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SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA......................................................................................................................... 1
2 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 1
3 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................... 2
4 ABRANGÊNCIA ................................................................................................................................................ 2
5 RESPONSABILIDADES ...................................................................................................................................... 2
5.1 EMPREGADOR ........................................................................................................................................ 3
5.2 COORDENADOR DO PCA......................................................................................................................... 3
5.3 HIGIENE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................................... 3
5.4 SAÚDE OCUPACIONAL ............................................................................................................................ 4
5.5 GERENTES, COORDENADORES E LÍDERES DE ÁREAS .............................................................................. 4
5.6 ENGENHARIA E PROJETO ........................................................................................................................ 4
5.7 MANUTENÇÃO........................................................................................................................................ 5
5.8 SUPRIMENTOS ........................................................................................................................................ 5
5.9 FORÇA DE TRABALHO ............................................................................................................................. 5
5.10 EMPRESAS CONTRATADAS E PARCEIRAS ............................................................................................... 5
6 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................................................... 6
7 REQUISITOS LEGAIS ........................................................................................................................................ 9
8 LIMITE DE TOLERÂNCIA ................................................................................................................................ 10
8.1 RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE ................................................................................................. 10
8.1.1 NÍVEL DE AÇÃO PARA RÚIDO CONTINUO OU INTERMITENTE ..................................................... 11
8.2 RUÍDO DE IMPACTO.............................................................................................................................. 11
8.2.1 NÍVEL DE AÇÃO PARA RUÍDO DE IMPACTO .................................................................................. 11
8.3 CONFORTO ACÚSTICO – NR 17............................................................................................................. 12
9 EFEITOS ADVERSOS À SAÚDE ....................................................................................................................... 12
9.1 RUÍDO E A PERDA AUDITIVA................................................................................................................. 12
9.2 AGENTES QUÍMICOS E PERDA AUDITIVA ............................................................................................. 13
10 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO ............................................................................................................... 13
10.1 IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................................................... 13
10.2 EQUIPAMENTOS DE MONITORAÇÃO ................................................................................................... 14
10.2.1 DOSÍMETROS DE RUÍDO ............................................................................................................... 14
10.2.2 MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA (DECIBELÍMETRO)..................................................... 14
10.2.3 CALIBRADORES ACÚSTICOS .......................................................................................................... 14
10.2.4 CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ........................................................................................... 15
PCA - Programa de Conservação Auditiva
1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
CNPJ: 46.201.083/0001 - 88
Grau de Risco: 3
2 INTRODUÇÃO
Dentre os diversos agentes nocivos à saúde, o mais frequente nos ambientes de trabalho, assim
como no nosso dia a dia, é o ruído. Esse agente tem sido responsável por distúrbios auditivos
temporários e permanentes e por comprometimentos orgânicos diversos.
A extensão e o grau do dano auditivo dependem da intensidade da pressão sonora, da duração
da exposição, da frequência do ruído e da suscetibilidade do indivíduo.
O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é um conjunto de medidas técnicas e
administrativas que visam à proteção da saúde dos trabalhadores expostos a ruído ocupacional, para
que os mesmos não desenvolvam perda auditiva induzida por nível de pressão sonoro elevado
(PAINPSE).
O controle do ruído é, portanto, uma questão de considerável importância econômica e social.
Cada vez mais, uma ampla variedade de profissionais compartilha um interesse vital por este
problema: técnicos, engenheiros, arquitetos urbanistas, oficiais de governo, higienistas ocupacionais,
médicos, fonoaudiólogos, entre outros.
A característica multidisciplinar do PCA faz com que as habilidades, conhecimentos e
experiências de cada profissional envolvido no programa sejam aproveitados ao máximo, integrando
os trabalhadores expostos, aumentando consideravelmente as chances de sucesso.
A maioria dos requisitos propostos neste documento para execução e administração de um
Programa de Conservação Auditiva está baseada nos requisitos das Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho e Emprego, Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01) da Fundacentro, NBR
10.152 - Níveis de ruído para conforto acústico e Instruções Normativas do INSS.
