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INFORMAÇÕES GERAIS – CONFORME ÚLTMO EDITAL
Anotações
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Obs.: na aferição do critério de correção gramatical, por ocasião da avaliação do desempenho
na Prova Discursiva – Redação, poderão os candidatos valer-se das normas ortográficas em
vigor antes ou depois daquelas implementadas pelo Decreto Presidencial nº 6.583, de 29 de
setembro de 2008, em decorrência do período de transição previsto no art. 2º, parágrafo único
da citada norma, que estabeleceu o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
1. Na FCC, pequenos deslizes gramaticais têm tanto peso quanto o conteúdo; por isso, atenção
redobrada: duas acentuações incorretas mais duas ou três vírgulas mal empregadas, por
exemplo, podem significar cinco pontos a menos na avaliação da banca.
2. Procure ocupar quase todas as trinta linhas.
3. A Fundação Carlos Chagas é muito clara ao expor, no edital, os critérios de correção.
parâmetros. Na correção propriamente dita, apresenta informações vagas sobre as falhas
cometidas pelo candidato. Os avaliadores, em alguns casos, apenas comentam brevemente
qual o motivo das punições (de cinco em cinco pontos num total de 100).
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
DÚVIDAS COMUNS
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O QUE É DISSERTAÇÃO?
Trata-se da discussão de problemas por meio de um texto argumentativo, o qual deve apresentar
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, adotando-se o padrão de quatro/cinco parágrafos.
Em cada parágrafo, deve haver um mínimo de dois períodos com, aproximadamente, três linhas
em cada um.
Tal texto deve ser objetivo, veiculando informações consensuais. Sua finalidade não é literária.
Visa a convencer, a persuadir o leitor.
Evite definições e críticas virulentas, bem como manifestação de preconceitos.
ESTRUTURA
Introdução (± 5 linhas) Importante
1. INTRODUÇÃO
A principal finalidade da introdução é anunciar o assunto, definir o tema que vai ser tratado,
de maneira clara e concisa. Na introdução, são requisitos básicos a definição do assunto e a
indicação do caminho que será seguido para sua apresentação.
INTRODUÇÃO
Estrutura da Introdução:
1º período: assunto (palavra mais geral do tema).
2º período: tema
3º período: tese.
OU
1º período: assunto + tema.
2º período: tese.
3º período: encaminhamento de solução de eventual problema.
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
3. MODELOS DE INTRODUÇÃO
•• Declaratória – consiste em expor o mesmo que sugere a proposta, usando outras
palavras e outra organização. O principal risco desse tipo de introdução é o de ser
parafrástica.
•• Perguntas – pode-se iniciar a redação com uma série de perguntas. Porém, cuidado!
Devem ser perguntas não retóricas, que levem a questionamentos e reflexões, e
não vazias cujas respostas sejam genéricas. As perguntas devem ser respondidas, no
desenvolvimento, por meio de argumentações coerentes. Por ser uma forma bastante
simples de começar um texto, às vezes não consegue atrair suficientemente a atenção
do leitor.
•• Histórica – deve-se tomar o cuidado de escolher fatos históricos conhecidos e
significativos para o desenvolvimento que se pretende dar ao texto.
•• Comparação social, geográfica ou de qualquer outra natureza – trata-se de apresentar
uma analogia entre elementos, sem buscar no passado a argumentação. Constitui-
se na comparação de dois países, dois fatos, de duas personagens, enfim, de dois
elementos, para comprovar a tese. Lembre-se de que se trata da introdução, portanto
a comparação apenas será apresentada para, no desenvolvimento, ser discutido cada
elemento da comparação em um parágrafo.
•• Citação / Argumento de Autoridade – abre-se esse tipo de introdução por meio de
uma citação pertencente a qualquer área do conhecimento ou mediante a afirmação
de uma autoridade no tema em pauta. É preciso ressaltar que tais expedientes não são
gratuitos – meros “enfeites” – e que, portanto, a ideia que veiculam deve ser retomada
ao longo do texto ou na conclusão.
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4. DESENVOLVIMENTO
É a parte nuclear e a mais extensa da redação. Nessa parte, são apresentados os argumentos,
as ideias principais. No D1 (tomando-se por base dois parágrafos de desenvolvimento)
primeiramente, analisa-se o tema, desdobrando-o, decompondo o todo em partes. Dessa
primeira análise surgirão os detalhes importantes que serão, por sua vez, posteriormente
analisados e justificados. A discussão dos detalhes dará ensejo para a apresentação, no D2
(TESE), dos argumentos. A discussão pode ser ilustrada com citações textuais ou conceituais de
autoridades, escritores, filósofos, cineastas, pensadores, educadores, atores etc.
