1) Três casos judiciais discutem a cobrança de ISS pela tomadora de serviços quando a prestadora não possui cadastro no CEPOM.
2) O STF decidiu que é inconstitucional exigir cadastro no CEPOM de prestadoras fora do município e cobrar ISS do tomador.
3) Nos três casos, os tribunais decidiram pela restituição dos valores cobrados indevidamente das tomadoras.
1) Três casos judiciais discutem a cobrança de ISS pela tomadora de serviços quando a prestadora não possui cadastro no CEPOM.
2) O STF decidiu que é inconstitucional exigir cadastro no CEPOM de prestadoras fora do município e cobrar ISS do tomador.
3) Nos três casos, os tribunais decidiram pela restituição dos valores cobrados indevidamente das tomadoras.
1) Três casos judiciais discutem a cobrança de ISS pela tomadora de serviços quando a prestadora não possui cadastro no CEPOM.
2) O STF decidiu que é inconstitucional exigir cadastro no CEPOM de prestadoras fora do município e cobrar ISS do tomador.
3) Nos três casos, os tribunais decidiram pela restituição dos valores cobrados indevidamente das tomadoras.
Anulatória de lançamento tributários – Cobrança de ISS da tomadora de serviço porque as prestadoras não cumpriram dever acessório de se cadastrarem nessa Municipalidade – Descabimento – Descumprimento de obrigação acessória não pode fazer surgir obrigação tributária, já que ausentes os requisitos – Ausência de capacidade tributária passiva da empresa Apelante – Constitucionalidade da Lei Municipal n. 14.042/2005 que acrescentou o artigo 9º na Lei n. 13.701/2003 o qual obrigou empresas prestadoras de serviço sediadas em outro Município de realizarem cadastramento em São Paulo, caso a tomadora de serviço fosse ali sediada – No caso em apreço, no entanto, não se discute a constitucionalidade de referida norma, mas sim a criação de obrigação tributária em razão do descumprimento de obrigação acessória - Impossibilidade - Tese nº 1.020 do Supremo Tribunal Federal, fixada no julgamento do RE 1167509 - RECURSO DESPROVIDO. (TJ- SP - AC: 10611293420178260053 SP 1061129- 34.2017.8.26.0053, Relator: Mônica Serrano, Data de Julgamento: 11/03/2021, 14ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 14/04/2021)
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Apelação Cível. Direito Tributário. ISS. Empresa
prestadora de serviços sediada no Município de Serra/ES, contratada por tomadora situada no Município do Rio de Janeiro, que reclama de bitributação em razão de retenções de ISS realizadas com base no artigo 14- A da Lei 691/84 e no artigo 3º do Decreto 28.248/07. Dispositivos que atribuem ao tomador de serviço aqui sediado a responsabilidade de reter ISS caso a prestadora de outro município não tenha cadastro regular no CEPOM. Sentença que indefere o pedido de gratuidade de justiça e julgada improcedente o pedido por conta de falta de prova da bitributação. Apelo da ré. 1- Apelante que reiterou pedido de gratuidade de justiça. Questão apreciada preliminarmente pelo Relator, tendo sido mantido o indeferimento em sede de agravo interno. Posterior recolhimento das custas do recurso. 2- Apelante que junta, em seu apelo, os comprovantes de pagamento do ISS junto ao Município de Serra. Inicial que já tinha apresentado, de todo modo, as guias de recolhimento daquele município, a guia do recolhimento efetuado pela tomadora no Rio de Janeiro e a prova da retenção do valor mediante desconto no preço. Apelante que sinalizou suposta ausência de controvérsia quanto aos fatos em sua réplica, sem que o Juízo tenha enfrentado a questão durante a instrução. Precedentes do STJ que admitem a juntada em tais circunstâncias, desde que ausente a má fé. 2. Caso concreto em que autora reconhece não possuir o cadastro no CEPOM, por reputar inaplicável a quem não presta seus serviços no município réu. Pedido de compra que indica o Rio de Janeiro como local do serviço e do pagamento, competindo ademais à prestadora o transporte do item a ser por ela reparado. Circunstâncias suficientes em princípio para atrair exigência legal do cadastro. 3. Matéria que foi recentemente apreciada pelo STF em recurso afetado ao Tema 1020 de regime de repercussão geral. Firmada a tese de que: É incompatível com a Constituição Federal disposição normativa a prever a obrigatoriedade de cadastro, em órgão da Administração municipal, de prestadores de serviços não estabelecidos no território do Município, impondo-se ao tomador o recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) quando descumprida a obrigação (RE 1167509). 4. Recurso parcialmente provido para julgar procedentes os pedidos iniciais e determinar a restituição do valor retido e recolhido pelo tomador do serviço. Manutenção do indeferimento da gratuidade de justiça. (TJ-RJ - APL: 02097796020188190001, Relator: Des(a). EDUARDO GUSMAO ALVES DE BRITO NETO, Data de Julgamento: 22/04/2021, DÉCIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 18/12/2020)