3 OBJETIVOS
4 ABRANGÊNCIA
Esse documento aplica-se a LWART Lubrificantes e seus respectivos centros de coleta situados
nos diversos estados da federação.
5 RESPONSABILIDADES
O PCA deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar. Cada um dos integrantes do
programa terá suas atribuições e deveres dependendo de sua formação profissional, experiências e
habilidades.
O PCA deverá ter um Coordenador com conhecimento suficiente, experiência profissional,
atualizado sobre os regulamentos vigentes e capacitação técnica em proteção auditiva,
preferencialmente com formação em Higiene Ocupacional.
5.1 EMPREGADOR
Designar e substituir o Coordenador do PCA, se necessário;
Assegurar o cumprimento do PCA, provendo recursos financeiros e humanos;
Cumprir os requisitos legais para preservação da saúde do trabalhador.
5.2 COORDENADOR DO PCA
O funcionário Marcos Rogério Palma, Engenheiro de Segurança do Trabalho, foi designado como
Coordenador do Programa, sendo o responsável por todos os seus aspectos e tem toda autoridade
para tomar as decisões necessárias e garantir o sucesso das ações. Como coordenador terá as
seguintes atribuições:
Coordenar, implantar, supervisionar e auditar o PCA;
Gerenciar o monitoramento ambiental e pessoal, mantendo a Saúde Ocupacional
informada dos resultados;
Manter os procedimentos técnicos e informações referentes ao Programa,
constantemente atualizados;
Manter um banco de dados de exposições e arquivo do PCA;
Desenvolver, implantar, manter e auditar procedimentos para a seleção compra e
distribuição de protetores auditivos;
Investigar desvios do limiar de audição em conjunto com a Saúde Ocupacional;
Planejar treinamento para os trabalhadores de acordo com a frequência definida no PCA
ou PPRA, em conjunto com a Saúde Ocupacional, Segurança e Coordenadores das áreas;
Auditar o uso de protetores auditivos, em conjunto com a Segurança e os Coordenadores
das áreas;
Participar dos estudos, desenvolvimento e implantação das medidas de controle para
redução do ruído nas áreas de trabalho;
Divulgar o Programa nos diversos canais existentes na empresa;
Participar da análise crítica periódica do PCA.
5.3 HIGIENE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO
Dar suporte técnico ao Coordenador do PCA no desenvolvimento e manutenção do
Programa.
Realizar ou conduzir avaliações da exposição do trabalhador;
Sugerir e acompanhar a implantação de medidas de controle de ruído que visem eliminar
riscos de perda auditiva;
Estabelecer os parâmetros para a seleção e teste dos protetores auditivos;
Treinar e conscientizar os trabalhadores sobre os riscos de exposição ao ruído, além de
comunicar os resultados das avaliações pessoais e ambientais;
Verificar o cumprimento de cronogramas e prazos de execução de medidas de controle
referentes à minimização e/ou eliminação do risco de perda auditiva;
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PCA - Programa de Conservação Auditiva
6 DEFINIÇÕES
7 REQUISITOS LEGAIS
8 LIMITE DE TOLERÂNCIA
Refere-se ao nível de pressão sonora e período de exposição, que representa a condição sob a
qual se acredita que a maioria dos trabalhadores pode ficar exposta repetidamente, dia após dia,
sem sofrer efeitos adversos à saúde e que permita a comunicação normal entre as pessoas.
8.1 RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Conforme a NR 15 - Anexo I, nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído igual ou
superior a 85 dB(A) para 8 horas de trabalho, que corresponderá a 100% da dose.
Deve-se adotar o seguinte critério para avaliação da exposição:
Limite de tolerância: 85 dB(A), que corresponde à dose de 100% para uma exposição de 8
horas.
Incremento de duplicação de dose (q) = 5 dB(A).
Nível limiar de integração (NLI): 80 dB(A).