5. MODOS DE DESENVOLVIMENTO
•• Causas e consequências – é a apresentação dos aspectos que levaram ao problema
discutido e das suas decorrências.
•• Exemplificação – a exemplificação é a maneira mais fácil de se desenvolver a
dissertação, desde que não seja exclusiva: é preciso analisar os exemplos e relacioná-
los ao tema. Devem-se apresentar exemplos concretos.
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
7. TIPOS DE ARGUMENTO
•• Argumento de autoridade – a citação de autores renomados (escritores célebres)
e de autoridades de certa área do saber (educadores, filósofos, cientistas etc.) é
aconselhável quando se trata de fundamentar uma ideia, uma tese.
•• Argumento baseado no consenso – são proposições evidentes por si mesmas ou
universalmente aceitas como verdade – conceitos. Contudo, não se deve confundir
argumento baseado no consenso com lugares comuns carentes de base científica.
•• Argumento baseado em provas concretas – a argumentação consiste numa declaração
seguida de prova. As provas concretas constituem-se, principalmente, de fatos, de
dados estatísticos, de exemplos, de ilustrações.
CITAÇÕES
I – Aristóteles
“Sê senhor da tua vontade e escravo da tua consciência.”
“A dúvida é o principio da sabedoria.”
“Haverá flagelo mais terrível do que a injustiça de armas na mão?”
“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.”
“A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: o julgamento
é a aplicação da justiça.”
“A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo sentido,
acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si.”
“A esperança...: um sonho feito de despertares.”
II – Platão
“O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê.”
“O homem é a medida de todas as coisas.”
“Quem critica a injustiça fá-lo não porque teme cometer ações injustas, mas porque teme
sofrê-las.”
“A orientação inicial que alguém recebe da educação também marca a sua conduta ulterior.”
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III – Rubem Alves
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte
do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu
dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um
dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em
voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem
fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser
encorajado.”
“O princípio da educação é pregar com o exemplo.” – Anne Turgot
“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não
tenha algo a aprender.” – Pascal
“A ética é a estética de dentro.” – Pierre Reverdy
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” – Immanuel Kant
CONCEITOS
I – Ética
Segundo Aristóteles, as qualidades do caráter podem ser dispostas de modo que
identifiquemos os extremos e a justa medida. Por exemplo, entre a covardia e a audácia,
está a coragem; entre a belicosidade e a bajulação, está a amizade; entre a indolência e a
ganância, está a ambição etc. É interessante notar a consciência do filósofo ao elaborar a
teoria do meio termo. Conforme ele, aquele que for inconsciente de um dos extremos,
sempre acusará o outro de vício. Por exemplo, na política, o liberal é chamado de
conservador e radical por aqueles que são radicais e conservadores, porque os extremistas
não enxergam o meio termo.
Portanto, seguindo o famoso lema grego “Nada em excesso”, Aristóteles formula a
ética da virtude baseada na busca pela felicidade, mas felicidade humana, feita de bens
materiais, riquezas que ajudam o homem a se desenvolver, e não se tornar mesquinho, bem
como bens espirituais, como a ação (política) e a contemplação (a filosofia e a metafísica).
A ética, para Sócrates, tinha como objetivo fundamental, conhecer a respeito do
homem. Daí sua frase: “conhece-te a ti mesmo”. Ele dizia que o homem que se conhece
não comete erros. Para ele o que era certo para um, valia para todos e da mesma forma o
que era errado para um, era para todos. Seu pensamento era racionalista. Ele acreditava
que o bem era a felicidade da alma e o bom era útil para felicidade. O homem que errava,
errava por ignorância, por isso precisava ser ensinado. Também para ele havia princípios
universais de ordem e de justiça que vinham de Deus e eram impostos aos homens. Quem
desobedecesse a essas leis era contrário a Deus, assim como à ética e à moral; eram
ignorantes. Ele acreditava que era possível mudar a moral dos homens de forma intelectual
e pregava que bens eram úteis se produzissem felicidade, que virtude e sabedoria eram
bens supremos e que, por meio deles, viriam outros bens. Em resumo, quando o homem
conhece o bem, não pode ignorá-lo; por outro lado, praticando o bem, sente-se dono de si
e é feliz.
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
A palavra ética surgiu do grego “ethos”, sendo traduzida para o latim como “morale”,
ambas carregando o mesmo significado: conjunto de condutas, aspectos relativos aos
costumes. Sócrates foi o primeiro filósofo a pensar no conceito abstrato do que é ética,
porém foi Platão que introduziu a definição sistemática do termo, o qual foi concretizado
por Aristóteles. A filosofia platônica vê “a ética como uma qualidade do sábio, pois apenas
pelo conhecimento se chega à razão e ao controle das iras e desejos, logo, a ser ético.”
