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TECTÔNICA GEOLOGIA ESTRUTURAl II - 2020

CRÁTONS E ORÓGENOS

ORÓGENO

CARACTERÍSTICAS DE UM CRÁTON

Baixo relevo, anomalia gravimetrica positiva, crosta continental delgada,


substrato antigo (arqueano), coberturas fim-paleoproterozóicas a recentes.
As principais estruturas são as sinéclises e antéclises, ou grandes arcos ou domos.
O fluxo térmico é baixo e é grande a espessura da litosfera (quilha litosférica 200-400 km) – o cráton é frio
CRÁTONS E ORÓGENOS MARGINAIS

O metamorfismo e a taxa de deformação decrescem e


as estruturas são transportadas (e vergentes) para o
domínio cratônico.

SEÇÃO GEOLÓGICA NO ORÓGENO RIO PRETO

Caxito et al./São Francisco Cráton, Eastern Brazil cap12 (2017) 221-240

SEÇÃO GEOLÓGICA NO ORÓGENO BRASÍLIA

Valeriano/São Francisco Cráton, Eastern Brazil cap10 (2017) 189-204

SEÇÃO GEOLÓGICA NO ORÓGENO RIBEIRA

Heilbron/São Francisco Cráton, Eastern Brazil cap15 (2017) 277-304


CRÁTONS E ORÓGENOS MARGINAIS

CRÁTON DO SÃO
FRANCISCO
Faixa Brasília

Faixa Ribeira Norte


CRÁTON
PARANAPANEMA

Faixa Ribeira Central

Faixa Ribeira Sul

Cinturão Dom
Feliciano CRÁTON RIO
de la PLATA

Campos Neto/Tectonic Evolution of South America (2000) 335-380


ORÓGENOS E SISTEMAS OROGÊNICOS
NAS MARGENS CONVERGENTES DE PLACAS

Orogênese : Gênese do relevo, processos de soerguimento de montanhas (oros=montanha, genna= nascimento).


Origem das estruturas: orogênese é um processo episódico que modifica a fábrica das rochas
Stille/Z.Dtsch.Geol.Ges.Monatsber. 71 (1919) 164-224

Orogênese é um termo coletivo para os processos que ocorrem nas


margens convergentes de placas.

Orógeno é o resultado da convergência entre duas placas litosféricas.

Sistema orogênico (ou Sistema de Orógenos) resulta da interação


convergente e diacrônica entre mais de duas placas.

Colagem orogênica é uma etapa na construção de um supercontinente e


resulta de uma assembléia de sistemas orogênicos.

Sengör/ Earth Science Reviews 27 (1990) 1-201


INTRODUÇÃO – ORÓGENOS E CRÁTONS
ORÓGENOS E SISTEMAS OROGÊNICOS NAS MARGENS CONVERGENTES DE PLACAS
SISTEMAS OROGÊNICOS E COLAGEM OROGÊNICA
CONCEITO DE CICLO TECTÔNICO (Ciclo de Wilson)

1- quebra de massas continentais


(rifteamento), abertura de oceano,
estabelecimento de margens
continentais passivas e deriva
continental;

Orógeno acrescionário, ou
de subducção intra-
oceânica – arco insular

Orógeno de colisão
continente-arco insular

Novo continente-1
Orógeno acrescionário, ou de 2- processos de convergência,
subducção em margem que tendem a culminar na
continental ativa aglutinação de nova massa
continental.

Orógeno de colisão
continente-continente

Novo continente-2
Novo continente-2, ou
colagem orogênica

http://csmres.jmu.edu/
geollab/fichter/Wilson
ORÓGENOS CONTROLADOS POR SUBDUCÇÃO
ORÓGENOS INTRAPLACAS
ORÓGENOS TRANSPRESSIONAIS

ORIENTAÇÃO DE LEITURA

Brito Neves, B.B., 2011. Glossário de Geotectônica. Oficina de Textos, 1500 vocábulos.

Brito Neves, B.B., 2016. Orogenias: das margens continentais ao interior remoto das placas, uma revisão no tema. Terrae Didática, 12
(1), 19-

Condie, K.C., 1997. Plate Tectonics and crustal evolution. Butterworth-Heinemann, fourth edition, 282 pp.

Frisch, W., Meschede, M. & Blakey, R., 2011. Plate Tectonics – continental drift and mountain building. Springer, 212 pp

Kearey, P., Klepeis, K.A. e Vine, F.J., 2009. Global Tectonics. Wiley-Blackwell, third edition, 482 pp.

