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PRODAV

PROGRAMA DE APOIO AO
DESENVOLVIMENTO DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO

Oficina de Qualificação de Projetos


Linha de Produção de Conteúdos destinados às TVs Públicas

PRODAV

SAV / ANCINE / FSA / FUNDAJ

Janeiro e Fevereiro de 2015


A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC) e a Agência
Nacional de Cinema (ANCINE), em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco
(Fundaj) do Ministério da Educação, realizarão em janeiro e fevereiro de 2015
oficinas de qualificação de projetos em 12 cidades brasileiras. O objetivo é
assessorar os produtores regionais interessados em participar dos editais da
Linha de Produção de Conteúdos destinados às TVs Públicas do Prodav, que
que estão com as inscrições abertas de 05 de janeiro a 26 de fevereiro de
2015.

A Linha de Produção de Conteúdos destinados às TVs Públicas do Prodav é


uma iniciativa da SAV e ANCINE com recursos do Fundo Setorial do
Audiovisual (FSA), e prevê um investimento total de R$ 60 milhões para a
produção de conteúdos, destinando, em média, R$ 12 milhões para editais nas
regiões (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul) fomentando a produção
de conteúdos de animação, ficção e documentário, em obras seriadas e não
seriadas.

CONTEÚDO:

Manifesto pela TV Pública Independente e Democrática (Carta de Brasília)

Estrutura do Curso

Edital (Sul) e Anexos

Modelos de Projetos

Links complementares
Manifesto pela TV Pública Independente e Democrática
CARTA DE BRASÍLIA

Nós, representantes das emissoras Públicas, Educativas, Culturais, Universitárias, Legislativas e


Comunitárias, ativistas da sociedade civil e militantes do movimento social, profissionais da cultura,
cineastas, produtores independentes, comunicadores, acadêmicos e telespectadores, reunidos em
Brasília, afirmamos, em uníssono, que o Brasil precisa, no seu trilhar em busca da democracia
com igualdade e justiça social, de TVs Públicas independentes, democráticas e apartidárias.

Nove meses transcorridos desde o chamamento para o 1º Fórum Nacional de TVs Públicas, uma
iniciativa pioneira do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, com apoio da
Presidência da República, podemos afirmar que este nosso clamor soma-se aos anseios da
sociedade brasileira. Neste processo, o Brasil debateu intensamente a televisão que quer e
pretende construir, quando estamos à porta da transição para a era digital.

Nesse período, superamos a dispersão que nos apartava de nós mesmos e descobrimos uma via
comum de atuação, que tem como rota o reconhecimento de que somos parte de um mesmo
todo, diverso e plural, complementar e dinâmico, articulado em torno do Campo Público de
Televisão. Um corpo que se afirma a partir da sua heterogeneidade, mas compartilha visões e
concepções comuns.

Os participantes do Fórum afirmam:

- A TV Pública promove a formação crítica do indivíduo para o exercício da cidadania e da


democracia;

- A TV Pública deve ser a expressão maior das diversidades de gênero, étnico-racial, cultural e
social brasileiras, promovendo o diálogo entre as múltiplas identidades do País;

- A TV Pública deve ser instrumento de universalização dos direitos à informação, à comunicação,


à educação e à cultura, bem como dos outros direitos humanos e sociais;

- A TV Pública deve estar ao alcance de todos os cidadãos e cidadãs;

- A TV Pública deve ser independente e autônoma em relação a governos e ao mercado, devendo


seu financiamento ter origem em fontes múltiplas, com a participação significativa de orçamentos
públicos e de fundos não-contingenciáveis;

- As diretrizes de gestão, programação e a fiscalização dessa programação da TV Pública devem


ser atribuição de órgão colegiado deliberativo, representativo da sociedade, no qual o Estado ou o
Governo não devem ter maioria; - A TV Pública tem o compromisso de fomentar a produção
independente, ampliando significativamente a presença desses conteúdos em sua grade de
programação;

- A programação da TV Pública deve contemplar a produção regional;

- A programação da TV Pública não deve estar orientada estritamente por critérios


mercadológicos, mas não deve abrir mão de buscar o interesse do maior número possível de
telespectadores; - A TV Pública considera o cinema brasileiro um parceiro estratégico para a
realização de sua missão e enxerga-se como aliada na expansão da sua produção e difusão;

- O Campo Público de Televisão recebe positivamente a criação e inserção de uma TV Pública


organizada pelo Governo Federal, a partir da fusão de duas instituições integrantes do campo
público e promotoras deste Fórum (ACERP e Radiobrás);

E recomendam:
- A nova rede pública organizada pelo Governo Federal deve ampliar e fortalecer, de maneira
horizontal, as redes já existentes;

- A regulamentação da Constituição Federal em seu capítulo sobre Comunicação Social,


especificamente os artigos 220, 221 e 223;

- O processo em curso deve ser entendido como parte da construção de um sistema público de
comunicação, como prevê a Constituição Federal de 1988;

- A construção e adoção de novos parâmetros de aferição de audiência e qualidade que


contemplem os objetivos para os quais a TV Pública foi criada;

- A participação decisiva da União em um amplo programa de financiamento voltado para a


produção de conteúdos audiovisuais, por meio de mecanismos inovadores;

- Promover mecanismos que viabilizem a produção e veiculação de comunicação pelos cidadãos


e cidadãs brasileiros;

E propõem em face do processo de migração digital:

- Garantir a construção de uma infra-estrutura técnica, pública e única, que viabilize a integração
das plataformas de serviços digitais por meio de um operador de rede;

- A TV Pública considera que a multiprogramação é o modelo estratégico para bem realizar a sua
missão;

- A TV Pública deve ser promotora do processo de convergência digital, ampliando sua área de
atuação com as novas tecnologias de informação e comunicação e promovendo a inclusão digital;

- A TV Pública deve se destacar pelo estímulo à produção de conteúdos digitais interativos e


inovadores;

- O apoio à continuidade de pesquisas com vistas à criação de softwares que garantam a


interatividade plena;

- Os canais públicos criados pela Lei do Cabo devem ser contemplados no processo de migração
digital, passando a operar também em rede aberta terrestre de televisão;

- A TV Pública deve estar presente em todas as formas de difusão de televisão, existentes ou por
serem criadas;

- Trabalhar em conjunto com o BNDES para encontrar mecanismos de financiamento, por meio do
fundo social do banco de fomento, da migração digital das TVs Públicas;

- Fomentar o debate sobre a questão da propriedade intelectual no universo digital, buscando


ampliar os mecanismos de compartilhamento do conhecimento.

A força e a solidez do 1º Fórum Nacional de TVs Públicas são reflexos do envolvimento das
associações do campo público de televisão brasileiro – Associação Brasileira de Emissoras
Públicas, Educativas e Culturais (Abepec), Associação Brasileira de Canais Comunitários
(ABCCom), Associação Brasileira de Emissoras Universitárias (ABTU) e Associação Brasileira de
Televisões e Rádios Legislativas (Astral) – e das organizações da sociedade civil, que ao tomarem
parte deste processo dele se apropriaram, difundindo-o e ampliando-o.

Ao cabo destes quatro dias de reunião, sob o signo da fraternidade e de uma harmonia construtiva
que só se vivencia nos grandes momentos históricos, todos saímos fortalecidos. Acima de tudo,
emerge fortalecido o cidadão brasileiro, detentor de um conjunto de direitos que jamais se
efetivarão sem a ampliação e o fortalecimento do espaço público também na televisão brasileira;
Pelos motivos que se depreendem da leitura desta carta, é consenso, por fim, que o Fórum
Nacional de TVs Públicas deve se transformar em espaço permanente de interlocução e de
construção de políticas republicanas de comunicação social, educação e cultura,
institucionalizando-se na vida democrática do País.

Brasília, 11 de maio de 2007


I Fórum Nacional de TVs Públicas
Estrutura do Curso
Horas Aula: 20h (4 horas na quarta, na quinta e na sexta e 8 horas no sábado)

QUARTA-FEIRA
18:00 - apresentação;

- introdução – FSA, PRODAV, Lei 12.485;

- diferença entre proposta e projeto;


- licenças, autorizações e direitos;
- itens financiáveis pelos editais;
- desenvolvimento de bíblia específica para o gênero e formato;
- adequação do projeto ao perfil e expectativa dos canais de TV;
- noções e parâmetros de custo de um produto audiovisual do
ponto de vista da televisão;
- identificação das faixas de programação enfocadas nos editais;
- critérios de avaliação;

22:00 - Breve apresentação das propostas;

QUINTA-FEIRA
18:00 - leitura crítica dos editais;

22:00

SEXTA-FEIRA
18:00 - passo a passo da construção e adequação do projeto;

22:00

SÁBADO
09:00 - reapresentação das propostas em adequação à estrutura dos editais;

- desenvolvimento das propostas e soluções possíveis;

18:00 - encerramento.
Edital e Anexos
CHAMADA PÚBLICA BRDE/FSA – PRODAV – TVS PÚBLICAS (REGIÃO SUL) – 12/2014

Seleção de projetos de obras audiovisuais com destinação inicial ao campo público de


televisão para investimento pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

O FUNDO SETORIAL DO AUDIOVISUAL (FSA) torna público que realizará processo seletivo, em
regime de concurso público, para contratação de operações financeiras, exclusivamente da
forma de investimento, em conformidade com os termos e condições do presente edital, com
as seguintes características:

1. OBJETO
1.1. OBJETIVO
1.1.1. Seleção, em regime de concurso público, de projetos de produção independente de
obras audiovisuais brasileiras, com destinação inicial ao campo público de televisão
(segmentos comunitário, universitário, e educativo e cultural).
1.1.2. É OBRIGATÓRIO que o projeto seja aderente à descrição das propostas de
programação definidas no Anexo B deste edital.
1.1.3. Os recursos desta Chamada Pública serão destinados ao investimento na produção de
obras audiovisuais.
1.1.4. Entende-se por investimento a operação financeira que tem por característica a
participação do FSA nos resultados da exploração comercial do projeto.
1.2. RECURSOS FINANCEIROS
1.2.1. Serão disponibilizados recursos financeiros no valor total de R$ 11.959.000,00 (onze
milhões, novecentos e cinquenta e nove mil reais) para o conjunto de estados da região Sul do
Brasil.
1.2.2. O Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual – CGFSA será a instância
competente para decidir uma eventual suplementação do total dos recursos disponibilizados
para esta Chamada Pública, ouvida a ANCINE, enquanto Secretaria Executiva do FSA.
1.2.3. Caso os recursos disponibilizados para esta Chamada Pública sejam superiores aos
valores definidos para investimento, o CGFSA poderá reduzir a disponibilidade financeira e
remanejar para outras ações do FSA.
1.2.4. Caso haja saldo resultante do processo de seleção em uma ou mais regiões, o CGFSA
poderá remanejar o valor correspondente para outras regiões do país.
1.3. FUNDAMENTO LEGAL
A aplicação dos recursos do FSA e este processo de seleção são regidos pelas disposições da
Lei Nº 11.437, de 28 de dezembro de 2006, e do Decreto Nº 6.299, de 12 de dezembro de
2007, e, subsidiariamente, pelo Regulamento Geral do Programa de Apoio ao
Desenvolvimento da Indústria Audiovisual - PRODAV.
1.4. DEFINIÇÕES
1.4.1. Os termos utilizados por esta Chamada Pública obedecem às definições da Medida
Provisória nº 2.228-1, de 2001, da Lei nº 12.485, de 2011, e das Instruções Normativas
emitidas pela ANCINE, em especial as INs nº 91, 95, 100, 104 e 105, no que couberem.
1.4.2. Unidade Técnica: unidade de trabalho, dotada de corpo técnico vinculado à Empresa
Brasil de Comunicação – EBC, constituída especialmente para os fins de suporte e execução de
ações do FSA ligadas à Linha de Produção de Conteúdos Destinados às TVs Públicas. Composta
por um escritório central, localizado no município de São Paulo e cinco escritórios regionais,
localizados nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, respectivamente nos
municípios de Manaus, Recife, Brasília, São Paulo e Porto Alegre.
1.5. INFORMAÇÕES GERAIS
1.5.1. Para todas as referências de tempo será observado o horário de Brasília – DF.
1.5.2. Na contagem de todos os prazos estabelecidos neste edital, excluir-se-á o dia de início
e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for
explicitamente disposto em contrário.
1.5.3. O edital e seus anexos podem ser obtidos através da internet no endereço eletrônico
www.brde.com.br.
1.5.4. Os esclarecimentos das dúvidas referentes a esta Chamada Pública poderão ser
solicitados por qualquer interessado até 04 (quatro) dias úteis antes da data de encerramento
das inscrições, referida no item 5.2.1 do edital, através do e-mail: utsul.marina@gmail.com ou
do número de telefone: (51) 3230-2822.
1.5.5. As respostas aos questionamentos serão publicadas no sítio eletrônico do BRDE na
internet www.brde.com.br, sendo o acompanhamento de responsabilidade dos interessados.
1.5.6. Todas as decisões relativas aos procedimentos desta Chamada Pública serão
publicadas no sítio eletrônico do BRDE na internet www.brde.com.br.

2. PARTICIPAÇÃO
2.1. PROPONENTES
2.1.1. Empresas com registro regular e classificadas como empresa produtora brasileira
independente na ANCINE, nos termos da Instrução Normativa nº 91, pertencentes ou não a
grupos econômicos, no âmbito da comunicação audiovisual de acesso condicionado previsto
na Lei 12.485, de 12 de setembro de 2011.
2.1.1.1. Considera-se grupo econômico a associação de empresas unidas por relações
societárias de controle ou coligação, nos termos do Art. 243 da Lei 6.404/1976, ou
ligadas por sócio comum com posição preponderante nas deliberações sociais de
ambas as empresas, ou, ainda, vinculadas por relações contratuais que impliquem
acordo de estratégia comercial com finalidade e prazos indeterminados.
2.1.2. As empresas deverão comprovar sede na região dentro da qual irão concorrer pelo
período mínimo de 02 (dois) anos completos a contar retrospectivamente da data de inscrição
nesta Chamada Pública.
2.1.3. Caso a empresa comprove atuação profissional de sócio na área audiovisual na região
pelo período mínimo indicado no item 2.1.2 acima, sua habilitação ficará condicionada
somente à comprovação de sede na região, sem exigência de período mínimo para atuação da
empresa.
2.2. VEDAÇÕES À PARTICIPAÇÃO DAS PROPONENTES
2.2.1. É vedada a inscrição de projetos cujo proponente possua dentre os seus sócios,
gerentes e administradores:
a) servidores ou ocupantes de cargo em comissão da ANCINE, ou respectivos
cônjuge, companheiro ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade até o
2º grau;
b) funcionários do BRDE lotados em unidade responsável pelas operações do FSA, ou
respectivo cônjuge, companheiro ou parentes em linha reta, colateral ou por
afinidade até o 2º grau;
c) membros da comissão de seleção de projetos da região Sul do Brasil, ou
respectivos cônjuge, companheiro ou parentes em linha reta, colateral ou por
afinidade até o 2º grau; e
d) funcionários contratados pela Empresa Brasil de Comunicação – EBC para
atuarem na Unidade Técnica de suporte a esta linha do FSA.
2.2.2. É vedada a alteração de empresa produtora proponente, salvo nos casos de cisão,
fusão ou incorporação, quando poderá ser admitida a troca da proponente pela nova empresa
resultante de um desses processos de reorganização empresarial, desde que haja anuência do
BRDE com a alteração subjetiva, e seja observado o limite financeiro previsto neste edital, bem
como preservadas as condições para o contrato de investimento.

3. CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS DE OBRAS AUDIOVISUAIS


3.1. CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE DAS OBRAS AUDIOVISUAIS
3.1.1. Os conteúdos audiovisuais deverão observar as características e condições
estabelecidas nas regras desta Chamada Pública e do Regulamento Geral do PRODAV, em
especial quanto:
a) à tipologia das obras: exclusivamente obras seriadas e não seriadas de ficção,
documentário e animação, passíveis de constituir espaço qualificado;
b) à condição de conteúdos brasileiros independentes: conforme as disposições do
Capítulo VIII do Regulamento Geral do PRODAV.
3.1.2. Somente podem ser inscritos projetos que ainda não tenham iniciado sua produção,
entendida como o início das gravações.
3.1.3. É vedada a inscrição de projetos que estejam concorrendo ou que já tenham sido
contratados em outras chamadas públicas do FSA destinadas à produção audiovisual para o
segmento de televisão, incluindo o Suporte Automático.
3.1.4. A vedação do item 3.1.3 acima também se aplica à inscrição nesta Chamada Pública de
projetos que já tenham sido contratados pelo FSA por meio da suplementação aos editais
regionais.
3.1.5. Caso após a inscrição do projeto nesta Chamada Pública, a proponente optar por
concorrer em outra Chamada Pública do FSA de produção audiovisual em curso, deverá
desistir de sua participação na presente chamada para efetuar a nova inscrição.
3.1.6. A desistência do item 3.1.5 acima deverá ser comunicada por meio de ofício enviado
ao BRDE e à ANCINE, assinado pelo representante legal da proponente.
3.1.7. Se não houver comunicação de desistência nos termos do item 3.1.6 acima,
prevalecerá a inscrição mais recente feita pela proponente.
3.2. LICENCIAMENTO DAS OBRAS AUDIOVISUAIS
3.2.1. A inscrição de projeto nesta Chamada Pública implica o licenciamento não oneroso
para comunicação pública da obra audiovisual por canais de programação dos segmentos
comunitário e universitário e emissoras que exploram o serviço de radiodifusão pública e
televisão educativa.
3.2.2. O licenciamento será restrito ao território nacional pelo período de 01 (um) ano, sendo
os 06 (seis) primeiros meses em caráter de exclusividade. A distribuição da obra para a
comunicação pública será realizada pela Empresa Brasil de Comunicações – EBC.
3.2.2.1. O licenciamento previsto no item 3.2.2 acima será iniciado a partir da data da
primeira distribuição da obra pela EBC, prevista para ocorrer após o prazo definido no
item 8.2 do edital.
3.2.2.2. A licença não onerosa às TVs Comunitárias e Universitárias – restrita ao
segmento de TV Paga – prolonga-se para as faixas de frequência previstas no inciso III
do artigo 4.2 da Portaria MinC 489/2012;
3.2.2.3. A licença não onerosa para TVs públicas e educativas – restrita ao segmento de
TV Aberta – prolonga-se para o must carry previsto nos incisos I e V do artigo 32 da Lei
12.485/2011);
3.2.3. O licenciamento da obra após o período disposto no item 3.2.2 acima implicará
pagamento nos termos previstos nos itens 61 e 62 do Regulamento Geral do PRODAV.
3.3. PROJETOS APROVADOS PELA ANCINE
Caso o projeto esteja aprovado na ANCINE para captação de recursos incentivados, sua
contratação estará condicionada, em caso de seleção, ao cancelamento do projeto na ANCINE.
3.4. DIREITOS SOBRE OS CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS
Os direitos sobre a obra audiovisual, objeto do investimento desta Chamada Pública, deverão
observar as seções I, II e o item 131 da seção III do capítulo VI do Regulamento Geral do
PRODAV.

4. CONDIÇÕES DE INVESTIMENTO
4.1. LIMITE DE INVESTIMENTO
Nenhuma proponente ou grupo econômico poderá receber investimento superior a 40%
(quarenta por cento) dos recursos disponíveis nesta Chamada Pública, limitada a 02 (duas)
propostas.
4.2. INVESTIMENTO POR PROJETO DE OBRA AUDIOVISUAL
O investimento do FSA contemplará o valor integral dos itens financiáveis do projeto, que
deverá observar os limites da proposta de programação definida no Anexo B do edital.
4.3. ITENS FINANCIÁVEIS
4.3.1. São considerados itens financiáveis pelo FSA todas as despesas relativas à produção da
obra audiovisual até a sua conclusão, incluindo o desenvolvimento do projeto e a
remuneração dos serviços de gerenciamento e execução do projeto.
4.3.2. Itens não financiáveis incluem despesas de agenciamento, colocação e coordenação;
despesas de comercialização, divulgação e distribuição; e despesas gerais de custeio da
empresa proponente e das programadoras.
4.3.3. O valor total dos itens financiáveis não poderá ser redimensionado para valores
maiores que os apresentados no momento da inscrição.
4.3.4. Não serão admitidas despesas relativas ao desenvolvimento do projeto caso o mesmo
tenha sido contemplado para esta finalidade, em chamadas públicas relativas às linhas de
desenvolvimento do FSA, em editais municipais, estaduais e distritais ou por meio de leis de
incentivo.

