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A Questo Dos Limites
A Questo Dos Limites
Por mais que lhe custe ouvir falar deste assunto, não se esqueça que os limites e as
punições são uma constante nas nossas vidas. Por exemplo: um motorista que segue
acima do limite máximo de velocidade permitido, será multado, ou seja, punido.
Viver em sociedade significa obedecer a regras. Muitas vezes não percebemos, mas
estamos constantemente a respeitar limites e a traçá-los. Não seria possível viver
colectivamente sem eles. Por isso, a criança precisa aprender desde cedo como
comportar-se em grupo.
Naturalmente que é dever dos pais atender os pedidos dos filhos, mas sempre dentro de
determinados limites impostos pela sociedade e pela educação dos próprios
progenitores. É preciso saber dizer não, de uma forma positiva e coerente, caso
contrário vamos estar a atrapalhar o desenvolvimento correcto da criança.
Dizer "não" a uma criança é uma atitude, dentro do processo educativo, necessária e
saudável. A criança precisa de compreender que existem regras, que tudo tem um
momento certo e que há horas para brincar, para dormir, estudar etc. Quando a criança
tem liberdade total, tem dificuldade em apreender e aceitar regras e limites.
A falta de firmeza dos pais leva a criança a impor a sua vontade. É ela que determina o
que vai comer, o que vai vestir, que programa assistir na TV, como deve ser mobiliado
seu quarto, etc. Habituados a impor a sua vontade, a criança e o adolescente não aceitam
ser contrariados.
Dizer "não" a uma criança, no momento certo, não é prejudicial. Muito pelo contrário.
Esta pequena palavra é necessária, uma vez que a criança está ainda a construir a sua
concepção do mundo. A criança precisa de conhecer os limites, saber distinguir aquilo
que pode ou não ser feito, para conseguir viver em sociedade.
Ao contrário do que muitos pais pensam, a criança é capaz de entender um "não". A
recusa não gera traumas, mas tem que ter uma razão e coerência.
Ao proferir a negação, o adulto mostra que se preocupa com a criança, e, para ela, isto
vale muito mais do que muitos brinquedos ou a realização de todas as suas vontades.
Ela poderá chorar ou "fazer birra", mas isso faz parte da sua socialização.
Assim, o adulto deve pensar no bem da criança quando tiver diante de si uma situação
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em que precise de negá-la. Pode ser um pouco difícil dizer não, mas é preferível ver
uma cara triste por apenas alguns momentos, do que testemunhar problemas mais
graves que poderão fazer a criança sofrer mais tarde.
Assim, aqui vão algumas dicas para conseguir colocar limites de uma forma positiva:
negativo ou positivo. Por isso, é preciso estar atento aos comportamentos que tomamos.
Lembre-se que os nossos modos são imitados pelas crianças. Se dizemos que uma
atitude não é correcta e mesmo assim a fazemos, com certeza a criança ficará insegura,
não acreditará no que lhe é dito e fará exactamente o que não devia, já que ela aprende
muito mais pelo que vê do que pelo que ouve.
Para rematar
http://www.junior.te.pt/servlets/Gerais?P=Pais&ID=295