taxa de inscrição municipal expedido pela Secretaria
Municipal de Finanças — SEFIN.
Certificado de regularidade do contador responsável, expedido pelo Conselho
Regional de Contabilidade.

11) Autorização da Secretaria do Meio Ambiente:

Para obter o licenciamento ambiental o empreendimento deverá atender a


algumas medidas de controle e restrições. Esta autorização é obrigatória para
empresas que desempenham atividades potencialmente poluidoras, como indústrias,
hospitais, postos de combustíveis, fábricas de tecidos e demais tipos de
empreendimentos previstos em lei.
Documentos solicitados pelos órgãos ambientais para o fornecimento do
licenciamento ambiental:

Formulário de caracterização do empreendimento.


 Termo de Responsabilidade fornecido pelo órgão ambiental solicitado,
assinado pelo representante da empresa.
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente, emitida pelo
profissional responsável pelo gerenciamento ambiental da atividade.
Declaração da prefeitura atestando que o empreendimento está de acordo com as
normas e regulamentos municipais.

12) Autorização do Corpo de Bombeiros:

De acordo com a atividade a ser desenvolvida as prefeituras podem exigir uma


vistoria técnica do estabelecimento e um Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros
atestando que as condições de segurança e proteção contra incêndios são adequadas
às normas de segurança. A vistoria consiste na verificação dos extintores de incêndio
(seu tipo e localização), saídas de emergência, portas corta-fogo e hidrantes. Para o
requerimento da vistoria e autorização o requerente, no caso o empreendedor, deverá
preencher um formulário no qual informa inclusive a metragem da área construída e
deve fazer o pagamento da taxa junto a um banco indicado.

13) Vistoria de higiene e segurança do trabalho:


Para fazer a solicitação da vistoria de higiene e segurança basta o
empreendedor ir à Delegacia Regional do Ministério do Trabalho e preencher um
formulário de solicitação.
14)Inscrição na Delegacia Regional do Trabalho — DRT:
No caso de admissão ou demissão de empregados, estas deverão ser
comunicadas à Delegacia Regional do Trabalho, por meio do preenchimento de um
formulário lá fornecido.

15)Inscrição no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço — FGTS:


Para se inscrever no FGTS o responsável pela empresa deve procurar uma
agência da Caixa Econômica Federal com a seguinte documentação:
Cópia do Instrumento Constitutivo do empreendimento (contrato social e
alterações, estatuto, ata, declaração de empresário).
C N P J .
Cópias autenticadas do RG e do CPF dos responsáveis.
A inscrição é necessária para a comprovação da situação regular da empresa
junto ao FGTS, que permite a obtenção do Certificado de regularidade Fiscal — CRF,
recolher FGTS e Informações da Previdência Social.

16) Inscrição no sindicato patronal:

A empresa deverá se inscrever no sindicato patronal da atividade a qual ela


desempenha, iniciando o recolhimento do Imposto Sindical Patronal.

Esta adesão é obrigatória e tem como benefício a possibilidade de o empresário


participar das decisões e defender os seus direitos.

Para se obter informações a respeito de para qual sindicato a empresa deve


recolher a Contribuição Sindical deve-se procurar a Federação do Comércio do Estado
ou a Federação das Indústrias do Estado. O valor da contribuição é proporcional ao
capital da empresa.
17) Livros fiscais exigidos:

Os livros fiscais devem ser autenticados antes do inicio das atividades da


empresa ou a cada livro novo. O Ministério da Fazenda exige que os registros das
operações das empresas sejam feitos em livros fiscais. Estes livros estão separados em
três categorias: entrada, saída e apuração.

A maioria das empresas utiliza programas de computador para fazer os seus


livros fiscais, o que simplifica a contabilidade e a fiscalização.

O art. 32 da Lei do Simples Nacional determina que as MPE's optantes pelo


Simples, estão dispensadas de escrituração para fins fiscais, porém devem manter:

I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação


financeira, inclusive bancária;

II - Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os


estoques existentes no término de cada ano-calendário;

III - Todos os documentos e demais papéis que sirvam de base para a


escrituração dos livros referidos nos incisos I e II.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento por


parte da microempresa e da empresa de pequeno porte, das obrigações
acessórias previstas na legislação previdenciária e trabalhista.

18) Impressão das notas fiscais:

Para dar inicio às atividades da empresa, também será necessário, além da


autenticação dos livros fiscais, a impressão das notas fiscais. De acordo com as
atividades da empresa e a forma da comercialização de seus produtos, os tipos de
notas ficais serão diferentes. Mesmo que a empresa esteja isenta do ICMS ou do ISS
ela ainda assim deverá emitir notas fiscais de venda de mercadorias ou de serviços.

A Autorização para a Impressão de Documentos Fiscais — AIDF é emitida pela


Secretaria da Fazenda Estadual, no caso de uma atividade de comércio, ou pela
Prefeitura Municipal no caso das empresas de prestação de serviços. Uma vez
autorizado o empresário deve procurar uma gráfica credenciada para a impressão dos
blocos de notas fiscais.
Após estes 18 passos a sua empresa já está pronta para abrir as portas e
operar legalmente, com a certeza de que toda a sua documentação está
perfeitamente dentro das normas e dos padrões exigidos.

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