Nota: O Procedimento Técnico da Fundacentro NHO-01 adota os seguintes critérios para avaliação da
exposição:
Limite de tolerância: 85 dB(A), que corresponde à dose de 100% para uma exposição de 8
horas.
Incremento de duplicação de dose (q): 3 dB(A).
Nível limiar de integração (NLI): 80 dB(A)
Máxima Exposição Diária Permitida
Observação: Nenhum profissional deverá ser exposto a níveis de ruído contínuo acima de 115 dB(A) sem a devida proteção.
A NR 9, no item 9.3.6 faz referência ao nível de ação, onde estabelece que as ações preventivas
devam ser iniciadas para minimizar a probabilidade de exposição ao ruído quando a dose estiver
acima de 50%, ou seja, para valores acima de 80 dB(A).
Essas ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos
trabalhadores e o controle médico, contudo devem ser priorizadas as medidas de engenharia para
minimizar o risco ou eliminar a fonte.
Deve-se também considerar a susceptibilidade individual de cada trabalhador e a
recomendação para o uso dos protetores auditivos enquanto as medidas de engenharia não forem
implantadas.
Em que:
Np = nível de pico, em dB (linear), máximo admissível.
N = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada diária de trabalho.
Quando o número de impactos ou de impulsos diários exceder a 10.000 (n >10.000), o ruído
deverá ser considerado contínuo ou intermitente.
O limite de tolerância ou valor teto corresponde ao nível de pico de 140 dB (linear), ou seja,
não é permitido exposição a ruídos de impacto ou impulsivo com níveis de pico superiores a 140 dB.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a estes níveis de ruído oferecerão risco
grave e iminente para aqueles que não estejam adequadamente protegidos.
8.2.1 NÍVEL DE AÇÃO PARA RUÍDO DE IMPACTO
Considera-se como nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído de impacto o valor Np
obtido na expressão do item 7.2, subtraído de 3 decibéis (Np - 3) dB, e devem ser adotadas medidas
preventivas para minimizar a probabilidade de que as exposições ao ruído ultrapassem o limite de
exposição.
alterações clínicas indicativas de danos à saúde, com prejuízos profissionais, familiares e sociais para
o trabalhador.
Anatomia da Audição
10.1 IDENTIFICAÇÃO
A caracterização do local de trabalho, da força de trabalho e do agente de risco é a base para a
formação dos GSE e avaliação da exposição ocupacional.
Todas as áreas de trabalho onde haja presença de ruído e trabalhadores potencialmente
expostos devem ser avaliadas com métodos apropriados de análise quantitativa.
A medição dos níveis de pressão sonora visa mapear as áreas ruidosas para a adoção de
procedimentos de controle, buscando identificar, por exemplo:
Áreas onde o nível de ruído exceda 80 dB(A);
Áreas com potencial para ruído de impacto;
Máquinas e ferramentas onde o nível de ruído exceda 80 dB(A);
Equipamentos com ruído contínuo acima de 80 dB(A) e próximos a postos fixos de
trabalho e que contribuam para a exposição dos GSEs;
Equipamento deverá ser classe I ou classe II e atender as normas: IEC 60651 e IEC
61672-3;
Ter calibração certificada RBC/INMETRO;
Detector de nível de ruído contínuo de 65 a 135 dB(A);
Detector de valores de pico para ruído de impacto de 100 a 140 dB;
Calibrador de pressão sonora compatível com o equipamento de medição;
Software para gráficos de histórico do tempo e distribuição estatística por bandas de
oitava.
10.2.2 MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA (DECIBELÍMETRO)
Os medidores de nível de pressão sonora medem o ruído instantâneo e são utilizados para
medições pontuais, mapeamentos e medição de ruído na fonte.
Devem atender as especificações das normas ANSI S1.4-1983 e IEC 651 ou de futuras revisões e
ter classificação mínima do tipo 2 (exatidão ± 1,0 dB).
10.2.3 CALIBRADORES ACÚSTICOS
Após a realização das monitorações, os resultados em termos de % Dose diária (para 8 horas de
exposição), deverão ser tratados estatisticamente.
