Você está na página 1de 2

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

Pólo: Belo Horizonte Curso: EAD - Gestão Ambiental

Mário Alves da Silva - Matr. 210255


PS 28.04 Forum “PSA – Pagamento por Serviços Ambientais”

Se a compensação por serviços ambientais é o pagamento, com dinheiro ou


outros meios, para aqueles que ajudam a conservar ou produzir esses serviços
mediante a adoção de práticas, técnicas e sistemas que beneficiem a todos os
envolvidos em determinada área geográfica, este precisa realmente ser
convicente em termos econômicos e éticos para quem extrai sem conservar;
usa e lucra hoje sem pensar no legado da terra para gerações futuras.
Se o desmatamento para aproveitar madeiras, carvão ou minerais, ou o uso do
solo em agropecuária realmente dá dinheiro, há que se empenhar a mudança
desta visão radicamente, para melhor, de que preservar e utilizar os recursos
de forma sustentável, criando novas formas de energia limpa dá muito mais
dinheiro. Isto só só será possível com uma autoestrada de três pistas:
investimento sólido em pesquisas e educação ambiental; ações
governamentais significativas e visíveis. Isto não constitui um formidável e
possível paradigma?
É lógico que um agricultor que utiliza grandes extensões de terra para plantio
de cereais, obtendo com isto muito mais lucro do que teria para preservar, não
hesitaria em descartar a hipótese de criação de reservas ambientais,
continuando na sanha desbravadora de novos horizontes para pastos e solos
férteis.
Então tem de se criar mecanismos de incentivo e conscientização que superem
esta rotina de devastação.
Tem que ter um envolvimento maçiço de todos os segmentos da sociedade no
sentido de que o clima do planeta, a qualidade da água e a biodiversidade, por
si mesmo já é um serviço ambiental que o homem tem de estimar por alto
valor e não perdê-lo. Já paramos para pensar quanto custaria uma floresta
intocável em nossos dias?
Nesta nova visão, uma floresta é muito mais do que madeira para ser extraída
e vendida. Ela é também a fonte do oxigênio que respiramos, sumidouro de
gás carbônico, protetora do solo e das águas, e mantenedora da
biodiversidade fundamental para conservação de um ecossistema equilibrado.
Frutos vem sendo gerados. A Costa Rica é exemplo em seu pioneirismo, ao
efetuar o pagamento por serviços ambientais de um valor básico por hectare
perservado. Em Belo Horizonte existe um projeto para remunerar catadores de
materiais recicláveis, com base na quantidade de gás carbônico que deixará de
ser emitida para a atmosfera; o Brasil lidera também a captação de materiais
recicláveis. O Programa Produtor de Água da Agência Nacional de Águas
(ANA) já remunera alguns proprietários de terras que preservam suas
propriedades em bacias hidrográficas.
Projetos não faltam; ideais também não, pois a mente criativa do brasileiro (e
de tantas pessoas que pensam globalmente) é tão fértil quanto o solo que
pisamos, do qual alguém já afirmou que “em se plantando tudo dá”.
.

Você também pode gostar