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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA

CURSO DE LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

TEMA: Articulação Sintáctica Do Texto.


 Textualidade:
-Sequência Textual;
-Progressão textual.
 Coerência e Coesão textual.
 Marcadores e conectores discursivos

Cafumpe-Gondola, 2021
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA

CURSO DE LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

TEMA: Articulação Sintáctica Do Texto.


 Textualidade:
-Sequência Textual;
-Progressão textual.
 Coerência e Coesão textual.
 Marcadores e conectores discursivos

Trabalho de Campo de Tecnologia


de informação e comunicação a ser
Submetido na Coordenação do Curso
de Licenciatura Em Nutrição do ISCED.
Tutora: MSc. Pascoal Guilovica

Discente: Alzira João Catandica


Código: 51210439

Cafumpe-Gondola, 2021
ÍNDICE

CAPITULO I .................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5
1. Objectivo Geral ......................................................................................................... 5
2. Objectivos Específicos .............................................................................................. 5
3. Metodologias ............................................................................................................ 5
CAPITULO II ................................................................................................................. 6
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ARTICULAÇÃO .................................................. 6
1. Os organizadores textuais...................................................................................... 6
2. Marcadores metadiscursivos ................................................................................. 6
2.1. Modalizadores .................................................................................................... 6
2.2. Articuladores metaformulativos ......................................................................... 6
2.3. Articuladores metaenunciativos ......................................................................... 6
3. Conectores ............................................................................................................. 7
Articulador Sinctática De Oposição ............................................................................. 7
Articulação Sinctática de Causa.................................................................................... 8
Articulação Sinctática de Condição .............................................................................. 8
Articulação Sinctatica de Explicação............................................................................ 8
Articulação Sinctática de Fim ....................................................................................... 8
Articulações Sinctáticas e Alternativa .......................................................................... 8
CAPITULO III ............................................................................................................... 8
TEXTUALIDADE .......................................................................................................... 8
Sintaxe ....................................................................................................................... 8
Texto.......................................................................................................................... 9
Articulação sintáctica do texto .................................................................................. 9
Sequência Textual ..................................................................................................... 9
Sequência narrativa ................................................................................................... 9
Sequência descritiva .................................................................................................. 9
Sequência argumentativa........................................................................................... 9
Sequência injuntivo ................................................................................................... 9
Progressão textual ................................................................................................... 10
CAPITULO IV ............................................................................................................... 10
COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL ......................................................................... 10
Coerência Textual ....................................................................................................... 10
Factores de Coerência ............................................................................................. 11
Conhecimento de Mundo ........................................................................................ 11
Inferências ............................................................................................................... 11
Informatividade ....................................................................................................... 11
Princípios Básicos ....................................................................................................... 11
Coesão textual ............................................................................................................. 12
Coesão por Referência ................................................................................................ 12
Coesão por substituição .............................................................................................. 13
Elipse .......................................................................................................................... 13
Conjunção ................................................................................................................... 13
Léxico ......................................................................................................................... 13
CAPITULO V ............................................................................................................... 14
MARCADORES E CONECTORES DISCURSIVOS .............................................. 14
MARCADORES DISCURSIVOS ........................................................................... 14
CONECTORES DISCURSIVOS ............................................................................ 16
CONCLUSÃO............................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 19
CAPITULO I

INTRODUÇÃO
Articuladores textuais, ou marcadores discursivos, são expressões linguísticas,
provenientes das classes de conjunções, advérbios, preposições, envolvidas na
construção do sentido do texto. O estudo dos articuladores textuais é importante para a
melhor compreensão do processo de construção do sentido do texto e do discurso.
Considera-se que o emprego inadequado dos articuladores ou uma interpretação
inadequada de seu uso pode constituir um problema tanto na produção quanto na
recepção de textos, interferindo no seu processamento. Mas não é recomendável
apresentar atividades que visam à assimilação de classificação e reconhecimento dessas
expressões. É preciso, ao contrário, tratar de sua função e de seu uso na construção da
coesão e coerência textuais.

A construção de um texto faz-se através da articulação ou ligação de duas ou mais


frases simples ou orações. Esta articulação organiza-se através de dois processos
sintácticos: a coordenação e a subordinação.