5. DA INSCRIÇÃO
5.1. INSCRIÇÃO ELETRÔNICA E ENVIO DE DOCUMENTOS
5.1.1. A proponente deverá preencher e finalizar a inscrição eletrônica específica para este
processo de seleção, disponível no sítio eletrônico do BRDE na internet www.brde.com.br,
além de enviar os documentos arrolados no item 1 do Anexo A do edital desta Chamada
Pública, na quantidade exigida, em envelopes lacrados, entregues por portador ou por serviço
de encomenda registrada (que permita o rastreamento) ao escritório regional Sul da Unidade
Técnica, contendo no seu exterior:

UNIDADE TÉCNICA – ESCRITÓRIO REGIONAL SUL


TVE - Porto Alegre
Rua Correa Lima, 2118, Sala 332 - Morro Santa Tereza
Cep. 90850-250 – Porto Alegre – RS

CHAMADA PÚBLICA BRDE/FSA – PRODAV – TVS PÚBLICAS (REGIÃO SUL) – 12/2014


(razão social proponente) / (título projeto)
A/C: Marina Volpatto
Tel. (51) 3230.2822, e-mail: utsul.marina@gmail.com

5.1.2. Os arquivos dos projetos não selecionados serão descartados 30 (trinta) dias após o
resultado final desta Chamada Pública, ficando à disposição dos interessados até o fim desse
prazo.
5.2. PRAZOS DE INSCRIÇÃO
5.2.1. O período de inscrição de propostas para esta Chamada Pública inicia-se em
05/01/2015 e encerra-se em 26/02/2015.
5.2.2. O formulário eletrônico deverá ter seu preenchimento finalizado e carregado no
sistema do BRDE até às 18h (dezoito horas) da data de encerramento das inscrições de
projetos, conforme indicado no item acima.
5.2.3. O prazo final para a postagem da documentação ou entrega por portador é até o 1º
(primeiro) dia útil após a data de encerramento das inscrições de projetos. Documentos
encaminhados fora do prazo não serão aceitos.
5.2.4. No caso de reenvio de proposta, será considerada para fim de inscrição aquela enviada
por último.
5.3. RESPONSABILIDADE PELAS INFORMAÇÕES DO PROJETO
5.3.1. A proponente assumirá inteira responsabilidade pela integridade da documentação
enviada pelo correio ou portador, cujos itens deverão conter obrigatoriamente o mesmo teor
das informações enviadas por meio de inscrição eletrônica.
5.3.2. Na hipótese de uma mesma produtora realizar a inscrição de projetos diferentes, os
documentos previstos no Anexo A deverão ser acondicionados em um envelope específico
para cada projeto. Cada envelope deve se referir a apenas um projeto.
5.3.3. É responsabilidade dos proponentes assegurar que todos os arquivos possam ser
abertos em computadores PC e notebooks compatíveis com o sistema operacional Windows
XP, e computadores e notebooks MAC, bem como proteger a integridade física de CDs e DVDs,
por meio de seu acondicionamento em embalagens adequadas.
5.3.4. A impossibilidade de abertura das mídias eletrônicas ou dos arquivos nelas contidos
poderá causar a inabilitação da proposta ou impactar na sua avaliação.
5.4. ACESSO ÀS INFORMAÇÕES
O BRDE, a ANCINE e a EBC poderão solicitar, a qualquer tempo, documentos e informações
que considerem necessários para a avaliação dos projetos.
5.5. CRONOGRAMA
O cronograma para as etapas estabelecidas nesta Chamada Pública será divulgado no sítio
eletrônico do BRDE, sendo o mesmo passível de alterações posteriores, tempestivamente
divulgadas.

6. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS


6.1 ABERTURA PÚBLICA
A abertura das propostas será realizada em sessão pública em hora, dia e local a serem
definidos pelo BRDE e EBC, sendo estes publicados em seus respectivos sítios eletrônicos.
6.2. HABILITAÇÃO
6.2.1. A etapa de habilitação, de caráter exclusivamente eliminatório, terá por finalidade
averiguar a compatibilidade e adequação formal da proposta às condições desta Chamada
Pública, sendo realizada pela EBC.
6.2.2. Serão analisados ainda todos os documentos apresentados no ato de inscrição do
projeto, incluindo os contratos firmados pela empresa produtora referente às parcerias
efetivadas para a realização da obra, quando houver.
6.3. RESULTADO DA HABILITAÇÃO E RECURSO
6.3.1. Após o exame da documentação, o BRDE publicará a lista preliminar de projetos
habilitados e inabilitados com a justificativa de sua inabilitação.
6.3.2. Caberá recurso da decisão de habilitação no prazo de 10 (dez) dias a contar da
publicação do resultado preliminar. O recurso deverá ser interposto junto ao BRDE, por meio
de formulário específico disponibilizado em seu sítio eletrônico.
6.3.3. Os recursos deverão ser encaminhados exclusivamente para o e-mail
tvpublica.fsa@brde.com.br.
6.3.4. O resultado do julgamento dos recursos interpostos será divulgado pelo BRDE
juntamente com a lista definitiva de projetos habilitados.
6.3.5. Não será aceita documentação complementar nem retificação da documentação
apresentada na inscrição. Somente serão considerados aqueles documentos contidos nos
envelopes apresentados no ato de inscrição.
6.4. SELEÇÃO
6.4.1. A etapa de seleção terá caráter eliminatório e classificatório, correspondendo à
avaliação das propostas habilitadas.
6.4.2. A avaliação das propostas será realizada por 02 (dois) pareceristas externos
contratados pela EBC.
6.5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
6.5.1. As propostas receberão notas de 01 (um) a 05 (cinco) para cada um dos quesitos
relacionados a seguir, com seus respectivos pesos, de acordo com as seguintes classificações
do projeto:
Quesitos Peso
1 Aspectos artísticos e adequação ao público 50%
Abrangência do tema, comunicabilidade e adequação da
1.1 25%
proposta ao público.
Ficção/Animação Documentário
Estrutura dramática e
1.2 Estratégia de abordagem e 25%
construção dos
estrutura do documentário.
personagens.
2 Qualificação técnica do Diretor e do Roteirista 20%
Ficção/Animação Documentário
2.1 Experiência e desempenho pregresso do diretor. 10% 20%
2.2 Experiência e desempenho pregresso do roteirista. 10% -
3 Capacidade Gerencial e Desempenho da produtora 30%
Capacidade gerencial da produtora, seus sócios e grupo
3.1 econômico (quantitativo de obras produzidas e 10%
regularidade de produção).
Experiência e desempenho comercial das obras
produzidas pela produtora, seus sócios ou grupo
3.2 econômico em todos os segmentos de mercado interno e 15%
externo, especialmente na tipologia de obra a ser
produzida.
3.3 Participações e premiações em festivais e congêneres. 5%

6.6. COMPROVAÇÕES DAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS


6.6.1. As informações relacionadas aos contratos relacionados abaixo listados, somente
serão consideradas para efeito de pontuação quando tais contratos tenham sido entregues na
inscrição do projeto, conforme previsto no Anexo A do edital:
a) contratos do diretor e roteirista;
b) contrato de cessão de direitos de realização de roteiro entre o detentor de direitos
e a proponente.
6.6.2. Para a comprovação de informação quanto ao diretor e roteirista da obra, para fins de
pontuação na análise do projeto, fica dispensada a apresentação do contrato de prestação de
serviços, caso tais profissionais sejam sócios da empresa.
6.6.3. Na   análise   do   subquesito   3.2   “Experiência   e   desempenho   comercial   das   obras  
produzidas pela produtora, seus sócios ou grupo econômico, especialmente na tipologia de
obra a ser produzida”  e  3.3  “Participações  e  premiações  em  festivais  e  congêneres”,  poderão  
ser considerados os currículos do grupo econômico ao qual a proponente pertence e dos
sócios da produtora. Na análise do currículo dos sócios, poderão ser informadas obras
realizadas por outras produtoras, desde que os sócios da proponente também tenham sido
sócios destas empresas.
6.6.4. Caso os contratos não sejam apresentados, será atribuída a nota mínima aos quesitos
correspondentes.
6.7. NOTAS, RESULTADOS DA AVALIAÇÃO E RECURSOS
6.7.1. A nota geral da proposta utilizada para a análise comparativa com os demais
concorrentes será a soma das notas atribuídas aos quesitos ponderadas pelos pesos
respectivos.
6.7.2. As propostas que não obtiverem a nota mínima correspondente a 50% da nota
máxima serão desclassificadas.
6.7.3. Após a conclusão da avaliação, serão disponibilizadas, a cada proponente, as notas dos
respectivos projetos e relatórios de análise. O BRDE publicará a lista preliminar dos projetos
indicados para avaliação da Comissão de Seleção.
6.7.4. Caberá recurso da decisão da primeira fase da Seleção no prazo de 10 (dez) dias a
contar da publicação do resultado preliminar. O recurso deverá ser interposto junto ao BRDE,
por meio de formulário específico disponibilizado em seu sítio eletrônico.
6.7.5. Os recursos deverão ser encaminhados exclusivamente para o e-mail
tvpublica.fsa@brde.com.br.
6.7.6. O resultado do julgamento dos recursos interpostos será divulgado pelo BRDE
juntamente com a lista definitiva de propostas indicadas para a avaliação da Comissão de
Seleção. Caso haja inclusão de propostas na lista de indicados em virtude do provimento de
recursos, as mesmas serão incorporadas à lista definitiva, sem resultar na desclassificação de
outras propostas que constavam na lista preliminar.
6.7.7. Não será aceita documentação complementar nem retificação da documentação
apresentada na inscrição. Somente serão considerados aqueles documentos contidos nos
envelopes apresentados no ato de inscrição.
6.8. DECISÃO DE INVESTIMENTO
6.8.1. A decisão de investimento será tomada por uma Comissão de Seleção composta por
06 (seis) membros, sendo eles representantes da Agência Nacional do Cinema – ANCINE, da
Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, da Empresa Brasil de Comunicação – EBC,
da Associação Brasileira dos Canais Comunitários (ABCCOM), da Associação Brasileira de
Televisão Universitária (ABTU) e da Associação Brasileira das Emissoras Públicas Educativas e
Culturais (ABEPEC), na razão de um representante por instituição.
6.8.2. A Unidade Técnica da EBC encaminhará a lista definitiva de propostas indicadas para a
avaliação da Comissão de Seleção, contendo um quantitativo de propostas cujos itens
financiáveis, somados, sejam equivalentes a, no mínimo, uma vez e meia os recursos
financeiros disponibilizados para cada região conforme previsto no item 1.2 do edital.
6.8.3. A Comissão de Seleção poderá, a qualquer tempo, requisitar das proponentes novas
informações ou documentos que entender necessários para embasar sua avaliação.
6.8.4. A Comissão de Seleção deverá avaliar conjuntamente as propostas indicadas, sem
vinculação com as notas atribuídas anteriormente.
6.8.5. A Comissão de Seleção poderá selecionar projetos em número superior ao previsto
para cada formato contido no Anexo B do edital, em caso de ausência de demanda
relacionada a outros formatos previstos.
6.8.6. Não cabe recurso à decisão da Comissão de Seleção.
6.8.7. Após a proposição final das Comissões de Seleção Regionais, o resultado será
publicado pelo BRDE em seu sítio eletrônico e no Diário Oficial da União.

7. CONTRATAÇÃO DO INVESTIMENTO
7.1. CONTRATO DE INVESTIMENTO
Para cada projeto será assinado contrato de investimento entre a empresa proponente e o
BRDE, contendo as condições estipuladas no Anexo C do edital, tendo como objeto o
investimento para a produção da obra audiovisual e a correspondente participação do FSA nas
receitas.
7.2. CONDIÇÕES GERAIS PARA CONTRATAÇÃO
7.2.1. A proponente deverá apresentar os documentos relacionados no item 2 do Anexo A
do edital.
7.2.2. As proponentes deverão estar adimplentes perante a ANCINE, o FSA e o BRDE, além de
comprovar regularidade fiscal, previdenciária, trabalhista, para com o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS e no CADIN (Cadastro Informativo dos Créditos não quitados de
órgãos e entidades federais).
7.2.3. Será exigida para a contratação a análise técnica da compatibilidade entre o
orçamento e o roteiro apresentado e a análise de direitos da obra.
7.3. RESPONSABILIDADE DA PROPONENTE
7.3.1. As proponentes participarão do contrato de investimento na condição de responsáveis
pela execução operacional, gerencial e financeira do projeto, e pelas obrigações relativas ao
repasse das receitas decorrentes da exploração comercial da obra.
7.3.2. Para fins da previsão normativa relativa à doação da cópia da obra audiovisual à
Cinemateca Brasileira, a cópia final da obra audiovisual deverá respeitar os seguintes suportes
e sistemas: finalização em fita magnética suporte BETA, sistema digital, NTSC; ou finalização
em fita magnética, sistema digital de alta definição, contendo audiodescrição e legenda
descritiva (closed caption) para fins de acessibilidade por parte de pessoas com deficiência.
7.4. PRAZO DE CONTRATAÇÃO
A proponente terá prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos para apresentar as condições para
a contratação do investimento, contados da publicação do resultado final desta Chamada
Pública no Diário Oficial da União.

8. DA EXECUÇÃO
8.1. PRAZO DE CONCLUSÃO
8.1.1. O prazo de conclusão das obras audiovisuais será contado a partir da data do
desembolso dos recursos do investimento do FSA, cujas condições estão estabelecidas no
contrato de investimento, conforme os seguintes limites:
a) 12 (doze) meses, para obras não seriadas de documentário;
b) 18 (dezoito) meses, para obras seriadas.
8.1.2. Entende-se como data de conclusão da obra a data de liberação do Certificado de
Produto Brasileiro (CPB) pela ANCINE da obra audiovisual, considerando-se todos os episódios
no caso de obra seriada.
8.2. PRAZO DE ENTREGA DE CÓPIA DA OBRA PARA A EBC
8.2.1. A proponente deverá entregar cópia final da obra audiovisual à Empresa Brasil de
Comunicação - EBC, conforme os parâmetros estabelecidos na NORMA DE FORMATO
PADRÃO DE ENTREGA DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL EM ALTA DEFINIÇÃO - NOR 704
disponível no sítio eletrônico do BRDE, nos seguintes prazos, contados da data de desembolso
dos recursos do FSA:
a) 09 (nove) meses, para obras não seriadas de documentário;
b) 14 (quatorze) meses, para obras seriadas, sendo que as entregas dos episódios deve
observar o seguinte cronograma:
i. 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, do número total de episódios,
deverá ocorrer em até 09 (nove) meses;
ii. 50% (cinquenta por cento), no mínimo, do número total de episódios, deverá
ocorrer em até 12 (doze) meses; e
iii. 25% (vinte e cinco por cento), do número total de episódios, deverá ocorrer
em até 14 (quatorze) meses.
8.2.2. Deverá ser entregue à EBC material audiovisual promocional, contendo no mínimo 05
(cinco) minutos e uma sequência editada com diálogo, conforme os parâmetros técnicos
estabelecidos na NORMA DE FORMATO PADRÃO DE ENTREGA DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL
EM ALTA DEFINIÇÃO – NOR 704 disponível no sítio eletrônico do BRDE, em até 05 (cinco)
meses a contar da data do desembolso dos recursos do investimento do FSA.
8.3. RETORNO DO INVESTIMENTO
O retorno dos valores investidos pelo FSA será definido de acordo com as normas dispostas na
seção VIII do Capítulo IV do PRODAV.
8.4. PRESTAÇÃO DE CONTAS
8.4.1. A proponente do projeto selecionado deverá apresentar, ao BRDE, o conjunto de
documentos e materiais que proporcionam a aferição do cumprimento do objeto do projeto e
a correta e regular aplicação dos recursos, conforme definido no Anexo C do edital.
8.4.2. A prestação de contas será analisada pelo BRDE de acordo com as normas específicas
do FSA, sendo aplicadas, subsidiariamente, as regras da ANCINE.
8.4.3. Apenas serão admitidas despesas realizadas a partir da inscrição dos projetos nesta
Chamada Pública.
8.4.4. Deverão ser apresentados também, quando houver, comprovantes de recolhimentos
de saldo das contas-correntes de movimentação e de aplicação de recursos, comprovantes de
encerramento das contas-correntes de movimentação de recursos e extrato das contas
bancárias utilizadas pelo projeto, inclusive as contas de aplicação financeira, compreendendo o
período da abertura até seu encerramento.
8.4.5. Além dos documentos acima relacionados, poderão ser solicitados, a qualquer tempo,
esclarecimentos e documentos complementares que se fizerem necessários à análise da
correta execução do objeto do projeto e da regular aplicação dos recursos públicos para ele
disponibilizados.
8.4.6. As despesas deverão englobar as atividades necessárias e inerentes à realização dos
serviços contratados.
8.5. SANÇÕES
8.5.1. A omissão ou fornecimento de informações falsas na declaração de pertencimento a
Grupo Econômico para dissimular descumprimento ao limite previsto no item 4.1 do edital, e
de relação de parentesco para dissimular descumprimento à vedação constante do item 2.2.1
do edital, implicará arquivamento da proposta ou, no caso de proposta contratada,
vencimento antecipado do contrato de investimento, além da suspensão da proponente, em
ambos os casos, de participar de seleção pública de projetos a serem contemplados com
recursos do FSA pelo prazo de 03 (três) anos.
8.5.2 As sanções e penalidades decorrentes da incorreta execução física e financeira do
projeto estão dispostas na minuta de contrato de investimento, conforme Anexo C do edital.

9. DISPOSIÇÕES FINAIS
9.1. DECISÕES DO BRDE
As decisões finais proferidas pelo BRDE são terminativas.
9.2. REVOGAÇÃO OU ANULAÇÃO DA CHAMADA PÚBLICA
A eventual revogação desta Chamada Pública, por motivo de interesse público, ou sua
anulação, no todo ou em parte, não implica direito a indenização ou reclamação de qualquer
natureza.
9.3. CASOS OMISSOS
Os casos omissos e as excepcionalidades do processo de seleção desta Chamada Pública serão
analisados pela Secretaria Executiva do FSA e submetidos ao BRDE para execução.

10. ANEXOS
Fazem parte deste edital os seguintes Anexos:
Anexo A – DOCUMENTAÇÃO
Anexo B – PROPOSTA DE PROGRAMAÇÃO
Anexo C – MINUTA DO CONTRATO DE INVESTIMENTO
CHAMADA PÚBLICA BRDE/FSA – PRODAV – TVS PÚBLICAS (REGIÃO SUL) – 12/2014
ANEXO A – DOCUMENTAÇÃO

A documentação prevista neste Anexo deverá ser entregue ao escritório regional Sul da
Unidade Técnica, de acordo com a etapa do processo.

