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RESUMO DO CAPÍTULO 3: SOCIALIDADE CONTRA O SOCIAL – TEMPO DAS

TRIBOS

Os pensadores de ciências sociais encontram uma dificuldade muito grande em definir


o povo e seus saberes. Isso ocorre por conta de sua dimensão complexa, ambígua e
contraditória.

Sempre houve uma preocupação em voltar o olhar para a comunidade, porém,


atualmente esse olhar é muito necessário e urgente, pois há um aumento das
comunidades dentro de uma que é enorme. É importante que além de observar, o
intelectual também se insira no ambiente, na comunidade que está a descrever e
estudar.

É a massa que faz com que os grandes acontecimentos políticos e históricos ocorram.
Por mais que existam situações que incitam, personalidades que são consideradas
principais causadoras e causas objetivas que influenciam é a energia proveniente da
massa que faz com que todas essas coisas se juntem. Quando participante da massa
as pessoas sofrem uma despersonalização e passam a assumir a identidade do grupo
que tem sua própria dinâmica e autonomia.

A religião, para além de seus dogmas, foi a expressão de sociabilidade do povo.


Dessa forma, a religião popular se mostra como responsável formar os conjuntos
simbólicos que estão presentes na base de toda vida em sociedade. Desconectar-se
desta base popular faz com que as instituições percam o sentido, pois é essa base
que lhe dá o suporte que precisam. Da mesma forma essa regra serve para a política
pois é o povo (a base) que sustenta a política.

Aparentemente existe uma relação íntima entre o indivíduo e o político. O Estado tem
como papel assegurar o individualismo e protegê-lo contra a comunidade, por isso
existe essa relação. O desgaste do individualismo anda junto com o desgaste da
maneira política. Atualmente parece que houve um desgaste do individualismo, pois é
possível ver que dentro das tribos as características pessoais de cada um somem e
todos ficam padronizados.

A identidade, segundo Weber, é mutável dependendo das situações, o valor que se dá


à elas, da relação com o ambiente, com o outro e consigo mesmo. A identidade pode
ser tanto individual quanto grupal. Acredita-se que é tendo uma identidade individual
que encontramos uma identidade nacional.
É possível ver que essa “vontade” de ser igual aos outros do grupo, essa necessidade
de similitude da massa é um intermediário entre o mundo natural e o mundo social,
não havendo separação entre eles o que é chamado de naturalização da cultura.

Este capítulo tratou de conceitos muito importantes e interessantes, como a


identidade, relação do indivíduo com o político, a massa e o papel da religião.

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