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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

LWART Lubrificantes LTDA


PCA - Programa de Conservação Auditiva

SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA......................................................................................................................... 1
2 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 1
3 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................... 2
4 ABRANGÊNCIA ................................................................................................................................................ 2
5 RESPONSABILIDADES ...................................................................................................................................... 2
5.1 EMPREGADOR ........................................................................................................................................ 3
5.2 COORDENADOR DO PCA......................................................................................................................... 3
5.3 HIGIENE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................................... 3
5.4 SAÚDE OCUPACIONAL ............................................................................................................................ 4
5.5 GERENTES, COORDENADORES E LÍDERES DE ÁREAS .............................................................................. 4
5.6 ENGENHARIA E PROJETO ........................................................................................................................ 4
5.7 MANUTENÇÃO........................................................................................................................................ 5
5.8 SUPRIMENTOS ........................................................................................................................................ 5
5.9 FORÇA DE TRABALHO ............................................................................................................................. 5
5.10 EMPRESAS CONTRATADAS E PARCEIRAS ............................................................................................... 5
6 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................................................... 6
7 REQUISITOS LEGAIS ........................................................................................................................................ 9
8 LIMITE DE TOLERÂNCIA ................................................................................................................................ 10
8.1 RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE ................................................................................................. 10
8.1.1 NÍVEL DE AÇÃO PARA RÚIDO CONTINUO OU INTERMITENTE ..................................................... 11
8.2 RUÍDO DE IMPACTO.............................................................................................................................. 11
8.2.1 NÍVEL DE AÇÃO PARA RUÍDO DE IMPACTO .................................................................................. 11
8.3 CONFORTO ACÚSTICO – NR 17............................................................................................................. 12
9 EFEITOS ADVERSOS À SAÚDE ....................................................................................................................... 12
9.1 RUÍDO E A PERDA AUDITIVA................................................................................................................. 12
9.2 AGENTES QUÍMICOS E PERDA AUDITIVA ............................................................................................. 13
10 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO ............................................................................................................... 13
10.1 IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................................................... 13
10.2 EQUIPAMENTOS DE MONITORAÇÃO ................................................................................................... 14
10.2.1 DOSÍMETROS DE RUÍDO ............................................................................................................... 14
10.2.2 MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA (DECIBELÍMETRO)..................................................... 14
10.2.3 CALIBRADORES ACÚSTICOS .......................................................................................................... 14
10.2.4 CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ........................................................................................... 15
PCA - Programa de Conservação Auditiva

10.3 MONITORAÇÃO PESSOAL ..................................................................................................................... 15


10.3.1 PARÂMETROS DE MEDIÇÃO ......................................................................................................... 15
10.3.2 METODOLOGIA DE MEDIÇÃO ....................................................................................................... 16
10.3.3 CUIDADOS NECESSÁRIOS NAS MEDIÇÕES .................................................................................... 16
10.3.4 AQUISIÇÃO DE DADOS DA MEDIÇÃO ........................................................................................... 16
10.3.5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO DAS INFORMAÇÕES......................................................................... 17
10.3.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................................................... 17
10.4 FREQUÊNCIA DE MONITORAÇÃO ......................................................................................................... 17
10.5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................................................................... 18
11 CONTROLE DOS NÍVEIS DE RUÍDO ................................................................................................................ 18
11.1 MEDIDAS DE CONTROLE NA FONTE ..................................................................................................... 18
11.2 MEDIDAS DE CONTROLE NA TRAJETÓRIA ............................................................................................ 19
11.3 MEDIDAS DE CONTROLE PARA O RECEPTOR........................................................................................ 19
11.3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ............................................................................... 19
11.4 SELEÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS............................................................................................... 19
11.4.1 PROTETORES UTILIZADOS NA LWART LUBRIFICANTES ................................................................ 20
11.5 RECOMENDAÇÕES DE USO PARA PROTETORES AUDITIVOS ................................................................ 20
11.6 HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO.......................................................................................................... 21
12 ATENUAÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS EM FUNÇÃO DO TEMPO DE USO ........................................... 21
12.1 EFICIÊNCIA DOS PROTETORES AUDITIVOS ........................................................................................... 22
12.2 UTILIZAÇÃO DE PROTEÇÃO DUPLA....................................................................................................... 22
13 GERENCIAMENTO DA MUDANÇA ................................................................................................................. 23
14 DIRETRIZES MÉDICAS DO PCA - ANAMT ....................................................................................................... 24
14.1 CONDUTAS MÉDICO-ADMINISTRATIVAS.............................................................................................. 24
15 AVALIAÇÃO DOS COLABORADORES ............................................................................................................. 24
15.1 PLANEJAR A MONITORIZAÇÃO ............................................................................................................. 24
15.2 DETERMINAR O PERFIL DA AUDIÇÃO ................................................................................................... 24
15.3 DETERMINAR O NEXO CAUSAL ............................................................................................................. 24
16 CONDIÇÕES PARA O EXAME AUDIOMÉTRICO .............................................................................................. 25
17 INTERPRETAÇÃO PREVENTIVA DAS AUDIOMETRIAS.................................................................................... 25
18 CONDUTAS PARA EXAMES AUDIOMÉTRICOS............................................................................................... 27
18.1 RELATIVAS AO EXAME DE REFERÊNCIA ................................................................................................ 27
18.2 RELATIVAS AO EXAME ADMISSIONAL .................................................................................................. 27
18.2.1 QUANDO CONSIDERAR RISCO BAIXO ........................................................................................... 27
18.2.2 QUANDO CONSIDERAR RISCO ALTO............................................................................................. 27
PCA - Programa de Conservação Auditiva

18.3 RELATIVAS AO EXAME PERIÓDICO ....................................................................................................... 28


18.4 RELATIVAS AO EXAME DEMISSIONAL................................................................................................... 29
19 SITUAÇÕES POLÊMICAS ................................................................................................................................ 29
20 FLUXO DAS ETAPAS INVESTIGATÓRIAS ........................................................................................................ 30
20.1 RESPONSABILIDADES DA SAÚDE .......................................................................................................... 30
20.2 RESPONSABILIDADES DA SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................................................ 30
21 PROGRAMA EDUCACIONAL .......................................................................................................................... 31
21.1 CONTEÚDO ........................................................................................................................................... 31
21.2 PÚBLICO ALVO ...................................................................................................................................... 32
21.3 FREQUÊNCIA ......................................................................................................................................... 32
22 AUDITORIAS .................................................................................................................................................. 32
22.1 AUDITORIA DO PROGRAMA ................................................................................................................. 32
22.2 AUDITORIA DO USO DO EPI .................................................................................................................. 33
23 DOCUMENTAÇÃO / ARQUIVO ...................................................................................................................... 33
24 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 34
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1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Nome: LWART LUBRIFICANTES LTDA

Trevo da Rodovia Juliano Lorenzetti, Acesso Rod.


Endereço:
Marechal Rondon, saída 304

CNPJ: 46.201.083/0001 - 88

CNAE: 19.22-5 - 02 – Rerrefino de Óleo Lubrificante

Grau de Risco: 3

Coordenador do PCA Engº de Seg. do Trabalho Marcos Rogério Palma

2 INTRODUÇÃO

Dentre os diversos agentes nocivos à saúde, o mais frequente nos ambientes de trabalho, assim
como no nosso dia a dia, é o ruído. Esse agente tem sido responsável por distúrbios auditivos
temporários e permanentes e por comprometimentos orgânicos diversos.
A extensão e o grau do dano auditivo dependem da intensidade da pressão sonora, da duração
da exposição, da frequência do ruído e da suscetibilidade do indivíduo.
O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é um conjunto de medidas técnicas e
administrativas que visam à proteção da saúde dos trabalhadores expostos a ruído ocupacional, para
que os mesmos não desenvolvam perda auditiva induzida por nível de pressão sonoro elevado
(PAINPSE).
O controle do ruído é, portanto, uma questão de considerável importância econômica e social.
Cada vez mais, uma ampla variedade de profissionais compartilha um interesse vital por este
problema: técnicos, engenheiros, arquitetos urbanistas, oficiais de governo, higienistas ocupacionais,
médicos, fonoaudiólogos, entre outros.
A característica multidisciplinar do PCA faz com que as habilidades, conhecimentos e
experiências de cada profissional envolvido no programa sejam aproveitados ao máximo, integrando
os trabalhadores expostos, aumentando consideravelmente as chances de sucesso.
A maioria dos requisitos propostos neste documento para execução e administração de um
Programa de Conservação Auditiva está baseada nos requisitos das Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho e Emprego, Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01) da Fundacentro, NBR
10.152 - Níveis de ruído para conforto acústico e Instruções Normativas do INSS.

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PCA - Programa de Conservação Auditiva

3 OBJETIVOS

 Definir medidas técnicas e administrativas para salvaguardar a capacidade auditiva dos


trabalhadores contra os efeitos potencialmente danosos da exposição excessiva a ruído
nos locais de trabalho.
 Indicar técnicas para avaliar os níveis de exposição a ruído ao qual são submetidos os
trabalhadores de diversas funções e locais de trabalho, a fim de garantir o atendimento
aos níveis máximos de exposição estabelecidos na legislação.
 Estabelecer protocolo de monitoração biológica nos casos de desenvolvimento de
PAINSPE.

4 ABRANGÊNCIA

Esse documento aplica-se a LWART Lubrificantes e seus respectivos centros de coleta situados
nos diversos estados da federação.

5 RESPONSABILIDADES

O PCA deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar. Cada um dos integrantes do
programa terá suas atribuições e deveres dependendo de sua formação profissional, experiências e
habilidades.
O PCA deverá ter um Coordenador com conhecimento suficiente, experiência profissional,
atualizado sobre os regulamentos vigentes e capacitação técnica em proteção auditiva,
preferencialmente com formação em Higiene Ocupacional.