Caso a monitoração tenha sido realizada sob condições não representativas da rotina do grupo,
decorrente de operações ou procedimentos imprevisíveis, tais como manutenções corretivas, não
fará parte do tratamento estatístico e uma nova monitoração deverá ser realizada. Entretanto, essas
monitorações devem ser armazenadas em banco de dados específicos, para estudos.
Quando a monitoração fornecer um resultado não condizente com a descrição das tarefas
rotineiras, descritas pelo trabalhador avaliado, apresentando um nível de exposição muito alto ou
muito baixo, deverão ser investigadas as causas. Se não forem encontradas as situações que
justifiquem este fato, os resultados deverão ser incluídos no tratamento estatístico.
10.3.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Referência NHO - 01
As médias aritméticas da dose diária e do Lavg também serão utilizadas como a média
representativa da exposição do GSE avaliado para efeito dos Laudos Ambientais e Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP).
10.4 FREQUÊNCIA DE MONITORAÇÃO
A frequência para a monitoração pessoal será estabelecida tendo como base os níveis médios e
as doses dos GSEs:
Para o GSE com exposição <80 dB(A) serão necessárias monitorações com frequência mínima
de 3 anos ou a critério da área de Higiene Ocupacional, para formação de série histórica.
Fará parte do programa anual de monitoração todo GSE com exposição contínua, intermitente
ou de caráter eventual que resulte em uma exposição média maior do que 80 dB(A) com ou sem
alteração nos exames audiométricos.
Após a implantação de medidas de controle, modificações na área ou nos procedimentos de
trabalho, os GSEs serão reavaliados.
10.5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
As atividades desenvolvidas no PCA serão divulgadas nos diversos canais existentes na
empresa. Os resultados das monitorações dos GSEs serão apresentados às áreas competentes para
definição de medidas de controle apropriadas para cada situação, caso necessário.
Os resultados das monitorações dos GSEs serão informados aos empregados, conforme NR 9,
itens 9.3.8.3 e 9.5.
Quando as medições comprovarem que os níveis de pressão sonora estão acima do nível de
ação, serão tomadas providências a fim de reduzi-los.
Controlar os níveis de ruído significa encaminhar ações para eliminar ou reduzir as exposições
existentes nos ambientes de trabalho para níveis considerados aceitáveis.
Embora os detalhes de um “Programa de Redução de Ruído” sejam complexos, algumas linhas
gerais podem orientar as soluções. As intervenções requerem conhecimento de acústica, localização
das fontes de ruído em máquinas e equipamentos, controle e isolamento de vibrações e choques,
bem como conhecimento da instrumentação para medição e análise de ruído e vibração.
O controle do ruído pode ser classificado de três modos: medidas na fonte, na trajetória e no
trabalhador.
11.1 MEDIDAS DE CONTROLE NA FONTE
As medidas de controle na fonte serão priorizadas, quando forem técnica e economicamente
viáveis, devido a sua eficiência em relação às demais. Dentre as medidas de controle na fonte
destacam-se:
Estabelecimento prévio dos níveis de ruído para as fontes a serem instaladas em plantas
novas e na expansão das antigas;
Especificação dos níveis máximos permitidos para equipamentos e processos industriais
na fase de compra;
Substituição das máquinas ou de parte da máquina, equipamentos e processos industriais
usando sistemas mais silenciosos;
Redução do agrupamento de máquinas;
Relocação de máquinas ruidosas para áreas isoladas;
Substituição de partes metálicas por partes plásticas, mais silenciosas;
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PCA - Programa de Conservação Auditiva
Quando não for possível a redução do nível de ruído aos níveis permitidos, através da
implantação de medidas de engenharia ou ainda através das medidas administrativas, devem-se
adotar, como último recurso, medidas de controle no trabalhador.