1. INSCRIÇÃO
1.1. A proponente deverá apresentar obrigatoriamente, em 02 (duas) vias, no formato A4,
preferencialmente sem encadernação ou grampeamento, colocados em 01 (um) envelope
lacrado, os seguintes documentos:
a) Cópia impressa do Relatório de inscrição eletrônica, assinado pelo representante legal
da proponente, contendo:
i. dados de identificação da proponente;
ii. currículo da proponente ou Grupo Econômico;
iii. dados de identificação do projeto; e
iv. resumo do total de itens financiáveis.
b) Roteiro, sinopse, storyboard e/ou estrutura, conforme o tipo do projeto discriminado a
seguir:
i. roteiro de episódio e sinopse de todos os episódios no caso de obra seriada de
ficção; ou
ii. roteiro ou storyboard completo de episódio e sinopse de todos os episódios de obra
seriada de animação; ou
iii. estrutura e sinopse do telefilme documental; ou;
iv. estrutura e sinopses dos episódios de obra seriada de documentário.
c) Projeto da obra audiovisual conforme o tipo e formato (obra seriada de ficção,
documentário ou animação e obra não seriada de documentário), de acordo com modelo
disponibilizado pelo BRDE em seu endereço eletrônico juntamente com esta Chamada;
d) Cópia em CD/DVD ou impressa da arte conceitual, storyboards, pesquisa de imagens
ou croquis artísticos do projeto, se houver;
e) Contratos do diretor e roteirista, quando houver e contrato de cessão de direitos de
realização de roteiro entre o detentor de direitos e a proponente;
f) Declaração de relação de grupo econômico (documento no qual a empresa declara se
está unida a outras empresas por relações societárias de controle ou coligação, nos termos do
art.243, da Lei 6.404/1976, ou ligada por sócio comum com posição preponderante nas
deliberações sociais de outras empresas, ou, ainda, vinculada por relações contratuais que
impliquem acordo de estratégia comercial com finalidade e prazos indeterminados com outras
empresas e, em caso afirmativo, com quais);
g) Declaração de que a proponente não se encontra entre as vedações previstas no item
2.2 do edital;
h) Ato constitutivo da empresa, registrado na respectiva Junta Comercial ou, no caso das
sociedades simples, o Registro Civil de Pessoas Jurídicas;
i) Contrato social atualizado, ou Registro Civil de Pessoa Jurídica, quando for o caso;
j) Ato constitutivo da empresa na qual o sócio da proponente tenha atuado
anteriormente, registrado na respectiva Junta Comercial ou, no caso das sociedades simples, o
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, no caso de indicação no currículo da proponente de obra
audiovisual produzida pelo sócio em outras empresas;
k) Comprovante de atuação profissional do sócio da empresa proponente em obras
audiovisuais realizadas por empresas sediadas ou produzidas na região pela qual concorre,
pelo período mínimo de 02 (dois) anos completos a contar retrospectivamente da data de
inscrição nesta Chamada Pública, caso a proponente não atenda ao prazo mínimo previsto no
item 2.1.2, mediante a apresentação de documentos tais como:
i. contrato de prestação de serviços audiovisuais com empresa sediada na região
ou para produções realizadas na região.
ii. comprovante de participação em sociedade de outras empresas de produção
audiovisual sediadas na região;
iii. registro de participação profissional em obras audiovisuais realizadas por
empresas sediadas na região ou produzidas na região;
iv. cópia de obra audiovisual realizadas por empresas sediadas na região ou
produzidas na região contendo crédito ao profissional;
v. publicações e outros documentos que permitam verificar a participação
profissional em obras audiovisuais realizadas por empresas sediadas na região ou
produzidas na região.
1.2. Os documentos previstos acima também deverão ser enviados por meio eletrônico,
pelo  sistema  de  inscrição  eletrônica,  exceto  os  mencionados  nas  alíneas  ‘a’,  ‘d’,  ‘j’  e  ‘k’  acima.
1.3. A   apresentação   dos   documentos   mencionados   na   alínea   “e”   (contratos   do   diretor   e  
roteirista e contrato de cessão de direitos de realização de roteiro entre o detentor de direitos
e a proponente) não será obrigatória para a análise documental do projeto, no entanto, caso
sejam informados dados a respeito destes documentos nos formulários da proposta, os
mesmos somente serão considerados para efeito de pontuação com a comprovação dos
documentos citados.

2. CONTRATAÇÃO
Os seguintes documentos deverão ser entregues para a contratação do investimento:
a) Comprovação de regularidade fiscal e previdenciária: Certidão Negativa de Débitos
relativos a Créditos Tributários Federais e à Divida Ativa da União (CND) ou Certidão Positiva
com Efeitos de Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à Divida Ativa da
União (CPEND), emitida conjuntamente pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou Certidão Conjunta de Débitos
Relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, emitida pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, e Certidão Negativa de Débitos e Contribuições Previdenciárias, do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), em plena validade;
b) Comprovação de regularidade relativa ao FGTS: Certidão de Regularidade de
Fornecedor-CRF, emitida pela Caixa Econômica Federal, em plena validade, disponível no sítio
da Caixa Econômica Federal;
c) Comprovação de regularidade trabalhista: Prova de inexistência de débitos perante a
Justiça do Trabalho mediante a apresentação da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas -
CNDT, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT (Decreto-lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943), artigo 642-A (acrescido pela Lei nº 12.440, de 07-07-2011), que poderá ser
obtida no sítio http://www.tst.jus.br/certidao;
d) Ficha Cadastral Pessoa Jurídica – Proponente, disponibilizada no sítio eletrônico do
BRDE, contendo a autorização para a ANCINE consultar a situação da empresa junto ao CADIN;
e) Declaração sobre condição de Pessoa Politicamente Exposta, disponibilizada no sítio
eletrônico do BRDE;
f) Orçamento analítico, impresso e em mídia ótica (CD ou similar);
g) Contrato de cessão de direitos de realização de roteiro entre o detentor de direitos e a
proponente;
h) No caso de obra audiovisual derivada de criação intelectual pré-existente, contrato de
cessão de direitos para constituição de obra derivada, contendo cláusula especificando prazo
mínimo de cessão dos direitos de 01 (um) ano e opção de renovação prioritária;
i) Autorização de uso de imagem da personalidade, quando couber.
CHAMADA PÚBLICA BRDE/FSA – PRODAV – TVS PÚBLICAS (REGIÃO SUL) – 12/2014
ANEXO B – PROPOSTA DE PROGRAMAÇÃO

Valor por Valor total do


Público- Qtd. Qtd. Duração
Código Descrição da proposta Tipologia Obra Investimento
alvo Obras Episódios Episódio
(em reais) (em reais)
Série que relata, a cada
episódio, os principais fatos e
processos históricos do país em
código de aventura de cartoon
desde um olhar infantil, não Série de
A Infantil 1 13 10 910.000,00 910.000,00
escolar e que desmistifica fatos Animação
e as figuras da história,
provocando reflexões e
questionamentos e, apelando
ao humor.
Série que promove
deslocamento de crianças de
culturas distintas para se
Série
B conhecerem. Em cada episódio Infantil 1 13 13 676.000,00 676.000,00
Documental
uma criança se dirige ao
universo de outra, totalmente
diferente do seu.

Série que explora o


desenvolvimento da inteligência
C Série de Ficção Infantil 1 13 13 845.000,00 845.000,00
emocional da criança a partir de
rituais de passagem.

Série que ilustra o diálogo


documental de crianças com
seus avós, que contam terem
sido personagens da Grande
Migração de brasileiros do
campo para os centros urbanos Série
D Infantil 1 13 13 507.000,00 507.000,00
no século XX, explorando, em Documental
meio à transmissão da
experiência, sentimentos e
memórias sobre a motivação, a
vida deixada para trás e a vida
na cidade.
Série que apresenta
brincadeiras de crianças
Série
E brasileiras dos mais distintos Infantil 1 27 2 162.000,00 162.000,00
Documental
caldos culturais, promovendo
uma incursão ao seu imaginário.
Série que aborda lendas
brasileiras através da edição e Série de
F Infantil 1 13 5 455.000,00 455.000,00
animação de desenhos enviados Animação
por crianças de todo o país.

Série que aborda crianças que


exercitam suas hipóteses sobre
o mundo e a ordem natural,
acompanhadas por cientistas
reconhecidos pela sua atuação
em pesquisa e produção de
Série
G conhecimento. Cada episódio Infantil 1 13 13 507.000,00 507.000,00
Documental
documenta a convivência entre
uma criança e um cientista.
Juntos eles formulam hipóteses
e as testam, em experimentos,
no grande laboratório que é o
mundo.

Série que apresenta crianças à Série de


H frente de documentários sobre Animação/Doc Infantil 1 13 7 637.000,00 637.000,00
fatos nacionais da atualidade. umental

Série que parte do recorte


“autorretrato”,   protagonizada  
por jovens das mais variadas
classes sociais, que são Série
I Jovem 1 5 26 390.000,00 390.000,00
entrevistados e entrevistadores, Documental
utilizando vídeos viralizados nas
redes sociais, escolhidos por
esses jovens.
Série apresenta jovens artistas
gráficos desenhando e/ou
grafitando sob inspiração de
Série de
imagens de bailes e festas de
J Animação/Doc Jovem 1 5 5 175.000,00 175.000,00
rua captadas por jovens
umental
produtores audiovisuais: o
corpo como espaço de
experimentação e liberdade.
Faixa de programação de obras
não seriadas que apresenta
jovens de coletivos das
periferias dos centros urbanos Obra de
K brasileiros à frente de documentário Jovem 1 1 52 156.000,00 156.000,00
documentários sobre fatos não seriada
nacionais da atualidade,
cabendo aos coletivos a linha
editorial dos documentários.
Série narra a história de
formação e ação de um
L “coletivo  de  jovens”,  em  diálogo   Série de Ficção Jovem 1 5 26 650.000,00 650.000,00
com os processos históricos do
país, desde um olhar jovem
periférico, provocando reflexões
e questionamentos, e apelando
ao humor. O projeto deve ser
desenvolvido a partir de
argumento de coletivo(s) de
jovens de periferia de centro(s)
urbano(s) brasileiros.
Série que aborda a experiência
de jovens de periferia que
Série
M ingressaram ao Ensino Superior, Jovem 1 5 26 390.000,00 390.000,00
Documental
e o que suas escolhas de objetos
de estudo revelam.
Série que aborda processos
sociais que naturalizam
Série
N desigualdades ordinárias, como Adulto 1 5 26 390.000,00 390.000,00
Documental
o racismo e outros tipos de
preconceito.
Série que aborda os silêncios
profundos presentes nas
O relações sociais que atualizam a Série de Ficção Adulto 1 5 26 650.000,00 650.000,00
violência de uma história de
mais de 350 anos de escravidão.
Série que aborda personagens
reais que viveram o processo de
migração do meio rural para o
urbano entre as décadas de
1950 e 1980, propondo poéticas
audiovisuais que representem
seus imaginários nestes dois
Série
P cenários. A representação do Adulto 1 13 52 2.028.000,00 2.028.000,00
Documental
imaginário parte do princípio de
que não eram seus
conhecimentos que lhe diziam o
que eram suas vidas antes da
grande viagem; eram suas vidas
antes da migração que lhe
diziam o que eles eram.
Série que registra a produção
de   “Retratos”   pintados   por  
artistas populares brasileiros a Série
Q Adulto 1 5 13 195.000,00 195.000,00
partir de descrições da Documental
paisagem de origem por
migrantes.
Série que aborda manifestações
populares reveladoras das
relações entre Estado e
Sociedade no Brasil, por meio de
entrevistas junto a produtores
Série
R audiovisuais de vídeos Adulto 1 5 26 390.000,00 390.000,00
Documental
viralizados nas redes sociais,
ilustradas pelas imagens desses
vídeos. Os entrevistados são
instados a explicarem sua
motivação para participarem
das manifestações.

Faixa de programação de obras


não seriadas que aborda a
inclinação religiosa de
migrantes, buscando um elo
Obra de
entre trajetórias surpreendentes
S documentário Adulto 1 1 52 156.000,00 156.000,00
e acidentadas, e um universo
não seriada
religioso capaz de absorvê-las,
assim como a adesão de seus
descendentes a práticas sociais
territorializadas.
Série que aborda a inclinação
religiosa de migrantes e a
adesão de jovens a uma religião,
desenvolvendo trama em que
T Série de Ficção Adulto 1 13 26 1.690.000,00 1.690.000,00
personagens fictícios têm curvas
dramáticas que revelam as
transformações do panorama
religioso no País.

TOTAL GERAL 20 obras 50,06 horas 11.959.000,00


CHAMADA PÚBLICA BRDE/FSA – PRODAV – TVS PÚBLICAS (REGIÃO SUL) – 12/2014
ANEXO C – MINUTA DO CONTRATO DE INVESTIMENTO

CONTRATO DE INVESTIMENTO QUE ENTRE SI


CELEBRAM O BANCO REGIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL – BRDE
E A PRODUTORA [NOME], PARA OS FINS QUE
ESPECIFICA.

BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO


EXTREMO SUL
Nº REFERÊNCIA DO CONTRATO

O BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL - BRDE, instituição financeira


pública, com sede na Rua Uruguai, nº 155, 4º Andar, Porto Alegre - RS, e representação na
cidade do Rio de Janeiro, Avenida Rio Branco, nº 181, sala 3504, 35º andar, inscrito no CNPJ
sob o n° 92.816.560/0001-37, qualificado como agente financeiro do Fundo Setorial do
Audiovisual – FSA, denominação da categoria de programação específica do Fundo Nacional da
Cultura – FNC, credenciado pelo Comitê Gestor do FSA nos termos da Resolução ANCINE nº 25,
de 15/03/2012, doravante denominado simplesmente BRDE, neste ato representado por seus
representantes legais ao final qualificados, e a [PRODUTORA NOME], empresa produtora
brasileira independente registrada na Agência Nacional do Cinema (ANCINE) sob o nº [inserir],
com sede na [inserir], inscrita no CNPJ sob o nº [inserir], doravante simplesmente denominada
PRODUTORA, neste ato representada por seu representante legal ao final qualificado,
resolvem celebrar o presente CONTRATO, mediante as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA
OBJETO
O presente contrato tem por objeto reger a forma e as condições da transferência de recursos
pelo BRDE, na condição de agente financeiro do FSA, para investimento na produção de obra
audiovisual brasileira independente para exibição inicial no Campo Público de Televisão
(segmentos comunitário, universitário, e educativo e cultural), intitulada [NOME DA OBRA],
doravante simplesmente designada OBRA, e a correspondente participação do FSA nas
receitas decorrentes de sua exploração comercial, seus elementos e obras derivadas, nos
termos da CLÁUSULA SEXTA deste contrato.
CLÁUSULA SEGUNDA
DEFINIÇÕES
Para fim de compreensão das expressões e vocábulos referidos neste instrumento, entende-se
por:
a) Data de Conclusão da OBRA: data de liberação do Certificado de Produto Brasileiro
(CPB) pela ANCINE, ressaltando-se que:
i. No caso de Obras Seriadas, a OBRA só será considerada concluída quando, além do
Certificado de Produto Brasileiro (CPB), neste estiverem registrados todos os
capítulos/episódios constantes do projeto a que se refere o presente contrato;
ii. A inclusão de todos os capítulos/episódios, acima mencionada, deverá ocorrer
observando  o  prazo  previsto  na  alínea  ‘a’  da  CLÁUSULA QUINTA.
b) Data de Exibição: data da primeira exibição comercial da OBRA em qualquer dos
segmentos -- comunitário, universitário, e educativo e cultural -- do Campo Público de
Televisão;
c) Prazo de Retorno Financeiro: período em que o FSA terá direito a participação nos
rendimentos decorrentes da exploração comercial da OBRA, seus elementos e obras
derivadas, compreendido entre a data de encerramento das inscrições na Chamada Pública de
TVs públicas e até 07 (sete) anos após a Data de exibição. A contagem do prazo exclui o dia do
começo e inclui o dia do vencimento;
d) Relatório de Produção: documento constituído de informações que comprovem a
realização física da produção da OBRA, relativo à totalidade do projeto;
e) Relatório Especial de Produção: documento constituído de informações que
comprovem a realização física da produção da OBRA, podendo ser requerido ao longo do
processo de produção da OBRA;
f) Relatório de Comercialização: documento constituído de relatório detalhado da
exploração comercial da OBRA no período por ele abrangido, em todos e quaisquer territórios
e segmentos de mercado existentes ou que venham a ser criados, acompanhado de:
i. relação de recebimentos identificando os documentos (inclusive fiscais) que
comprovem as receitas realizadas;
ii. relação de pagamentos identificando os documentos (inclusive fiscais) que
comprovem as despesas realizadas, sob pena de não aceitação destas para fins
de cálculo da RLP;
iii. cópias dos contratos e demais documentos formalizando ajustes que
impliquem participação de terceiros nos rendimentos da OBRA; e
iv. cópias dos contratos de comercialização ou outros celebrados no período que
impliquem transferência de direitos sobre o resultado comercial da OBRA.
O relatório também deverá conter informações sobre valores decorrentes de licenciamento de
marcas e imagens da OBRA, seus elementos e obras derivadas, bem como de transferência de
direitos patrimoniais relativos à OBRA, suas partes, marcas ou produtos derivados,
acompanhado das cópias dos contratos de licenciamento, cessão de direitos ou outros
contratos celebrados no período;
g) Itens Financiáveis: conjunto das despesas relativas ao desenvolvimento e produção da
OBRA até a sua conclusão, incluído o desenvolvimento e a remuneração dos serviços de
gerenciamento e execução, mas excluídas as despesas relativas a agenciamento, colocação,
coordenação, divulgação, distribuição e comercialização da OBRA e despesas gerais de custeio
da PRODUTORA;
h) Receita Bruta: corresponde ao valor total das receitas obtidas com a comercialização
da obra, em qualquer segmento de mercado ou território;
i) Receita Líquida do Produtor (RLP): Entende-se por receita líquida do produtor - RLP o
valor total das receitas obtidas com a comercialização da obra, em qualquer segmento de
mercado ou território, subtraídos:
i. os valores retidos pelos exibidores cinematográficos, programadoras de canais
pay-per-view e de vídeo por demanda;
ii. os valores pagos ou retidos à título de comissão de distribuição e venda;
iii. o valor das despesas de comercialização recuperáveis fixado com base no
número de salas de exibição da obra, na semana cinematográfica de maior
distribuição, calculada nos termos do item 78 do Regulamento Geral do
PRODAV.
iv. os valores retornados ao FSA à título de participação sobre a RBD
j) Outras Receitas de Licenciamento: valores decorrentes do licenciamento de marcas,
imagens e elementos da obra audiovisual, assim como as relativas ao licenciamento do direito
de adaptação da obra e de uso, comunicação pública ou exploração comercial de obras
audiovisuais derivadas, inclusive outras temporadas e formatos;
k) Comissão de Distribuição e/ou Comissão de Venda e/ou Licenciamento: soma dos
valores efetivamente recebidos pelo distribuidor, agente de vendas e/ou agente de
licenciamento como remuneração por seus serviços de comercialização, distribuição e/ou
licenciamento , incluindo agregação do conteúdo, da OBRA em todos e quaisquer territórios,
segmentos de mercado e janelas de exploração, existentes ou que venham a ser criados;
l) Despesas Administrativas: Compreende despesas com serviços e materiais
necessários à gestão administrativa, econômica, jurídica e contábil da produção da obra em
todas as suas fases, conforme disposto no Manual de Cobrança do FSA.
m) Despesas Gerais de Custeio da PRODUTORA: compreende despesas diretamente
relacionadas ao custeio da empresa produtora, sem relação direta com o projeto;
n) Prestação de Contas Especial: conjunto de documentos que proporcionam a aferição
do cumprimento do objeto do projeto e da correta e regular aplicação dos recursos na sua
execução, podendo ser requerido ao longo do processo de produção da OBRA;
o) Prestação de Contas Final: conjunto de documentos que proporcionam a aferição do
cumprimento do objeto do projeto e da correta e regular aplicação dos recursos na sua
execução.

CLÁUSULA TERCEIRA
INVESTIMENTO
O valor investido será de R$___________ (valor em reais por extenso), a serem destinados
exclusivamente à cobertura dos ITENS FINANCIÁVEIS da obra.