Moores, E.M. e Twiss, R.J., 1995. Tectonics. W. H. Freeman and Company, 415 pp.

Murphy, J.B., Keppie, J.D., Hynes, A. (eds.), 2009. Ancient Orogens and Modern Analogues. Geological Society, IUGS, Special
Publication, 327.

Park, R.G., 1988. Geological Structures and Moving Plates. Blackie, 337 pp.

Van der Pluijm, B.A. e Marshak, S., 2004. Earth Structure. W. W. Norton & Company, second edition, 656 pp
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO
ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO

SEGMENTOS IDEAIS DA MORFOLOGIA E ESTRUTURA DE UMA ZONA DE SUBDUCÇÃO

Domínio Externo Domínio Interno

FOSSA ANTEARCO ARCO MAGMÁTICO RETROARCO

talude bacia marginal


continental

Frisch et al (2011)
ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO
REGIMES TECTÔNICOS NOS LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS
Domínio de ante-arco (fore-arc) – segmento orogênico frio
bacia prisma alto bacia de arco
oceânica acrecionário externo ante-arco vulcânico retro-arco

Crosta oceânica em complexos ofiolíticos e depósitos tipo


Compressão no prisma acrescionário e transporte
mélange ofiolítica. Extensão no domínio da bacia de ante-arco e
no sentido contrário do mergulho da subducção.
na curvatura da placa oceânica.

Frisch et al (2011)
ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO

REGIMES TECTÔNICOS NOS LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS

Margens convergentes: erosivas e acrecionárias

Margens erosivas: prisma pouco extenso e


construído pela erosão do declive abrupto da margem.
Dominância de processos de erosão por subducção e
subducção de sedimentos (margem andina)

Margens acrecionárias: extenso depósitos de ante-arco.


Predomínio do crescimento do prisma acrecionário sobre a erosão e
sobre o transporte de sedimentos no canal de subducção

Scholl e von Huene / Canadian j. Earth Sciences 47 (2010) 633-654


ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO
REGIMES TECTÔNICOS NOS LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS

Domínio de Ante-Arco – segmento orogênico frio

Frisch et al (2011)

Bacias de ante-arco (fore-arc basins) são depressões entre os


Sistema Java–Sumatra altos estruturais e topográficos do prisma de acreção (outer-arc
bulge) e o arco magmático.
Fossa profunda (5,2 a 7,5 km de profundidade) e linha de
ilhas sedimentares (exumadas por cavalgamentos vergentes A área-fonte dos depósitos sedimentares é oriunda do arco
para o oceano) nos altos dos arcos externos na retaguarda magmático.
dos prismas acrecionários (outer arc bulge).
Bacias de ante-arco relacionadas a subducção frontal são
fracamente deformadas por compressão. Aquelas de subducção
oblíquas tendem a intensas estruturas transpressionais.
ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO
REGIMES TECTÔNICOS NOS LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS
Domínio de Ante-Arco – segmento orogênico frio
SISMICIDADE EM ZONA DE SUBDUCÇÃO GRADIENTES TÉRMICOS EM ZONAS DE CONVERGÊNCIA DE PLACAS
A grande sismicidade na crosta (hipocentros rasos) A litosfera fria em subducção resfria o domínio de ante-arco e o manto
está confinada à região de ante-arco, fossa e ao adjacente e controla a geração de fluidos nas zonas de convergência de placas
domínio de retro-arco compressivo. (ante-arco – arco – retro-arco).

Cinturões metamórficos pareados


O metamorfismo na frente de subducção mostra uma gradação de ambiente
frio de baixa pressão na superfície para um ambiente frio e de alta, ultra-alta
pressão ao longo da placa descendente

Por outro lado, o arco registra baixas e altas pressões, sob temperaturas alta-
ultra-altas, evidenciando o padrão perturbado das isotermas.

A atividade sísmica associada a zona de


subducção (hipocentros profundos) ocorre no No ambiente de subducção as condições de metamorfismo geram rochas de
manto litosférico ao longo da zona de Wadati- LT-HP da fácies xisto azul. A presença de minerais índice como: glaucofana
Benioff (slab de subducção) (anfibólio-Na), jadeita (piroxênio-Na), lawsonita (zeolita-Ca) indicam que a
LT-HT se estende a grandes profundidades (ca 30km).
ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO

REGIMES TECTÔNICOS NOS LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS – controle do magmatismo no arco

O processo de desidratação da litosfera oceânica em subducção resulta


na liberação de fluídos que influenciam no metasomatismo e fusão
parcial do manto na cunha da astenosfera.