Logo, para Platão, ser ético exige como pressuposto basilar o controle dos sentimentos e
desejos (expressos majoritariamente pelos anseios corpóreos), ou seja, não se é ético no
sistema platônico sem o controle e a submissão corpórea ao reino das ideias. Já Aristóteles
dizia que a principal função da ética está em delimitar o bom e o ruim para o homem,
sendo que a dualidade corpo-mente se arquiteta como o principio basilar de seu sistema
teórico. Só com Protágoras, um sofista da antiguidade grega, separou-se a ética da religião.
A ele se atribui a frase: “O homem é a medida de todas as coisas, das reais enquanto são
e das não reais enquanto não são.”. Para Protágoras, os fundamentos de um sistema ético
dispensam os deuses e qualquer força metafísica, estranha ao mundo percebido pelos
sentidos, entretanto, ainda assim o conceito de ética/moral ainda está fortemente ligado
à religião. Epicuro, outro filósofo, deu outra definição para ética, ele dizia que a felicidade
se encontra no prazer moderado, no equilíbrio racional entre as paixões e sua satisfação,
fundando, assim, o hedonismo. No período Renascentista, surge outro nome “de peso”,
Maquiavel. Ele revolucionou o conceito de ética uma vez que promove a independência
da política em relação à moral, cuja máxima residia em tirar o máximo proveito possível de
determinada situação. Nesse universo, os fins justificam os meios, sendo que o propósito
do homem não era ser bom, mas alcançar a felicidade e o poder a qualquer custo, mesmo
que esse custo passasse, às vezes, pelo aniquilamento da diferença, do outro. Nesse
mesmo período, surgem vários filósofos como Hobbes, por exemplo. Este dizia que o
homem era essencialmente mau, precisando de um sistema coercitivo material e espiritual
para controlar seus impulsos. Logo, a ética de Hobbes tinha como única função o controle e
o policiamento dos homens a fim de que estes não se digladiassem por quaisquer motivos
fúteis. No período Iluminista, surge outro grande filósofo: Kant. Ele dizia que os seres
humanos devem ser encarados como fins e não meios para o alcance de determinados
interesses. Daí passamos a Karl Marx, que nega a ética em qualquer plano de constituição
classista. Ele e Engels viam na ética de seu tempo uma ferramenta para manipular o povo,
afirmando, assim, os valores burgueses. Após Marx, Nietsche também desenhou alguns
pensamentos filosóficos sobre a ideia de ética e moral, rejeitando uma visão moralista de
mundo e colocando-a num plano terrestre do presente. Freud também deu sua contribuição
ao desenvolvimento do tema ao tratar sobre tabus sociais. Já em Gramsci, Habermas e
Sartre, é possível notar determinada continuação de uma linha de pensamento cujas raízes
estão fincadas em Marx: todos têm como pressuposto basilar a necessidade da construção
de uma nova sociedade, ainda que por caminhos diferentes, e a premência na crítica aos
valores não democráticos estabelecidos pelo sistema capitalista de produção.
II – Justiça
Justiça pode ser entendida como um valor. Aliás, para Platão, ela é a virtude mais
preciosa para a realização política na polis. A cidade ideal é aquela em que as pessoas
têm um papel, uma função, cada um ocupa seu lugar no todo segundo sua capacidade.
Artesãos, guerreiros, governantes têm suas funções específicas e realizam um tipo de
valor: os primeiros realizam a virtude da temperança, da moderação, sua alma é sensitiva;
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os guerreiros defendem a cidade, sua virtude é a da coragem; os governantes devem ser
sábios, sua virtude é a da sabedoria. Justiça é uma decorrência dessa distribuição.
O conceito de justiça que mais usamos na modernidade não é o distributivo,
e sim o equitativo. Ela é para todos, e todos ganham o mesmo quinhão.
Evidentemente, isso não funciona; há diversidade enorme de gostos, de educação, de
projetos pessoais. Governo algum consegue distribuir tudo a todos da mesma forma. E se,
por acaso, o fizesse, teria que ser impositivo, totalitário, ter mão de ferro para que uns não
quisessem também o que caberia ao outro.