CLÁUSULA QUARTA
DESEMBOLSO DOS RECURSOS
O desembolso efetivo dos recursos ora investidos far-se-á mediante depósito único em conta-
corrente vinculada exclusivamente a este instrumento, aberta pela PRODUTORA e comunicada
ao BRDE e será efetuado após a publicação do extrato do presente contrato de investimento
no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA QUINTA
OBRIGAÇÕES DA PRODUTORA
A PRODUTORA fica obrigada a:
a) concluir a OBRA no prazo máximo de ____ meses [VERIFICAR TIPO DE OBRA], a contar
da data de desembolso dos recursos.
b) assegurar ao BRDE, à ANCINE e à EBC, assim como a terceiro eventualmente
contratado, amplos poderes de fiscalização da execução deste Contrato,
especialmente quanto à aplicação da importância ora investida na realização da OBRA;
c) aplicar os recursos investidos pelo FSA, bem como os respectivos rendimentos
financeiros, exclusivamente na produção da OBRA. Os recursos do FSA deverão ser
aplicados em caderneta de poupança ou fundos de investimentos compostos
predominantemente de títulos públicos federais em instituição financeira
supervisionada e autorizada pelo Banco Central do Brasil, cujos rendimentos
financeiros serão considerados como aporte complementar ao projeto;
d) apresentar ao BRDE, em meio físico e eletrônico, Relatórios Especiais de Produção,
quando demandada, até o dia 15 (quinze) do segundo mês seguinte ao envio da
respectiva demanda;
e) apresentar ao BRDE, em meio físico e eletrônico, o Relatório de Produção até o dia 15
(quinze) do segundo mês seguinte à sua Data de Conclusão.
f) apresentar ao BRDE a Prestação de Contas Final, até o dia 15 (quinze) do quinto mês
seguinte à Data de Conclusão da OBRA;
g) apresentar ao BRDE Prestação de Contas Especial, quando demandada, até o dia 15
(quinze) do segundo mês seguinte ao envio da respectiva demanda;
h) atender às solicitações do BRDE, da EBC e da ANCINE, fornecendo documentos e
informações que estas considerarem necessários para o devido acompanhamento do
projeto;
i) apresentar, para expressa anuência do BRDE, contratos ou outros instrumentos
celebrados com terceiros, que impliquem participação na forma de retenção ou
recuperação prioritária sobre a RLP e OUTRAS RECEITAS, e/ou caso, em decorrência de
tais ajustes ou contratos, seja necessária a apresentação de documentos fiscais em
nome de pessoa natural ou jurídica que não figure neste contrato;
j) preservar, em quaisquer contratos, ou outros instrumentos celebrados com terceiros,
a participação do FSA na Receita Líquida do Produtor (RLP) e em OUTRAS RECEITAS;
k) manter controles próprios, em que estarão registrados, de forma destacada, os
créditos e os débitos do projeto, bem como preservar os comprovantes e documentos
originais em boa ordem, ficando à disposição dos órgãos de controle interno e externo
até o recebimento do termo de quitação do Contrato a ser emitido pelo BRDE, ou pelo
prazo de 05 (cinco) anos contados da aprovação da prestação de contas, o que
acontecer por último;
l) apresentar ao BRDE, em meio físico e eletrônico, Relatórios de Comercialização
relativos à exploração comercial da OBRA pela própria PRODUTORA e/ou por outras
pessoas naturais ou jurídicas, com as quais venha a celebrar contratos, até o dia 15
(quinze) do sétimo mês seguinte ao mês da Data de Exibição e, posteriormente, até o
dia 15 (quinze) do sétimo mês seguinte ao período de abrangência do relatório
anterior, durante todo o Prazo de Retorno Financeiro, observado o disposto nos §§ 4º
e 5º desta Cláusula. Caso não haja nenhum resultado de exploração comercial no
período, a PRODUTORA deve enviar Relatório Simplificado de Comercialização;
m) repassar ao BRDE os valores correspondentes à participação do FSA sobre as receitas
decorrentes da exploração comercial da OBRA pela própria PRODUTORA e/ou por
outras pessoas naturais ou jurídicas, com as quais venha a celebrar contratos, na
forma estipulada nas CLÁUSULAS SEXTA e SÉTIMA, sob pena de sujeitar-se à cobrança
judicial dos valores devidos e às sanções previstas;
n) fazer constar, em créditos da OBRA e em todo material gráfico ou audiovisual de
divulgação da OBRA, o conjunto das logomarcas do BRDE, conforme disponibilizado no
sítio eletrônico do BRDE; da ANCINE/FSA, em conformidade com as disposições da
Instrução Normativa ANCINE nº 85, de 02 de dezembro de 2009, e da Empresa Brasil
de Comunicação – EBC, conforme Manual de Padronização das Marcas EBC e seus
Veículos, de novembro de 2013, disponibilizado no sítio da EBC na internet;
o) manter a sua sede e administração no País até o encerramento deste contrato;
p) entregar a cópia final da obra audiovisual para a Empresa Brasil de Comunicação –
EBC, observando os parâmetros estabelecidos na NORMA DE FORMATO PADRÃO DE
ENTREGA DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL EM ALTA DEFINIÇÃO – NOR 704 disponível no
sítio eletrônico do BRDE, nos seguintes prazos, contados da data de desembolso dos
recursos do FSA:
a) 09 (nove) meses, para obras não seriadas de documentário;
b) 14 (quatorze) meses, para obras seriadas, sendo que as entregas dos
episódios deve observar o seguinte cronograma:
i. 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, do número total de
episódios, deverá ocorrer em até 09 (nove) meses;
ii. 50% (cinquenta por cento), no mínimo, do número total de
episódios, deverá ocorrer em até 12 (doze) meses; e
iii. 25% (vinte e cinco por cento), do número total de episódios, deverá
ocorrer em até 14 (quatorze) meses.
q) entregar material audiovisual promocional à Empresa Brasil de Comunicação – EBC,
com no mínimo 05 (cinco) minutos de duração, observando os parâmetros
estabelecidos na NORMA DE FORMATO PADRÃO DE ENTREGA DE CONTEÚDO
AUDIOVISUAL EM ALTA DEFINIÇÃO – NOR 704 disponível no sítio eletrônico do BRDE,
no prazo máximo de 05 (cinco) meses, a contar da data de desembolso dos recursos.
§1º. Os documentos fiscais referentes ao projeto deverão ser emitidos em nome da
PRODUTORA e estar devidamente identificados com o título do projeto beneficiado,
revestidos das formalidades legais, numerados sequencialmente e em ordem cronológica, e
classificados com os números dos itens financiáveis do orçamento aprovado a que se
relacionarem as despesas, podendo ser solicitados pelo BRDE, EBC ou pela ANCINE a qualquer
momento.
§2º. Apenas serão admitidos documentos fiscais que comprovem despesas relativas aos itens
financiáveis realizadas entre a data de encerramento das inscrições de projetos na Chamada
Pública PRODAV – TVS PÚBLICAS (REGIÃO SUL) – 12/2014 e até 04 (quatro) meses após a Data
de Conclusão da OBRA, excluído o dia do começo e incluído o do vencimento.
§3º. O primeiro Relatório de Comercialização deverá obrigatoriamente abranger todas as
operações comerciais realizadas com a OBRA, ainda que anteriores à Data de Exibição,
incluindo o licenciamento de marcas e imagens da OBRA, seus elementos e obras derivadas, e
transferência de direitos patrimoniais relativos à OBRA, suas partes, marcas ou produtos
derivados, incluindo as receitas destes quando explorados pela própria PRODUTORA, e ainda
eventuais valores recebidos em decorrência de aquisição antecipada de licenças de exibição ou
de exploração comercial, em todos e quaisquer territórios, segmentos de mercado e janelas de
exploração, existentes ou que venham a ser criados, até 06 (seis) meses após a Data de
Exibição. Os demais Relatórios de Comercialização devem abranger os 06 (seis) meses
seguintes ao período abrangido pelo Relatório anterior, durante todo o Prazo de Retorno
Financeiro.
§4º. Caso anteriormente à data de publicação do extrato deste contrato no Diário Oficial da
União já tenha transcorrido o período de abrangência relativo ao primeiro Relatório de
Comercialização, a entrega do mesmo deverá ocorrer até o dia 15 (quinze) do terceiro mês
seguinte à data de publicação do extrato deste contrato no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA SEXTA
RETORNO DO INVESTIMENTO
O Retorno do Investimento ao FSA dar-se-á na forma de participação sobre a Receita Líquida
do Produtor (RLP) e OUTRAS RECEITAS, conforme estipulado nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º desta
Cláusula, pelo Prazo de Retorno Financeiro.
§1º. Será aplicada sobre a Receita Líquida do Produtor (RLP) a alíquota de __________ ( )
pontos percentuais, até a recuperação integral do montante total investido pelo FSA sem
atualização.
§2º. Após a recuperação do montante total investido pelo FSA no projeto, será aplicada sobre
a RLP a alíquota de ________ ( ) pontos percentuais até o final do Prazo de Retorno
Financeiro. Para aferição do ponto de inflexão de alíquota mencionado neste parágrafo será
considerado apenas o valor recuperado através da participação sobre a RLP, excluindo-se a
participação sobre OUTRAS RECEITAS.
§3º. A participação do FSA sobre os valores decorrentes do licenciamento de marcas, imagens
e elementos da obra audiovisual, assim como as relativas ao licenciamento do direito de
adaptação da obra e de uso, comunicação pública ou exploração comercial de obras
audiovisuais derivadas, inclusive outras temporadas e formatos será equivalente a _____ ( )
pontos percentuais.
§4º. A participação do FSA sobre os valores decorrentes do licenciamento de marcas, imagens,
elementos e direitos de adaptação da obra audiovisual será equivalente a ____() ponto(s)
percentual(is).
§5º. O FSA terá participação equivalente a 2% (dois pontos percentuais) da receita líquida do
produtor, obtidas pela exploração comercial de novas temporadas de obras seriadas e obras
derivadas de não seriadas.
§6º. O FSA fará jus à participação sobre os valores recebidos em virtude de contratos para
aquisição antecipada de licenças de exibição ou de exploração comercial firmados a partir da
data de início do prazo de retorno financeiro. O FSA também fará jus à participação sobre os
valores recebidos em virtude de contratos para aquisição antecipada de licenças de exibição
ou de exploração comercial não apresentados previamente à assinatura do presente contrato
de investimento, ainda que tais contratos tenham sido celebrados em data anterior ao início
do prazo de retorno financeiro.
§8.º. É vedada a redução da participação do FSA prevista nos parágrafos 1º, 2º e 3º desta
cláusula em virtude de alterações no total de itens financiáveis.
§9º. Em caso de discrepâncias entre os valores informados pela PRODUTORA ao BRDE e os
valores apurados pelo BRDE, pela ANCINE ou por terceiro eventualmente contratado, poderá
ser realizada auditoria dos livros e registros da PRODUTORA. Em todo caso, será considerado
para fins de cálculo do repasse da participação sobre as receitas decorrentes da exploração da
OBRA aquele valor que, após a adoção dos procedimentos para cálculo do valor devido
previstos neste Contrato e na Chamada Pública e de eventual auditoria, permitir o retorno de
maior significância pecuniária ao FSA.
§10. Para fins de cálculo da participação do FSA, a análise de Relatório de Comercialização será
realizada de forma consolidada, considerando-se os resultados financeiros apurados através
de relatório(s) de comercialização anteriormente apresentado(s), correspondente(s) a
período(s) de abrangência já transcorrido(s).

CLÁUSULA SÉTIMA
REPASSE DA PARTICIPAÇÃO DO FSA A TÍTULO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
O repasse da participação do FSA deverá ser efetuado pela PRODUTORA por meio de
pagamento de boleto bancário emitido pelo BRDE com data de vencimento igual ao dia 15
(quinze) do segundo mês subsequente à data de sua emissão.
§1º. O não recebimento de boleto bancário de cobrança não exime a PRODUTORA do repasse
das importâncias devidas e dos encargos decorrentes da mora.
§2º. A PRODUTORA, quando inadimplente, ficará, ainda, sujeita ao pagamento de juros
moratórios de 1% (um por cento) ao mês, incidentes sobre o saldo devedor vencido, acrescido
da pena convencional de até 10% (dez por cento), escalonada de acordo com o período de
mora, assim especificado:
N.º de Dias de Atraso Pena convencional
01 (um) 1% (um por cento)
02 (dois) 2% (dois por cento)
03 (três) 3% (três por cento)
04 (Quatro) 4% (quatro por cento)
05 (cinco) 5% (cinco por cento)
06 (seis) 6% (seis por cento)
07 (sete) 7% (sete por cento)
08 (oito) 8% (oito por cento)
09 (nove) 9% (nove por cento)
10 (dez) 10% (dez por cento)

CLÁUSULA OITAVA
SANÇÕES
A inobservância das obrigações assumidas em decorrência desse contrato constitui motivo
para imposição das seguintes sanções:
a) vencimento antecipado do contrato, sujeitando a proponente à devolução do valor integral
e atualizado do investimento objeto deste contrato, acrescido cumulativamente de:
i. juros moratórios equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e Custódia - SELIC, acumulados mensalmente, calculados a partir do
primeiro dia do mês subsequente ao do recebimento dos recursos até o mês
anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento pro
rata tempore;
ii. multa de 20% (vinte por cento), calculada sobre o valor total dos recursos
liberados.
b) multa de até 20% (vinte por cento), calculada sobre o valor total dos recursos liberados, se
gravíssima a natureza da infração, incluindo devolução dos recursos quando aplicados em fins
diversos do aqui contratado;
c) multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), se grave a natureza
da infração; e
d) advertência, na hipótese de infração considerada leve ou quando ponderada a primariedade
da conduta, a possibilidade de saneamento e a lesividade da conduta aos interesses do FSA.
§1º. Serão   deduzidos   do   montante   calculado,   conforme   as   regras   da   alínea   ‘a’   do   caput,   os  
valores pagos pela PRODUTORA a título de retorno do investimento, acrescidos de encargos
calculados   em   bases   idênticas   às   estipuladas   no   da   alínea   ‘a’   do   caput,   desde   as   respectivas  
datas de cada pagamento.
§2º. O não pagamento da multa aplicada à PRODUTORA em virtude de sanção contratual no
prazo estipulado poderá resultar no vencimento antecipado do contrato.
§3º. As sanções descritas acima serão aplicadas quando da ocorrência das seguintes infrações
contratuais, conforme a natureza da infração:
a) Vencimento antecipado do contrato:
i. aplicação da totalidade dos recursos ora investidos, bem como dos
respectivos rendimentos financeiros, em fins diversos do aqui contratado;
ii. não apresentação da Prestação de Contas Especial ou da Prestação de
Contas Final no prazo estipulado na CLÁUSULA QUINTA deste contrato;
iii. não repasse dos valores decorrentes de exploração comercial da OBRA pela
PRODUTORA no prazo estipulado na CLÁUSULA QUINTA deste contrato;
iv. não obtenção do Certificado de Produto Brasileiro – CPB para a OBRA
objeto deste contrato no prazo estipulado na CLÁUSULA QUINTA deste
contrato;
v. omissão ou fornecimento de informações falsas na declaração de relação de
parentesco para dissimular descumprimento à vedação constante do item
2.2.1 do edital da Chamada Pública PRODAV – TVS PÚBLICAS (REGIÃO SUL) –
12/2014;
vi. omissão ou fornecimento de informações falsas na declaração de
pertencimento a Grupo Econômico para dissimular descumprimento ao limite
previsto no item 4.1 do edital da Chamada Pública PRODAV – TVS PÚBLICAS
(REGIÃO SUL) – 12/2014.
b) Gravíssima:
i. omissão reiterada no cumprimento das obrigações previstas no presente
contrato;
ii. omissão de informações na declaração que versa sobre a celebração de
contratos, acordos ou ajustes que possam interferir no retorno do
investimento realizado pelo FSA, sob a forma de retenção prioritária, sobre as
receitas auferidas na comercialização da obra, ou em decorrência da execução
do projeto;
iii. não manter a sede e administração no País até o encerramento deste
contrato;
iv. aplicação parcial dos recursos ora investidos, bem como dos respectivos
rendimentos financeiros, em fins diversos do aqui contratado.
v. não entrega da cópia final da obra audiovisual para a Empresa Brasil de
Comunicação – EBC, no prazo   máximo   definido   na   alínea   ‘p’   da   CLÁUSULA
QUINTA.
c) Grave:
i. não assegurar ao BRDE, EBC e à ANCINE, assim como a terceiro
eventualmente contratado, amplos poderes de fiscalização da execução deste
Contrato,  conforme  previsto  na  alínea  ‘b’  da  CLÁUSULA QUINTA;
ii. não atender às solicitações do BRDE e da ANCINE conforme previsto na
alínea  ‘h’  da  CLÁUSULA QUINTA;
iii. não apresentar ao BRDE, no prazo estipulado, os relatórios referidos
nas  alíneas  ‘d’  e  ‘e’  da  CLÁUSULA QUINTA;
iv. não apresentar ao BRDE contratos ou outros instrumentos celebrados
com terceiros que impliquem participação na forma de retenção ou
recuperação prioritária sobre a RLP e OUTRAS RECEITAS, conforme previsto na
alínea  ‘i’  da  CLÁUSULA QUINTA;
v. não manter controles próprios em desacordo com o previsto na alínea
‘k’  da  CLÁUSULA QUINTA.
vi. não entregar material audiovisual à Empresa Brasil de Comunicação –
EBC no prazo  máximo  definido  na  alínea  ‘q’  da  CLÁUSULA  QUINTA.
§4º. O   descumprimento   da   obrigação   prevista   na   alínea   ‘n’   da   CLÁUSULA QUINTA implicará
aplicação de sanção conforme parâmetros previstos nos artigos 8º a 13 da Instrução
Normativa ANCINE nº 85, de 02 de dezembro de 2009, inclusive para ausência da logomarca
do BRDE e da EBC.
§5º. Além   da   sanção   prevista   no   item   ‘v’,   alínea   ‘a’,   do   §3º   desta   CLÁUSULA, a omissão ou
fornecimento de informações falsas na declaração de relação de parentesco implicará na
suspensão da PRODUTORA pela ANCINE de participar de seleção pública de projetos a serem
contemplados com recursos do FSA pelo prazo de 03 (três) anos, contados da data da decisão
final do processo administrativo de aplicação de penalidade.
§6º. Além da sanção prevista no   item   ‘vi’,   alínea   ‘a’,   do   §3º desta CLÁUSULA, a omissão ou
fornecimento de informações falsas na declaração de pertencimento a Grupo Econômico,
implicará na suspensão da PRODUTORA pela ANCINE de participar de seleção pública de
projetos a serem contemplados com recursos do FSA pelo prazo de 03 (três) anos, contados da
data da decisão final do processo administrativo de aplicação de penalidade supracitada.
§7º. O processo administrativo para apuração de condutas e aplicação de penalidades
decorrentes de infrações previstas neste contrato de investimento reger-se-á pelas regras
desta CLÁUSULA.
§8º. Verificada a ocorrência de infração, o BRDE notificará a contratada, informando o motivo
e as possíveis sanções aplicáveis, para que, querendo, apresente defesa prévia no prazo de 05
(cinco) dias úteis a contar do recebimento da notificação.
§9º. Apresentada ou não a defesa prévia, o BRDE enviará o processo à ANCINE, que opinará
sobre a imposição de sanção no prazo de 30 (trinta) dias.
§10 Considerada a manifestação técnica da ANCINE, o BRDE decidirá sobre a imposição da
sanção e notificará a contratada.
§11 A contratada poderá apresentar recurso no prazo de 05 (cinco) dias úteis a contar do
recebimento da notificação, no qual deverá expor os fundamentos do pedido de reexame,
podendo juntar novos documentos.
§12 Caso haja interposição de recurso, o BRDE enviará os autos à ANCINE, que terá prazo de
30 (trinta) dias para avaliar o recurso, opinando sobre a sanção aplicada.
§13 Considerada a manifestação técnica da ANCINE, o BRDE decidirá sobre a manutenção ou
afastamento da sanção e procederá à notificação do contratado.
§14 As infrações geradoras de sanções restritivas de direito serão comunicadas pelo BRDE à
ANCINE, a quem caberá aplicá-las diretamente.
§15 Sem prejuízo das demais sanções previstas neste contrato, o descumprimento pela(s)
contratada(s) de quaisquer obrigações estabelecidas no presente instrumento poderá implicar
a inscrição da(s) contratada(s) em situação de inadimplência enquanto persistir o
descumprimento.
§16 A PRODUTORA, na ocorrência de vencimento antecipado, sujeitar-se-á à cobrança judicial
e extrajudicial dos valores devidos e à inscrição no Cadastro Informativo de Créditos Não
Quitados do Setor Público Federal (CADIN), pelo BNDES, na qualidade de agente financeiro
central do FSA.

CLÁUSULA NONA
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
Poderá ser instaurada Tomada de Contas Especial contra a PRODUTORA pelo ordenador de
despesas do BRDE ou da ANCINE ou por determinação do Controle Interno ou do Tribunal de
Contas da União, para identificação dos responsáveis e quantificação do dano, quando ocorrer
qualquer das hipóteses previstas na Cláusula anterior.