Equipe Multidisciplinar do PCA

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PCA - Programa de Conservação Auditiva

5.1 EMPREGADOR
 Designar e substituir o Coordenador do PCA, se necessário;
 Assegurar o cumprimento do PCA, provendo recursos financeiros e humanos;
 Cumprir os requisitos legais para preservação da saúde do trabalhador.
5.2 COORDENADOR DO PCA

O funcionário Marcos Rogério Palma, Engenheiro de Segurança do Trabalho, foi designado como
Coordenador do Programa, sendo o responsável por todos os seus aspectos e tem toda autoridade
para tomar as decisões necessárias e garantir o sucesso das ações. Como coordenador terá as
seguintes atribuições:
 Coordenar, implantar, supervisionar e auditar o PCA;
 Gerenciar o monitoramento ambiental e pessoal, mantendo a Saúde Ocupacional
informada dos resultados;
 Manter os procedimentos técnicos e informações referentes ao Programa,
constantemente atualizados;
 Manter um banco de dados de exposições e arquivo do PCA;
 Desenvolver, implantar, manter e auditar procedimentos para a seleção compra e
distribuição de protetores auditivos;
 Investigar desvios do limiar de audição em conjunto com a Saúde Ocupacional;
 Planejar treinamento para os trabalhadores de acordo com a frequência definida no PCA
ou PPRA, em conjunto com a Saúde Ocupacional, Segurança e Coordenadores das áreas;
 Auditar o uso de protetores auditivos, em conjunto com a Segurança e os Coordenadores
das áreas;
 Participar dos estudos, desenvolvimento e implantação das medidas de controle para
redução do ruído nas áreas de trabalho;
 Divulgar o Programa nos diversos canais existentes na empresa;
 Participar da análise crítica periódica do PCA.
5.3 HIGIENE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO
 Dar suporte técnico ao Coordenador do PCA no desenvolvimento e manutenção do
Programa.
 Realizar ou conduzir avaliações da exposição do trabalhador;
 Sugerir e acompanhar a implantação de medidas de controle de ruído que visem eliminar
riscos de perda auditiva;
 Estabelecer os parâmetros para a seleção e teste dos protetores auditivos;
 Treinar e conscientizar os trabalhadores sobre os riscos de exposição ao ruído, além de
comunicar os resultados das avaliações pessoais e ambientais;
 Verificar o cumprimento de cronogramas e prazos de execução de medidas de controle
referentes à minimização e/ou eliminação do risco de perda auditiva;
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PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Realizar auditorias do Programa e do uso do EPI;


 Manter os registros atualizados e de fácil acesso;
5.4 SAÚDE OCUPACIONAL
 Planejar, conduzir, atualizar e interpretar os exames audiométricos em concordância com
a Portaria nº 19 do MTE - NR 7, Anexo I, Quadro II;
 Auxiliar ou assessorar o Coordenador do PCA nas auditorias do Programa;
 Promover e incentivar treinamentos para os trabalhadores potencialmente expostos,
junto com o Coordenador do PCA;
 Cruzar os resultados das audiometrias com as dosimetrias de ruído, dar o parecer quanto
ao nexo ocupacional da perda auditiva considerando:
o Os laudos das audiometrias e das dosimetrias;
o O histórico clínico ocupacional e social dos profissionais;
o O histórico epidemiológico da área envolvida.
 Identificar os casos de perda auditiva, quando estabelecido nexo causal, para
acompanhamento, registro das CAT´s e tomada de ações pertinentes;
 Informar ao Coordenador do PCA sobre qualquer desvio do limiar de audição,
investigando conjuntamente sua etiologia.
 Seguir o procedimento de exames complementares em ANEXO I – para direcionamento de
alterações condizentes com suspeita de PAINPSE
5.5 GERENTES, COORDENADORES E LÍDERES DE ÁREAS
 Responsável pela aplicação das diretrizes do PCA nas unidades operacionais;
 Interagir com a Saúde Ocupacional e Segurança, no treinamento de trabalhadores
potencialmente expostos;
 Facilitar o processo de treinamento e realização dos exames audiométricos;
 Auditar o uso correto de protetores auditivos indicados para as áreas classificadas, em
conjunto com a Segurança;
 Informar às áreas de Saúde Ocupacional e Segurança, sobre quaisquer alterações
ocorridas no processo produtivo ou modificações que impliquem em exposição ao ruído;
 Solicitar estudos de melhoria, acompanhar o desenvolvimento e implantação das medidas
de controle para redução do ruído nas áreas de trabalho;
 Implantar e acompanhar ações de caráter administrativo para controle da exposição ao
ruído.
5.6 ENGENHARIA E PROJETO
 Desenvolver, quando solicitado, estudos de melhoria para redução do ruído nas áreas de
trabalho e acompanhar a implantação e avaliação da eficácia, juntamente com as áreas
envolvidas;

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 Preparar especificações para a aquisição de novos equipamentos e projetos, atentando


para que eles tenham nível de ruído máximo de 80 dB(A) ou, na impossibilidade técnica,
prover proteção acústica que reduza para esse nível de ruído.
5.7 MANUTENÇÃO
 Cumprir o Plano de Manutenção para controle de vibração, folgas, desgaste e lubrificação
dos equipamentos, a fim de evitar o aumento do ruído nas áreas de trabalho;
 Em caso de manutenção dos equipamentos, garantir que os sistemas de proteção coletiva
implantados sejam recolocados após essas manutenções.
5.8 SUPRIMENTOS
 Comprar, manter em estoque e distribuir os protetores auditivos individuais aprovados
pela área de Segurança do Trabalho.
5.9 FORÇA DE TRABALHO
 Utilizar os EPIs aprovados de acordo com as instruções e treinamentos recebidos,
higienizar os protetores auditivos não descartáveis;
 Substituir o EPI sempre que este rachar, quebrar, endurecer ou apresentar outra condição
que o torne impróprio para utilização e comprometa a eficiência de sua proteção;
 Realizar os exames audiométricos e participar das monitorações pessoais (dosimetrias)
programados, quando solicitado;
 Evitar ou minimizar a emissão de ruído no desenvolvimento de atividades ou tarefas que
possam gerá-lo;
 Auxiliar na orientação dos colegas, inclusive das empresas contratadas e parceiras, no uso
correto do protetor auditivo;
 Participar dos treinamentos ministrados pelas áreas de Saúde e Segurança;
 Preencher corretamente a “Ficha de Atividades” quando estiver realizando as dosimetrias
de ruído;
 Reportar anormalidades nas áreas operacionais que impliquem em alteração dos níveis de
ruído;
 Reportar qualquer alteração em seu estado de saúde para a Saúde Ocupacional.
5.10 EMPRESAS CONTRATADAS E PARCEIRAS
 Seguir as diretrizes do PCA da empresa contratante na elaboração do seu Programa,
quando aplicável;
 Realizar exames audiométricos nos seus trabalhadores, conforme PCMSO;
 Fornecer protetores auditivos dimensionados por profissional habilitado;
 Garantir a participação dos seus trabalhadores nos treinamentos ministrados pela
contratante.

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6 DEFINIÇÕES

 ANSI: American National Standard Institute.


 Áreas de risco: instalações industriais e prediais localizadas no ambiente de trabalho,
onde os trabalhadores possam estar expostos a ruído acima de 80 dB(A).
 Área restrita: local onde se faz necessário o uso de proteção auditiva.
 Audiometria: teste de acuidade auditiva para determinar os limiares dos níveis de
intensidade mais baixos que o indivíduo pode ouvir em um grupo de sons.
 Audiograma: registro gráfico ou escrito do resultado da medição do nível de audição em
diferentes frequências.
 Audiograma de referência (linha de base): registro audiométrico dos limiares auditivos de
um indivíduo, utilizado como referencial para comparação e avaliação evolutiva de
audiogramas subsequentes.
 Audiogramas sequenciais: registros audiométricos subsequentes à audiometria de
referência.
 Audiômetro: instrumento eletroacústico que gera tons puros de determinadas
frequências, utilizado para determinar os limiares auditivos individuais.
 Circuito de resposta lenta (slow): modo de obtenção do NPS com integração a cada 1
segundo, utilizado para medição do ruído contínuo e intermitente.
 Circuito de resposta rápida (fast): modo de obtenção do NPS com integração a cada 0,125
segundos, utilizado para medição do ruído de impacto.
 Condições normais de operação: são as condições em que se realizam as atividades que
representam uma jornada típica de trabalho.
 Controles administrativos: são medidas adotadas para reduzir o potencial de exposição
ao ruído através da redução do tempo de exposição, práticas de trabalho e treinamento.
 Controles de engenharia: são medidas adotadas para reduzir a intensidade do ruído na
fonte de emissão e no percurso para minimizar a propagação do mesmo.
 Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de 8
horas, corresponderá a uma dose de 100%.
 dB(A): nível de pressão sonora em dB obtido no circuito de compensação “A”. Este
circuito é o que melhor representa a audição humana.
 dB(C): é o circuito de compensação mais linear e foi incorporado aos equipamentos para
medir todo o ruído do ambiente (sem filtros), ou para avaliar ruídos de baixas frequências.
Utilizado para avaliação do ruído de impacto e cálculo de atenuação de protetores
auditivos.
 Decibel (dB): escala em base logarítmica, utilizada para representar o nível de pressão
sonora percebido pelo ouvido humano. Usa o limiar da audição de 20 Pascal como ponto
de partida ou pressão de referência, definido para ser 0 dB.

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 Dose: parâmetro usado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído expresso


em porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo de energia
sonora diária admitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos (q, CR, NLI).
 Dosímetro de ruído: medidores integradores para avaliação da exposição, dose de ruído e
do nível equivalente, durante a jornada de trabalho, especialmente quando o nível de
ruído no local é variável, utilizando parâmetros pré-definidos.
 Deficiência auditiva ou hipoacusia ou surdez: impossibilidade parcial ou total de ouvir,
unilateral ou bilateral, devido à insuficiência ou alteração na acuidade auditiva. Pode
ocorrer por várias causas, sendo temporária ou permanente. As hipoacusias são
classificadas em neurosensorial, mista, de condução, central e psicogênica.
 EPI: Equipamento de Proteção Individual.
 Exame audiométrico: exame executado por médico ou fonoaudiólogo em cabine
audiométrica ou ambiente acusticamente compatível, com a utilização de audiômetro,
fone e microfone, no qual se determinam os limiares de audição de sons em diversas
frequências de tons puros, pela via aérea e/ou óssea, além da discriminação de sons da
fala humana.
 Exposição ao ruído: inter-relação do agente físico ruído e o trabalhador no ambiente de
trabalho.
 Força de trabalho: empregados, estagiários e prestadores de serviços.
 Grupo Similar de Exposição (GSE): corresponde a um grupo de empregados que
experimentam exposição semelhante, dentro da variabilidade estatística intrínseca à
medição, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer
componente do grupo seja representativo da exposição dos demais componentes do
mesmo grupo.
 Incremento de duplicação da dose (q): incremento em decibéis que, quando adicionado a
um determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a
metade do tempo máximo permitido.
 Limite de tolerância para ruído: refere-se ao nível de pressão sonora e período de
exposição, que representa a condição sob a qual se acredita que a maioria dos
trabalhadores pode ficar exposta repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos
à saúde e que permita a comunicação normal entre as pessoas.
 Limite de exposição valor teto: corresponde ao valor máximo, acima do qual não é
permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho.
 Medidor de nível de pressão sonora: instrumento de leitura instantânea do ruído no
ambiente de trabalho. Sua principal função é transformar um sinal mecânico (vibração
sonora) em um sinal elétrico (também conhecido como decibelímetro).
 Monitorização: metodologia utilizada para medir a exposição dos trabalhadores a níveis
de pressão sonora utilizando um dosímetro de ruído. Também denominada de dosimetria
de ruído.