Um conceito mais interessante e viável é o de um filósofo norte-americano,
Richard Rorty (1931-2007), de justiça como lealdade ou solidariedade alargada. Para ele,
não há uma moral universal, não há regras morais que devam ser seguidas por todas as
culturas. Ele sugere que, em algum lugar, de alguma forma, entre as crenças e os desejos
compartilhados, deveria haver recursos que permitissem a convivência, a convivência sem
violência. Alargar a lealdade que se tem com o amigo, com o familiar, com o outro, com o
outro lado da fronteira, com o diferente, isso seria praticar justiça.
III – Educação
No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes
e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte. A
educação vai se desenvolvendo por meio de situações presenciadas e experiências vividas
por cada indivíduo ao longo da sua vida.
O conceito de educação engloba o nível de cortesia, delicadeza e civilidade
demonstrada por um indivíduo e a sua capacidade de socialização. No sentido técnico, a
educação é o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e
morais do ser humano, a fim de melhor se integrar na sociedade ou no seu próprio grupo.
O acesso ao ensino escolar formal faz parte do processo de educação dos indivíduos
e é um direito fundamental do ser humano que deve ser garantido pelo Estado. No processo
educativo em estabelecimentos de ensino, os conhecimentos e habilidades são transferidos
para as crianças, jovens e adultos sempre com o objetivo desenvolver o raciocínio dos
alunos, ensinar a pensar sobre diferentes problemas, auxiliar no crescimento intelectual e
na formação de cidadãos capazes de gerar transformações positivas na sociedade.
IV – Cidadania
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a
lei: ter direitos civis. É também participar do destino da sociedade, votar, ser votado, ter
direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos
sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à
educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila.
Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania
plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante
a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a possibilidade de o cidadão exercer o
conjunto de direitos e liberdades políticas, socioeconômicas de seu país, estando sujeito
a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, à participação consciente e
responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados.
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
8. CONCLUSÃO
Não confunda conclusão com apreciação do trabalho. É muito comum encontrar dissertações
que apresentam na conclusão uma apreciação do assunto, ou frases do tipo “Eu acho muito
importante .........., por isso ou aquilo...”
Na introdução, anuncia-se o que se vai fazer; na conclusão, confirma-se o que foi feito. Se a
introdução pode ser considerada um “trailer” do trabalho, a conclusão é um “replay”.
A despeito de ser um “replay” (tema – tese – solução), admite-se fato novo: ideia ou argumento.
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10. QUALIDADES BÁSICAS DO TEXTO
As três partes fundamentais da redação – introdução, desenvolvimento e conclusão – são
autônomas, mas devem apresentar-se de forma plenamente articulada.
O texto que não conta com UNIDADE, COERÊNCIA, COESÃO e ÊNFASE invariavelmente, vê
comprometidas as melhores intenções de seu autor.
QUALIDADES BÁSICAS DO
TEXTO
Unidade: consiste em fixar-se em uma ideia central no
decorrer da texto.
excesso de exemplos = FALTA DE UNIDADE.
Coerência: reside na associação e correlação de ideias
entre os períodos e entre um parágrafo a outro.
Todas as proposições são atuais / Há solução para tudo = FALTA
DE COERÊNCIA
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
EXEMPLIFICANDO
Texto 1
(TRT-RJ 2013)
Mobilidade urbana é, também, a capacidade de as pessoas se deslocarem de um lugar para
outro para realizar suas atividades de forma confortável, segura e em tempo hábil. É mais do
que meios de transporte e trânsito. Nas grandes cidades, o resgate dos espaços públicos para
os cidadãos se associa à limitação do uso de veículos automotores.
Considerando-se o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre
o tema abaixo.
Anotações
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O texto que segue foi produzido pela aluna da Casa do Concurseiro, Fernanda Mattos. A ela,
meu imenso obrigada e milhões de PARABÉNS!!!!!
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
(reterem e conseguirem) clientes, pois (na mesma década da criação do CDC) Uso de maiúscula.
também se começou a falar em (Globalização), e, (com isso) , aumentou “por isso”
a concorrência. Então, (surge) a necessidade de uma boa estratégia de
Incoerência temporal.
“marketing” para as empresas se manterem no mercado. Não bastava
apenas produzir e vender para obter lucro, havia necessidade de qualidade, Não há tal especificação.
de bom atendimento, de boa prestação de serviços, pois, caso (o) (contrário) Ausência de vírgula
o consumidor procuraria outra (empresa) que o fizesse melhor. isolando termo intercalado
– apontada pelo avaliador.
Repetição próxima.
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Utilização adequada de nexo entre os parágrafos.
Uso de argumento de prova concreta.
10 linhas = 3 períodos.