11.4 SELEÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS
Os seguintes fatores devem ser considerados na escolha do protetor auditivo:
Os protetores deverão ser adequados ao espectro de frequência e aos níveis de ruído de
cada área de trabalho;
OBS: A escolha do protetor é feita pelo usuário de acordo com sua adaptação ao equipamento
A simples utilização do protetor auditivo não implica a eliminação do risco do trabalhador vir a
sofrer diminuição da sua capacidade auditiva. O protetor auditivo deve ser utilizado (100% da
jornada), ou seja, todo o tempo em que se estiver exposto ao ruído, pois a proteção efetiva será
reduzida quando ele é retirado, mesmo por alguns minutos durante a jornada de trabalho.
Os dados do Quadro abaixo podem ser utilizados para determinar a correção na atenuação
nominal do NRR do protetor em função do tempo efetivo de uso na jornada de trabalho.
Por exemplo, um protetor com atenuação 20 dB quando utilizado por apenas 50% do tempo
em uma jornada de 8 horas (240 minutos), apresentará uma atenuação real de apenas 5 dB.
Fonte: BERGER
uso simultâneo dos dois protetores não pode ser obtida pela soma algébrica das atenuações de cada
um (GERGES, 1992).
Segundo Nixon e Berger (1991), citados no Programa de Conservação Auditiva - Guia Prático
3M(1), o uso da proteção dupla irá aumentar de 5 a 10 dB na atenuação do protetor de maior valor.
Outra referência técnica é dada no Manual Técnico da OSHA(25), que recomenda adicionar 5 dB ao
protetor de maior valor, para encontrar a atenuação fornecida com o uso simultâneo dos dois
protetores.
Cabe salientar que a atenuação dos protetores auditivos deve ser utilizada de forma cautelosa,
para não superestimar a proteção. Reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores nas áreas com
nível de ruído elevado, até que medidas de controle de hierarquia superior (na fonte e na trajetória)
possam ser implantadas.
13 GERENCIAMENTO DA MUDANÇA
Os novos projetos devem contemplar equipamentos e processos que gerem o menor nível de
ruído para o ambiente de trabalho. Atualmente, uma boa gama de equipamentos intrinsecamente
protegidos para minimizar os níveis de ruído está disponível no mercado com preço acessível e de
fácil manutenção.
Quando um equipamento não puder atender a especificação desejada, devem-se implantar
outras medidas de controle para atender os requisitos exigidos no projeto.
Qualquer modificação no processo e/ou equipamentos deve ser exaustivamente estudada para
que a mudança ocorra definitivamente de modo a atender os requisitos legais e de projetos quanto
ao nível máximo de ruído a ser estabelecido para a área de trabalho.
Definir a modificação proposta e avaliar o impacto da mudança, conforme as seguintes etapas:
Assegurar que as medidas de Higiene e Saúde Ocupacional foram incorporadas na fase
de pré-projeto.
Revisar o projeto e propor sugestões caso o item acima não esteja totalmente atendido.
Revisar o item acima e garantir que o mesmo foi atendido antes da partida.
Revisar pós-partida garantindo o controle das medidas de Higiene e Saúde Ocupacional.
A especificação de ruído deve fazer parte de todos os contratos envolvendo aquisição de novos
equipamentos. Essa informação, fornecida pelo fabricante, permitirá prever o aumento dos níveis de
ruído no ambiente de instalação do equipamento.
Usualmente, a especificação para compra requer que o equipamento atinja níveis aceitáveis a 1
metro de distância entre a fonte geradora e o operador, em condições normais de operação. Estes
valores de aceitabilidade devem ser confirmados com medições em campo e ser objeto de
julgamento quanto à exposição ocupacional ao ruído.
O Coordenador do PCA deve ser envolvido na liberação/avaliação das mudanças, para verificar
se foi considerada a especificação do nível máximo de 80 dB(A) para aquisição de novos
equipamentos e projetos, ou na impossibilidade técnica, se foi contemplado medidas de proteção
acústica de redução para este nível.
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PCA - Programa de Conservação Auditiva
Para a realização dos exames audiométricos, recomenda-se seguir todos os preceitos éticos,
legais e técnico-científicos quanto às condições de realização dos exames, capacitação e habilitação
dos profissionais envolvidos.