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PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Nível de exposição equivalente (Leq): é o nível ponderado, baseado na equivalência de


energia, para um período de medição especificado, que pode ser considerado como o
nível de pressão sonora contínuo, em regime permanente, que apresentaria a mesma
energia acústica total do ruído real, flutuante, no mesmo período de tempo.
 Nível total de pressão sonora: grandeza que fornece apenas um nível em dB ou dB(A),
referente à soma das parcelas emitidas por várias fontes sonoras, sem informações sobre
a distribuição deste nível nas frequências. Constitui-se, portanto, uma medida global
simples, que pode ser obtido com um medidor de nível sonora sem filtros. Também
conhecido como ruído instantâneo.
 Nível médio (Lavg): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao
período de medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos
no período e os parâmetros de medição predefinidos (q = 5; CR = 85 dB(A); NLI = 80
dB(A)). A ACGIH denomina como o TWA (time weighted average), que significa a média
ponderada no tempo.
 Nível de exposição normalizado (NEN): nível de exposição normalizado, convertido para
uma jornada padrão de 8 horas diárias, utilizado para fins de comparação com o limite de
exposição quando se utiliza os procedimentos adotados pela NHO-01.
 Nível de pressão sonora (NPS): oscilações mecânicas do som ou ruído que provocam uma
pressão alternativa sobreposta à pressão atmosférica. Mede a intensidade do som na
escala decibel (dB).
 NRR: nível de redução de ruído do protetor auditivo, obtido segundo a Norma ANSI
S3.19/1974, em que se determina o limiar de audição de um ouvinte treinado, sem
protetor e com protetor, para o ruído gerado em uma sala acústica, em bandas de
frequência (tom não puro) e a diferença entre as duas medidas fornece a atenuação do
protetor auditivo (NRR).
 NRRsf: nível de redução do ruído do protetor auditivo, obtido segundo o método B da
Norma ANSI 12.6/1997, em que os ouvintes que participam dos ensaios do laboratório
não têm experiência com uso do protetor, somente leem as instruções dos fabricantes
antes dos testes. Os ouvintes representam os trabalhadores no campo do mundo real.
Subject fit (sf) significa colocação do protetor pelo ouvinte.
 Nível de Ação (NA): valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a
minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os
limites de exposição. Para o ruído este valor é a metade do limite de tolerância, que
corresponde uma dose de 50% e nível de pressão sonora de 80 dB(A), para uma jornada
padrão de 8 horas diárias.
 Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser
computados na integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de
exposição.

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PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Meatoscopia ou otoscopia: inspeção do conduto auditivo externo e da membrana


timpânica através da utilização de equipamento óptico denominado otoscópio.
 Perda Auditiva Induzida por Nível de Pressão Sonoro Elevado (PAINPSE ou PAINPSEO):
refere-se à alteração dos limiares auditivos, do tipo neurosensorial, decorrente da
exposição sistemática a níveis de pressão sonora elevados no ambiente de trabalho. Tem
como característica a bilateralidade, simetria, irreversibilidade e a progressão com o
tempo de exposição. Acomete inicialmente os limiares auditivos em uma ou mais
frequências da faixa de 3.000 a 6.000 Hz. As frequências de 8.000 e as mais baixas
poderão levar mais tempo para serem afetadas. Uma vez cessada a exposição, não haverá
progressão da perda auditiva.
 Perda auditiva potencialmente reportável: diminuição permanente do nível de audição
em um ou ambos os ouvidos de 25 decibéis na média das frequências de 2.000, 3.000 e
4.000 Hz, corrigida de acordo com a idade, conforme padrão da OSHA(2007), não
mandatório.
 Programa de Conservação Auditiva (PCA): programa mediante o qual se pretende evitar
danos ao sistema auditivo através do uso de medidas de controle (engenharia,
administrativa e equipamento de proteção auditiva).
 Protetores auditivos: equipamentos de proteção individual utilizados sobre os pavilhões
auditivos ou nos condutos auditivos, com o intuito de reduzir o nível de pressão sonora
que atinge o ouvido.
 Repouso auditivo: período mínimo de 14 horas sem exposição ao ruído até o momento da
realização do exame audiométrico.
 Ruído: som indesejável, constituído por grande número de vibrações acústicas com
relações de amplitude e frequência, prejudicial à saúde humana, que causa sensação
desagradável e irritante.
 Ruído contínuo ou intermitente: aquele cuja variação de nível de intensidade sonora é de
± 3 dB em todo o período de observação.
 Ruído de impacto ou impulsivo: ruído que apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a um segundo, a intervalos superiores a um segundo.
 Som: variação acústica capaz de produzir uma sensação audível agradável.
 Zona auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm + ou - 50 mm, medido
a partir da entrada do canal auditivo.

7 REQUISITOS LEGAIS

 Norma Regulamentadora Nº 6, Item 6.5.


 Norma Regulamentadora Nº 7, Portaria 19, de 9/04/1998, Anexo I, Quadro II.
 Norma Regulamentadora Nº 9, Item 9.3.6 – Do nível de ação.
 Norma Regulamentadora Nº 9, Item 9.3.5 – Das medidas de controle.
 Norma Regulamentadora Nº 15, Anexos I e II.
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 9 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Norma Regulamentadora Nº 17, Item 17.5 – Condições ambientais de trabalho.


 Resolução do CFF Nº 295, 22/02/2003 - Calibração de equipamentos eletroacústicos.
 Resolução do CFF Nº 296, 22/02/2003 - Nível de pressão sonora das cabinas/salas de
testes.
 Instrução Normativa 11 do INSS, de 20/09/2006.
 Nota: devem ser consideradas as futuras revisões dos documentos citados, bem como
novas publicações sobre o tema.

8 LIMITE DE TOLERÂNCIA

Refere-se ao nível de pressão sonora e período de exposição, que representa a condição sob a
qual se acredita que a maioria dos trabalhadores pode ficar exposta repetidamente, dia após dia,
sem sofrer efeitos adversos à saúde e que permita a comunicação normal entre as pessoas.
8.1 RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Conforme a NR 15 - Anexo I, nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído igual ou
superior a 85 dB(A) para 8 horas de trabalho, que corresponderá a 100% da dose.
Deve-se adotar o seguinte critério para avaliação da exposição:
 Limite de tolerância: 85 dB(A), que corresponde à dose de 100% para uma exposição de 8
horas.
 Incremento de duplicação de dose (q) = 5 dB(A).
 Nível limiar de integração (NLI): 80 dB(A).
Nota: O Procedimento Técnico da Fundacentro NHO-01 adota os seguintes critérios para avaliação da
exposição:
 Limite de tolerância: 85 dB(A), que corresponde à dose de 100% para uma exposição de 8
horas.
 Incremento de duplicação de dose (q): 3 dB(A).
 Nível limiar de integração (NLI): 80 dB(A)
Máxima Exposição Diária Permitida

Observação: Nenhum profissional deverá ser exposto a níveis de ruído contínuo acima de 115 dB(A) sem a devida proteção.

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 10 de 34


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8.1.1 NÍVEL DE AÇÃO PARA RÚIDO CONTINUO OU INTERMITENTE

A NR 9, no item 9.3.6 faz referência ao nível de ação, onde estabelece que as ações preventivas
devam ser iniciadas para minimizar a probabilidade de exposição ao ruído quando a dose estiver
acima de 50%, ou seja, para valores acima de 80 dB(A).
Essas ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos
trabalhadores e o controle médico, contudo devem ser priorizadas as medidas de engenharia para
minimizar o risco ou eliminar a fonte.
Deve-se também considerar a susceptibilidade individual de cada trabalhador e a
recomendação para o uso dos protetores auditivos enquanto as medidas de engenharia não forem
implantadas.

8.2 RUÍDO DE IMPACTO


O ruído de impacto se apresenta sob a forma de impulsos e representa picos de energia
acústica de duração inferior a um segundo em intervalos superiores a um segundo.
Nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído de impacto superior a 130 dB(A)
(linear) medido no circuito de resposta para impacto ou a 120 dB(C) medido no circuito de resposta
rápida caso não esteja adequadamente protegido. Neste caso, o critério para o limite de tolerância
diário é determinado pela expressão:

Np = 160 – 10 Log n (dB)

Em que:
 Np = nível de pico, em dB (linear), máximo admissível.
 N = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada diária de trabalho.
Quando o número de impactos ou de impulsos diários exceder a 10.000 (n >10.000), o ruído
deverá ser considerado contínuo ou intermitente.
O limite de tolerância ou valor teto corresponde ao nível de pico de 140 dB (linear), ou seja,
não é permitido exposição a ruídos de impacto ou impulsivo com níveis de pico superiores a 140 dB.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a estes níveis de ruído oferecerão risco
grave e iminente para aqueles que não estejam adequadamente protegidos.
8.2.1 NÍVEL DE AÇÃO PARA RUÍDO DE IMPACTO

Considera-se como nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído de impacto o valor Np
obtido na expressão do item 7.2, subtraído de 3 decibéis (Np - 3) dB, e devem ser adotadas medidas
preventivas para minimizar a probabilidade de que as exposições ao ruído ultrapassem o limite de
exposição.

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 11 de 34


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Correlação entre o (NPM) Nível de Pico Máximo e (NI) Número de Impactos

NPM NI NPM NI NPM NI

8.3 CONFORTO ACÚSTICO – NR 17


Segundo a NR 17, nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constante como sala de controle, laboratório, escritório, salas de
desenvolvimento de análise de projetos dentre outros, os níveis de ruído compatíveis com o conforto
acústico estão estabelecidos na NBR 10.152.
Para as atividades com essas características, mas que não apresentam equivalência ou
correlação com aquelas relacionadas na NBR 10.152, o nível de ruído aceitável para conforto acústico
é de 65 dB(A), conforme NR 17 - Ergonomia.

9 EFEITOS ADVERSOS À SAÚDE

9.1 RUÍDO E A PERDA AUDITIVA


A dificuldade auditiva decorrente da exposição ao ruído é resultante da degeneração do órgão
ciliado de Corti, localizado dentro da cóclea, no ouvido interno, em consequência de uma diminuição
da oxigenação das células ciliadas. O estímulo sonoro intenso e prolongado dos ambientes
industriais, afeta o suprimento sanguíneo das células ciliadas do ouvido o que explica o mecanismo
patogênico da deficiência auditiva induzida pelo ruído. Sabe-se que o ouvido humano é capaz de
tolerar sem prejuízo a audição, ruídos com intensidade de até 85 dB(A).
A exposição contínua durante 6 a 8 horas ao dia ao ruído acima de 85 dB(A), pode acarretar
principalmente em indivíduos pré-dispostos, lesões irreversíveis, em geral de forma bilateral,
simétrica do órgão sensorial da audição, começando por atingir a frequência de 4.000 Hz, que é a
zona de hipersensibilidade do órgão de Corti, reduzindo a audição e muitas vezes com presença de
zumbidos.
A evolução da perda auditiva induzida pelo ruído é lenta e progressiva. Afeta principalmente as
células ciliadas responsáveis pela sensação de sons de altas frequências ou sons agudos (3.000, 4.000
e 6.000 Hz). Como a faixa de comunicação se situa entre 500 e 3.000 Hz, perdas em frequências
elevadas passarão despercebidas no dia-a-dia na fase inicial.
Posteriormente, as demais frequências serão afetadas. Aparecem os zumbidos que se tornarão
constantes e na sequência, a fala e a comunicação oral ficam comprometidas. Nesta fase, existem

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 12 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

alterações clínicas indicativas de danos à saúde, com prejuízos profissionais, familiares e sociais para
o trabalhador.