Relação de causa –
“devido à”
Portanto, (com) a legislação reguladora das relações de consumo e (com) Idem – “devido ao”
o mercado aberto (que intensifica a concorrência), quem mais obtém
Ausência de vírgula –
vantagem (com isso) são os consumidores que cada vez (mais são) oração explicativa.
respeitados, possuem produtos com maior qualidade e preço justo.
Redundância.
Inversão de termos.
Utilização adequada de nexo entre os parágrafos.
Uso de argumento de prova concreta.
Ausência de retomada tema + tese.
6 linhas = 1 período.
CONTEÚDO = 25
ESTRUTURA = 20
EXPRESSÃO = 25
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
PECADOS!
Prolixidade Verborragia
Impropriedade de Inadequação
registro semântica
Ambiguidade
•• Imprecisão: Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma
boa oportunidade para se livrar das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus maridos.
•• Expressão de amplo sentido: A corrupção nacional é uma COISA assustadora, um
PROBLEMA quase sem solução. (A corrupção nacional é assustadora, um problema social
quase sem solução).
Lugar-comum
•• Desde os primórdios da humanidade, o homem tem-se mostrado cruel com seus
semelhantes.
•• É preciso lembrar que dinheiro não traz felicidade.
•• A juventude é o futuro do país.
•• Se cada um fizer a sua parte, certamente viveremos num mundo melhor.
•• Já não se fazem mais pais como antigamente.
•• Ditados: agradar a gregos e troianos, chover no molhado, ficar literalmente arrasado,
passar em brancas nuvens, segurar com unhas e dentes, ter um lugar ao sol...
Impropriedade de registro
Gírias ou expressões informais retiradas da fala cotidiana podem enfraquecer um argumento.
Ex.: Os problemas tipo entre pais e filhos geram estresse.
Assim sendo, evite,
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•• fazer com que: Isso faz com que o povo fique desanimado. (Isso FAZ o povo FICAR
desanimado).
•• ter no lugar de haver:
Ex.: Tem uma liquidação ótima no “shopping”. = coloquial. (Há uma liquidação ótima no
“shopping” = formal.
•• só que: use mas, porém, etc.
•• diálogo com o examinador: não use VOCÊ / TU. Use “se” (apassivador, indeterminante do
agente). Não se desculpe, dizendo que não escreveu mais porque o tempo foi pouco.
•• mistura de tratamento – eu / nós / se / ele(s) – num mesmo período / parágrafo.
•• experimentalismos linguísticos: agudizar, apoiamento, barrichelização, grenalização...
•• cacofonia: Já que tinha interesse, ficou atento.
•• excesso de estrangeirismos: a palavra estrangeira, na sua forma original, só deverá ser
usada quando for absolutamente indispensável. O excesso de termos de outro idioma
torna o texto pretensioso e pedante. Não se esqueça de explicar sempre, entre parênteses,
o significado dos estrangeirismos menos conhecidos. Não empregue no idioma
original palavra que já esteja aportuguesada.
Ex.: estresse e não stress.
Quando houver vocábulo equivalente em Português, prefira-o ao estrangeirismo.
Ex.: cardápio e não menu; desempenho e não performance.
Inadequação Semântica
•• Uso repetitivo de nexos, de palavras ou de expressões.
•• Redundâncias e obviedades.
Ex.: Há cinco anos atrás, não se ouvia falar em aquecimento global. (Há cinco anos... /
Cinco anos atrás...)
Ex.: Hoje em dia; A cada dia que passa; Eu acho / Eu penso...; Mundo em que vivemos;
(no mundo); um certo (“Quando certo alguém / cruzou o seu caminho...”).
•• Excesso de paráfrases: Num mundo em que nós, SERES HUMANOS, buscamos apenas a
excelência profissional... (desnecessário o aposto);
Uso do etc.
Não use etc. sem nenhum critério. Trata-se da abreviatura da expressão latina et cœetera,
que significa “e as demais coisas”. Só devemos usá-la quando os termos que ela substitui são
facilmente recuperáveis.
Ex.: A notícia foi veiculada pelos principais jornais do país como O Globo, Jornal do Brasil, etc.
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
O leitor bem informado sabe que os outros jornais ficam subentendidos: Folha de São Paulo, O
Estado de São Paulo, Zero Hora.
MAS
Ex.: Muitas vezes, os pais não sabem como falar aos filhos problemas relacionados ao sexo, à
morte, etc.
Quais seriam os outros problemas? Fica difícil saber.
Nunca escreva “e etc.”, pois a conjunção “e” já faz parte da abreviatura. Seria o mesmo que
dizer “ e e as demais coisas”. Após a abreviatura, usa-se ponto final: ,etc.