CLÁUSULA DÉCIMA
EFICÁCIA E PUBLICAÇÃO
A eficácia deste contrato e de seus eventuais aditivos fica condicionada à publicação do
respectivo extrato no Diário Oficial da União, que será realizada pelo BRDE.
Parágrafo Único. O encerramento do contrato somente ocorrerá ao final do Prazo de Retorno
Financeiro do investimento, condicionado à aprovação da Prestação de Contas Final pelo BRDE
e ao cumprimento de todas as obrigações decorrentes do contrato.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA


UTILIZAÇÃO DE IMAGENS E REFERÊNCIAS DA OBRA
A PRODUTORA autoriza a utilização gratuita de imagens marcas, textos e documentos da obra
e do projeto e referências à OBRA em materiais de divulgação das ações do FSA, da ANCINE, da
EBC e do BRDE, com finalidade promocional e para informação pública e ainda a reprodução e
distribuição da obra para ações promocionais do FSA, da ANCINE, da EBC e do BRDE, nos
termos de regulamento específico.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA


DISPOSIÇÕES FINAIS
Em caso de descumprimento das determinações da legislação relativas ao Fundo Setorial do
Audiovisual, a PRODUTORA ficará sujeita às sanções administrativas restritivas de direitos
previstas pelo artigo 14 da Lei nº 11.437/2006.
Quaisquer dúvidas, casos omissos ou questões oriundas do presente Contrato, que não
possam ser resolvidos pela mediação administrativa, serão dirimidos pelo Foro da Justiça
Federal, Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
A qualquer tempo e em comum acordo, este instrumento poderá sofrer alterações, mediante
termo aditivo.
Havendo divergências entre as estipulações contidas na Chamada Pública PRODAV – TVS
PÚBLICAS (REGIÃO SUL) – 12/2014 e neste instrumento prevalecerão estas últimas.
E, por estarem justas e contratadas, assinam o presente instrumento em 02 (duas) vias de
igual teor e forma para um só efeito, juntamente com as testemunhas abaixo.
Rio de Janeiro, ___ de _______________ de 2015.

PELO BRDE:
_____________________________________ _____________________________________

PELA PRODUTORA – [NOME]:


_____________________________________ _____________________________________
Nome: Nome:
Estado Civil: Estado Civil:
Profissão: Profissão:
CPF: CPF:
Endereço Residencial: Endereço Residencial:

Testemunhas:
_____________________________________ _____________________________________
Nome: Nome:
CPF: CPF:
Modelos de projetos
APRESENTAÇÃO
Um elefante, um cachorro e uma lhama juntos? Numa nave? Perdidos numa galáxia desconhecida? Sem nenhum
adulto (humano) por perto? Essa é a série animada PLANETORAMA onde nossos personagens estarão num planeta
diferente a cada episódio. Esses planetas são sátiras de costumes que temos aqui na Terra, com habitantes que
variam de seres que mudam de humor a cada 2 minutos, planeta dos artista esquecidos ou mortos, até o pequeno
príncipe - velho e rabugento. Dentro desse universo nossos personagens terão que enfrentar e resolver problemas
para seguir sua jornada.

A série PLANETORAMA é uma série de Comédia/Aventura.


A base da série são os desafios que cada planeta irá apresentar aos nossos personagens e tais desafios poderão ser
desde questões psicológicas (como no caso de um planeta bipolar) até humor nonsense. Os personagens principais
enfrentarão tudo isso com uma boa dose de humor, utilizando suas habilidades, ou a falta delas, e o trabalho em
conjunto.

Humor / Aventura
13ep.x11min
9-13 anos
Nossos protagonistas são 2 animais - o elefante Ulisses e o cachorro Pudim - super bem treinados para essa missão
espacial e um outro animal nem tão bem treinado assim... Na verdade nem um pouco treinado, a lhama Musco entrou
por engano nessa missão achando que estava embarcando para conhecer a cidade de seus sonhos, Nova York. Agora,
esses 3 animais estão perdidos numa galáxia totalmente estranha, com planetas estranhos, seres estranhos e um
destino estranho, ou melhor, incerto.
PUDIM
Sonha em ser o melhor cão espacial já existente. Laika é seu ídolo. Foi convocado por ter um faro extremamente apurado
capaz de farejar uma agulha no palheiro - desde que ela tenha cheiro de pudim de leite (ele é fissurado em pudim). Acredita
que é o mais inteligente do grupo, isso geralmente acaba levando todo mundo a mais encrenca. Usa termos científicos para
parecer que sabe do que está falando.
ULISSES
Um elefante um tanto quanto ranzinza, mal humorado e pessimista. Tem todas as informações sobre todos os planetas na
memória, afinal, ele é um elefante, embora não saiba exatamente como elas foram parar lá. Não se surpreende com nada,
nem nas missões mais perigosas e apesar de todas essas características desfavoráveis, seu sonho secreto é ser um
comediante.
MUSCO
Uma lhama que sonha em conhecer Nova York e seus peculiares habitantes, mas entrou por engano numa nave espacial.
Não sabe ao certo que está numa missão, mas costuma aproveitar o que há de melhor nos planetas, como se fosse turista. É
o mais empolgado, curioso e desajeitado do grupo mas, no final das contas, esse seu jeito, de uma forma ou de outra, acaba
ajudando a missão.
A série aborda temas e contém piadas destinadas a um público infantil e pré-adolescente e para tanto, nossa pesquisa
indica que o melhor horário de exibição seria durante a tarde.

Acesse o link abaixo para assistir a um teste de animação do projeto


http://vimeo.com/48441952
UNIVERSO
O universo do seriado é dividido em 2 tipos, o FIXO e o VARIÁVEL. O universo FIXO é composto pela NAVE onde nosso
heróis viajam e pela ESTAÇÃO ESPACIAL, um ponto de encontro de vários seres de diferentes galáxias. E o universo
VARIÁVEL é composto por todos os diversos planetas visitados em cada episódio.
UNIVERSO FIXO - NAVE
É o veículo onde nossos personagens vivem e viajam pelo espaço. Essa nave, embora pareça pequena por fora, é
gigante por dentro e sempre tem novos cômodos e surpresas -desde um lavabo até uma piscina - de acordo com a
necessidade de cada episódio.
UNIVERSO FIXO - ESTAÇÃO ESPACIAL
A ESTAÇÃO ESPACIAL sempre está, providencialmente, no meio do caminho. Esta estação serve como posto de
serviços, restaurante, ponto de encontro, hospital, padaria, farmácia, cinema, e qualquer outro serviço necessário ao
viajante espacial. É lá que os personagens trocarão informações com seres de todos os cantos da galáxia. Este ponto
servirá também como pano de fundo para histórias secundárias dos episódios.
UNIVERSO VARIÁVEL
É composto por todos os diversos planetas e locais onde nossos personagens irão se aventurar. Aqui estão alguns
exemplos e concepts desses planetas e os argumentos para os episódios.

SACOLEJAMENTO K D VC?

Musco, Pudim e Ulisses chegam a um planeta onde tudo é certinho, Chegando a um novo planeta, onde não se ouve nada além de
regrado e organizado e todos os habitantes se parecem com lhamas. milhares de teclas sendo digitadas. Nosso grupo terá que mostrar
Musco é confundido com um fora da lei e é preso em seu lugar. Além aos seus habitantes que eles ainda são capazes de se comunicar
de coletar algumas pedras krongongs para realimentar o radar pessoalmente através da fala, capacidade já esquecida neste
sonante da nave para continuar viagem, Pudim e Ulisses terão que planeta desde o tempo que foi implantado um sistema de
encontrar o verdadeiro mal feitor e livrar seu querido amigo Musco comunicação pessoal via computador. O que eles vão precisar é de
da punição através do sacolejamento. um som emitido na língua original dos Katchengas (habitantes do
planeta) para destravar um mecanismo ativado por voz na nave, que
perdeu sua configuração original e tinha sido acidentalmente
instalado no idioma Katchengueles.

VERÃO ETERNO

Dois sois e um verão interminável, é isso que compõe o clima deste ESQUECERAM DE MUSCO
planeta chamado Duplossole. Nossos protagonistas vão ter que
recolher energia solar, ininterruptamente, por 30 horas para poder Depois de uma passada na estação espacial para um rápido lanche,
voltar a assar pernil ao molho de laranjas no mega forno da Musco é esquecido lá e tem que se virar para chegar até o planeta
espaçonave. O problema é que um eclipse duplo está para onde se encontra o resto da missão, que, por sua vez, depende das
acontecer, coisa rara, mas que pode acabar com os planos dos habilidades de Musco para poder seguir viagem.
nossos amigos de continuar a missão, e acabar com boa parte da
vida no planeta, pois seus habitantes tem uma resistência muito
pequena ao frio e não possuem casacos.
UNIVERSO VARIÁVEL

PLANETINHA DO PASTOREIO O ABOMINÁVEL HOMEM QUE NEVA

Desta vez a coisa ficará feia. Musco e Ulisses terão que usar muita Neste episódio nossos heróis, chegam num mundo muito gelado,
lábia para convencer Pudim a continuar com eles na missão. Eles onde todo mundo passa muito frio por causa de uma neve
pousaram em um planeta muito pequeno, que é basicamente uma constante, só que, segundo o roteiro da missão, esse seria um
fazenda, com muitos carneirinhos espuma, que fornecem uma lã planeta quente onde eles usariam o calor para recarregar o forno
ultra isolante que será a matéria prima para refazer o isolamento irradiador da nave. Então eles descobrem que a neve é fabricada -
térmico da nave. Só que esta "fazenda" reativou seus instintos mais transformando o calor em frio - através de um aparato tecnológico,
primários de cão pastor, e ele começou a acreditar que seu destino controlado por Edward, mãos de ciroula. Eles são presos e depos se
era esse, que ele era “o” escolhido. O que ele não percebeu é que libertam e convencem o Edward a fabricar sorvetes para refrescar
esses carneirinhos tinham um farto apetite por cães pastores. todo mundo, mas na proporção certa.

PLANETA BIPOLAR PEQUENO (PRÍNCIPE) RABUGENTO

Nessa aventura nossa tropa chega a um planeta onde todos os O destino da missão desta vez é o famoso asteróide B612. Lá eles
habitantes são solícitos e felizes. Isso até o momento em que o vão encontrar o único habitante dese planeta, o Pequeno príncipe,
vulcão Polaris ruge, aí todos os habitantes passam a ser que já não é tão pequeno, virou um velho rabugento de tanto ficar
extremamente mal humorados e descontentes. Contando (as vezes sozinho após a rosa já ter ido dessa pra melhor. A dificuldade será
sim e as vezes não) com a ajuda dos habitantes locais, eles terão que conseguir com que o Pequeno príncipe use seu conhecimento em
recolher um pouco da lava desse vulcão para fazer um conserto botânica para ajudar a recompor a horta que é levada dentro da
emergencial na fuselagem da nave para poder seguir viagem. nave e utilizada para filtrar todo o ar dentro da nave.
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PLANETA DOS MACACOS PIRATAS ESPACIAIS

Desta vez eles vão ter que enfrentar um desafio animal. Este planeta Numa das paradas para um rápido lanche, a nave dos nossos amigos
é habitado por macacos, como no filme original, e nossos queridos é roubada por uma corja de piratas espaciais, e junto com ela, nosso
amigos não são transformados em escravos, mas em políticos. Tudo querido elefante, que se identifica, inicialmente, com o mau humor
parece ir bem, pois eles acabam tendo uma vida de reis até o dia em desse bando e acaba se transformando, também, num pirata muito
que as suas decisões - tomadas de qualquer jeito - começam a afetar mal humorado. Mas, depois de perceber que esses piratas vão
a população, que incia vários protestos e eles percebem a saquear naves e planetas indefesos, ele retorna a si. Neste meio
importância de pensar em conjunto. A missão aqui era encontrar e tempo, Musco e Pudim conseguem organizar a "Marcha dos contra
coletar o pelo do bumbum do macaco babuíno que vive sentado a os piratas espaciais que roubam naves" e juntam muitos seres que
mais de 20 anos. irão ajudá-los a perseguir o bando e resgatar seu amigo.

E O VENTO (QUASE) LEVOU CIRCO INTERGALÁTICO

O planeta visitado agora chama-se Ventuno. Um lugar onde o vento Neste episódio a missão oficial foi interrompida por uma atração
faz a curva. E o objetivo aqui é direcionar o vento para um lugar muito especial anunciada na estação espacial, o Circo Intergalático.
específco da nave para refrigerar e gerar energia limpa. Os Muito famoso por suas diversas atrações de planetas muito
habitantes desse planeta vivem andando com um lastro amarrado, e variados, esse circo é algo imperdível e eles sabem disso. Só não
as construções e outros elementos da cidade também sempre estão sabiam que terão que fugir dele para não virarem atração
amarrados. Para completar a missão, eles dão um jeito de encanar o permanente sob a lona radiante - sem comida, bebida ou qualquer
vento, levar até a nave, mas isso acaba causando um grande outro conforto.
transtorno para os habitantes, então eles tem que arrumar outro
jeito de realizar a tarefa, de maneira que não prejudique toda a
população.
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EPISÓDIO PILOTO - “MENU NOME NÃO É BORG”


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EPISÓDIO 02 - “K d vc?”
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EPISÓDIO 03 - “PLANETINHA DO PASTOREIO”


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EPISÓDIO 04 - “ESQUECERAM DE MUSCO”


UNIVERSO VARIÁVEL

EPISÓDIO 05 - “VERÃO ETERNO”


UNIVERSO VARIÁVEL
CONCEPTS EPISÓDIOS 06-13
UNIVERSO VARIÁVEL

CONCEPTS EPISÓDIOS 06-13


PROJETO
PR
ROJ
OJET
ETO
O

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

www.cabongstudios.com.br
CURITIBA - 2012
Fundo Setorial do Audiovisual
Chamada Pública: Produção para TV
Formulário I – Projeto de Obra Seriada de Ficção

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 

 
1. Título do Projeto [Os Cupins ‐ Segunda Temporada] 
 
 
2. Proponente [Aiupa Brasil Produções] 
 

ASPECTOS ARTÍSTICOS E ADEQUAÇÃO AO PÚBLICO 

3. Proposta de Obra Seriada (Minissérie ou Seriado)  
(Apresentação da obra seriada de ficção, incluindo tema, visão original, resumo do enredo, 
tom, relevância e conceito unificador do projeto, se houver). 

[Apresentação da obra seriada de ficção 
 
Os Cupins 2T, dará continuidade às trapalhadas vividas por Joca, os Cupins e toda a turma da série 
de TV Os Cupins que foi realizada com recursos do FSA (PRODAV 2008 Finep/Ancine) e estreou no 
dia  18  de  Junho  de  2012,  com  duas  exibições  diárias  dentro  do  segmento  infantil  Quintal  da 
Cultura nas manhãs e nas tardes da TV Cultura.  
 
Empresa proponente 
 
 A Aiupa Brasil Produções possui uma sede própria localizada na Vila Leopoldina, na cidade de São 
Paulo, onde funciona seu estúdio de áudio, suas ilhas de edição e sua sede administrativa. Ela se 
especializa em dois tipos de produção audiovisual: a tradução e dublagem de matérias jornalísticas 
para portais de notícias da internet e dublagem de séries infantis para a TV a cabo; e a produção 
de programas de TV educacionais e pedagógicos. 
 
Gerenciamento do projeto 
 
Teremos uma equipe de administração e contabilidade, produtores, assistentes e finalizadores do 
projeto  que  trabalharão  durante  todo  o  periodo  proposto  para  que  os  prazos  sejam 
rigorozamente  cumpridos  e  para  se  manter  a  regularidade  fiscal  do  projeto.  Uma  consultoria 
jurídica também está prevista. Esta equipe tem experiência na gestão de outros projetos de vulto 
produzidos pela empresa, especialmente a primeira temporada da série Os Cupins. 
 
Quantificação 
 
Na nova temporada serão mais 13 episódios de 12 minutos de duração cada um. A técnica será a 
mesma:  ficção  com  bonecos  no  estilo  dos  programas  de  TV  Muppets  e  Cocoricó,  que  utilizam 
bonecos de luva. Mas Os Cupins, ao lado da técnica de bonecos de luva, usa outras técnicas, como 
bonecos  de  vara,  bonecos  vestidos  sobre  o  ator  e  ainda  animação  em  2D  de  personagens  e 
objetos.  
 
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Artisticamente a série Os Cupins 2T mostra como é fácil e gostoso brincar de música na infância 
utilizando  materiais  cotidianos  e  caseiros.  É  um  estímulo  para  que  muitas  crianças,  país  e 
professores comecem a "brincar de música" dentro de casa e nas escolas. 
 
Ao mesmo tempo, a série permite a continuidade em diferentes temporadas. E, ela pode crescer 
em termos de produtos e licenciamento de marcas desde livros, brinquedos, bonecos de pelúcia, 
instrumentos musicais, cadernos e materiais para atividades escolares.   
 
Por  seu  caráter  musical  ela  abre  oportunidade  para  ser  vertida  para  diferentes  línguas.  E  essa 
distribuição pode ser tanto da série quanto dos produtos conexos, no mercado interno e externo. 
Portanto, ela jê é uma série produzida com foco na exportação. 
 
Por  essa  razão  as  histórias,  as  músicas,  o  desenho  de  produção  como  um  todo  trabalham  com 
elementos das  diferentes culturas e musicalidades do mundo. 
 
Estratégia de abordagem 
 
Escrita e dirigida por Roberto Machado Junior, a série Os Cupins 2T continua com mais confusão, 
novos personagens e novos cenários, contando a história de dois cupins que moram num piano e 
detestam música. O piano fica no estúdio do Joca, um multi‐instrumentista que tem que aguentar 
as traquinagens que a dupla Cupim e Cupincha faz para boicotar seu processo criativo. 
 
Tema 
 
O tema principal da serie é a música. Realizada inteiramente com bonecos, a série diverte e traz 
personagens adoráveis; e introduz as primeiras noções de musicalização para as crianças dos 04 a 
10  anos  de  idade.  Ritmo,  Sonoplastia,  a  Voz  Humana,  a  Dança  e  o  Som  foram  alguns  dos  temas 
tratados na primeira temporada. Agora, na segunda temporada, a série continuará abordando as 
práticas musicais, e os temas serão Harmonia, Notação Musical, Gêneros Musicais, Andamentos, 
Teatro Musical, Canto Coral, Música Clássica, etc. 
 
Resumo do enredo 
 
Os  Cupins  2T,  tem  um  conflito  central:  toda  vez  que  o  Joca,  um  músico  multi‐instrumentista  vai 
fazer  música,  interferem  para  acabar  com  o  som  dois  cupins  que  moram  no  piano  e  detestam 
música.  
 
Paralelamente ao conflito principal temos tramas diferentes como a relação de Joca com os pais, 
Vida & Vidinha, dois hippies que vivem sem grana e tocando nas ruas e praças do mundo todo. E 
quando eles ficam sem dinheiro para quem que eles ligam? Pro filhão, o Joca, é claro. 
Toda  vez  que  o  Joca  está  em  apuros  ele  pede  socorro  à  sua  melhor  amiga  a  Clarinha,  mas  esta 
sempre  colabora  para  aumentar  a  enrascada  pois  envia  para  ajudar  um  tal  de  Queirós,  um 
personagem sem rosto, que mais atrapalha que ajuda. 
 
 
 
 
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Tom 
 
Os Cupins – 2 T vai passar para as crianças, com muito humor e leveza, os fundamentos da prática 
musical.  O  objetivo  não  é  ensinar  música,  mas  despertar  o  interesse  por  ela  e  pelo  aprendizado 
dos  seus  fundamentos.  A  série  não  pretende  fazer  pedagogia.  Ela  é  uma  comedia  de  confusões 
com um background educativo. A questão da música e de outros conceitos positivos que visam a 
formação  da  personalidade  infantil  aparecem  sempre  em  segundo  plano,  pois  o  negócio  aqui  é 
fazer rir. 
 
Relevância e conceito unificador do projeto 
 
Produzir uma segunda temporada de Os Cupins é importante pois desde a estréia a série foi cada 
vez  se  tornando  mais  popular  e,  como  se  pode  ver  pelos  materiais  publicados  na  imprensa,  ela 
atrai  a  atenção  não  apenas  das  crianças,  mas  também  dos  adultos.  Ela  realmente  se  caracteriza 
pelo conceito de family entertaiment onde pais e filhos desfrutam juntos do prazer de rir de uma 
boa comédia. 
 