Esse é o processo gerador dos magmas que alimentarão as câmaras


magmáticas profundas e o vulcanismo no domínio do arco magmático.

Migração do arco vulcânico


ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO
REGIMES TECTÔNICOS NOS LIMITES CONVERGENTES DE PLACAS
controle do magmatismo no arco e do regime deformacional no retro-arco
Noção de avanço e retração do slab, ou da zona de Wadati-Benioff (subducção)

Orógeno de subducção com arco magmático sob extenção e sob compressão.

O ângulo de mergulho da zona de subducção e os vetores relativos de velocidade entre as placas, inferior (Vu-underrriding) e
superior (Vo-overriding) e a velocidade da retração do slab (Vr) determinam o regime de deformação e o tipo de orógeno de
subducção (acrecionário).

Orógeno de Subdução com avanço da fossa

A velocidade da placa superior é maior e na


mesma direção que a velocidade de retração do
slab. A subducção de mergulho de médio ou de
baixo ângulo é responsável por regimes
deformacionais em compressão na placa superior.
Crosta oceânica mais nova, mais quente e menos
densa.
ORÓGENO DE ARCO MAGMÁTICO COMPRESSIONAL

Cawood et al. / Geological Society, London,


Sp Pub 318 (2009) 1-36

Orógeno de Subducção com retração da fossa

A velocidade de retração do slab é maior que a


velocidade de placa superior na mesma direção.
A subducção de alto ângulo com recuo da fossa
possibilita regimes deformacionais em extensão na
placa superior. Crosta oceânica mais velha, mais
fria e mais densa.
ORÓGENO DE ARCO MAGMÁTICO EXTENSIONAL
ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO
Definidos pela Natureza do Arco Magmático

Os orógenos por subducção definem 3 tipos principais de arcos magmáticos, dependendo da inclinação da zona de subducção.
A inclinação da zona de subducção depende do vetor de movimento e velocidade das placas convergentes e da velocidade de
retração (rollback) da placa inferior. Depende da densidade da crosta oceânica e sua capacidade de flutuar ou de penetrar no
manto.
1- orógeno de arco magmático em extensão

2- orógeno de arco magmático neutro

3- orógeno de arco magmático em compressão


ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO
Definidos pela Natureza do Arco Magmático
Orógenos de arcos magmáticos em extensão

Arcos em extensão (tipo-Marianas) Arcos tipo-Mariana possuem fossas profundas (11 km) e presença de crosta oceânica antiga em
subducção de alto ângulo de mergulho com forte atividade sísmica. As bacias de retro-arco tem no geral expansão e fundo oceânico .
Normalmente apresentam crosta continental delgada de até 20 km e possuem intenso relevo submarino.
Algumas caracteristicas:

. - desenvolvimento de arcos insulares;

- predominância de magma máfico;

- vulcanismo de série toleíitica (basaltos e andesito-


basálticos);

- vulcanismo menos viscoso do tipo shield


volcanoes;

- depósitos explosivos, de cinzas, tufos e


vulcanoclásticas são raros a ausentes;

- Intrusões de gabros e dioritos, raros rilolitos;

- pequena distância entre a fossa e o arco vulcânico;

- poucos depósitos sedimentares clásticos;

- presença de recifes carbonáticos em altos


basálticos.
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO
Definidos pela Natureza do Arco Magmático
Orógenos de arcos magmáticos neutro – tipo Japão
Arco magmático em crosta continental adelgaçada e
separada do continente pela formação de uma bacia marginal (fundo oceânico) de retro-arco (Mar do Japão).

Algumas Características:

-Velocidade da placa superior é no mesmo sentido e


equivalente a velocidade de rollback;
Mar do Japão
-Manutenção do ângulo de mergulho da litosfera em
subducção;

-Arco magmático estacionário;

Fo
ssa
-Distância invariável entre o arco e a fossa do
I zu
Cretáceo ao Mioceno;
Sistema pareado arco-prisma de acresção -Bo
nin
dia

-Predominam rochas vulcânicas basálticas e


an

basalto-andesíticas;
il

Dualidade entre regimes termais


-Ta

quente (LP-HT) e frio (HP-LT)


ku
yu

registrados em faixas metamórficas -A espesssura da crosta siálica do arco pode


aR

contemporâneas.
promover importante contaminação no
ss
Fo

magmatismo;

-Fore-arc –prisma acrecionário extenso (~250Km) e


de longa duração
ORÓGENO DE SUBDUCÇÃO
Definidos pela Natureza do Arco Magmático
Orógenos de arcos magmáticos em compressão