Pluralização
Se uma “propriedade” refere-se a sujeitos diversos, deve manter-se no singular. Quando são
vários os possuidores, o nome da “coisa” possuída fica no singular, inclusive partes do corpo, se
unitárias, ou atributos da pessoa.
Exemplos:
•• A insegurança das grandes cidades prejudica nossas vidas. (nossa vida / a vida)
•• A polícia tenta apurar as identidades dos marginais. (a identidade)
•• Eles concordaram e balançaram as cabeças... (a cabeça)
Expressões comuns
Através: = “atravessar”, “passar de um lado para outro”, “passar ao longo de”
Ex.: A luz do sol, através da vidraça, ilumina o se rosto.
Ex.: O tipo de redação solicitada mudou através dos tempos.
•• NÃO use através no lugar de mediante, por meio de, por intermédio de, graças a ou por.
Ex.: Comuniquei-me com ele por meio do computador.
A nível de NÃO existe. Existem em nível de (= no âmbito de; expressão desgastada!) e ao nível
de.
Ex.: A decisão foi tomada em nível de turma. (Melhor: A decisão foi tomada pela turma.)
Ex.: Não chegou ao nível catastrófico, mas seu desempenho deixou a desejar.
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•• Acontecer = suceder de repente; ideia de inesperado, desconhecido. Ex.: Tudo pode
acontecer, se não nos prepararmos bem! (é recomendável usá-lo com os indefinidos tudo,
nada..., os demonstrativos isto, aquilo...).
•• NÃO use acontecer no sentido de ser, haver, realizar-se, ocorrer, suceder, existir, verificar-
se, dar-se, estar marcado para.
Ex.: O exame está marcado para o dia 03 de janeiro.
•• Possuir, adquirir, obter = posse, propriedade (de um bem material).
Ex.: Ele possui imóveis fora do Brasil.
NÃO utilize possuir, por exemplo, em “Ele possui excelente situação financeira.” Substitua
por “Ele desfruta de excelente situação financeira.” Use ter, desfrutar, apresentar,
manifestar, produzir, demonstrar, gozar, ser dotado de.
•• Ao invés de = inverso, ao contrário de.
•• Ex.: Enganou-se, ao invés de açúcar, pôs sal no cafezinho.
•• Em vez de = no lugar de.
•• Ex.: Em vez de ir ao cinema, resolveu estudar.
•• Ao encontro de = a favor de.
•• Ex.: Concordo com você; minhas ideias vão ao encontro das suas.
•• De encontro a = em sentido oposto, contra.
•• Ex.: Não concordo com você; minhas ideias vão de encontro às suas.
•• A meu ver (não “ao meu ver”).
•• Chamar a atenção (não “chamar atenção”).
•• Defronte de (não “defronte ao”).
•• Em frente de / diante de (não “frente a”).
Nexos
•• ESSE(A)(S) + substantivo / ISSO = retomam assunto.
Ex.: A inflação retornou. Esse fato denota que a economia não é tão estável como apregoa
o governo. / Isso denota que...
•• MESMO(A)(S) = não retomam palavras ou expressões; nessas situações, utilize ELE(A)(S).
Ex.: Ainda tenho os mesmos ideais. Meus amigos, contudo, mudaram. Eles creem que
manter certas convicções é estagnar.
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TRT-SP – Redação – Profª Maria Tereza
•• ONDE = refere-se apenas a lugar em que se está; caso contrário, utilize em que, no(a)(s)
qual(is).
Ex.: A cidade onde (= em que / na qual) nasci é maravilhosa. / O dia em que (no qual) te
conheci foi o melhor de minha vida. / A sociedade na qual (em que) nos inserimos...
•• AONDE = refere-se apenas a lugar para o qual se vai.
Ex.: Essa é a praia aonde você vai nas férias?
14. PONTUAÇÃO
Aspas: são empregadas adequadamente em um texto dissertativo para indicar
•• transcrições textuais;
•• palavras estrangeiras;
•• títulos.
Dois-pontos: usados numa relação em que a segunda oração é uma consequência ou uma
explicação da primeira, mas não no início de qualquer série.
Ex.: No tabuleiro da baiana tem: vatapá, caruru, umbu... (incorreto)
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Nunca inicie períodos por
Sendo que Isso porque
Pois O qual
Mesmo porque
Paralelismo
A quebra de paralelismo consiste em coordenar elementos semelhantes de forma diferente.
Quebra de paralelismo sintático
Ex.: Pediu que eu saísse e para apagar a luz. (Pediu que eu saísse e que apagasse a luz. /
Pediu para eu sair e para apagar a luz.)