Não  bastasse  a  exibição  em  TV,  a  série  Os  Cupins  lançou  também  uma  coleção  de  livros 
paradidáticos  Barsa  ‐  Os  Cupins,  voltada  para  o  ensino  de  música  nas  escolas.  Os  livros 
proporcionam experiências divertidas, lúdicas, ricas em aprendizado e capazes de contribuir para a 
formação das crianças. Foi com esse objetivo que a Editora Barsa Planeta Internacional procurou 
os  produtores  de  Os  Cupins  para  que  criassem  uma  obra  baseada  na  série  de  TV  homônima, 
composta por três volumes impressos, além de um completo material de vídeo e áudio que inclui 
CDs  e  DVDs,  destinada  a  professores  com  experiência  no  ensino  de  música  para  crianças  com 
idades entre 04 e 10 anos. Apresentados pelos personagens da série de TV Os Cupins, os livros e 
vídeos reúnem inúmeras atividades que podem ser executadas em sala de aula ou áreas externas.  
 
Mais  do  que  atender  às  exigências  da  Lei  Federal  11.769,  que  determina  que  a  música  deve  ser 
conteúdo obrigatório em toda a educação básica a partir de 2012, a proposta do lançamento da 
coleção  Barsa‐Os  Cupins,  foi  ajudar  a  suprir  as  expectativas  de  educadores  que  ainda  estão 
carentes de materiais de apoio para o ensino de música em sala de aula. 
 
Dar continuidade à serie de TV e ampliar o projeto pedagógico paralelo que se criou em torno do 
tema da série é, sem dúvida, o mais relevante papel que o projeto Os Cupins pode oferecer aos 
professores,  às  crianças  e  a  todos  aqueles  que  acreditam  que  é  preciso  qualificar  os  programas 
educacionais em nosso pais. 
 
E,  como  se  pode  ver  pelos  materiais  publicados  na  imprensa,  (veja  os  links  abaixo)  ela  atrai  a 
atenção  não  apenas  das  crianças,  mas  também  de  adultos.  Os  Cupins  se  enquadram  no  gênero 
family entertaiment, onde avós, pais e filhos desfrutam juntos o prazer de rir de uma boa comédia. 
 
  REVISTA CRESCER: 
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI309744‐10541,00‐
PROGRAMA+IOS+CUPINSI+ESTREIA+SEGUNDA+NA+TV+CULTURA.html  
  ILUSTRADA/UOL 
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/49396‐tv‐cultura‐estreia‐hoje‐serie‐com‐bonecos‐
quotos‐cupinsquot.shtml  
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  PUBLISHNEWS 
http://www.publishnews.com.br/telas/noticias/detalhes.aspx?id=68881  
  OUTROS CANAIS 
http://www.vcfaz.net/viewtopic.php?t=179617  
http://www.redenoticia.com.br/noticia/2012/tv‐cultura‐estreia‐programa‐que‐ensina‐musica‐
para‐criancas/39450  
 http://www.chrisflores.net/cultura/8/materia/1954/os‐cupins.html 
  CRIS FLORES ‐ portal R7 
http://www.dgabc.com.br/News/5963282/os‐cupins‐estreia‐na‐tv‐cultura.aspx] 

4. Público‐Alvo do Projeto 
(Identifique o público‐alvo do projeto, incluindo referências etárias, culturais e sócio‐
econômicas dos possíveis espectadores da obra). 

[O  público  de  Os  Cupins  2T  vai  de  4  a  10  anos.  Mas  observações  feitas  durante  a  exibição  da 
primeira temporada nos apontaram que criança menores ainda prestam atenção com interesse na 
movimentação dos bonecos em cena e acompanham vivamente as sequências musicais. 
 
Vimos  também  que  o  humor  com  bonecos  atrai  adultos,  embora  a  série  não  se  destine  a  este 
público. Portanto, não há distinção econômica. A série é para todos os públicos.  
 
A primeira temporada foi inclusive produzida sem que se colocasse no cenário qualquer palavra 
em  língua  portuguesa  para  que  ela  tivesse  uma  colocação  internacional  em  uma  futura 
distribuição. Este também é o nosso objetivo na segunda temporada.] 

5. Estrutura e Gênero Dramático 
(Detalhamento da estrutura da obra, e sua relação com os gêneros e subgêneros 
dramáticos sedimentados – tragédia, comédia, suspense etc. ‐, incluindo possíveis 
referências a outras obras audiovisuais ou artísticas). 

[Estrutura dos programas 
Os  Cupins  2  T  segue  a  mesma  estrutura  (ou  formato)  da  série  anterior  com  os  seguintes 
componentes: 
 
1. Vinheta de abertura (música tema cantada) 
2. Prólogo com os personagens Vida & Vidinha (um esquete com os pais do Joca) 
3. História (o enredo propriamente) 
4. Créditos de encerramento (música do programa, uma por episódio) 
5. Epílogo (um esquete que tem a ver com o tema do programa mas que não faz parte da história, 
ou seja, uma piada de encerramento) 
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A estrutura interna da história também tem alguns parâmetros pré‐estabelecidos: 
 
1. Os personagens cantores Os Bustos abrem a história com uma canção que introduz o tema. 
2. Ao longo da trama, Os Bustos interrompem para comentar com canções o que se passou ou o 
que vai se passar dali pra frente. 
3. Joca aparece em uma situação musical, ou seja, ele está produzindo algum som e isto irrita os 
cupins, especialmente o Cupincha. 
4. Dentro do piano, Cupim, o mais ardiloso dos cupins, bola um plano para acabar com a música. 
5. Os Cupins põem em prática o plano. 
6. Joca fica em maus lençóis com o que os cupins fazem. 
7.  Ele  pede  socorro  à  sua  melhor  amiga,  Clarinha,  através  do  computador  (ou  ela  vem  até  o 
estúdio). 
8.  Clarinha  chama  o  Queirós,  um  homem  sem  rosto,  que  assume  várias  funções,  uma  vez  é  o 
ferreiro, outra o encanador, outra o zelador, mas sempre ele entra para piorar a situação. 
9. Joca consegue dar um jeito de mudar a história e o plano dos cupins acabam prejudicando os 
próprios cupins. 
10. No final Cupincha, que se deu mal, solta seu bordão: ‐ Cara, eu só me aborreço! 
 
Gênero Dramático 
 
Os Cupins 2 T é uma comédia para crianças. Tem sua principal influência na comédia de costumes 
e  na  comédia  no  Brasil  chamada  “entra‐e‐sai”  (também  conhecida  por  screwball  comedy).  É  um 
gênero  de  humor  que  se  caracteriza  pelo  ritmo  rápido,  situações  burlescas  e  retratam 
personagens simplórios em conflito. É um gênero muito adequado ao show com bonecos por que 
ele pode misturar a fantasia, o cartoon e o pastelão. 
 
Se  olharmos  também  para  a  comédia  grega  temos  lá  o  coro  que  se  caracteriza  por    se  dirigir  à 
platéia  para  comentar  assuntos  relacionados  à  ação.  Os  Bustos,  e  o  seu  tipo  de  intervenção  é 
inspirado neste coro. 
 
Em  termos  de  referências,  tanto  Os  Cupins  quanto  Os  Cupins  2  T,  se  inspiram  na  tradição  do 
boneco de luva da TV americana dos anos 60 que criou Vila Sésamo, Os Muppets e muitos outros. 
No Brasil as fontes de inspiração que vieram da TV foram Bambalalão (Cultura – que foi dirigido 
por Roberto Machado Junior), TV Colosso (Globo), Cocoricó (Cultura). 
 
No  teatro  se  inspira  no  trabalho  da  diretora  e  pesquisadora  Ana  Maria  Amaral,  com  o  grupo  e 
oficina de teatro de bonecos O Casulo–BonecoObjeto; e no trabalho do dramaturgo e encenador 
Tácito Borralho, do Grupo CoTeatro de Bonecos.] 
 
 
 
 
 
 

 
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6. Linguagem e Procedimentos Narrativos 
(Detalhamento da linguagem audiovisual e dos procedimentos narrativos ‐ voz sobre 
imagem, flashback, efeitos etc. ‐ adequados ao público‐alvo definido na proposta, incluindo 
possíveis referências a outras obras audiovisuais ou artísticas). 

[As  séries  com  bonecos  de  luva  trabalham  principalmente  os  planos  médios  uma  vez  que  os 
personagens não tem a parte de baixo do corpo. Em Os Cupins 2T, porém, temos um personagem 
de corpo inteiro, o Queirós, um boneco que é ”vestido” pelo ator. Mas, essa característica não nos 
impede de utilizar a câmera na mão, o dolly e outros recursos de movimentação de câmera. Como 
trabalhamos para o público infantil, procuramos não movimentar demasiado as câmeras. Todas as 
cenas são gravadas em HD com duas câmeras para garantir a continuidade dos gestos dos bonecos 
em cena. 
 
Não há flashback nem elipses, a história se passa em tempo real. E tanto Joca quanto os cupins 
vão aprendendo a conviver cada um tentando atrapalhar o outro.    
 
Há  uma  profusão  de  efeitos  especiais  tanto  cenográficos  quanto  computação  gráfica  na  pós‐
produção. Teto que cai na cabeça, neve, fumaça, armário caindo e muito mais.  
 
Tal como na primeira temporada usaremos a mistura de bonecos em live action com animação em 
computação gráfica. Dispomos de técnicas e ferramentas eletrônicas de edição de imagens muito 
mais sofisticadas para essa finalidade. ] 
 
 
7. Perfil dos Personagens 
(Detalhamento do perfil físico, psicológico e biográfico dos personagens da obra seriada de 
ficção, incluindo possíveis referências a outras obras audiovisuais ou artísticas). 
[Ao longo do desenvolvimento dos roteiros novos personagens surgirão, sejam eles específicos de 
episódios,  ou  seja,  só  aparecem  em  um  episódio,  ou  sejam  personagens  que  se  incorporam 
definitivamente à série. 
 
Exemplos de personagens de episódio: 
 
“Vida  e  Vidinha  estão  atravessando  o  oceano  atlântico  num  pequeno  barco  a  vela  improvisado 
com  madeiras  amarradas  com  fios  de  pano.  Vidinha  procura  desesperadamente  conseguir  sinal 
para o celular pois precisa ligar pro Joca para avisar que eles caíram no mar e estão indo atrás do 
navio de cruzeiro em que viajavam fazendo show a bordo. 
Vida:  
‐ Como é que isso foi acontecer com a gente? Cair no mar, no meio do oceano, quando a gente 
tava no intervalo do nosso show. 
Vidinha:  
‐ Eu não te disse que aquela porta não era do banheiro? 
Para conseguir o sinal, Vida joga um fio com anzol e captura um tubarão‐antena (personagem em 
animação 2D). Assim obtém sinal para a ligação,. Mas agora é a bateria que está fraca. Vida pesca 
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um peixe elétrico e eles conectam o celular nas narinas do peixe (personagem em boneco de luva). 
Finalmente, conseguem fazer a chamada.” 
 
O tubarão‐antena e o peixe elétrico são exemplos de personagens que só aparecem em um único 
episódio. 
 
Exemplos de personagens que se incorporam à série: 
 
Tavarix,  o  ET  –  Um  extra‐terrestre  que  veio  do  planeta  Tavarix  onde  não  há  madeira  e  onde  a 
música  é  energia  para  tudo.  Quer  encontrar  seu  irmão  gêmeo  Tavarix  perdido  na  Terra  e  voltar 
para seu planeta. Se expressa em ditos populares e anexis. Seu temperamento é muito tranquilo. 
 
O‐1Ø – O amigo músico do Joca que faz várias jams com ele. Ocasionalmente disputa com ele a 
atenção de Clarinha. Mora em outra cidade e quando chega se hospeda na casa do Joca com total 
intimidade.  Não  se  preocupa  com  muitas  coisas  e  nem  liga  para  as  preocupações  do  Joca  e  seu 
eterno combate com os Cupins. De fato, ele não acredita que os cupins realmente existam e acha 
que ee tudo “paranóia” do Joca. 
 
Lila – É uma arará, a fêmea alada dos cupins, que chega ao piano para dividir Cupim e Cupincha 
que disputam a atenção dela. Veio no verão e quando o tempo começa a esfriar ela vai embora 
deixando Cupim e Cupincha inconsoláveis. Como ela gosta de música, introduz um problema para 
os dois.] 
 
 
8. Cenários e Locações 
(Apresentação dos principais cenários e locações da obra seriada, incluindo descrição física, 
concepção visual e função no enredo). 
[Os Cupins 2T, tem dois cenários principais: o estúdio de música do Joca e o interior do piano onde 
vivem os Cupim e Cupincha.  
 
Há  ainda  o  cenário  virtual  da  casa  da  Clarinha  quando  ela  aparece  na  tela  do  computador  (a 
gravação do personagem é em chroma key) e os cenários virtuais que localizam Vida & Vidinha, os 
pais do Joca, em diferentes países (a gravação do personagem é em chroma key).  
Na estante do estúdio de Joca tem uma prateleira com quatro bustos. Estes Bustos ganham vida e 
se transformam num grupo d cantores que comentam o que acontece durante a trama. Há uma 
replica  desta  estante  com  réplicas  também  dos  Bustos  em  tamanho  maior  que  permite  a 
manipulação deste s personagens por atores cantores. O resultado final é a aplicação eletrônica de 
do cenário maior sobre a estante do estúdio. 
 
Nesta nova série manteremos os mesmos cenários, e a eles vamos acrescentar novos nichos:  
• o disco voador de Taverix,  
• o banheiro onde O‐1Ø passa boa parte do tempo,  
• um sistema articulado para fazer Lila voar dentro do piano, 
• o interior da lâmpada de Eugênio, o gênio, 
• vários  fundos  representando  os  lugares  do  mundo  onde  Vida  e  Vidinha  estão  (que  desta 
vez combinarão cenários reais com cenários virtuais para melhorar o recorte de chroma key).] 
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9.  Sinopses Preliminares 
(Apresentação  das  sinopses  dos  episódios  da  primeira  temporada  do  seriado  ou  da 
minissérie). 
[01. INSTRUMENTOS ESTRANHOS 
Joca  está  compondo  uma  peça  musical  de  encomenda.  Ele  trabalha  com  muita  concentração  e 
nem mesmo os chamados de Clarinha conseguem tirá‐lo do trabalho por muito tempo. Os Cupins 
estão cansados de ouvir os mesmos acordes repetidas vezes durante o processo de composição. 
Cupim e Cupincha resolvem criar instrumentos sonoros estranhos utilizando materiais que estão 
na  casa.  E  os  ruídos  e  sons  aconteçam  na  hora  em  que  o  Joca  está  criando.  Desesperado  com 
aquela sonoridade tão dispersiva e sem uma explicação para surgirem, ele acredita que a casa tem 
fantasmas. Pede socorro a Clarinha que envia, claro, Queirós o caça fantasmas veloz. A coisa fica 
ainda pior com Queirós destruindo todo o estúdio a procura daqueles sons malucos. 
Neste episódio falamos como se pode construir com materiais simples instrumentos musicais que 
se inspiram em instrumentos usados em várias partes do mundo. 
 
02. O ET QUE COME MÚSICA 
Dentro do piano surge um ET, o nome dele é Tabarix, vindo do planeta Tabarix, que fica na galáxia 
de  Tabarix.  Está  a  procura  de  seu  irmão  gêmeo  Tabarix,  Como  se  vê  tudo  em  Tabarix  se  chama 
“tabarix”. Em Tabarix não existe madeira e o ET precisa de música, pois a música é a energia que 
se  usa  em  seu  planeta  para  recarregar  as  baterias  da  sua  nave  espacial  para  poder  retornar.  Os 
Cupins vêem aí uma grande chance de se livrar do Joca, afinal o Tabarix não come madeira e vai 
sugar toda a música do Joca para conseguir energia para sua nave. 
 
03. O CANTO CORAL 
Joca  toca  uma  música  ao  piano  e  percebe  que  Os  Bustos  estão  criando  vocais  livres  para  sua 
canção. Faz uma parada, tenta identificar de onde vêm as vozes. Ele se aproxima da estante e lá 
estão Os Bustos cantores que se apresentam: Beetoven, o baixo. Palhaço, o tenor, Monserrat, a 
soprano, e Miriam, a Contralto. Joca dá uma de maestro do grupo e identifica o registro vocal de 
cada um. Em seguida, mostra as notas que cada um deve cantar para formar os acordes. Os Bustos 
não têm dificuldade.  
Neste episódio falamos sobre a voz humana e como explorar este que é o mais belo e versátil dos 
instrumentos.  A  respiração,  as  cordas  vocais  e  os  diferentes  registros  ‐  baixo,  barítono,  tenor, 
contralto, mezzo e soprano. Mostramos também os corais, conjuntos e harmonizações vocais. 
 
04. O CARNAVAL 
Clarinha chega no estúdio fantasiada, tocando reco‐reco e cantando uma marchinha carnavalesca. 
Os cupins reclamam do barulho.Clarinha continua, agora tocando um samba numa cuíca, depois 
num tamborim, em seguida chacoalha um maracá, trila um apito, e os cupins vão ficando cada vez 
mais  irritados.  Eles  conseguem  se  esgueirar  para  o  estúdio  e  sorrateiramente  retiram  os 
instrumentos do estúdio. Mas, eles não têm como esconde‐los. Então vão comendo cada um dos 
instrumentos  vorazmente.  Quando  Clarinha  e  Joca  se  dão  conta,  todos  os  instrumentos  de 
carnaval  desapareceram.  Só  que  agora,  dentro  do  piano,  a  barriga  de  Cupincha  e  a  barriga  de 
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Cupim  estão  sofrendo  de  indigestão.  Eles  começam  então  a  produzir  sons  estranhos  com  suas 
entranhas. E uma verdadeira fanfarra de carnaval sai de dentro deles. 
 
05. A MELODIA 
Joca  afina  o  piano  com  uma  chave  especial  e  um  conjunto  de  diapasões.  Cupincha  está  irritado 
com o interminável martelar da mesma nota seguidamente, uma e depois outra e o som vibrante 
do  diapasão.  Cupim  explica  que  todo  piano,  assim  como  os  instrumentos  de  corda  precisam  ser 
afinados periodicamente e isso deve ser feito dentro de padrões muito precisos, e para desespero 
de Cupincha começa a discorrer sobre  a matemática da música, percorre a tábua harmônica do 
piano mostrando que o som das notas podem ser médios, graves e agudos. Que os agudos são os 
que sobem e vão bem alto. Que os graves vão ao fundo e tocam a nossa emoção. Fala também 
sobre a Melodia, e compara com a escrita dizendo que notas são letras que fazem som e com elas 
escrevemos palavras musicais; palavras formam frases nas canções e assim se faz a Melodia. 
A explicação termina ao mesmo tempo em que Joca acaba de afinar o piano. Para experimentar a 
afinação ele toca a canção tema do episódio. Os Bustos fazem os vocais. Cupim, dentro do piano, 
brinca de regente. 
Cupincha, evidentemente está muito incomodado com toda a explicação e principalmente com a 
cantoria. Agora é ele que tem que bolar um plano sinistro para acabar com a música sem contar 
com Cupim que parece passou pro lado de lá. 
Neste  episódio  comparamos  as  notas  musicais  com  a  escrita,  exploramos  as  escalas  musicais  e 
falamos sobre o conceito de melodia. 
 