1. Objectivo Geral:
 Conhecer a Articulação Sinctática do Texto.
2. Objectivos Específicos:
 Indicar os Marcadores e Conectores Discursivos;
 Descrever os Elementos da Articulação Sintática do Texto.

3. Metodologias:

Para elaboração deste trabalho recorreu-se ao método bibliográfico que consistiu na


consulta de obras bibliográficas e internet, método descritivo que consistiu na descrição
de informações recolhidas nas diferentes obras onde cada autor está devidamente
referenciada no final do trabalho.

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CAPITULO II

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ARTICULAÇÃO

Articuladores textuais, ou marcadores discursivos, são expressões linguísticas,


provenientes das classes de conjunções, advérbios, preposições, envolvidas na
construção do sentido do texto. Eles relacionam segmentos textuais de qualquer
extensão (períodos, parágrafos, sequências textuais ou porções maiores do texto) e
contribuem para a interpretação do enunciado, com três funções relevantes: cognitiva,
por guiarem o interlocutor no percurso interpretativo do texto; enunciativa, por
remeterem ao próprio evento da enunciação; argumentativa, por apontarem a orientação
argumentativa do texto, (JANICE MARINHO).

Vamos considerar três tipos de articuladores:

1. Os organizadores textuais, que ordenam o texto em uma sucessão de


segmentos complementares: em primeiro lugar/em segundo lugar, depois/em
seguida/enfim, por um lado/por outro lado.
2. Marcadores metadiscursivos, que atribuem um ponto de vista a partes do
texto, servindo para o locutor comentar a formulação do enunciado ou a própria
enunciação.
Eles podem ser subdivididos em:
2.1. Modalizadores, que são usados para o locutor se posicionar diante do
que diz: certamente, evidentemente, aparentemente, obrigatoriamente,
sem dúvida, (in)felizmente, lamentavelmente, talvez, no meu modo de
entender, em resumo, entre muitos outros;
2.2. Articuladores metaformulativos, que são usados quando o locutor faz
reflexões sobre a forma como empregou termos ou palavras em seu
texto, ou sobre a função de um segmento em relação a um anterior: mais
precisamente, sobretudo, isto é, quer dizer, na verdade, quanto a, em
relação a, a respeito de, a título de esclarecimento/de comentário/de
crítica e outros;
2.3. Articuladores metaenunciativos, que são usados na introdução dos
enunciados e evidenciam que o locutor está refletindo sobre sua forma

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de expressão: digamos(assim), como se diz, podemos dizer, sei
lá, grosso modo...
3. Conectores, que encadeiam as diferentes partes do texto, expressando uma
relação entre elementos linguísticos ou contextuais. Os mais conhecidos
são: porque, pois, uma vez que, já que, devido a, se, logo, então, portanto, de
modo que, assim, a fim de; mas, porém, entretanto, embora, apesar de, mesmo
que, ainda que; ou seja, ou melhor, enfim, finalmente.

Na prática pedagógica, o estudo dos articuladores textuais é importante para a melhor


compreensão do processo de construção do sentido do texto e do discurso. Considera-se
que o emprego inadequado dos articuladores ou uma interpretação inadequada de seu
uso pode constituir um problema tanto na produção quanto na recepção de textos,
interferindo no seu processamento. Mas não é recomendável apresentar atividades que
visam à assimilação de classificação e reconhecimento dessas expressões. É preciso, ao
contrário, tratar de sua função e de seu uso na construção da coesão e coerência textuais.

A construção de um texto faz-se através da articulação ou ligação de duas ou mais


frases simples ou orações. Esta articulação organiza-se através de dois processos
sintácticos: a coordenação e a subordinação.

A coesão sequencial no texto ocorre por meio de articuladores sintáticos, que


estabelecem relações sintáticas de coordenação e subordinação. Vejamos algumas
articulações:

4. Articulador Sinctática De Oposição

A articulação sintática de oposição é estabelecida pela coordenação adversativa e


a subordinação concessiva. A articulação ´por meio da coordenação adversativa
implica a utilização dos articuladores: mas, porém, contudo, entretanto, no
entanto.

