Você está na página 1de 5

A seguir vamos expor a metodologia adotada nas principais etapas do programa:

Antecipação e Reconhecimento

Serão realizadas considerando-se como base do reconhecimento os seguintes


itens, onde houver:

 Estabelecimento de Prioridades e Metas de Avaliação e Controle conforme ficar


caracterizado pelas observações ambientais em consonância com os possíveis danos à
saúde dentro do nível de ação requerido.

 Na etapa de controle deve ser reavaliado o agente reconhecido sempre que


ocorrerem alterações nas características da atividade, do local ou do equipamento. Caso
não ocorram alterações, os agentes devem ser reavaliados pelo menos uma vez ao ano.

 Implantação de Medidas de Controle estabelecendo procedimentos técnico-


administrativos.

 Procedimento de monitoramento e de acompanhamento das medidas de controle e


estabelecimento de procedimentos administrativos para acompanhamento do Programa.

 Procedimento de Registro de dados: os dados coletados através das planilhas de


levantamento, antecipação e reconhecimento de riscos, efetuadas nos locais de trabalho,
constarão como fonte de consulta para realizarem o monitoramento ambiental nas diversas
áreas da empresa. Procedimento de divulgação dos dados.

Estabelecer sistema que permita a divulgação dos dados aos empregados, considerando-se
sempre a necessidade de manter disponível a documentação.

Para a fase de RECONHECIMENTO e AVALIAÇÃO foi adotado Análise Preliminar de Riscos


para Higiene Ocupacional (APR-HO). Esta técnica nos permite registrar os agentes
ambientais evidenciados, determinar as exposições ocupacionais e avaliar a existência de
condições de risco, graduando-o a fim de estabelecermos prioridades de ação para nosso
programa.

Para avaliação do Risco foi adotado a seguinte expressão:

RISCO = GRAU DE EXPOSIÇÃO X POTENCIAL DE DANO À SAÚDE

Contudo, o GRAU DE EXPOSIÇÃO é função de duas variáveis: Tempo de exposição ao


agente e quantidade ou intensidade do agente na operação ou ambiente laboral, assim
teremos:

GRAU DE EXPOSIÇÃO = TEMPO DE EXPOSIÇÃO X QUANTIDADE / INTENSIDADE

TEMPO DE EXPOSIÇÃO
TEMPO DE SITUAÇÃO AVALIADA
EXPOSIÇÃO
EVENTUAL Exposição diária ao agente com tempo de exposição inferior a 6% do total
da jornada.
Exposição não diária (uma vez por semana ou menos)

INTERMITENTE Exposição diária, com tempo até 60% do total da jornada.


PERMANENTE Exposição diária com tempo superior a 60% da jornada.
QUANTIDADE / INTENSIDADE
QUANTIDADE / SITUAÇÃO AVALIADA
INTENSIDADE
BAIXA Exposição a quantidades ou intensidades muito pequenas (< Nível de ação)
ou exposição a quantidades ou intensidades maiores, porém com a adoção
de meios adequados de controle sobre a exposição (EPI ou EPC)
minimizando o contato com o trabalhador a níveis desprezíveis.
MÉDIA Exposição a quantidades ou intensidades significativas (entre o Nível de
ação e o limite de tolerância) e não podemos garantir que os meios de
controle sobre as exposições são suficientes.
ALTA Exposição a grandes intensidades ou quantidades (acima do limite de
tolerância) e não podemos garantir que os meios de controle sobre as
exposições são suficientes.

GRAU DE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE INTERMITENTE EVENTUAL
BAIXA DE ATENÇÃO IRRELEVANTE IRRELEVANTE
MÉDIA CRÍTICA DE ATENÇÃO IRRELEVANTE
ALTA CRÍTICA CRÍTICA DE ATENÇÃO
POTENCIAL DE DANO
POTENCIAL DE CARACTERÍSTICAS
DANO
BAIXO Quando o agente, não representar risco potencial de dano à saúde nas condições usuais
(B) descritas na literatura, ou pode representar apenas situação de desconforto e não de
risco.
MÉDIO Quando o agente representa um risco moderado à saúde, nas condições usuais descritas
(M) na literatura, não causando efeitos agudos (imediatos), porém não se verifica controle
técnico para exposição ocupacional.