Anatomia da Audição

9.2 AGENTES QUÍMICOS E PERDA AUDITIVA


A exposição a certos agentes químicos podem resultar em perda auditiva. Em situações nas
quais possa haver exposição a ruído bem como ao monóxido de carbono, chumbo, manganês,
estireno, tolueno ou xileno, recomenda-se a realização de audiometrias periódicas, que devem ser
cuidadosamente analisadas. Outras substâncias em estudo para efeitos ototóxicos são:
tricolroetileno, dissulfeto de carbono, mercúrio e arsênio (ACGIH, 2014).

10 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO

10.1 IDENTIFICAÇÃO
A caracterização do local de trabalho, da força de trabalho e do agente de risco é a base para a
formação dos GSE e avaliação da exposição ocupacional.
Todas as áreas de trabalho onde haja presença de ruído e trabalhadores potencialmente
expostos devem ser avaliadas com métodos apropriados de análise quantitativa.
A medição dos níveis de pressão sonora visa mapear as áreas ruidosas para a adoção de
procedimentos de controle, buscando identificar, por exemplo:
 Áreas onde o nível de ruído exceda 80 dB(A);
 Áreas com potencial para ruído de impacto;
 Máquinas e ferramentas onde o nível de ruído exceda 80 dB(A);
 Equipamentos com ruído contínuo acima de 80 dB(A) e próximos a postos fixos de
trabalho e que contribuam para a exposição dos GSEs;

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 13 de 34


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 GSEs a serem incluídos no PCA.


10.2 EQUIPAMENTOS DE MONITORAÇÃO
10.2.1 DOSÍMETROS DE RUÍDO

Os medidores integradores de uso pessoal também denominados de dosímetros, a serem


utilizados na avaliação da exposição ao ruído, devem atender às especificações constantes na Norma
ANSI S1.25/1991 ou de suas futuras revisões, ter classificação mínima do tipo 2 (exatidão ± 1,0 dB) e
estar ajustados com os parâmetros descritos no item 9.3.1.
O dosímetro é usado para medição da dose de ruído durante a jornada de trabalho,
especialmente em ambientes onde o nível de ruído é variável e quando o trabalhador executa
atividades em diferentes locais. É um equipamento portátil, leve, com microfone, que registra o nível
equivalente e compara este com os critérios estabelecidos na programação.
10.2.1.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS E/OU DESEJÁVEIS:

 Equipamento deverá ser classe I ou classe II e atender as normas: IEC 60651 e IEC
61672-3;
 Ter calibração certificada RBC/INMETRO;
 Detector de nível de ruído contínuo de 65 a 135 dB(A);
 Detector de valores de pico para ruído de impacto de 100 a 140 dB;
 Calibrador de pressão sonora compatível com o equipamento de medição;
 Software para gráficos de histórico do tempo e distribuição estatística por bandas de
oitava.
10.2.2 MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA (DECIBELÍMETRO)

Os medidores de nível de pressão sonora medem o ruído instantâneo e são utilizados para
medições pontuais, mapeamentos e medição de ruído na fonte.
Devem atender as especificações das normas ANSI S1.4-1983 e IEC 651 ou de futuras revisões e
ter classificação mínima do tipo 2 (exatidão ± 1,0 dB).
10.2.3 CALIBRADORES ACÚSTICOS

Os equipamentos utilizados na calibração dos dosímetros e medidores de pressão sonora


devem atender às especificações da Norma ANSI S1.40-1984 ou IEC 942-1988. Deve gerar um nível
estável e alto de pressão sonora, normalmente entre 90 e 125 dB, com variação até 0,2 dB. A
frequência do calibrador é geralmente de tom puro, entre 200 e 1.250 Hz.
Os calibradores devem ser da mesma marca que os medidores e obrigatoriamente permitir o
adequado acoplamento entre o microfone e o calibrador ou por meio de uso de adaptador.
Para garantir medições corretas e precisas, bem como validar uma medição, todos os
medidores devem ser calibrados antes e após o uso. Caso ocorra variação acima de 1 dB entre os
valores inicial e final, as medições devem ser invalidadas.

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10.2.4 CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Os medidores de nível de pressão sonora, dosímetros e calibradores acústicos devem ser


calibrados e certificados pelo fabricante, assistência técnica autorizada ou laboratórios credenciados,
ligados à Rede Brasileira de Calibração (RBC).
A calibração deve ser feita de acordo com as instruções do fabricante com equipamentos do
tipo zero (padrão de referência laboratório de ensaio), acompanhado de Certificado de Calibração.
Os manuais dos equipamentos devem ser consultados para verificar as incertezas das medições
visando utilizá-las como critério de aceitação dos Certificados de Calibração emitidos pelas empresas
prestadoras destes serviços.
10.3 MONITORAÇÃO PESSOAL
Tem por objetivo avaliar os níveis de exposição a ruído ao qual são submetidos os
trabalhadores, a fim de subsidiar a tomada de decisão para controle do risco de exposição e o
atendimento aos níveis estabelecidos na legislação. Deverá atender aos seguintes requisitos:
 Os trabalhadores serão divididos em GSEs, conforme estabelecidos no Programa de
Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA);
 As avaliações serão realizadas em condições normais de operação, levando-se em conta as
variabilidades operacionais existentes no local de trabalho;
 A avaliação deverá cobrir a jornada completa do trabalhador;
 O número de monitorações de cada GSE deverá seguir o critério de EMR (Exposto de
Maior Risco)
 As monitorações deverão ser repetidas periodicamente e/ou quando houver alterações
no processo, na planta, nas tarefas desenvolvidas e nos GSEs.
10.3.1 PARÂMETROS DE MEDIÇÃO

A avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente será realizada por


meio da determinação da dose diária de ruído, utilizando-se de dosímetro programado de forma a
atender aos parâmetros abaixo descritos:
 Circuito de compensação: A;
 Circuito de resposta: lenta (slow);
 Critério de referência: 85 dB(A), que corresponde à dose de 100% para uma exposição de
8 horas;
 Nível limiar de integração: 80 dB(A);
 Faixa de medição mínima: 65 dB(A);
 Incremento de duplicação de dose: 5 dB(A) (NR 15, Anexo I);
 Indicação de ocorrência de níveis superiores a 100 dB(A);
 Indicação de bandas de frequência.
Nas monitorações realizadas em GSEs de áreas administrativas poderá ser utilizado nível limiar de
integração abaixo de 80 dB (A).

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10.3.2 METODOLOGIA DE MEDIÇÃO

 Utilizar o dosímetro de ruído conforme as instruções de uso do equipamento;


 Calibrar o dosímetro antes e após a medição;
 Invalidar as medições sempre que a calibração após a medição acusar variação maior do
que ± 1 dB. Nesse caso, deve-se efetuar nova monitoração de jornada completa;
 Posicionar o microfone do dosímetro sobre o ombro e preso na vestimenta, dentro da
zona auditiva do trabalhador a ser avaliado;
 Fixar o dosímetro na cintura do trabalhador e passar o fio de ligação do microfone por
dentro da vestimenta ou pelas costas, sem dobras, de modo a evitar obstrução ou dano
no cabo de ligação do microfone ao dosímetro e perda de sinal;
 Preencher um formulário específico (Ficha de Atividades), contendo no mínimo as
seguintes informações:
o nome, matrícula, função, identificação do GSE, condições operacionais, descrição
dos locais e tarefas realizadas de forma cronológica, no período de monitoração,
identificação das tarefas em que utilizou a proteção auditiva e tipo do protetor
auditivo utilizado.
 O trabalhador avaliado será informado que a medição não deve interferir em suas
atividades normais, enfatizando que o trabalho deve ser conduzido de forma rotineira e
que o equipamento ou microfone só pode ser removido pelo avaliador;
10.3.3 CUIDADOS NECESSÁRIOS NAS MEDIÇÕES

 Utilizar dosímetros em perfeitas condições eletromecânicas;


 Utilizar o protetor de vento sobre o microfone, nos trabalhos ao ar livre, para minimizar os
efeitos provocados pelo vento e proteger o microfone contra poeira;
 Em ambiente com presença de calor envolver o dosímetro com papel alumínio;
 Utilizar o dosímetro dentro das condições de umidade, temperatura, pressão e campos
magnéticos significativos, considerando os cuidados e as limitações previstas pelo
fabricante;
 As condições de uso e intempéries, tais como umidade (corrosão) e variação brusca de
temperatura no ambiente de trabalho (condensação no interior do microfone) podem
interferir no perfeito funcionamento do dosímetro sendo recomendada manutenção
periódica para garantia de sua integridade mecânica;
 Remover as baterias do instrumento, caso vá permanecer inativo por longo período.
10.3.4 AQUISIÇÃO DE DADOS DA MEDIÇÃO

 Transferir os dados da monitoração utilizando o software do equipamento, conforme


manual de instruções;
 Obter relatório impresso contendo:
o O perfil da monitoração
o Lavg (para 8 horas),
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 16 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

o Dose (para “q” igual a 5) e


o Observar se ocorreu pico com intensidade superior a 100 dB(A).
 Interpretar o perfil da monitoração, verificando a coerência entre os níveis de ruído
medidos e as tarefas registradas na Ficha de Atividades.
 Investigar as situações consideradas, inicialmente, como fora da normalidade.
10.3.5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO DAS INFORMAÇÕES

Após a realização das monitorações, os resultados em termos de % Dose diária (para 8 horas de
exposição), deverão ser tratados estatisticamente.
Caso a monitoração tenha sido realizada sob condições não representativas da rotina do grupo,
decorrente de operações ou procedimentos imprevisíveis, tais como manutenções corretivas, não
fará parte do tratamento estatístico e uma nova monitoração deverá ser realizada. Entretanto, essas
monitorações devem ser armazenadas em banco de dados específicos, para estudos.
Quando a monitoração fornecer um resultado não condizente com a descrição das tarefas
rotineiras, descritas pelo trabalhador avaliado, apresentando um nível de exposição muito alto ou
muito baixo, deverão ser investigadas as causas. Se não forem encontradas as situações que
justifiquem este fato, os resultados deverão ser incluídos no tratamento estatístico.
10.3.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para prevenção da exposição e manutenção da saúde dos trabalhadores, o nível de ação é o


parâmetro mais indicado para desencadear as medidas de controle, pois conforme NR 9 (item
9.3.6.2) deverá ser objeto de controle sistemático, as situações que apresentem exposição
ocupacional ao ruído acima deste nível (dose superior a 50%). O Quadro abaixo apresenta as
considerações técnicas para julgamento e tomada de decisão sobre a exposição.

