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Prevenção e Controle de

Perdas
Unidade I
Análise e gerenciamento de riscos
Definição de perigo

É a fonte ou situação com potencial para provocar danos em


termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente,
local de trabalho ou combinações destes.
Definição de risco

Risco é a probabilidade ou chance de lesão ou


morte.

É a combinação da probabilidade de
ocorrência e da consequência de um
determinado evento perigoso.
Risco
SITUAÇÃO RISCO VARIÁVEL CONDIÇÃO

Temperatura da
Trabalho com chapas Temperatura da
Queimaduras chapa muito maior
aquecidas chapa
que a da pele

Altura de trabalho
Trabalho em altura Queda fatal Altura de trabalho muito maior que a
do indivíduo

Trabalho em Redução da Dose maior que a


Dose diária de ruído
ambiente ruidoso capacidade auditiva permitida
Exemplo 1
Um banco de transformadores de alta voltagem possui um risco
de eletrocussão, uma vez que esteja energizado. Há um alto
nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma
área com pessoas. O mesmo risco estará presente quando os
transformadores estiverem trancados num cubículo sob o piso.
Entretanto o perigo será mínimo para o pessoal.
Exemplo 2
Exemplo 3

Um operário a 3 metros de altura em um andaime.

Existe risco de queda


Sem proteção
Existe nível alto de perigo

Existe risco de queda


Com proteção
Existe nível baixo de perigo
Evolução histórica
Até o início da década de 70 a questão de Segurança na Indústria era

tratada unicamente no âmbito das empresas, sem maiores

interferências externas. Nesta época a produção teve uma ênfase

exagerada, sem que os empresários se dessem conta dos riscos que

estavam correndo, e é justamente nesta época que os acidentes de

grande repercussão começam a acontecer no mundo.


Evolução histórica
. Refinaria de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil, abril de
1972.
Evolução histórica
. Chernobyl, antiga União Soviética, abril de 1986.
Dica de estudo integrado
A minissérie Chernobyl (2019) demonstra
de forma surpreendente como a ausência
de políticas de gestão de risco adequadas e
a violação das políticas existentes podem
levar a verdadeiras catástrofes. Assista
durante esta disciplina e faça sua análise
crítica.
Gerenciamento de risco

A partir destes e outros eventos danosos, a


sociedade tomou consciência que alguma coisa
deveria ser feito, para se reduzir ou minimizar o
número de acidentes e perdas na indústria,
surgindo assim o Gerenciamento dos Riscos.
Gerenciamento de riscos

Gerência de riscos é o processo de planejar,


organizar, dirigir e controlar os recursos
humanos e materiais de uma organização
no sentido de minimizar os efeitos dos
riscos no estabelecimento.
Fases do gerenciamento de riscos

1. Fase de identificação de perigos

2. Fase de análise de riscos

3. Fase de avaliação de riscos

4. Tratamento dos riscos

5. Monitoramento dos riscos


1) Fase de identificação de perigos

Como fase de identificação de perigos


podemos entender as atividades nas quais
procuram-se situações, combinações de
situações e estados de um sistema que possam
levar a um evento indesejável.
1) Fase de identificação de perigos
Técnicas convencionais:
• Reuniões de segurança, reuniões da CIPA;
• Listas de verificações e inspeções de segurança em campo;
• Relato, análise e divulgação de acidentes e quase
acidentes;
• Exame de fluxogramas e análise de tarefas;
• Experiências de bancada e de campo.
2) Fase de análise de riscos
A fase de análise de riscos consiste no exame e detalhamento
dos perigos identificados na fase anterior, com o intuito de
descobrir as causas e as possíveis consequências caso os
acidentes aconteçam.
2) Fase de análise de riscos

A análise de riscos é qualitativa, cujo objetivo final é propor


medidas que eliminem o perigo ou, no mínimo, reduzam a
frequência e consequências dos possíveis acidentes se os
mesmos forem inevitáveis.
3) Fase de avaliação de riscos
Na terceira fase, de avaliação de riscos, o que se procura é
quantificar um evento gerador de possíveis acidentes. Assim, o risco
identificado é através de duas variáveis: a frequência ou
probabilidade do evento e as possíveis consequências expressas em
danos pessoais, materiais ou financeiros. Contudo, estas variáveis
nem sempre são de fácil quantificação. Esta dificuldade faz com que,
em algumas situações, se proceda a uma análise qualitativa do risco.
3) Fase de avaliação de riscos

Desta forma, temos dois tipos de avaliação da frequência e


consequência dos eventos indesejáveis: a qualitativa e a
quantitativa, alertando-se apenas para o fato que ao proceder a
avaliação qualitativa estamos avaliando o perigo e não o risco.
3) Fase de avaliação de riscos

Quanto ao aspecto quantitativo da avaliação é importante


ter-se a noção de confiabilidade de sistemas. A
confiabilidade é a probabilidade de que um sistema
desempenhe sua missão com sucesso, por um período de
tempo previsto e sob condições especificadas.
3) Fase de avaliação de riscos

A característica de confiabilidade é importante para todos os


equipamentos e sistemas. Os níveis de confiabilidade
requeridos, entretanto, variam de acordo com as conseqüências
da falha de cada sistema.
3) Fase de avaliação de riscos
Mesmo num sistema de alta confiabilidade requerida, podem
existir subsistemas em que a confiabilidade não seja tão crítica,
além do que, a confiabilidade adequada não é obrigatoriamente
a maior possível, fatores como disponibilidade em segurança
versus investimento devem ser analisados.
4) Tratamento dos riscos

Após devidamente identificados, analisados e avaliados os


riscos, o processo de gerenciamento de riscos é complementado
pela etapa de tratamento dos riscos. Esta fase contempla a
tomada de decisão quanto à eliminação, redução, retenção ou
transferência dos riscos detectados nas etapas anteriores.
5) Monitoramento dos riscos

Só com esse monitoramento será possível fazer uma avaliação


de tendências do risco aumentar ou se ele está sob controle.
Novos riscos surgem todos os dias e seu processo deve ser
flexível o suficiente para identificá-los de maneira simples e
prática.
5) Monitoramento dos riscos
Nesse monitoramento, você deve trazer indicadores sobre

questões-chave, como:

• Meta de resultados atingidos;

• Atividades específicas colocadas em prática;

• Desafios na execução das etapas.


Bons estudos!
Referências
BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Segurança do
trabalho: guia prático e didático, 1. ed. - São Paulo: Érica, 2012.

FIGUEIREDO, José Vieira Júnior. Prevenção e controle de perdas:


abordagem integrada. Natal IFRN Editora, 2009.

ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da


segurança do trabalho. – 7. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Atlas,
2002

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