Os articuladores da subordinação concessiva são: embora, muito embora, conquanto,


ainda, que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que. A
subordinação concessiva tem uma finalidade de preparar ou antecipar uma conclusão
contrária.

7
5. Articulação Sinctática de Causa

A articulação sintática de causa ee possibilitada pelo uso de conjunções


subordinativas causais como: porque, pois, portanto, como, por isso que, já que, uma
vez que, visto que, visto como.

6. Articulação Sinctática de Condição


As conjunções subordinativas condicionais indicam a ideia de condição. A
principal conjunção condicional é o ´´se´´

7. Articulação Sinctatica de Explicação


As conjunções coordenativas explicativas expressam a relação de explicação, são
elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).

8. Articulação Sinctática de Fim


As conjunções subordinativas que manifestam finalidade são elas: para que, a fim
de que, que.

9. Articulações Sinctáticas e Alternativa


As conjunções coordenativas alternativas indicam alternância ou incompatibilidade
de ideias, são elas: ou, ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer.

CAPITULO III

1. TEXTUALIDADE

Entende-se por textualidade um conjunto de características que nos possibilita conhecer


um texto. Os factores de textualidade são os seguintes: coerência, coesão,
intencionalidade, aceitabilidade, infornormatividade e relevância.

1.1. Sintaxe
Sintaxe é um conjunto de regras em um idioma. Ele determina como as palavras de
diferentes partes do discurso são reunidas para transmitir um pensamento completo.

8
1.2. Texto
Texto é o nome usado para designar um conjunto de palavras e frases que, juntos,
formam uma unidade que faça sentido e transmite uma mensagem.

1.3. Articulação Sintáctica do Texto


Tendo em conta os conceitos acima referenciados pode se definir articulação sintáctica
textual como a construção de um texto respeitando a articulação ou ligação e não se
esquecendo do uso das próprias regras usadas em uma língua durante a construção das
frases que irão constituírem o texto.

2. Sequência Textual
Sequência textual é o conjunto de elementos (palavras) que possibilita que um texto
tenha características narrativas, descritivas, argumentativas e/ou injuntivas. Desse
modo, as sequências podem determinar se o texto será predominantemente do tipo
narrativo, descritivo, argumentativo ou injuntivo.

A sequência textual pode ser:

2.1. Sequência Narrativa


A sequência narrativa é construída basicamente de verbos que expressam acção e
encadeiam causas e consequências, revelando a interacção de elementos (personagens,
por exemplo) para a realização de fatos.

2.2. Sequência Descritiva


A sequência descritiva, por sua vez, também pode possuir elementos como a sequência
narrativa, tendo como marca de distinção a não interacção desses elementos para a
realização de fatos.

2.3. Sequência Argumentativa


Para um texto ser caracterizado como argumentativo, é necessário a predominância da
disposição lógica de indícios, suposições, deduções e opiniões que busquem respaldar
uma verdade potencial. Portanto, necessário um conjunto de sequências argumentativas.

2.4. Sequência Injuntivo


São textos o quais incitam a acção dos destinatários, controlando, assim, seu
comportamento, ao fornecer instruções e indicações para a realização de um trabalho ou
a utilização correta de instrumentos e ou ferramentas. Também chamada de instrucional,
está pautado na explicação e no método para a concretização de uma acção.

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Ele indica o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de
remédio, manual de instruções, editais e propagandas. Com isso, sua função é transmitir
para o leitor mais do que simples informações, visa sobretudo, instruir, explicar,
todavia, sem a finalidade de convencê-lo por meio de argumentos.

3. Progressão Textual
A progressão textual é o processo pelo qual o texto se constrói, com a introdução de
informação nova, ligada à informação que já é do conhecimento do leitor ou que lhe é
fornecida no próprio texto. Num texto não pode haver apenas repetição de ideias. Tem
que haver repetição e continuidade, tem que haver retoma dos seus elementos
conceptuais e formais, mas é preciso que apresente novas informações a propósito dos
elementos retomados: é este segundo aspecto que faz com que o texto progrida.

CAPITULO IV

COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL

1. Coerência Textual

Koch e Travaglia definem a coerência como “um princípio de interoperabilidade, ligada


à inteligibilidade do texto numa situação de comunicação e à capacidade que o receptor
tem para calcular o sentido deste texto” ... Um texto contraditório e redundante ou cujas
ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente.