Critério de Julgamento e Tomada de Decisão Sobre a Exposição

Referência NHO - 01

As médias aritméticas da dose diária e do Lavg também serão utilizadas como a média
representativa da exposição do GSE avaliado para efeito dos Laudos Ambientais e Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP).
10.4 FREQUÊNCIA DE MONITORAÇÃO
A frequência para a monitoração pessoal será estabelecida tendo como base os níveis médios e
as doses dos GSEs:

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 17 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

Para o GSE com exposição <80 dB(A) serão necessárias monitorações com frequência mínima
de 3 anos ou a critério da área de Higiene Ocupacional, para formação de série histórica.
Fará parte do programa anual de monitoração todo GSE com exposição contínua, intermitente
ou de caráter eventual que resulte em uma exposição média maior do que 80 dB(A) com ou sem
alteração nos exames audiométricos.
Após a implantação de medidas de controle, modificações na área ou nos procedimentos de
trabalho, os GSEs serão reavaliados.
10.5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
As atividades desenvolvidas no PCA serão divulgadas nos diversos canais existentes na
empresa. Os resultados das monitorações dos GSEs serão apresentados às áreas competentes para
definição de medidas de controle apropriadas para cada situação, caso necessário.
Os resultados das monitorações dos GSEs serão informados aos empregados, conforme NR 9,
itens 9.3.8.3 e 9.5.

11 CONTROLE DOS NÍVEIS DE RUÍDO

Quando as medições comprovarem que os níveis de pressão sonora estão acima do nível de
ação, serão tomadas providências a fim de reduzi-los.
Controlar os níveis de ruído significa encaminhar ações para eliminar ou reduzir as exposições
existentes nos ambientes de trabalho para níveis considerados aceitáveis.
Embora os detalhes de um “Programa de Redução de Ruído” sejam complexos, algumas linhas
gerais podem orientar as soluções. As intervenções requerem conhecimento de acústica, localização
das fontes de ruído em máquinas e equipamentos, controle e isolamento de vibrações e choques,
bem como conhecimento da instrumentação para medição e análise de ruído e vibração.
O controle do ruído pode ser classificado de três modos: medidas na fonte, na trajetória e no
trabalhador.
11.1 MEDIDAS DE CONTROLE NA FONTE
As medidas de controle na fonte serão priorizadas, quando forem técnica e economicamente
viáveis, devido a sua eficiência em relação às demais. Dentre as medidas de controle na fonte
destacam-se:
 Estabelecimento prévio dos níveis de ruído para as fontes a serem instaladas em plantas
novas e na expansão das antigas;
 Especificação dos níveis máximos permitidos para equipamentos e processos industriais
na fase de compra;
 Substituição das máquinas ou de parte da máquina, equipamentos e processos industriais
usando sistemas mais silenciosos;
 Redução do agrupamento de máquinas;
 Relocação de máquinas ruidosas para áreas isoladas;
 Substituição de partes metálicas por partes plásticas, mais silenciosas;
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 18 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Modificação no ritmo de funcionamento da máquina;


 Melhoria ou adequação da manutenção preventiva;
 Lubrificação e manutenção das engrenagens e partes móveis;
11.2 MEDIDAS DE CONTROLE NA TRAJETÓRIA
Soluções para redução da propagação do ruído e minimização de perdas energéticas por
absorção, em um sistema ou máquina já instalada e em funcionamento. Dentre as medidas de
controle destacam-se:
 Enclausuramento da fonte de ruído;
 Uso de barreiras acústicas;
 Absorção e/ou isolamento acústico das superfícies da máquina ou de toda a máquina;
 Instalação de silenciadores;
 Isolamento de vibração e choque;
 Utilização de materiais absorventes: lã de vidro, lã de rocha, espuma de poliuretano,
borracha em pisos, tetos e paredes;
 Assentamento de máquinas em material anti-vibração;
 Aumento da distância entre máquinas.
11.3 MEDIDAS DE CONTROLE PARA O RECEPTOR
São medidas adotadas em complemento às medidas anteriores ou quando tais medidas não
forem suficientes para reduzir os níveis de ruído nos ambientes de trabalho. Essas medidas incluem a
proteção auditiva (detalhadas no item 11.4) e controles administrativos destacados a seguir:
 Revezamento entre ambientes, postos, funções ou atividades;
 Redução do tempo de exposição ou aumento das pausas;
 Alteração das posições relativas entre o trabalhador e a fonte;
 Acionamento remoto dos controles das máquinas;
 Programa de Conservação Auditiva;
 Formação e treinamento;
 Mudanças de procedimentos ou práticas de trabalho;
 Sinalização e delimitação das áreas e máquinas onde os níveis de ruído excedam 80
dB(A);
11.3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Quando não for possível a redução do nível de ruído aos níveis permitidos, através da
implantação de medidas de engenharia ou ainda através das medidas administrativas, devem-se
adotar, como último recurso, medidas de controle no trabalhador.
11.4 SELEÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS
Os seguintes fatores devem ser considerados na escolha do protetor auditivo:
 Os protetores deverão ser adequados ao espectro de frequência e aos níveis de ruído de
cada área de trabalho;

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 19 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Os critérios adotados na avaliação e definição do protetor auditivo devem estar bem


documentados;
 A atenuação de ruído fornecida pelo protetor auditivo (NRR e NRRsf);
 A atenuação adequada ao ruído da área, visto que o excesso de atenuação pode
dificultar a comunicação verbal e a percepção de sinais de alarme;
 O protetor auditivo deverá assegurar uma vedação adequada;
 A verificação da existência de certificado de aprovação (CA) expedido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) e seu prazo de validade;
 Ambiente de trabalho e atividade do trabalhador;
 Problemas de doenças auditivas (irritação, dores, infecção do canal auditivo);
 Compatibilidade entre o uso de protetor auditivo e outros equipamentos de proteção
individual, tais como, capacete, óculos e respiradores;
 Conforto, durabilidade, custo, aceitação pelo trabalhador, higienização, manutenção,
manuseio, entre outros.
11.4.1 PROTETORES UTILIZADOS NA LWART LUBRIFICANTES

A LWART Lubrificantes, através de sua área de Engenharia de Segurança e depois de realizado


o monitoramento ambiental, definiu o uso dos seguintes protetores auriculares:

OBS: A escolha do protetor é feita pelo usuário de acordo com sua adaptação ao equipamento

11.5 RECOMENDAÇÕES DE USO PARA PROTETORES AUDITIVOS


 Atendido aos critérios técnicos, deverá ser dada a possibilidade de escolha do protetor
auditivo pelo trabalhador, visando o seu conforto e aceitação;
 Disponibilizar para os trabalhadores mais de um tipo de protetor auditivo, sem custos,
devendo ser trocado quando necessário;
 Avisos/sinalização devem ser instalados nas áreas com nível de pressão sonora acima de
80 dB(A);

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 20 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Os trabalhadores devem receber treinamento sobre a utilização, manuseio e guarda do


protetor auditivo;
 Os protetores devem ser colocados conforme instrução dos fabricantes, para conseguir a
atenuação indicada;
 O protetor auditivo é de uso individual e não deve ser emprestado;
 Não manusear o protetor auditivo com as mãos sujas, para evitar contaminação;
 As orelhas e entradas dos canais auditivos devem ser mantidas limpas, para não
acarretar danos à saúde;
 Uso obrigatório dos protetores auditivos pelos trabalhadores durante todo o período
que estiverem nas áreas com nível de pressão sonora acima do nível da ação 80 dB(A);
 Uso obrigatório de proteção dupla quando a exposição diária (8 horas) for igual ou
superior a 100 dB(A) ou quando o nível de pressão sonora da área for acima de 115
dB(A);
 Devem-se aplicar medidas administrativas, caso os trabalhadores não atendam as
determinações de uso de protetor auditivo.

11.6 HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO


O protetor tipo concha deve ser limpo com um pano umedecido em água e sabão neutro, tanto
interno como externamente, sempre que necessário. Sua substituição deverá ser feita quando a
almofada ressecar, rachar ou endurecer, ou a haste perder a pressão ou apresentar outro dano que
comprometa a sua eficiência.
O protetor tipo inserção moldado (silicone) deve ser limpo após cada dia de uso ou mais vezes
quando necessário, lavando-se com água e sabão neutro e manuseado com as mãos limpas. Sua
substituição deverá ocorrer quando rachar, quebrar, endurecer, deformar ou apresentar outra
condição que o torne impróprio para uso.

12 ATENUAÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS EM FUNÇÃO DO TEMPO DE USO

A simples utilização do protetor auditivo não implica a eliminação do risco do trabalhador vir a
sofrer diminuição da sua capacidade auditiva. O protetor auditivo deve ser utilizado (100% da
jornada), ou seja, todo o tempo em que se estiver exposto ao ruído, pois a proteção efetiva será
reduzida quando ele é retirado, mesmo por alguns minutos durante a jornada de trabalho.
Os dados do Quadro abaixo podem ser utilizados para determinar a correção na atenuação
nominal do NRR do protetor em função do tempo efetivo de uso na jornada de trabalho.
Por exemplo, um protetor com atenuação 20 dB quando utilizado por apenas 50% do tempo
em uma jornada de 8 horas (240 minutos), apresentará uma atenuação real de apenas 5 dB.

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 21 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

Estimativa de Atenuação de Protetores Auditivos em Função do Tempo de Uso

Fonte: BERGER

12.1 EFICIÊNCIA DOS PROTETORES AUDITIVOS


As principais normas internacionais usadas para ensaio de atenuação de protetores auditivos
são a ANSI S3.19 - 1974; ANSI S12.6 - 1984, ANSI S12.6 - 1997 - partes A e B e ISO 4869-1:1990
(EN-24869-1:1992). Estas normas preveem a obtenção de valores de atenuação e desvio-padrão
(ambos dados em dB) dos protetores em bandas de oitava.
Para simplificar o processo de seleção dos protetores auditivos, foram também criados
números únicos de atenuação de ruído, calculados a partir dos valores acima referidos. Entre esses
números, o mais conhecido é o NRR (noise reduction rating), comumente chamado no Brasil de
"Nível de Redução de Ruído".
O NRR usado para obtenção do CA do Protetor Auditivo é baseado na norma ANSI, sendo a
mais recente a ANSI S12.6-1997, dividida em dois métodos de análise. No método A, os participantes
do ensaio são indivíduos treinados na utilização de protetores, orientados e supervisionados na sua
colocação antes da realização dos ensaios.
No método B, os ensaios para obtenção da atenuação de ruído são realizados por pessoas que
desconhecem o uso de protetores, assim como não podem ser orientadas para a sua colocação,
devendo apenas seguir as orientações que constam nas embalagens nas quais o produto é
comercializado.
Este método foi desenvolvido em virtude dos estudos mostrarem que os valores das
atenuações obtidas se aproximam mais da atenuação em uso real. Para este método, o número
indicativo da atenuação do ruído é o NRRsf. Este valor de atenuação não reflete uma alteração nos
protetores auditivos, mas uma alteração na forma de se realizar os ensaios.
12.2 UTILIZAÇÃO DE PROTEÇÃO DUPLA
Quando a atenuação de um simples protetor não é suficiente para a redução dos níveis
elevados de ruído, o uso de dois protetores simultaneamente, de inserção e concha, pode
representar uma solução fornecendo uma atenuação maior. Contudo, a atenuação fornecida com o

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PCA - Programa de Conservação Auditiva

uso simultâneo dos dois protetores não pode ser obtida pela soma algébrica das atenuações de cada
um (GERGES, 1992).
Segundo Nixon e Berger (1991), citados no Programa de Conservação Auditiva - Guia Prático
3M(1), o uso da proteção dupla irá aumentar de 5 a 10 dB na atenuação do protetor de maior valor.
Outra referência técnica é dada no Manual Técnico da OSHA(25), que recomenda adicionar 5 dB ao
protetor de maior valor, para encontrar a atenuação fornecida com o uso simultâneo dos dois
protetores.
Cabe salientar que a atenuação dos protetores auditivos deve ser utilizada de forma cautelosa,
para não superestimar a proteção. Reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores nas áreas com
nível de ruído elevado, até que medidas de controle de hierarquia superior (na fonte e na trajetória)
possam ser implantadas.

