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1. ALVENARIA DE TIJOLO
Alvenarias = são maciços construídos de pedras ou blocos, naturais ou artificiais, ligadas
entre si de modo estável pela combinação de juntas e interposição de argamassa ou
apenas por um desses meios;
parede a meia vez = os tijolos são colocados com a sua face lateral maior
para o paramento; as juntas verticais devem coincidir com o meio do
tijolo, das fiadas superior e inferior;
2. DIAGNÓSTICO
diagnóstico deve:
caracterizar o objecto em análise
descrever as anomalias existentes
referir as possíveis causas
Etapas do diagnostico
inspecção;
caracterização da anomalia
definição da causa.
Técnicas de diagnóstico
Razão para que a técnica de apenas observação não seja suficiente numa
inspecção: Porque a simples observação in Loco não é suficiente para determinar
as causas das anomalias.
Medição de fissuras
Equipamento utilizado:
Testemunhos fixos e deslizantes;
Extensometros mecânicos;
Paquimetro digital com base de medida triangular.
As fissuras apresentam-se:
Convecção de fissuras:
3. ANOMALIAS E RESPECTIVAS CAUSAS:
causas internas:
retracção
criptoflorescências;
ciclo gelo / degelo;
dilatação térmica;
absorção de humidade;
corrosão de elementos metálicos
Causas externas:
assentamento de fundações;
a aplicação de cargas concentradas;
a expansão da alvenaria devida a variações térmicas ou acções da
humidade;
a deformações excessivas do suporte;
impulsos horizontais originados por variações dimensionais da cobertura
Fissurações
.
Diferença entre fissuração no tijolo maciço e no tijolo vazado;
O maciço tem maior capacidade resistente do que o vazado. Isso irá
provocar algumas diferenças na fisionomia das fissuras (maciço a
esquerda; vazado à direita)
CADERNO DE LIZY
Pode-se dividir as fissuras conforme sejam referentes a paredes resistentes ou
paredes de enchimento:
Assentamento diferenciais;
Deformações excessivas do suporte;
Aplicação de cargas;
Variações térmicas, acções de humidades ou do gelo e ataques químicos
Assentamentos diferenciais
A origem dos assentamentos diferenciais pode residir:
na consolidação do terreno;
existência de fundações do edifício sobre diferentes tipos de
terrenos;
fundações sobre aterros;
construção de diferentes tipos de fundações;
deficiente dimensionamento dos elementos da fundação
Variações de temperatura
A orientação da parede, o tipo da parede e a sua cor são factores
determinantes;
Desagregações
devem-se a causas externas como, por exemplo, o agravamento de fendilhações, a
acções climatéricas, como o vento e a humidificação dos materiais, e a acções
sísmicas.
Descasque
resultante do desenvolvimento de fissuras criadas por solicitações internas,
alternância de temperatura, acção do ciclo gelo / degelo ou de criptoflorescências,
isto é, cristalização de sais no interior da alvenaria (reacções químicas).
Sob certas condições, é possível aos cristais formarem-se no interior das peças.
Quando isto sucede, é possível que a pressão de cristalização e de crescimento dos
cristais possa causar fissurações que provoquem o descasque.
Erosão
A erosão é a desagregação pelo exterior.
Resulta do desgaste do tijolo devido às condições ambientais.
Os agentes climatéricos e atmosféricos desenvolvem uma acção transformadora
sobre todos os materiais que a eles estão expostos.
Humidades
Tipos de humidades:
Humidade ascendente
As humidades ascendentes provêm do solo em zonas bem localizadas
(água superficial) ou distribuem-se uniformemente por largas zonas
(água freática);
Humidade de precipitação
surge principalmente a seguir a períodos de chuvas intensas ou de
longa duração, acompanhadas de vento forte, sobre os paramentos
interiores do edifício;
Humidade de condensação
As principais causas das condensações são a produção de vapor no
interior e a insuficiência de isolamento térmico das paredes associada a
uma produção intensa de vapor de água;
Humidade de construção
É a humidade que se manifesta num edifício acabado de construir,
relacionada com o teor de água utilizado na construção e a água que
atinge os materiais, na fase de construção, proveniente da chuva ou
outras causas fortuitas no decorrer da construção
Eflorescências
O mecanismo de formação das eflorescências é composto por:
dissolução dos sais solúveis do material pela água existente nos seus poros;
migração da água, arrastando os sais até à superfície do material;
evaporação superficial da água cristalizando os sais que tinha dissolvidos
Empolamento
Por definição, o empolamento apenas é possível em paredes com camada de
revestimento, aparecendo, por isso, quase exclusivamente em alvenarias de tijolo
furado.
O empolamento é fundamentalmente o destaque do revestimento geralmente
impermeável devido a algum tipo de tensões concentradas nas interfaces da
alvenaria e do seu revestimento.
Manifesta-se através de bolhas, rebentadas ou não, que se formam nas interfaces
alvenaria / revestimento.
Manchas
É o caso dos depósitos de carbonato (“escorridos de cal”), (depósitos de silicatos
(“espuma branca”), manchas de bolores, manchas do desenvolvimento de
microorganismos (algas, bactérias, líquenes) em zonas mais húmidas, manchas de
ferrugem de elementos metálicos e manchas de sujidade devidas à poluição.
Presença de vegetação
vão tender a instalar-se em fissuras e outros locais da construção onde possam
encontrar nutrientes de que se alimentam.
As suas raízes originam um ataque mecânico das alvenarias.
Bolores e fungos
Outros agentes biológicos
4. TÉCNICAS DE REPARAÇÃO NÃO ESTRUTURAL
As soluções de intervenção que têm como objectivo a reparação das anomalias não
estruturais podem dividir-se nos seguintes tipos:
Elementos impermeáveis
Este reforço poderá não ser suficiente sendo necessário recorrer a uma
renovação do ar húmido por ventilação