Quando o agente apresenta características irritantes, cáusticas ou corrosivas aos olhos,


mucosas e pele, porém as práticas operacionais/condições ambientais indicam controle
técnico sobre a exposição.

Quando o agente apresenta características de absorção via cutânea (notação – pele),


porém as práticas operacionais/condições ambientais indicam controle técnico sobre a
exposição.

Quando o agente não possui LT valor-teto, e o valor de LT média ponderada é


consideravelmente alto (centenas de ppm).

Quando não há queixas aparentemente relacionadas com o agente.

ALTO Quando o agente pode causar efeitos agudos (imediatos), possui LT valor-teto e/ou
(A) valores de LT muito baixo (alguns ppm), porém existe controle sobre a exposição
ocupacional.

Quando não há proteção cutânea específica no manuseio de substâncias com notação-


pele (absorção via cutânea) e as práticas operacionais/condições ambientais indicam
aparente descontrole de exposição

Quando o agente apresenta características irritantes, cáusticas ou corrosivas aos olhos,


mucosas e pele, porém as práticas operacionais/condições ambientais indicam
descontrole ou controle insuficiente sobre a exposição.

Quando há possibilidade de deficiência de oxigênio.

Quando há queixas específico-indicadores biológicos de exposição excedidos, (vide


PCMSO).

IMINENTE Quando envolve exposição, sem controle a carcinogênicos.


(I)
Quando situações aparentes de risco grave e iminente.

Quando o agente possui efeitos agudos (imediatos), baixos LT e as práticas


operacionais/situação ambiental indicam aparente descontrole de exposição.

Quando as queixas são específicas e frequentes, com indicadores biológicos de


exposição excedidos.

Quando há risco aparente de deficiência de oxigênio.

Quando há exposição cutânea severa a substâncias com notação-pele.


As definições acima não esgotam todas as alternativas, mas apenas servem de orientação
para a avaliação dos riscos. Assim teremos a seguinte graduação de Riscos:

GRADUAÇÃO DO RISCO
DANO / EXPOSIÇÃO CRÍTICA DE ATENÇÃO IRRELEVANTE
BAIXO MODERADO TRIVIAL TRIVIAL
MÉDIO SUBSTANCIAL MODERADO TRIVIAL
ALTO INTOLERÁVEL SUBSTANCIAL MODERADO
IMINENTE INTOLERÁVEL INTOLERÁVEL SUBSTANCIAL

CATEGORIAS DE RISCOS

As definições para classificação quanto às categorias não esgotam todas as alternativas,


mas apenas servem de orientação para a classificação dos riscos quanto à gravidade de
suas consequências, cabendo ao bom senso técnico o enquadramento das situações não
estabelecidas.

DEFINIÇÕES
POTENCIAL DE DANO DESCRIÇÃO

Quando o agente não representar risco potencial de dano à


saúde nas condições usuais, descritas na literatura, ou pode
I - DE ROTINA representar apenas situações de desconforto e não de risco.

Quando um agente representa um risco moderado à saúde,


nas condições usuais descritas na literatura, não causando
efeitos agudos.

II - DE ATENÇÃO Quando o agente não possui LT valor-teto, e o valor de LT


média ponderada é consideravelmente alto (centenas de
ppm).

Quando não há queixas aparentemente relacionadas com o


agente.

Quando o agente pode causar efeitos agudos, possui LT


valor-teto ou valores de LT muito baixos (alguns ppm).

Quando as práticas operacionais / condições ambientais


III - DE CRÍTICA indicam aparente descontrole de exposição.

Quando não há proteção cutânea específica no manuseio de


substâncias com notação-pele.
Quando há queixas específicas / indicadores biológicos de
exposição excedidos (vide PCMSO)

Quando envolve exposição a carcinogênicos.

Nas situações aparentes de risco grave e iminente.

Quando o agente possui efeitos agudos, baixos Lt e IDLH e


as práticas operacionais / situação ambiental indicam
aparente descontrole de exposição.
IV - EMERGENCIAL
Quando as queixas são específicas e frequentes, com
indicadores biológicos de exposição excedidos.

Quando há exposição cutânea severa a substâncias com


notação-pele.

Você também pode gostar