13 GERENCIAMENTO DA MUDANÇA

Os novos projetos devem contemplar equipamentos e processos que gerem o menor nível de
ruído para o ambiente de trabalho. Atualmente, uma boa gama de equipamentos intrinsecamente
protegidos para minimizar os níveis de ruído está disponível no mercado com preço acessível e de
fácil manutenção.
Quando um equipamento não puder atender a especificação desejada, devem-se implantar
outras medidas de controle para atender os requisitos exigidos no projeto.
Qualquer modificação no processo e/ou equipamentos deve ser exaustivamente estudada para
que a mudança ocorra definitivamente de modo a atender os requisitos legais e de projetos quanto
ao nível máximo de ruído a ser estabelecido para a área de trabalho.
Definir a modificação proposta e avaliar o impacto da mudança, conforme as seguintes etapas:
 Assegurar que as medidas de Higiene e Saúde Ocupacional foram incorporadas na fase
de pré-projeto.
 Revisar o projeto e propor sugestões caso o item acima não esteja totalmente atendido.
 Revisar o item acima e garantir que o mesmo foi atendido antes da partida.
 Revisar pós-partida garantindo o controle das medidas de Higiene e Saúde Ocupacional.
A especificação de ruído deve fazer parte de todos os contratos envolvendo aquisição de novos
equipamentos. Essa informação, fornecida pelo fabricante, permitirá prever o aumento dos níveis de
ruído no ambiente de instalação do equipamento.
Usualmente, a especificação para compra requer que o equipamento atinja níveis aceitáveis a 1
metro de distância entre a fonte geradora e o operador, em condições normais de operação. Estes
valores de aceitabilidade devem ser confirmados com medições em campo e ser objeto de
julgamento quanto à exposição ocupacional ao ruído.
O Coordenador do PCA deve ser envolvido na liberação/avaliação das mudanças, para verificar
se foi considerada a especificação do nível máximo de 80 dB(A) para aquisição de novos
equipamentos e projetos, ou na impossibilidade técnica, se foi contemplado medidas de proteção
acústica de redução para este nível.
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 23 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

14 DIRETRIZES MÉDICAS DO PCA - ANAMT

14.1 CONDUTAS MÉDICO-ADMINISTRATIVAS


O elenco de sugestões de condutas médico-administrativas procura se situar de acordo com as
instruções normativas dos órgãos públicos relacionados ao assunto, especialmente a Portaria nº. 19
do Ministério do Trabalho e Emprego, de 19/04/1998, a Instrução Normativa do Ministério da
Previdência Social nº. 608, de 05/08/1998 e o Decreto nº. 3048 de 12/05/1999 do Ministério da
Previdência e Assistência Social.
Neste documento foi adotada a denominação PAIR-O (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído, de
origem Ocupacional) por ser de domínio público, independente da existência de outra denominação
mais adequada para o quadro. Deve-se destacar que o Decreto 3048 do MPAS utiliza a denominação
P.A.O (Perda Auditiva Ocupacional).

15 AVALIAÇÃO DOS COLABORADORES

15.1 PLANEJAR A MONITORIZAÇÃO


 Implantar uma coordenação especializada (médico ou fonoaudiólogo);
 Alocar os recursos necessários (humanos, técnicos e financeiros);
 Definir o tempo de implantação, execução e duração (prazos de acordo com a legislação e o
risco);
 Obter o comprometimento de todos os níveis gerenciais da empresa;
 Comunicar os resultados do reconhecimento do risco e detalhes do programa a todos os
envolvidos.
15.2 DETERMINAR O PERFIL DA AUDIÇÃO
 Identificar o trabalhador;
 Realizar a anamnese clínica;
 Obter o histórico ocupacional;
 Realizar o exame físico;
 Realizar a meatoscopia antes do exame audiométrico propriamente dito
 Dar instruções claras acerca do exame;
 Realizar o teste audiométrico via aérea, e se necessário, via óssea;
 Realizar logo audiometria (se necessário);
 Realizar outros exames inerentes à capacidade do médico ou fonoaudiólogo;
 Solicitar e realizar testes complementares;
 Estabelecer o(s) diagnóstico(s) diferencial (is);
 Acompanhar a evolução audiométrica, estando alerta principalmente para os agravamentos
determinados na legislação.
15.3 DETERMINAR O NEXO CAUSAL
 Classificar os audiogramas segundo critério definido;
 Correlacionar os achados do exame médico/audiométrico com os dados de avaliações de
ruído ambiental;

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 24 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Através do estudo epidemiológico, considerando os achados médicos, reavaliar o ambiente,


se necessário;
 Determinar as relações de causa e efeito;
 Fazer o diagnóstico nosológico, se necessário com o auxílio de médico especialista;
 Entregar ao trabalhador os resultados de seus exames, dando os esclarecimentos necessários;
 Assinar os documentos necessários (ASO, audiometria) e colher assinatura do trabalhador.

16 CONDIÇÕES PARA O EXAME AUDIOMÉTRICO

Para a realização dos exames audiométricos, recomenda-se seguir todos os preceitos éticos,
legais e técnico-científicos quanto às condições de realização dos exames, capacitação e habilitação
dos profissionais envolvidos.
Guardar os certificados de aferição e calibração do audiômetro e das aferições da cabine
ficando à disposição da fiscalização do trabalho.
Em casos de dificuldades práticas com qualificação de profissionais ou entidades para fazer a
aferição ou ensaio das cabines audiométricas, utilizar medidor de nível de pressão sonora na curva A,
“slow”. Considerar aceitável o valor máximo de 35 dB(A); caso o medidor não tenha recurso para
medição nesta faixa, utilizar o critério do bom senso, certificando-se de um bom isolamento em
horários diversos; locais próximos a áreas ruidosas ou em que se observem vibrações (por exemplo,
consequente ao tráfego de veículos em rua interna ou externa) são contraindicados; no caso de
situações limítrofes, fazer a audiometria utilizando conchas protetoras sobre os fones do
audiômetro.
Para a audiometria de referência (no pré-admissional ou na primeira audiometria válida para
o PCA), o exame deverá ser feito nas condições técnicas preconizadas pela legislação. As
audiometrias sequenciais (feitas após a de referência) poderão ser feitas ao longo da jornada de
trabalho ou em ambiente fora de cabine, porém dentro do padrão citado pela legislação.
Caso uma audiometria sequencial feita durante a jornada ou fora da cabine mostre uma
diferença igual ou superior a 10 dB em qualquer frequência em relação à de referência, repeti-la em
ambiente acústico de cabine, respeitando o prazo mínimo de 14 horas de repouso acústico.
Destaque-se que o eventual encontro de redução do limiar auditivo em audiometria realizada ao
longo da jornada de trabalho pode ser um indicador:
(i) de perda temporária de audição devida ao ruído;
(ii) de não proteção adequada;
(iii) se adequadamente protegido, de hipersensibilidade ou de exposição a ruídos
intensos não ocupacionais ou exposição a outros agentes ototóxicos/otoagressivos,
devendo receber esse trabalhador atenção especial do médico do trabalho
responsável.

17 INTERPRETAÇÃO PREVENTIVA DAS AUDIOMETRIAS

Não se recomenda, em hipótese alguma, que se faça o diagnóstico da PAIRO de forma


individualizada apenas se baseando em audiometria tonal aérea. A base para as sugestões do
presente capítulo é exclusivamente epidemiológica e assim deve ser interpretada e compreendida.
As conclusões tiradas dessa interpretação jamais devem ser utilizadas por leigos ou
profissionais não familiarizados com PAIR-O, muito menos para interpelações judiciais individuais ou
coletivas.
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 25 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

Quanto à classificação da audiometria ocupacional, existem diversos critérios válidos


(Pereira, Everardo Costa e outros que já tenham passado pelo crivo da publicação em meios
científicos e eventuais críticas e aperfeiçoamentos daí decorrentes). Qualquer uma das classificações
acima (ou qualquer outra aqui não citada) é válida, desde que se priorize as alterações encontradas
entre 4 e 6 kHz, e que se evidencie a evolução atingindo progressivamente frequências mais baixas.
Vale ressaltar que tais classificações são úteis na análise epidemiológica, evolutiva e estatística das
audiometrias utilizadas por profissional afeito ao estudo e acompanhamento de PAIR-O. Não merece
crédito qualquer tipo de diagnóstico nosológico utilizando esses critérios.
Considera-se dentro dos limites aceitáveis o valor de limiar auditivo de até 25 dB(NA). É
importante o acompanhamento da evolução do limiar auditivo, mesmo abaixo de 25 dB(NA), pois é
possível detectar casos sugestivos de perdas por níveis elevados de ruído mesmo nessas
circunstâncias e que os critérios existentes em geral não contemplam. Por exemplo, um trabalhador
admitido com limiar de 10 dB(NA) e no exame sequencial apresentar limiar de 20 dB(NA),
principalmente se for bilateral e nas frequências críticas (4 e 6 kHz), pode ser sugestivo de PAIR-O.
Para a gradação das perdas auditivas relacionadas ao trabalho, o médico do trabalho poderá
utilizar, apenas para fins de classificação subjetiva, o seguinte:
 Perda leve – valores situados entre 30 e 45 dB(NA) nas frequências de 4 e/ou 6 kHz;
 Perda moderada – valor situado entre 50 e 55 dB(NA) nas frequências de 4 e/ou 6 kHz;
ou valor situado entre 30 e 40 dB(NA) nas frequências de 3 kHz e/ou 2 kHz e/ou 1 kHz;
 Perda severa – valor situado entre 60 e 70 dB(NA) nas frequências de 4 e/ou 6 kHz; ou
valor situado entre 45 e 55 dB(NA) nas frequências de 3 kHz e/ou 2 kHz e/ou 1 kHz;
 Perda profunda – valor situado entre 75 e 90 dB(NA) nas frequências de 4 e/ou 6 kHz; ou
valor situado acima de 60 dB(NA) nas frequências de 3 kHz ou inferiores.
Diante de um quadro de perda auditiva neurosensorial e na vigência de exposição
ocupacional a altos níveis de pressão sonora (estudo individual), analisar a história atual e pregressa
da exposição ocupacional e extra ocupacional a ruído, analisar detalhadamente as audiometrias
aérea e óssea (respeitado o intervalo mínimo de 14 horas de não exposição para o exame
audiométrico) e tentar concluir se:
 A exposição ocupacional sozinha explica a perda auditiva;
 A exposição não ocupacional sozinha explica a perda auditiva;
 A exposição concomitante, ocupacional e não ocupacional, explica a perda auditiva;
 A exposição a agentes ototóxicos /otoagressivos, ocupacionais ou não, pode explicar
sozinha a perda auditiva;
 A exposição a agentes ototóxicos/otoagressivos, ocupacional ou não, pode estar
modificando a evolução da perda auditiva;
 A idade pode explicar sozinha a perda auditiva;
 A idade pode estar modificando a evolução da perda auditiva;
 Outro fator individual pode explicar, sozinho, a perda auditiva;
 Outro fator individual pode estar modificando a evolução da perda auditiva.
Listar as doenças, agentes, situações e acontecimentos que possam sozinhos ou
concomitantemente a outras causas, provocar perdas auditivas que simulem, na audiometria tonal
aérea, a PAIR-O.
Após pesar todos os fatores que podem estar ligados à perda auditiva encontrada, definir
uma das seguintes alternativas:
 Trata-se de uma PAIR-O, como entidade isolada;
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 26 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Trata-se de PAIR-O associada à outra causa de perda auditiva;