Exemplo: Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os vegetarianos são
assim classificados pelo fato de se alimentar apenas de vegetais)

A coerência textual é o factor relacionado aos sentidos do texto. É importante para o seu
entendimento, para a sua compreensão. Quando um texto ee produzido, o seu autor tem
em mente o(s) possível(is) destinatário(s) e, é claro desejar ser compreendido por ele(s),
todo o texto tem portanto, a sua coerência, (CAVALCANTE, 2011, p.28).

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2. Factores de Coerência

São inúmeros os factores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista a
sua abrangência.

3. Conhecimento de Mundo
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados na
nossa memória. São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento,
como a rotina alimentar: mata-bicho, almoço e jantar), planos (planificar algo com um
objectivo, tal como jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta).

4. Inferências
Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do
pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento.

Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são indianos. (ou seja, em
princípio, esses convidados não comem carne de vaca).

5. Factores de Contextualização

Há factores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza,


como os títulos de uma notícia ou a data de uma mensagem.

Exemplo:

a) Está marcado para às 10h.


b) O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.

6. Informatividade
Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele
será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com
certeza desvaloriza o texto.

7. Princípios Básicos
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios
para se obter um texto coerente:

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 Princípio da Não Contradição – ideias contraditórias;
 Princípio da Não Tautologia – ideias redundantes;
 Princípio da Relevância – ideias que se relacionam.

CAPITULO V

1. Coesão textual

Coesão refere-se as articulações gramaticais entre palavras de uma mesma oração, com
o objectivo de levar clareza e levar o sentido buscado pelo escritor. A coesão busca a
harmonia entre estes termos e é percebida quando existe continuidade dos fatos
expostos.Denomina-se coesão textual o sistema formado por elementos linguísticos
dispostos na superfície do texto, com o objectivo de estabelecer uma ligação entre as
palavras, freses e períodos, contribuindo, assim, para a organização dos seus parágrafos
e para a compreensão do leitor (na modalidade escrita) ou ouvinte (na modalidade oral).

Segundo Xavier (2011), de acordo com as concepções da Linguística Textual, a coesão


não ee um factor necessário para que se considere uma produção oral ou escrita como
texto, pois a sua ausência não chega a comprometer o seu sentido.

(KOCH, 1994), divide a coesão em duas grandes modalidades que são a coesão
referencial e a coesão sequencial. Assim se expressa a autora:

1. A Coesão Referencial aquela em que um componente da superfície do texto faz


remissão a outro(s) elemento(s) do universo textual.

2. A Coesão Sequencial diz respeito aos procedimentos linguísticos por meio dos
quais se estabelecem entre segmento do texto (enunciados, partes de enunciados<
parágrafos e mesmo sequeencias textuais), semânticas diversos tipos de relações
semânticas, a medida que se faz o texto progredir, (KOCH, 1994, p.49).

Segundo Halliday e Hasan existe cinco tipos de articuladores coesivos, que são:
Referência (Endofórica e Exofórica) , Substituição, elipse, conjunção e léxico.

1. Coesão por Referência


Ocorre quando determinado elemento textual se refere a outro, substituindo-o. A
referência, a princípio, pode ser em relação a um dado externo (exofórica) ou interno
(endoforica) ao texto.

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 Exofórica: é aquela que se refere a um elemento fora do texto.
 Endofórica.: pode se referir a algo mencionado anteriormente no texto à anáfora
ou a algo mencionado posteriormente à catáfora.

De acordo com (HEINE, 1997, p.56), a noção de referência postulada por Halliday e
Hasan está ligada a dois conceitos essenciais da literatura linguística. Um ee referente a
função pela qual um signo se refere a um objeto do mundo extralinguístico, real ou
imaginário. Desta forma a referência é vista como parte do significado de muitas
palavras, constituindo-se assim, objeto central a semântica. No outro aspecto a noção de
referência esta ligada ao expecto gramatical de uma língua.