Guardar os certificados de aferição e calibração do audiômetro e das aferições da cabine
ficando à disposição da fiscalização do trabalho.
Em casos de dificuldades práticas com qualificação de profissionais ou entidades para fazer a
aferição ou ensaio das cabines audiométricas, utilizar medidor de nível de pressão sonora na curva A,
“slow”. Considerar aceitável o valor máximo de 35 dB(A); caso o medidor não tenha recurso para
medição nesta faixa, utilizar o critério do bom senso, certificando-se de um bom isolamento em
horários diversos; locais próximos a áreas ruidosas ou em que se observem vibrações (por exemplo,
consequente ao tráfego de veículos em rua interna ou externa) são contraindicados; no caso de
situações limítrofes, fazer a audiometria utilizando conchas protetoras sobre os fones do
audiômetro.
Para a audiometria de referência (no pré-admissional ou na primeira audiometria válida para
o PCA), o exame deverá ser feito nas condições técnicas preconizadas pela legislação. As
audiometrias sequenciais (feitas após a de referência) poderão ser feitas ao longo da jornada de
trabalho ou em ambiente fora de cabine, porém dentro do padrão citado pela legislação.
Caso uma audiometria sequencial feita durante a jornada ou fora da cabine mostre uma
diferença igual ou superior a 10 dB em qualquer frequência em relação à de referência, repeti-la em
ambiente acústico de cabine, respeitando o prazo mínimo de 14 horas de repouso acústico.
Destaque-se que o eventual encontro de redução do limiar auditivo em audiometria realizada ao
longo da jornada de trabalho pode ser um indicador:
(i) de perda temporária de audição devida ao ruído;
(ii) de não proteção adequada;
(iii) se adequadamente protegido, de hipersensibilidade ou de exposição a ruídos
intensos não ocupacionais ou exposição a outros agentes ototóxicos/otoagressivos,
devendo receber esse trabalhador atenção especial do médico do trabalho
responsável.
Individuo jovem com PAIR-O já diagnosticada, e que vá trabalhar em área de alto nível de
ruído (igual ou maior que 90 dB(A)). Na decisão quanto à admissão ou não, o médico, o
candidato e o empregador têm que estar cientes de se tratar de uma situação de alto risco.
Fazer acompanhamento audiométrico semestral;
Admissão de trabalhador para postos ou ambientes de trabalho com ruído acima de 80 dB(A),
quando este apresentar anacusia unilateral de causa desconhecida, mesmo que a audição
contralateral esteja normal;
Admissão do trabalhador quando este for portador de perda auditiva neurosensorial causada
por agente etiológico que não o ruído, com comprometimento das frequências de 2 kHz, 1
kHz ou 500 Hz;
Admissão de trabalhador com PAIR-O de qualquer grau em empresas nas quais não esteja
implantado um Programa de Conservação Auditiva;
Portador de perda auditiva importante, de causas variadas, principalmente se estiver
atingindo frequências entre 500 Hz e 2 kHz, em que a exposição ao ruído possa prejudicar o
pouco de audição que lhe resta.
Portador de otite média crônica.
Decidindo-se pela admissão de um trabalhador com PAIR-O, Esclarecer-lhe sua condição
auditiva; Colher sua assinatura no exame audiométrico; Oficializar com a área o plano de
conservação auditiva específico daquele trabalhador, colhendo assinatura da chefia que optou
pela admissão e do próprio trabalhador;
Discutir com o trabalhador e com a empresa a conveniência de se obter previamente
uma CAT emitida pela empresa anterior (ou pelo próprio trabalhador), registrando-a na
Previdência Social, junto com a audiometria alterada.