 Trata-se de PAIR-O cuja evolução foi modificada pela ação concomitante de outro fator
de risco;
 Trata-se de PAIR não relacionada ao trabalho;
 Não se trata de PAIR, mas de outra patologia com perda auditiva não relacionada ao
ruído.
Na presença de qualquer perda auditiva, ou rebaixamento sugestivo de PAIR, o diagnóstico
nosológico deverá ser sempre realizado pelo médico do trabalho, que poderá nos casos de patologias
condutivas, sensoriais não ocupacionais ou mistas, valer-se do apoio do médico especialista em
otorrinolaringologia com reconhecida experiência em audiologia ocupacional.

18 CONDUTAS PARA EXAMES AUDIOMÉTRICOS

18.1 RELATIVAS AO EXAME DE REFERÊNCIA


No caso de verificar a existência no prontuário de exame audiométrico feito de forma
completa e segundo as exigências legais por ocasião da admissão, assumir este exame como de
referência.
No caso de não haver exame admissional, ou o que existir ser insuficiente, incompleto ou
duvidoso, fazer novo exame completo de acordo com as normas técnicas, médicas e éticas, na forma
prevista pela legislação, adotando a conduta mais adequada depois de consideradas as sugestões
enunciadas nos itens anteriores.
18.2 RELATIVAS AO EXAME ADMISSIONAL
Quando, no exame admissional, for encontrado um exame audiométrico alterado,
compatível com perda auditiva induzida pelo ruído:
Nas chamadas perdas leves, levando-se em consideração o nível de pressão sonora a que irá
se expor e a idade, o trabalhador poderá ser admitido, desde que exista um adequado PCA.
18.2.1 QUANDO CONSIDERAR RISCO BAIXO

 Trabalhador portador de PAIR-O com limiares auditivos comprovadamente estabilizados (no


mínimo 3 audiometrias semestrais semelhantes), sem sintomatologia clínica e que vai se
expor a ambiente de ruído semelhante ao anterior no qual desenvolveu a PAIR;
 Individuo mais idoso (acima de 40 anos) e que vá trabalhar entre 85 e 95 dB(A), com limiares
auditivos anteriores estabilizados;
 Portadores de perda auditiva do tipo condutivo;
18.2.2 QUANDO CONSIDERAR RISCO ALTO

 Individuo jovem com PAIR-O já diagnosticada, e que vá trabalhar em área de alto nível de
ruído (igual ou maior que 90 dB(A)). Na decisão quanto à admissão ou não, o médico, o
candidato e o empregador têm que estar cientes de se tratar de uma situação de alto risco.
Fazer acompanhamento audiométrico semestral;
 Admissão de trabalhador para postos ou ambientes de trabalho com ruído acima de 80 dB(A),
quando este apresentar anacusia unilateral de causa desconhecida, mesmo que a audição
contralateral esteja normal;

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 27 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Admissão do trabalhador quando este for portador de perda auditiva neurosensorial causada
por agente etiológico que não o ruído, com comprometimento das frequências de 2 kHz, 1
kHz ou 500 Hz;
 Admissão de trabalhador com PAIR-O de qualquer grau em empresas nas quais não esteja
implantado um Programa de Conservação Auditiva;
 Portador de perda auditiva importante, de causas variadas, principalmente se estiver
atingindo frequências entre 500 Hz e 2 kHz, em que a exposição ao ruído possa prejudicar o
pouco de audição que lhe resta.
 Portador de otite média crônica.
Decidindo-se pela admissão de um trabalhador com PAIR-O, Esclarecer-lhe sua condição
auditiva; Colher sua assinatura no exame audiométrico; Oficializar com a área o plano de
conservação auditiva específico daquele trabalhador, colhendo assinatura da chefia que optou
pela admissão e do próprio trabalhador;
Discutir com o trabalhador e com a empresa a conveniência de se obter previamente
uma CAT emitida pela empresa anterior (ou pelo próprio trabalhador), registrando-a na
Previdência Social, junto com a audiometria alterada.
18.3 RELATIVAS AO EXAME PERIÓDICO
Uma vez constatada a PAIR-O no exame periódico, cabe ao médico do trabalho observar se
houve ou não progressão (agravamento) da mesma. Em caso de estabilidade da perda, quando
comparado com a audiometria de referência, manter o trabalhador em atividade laborativa,
atentando para os seguintes aspectos:
 Interferência com a capacidade para o trabalho/função;
 Eficiência e eficácia do PCA;
 Presença de fatores ototóxicos ou otoagressores;
 Existência de outras tarefas de exposição ainda maior ao ruído que a previamente conhecida;
 Interferência na comunicação no ambiente de trabalho;
 Uso de EPI;
 Acompanhamento médico periódico anual.

Uma vez constatado um agravamento de PAIR-O (constatação clínica e/ou audiométrica),


deve o médico do trabalho:
 Verificar a ocorrência de outros casos de agravamento no mesmo grupo de risco ou no
mesmo local ou ambiente de trabalho (análise epidemiológica);
 Verificar a existência de fatores que expliquem esta ocorrência (doenças agudas, outras
exposições, consumo de medicamentos, fumo, álcool, etc.);
 Verificar a utilização do EPI (forma de utilização, o tipo de EPI escolhido, estado de
conservação e conscientização);
 Repetir a audiometria em 30 dias, realizando uma avaliação otológica com parecer de
otologista, se necessário, para embasar a conduta.
Uma vez confirmada à progressão de uma perda auditiva, adotar as seguintes medidas:
 Controlar imediatamente a exposição ao risco através da redução do tempo de exposição, de
remanejamento, de refúgios protegidos contra ruído, do uso de protetores auriculares, etc.;
 Comunicar à chefia as restrições cabíveis para aquele trabalhador e protocolar esta
comunicação;

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 28 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Incluir o nome daquele trabalhador no Quadro IV da NR-4 até o dia 31 de janeiro do ano
seguinte.
Quanto à emissão de ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) com resultados alterados de
audiometria:
Quando o trabalhador apresentar um comprometimento auditivo funcional que limite a sua
capacidade laborativa, e que apresente risco de agravamento caso permaneça na mesma atividade,
emitir um ASO assinalando a inaptidão ou aptidão com restrição para a função ou atividade que
estava exercendo e outro ASO apto para a nova função alocada, arquivando ambas em prontuário.
Quando não se tratar de PAIR, mas de outra doença não relacionada ao ruído, e houver risco
de agravamento com a permanência na mesma atividade ou limitação do desempenho profissional
em função da demanda auditiva do trabalho, função ou atividade, emitir ASO, assinalando a limitação
funcional para o trabalho, função ou atividade.
18.4 RELATIVAS AO EXAME DEMISSIONAL
Os critérios de aptidão para o trabalho variam de empresa para empresa. Assim, se a empresa da
qual o trabalhador está sendo demitido ou desligado admitir candidato com alteração auditiva
equivalente, o trabalhador poderá ser desligado. Deve haver coerência, ou seja, os critérios adotados
para a aptidão admissional devem ser os mesmos critérios adotados para a aptidão demissional.

19 SITUAÇÕES POLÊMICAS

Quando encontrar uma alteração audiométrica no pré-admissional, compatível com PAIR,


em trabalhador que não tenha tido CAT emitida anteriormente por esse por esse motivo:
Encaminhar o trabalhador para os Serviços Especiais (PST onde existir, Centro de Saúde,
Unidades de Saúde Pública ou Saúde do Trabalhador ou outra denominação, INSS, sindicato dos
trabalhadores ou outros) para a emissão da CAT (ou solicitar à empresa anterior que o faça);
Uma vez emitida a CAT, e verificada a capacidade e aptidão para o trabalho proposto, dar o
parecer de “apto com restrição ao trabalho em área ruidosa sem a devida proteção”, obtendo do
mesmo a assinatura no exame audiométrico admissional.
No caso de audiometria com alteração exclusivamente na frequência de 6.000 Hz, sem sinais
de rebaixamento da curva em 4.000 ou 3.000 Hz, e considerando a impossibilidade de fazer a
audiometria óssea nesses casos:
Considerar que variações em 6.000 Hz são muito comuns por falha de técnica audiométrica e
por outros fatores (cerume ou moléstias transitórias como gripe e alergias que dão obstrução
tubária, entre outros).
Observar por mais tempo (no mínimo 6 meses), nas audiometrias sequenciais, a condição
auditiva daquele trabalhador antes de concluir pela emissão ou não de CAT.
Quando assumir o controle audiométrico em uma empresa que não tenha tido um programa
de controle audiométrico prévio, ou que o tenha de forma irregular e inadequada, e deparando com
a ocorrência de um contingente significativo de trabalhadores com perda auditiva:
Fazer um levantamento audiométrico e seu respectivo estudo epidemiológico, identificando
os grupos homogêneos de risco;
Analisar caso a caso a situação de cada trabalhador comprometido, decidindo pela melhor
conduta, atentando-se para as sugestões 5.1, 5.2 e 5.5.
Se necessário, procurar consultoria e assessoria de profissionais especializados na área para
um posicionamento do médico do trabalho e da empresa frente ao possível passivo trabalhista.
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 29 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

No caso de exames periciais de indenização pelo dano, fazer uma análise caso a caso,
procurando classificar a situação do trabalhador numa das alternativas colocadas no item 5.5 desta
Sugestão de Condutas Médico-Administrativas.
Exames audiométricos conflitantes ou com resultados inconsistentes realizados em serviços
próprios deverão ser repetidos em serviços especializados para evitar suspeição em eventuais
processos judiciais.