Arcos compressionais (tipo-Andino) Arcos andinos possuem fossas rasas (~6 km), subductam crosta oceânica jovem com médio-baixo
ângulo de mergulho, possuem retro-arcos dominados por bacias de foreland e deformados por fold-and-thrust belts. Possuem uma crosta
continental espessa de até 70 km e forte atividade sísmica na placa superior. Arcos magmáticos andinos são segmentos geográficos de altas
montanhas com picos em torno de 7 km (Aconcágua 7.315 m).
Algumas Características:

-rochas vulcânicas félsico-intermediárias, de séries


cálcio-alcalinas (andesitos, dacitos e riolitos) de magmas
mais viscosos;

- vulcanismo explosivo, estrato vulcões, caldeiras com


depósitos vulcanoclásticos e de cinzas vulcânicas;

-predomínio de rochas plutônicas de séries cálcio-


alcalinas expandidas (gabro-tonalito-granodiorito-granito);

-grande variação nos processos tectônicos, estilo


estrutural e encurtamento orogênico ao longo da direção
do orógeno;

-limites bruscos entre segmentos vulcânicos e não


vulcânicos em uma segmentação ao longo da direção do
orógeno, controlados pelo mergulho da subducção e
vetores de movimento das placas convergentes;

-grandes distâncias entre a fossa e o arco;

- bacias de ante-arco e prismas acrecionários pequenos


em margens erosivas;

-depósitos clásticos imaturos e conglomeráticos.


ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO
Orógeno de arco magmático em compressão
Segmentação tectônica longitudinal do Orógeno Andino
domínios de subducção de baixo angulo sem vulcanismo e
domínios de subducção normal com arcos vulcânicos

Vista geral da zona vulcânica dos Andes Centrais


Plateau dos
Andes Centrais
com altiplanos
acima de 3000 m.

Vulcões ativos –
triângulos brancos
Sismos com
hipocentros rasos, < 40
km (crosta) – cruzes
Sismos com
hipocentros profundos,
> 40 km (manto)
círculo escuro

Linhas de contorno, em
profundidade, da zona de
Wadati-Benioff (subducção)
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO
Orógeno Andino – arco magmático em compressão

Velocidade da placa superior é maior e na Magmatismo cálcio-alcalino expandido com


mesma direção que a velocidade de rollback. plutônicas (gabro-graníticas) em cinturões de
batolitos granodiorito-graníticos. Vulcanismo
Arco vulcânico em crosta continental –
margem continental ativa – fusão parcial da basalto-andesito-dacito-riolítico (predomínio
de andesitos).
base da crosta.
Extenso domínio estrutural de fold-and-thrust
Intenso encurtamento e duplicação da crosta
belt na região de back-arc de caráter
continental da placa superior, por até 1000
compressivo - bacias de foreland
km a partir da fossa.
deformadas. Transporte no sentido de
mergulho da zona de subducção.
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO
Orógeno de arco magmático em compressão – flexuras da crosta no domínio cratônico
Bacias de foreland ou foredeep
Ocorrem em resposta ao aumento de massa causado pelo espessamento orogênico da crosta e soerguimento topográfico. Este aumento de massa causa uma
flexura da crosta da margem cratônica. A flexura cria uma depressão (bacia orogênica de sedimentação) limitada de um lado pela propagação de
cavalgamentos da frente orogênica e do outro, borda cratônica, por um soerguimento flexural – o forbulge.

Jácome et al./Tectonics
22(2003)

DeCelles & Giles/Basin Research 8 (1996) 105-123

Dáviila et al./Tectonics
26(2007)
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO
Estilo da deformação do Orógeno Andino
Cordilheira Principal – fold-and-thrust belt com transporte para leste

6.967 m
Cerro Tolosa
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO

Estilo da deformação do Orógeno Andino

Thrust and fold belt – précordilheira de San Juan (135 km de


encurtamento orogênico no Mioceno) – transporte para leste
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO (síntese)
ORÓGENOS DE SUBDUCÇÃO ABORDADOS PELA NATUREZA DO ARCO MAGMÁTICO
Inclinação do slab e vetor de movimento das placas convergentes.
1- Orógeno de arco magmático em extensão: A velocidade da placa superior é menor ou em sentido oposto à retração da
fossa. Flutuação negativa do slab. Arco vulcânicos insulares.
Ausência de cadeias de montanha – domínio das bacias de retro-arco e bacias marginais

[Sengör, Earth Science Reviews 27 (1990) 1-201]

2- Orógeno de arco magmático neutro: Placa superior desloca-se no mesmo sentido e com a mesma velocidade de rollback
da placa inferior.