Ex.: Há muito desejava e sonhava com uma BMW. (Há muito desejava uma BMW e sonhava
com ela.)
Quebra de paralelismo vocabular
Ex.: Matriculei-me na disciplina, fiz os trabalhos, provas e presença nas aulas. (Matriculei-
me na disciplina, fiz os trabalhos e compareci às aulas.)
Ex.: Escrever romances é diferente da pintura. [escrever = ação / pintura = resultado da
ação] (Escrever romances é diferente de pintar quadros.)
Quebra de paralelismo semântico
Ex.: Quando fui à Grécia, visitei as ruínas e minha avó.
16. GRAFIA
Maiúsculas
•• substantivos próprios de qualquer natureza;
•• nomes de vias e lugares públicos;
•• nomes que designam altos conceitos políticos, religiosos ou nacionais (A Igreja teceu duras
críticas às pesquisas com células-tronco.);
•• nomes que designam artes, ciências e disciplinas;
•• nomes de estabelecimentos públicos ou particulares e nomes de escolas de qualquer espécie
ou grau de ensino;
•• títulos de livros, jornais, revistas, produções artísticas, literárias e científicas;
•• pontos cardeais, quando nomeiam regiões (No Sul, desfruta-se de um inverno europeu.);
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Minúsculas
•• nomes de povos, de suas línguas e gentílicos (O brasileiro é cordial.);
•• nomes dos meses e dos dias da semana;
•• nomes comuns que acompanham nomes geográficos (Transposição do rio São Francisco);
•• nomes de festas pagãs ou festas populares (Em fevereiro, há o carnaval.);
•• nomes das estações do ano;
•• depois de dois-pontos, quando se trata de uma enumeração ou de uma exemplificação;
•• estado = cada uma das divisões político-geográficas de uma nação. (O Amazonas é o maior
estado brasileiro.).
Grafia de números
Por extenso
•• os números até noventa, que se constituírem de apenas uma palavra no início da frase
(Dois alunos saíram mais cedo da aula.);
•• substantivados (Ela lia as Mil e Uma Noites.);
•• dados por aproximação ou estimativa (“Nem por você / Nem por ninguém / Eu me desfaço /
Dos meus planos / Quero saber bem mais / Que os meus vinte / E poucos anos...”);
•• números com mais de uma palavra e números a partir de 100 (Nas próximas vinte e quatro
horas saberei o que fazer de minha vida.);
Em algarismos
•• horas, minutos e tempo em geral (O voo sai às 17h e chega por volta das 19h30min.);
• • medidas (Corro 5 km todos os dias.).
Em forma mista
•• os números de 1 milhão em diante (Esta estrela tem, seguramente, mais de 19 milhões de
anos.)
Siglas
•• todas as letras maiúsculas se a sigla tiver até três letras (ONU);
•• todas as letras maiúsculas se todas as letras forem pronunciadas (INSS);
•• se houver mais de três letras, só a inicial maiúscula (Unesco).
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17. PROPOSTAS DE REDAÇÃO
Instruções gerais:
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corresponde a apenas 65,6% do rendimento dos homens (PNAD 2006/IBGE). É nesse contexto
que o Governo Federal assume a iniciativa de implementar o Programa Pró-Equidade de
Gênero, em parceria com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher
(Unifem) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
(http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/programa_proequidade.
pdf)
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Proposta 6 (BANCO DO BRASIL – 2012)
Ergonomia:
1 estudo científico das relações entre homem e máquina, visando a uma segurança e eficiência
ideais no modo como um e outra interagem.
1.1 otimização das condições de trabalho humano, por meio de métodos da
tecnologia e do desenho industrial.
(Dicionário Houaiss)
A proteção da saúde dos trabalhadores é uma das pretensões da ergonomia, mas não apenas
isto, e sim, também, a melhoria da produção e da produtividade.
(Adaptado de http://www.maurolaruccia.adm.br/trabalhos/hopital.htm)
Ainda que o Brasil tenha assinado a declaração em 1996 e renovado o compromisso em 2006,
não é incomum a defesa de que limites deveriam ser impostos à liberdade de imprensa, mas
até que ponto isso poderia ser feito sem prejuízo da liberdade de expressão e do direito à
informação?
Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o
seguinte tema: liberdade de imprensa, desenvolvimento da sociedade e direitos individuais.
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Proposta 11
As indenizações por acidentes de trânsito no Brasil já passaram de R$ 1 bilhão neste ano. Desde
2003, a quantidade aumentou 133%. [...] “Infelizmente, o seguro é um reflexo de uma situação
que verificamos no País. Os índices de acidentes são alarmantes, seja em feriados seja no dia a
dia”, disse o diretor da seguradora, Ricardo Xavier.