06. O SOM DOS ANIMAIS 
No  interior  do  piano,  tudo  é  silêncio  e  tranquilidade.  Cupim  e  Cupincha,  refestelados  em  um 
canto, se dedicam ao que mais gostam: roer madeira. De repente, tudo sacode. Do lado de fora, 
vemos que o piano está sendo transportado num caminhão caçamba. Joca vai se apresentar num 
conserto beneficente ao ar livre e está levando o piano para o show. Os cupins, claro, detestam a 
novidade  e  reclamam  do  chacoalhar  do  piano  no  caminhão.  Os  sons  da  cidade  começam  a 
incomodá‐los. Quando chegam no local do show, um parque público, a primeira coisa que fazem é 
sair fora do piano. Na rua, as buzinas dos carros os espantam e eles voltam ao parque. Nas árvores 
em volta, um bando de macacos pratica vocalizes. Incomodados, os cupins entram num buraco da 
árvore  procurando  abrigo  e  encontram  um  ninho  de  passarinhos  barulhentos.  Fogem  dali  e 
acabam num bambuzal, onde aparentemente está tudo tranqüilo, mas logo começa a soprar um 
vento, produzindo um som ensurdecedor nos pés de bambu, como se fossem flautas. Eles fogem 
correndo e acabam caindo num aquário de golfinhos, que procuram se comunicar com eles com 
sons que parecem cantos. 
Mais uma vez eles fogem, encharcados e deitam‐se ao sol para secar, mas desta vez é uma cigarra 
e seu canto ensurdecedor a perturbá‐los. 
Desesperados  eles  retornam  ao  palco  onde  está  o  Joca  e  se  refugiam  novamente  no  seu  velho 
piano, mas agora sem se importar com a música. Joca está se apresentando e, pela primeira vez, 
os cupins parecem preferir ficar no piano com a música do que do lado de fora com a algazarra do 
parque. 
Neste episódio falamos sobre o som que os animais são capazes de produzir. 
 
 
 
 
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07. O REGIONAL 
Clarinha insiste com Joca em fazer um baile no estúdio, mas com uma condição: só  tocará música 
brasileira. Afinal, que país do mundo tem uma diversidade musical tão grande? Ela cita exemplo 
enquanto Joca batuca no piano: xote, carimbó, chorinho, maracatu. Os Bustos dão apoio sonoro 
cantando  junto  com  Joca.  Ninguém  consegue  ficar  parado,  nem  mesmo  Cupim;  seus  pés  se 
movimentam ao ritmo da música e seus quadris requebram numa dança frenética. Cupincha tenta 
conter o amigo, mas não consegue e acaba chacoalhando involuntariamente junto com o amigo.  
No estúdio começa o baile com um pot‐pourri de canções populares e a cada trecho, Cupim, que 
participa de dentro do piano, surge caracterizado com as roupas e elementos dos folguedos. No 
momento em que dança o frevo, Cupim incomoda Cupincha. No bumba‐meu‐boi Cupim vem de 
dançante e Cupincha é obrigado a evoluir sob a pesada carcaça do  boi. Depois vem a quadrilha, 
Cupim de dançarino e Cupincha ridiculamente vestido numa roupa de dançarina.  
Neste  episódio  falamos  da  relação  da  música  com  a  cultura  de  seu  local  de  origem.  Música  e 
dança. A diversidade de gêneros musicais brasileiros. 
Canção principal: POT‐POURRI REGIONAL BRASILEIRO. 
 
08. A HISTÓRIA DA MÚSICA 
Cupim está construindo a máquina definitiva que vai acabar com a música do Joca. Segundo ele a 
máquina vai sugar toda a música e enviá‐la para uma dimensão fora da nossa realidade e nunca 
mais poderá ser recuperada. Porém o negócio dá errado e Joca e Cupincha vão para juntos nesta 
outra dimensão, que não é nada mais nada menos que uma viagem pelo tempo. E aí estão os dois 
inimigos figadais tendo que se virar para descobrir um jeito de voltar para a época atual. Cupim 
mexe daqui e de lá e vai tentando trazer os dois de volta, mas a cada tentativa eles vão para em 
uma época diferente. E assim, damos com eles um passeio pelas diferentes épocas e compositores 
que marcaram a história da música. E eles encontram os homens das cavernas e participam de um 
ritual  onde  são  tocadas  musicas  tribais,  depois  vão  parar  em  Viena,  onde  conhecem  o  jovem 
Mozart.  Novo  ajuste  na  máquina,  e  vão  parar  no  Rio  de  Janeiro,  anos  30,  onde  conhecem 
Pixinguinha e seus Batutas.  
 
09. A NOTAÇÃO MUSICAL 
Joca conhece O‐1Ø num festival de música e reconhece nele um grande talento musical. Mas O‐1Ø 
tem dificuldade para ler música e entender a notação musical. Joca leva ele pra casa (o estúdio) e 
eles  fazem  improvisos  juntos  com  muita  qualidade.  Joca  vai  tentando  fazer  com  que  O‐1Ø  
entenda a notação musical. Só que o tempo passa e O‐1Ø  não vai embora. O desconforto de Joca 
vai ficando evidente e ele pede a Clarinha para dar um jeito de “educadamente” mandar aquele 
visitante sair. Clarinha envia então um assessor que vai ensinara a Joca várias maneiras polidas de 
dispensar o convidado, mas todas elas dão errado, pois os cupins acham que a presença de O‐1Ø 
faz com que o Joca deixe de tocar música. Por mais que Joca tente os cupins estão ao lado de O‐
1Ø. 
 
10. BELAS CANÇÕES 
Joca  e  O‐1Ø  disputam  a  atenção  de  Clarinha.  Cada  um  canta  uma  canção  popular  que  fala  de 
amor. Clarinha vira para um lado e para outro, sempre atraída pela nova canção. Os competidores 
se  aproximam.  Ficam  tão  pertos  que  acabam  deixando  Clarinha  de  fora.  A  disputa  fica  só  entre 
eles, uma canção atrás da outra, um querendo cantar mais alto e melhor que o outro. É um duelo 
franco, cuja arma é a voz e os golpes são as músicas. Clarinha desiste e vai embora enquanto os 
dois não param de cantar.. 
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11. A HARMONIA 
Joca e O‐1Ø estão compondo uma canção. Eles constroem a letra e a música aos poucos, discutem 
cada frase musical e cada frase do poema. Dentro do piano Cupim e Cupincha estão irritados com 
aquela seção de criatividade ininterrupta. Nisso Clarinha liga pelo computador e também participa 
da criação coletiva, Até mesmo Queirós, o zelador veloz, aparece na porta e dá seus palpites. Cada 
um  deles  tem  uma  opinião  diferente  da  do  outro  sobre  como  a  canção  deve  ser  composta. 
Cupincha  e  Cupim  estão  irritadíssimos  e  bolam  um  plano  para  acabar  com  a  discussão.  Eles 
inventam  muitos  truques  mas  a  criação  da  canção  é  tão  espontânea  que  até  mesmo  suas 
traquinagens viram inspiração para os versos da canção.   
Canção principal: HARMONIA 
 
12. CADA UM É UM INSTRUMENTO 
Joca  descobre  que  o  próprio  corpo  é  uma  fábrica  de  sons  percussivos.  Queirós,  o  zulu  veloz, 
aparece vestido com roupas de uma tribo africana e quer ensinar a Joca como dançar afro. O‐1Ø 
aparece com um tambor de couro de antílope e uma baqueta que é um osso de animal. Ele conta 
como  os  nossos  antepassados  faziam  música,  sempre  ligada  aos  rituais  e  festividades.  Clarinha 
aparece vestida de japonesa tocando um imenso tambor. Os cupins não aguentam tanta batucada 
e têm que dar um jeito de acabar com o batuque.  
Neste  episódio  falamos  de  batuques,  tambores  e  baticuns  do  mundo  afora  e  do  próprio  corpo 
como instrumento musical. 
 
13. AFINAÇÃO 
Joca é convidado por Queiróz, o empresário veloz, a escrever uma peça para teatro musical para 
estrear  um  show  infantil  no  teatro.  Ele  compõe  uma  canção  tema  para  a  peça  e  precisa  agora 
descobrir um jovem talento para cantar e dançar a canção. Queiróz envia várias candidatas para o 
teste. Todas elas são bem ruinzinhas. Os cupins estão irritados com toda aquela movimentação e 
principalmente com toda aquela desafinação das meninas. Resolvem então entrar na história para 
boicotar os testes e fazer com que o Joca perca o trabalho. Cupim e Cupincha entram várias vezes 
travestidos  de  jovens  cantoras.  Até  que  O‐1Ø  sugere  que  ele  chame  Clarinha.  E  Clarinha  dá  um 
show 
 
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QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DO DIRETOR E DO ROTEIRISTA 

 
9.  Diretor   
(Apresentação e currículo resumido do diretor da obra). 
Nome/Apresentação: [Roberto Machado dos Santos Junior] 
 
Produção  Função  Ano  Formato  Resultados 
(Título da obra)  (Cargo na  (Ano de  (Tipo, gênero,  (Informações sobre 
produção)  lançament duração e  bilheteria, renda, 
o)  segmento de  exibições, premiações, 
exibição da obra)  audiência etc.) 
[Os Cupins]  [Diretor e  [2012]  [Série, ficção,  [Exibido de segunda a 
roteirista]  infantil, 13  sexta em dois horários na 
episódios de 12  TV Cultura] 
minutos cada] 
[Matemática em  [Diretor e  [2009]  [Série, ficção e  [Exibido pela TV Escola e 
Toda Parte]  roteirista]  documentário, 12  Canal Futura] 
episódios de 25 
minutos cada] 
[Todos Podem  [Diretor e  [2008]  [Série educativa de  [Exibido pela TV Escola e 
Aprender a Ler e  roteirista]  6 episódios de 13  TV Cultura] 
Escrever]  minutos cada] 
[Aula Lá Fora]  [Diretor e  [2004]  [Série de 15  [Exibido pela TV escola e 
roteirista]  documentários de  Canal Futura] 
25 minutos cada] 
[O Sumiço dos Dós]  [Diretor e  [2006]  [Curta‐metragem,  [Projeto vencedor do 
roteirista]  super 16mm, 15  prêmio de produção 
minutos]  Curta‐Criança 2005] 

 
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10.  Roteirista 
(Apresentação e currículo resumido do roteirista da obra). 
Nome/Apresentação: [Roberto Machado dos Santos Junior]  
 
Produção  Função  Ano  Formato  Resultados 
(Título da obra)  (Cargo na  (Ano de  (Tipo, gênero,  (Informações sobre 
produção)  lançament duração e  bilheteria, renda, 
o)  segmento de  exibições, premiações, 
exibição da obra)  audiência etc.) 
[Os Cupins]  [Diretor e  [2012]  [Série, ficção,  [Exibido de segunda a 
roteirista]  infantil, 13  sexta em dois horários na 
episódios de 12  TV Cultura] 
minutos cada] 
[Matemática em  [Diretor e  [2009]  [Série, ficção e  [Exibido pela TV Escola e 
Toda Parte]]  roteirista]  documentário, 12  Canal Futura] 
episódios de 25 
minutos cada] 
[Todos Podem  [Diretor e  [2008]  [Série educativa de  [Exibido pela TV Escola e 
Aprender a Ler e  roteirista]  6 episódios de 13  TV Cultura] 
Escrever]  minutos cada] 
[Aula Lá Fora]  [Diretor e  [2004]  [Série de 15  [Exibido pela TV escola e 
roteirista]  documentários de  Canal Futura] 
25 minutos cada] 
[O Sumiço dos Dós]  [Diretor e  [2006]  [Curta‐metragem,  [Projeto vencedor do 
roteirista]  super 16mm, 15  prêmio de produção 
minutos]  Curta‐Criança 2005] 
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Formulário I – Projeto de Obra Seriada de Ficção

CAPACIDADE E DESEMPENHO DO PROPONENTE 

 
11. Estrutura da Proponente 
(Descreva a estrutura gerencial e as principais características da empresa proponente). 
 
a) Apresentação e currículo resumido da produtora  
 
[A  Aiupa  Brasil  produções  é  uma  empresa  especializada  em  criação  e  produção  de  produtos 
educativos  para  a  formação  de  educadores  e  estudantes,  e  programas  infantis  educativos  de 
animação.  
 
A  Aiupa  também  atua  no  ramo  da  tradução,  dublagem  e  legendagem  de  vídeos  para  a  TV  e 
internet  para  clientes  como  Dicovery  Channel,  Discovery  On‐Line,  The  New  York  Times  News 
Service,  The  New  York  Times  Syndicate,  Reuters,  MSN  Brasil,  MSN  México,  MSN  Latin  América, 
Deutsche  Welle,  Televisa,  Cyber  Group  Animation,  The  Disney  Channel,  Barsa  Planeta  e  Editora 
Planeta.  
 
No campo da educação e cultura, a Aiupa produziu as seguintes séries audiovisuais: 
 
Educação Inclusiva ‐ um vídeo de 20 minutos de duração, sobre práticas pedagógicas de inclusão 
de  alunos  deficientes  em  salas  de  aula  da  rede  pública  de  ensino.  Cliente:  Prefeitura  de  Santo 
André  ‐  Centro  de  Capacitação  de  Professores,  realização:  Aiupa  Brasil  produções.  Ano  de 
produção 2007/2008 
 
Todos  Podem  Aprender  a  Ler  e  a  Escrever  ‐  série  de  6  episódios  de  13  minutos  cada,  sobre 
Alfabetização e Desenvolvimento, com base nas pesquisas sobre pedagogia e educação da neuro‐
pedagoga Elvira Souza Lima. Cliente: MEC/SEED/TV Escola, produção: TV Cultura, realização: Aiupa 
Brasil Produções, ano de produção, 2008. 
 
1808 ‐ um vídeo de 20 minutos sobre as viagens do escritor Laurentino Gomes à Portugal, Salvador 
e Rio de Janeiro para documentar a história da vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808. 
Cliente: Editora Planeta do Brasil, realização Aiupa Brasil Produções. Ano de produção 2008. 
 
Mesários,  com  Dan  Stulback  ‐  um  vídeo  de  treinamento,  com  16  minutos  de  duração,    para 
capacitar os mesários nas eleições brasileiras. Cliente: TSE‐ Tribunal Superior Eleitoral, produção: 
TV Cultura, realização: Aiupa Brasil produções, direção Roberto Machado Junior, ano de produção 
2008. (ver DVD) 
 
Aula Lá Fora ‐ Ciências ‐  série com três episódios de 25 minutos cada sobre a pedagogia de aulas‐
passeio no aprendizado de ciências no ensino fundamental. Cliente: Prefeitura Municipal de Santo 
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André,  Secretaria  de  Educação,  realização:  Aiupa  Brasil  Produções,  ano  de  produção:  2008.  (ver 
DVD) 
 
Matemática  em  Toda  Parte  ‐  série  com  doze  episódios  de  25  minutos  cada  sobre  práticas 
inovadoras  de  ensino  de  matemática  para  professores  do  ensino  fundamental,  com  base  nas 
teorias do professor e consultor de matemática Bigode. Cliente: MEC/SEED/TV Escola, realização: 
Aiupa Brasil produções. Ano de produção 2009. (ver DVD). 
 
Os Cupins ‐ série infantil com treze episódios de 12 minutos cada sobre a história de um pianista 
que vive as voltas com as armações de dois cupins que moram no piano dele e detestam música. 
Toda vez que o Joca vai fazer música, Cupim e Cupincha, interferem para acabar com o som. toda 
vez que o Joca, um músico multi‐instrumentista, vai fazer música, interferem para acabar com o 
som dois cupins que moram no piano e detestam música. A série estreou na TV Cultura em 18 de 
junho  de  2012  em  duas  exibições  diárias;  foi  realizada  com  recursos  do  FSA  (PRODAV  2008 
Finep/Ancine).] 
 
 
b) Infra‐estrutura e equipamentos disponíveis 
 
[A Aiupa está sediada na Vila Leopoldina em São Paulo e conta hoje com 2 ilhas de edição Final Cut 
e After Effects, 2 ilhas de edicão de imagens com Pacote Adobe, um estúdio de som, 2 câmeras 
Canon 5D Mark III completas, tripés, equipamentos de luz e de captação de áudio. ] 
 
 
c) Quantidade de funcionários fixos e colaboradores 
 
[A Aiupa Brasil Produções surgiu da união do cineasta e jornalista Roberto Machado Junior e da 
publicitária e produtora executiva Fabiula Catelão, em 2007 e, hoje conta com uma equipe fixa de 
10 pessoas que se junta a uma equipe multidisciplinar, variável por projeto, composta por 
redatores, editores, cinegrafistas, videografistas, ilustradores, produtores, técnicos  e diretores. ] 
 
 
d) Serviços terceirizados e principais fornecedores 
 
[Os principais forncedores da Aiupa são:  
 
Belli Studios produções ‐ animações em 2D 
Maria Louca estúdio de design e ilustrações 
Mulato Polaco, serviços de edição de vídeo 
Caena Filmes, locação de equipamentos audiovisuais e mão de obra especializada 
Verbo Virtual ‐ serviços de criação e produção de trilha sonora 
Miração Filmes ‐ locação de equipamentos audiovisuais 
Boca de Cena Produções Artísticas ‐ serviços de criação e confecção cenográfica e adereços.] 
 
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12.  Acordos e Parcerias 
(Relacione as principais parcerias, convênios e acordos ‐ nacionais e internacionais – 
efetivados para a realização do projeto, indicando valores, participações, objetivos e 
compromissos). 

[Para a produção da série Os Cupins 2T, a TV Cultura se comprometeu a ceder um de seus 
estúdios e o equipamento de iluminação necessário para a produção dos 13 episódios da segunda 
temporada da série.] 

13. Retorno financeiro das obras já contempladas pelo FSA 
 
(Indique se outras obras da empresa já foram contempladas por outras edições do FSA e 
qual foi o retorno financeiro para o Fundo até o presente momento.) 
 
 [A primeira temporada de Os Cupins foi contemplada pela edição 2008 do FSA.  Do valor 
recebido, já retornamos 43%, resultantes da aquisição da primeira licença de exibição (no 
valor de 15% do total do valor do projeto) e dos royalties sobre a venda da obra educativa 
Barsa Os Cupins (lançada em 14 de junho de 2012 junto com a primeira temporada da 
série.] 

 
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PLANEJAMENTO E ADEQUAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS 

 Riscos e Oportunidades 
(Relacione os pontos críticos para a realização do projeto, indicando as soluções previstas para a 
superação de desafios técnicos e/ou dos riscos artísticos/comerciais assumidos). 
 
[Pontos críticos do projeto 
 
Nesta segunda tempora o ponto mais crítico é motivado pelo número de episódios que sobe de 13 
para  26.  Isto  gera  a  necessidade  de  se  fazer  uma  produção  eficiente  para  se  evitar  perdas  de 
tempo  e  recursos.  Na  temporada  anterior  houve  um  excesso  de  horas  trabalhadas  em  estído. 
Toda a temporeada foi gravada em 26 dias de 12 horas de trabalho. É obvio que com o aumento 
de episódios não é possível manter‐se essa produtividade. Nossa previsão é gravarmos em 60 dias 
de 9 horas e 30 de trabalho com um descanço semanal.  
 
Um dos principais problemas da primeira temporada se concentrou na ediçnao. A quantidade de 
efeitos  em  chroma  key  que  foram  previstos  na  gravaçnao  “jogaram”  para  a  edição  um  longo 
tempo de trabalho. Neste sentido, esperamos nesta nova etapa, criar mais peças cenográficas que 
sirvam de fundo para os personagens, de modoa facilitar o recorte de artes na ilha de ediçnao. 
 
E, tal como na primeira temporada, o ponto crítico principal da fase de pré‐produção do projeto é 
superar com agilidade e rapidez o desenvolvimento de desenho de personagens e confecção de 
bonecos  e  cenários.  Afinal,  tanto  bonecos  quanto  cenários  são  articulados  com  traquitanas 
cenográficas  complexas  para  fazer  com  que,  de  fato,  eles  ganhem  vida  ao  serem  manipulados. 
Toda  a  fase  de  confecção  destes  elementos  cênicos  será  monitorada  através  de  testes  com 
cámera aberta e pré‐edição de segmentos para avaliação crítica.  
 
Outra  complexidade  é  o  fato  dos  programas  serem  musicais,  o  que  exige  que  a  produção  de 
músicas e gravação de trilhas sejam feita antes das gravações em estúdio de vídeo.  
 
Do  ponto  de  vista  da  edição  de  programas,  cuja  fase  começa  antes  mesmo  da  conclusão  da 
gravação em estúdio, serão feitos testes de aplicação de animações sobre imagens gravadas para 
se evitar surpresas e problemas técnicos que atrapalhem a linguagem audiovisual proposta para 
esta série. 
 
