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1. Princípios
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DELGADO. Maurício Godinho Curso de Direito do Trabalho, São Paulo, Ed. LTr, 2002, p. 982.
Redução do nível do cargo ocupado, em sentido descendente na organização da
empresa
Modificação do período da jornada de trabalho, salvo previsão em contrato de
trabalho
Redução de salários sem redução da jornada de trabalho
Aumento na extensão das funções, não prevista para o cargo ocupado
Exigências pelo empregador a desforço físico superior ao previsto em lei em razão
do sexo
Alterações contratuais que afronte a intimidade e os bons costumes
Supressão de horas extras integralizadas sem o pagamento de uma indenização
compensatória (Súmula nº 291 do TST)
Transferência do empregado sem a sua anuência ou concordância (art. 469 da CLT);
Estorno do pagamento de comissão, já realizada a venda e não efetuado seu
pagamento pelo cliente (art. 466 da CLT)
Transferência de empregado vendedor para zona inferior de abrangência ou nível de
retirada de comissão (art. 2o, § 2o, da Lei nº 3.207/57)
Redução do trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente
a importância dos salários (art. 483, g, da CLT)
Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo de
trabalho (art. 7º, inciso VI d CF)
Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie normas de
Convenção Coletiva ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá prevalecer na
execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito (art. 619 da CLT)
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ROMAR, Carla Teresa Martins. Alteração do Contrato de Trabalho, Ed. LTr., 2001, p. 101-102.
Outrossim, a queda da confiança pode estar a competência e habilidade para o cargo de
direção e gerência, sendo necessário retroceder para o cargo anteriormente ocupado pelo
trabalhador.
Assim, por razões de natureza técnica ou incompetência, resolve retornar o empregado ao
cargo anterior, lhe retirando a confiança ou gerência anteriormente concedida.
Vejamos a hipótese do gerente prevista no art. 62 da CLT:
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos
quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e
chefes de departamento ou filial.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos
empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do
cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver,
for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%
(quarenta por cento).
Para o empregador, constituem um direito proveniente do seu poder de direção, tendo como
fundamento legal o art. 2º da CLT, que permite a melhor adequação da mão-de-obra
disponível às melhores condições relativas ao processo de produção da empresa.
O jus variandi do empregador esbarra nos limites da transferência abusiva, com intuito
expresso ou tácito da transferência de fins punitivos. Constituindo motivo relevante para a
rescisão indireta do contrato de trabalho pelo empregado, não havendo real necessidade do
serviço em outra localidade.
Outra condição prevista em lei, consiste na real necessidade do serviço, como elemento
condicionante para a transferência do empregado para outra localidade.
A real necessidade do serviço é ônus de prova do empregador, v.g., a ausência de quadro
funcional satisfatório, com aquele perfil profissional que se exige, passando a ser admitida
a transferência lícita à outra localidade.
Considera-se transferência àquela que resultar mudança de endereço entre municípios
diferentes ou em Estados diversos.
Podemos também concluir que a caracterização da transferência, ocorre com a mudança de
domicílio do empregado. A mudança de domicílio deve ser considerada em razão de outro
município e não na mesma cidade.
Quanto à obrigatoriedade do pagamento do adicional de transferência, uma vez cumprido
os requisitos constantes em lei, fazem jus ao acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre o salário do empregado.
A tendência atual da Colenda Corte é no sentido do pagamento do adicional de 25%, seja
pela presença de cláusula explícita ou implícita ao contrato de trabalho do empregado para
a sua transferência. Contudo, o que se exige é a transferência de natureza provisória, ou
seja, aquela que se faz sem a intenção definitiva.
Nestes termos prevê a Orientação Jurisprudencial n. 113 da SDI-I do TST:
O.J. n. 113 da SDI – I do TST.
O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de
previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao
adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do
mencionado adicional é a transferência provisória.
O acréscimo salarial de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o salário do empregado,
objetiva custear a modificação de localidade e a sua condição indenizatória, somente será
cabível em se tratando de transferência provisória do empregado para outra localidade.
Quando a situação de mudança do local de trabalho acarretar aumento nas despesas de
locomoção, caberá ao empregador ressarcir o empregado com os gastos provenientes do
transportes (Súmula nº 29 do TST).
Prevê ainda o art. 470 da CLT que: “As despesas resultantes da transferência correrão por
conta do empregador”. Ao empregado será garantido o direito ao ressarcimento pelos
gastos com a mudança de residência para outra localidade, exceto quando a mudança ocorre
no mesmo município.
Existe celeuma quanto à transferência de empregado que goza de estabilidade provisória no
emprego, eleito para o cargo de dirigente sindical. Isto porque, esse tipo de obreiro goza de
estabilidade funcional provisória e foi eleito, para representar uma categoria nos limites de
uma base territorial (art. 543 da CLT e art. 8o, II, da CF/88).
Sobre a matéria, se pronunciou da seguinte forma nossa Doutrina, constante do repertório
de Súmulas do 2ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho:
MEMBROS DAS COMISSÕES DE REPRESENTAÇÃO.
I – GARANTIAS. Ao lado da garantia constante do artigo 510-D, § 3º, da
CLT, os membros da Comissão de Representação são protegidos contra
(a) despedida sem justa causa; (b) transferência para outro
estabelecimento; (c) remoção para setor da empresa onde o contato com
os demais empregados reste inviabilizado; (d) afastamento por razões
pretensamente disciplinares; e (e) constante requisição para a realização
de trabalhos externos, dentre outros expedientes francamente atentatórios
à literalidade do art. 1º da convenção 135 da OIT.
II – PRERROGATIVAS. Para o exercício
Parece mais razoável a intransferibilidade do dirigente sindical e cipeiro.
Este último passou a sofrer proteção constitucional (art. 10, inciso II, letra
a, do ADCT) de garantia provisória no emprego, desde o momento de sua
candidatura, até um ano após o término do mandato.