(Adaptado de O Estado de S. Paulo)
Considerando o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo sobre o seguinte tema: a
sociedade brasileira e os conflitos no trânsito.
Proposta 12
Dos cerca de 7,046 bilhões de habitantes do planeta, algo em torno de 3,5 bilhões assistem
regularmente a partidas de futebol. Na Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha, as
73 mil horas de transmissão foram dirigidas para 214 países. Estima-se que um único jogo, a
final entre França e Itália, tenha sido visto por 715 milhões de espectadores. O evento de 2010,
na África do Sul, foi transmitido a 204 países por 245 canais diferentes. Dentro dos estádios,
3.170.856 espectadores compareceram às 64 partidas, com uma média de 49.670 por jogo. A
tendência é a de que esses números se ampliem na Copa do Brasil, agora em 2014. Trata-se de
mercado muito rico, uma verdadeira indústria do esporte como entretenimento das massas,
que envolve altas somas em patrocínio e em publicidade.
Considerando que o fragmento acima tem caráter motivador, redija um texto dissertativo
acerca do seguinte tema: Copa do Mundo de Futebol – o esporte em tempos de globalização.
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Proposta 13
O uso das redes sociais é a grande novidade na arregimentação de pessoas no século XXI e
chega agora ao Brasil, após mostrar sua força em países europeus, asiáticos e africanos, disse
hoje o professor de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Vítor Iório.
Para ele, trata-se de uma ferramenta poderosa, por ser on line e não ter obrigatoriedade de
identificação – tanto pode ser legitimada pela assinatura quanto ser anônima.
“Nada disso impede que ela [ferramenta] arregimente uma legião de jovens.” A arregimentação,
que começa com os mais jovens, em poucos instantes consegue envolver os jovens mais adultos
e, por fim, os adultos propriamente ditos, observou o professor . “Essa ferramenta não está
mais em discussão. Ela é uma realidade”, disse Iório.
Com base no texto motivador, redija uma dissertação a respeito da influência das redes sociais
nos protestos sociopolíticos.
Proposta 14
As efusivas manifestações mundiais de respeito por Nelson Mandela sugerem que não apenas
dissemos adeus ao homem no momento de sua morte (ocorrida em dezembro de 2013), mas
também que perdemos um líder... Entre as muitas frases a ele atribuídas – que revelam sua
sabedoria – está a afirmação de que “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua
pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se
podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
Considerando o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo expondo seu ponto de
vista sobre a necessidade de líderes em uma sociedade.
Proposta 15
Não devemos aceitar a imortalidade
Trocar um gene defeituoso por outro, saudável, e curar uma doença é um feito louvável. Mas
e se a modificação genética fosse feita somente para tornar o ser humano mais forte, mais
bonito? Essa é uma das polêmicas surgidas a partir do florescimento de tecnologias capazes
de modificar o DNA e também é um dos temas do novo livro do filósofo americano Michael
Sandel, “Contra a Perfeição”. Professor de filosofia política da Universidade Harvard (EUA) e
celebrado como um dos mais brilhantes pensadores da atualidade, Sandel acredita que os
feitos proporcionados pela engenharia genética – entre eles a seleção dos melhores embriões
ou a escolha do sexo do filho – impõem à sociedade um espinhoso desafio moral que, no limite,
chega ao questionamento do que representa a própria humanidade.
(Trecho da matéria escrita por Monique Oliveira para a revista Istoé, edição de número 2284, de 23 de agosto de
2013).
Considerando o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo expondo seu ponto de
vista sobre a manipulação do material genético sem fins curativos.
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Proposta 16
Exposição pública e direito à privacidade
A tecnologia nos oferece a oportunidade de controlar o que o mundo vê – escolhendo e atuando
para uma audiência. (...) Precisamos de privacidade, certas coisas devem ser compartilhadas
apenas com as pessoas em quem realmente confiamos.
Tom Chatfield. Como viver na era digital
Proposta 17
Espionagem internacional e controle da internet
Nos últimos meses, informações revelaram que os americanos grampeiam os telefones e a
internet de embaixadas de vários países e que vigiam e-mails de milhões de pessoas ao redor
do mundo. Uma reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo, deu indícios de que a
Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) também espionou as comunicações
da presidente Dilma Roussef e as mensagens de celular do presidente mexicano Enrique Peña
Nieto.
Revista Veja, 11/09/2013
Considerando o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo argumentativo expondo
seu ponto de vista sobre a criação de uma organização mundial capaz de controlar a internet.
(25 a 30 linhas).
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