2. Coesão por substituição


Ocorre quando há colocação de um item no lugar de outro ou até de uma oração inteira.
Pode ser nominal (feita por meio de pronomes pessoais, numerais, indefinidos, nomes
genéricos como coisa, gente, pessoa) e verbal (o verbo “fazer” é substituto dos
causativos, “ser” é o substituto existencial). HALLIDAY e HASAN apud KOCH, 1976,
2005).

3. Elipse
A elipse acontece quando omitimos um termo que já foi apresentado anteriormente e
que devido ao contexto criado pela oração se torna fácil lembrar esta expressão. A
elipse é bastante utilizada tanto na linguagem escrita, quanto na oralidade, pois torna o
entendimento do texto mais fácil, apesar da omissão de termos.

4. Conjunção
É diferente das outras relações de coesão, pois não está apenas relacionada a retomada
de algo já expresso no texto. Os elementos conjuntivos são coesivos de maneira
indirecta, devido a relação que faz entre os períodos e sentenças.

5. Léxico
É um tipo de coesão obtida pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o
mesmo referente. Inclui-se aí, também, o uso de nomes genéricos cuja função coesiva
está no limite entre coesões lexical e gramatical, nomes estes que estão a meio caminho
do item lexical ,membro de um conjunto abeto e do item gramatical ,membro de um
conjunto fechado.

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Gramaticalmente, os nomes como gente, a pessoa, a coisa, o negócio, dentre outros,
funcionam como itens de referência anafórica. Lexicalmente, são membros
superordenados (hiperónimos) agindo como sinónimos dos itens a eles subordinados
(hipismos).

CAPITULO VI

MARCADORES E CONECTORES DISCURSIVOS

MARCADORES DISCURSIVOS
Marcadores de discurso (palavras como ‘no entanto’, ’embora’ e ‘Não obstante’) são
referidos mais comumente como ‘palavras de ligação’ e ‘frases de ligação’ ou
‘conectores de frase’. Eles podem ser descritos como a “cola” que une um pedaço da
escrita, fazendo com que as diferentes partes do texto “grudem”. Eles são usados com
menos frequência na fala, a menos que a fala seja muito formal. Sem marcadores de
discurso suficientes em uma peça escrita, um texto não pareceria logicamente
construído e as conexões entre as diferentes frases e parágrafos não seriam óbvias.

Existem muitos marcadores de discurso que expressam diferentes relações entre ideias
e os comuns são os de sentença.

Tipo de relacionamento: Conectores de Sentença Posição dentro da cláusula


/ frase
Adicionando algo Além disso; além do que;
além do mais; mais Posição inicial
distante; além disso; o que
ee mais.

Tipo de Relacionamento: Conectores de Sentença Posição dentro da


cláusula/ frase
Fazendo um entre duas Contudo; Por outro lado;
coisas separadas: pessoas, Em contraste; Ainda. Posição inicial
ideias, etc.
Inicia uma segunda
clausula/ subordinanda

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Tipo de Relacionamento: Conectores de sentença Posição dentro da
cláusula/ frase
Dizendo por que algo Porquie; Desde a; como;
acontece Na medida em que. Posição inicial

Inicia uma segunda


clausula/ subordinanda

Tipo de onectores de sentença Posição dentro da cláusula


relacionamento: fazendo / frase
Apesar; Apesar de; Apesar
um contraste inesperado
do fato que; Apesar do Posição inicial
(concessão)
facto
Inicia uma segunda
de; Independentemente do
cláusula / subordinada
fato disso.

Tipo de Conectores de sentença Posição dentro da cláusula


relacionamento: dizer qual / frase
Portanto;
é o resultado de algo
Consequentemente; Em Posição inicial
consequência; Como um
resultado;
Adequadamente;
Consequentemente.

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CONECTORES DISCURSIVOS

Os conectores ou articuladores têm como função articular, conectar, ligar grupos de


palavras; unir frases simples, formando frases complexas; estabelecer nexos lógicos
entre períodos e parágrafos, de modo a construir textos coesos e coerentes.

Os conectores podem ser classificados com funcionalidades lógicas distintas, de acordo


com o contexto de uso.