20 FLUXO DAS ETAPAS INVESTIGATÓRIAS

20.1 RESPONSABILIDADES DA SAÚDE


 Repetir audiometria;
 Conferir os padrões de calibração de equipamento audiométrico, calibração de cabine;
 Atentar-se para o repouso auditivo;
Observação: (Essa etapa corre em sigilo pelo Código de Ética de Medicina);
 Emitir relatório;
 Caso mantenha os resultados de perda auditiva, realizar BERA;
 Caso BERA der alterado encaminhar o colaborador ao Otorrino;
 O colaborador irá passar pelos exames com o otorrino e o mesmo deverá emitir relatório
ao medico coordenador de PCMSO;
 Caso não mantenha perda, prosseguir com o cronograma PCMSO;
 Confirmada a PINPSE, a área de Saúde comunica a área de Segurança do Trabalho para
realizar levantamento de campo e verificar as possíveis causas;
 Com o relatório técnico emitido pela Segurança do Trabalho, estabelece o nexo causal;
 Estabelecido o nexo causal, abrir CAT.
Sempre que for diagnosticada a PAIR-O, relacionada com a atividade realizada, independente
de sua gravidade (perda auditiva leve, moderada ou severa), cumprir as normas do INSS que indicam
a necessidade de emissão de CAT. Encaminhar a CAT à autoridade da Previdência Social.
No caso de PAIRO, não existe uma vinculação direta entre a emissão de CAT e o afastamento do
trabalho. O trabalhador que tenha tido uma CAT por PAIR-O emitida pode, eventualmente,
permanecer na mesma função, porém num ambiente de menor nível de pressão sonora ou protegido
de forma a neutralizar os efeitos do ruído, e com controle audiométrico adequado.
20.2 RESPONSABILIDADES DA SEGURANÇA DO TRABALHO
 Realizar novamente análise quantitativa do risco físico (ruído), confrontando-a com a
análise do LTCAT;
 Verificar se o colaborador tem exposição a agentes químicos com potencial de causar
perda auditiva;
 Avaliar a eficácia das medidas de proteção individual e coletiva;
 Emitir relatório técnico das possíveis causas e enviar a saúde.

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PCA - Programa de Conservação Auditiva

PERIODICIDADE DOS EXAMES

Ruído Abaixo do Nível de Ação


ADMISSIONAL, DEMISSIONAL
79,9 dB(A)

Ruído Entre Nível de Ação 80 dB(A)


ADMISSIONAL, DEMISSIONAL, PERIÓDICO
e Limite de Tolerância 84,9 dB(A)
ADMISSIONAL, PERIÓDICO, DEMISSIONAL, MUDANÇA DE
Ruído Acima do Limite de
FUNÇÃO, RETORNO AO TRABALHO, CONTROLE APÓS 6
Tolerância 85 dB(A) Até 89,9 dB(A)
MESES DA ADMISSÃO
ADMISSIONAL, PERIÓDICO, DEMISSIONAL, MUDANÇA DE
Ruído Acima de 90 dB(A) FUNÇÃO, RETORNO AO TRABALHO, CONTROLE APÓS 6
MESES DA ADMISSÃO
ADMISSIONAL, PERIÓDICO (24 MESES), DEMISSIONAL,
Ruído de Impacto MUDANÇA DE FUNÇÃO, RETPRNO AO TRABALHO,
CONTROLE APÓS 6 MESES DA ADMISSÃO

21 PROGRAMA EDUCACIONAL

O Coordenador do PCA deve estabelecer um programa educacional para todos os


trabalhadores com potencial de exposição ao ruído acima de 80 dB(A) e para os membros da equipe
multidisciplinar do PCA, de forma que todos entendam os objetivos e como conduzir suas ações no
Programa.
Podem ser usados posters, vídeos, palestras, folhetos, exposição de materiais, exercícios
práticos, entre outros.
Um fator importante para a credibilidade do programa é a transparência de informações: os
trabalhadores devem (ou têm o direito de) saber os níveis de ruído a que estão potencialmente
expostos, bem como os resultados dos exames audiométricos.
21.1 CONTEÚDO
O programa de educação e treinamento deve prever que os trabalhadores estejam informados
sobre:
 Conteúdo do PCA e sua importância.
 Os efeitos do ruído sobre a saúde e perda auditiva.
 Os níveis de ruído que os trabalhadores estão potencialmente expostos.
 Como proteger a audição dentro e fora do trabalho.
 As medidas de controle adotadas.
 A finalidade dos protetores auditivos, vantagens, desvantagens, limitações, atenuação
dos vários tipos, seleção, uso, higienização e guarda.
 Locais em que o uso dos protetores auditivos é obrigatório.
 Objetivos dos exames audiométricos e explanação sobre os procedimentos do exame.
Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 31 de 34
PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Os treinamentos devem ser documentados constando data, nome e assinaturas do


instrutor e dos trabalhadores, assuntos abordados e carga horária.
21.2 PÚBLICO ALVO
Força de trabalho potencialmente exposta a níveis de ruído acima de 80 dB(A) e usuários de
protetores auditivos.
Membros da equipe multidisciplinar do PCA: Coordenador, Higiene Ocupacional, Saúde
Ocupacional, Segurança, Coordenadores de área, Suprimentos, Engenharia e Manutenção.
21.3 FREQUÊNCIA
O programa educacional deverá ser repetido anualmente para os trabalhadores incluídos no
PCA. As informações fornecidas no programa deverão estar atualizadas e consistentes com as
mudanças nos dispositivos de proteção e nos processos de trabalho.

22 AUDITORIAS

A empresa deve estabelecer auditorias regulares para verificar seu desempenho frente aos
requisitos legais e aos padrões estabelecidos. As auditorias previstas devem contemplar o
desenvolvimento do programa, utilização de proteção auditiva e aspectos comportamentais.
As auditorias devem ser registradas e encaminhadas para o Coordenador do PCA para análise e
encaminhamento de medidas preventivas e/ou corretivas.
22.1 AUDITORIA DO PROGRAMA
Auditoria regular para acompanhar a aplicação do PCA pode ser realizada com o auxílio de um
check list, nos itens pertinentes ao escopo do PCA. Deve ser preparado um diagnóstico do que foi
avaliado, apresentando os pontos de melhoria.
Elementos para o check list:
 Programa escrito sobre o PCA;
 Critérios para o estabelecimento dos GSEs para a exposição ao ruído;
 Plano de monitoramento para medir a exposição dos trabalhadores;
 Avaliação de agentes químicos que podem resultar em perda auditiva;
 Procedimentos escritos para as monitorações, calibração dos instrumentos e as
evidências de calibração;
 Ações que atendam às hierarquias de controle: planos para redução dos níveis de ruído
nos ambientes ou equipamentos considerados críticos, enclausuramento, colocação de
barreiras, manutenção de equipamentos e lubrificação;
 Medidas administrativas: critério para uso de jatos de ar comprimido, norma para
compra de equipamentos menos ruidosos, horas extras e dobras de turnos, existência de
rodízios, principalmente para trabalhadores indicados pela área médica;
 Demarcação e sinalização das áreas onde os níveis de ruído excedem o nível de ação,
indicação de equipamentos ruidosos;

Elaboração: Novembro 2015 Revisão 01 – Abril 2016 Página 32 de 34


PCA - Programa de Conservação Auditiva

 Proteção auditiva: especificação de acordo com o espectro de frequência e níveis de


ruído da área de trabalho, Certificados de Aprovação (CA), qualidade, formalização da
entrega; treinamento, política de uso, obrigatoriedade do uso nas áreas com ruído acima
do nível de ação, auditoria, registro de advertência pelo mau uso;
 Execução do exame audiométrico: critério para os exames, cumprimento do prazo legal,
qualificação do profissional, atenuação da cabina, calibração do audiômetro.
 Análise da audiometria dos trabalhadores através de métodos epidemiológicos,
tendência da audição dos trabalhadores (novos casos, agravamento ou estabilidade dos
existentes), registro de casos alterados por GSE, indicação de casos suspeitos para locais
de trabalho com menor nível de ruído; índice de absenteísmo relacionado à PAINPSE,
registro de CAT.
 Realização dos treinamentos: cumprimento do programa, convocação, conteúdo
programático, material didático, registros, assinaturas dos trabalhadores;
 Guarda e acessibilidade dos registros das monitorações de acordo com a periodicidade
determinada pela legislação.
22.2 AUDITORIA DO USO DO EPI
Verificar o porte e a utilização da proteção auditiva, conforme NR 6. Aspectos a serem
observados:
 Verificar se o protetor auditivo é adequado e se está sendo usado ou portado por todos
os trabalhadores nas áreas auditadas.
 Verificar se os protetores auditivos utilizados ou portados pelos trabalhadores
auditados estão em perfeitas condições de uso: existência de CA, prazo de validade,
estado de conservação e utilização adequada.

23 DOCUMENTAÇÃO / ARQUIVO

As evidências da atuação da empresa no desenvolvimento do PCA devem ser mantidas por, no


mínimo, 20 anos, após o desligamento do trabalhador. Elas podem ser necessárias como provas em
processos trabalhistas, em indenizações cíveis e deverão estar disponíveis para as autoridades
competentes.
Caso a empresa venha a cessar suas operações, elas devem transferir todos os registros
relativos ao PCA à empresa sucessora e esta deverá manter os registros até completar o tempo
mínimo de 20 anos. Entre os registros importantes podem ser citados:
 Medição da exposição: procedimentos e os resultados das monitorações pessoais
(dosimetrias);
 Medidas de controle: histórico da implantação das medidas de controle, recibo de
entrega de protetores auditivos, bem como sua utilização e seu treinamento;
 Exames audiométricos: prontuários médicos dos trabalhadores contendo os resultados
dos exames audiométricos, laudos e calibração audiométrica.

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PCA - Programa de Conservação Auditiva

24 REFERÊNCIAS

3M do Brasil. Programa de Conservação Auditiva: Guia Prático 3M 2004.


ACGIH. TLVs® and BEIs®: Guide to Occupational Exposure Values. Tradução pela Associação Brasileira
de Higienistas Ocupacionais, 2014.
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GIAMPAOLI, E., SAAD, I.F.S.D. e CUNHA, I.A. “Norma de Higiene Ocupacional. Procedimento Técnico.
Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído”. Fundacentro – Ministério do Trabalho e do Emprego,
1999.
GERGES, S.N.Y.” Ruído: Fundamentos e Controle”. 2 ed. NR Editora, 2000.
GERGES, S.N.Y. “Protetores Auditivos”. 1ed. NR Editora, 2003.
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INSS. Instrução Normativa Nº 1. Ministério da Previdência Social, 1995.
INSS. Instrução Normativa Nº 99. Ministério da Previdência Social, 2003.
INSS. Instrução Normativa Nº 11. Ministério da Previdência Social, 2006.
MTE. Norma Regulamentadora Nº 6: Equipamentos de Proteção Individual. Ministério do Trabalho e
Emprego, 1978.
MTE. Norma Regulamentadora Nº 7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Ministério
do Trabalho e Emprego, 1994.
MTE. Norma Regulamentadora Nº 9: Programa de Prevenção a Riscos Ambientais. Ministério do
Trabalho e Emprego, 1994.
MTE. Norma Regulamentadora Nº 15: Atividades e Operações Insalubres. Ministério do Trabalho e
Emprego, 1978.

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