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Apelação. Tributário. Ação Declaratória c/c Repetição de
Indébito. ISS. Retenção em fonte pelo tomador de serviços. Ausência de Cadastro no CEPOM. Sociedade com estabelecimento em Belo Horizonte. Improcedência. I - Legitimidade do Demandante para requerer a restituição dos impostos, porquanto comprovou, com os extratos bancários adunados aos autos que o pagamento dos serviços prestados era feito com o desconto dos valores referentes ao recolhimento de ISS. Nesse sentido, o Autor era a parte da relação jurídica que suportava o ônus do encargo tributário, tendo, pois, legitimidade com fulcro no art. 166 do CTN para discutir a adequação da cobrança do tributo. II - Assentada pelo Excelso Pretório a Inconstitucionalidade da legislação municipal. "É incompatível com a Constituição Federal disposição normativa a prever a obrigatoriedade de cadastro, em órgão da Administração municipal, de prestador de serviços não estabelecido no território do Município e imposição ao tomador da retenção do Imposto Sobre Serviços - ISS quando descumprida a obrigação acessória" (RE nº 1.167.509 - Tema 1020 da Repercussão Geral). III - Praetorium Excelsior entendeu que, ao se impor a obrigatoriedade de cadastro do prestador de serviço não sediado no território do Município e, em caso de descumprimento desta obrigação acessória, prever a retenção de ISS pelo tomador de serviços, a lei municipal cria um tratamento diferenciado em razão da procedência do serviço, em violação ao art. 152 da Constituição Federal. IV - Modificação do critério espacial do fato gerador e da sujeição passiva do tributo são matérias de competência legislativa da União a ser tratada através de Lei Complementar o que denota a inconstitucioalidade da cobrança ora em cotejo, eis que perpetrada com fincas em legislação Municipal inquinada por evidente vício formal. V - Competência tributária e sujeito passivo do ISS são regulados pela Lei Complementar 116/2003, que prevê ser o imposto devido pelo prestador de serviços no local onde sediado seu estabelecimento. VI - Reforma da R. Sentença que se impõe para declarar a inexistência de relação tributária entre as Partes, no que diz respeito à incidência de ISS sobre atividade de consultoria prestada em 2013 e 2014, e condenar o Município à restituição dos valores cobrados indevidamente, com incidência de juros e correção monetária de acordo com os mesmos índices aplicados na remuneração dos créditos da Fazenda Pública na cobrança do tributo em atraso (RE nº. 870947), a contar da data da indevida retenção em cada nota fiscal. Provimento. (TJ-RJ - APL: 00876834320188190001, Relator: Des(a). REINALDO PINTO ALBERTO FILHO, Data de Julgamento: 21/04/2021, VIGÉSIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/04/2021)
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Apelação. Ação de repetição de indébito movida pro
prestador de serviço. ISS. Serviços de assessoria e administração de fundos. Retenção de valores efetivada pelo tomador do serviço por descumprimento de obrigação acessória, consistente na inscrição da sociedade no Cadastro de Empresa de Fora do Município (CPOM). Sentença que julgou procedente o pedido e condenou o Município à restituição dos valores retidos. Pretensão à reforma. Desacolhimento. Exigência de Inscrição no Cadastro de Empresa de Fora do Município (CPOM) declarada inconstitucional pelo STF no julgamento do RE 116.7509/SP, sob o rito de repercussão geral (tema 1.020, j. 27/02/2021). Descumprimento de obrigação acessória que, em tese, poderia até justificar a imposição de penalidade, mas que não é apto de criar hipótese de incidência tributária nem atribuir, a terceiros, a responsabilidade pelo pagamento dos valores à título de tributo. Questão atinente à competência tributária para cobrança do ISS fundado na inobservância de obrigação acessória que resta prejudicada, ante a afirmação pelo C. STF da sua inexigibilidade. Contribuinte do ISS que, ademais, é o prestador de serviços. Ausência de elementos que permitam concluir pela transferência do encargo econômico do tributo ao tomador. Inaplicabilidade do artigo 166 do CTN. Restituição devida. Sentença mantida. Recurso não provido, com observação quanto aos critérios de incidência dos juros de mora e da correção monetária. (TJ-SP - AC: 10089095420208260053 SP 1008909-54.2020.8.26.0053, Relator: Ricardo Chimenti, Data de Julgamento: 30/04/2021, 18ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 30/04/2021)