18.3 RELATIVAS AO EXAME PERIÓDICO
Uma vez constatada a PAIR-O no exame periódico, cabe ao médico do trabalho observar se
houve ou não progressão (agravamento) da mesma. Em caso de estabilidade da perda, quando
comparado com a audiometria de referência, manter o trabalhador em atividade laborativa,
atentando para os seguintes aspectos:
Interferência com a capacidade para o trabalho/função;
Eficiência e eficácia do PCA;
Presença de fatores ototóxicos ou otoagressores;
Existência de outras tarefas de exposição ainda maior ao ruído que a previamente conhecida;
Interferência na comunicação no ambiente de trabalho;
Uso de EPI;
Acompanhamento médico periódico anual.
Incluir o nome daquele trabalhador no Quadro IV da NR-4 até o dia 31 de janeiro do ano
seguinte.
Quanto à emissão de ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) com resultados alterados de
audiometria:
Quando o trabalhador apresentar um comprometimento auditivo funcional que limite a sua
capacidade laborativa, e que apresente risco de agravamento caso permaneça na mesma atividade,
emitir um ASO assinalando a inaptidão ou aptidão com restrição para a função ou atividade que
estava exercendo e outro ASO apto para a nova função alocada, arquivando ambas em prontuário.
Quando não se tratar de PAIR, mas de outra doença não relacionada ao ruído, e houver risco
de agravamento com a permanência na mesma atividade ou limitação do desempenho profissional
em função da demanda auditiva do trabalho, função ou atividade, emitir ASO, assinalando a limitação
funcional para o trabalho, função ou atividade.
18.4 RELATIVAS AO EXAME DEMISSIONAL
Os critérios de aptidão para o trabalho variam de empresa para empresa. Assim, se a empresa da
qual o trabalhador está sendo demitido ou desligado admitir candidato com alteração auditiva
equivalente, o trabalhador poderá ser desligado. Deve haver coerência, ou seja, os critérios adotados
para a aptidão admissional devem ser os mesmos critérios adotados para a aptidão demissional.
19 SITUAÇÕES POLÊMICAS
No caso de exames periciais de indenização pelo dano, fazer uma análise caso a caso,
procurando classificar a situação do trabalhador numa das alternativas colocadas no item 5.5 desta
Sugestão de Condutas Médico-Administrativas.
Exames audiométricos conflitantes ou com resultados inconsistentes realizados em serviços
próprios deverão ser repetidos em serviços especializados para evitar suspeição em eventuais
processos judiciais.
21 PROGRAMA EDUCACIONAL
22 AUDITORIAS
A empresa deve estabelecer auditorias regulares para verificar seu desempenho frente aos
requisitos legais e aos padrões estabelecidos. As auditorias previstas devem contemplar o
desenvolvimento do programa, utilização de proteção auditiva e aspectos comportamentais.
As auditorias devem ser registradas e encaminhadas para o Coordenador do PCA para análise e
encaminhamento de medidas preventivas e/ou corretivas.
22.1 AUDITORIA DO PROGRAMA
Auditoria regular para acompanhar a aplicação do PCA pode ser realizada com o auxílio de um
check list, nos itens pertinentes ao escopo do PCA. Deve ser preparado um diagnóstico do que foi
avaliado, apresentando os pontos de melhoria.
Elementos para o check list:
Programa escrito sobre o PCA;
Critérios para o estabelecimento dos GSEs para a exposição ao ruído;
Plano de monitoramento para medir a exposição dos trabalhadores;
Avaliação de agentes químicos que podem resultar em perda auditiva;
Procedimentos escritos para as monitorações, calibração dos instrumentos e as
evidências de calibração;
Ações que atendam às hierarquias de controle: planos para redução dos níveis de ruído
nos ambientes ou equipamentos considerados críticos, enclausuramento, colocação de
barreiras, manutenção de equipamentos e lubrificação;
Medidas administrativas: critério para uso de jatos de ar comprimido, norma para
compra de equipamentos menos ruidosos, horas extras e dobras de turnos, existência de
rodízios, principalmente para trabalhadores indicados pela área médica;
Demarcação e sinalização das áreas onde os níveis de ruído excedem o nível de ação,
indicação de equipamentos ruidosos;
23 DOCUMENTAÇÃO / ARQUIVO
24 REFERÊNCIAS