Arco magmático estacionário


Extenso sistema de prismas
acrecionários

Sistema arco-prisma acrescionário do Japão


Isozaki et al. / Gondwana Research 18 (2010) 82-105

3-Orógeno de arco magmático em compressão: Velocidade da placa superior maior e no mesmo sentido que a velocidade
de retração da fossa. Flutuação positiva do slab. Arco vulcânico em crosta continental espessa; retro-arco em compressão,
bacias de foreland.

Migração do arco magmático para


dentro da placa continental
superior

Ramos / Geological Society of America Mem. 204 (2009) 31-65


ORÓGENOS INTRAPLACAS

Orógeno intraplacas
correspondem a faixas dobradas e
de zonas de cisalhamento que
possuem polaridade metamórfica
e deformacional e ocorrem
distantes e separados de limites
conhecidos de placas tectônicas.

É descrito como o produto de:

-transmissão, por grandes distancias


através da litosfera, dos esforços
horizontais gerados nos limites de
placas (far-field stress);

-esforços intraplacas, atribuídos a


forças verticais no manto.

Raimondo et al., Earth Science Reviews


130 (2014)128-153
ORÓGENO TRANSPRESSIONAL
Orógeno transpressional
Os Orógenos transpressionais, são faixas comprimidas entre limites de falhas transformantes, possuem, caracteristicamente,
pequenas dimensões, sobretudo ao longo da direção das camadas. Confinados entre duas paredes de falha transformante, eles
possuem um regime termal frio, sem magmatismo expressivo e sem metamorfismo regional associado.

Orógeno Transpressional Intracontinental Assimétrico, tipo-Californiano

Exemplo da zona transformante sísmica Mendocino, que invade o continente como a


Falha de San Andreas e transforma a subducção da placa de Juan de Fuca, sob o
assoalho noroeste da placa Norte Americana, no espalhamento oceânico da placa de
Cocos, no Golfo da Califórnia. A Baixa Califórnia (região de Los Angeles) pertence a
Placa do Pacífico, separada da placa Norte Americana pela Falha de San Andreas.

Junção tríplice é o ponto de


encontro entre 3 placas tectônicas

RFP

PP NAP

Frisch et al (2011) RT
F
Orógeno transpressional Como uma zona de subducção transformou-se, em 30 milhões de anos, na Falha de San Andreas?

A mudança na configuração das placas, com o encontro entre as placas Norte Americana e Pacífico resultou na formação da
Falha de San Andreas (~20 Ma), entre a junção tríplice de Mendocino (intersecção entre as placas NA, P e JF) e a de Rivera
(NA, P e C).

ESQUEMA EVOLUTIVO

Juan de
Fuca

Placa
CONFIGURAÇÃO ATUAL
Orógeno transpressional
Fraca simetria e a alternância linear de morros e planície
A Falha de San Andreas invade o continente em uma zona de relaxamento (encurvamento
antitético), em parte responsável pela planície alongada do Great Valey.
Abandona o continente em uma zona transpressiva (encurvamento sintético), responsável
por assimetria de cavalgamentos (pouco transporte), obliquidade de dobras (padrões
escalonados) e por falhas direcionais subsidiárias.
Orógeno frio e deformação epidérmica
Orógeno transpressional
Palmyride fold-and-thrust belt

Cinturão transpressivo, extenso de cerca 400x100 km,


condicionado pelos esforços em zona de inflexão
sintética da Falha Transformante do Mar Morto
Domínios transtrativos por escalonamento antitético da
falha transformante continental e domínio transpressivo
por escalonamento sintético
Orógeno transpressional
Palmyride fold-and-thrust belt
Modelo cinemático da estrutura duplex
Salel & Séguret/Tectonophysics 234 (1994) 265-290

A deformação thin-skinned, por fold-and-thrust-belt, incluindo duplex, pilha anticlinal e


cavalgamentos imbricados. Descolamento e encurtamento da cobertura sobre o embasamento,
com consequente modificação orográfica.

Geometrias possíveis para a estrutura do Paleozóico sob o


sistema de cavalgamentos Palmyra

Carbonatos do Eoceno recobrem, em discordância


unidades frontais do cavalgamento principal e encontram-
se cavalgadas.
Encurtamento de 15 km fim Maestrichiano ao Eoceno
Superior (~70-40 Ma) e 5 km de encurtamento a partir do
fim-Mioceno (5 Ma)

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