Designação Função Articuladores /


Conectores do discurso

Aditivos Agrupar, adicionar ideias, E, nem (negativa), bem


segmentos, sequências, como, não só… mas
informação também, além disso, mais
ainda, igualmente, ainda

Alternativos / Exclusão Apresentar opções, Ou, ou… ou, ora… ora,


alternativas seja… seja,
alternativamente, em
alternativa, opcionalmente

Contrastivos Indicar uma oposição, um Mas, porém, todavia,


contraste contudo, no entanto,
contrariamente, pelo
contrário

Concessivos Negar o efeito, a Embora, ainda que,


conclusão mesmo que, conquanto,
apesar de, malgrado, não
Exprimir uma concessão
obstante, mesmo assim,
ainda assim

Temporais Exprimir relações de Quando, mal, assim que,


tempo entre os segmentos logo que, enquanto,
do texto / discurso entretanto, depois que,

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desde que, antes de, mais
tarde, ao mesmo tempo

Finais Traduzir o fim, a intenção, Para (que), a fim de, a fim


o objectivo de que, de modo / forma a,
com o objectivo de

Comparativos Exprimir uma comparação Como, tal como, assim


como, bem como, também,
mais / menos do que

Causais Exprimir a causa, a razão Porque, visto que, dado


que, como, uma vez que,
já que

Condicionais Introduzir hipóteses ou Se, caso, desde que, a não


condições ser que, contanto que

Consecutivos Exprimir a ideia de Por isso, daí que, de tal


consequência, resultado, forma… que, tanto… que,
efeito tal… que, tão… que

Conclusivas Expressar uma conclusão, Portanto, assim, logo, por


uma inferência (dedução conseguinte, concluindo,
lógica a partir do já para concluir, em
exposto) conclusão, em
consequência, daí, então,
deste modo, por isso, por
este motivo

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CONCLUSÃO
Para a elaboração do presente trabalho investigativo baseou-se na pesquisa bibliográfica
dos manuais que encontram-se citados nas referências bibliográficas. De salientar que
fez-se ainda o uso da internet para a pesquisa de conteúdos não encontrados em manuais
físicos. Por todas razões apresentadas, Articuladores textuais, ou marcadores
discursivos, são expressões linguísticas, provenientes das classes de conjunções,
advérbios, preposições, envolvidas na construção do sentido do texto. Eles relacionam
segmentos textuais de qualquer extensão (períodos, parágrafos, sequências textuais ou
porções maiores do texto) e contribuem para a interpretação do enunciado, com três
funções relevantes: cognitiva, por guiarem o interlocutor no percurso interpretativo do
texto; enunciativa, por remeterem ao próprio evento da enunciação; argumentativa, por
apontarem a orientação argumentativa do texto.

A coerência textual é o factor relacionado aos sentidos do texto. É importante para o seu
entendimento, para a sua compreensão. Quando um texto ee produzido, o seu autor tem
em mente os possíveis destinatários e, é claro desejar ser compreendido por eles, todo o
texto tem portanto, a sua coerência.

A progressão textual é o processo pelo qual o texto se constrói, com a introdução de


informação nova, ligada à informação que já é do conhecimento do leitor ou que lhe é
fornecida no próprio texto. Num texto não pode haver apenas repetição de ideias. Tem
que haver repetição e continuidade, tem que haver retoma dos seus elementos
conceptuais e formais, mas é preciso que apresente novas informações a propósito dos
elementos retomados: é este segundo aspecto que faz com que o texto progrida.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAM, J-M. A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São
Paulo: Cortez Editora, 2008.

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo:
Contexto editor, 2009.

SOUSA, S. C. T.; BIASI-RODRIGUES, B. Um estudo da sequência argumentativa em


editoriais de jornais. In V1: CAVALCANTE, M. M. et al. (org.). Texto e discurso sob
múltiplos olhares: géneros e sequências textuais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.

ADAM, J-M. A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São
Paulo: Cortez Editora, 2008.
ALMEIDA, D. M. V.; MARINHO, J. H. C. Dos Marcadores Discursivos e Conectores:
Conceituação e Teorias Subjacentes. Gláuks. v. 12, n. 1, 2012. p. 169-203.
ANTUNES, I. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial,
2005.
KOCH, I. V. Introdução à Linguística Textual: trajetória e grandes temas. São Paulo:
Martins Fontes, 2004. Cap. 8. p. 81-144.

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