Oportunidade do projeto 
 
O  formato  da  série  Os  Cupins  2T,  tal  como  Os  Cupins,  tem  muito  a  ver  com  a  tradição  de 
programas televisivos infantis da TV Cultura. Por isso, a Aiupa e a TV Cultura acreditam que esta 
série  pode  crescer  ainda  mais  em  números  de  episódios  e  se  tornar  uma  marca  cada  vez  mais 
conhecida  e  desejada  pelo  público  brasileiro.  Marca  de  confiança  na  qualidade  dos  conteúdos 
repassados. Confiança esta que virá não apenas das crianças, mas também de pais, professores, 
do  mercado  e  das  agências  de  publicidade  engajados  na  qualificação  de  produtos  destinados  às 
nossas crianças.  
 
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Acreditamos,  com  base  em  experiências  anteriores  de  programas  infantis  como  Bambalão, 
Ratimbum, Castelo Ratimbum, Ilha Ratimbum e Cocoricó, que esta série tem todos os requisitos 
necessários para se tornar uma nova referência no formato de programas infantis e projetos com 
produtos educativos transmídia.] 
 
Emissora ou Programadora de TV 
(Apresentação da emissora ou programadora de TV responsável pela primeira exibição da obra 
seriada e o grau de envolvimento no projeto – recursos artísticos, equipamentos e infra‐
estrutura). 
 
[A TV Cultura é uma rede de televisão brasileira, aberta, com sede em São Paulo, capital do estado 
homônimo. Emissora de televisão pública e comercial de caráter educativo e cultural, foi fundada 
em 20 de setembro de 1960 pelos Diários Associados e reinaugurada em 15 de junho de 1969 pela 
Fundação Padre Anchieta, sediada na capital paulista, gerando programas de televisão educativos 
que são transmitidos para todo o Brasil via satélite e através de suas afiliadas e retransmissoras 
em diversas regiões do Brasil.  
É mantida pela Fundação Padre Anchieta, uma fundação sem fins lucrativos que recebe recursos 
públicos, através do governo do estado de São Paulo, e privados, através de propagandas, apoios 
culturais e doações de grandes corporações. A FPA também é responsável pelo canal infantil a 
cabo Ratimbum. A sede da emissora possui recursos técnicos necessários e adequados para 
produção própria audiovisual televisiva. E, como parte de acordo para a produção da série Os 
Cupins 2T, a TV Cultura se comprometeu a ceder um de seus estúdios e o equipamento de 
iluminação necessário para a produção dos 13 episódios da segunda temporada de Os Cupins. ] 
 
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14. Exploração Comercial 
(Descreva as características contratuais da(s) licença(s) de exploração comercial da obra 
seriada, de acordo com os itens abaixo). 
a) Qual o valor de aquisição da primeira licença de exibição?  
[R$ 195.000,00] 
 
b) Qual o horário aproximado de exibição na TV e faixa de programação estabelecida? 
[De segunda a sexta, em dois horários, as 9h e as 17h, dentro do programa Quintal da 
Cultura] 
 
c) Há negociação para outras licenças, ou previsão de versão da obra para exibição em 
outras janelas de exploração ou territórios? 
[Sim, existe uma negociação para a exibição no canal a cabo Ratimbum.] 
 
  d) Há negociação para o licenciamento da marca em outros produtos? 
 
[1. Livro de atividades: na primeira temporada de OS CUPINS, a Barsa Planeta lançou a obra Barsa 
Os Cupins destinada aos professores. Agora, com a segunda temporada, é a vez de criarmos o livro 
de  atividades  dos  alunos  Brasa  Os  Cupins  –  livro  das  crianças.  Nele  as  crianças  encontram 
atividades  que  realizam  no  próprio  livro,  sejam  em  páginas  ilustrativas  com  orientação  de 
atividades, seja em páginas que estimulam as crianças a utilizarem o livro como um objeto. Toda 
as páginas tem muitas ilustrações e o texto é curto e objetivo, numa linguagem acessível às idades 
das primeiras letras. 
 
2. Colecionáveis: nesta fase estamos em contato com outra editora do Grupo Planeta, a Planeta 
DeAgostini, cujo nicho de mercado é o lançamento de obras colecionáveis em bancas de jornal e 
revistas. As cartelas trazem sempre brinde e itens que são colecionados em fascículos quinzenais. 
Neste coleção de Os Cupins serão lançados 39 fascículos contendo um DVD com um episódio da 
série, um livro que ensina a construir puppets com diferentes técnicas e os materiais necessários 
para o colecionador construir os puppets. 
 
3. Aplicativos: serão desenvolvidos 3 jogos em formato de aplicativos em HTML 5 com capacidade 
para  rodar  em  ambientes  Android  e  iOS‐X.  Estes  aplicativos  trabalham  com  as  crianças  os 
princípios  musicais  mais  básicos,  como  reconhecimento  de  timbres,  sonoridades  e  gêneros 
musicais.] 
 
e) Há compromisso de continuidade da obra, ou previsão para formação de franquia ou 
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marca de referência? 
[Sim, nós temos a expectativa de realizar uma terceira temporada da série.] 
 
f) Há capítulo(s), episódio(s) ou temporada(s) realizadas? Houve exibição? Em quais 
janelas de exploração (no caso de TV, citar os canais), territórios e períodos? 
[A primeira temporada de Os Cupins composta de 13 episódios de 12 minutos cada está 
em exibição desde junho de 2012 na TV Cultura, de segunda a sexta, em dois horários, as 
9h e as 17h, dentro do programa Quintal da Cultura.] 
 
g) Há envolvimento de ações publicitárias que gerem outras receitas para a obra? Qual o 
grau de compromisso destas ações? 
[Não.] 
 

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15.  Cronograma de Execução Física 
(Detalhamento das etapas de execução do projeto). 

Itens  Etapa  Data Início  Data Fim 


1  Preparação  [ ]  [ ] 
1.1  [Criação e revisão de roteiros]  [Mês 01]  [Mês 02] 
1.2  [ ]  [ ]  [ ] 
2  Pré‐produção  [ ]  [ ] 
2.1  [Contratação de equipe, testes de elenco,  [Mês 03]  [Mês 03] 
concept artes, storybards, criação das 
músicas] 
2.2  [Leituras drámaticas, gravação das músicas,  [Mês 03]  [Mês 03] 
criação e confecção de cenários, figurinos, 
objetos e bonecos.] 
3  Produção  [ ]  [ ] 
3.1  [Gravação em estúdio]  [Mês 04]  [Mês 04] 
3.2  [ ]  [ ]  [ ] 
4  Pós‐Produção / Finalização  [ ]  [ ] 
4.1  [Edição dos episódios, videoarte, gravação  [Mês 05]  [Mês 08] 
definitiva das músicas incidentais e canções, 
folley, dublagem, mixagem, finalização, 
edição dos produtos agregados ] 
4.2  [Entrega dos episódios e lançamento dos  [Mês 09]  [Mês 09] 
produtos agregados] 
5  Comercialização / Exibição  [ ]  [ ] 
5.1  [ ]  [ ]  [ ] 
5.2  [ ]  [ ]  [ ] 
Prazo total da execução (em meses):  [09] 
Em qual das etapas se encontra o projeto?  [01] 
Locações (Descreva as principais locações e o período de filmagem em cada uma). 
Cidade, Estado e País da Locação  Período (indicar se dias ou semanas) 
[São Paulo ‐ estúdio]  [1 mês] 
[ ]  [ ] 
[ ]  [ ] 
[ ]  [ ] 
[ ]  [ ] 
[ ]  [ ] 
[ ]  [ ] 
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS 

16. Elenco 
(Relação do elenco confirmado para a obra seriada, se houver).   

[O  elenco  é  formado  por  atores  manipuladores  que  têm  larga  experiência  em  programas 
realizados pela TV Cultura. Pretendemos manter o mesmo elenco da primeira temporada, tanto o 
elenco de atores‐manipuladores, quanto o elenco de vozes. Mais atores agora se incorporarão à 
troupe de Os Cupins para aumentar também a quantidade de personagens em cena. Isso nos leva 
a prever que mais cantores e músicos farão parte da trupe nesta nova temporada.  
 
Álvaro  Petersen,  Eduardo  Alves,  Marcos  Sacramento,  Clara  Sandroni,  Ricardo  Corte  Real,  Iara 
Janra,  entre outros.] 

17. Equipe Técnica 
(Relação de equipe técnica confirmada para a realização da obra cinematográfica. Indicar 
nome, função, principais realizações e resultados profissionais dos membros da equipe 
confirmados, se houver).   

[É nossa intenção repetir a equipe técnica e artística da priomeira temporada que funcionou muito 
bem. É o caso doas artistas Beto de Souza e Lidia Yogi na criação e confecção de cenários, bonecos 
e figurinos. As composições e arranjos de Paulo Baiano, a direção de fotografia de Manuel Cunha, 
a direção de produção de Celeste Casella e a direção de produção executivca de Fabiula Catelão. A 
consultoria  pedagógica  continua  com  os  professores  Bene  Moreno  e  Simoni  Somenzari.  E  a 
direção a cargo de Roberto Machado Junior, criador do projeto.] 
 
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IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

1. Título do Projeto “AS  GRANDES  ENTREVISTAS  DO  PASQUIM”

2. Proponente República Pureza Filmes Ltda.

ASPECTOS ARTÍSTICOS E ADEQUAÇÃO AO PÚBLICO

3. Proposta de Obra Seriada (Minissérie ou Seriado)


(Apresentação da obra seriada de documentário, incluindo tema, visão original, objetivos, tom,
relevância e conceito unificador do projeto, se houver).

Às  vésperas  do  lançamento  d’O PASQUIM, no dia 26 de junho de 1969, Jaguar sacou um gravador
para registrar a primeira entrevista do mais bem-sucedido jornal alternativo do país. Feita a
transcrição, os colegas Sérgio Cabral e Tarso de Castro, jornalistas já tarimbados, pediram ao
chargista que fizesse o copy-desk do texto. Como Jaguar nem de longe sabia do que se tratava isso
e como já estava quase na hora de rodar o jornal, o texto foi assim mesmo: sem cortes, o mais puro
papo. Assim, meio sem querer, O PASQUIM estava fazendo uma revolução na linguagem do
jornalismo brasileiro.
Junto com a entrevista de Ibrahim Sued estampada nas bancas, o primeiro número instituiu a
oralidade, o estilo ultra-coloquial e a espontaneidade no formato daqueles que seriam alguns dos
melhores depoimentos publicados na imprensa do século XX. Alavancando as vendas, a mítica seção
de entrevistas, carro-chefe do semanário, marcou época e deu voz a figuras metonímicas e
emblemáticas   do   seu   tempo.   Como   retratos   bombásticos   de   uma   época,   as   entrevistas   d’O
PASQUIM formaram ao longo de décadas um catálogo indispensável das inquietações de toda uma
geração de iconoclastas.
A série AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM transpõe alguns desses históricos e cultuados
registros das páginas do jornal para a televisão. O programa irá reaquecer os provocativos e
reveladores diálogos entre a chamada patota,   os   revolucionários   d’O PASQUIM, e as mais altas
patentes da cultura, política e do comportamento do país. Como uma amostra destes fortuitos e
reveladores encontros para degustação do público, um grupo de atores, representando os
personagens envolvidos, fará uma leitura das entrevistas. Não se trata de uma reconstituição, ou
encenação, mas, como na peça de Peter Morgan, FROST/NIXON, que dramatiza as entrevistas do
então presidente dos Estados Unidos Richard Nixon ao jornalista britânico David Frost, é uma
espécie de ensaio em espaços alternativos de um teatro com ênfase na genialidade do texto das
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entrevistas publicadas.
Com esta inédita abordagem, a leitura das entrevistas será entremeada por depoimentos daqueles
que participaram efetivamente destes encontros: os entrevistados e os entrevistadores envolvidos. Os
bastidores das entrevistas nos serão agora revelados, trazendo à tona a riqueza e as vicissitudes de
uma época. Como na série O Som do Vinil, onde os responsáveis pela produção de LPs históricos
prestam seus depoimentos comentando faixa-a-faixa, em AS GRANDES ENTREVISTAS DO
PASQUIM os meandros da feitura destes registros antológicos serão agora dissecados, assim com a
própria trajetória deste importante hebdomadário, num momento oportuno para reavaliações da
nossa história mais recente.
O fio condutor dessas narrativas, contextualizando os fatos e os personagens abordados em cada um
dos programas, é uma representação do processo de produção das próprias entrevistas   d’O
PASQUIM. Sempre ao telefone, como no filme DENISE ESTÁ CHAMANDO, de Hal Salwen, o editor,
ou a secretária, do semanário prepararam a pauta das entrevistas checando informações com os
entrevistados: o local e a data dos encontros, o dia-a-dia dos convidados e os últimos acontecimentos
no Brasil e no mundo. Coerente com a opção das leituras das entrevistas no formato de ensaio, a
redação será apresentada apenas na sua essência: a mesa com alguns elementos indispensáveis a
ação dramática. E se AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM iniciam com estas cabeças, ao
final de cada programa, as entrevistas serão entregues a estes mesmos personagens, suscitando
comentários e, depois, encaminhados para impressão.
Acreditando na força do texto e dos seus personagens, AS GRANDES ENTREVISTAS DO
PASQUIM é uma oportunidade ímpar de levar ao grande público estes momentos históricos,
surpreendentes e reveladores do nosso país. Abrindo mais este baú, encontramos não só estes
registros, guardados em nossas memórias afetivas, ou simplesmente desconhecidos das novas
gerações, mas conferimos às entrevistas um status de obra prima, verdadeiros scripts da dramaturgia
e do humor brasileiro com alguns dos atores mais importantes da nossa história.

4. Público-Alvo do Projeto
(Identifique o público-alvo do projeto, incluindo referências etárias, culturais e sócio-econômicas dos
possíveis espectadores da obra).

O público alvo da série para tv AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM é bastante


abrangente, contemplando diferentes faixas etárias. O projeto não se limita a rememorar uma
época aos contemporêneos do jornal, mas também se presta a apresentar a produção d'O
PASQUIM a uma nova geração. Considerando o auge do jornal de 1969 e 1973, em todo
território nacional, este projeto irá atrair o público leitor do tablóide, ávido por reviver a
produção da patota. Aumentando este horizonte, as gerações que não tiveram a oportunidade
de ler o jornal nas bancas, poderá acompanhar as entrevistas e conhecer o seu espírito
iconoclasta alémdos seus personagens. AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM é um
projeto histórico, que lida com a memória recente do país, portanto, tem também como
público estudantes de cursos de história, ciências sociais e jornalismo, entre outros, e todos
aqueles interessados em remontar este capítulo da história brasileira. As entrevistas com
diferentes personalidades representativas de diversas áreas, como política, artes, esportes e
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comportamento, permitem a este projeto contemplar também públicos específicos e com


interesses bem delimitados. Por outro lado, o formato e o conteúdo do projeto, as próprias
entrevistas, além da exibição dos programas no Canal Brasil, irão sedimentar um público fiel
ao canal e agregar interessados pela época e o jornal

5. Eleição dos Objetos


(Descreva os personagens – reais e ficcionais - e objetos – produtos materiais e imateriais da ação
humana, materiais de arquivo, manifestações da natureza etc. – com os quais a equipe se
relacionará para a realização da obra).

Leitura de trechos das entrevistas publicadas, realizadas por atores representando os personagens
envolvidos na época: os entrevistadores e os entrevistados. De uma maneira geral, são até seis
entrevistadores por cada encontro. O clima é de ensaio e os atores podem até estar com as
entrevistas impressas à mão. Não é uma reconstituição, ou encenação. Os atores não estão vestindo
roupas da época de quando foram feitas as entrevistas, mas roupas neutras e atuais: camiseta,
jeans, malha e tênis. Não há um cenário, mas espaços alternativos no interior de um teatro, como as
poltronas da plateia, as escadas que dão acesso ao palco, as coxias e o próprio palco atrás das
cortinas. Os atores estão sentados em cadeiras, em volta de uma mesa, no chão formando uma roda,
ou ocupando algumas poltronas da plateia. A captação é feita com duas câmeras na mão. Os atores
podem eventualmente fazer observações sobre o texto, comentando entre si e rindo de algumas
tiradas. Podem também estar se preparando para a leitura, passando os textos uns com os outros
para decorar as falas e tirando dúvidas de alguns conteúdos, como algumas gírias da época ou
acontecimentos muito específicos.
Captação com duas câmeras de depoimentos dos entrevistadores e dos entrevistados d’O  
PASQUIM. São feitas em suas residências. Eventualmente, estas entrevistas podem ser em lugares
públicos como livrarias, cafés, restaurantes, bares, entradas de hotéis, praças e no próprio foyer do
teatro onde serão gravadas as leituras das entrevistas (de preferência com uma entrada de luz, como
janela ou varanda). Possibilidade de captação de pequenos trechos, fragmentos, dos entrevistados
com câmera bolex 16mm para pequenas coberturas na edição, passando um pouco do clima da
época (ou de aplicação de textura simulando a captação em película). Partes das entrevistas podem
também ser exibidas já editadas e reproduzidas em um monitor antigo (tipo video assist) de tubo de
imagem   na   mesa   do   “editor”,   com   gravador   de   rolo   rodando,   como   se   fosse   o   som   captado   na  
entrevista. Cobertura dos depoimentos com tabletops de objetos relacionados ao entrevistado: o
original da entrevista publicada no jornal, fotos suas da época, sua produção artística, como LPs,
compactos, livros, filmes e desenhos. Algumas imagens de arquivo podem ser usadas para ilustrar
estes depoimentos. São acontecimentos históricos em coberturas jornalísticas, apresentações
artísticas como shows musicais ou performances, registros caseiros e trechos de filmes com a
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participação de alguns dos entrevistados atuando.

6. Estratégias de Abordagem
(Detalhamento dos procedimentos narrativos e estratégias de abordagem - entrevistas,
reconstituições ficcionais, voz sobre imagem, efeitos etc. – através dos quais a equipe se
relacionará com os objetos definidos para a realização do documentário, incluindo possíveis
referências a outras obras audiovisuais ou artísticas).

Planos fixos da mesa do “editor”   contra   fundo   preto   com   elementos   da   época   (anos   70):   telefone,  
gravador,   agenda,   ventilador,   livros   da   Codecri,   exemplares   d’O   PASQUIM,   máquina   de   escrever,  
resmas de papel, lista telefônica, garrafas e copos de wisky, bloco de anotações, canetas, lápis,
máquina fotográfica, luminária, cigarros e cinzeiro, rádio e vitrolinha com alguns LPs de MPB e
compactos lançados pelo jornal. Animação 2D do ratinho Sig, do Jaguar, andando por entre os
objetos e interagindo com alguns deles: saindo de um desenho impresso das páginas do jornal,
rodando no gravador de rolo, mergulhando no copo de wisky, fumando no cinzeiro, conferindo nomes
na lista telefônica, rabiscando no bloco de anotações, pulando nas teclas da máquina de escrever,
brincando de gangorra no fone do telefone, acionando o flash da máquina fotográfica e escalando
uma  pilha  de  exemplares  d’O  PASQUIM.  O  nome  do  programa  se  forma  em  meio  a  esta  algazarra.  
Um  trecho  desta  animação  será  usado  para  o  “estamos  e  voltamos”.  Trilha  original  instrumental  tipo
baixo, piano e bateria, meio Henry Mancini, num clima de suspense bem humorado.
Captação com duas câmeras no interior de um teatro. No palco, há apenas uma mesa com os objetos de
época que aparecem na abertura do programa. A luz é bastante pontual e o fundo é escuro. Um ator
representa  o  editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  preparando  a  pauta  destes  encontros.  Ele  telefona  e  fala  
com os entrevistados marcando datas, horário, local e puxa conversa sobre o que o entrevistado está
fazendo: a sua nova peça que vai estrear, a gravação do novo disco, a eleição que se aproxima, ou a
repressão   policial   num   ato   político.   O   “editor”   também   faz   comentários   gerais   sobre   o   cenário   nacional   e  
mundial. Para reforçar o contexto da época nestas cabeças, o ator pode interagir com alguns objetos de cena:
ler jornais estampando notícias em grandes manchetes, manusear LPs e livros dos entrevistados, além de
originais  d’O  PASQUIM,  escutar  uma  música  ou  notícia  de  um  fato  no  radinho  e  as  gravações  das  próprias  
entrevistas num gravador com  fones  de  ouvido.  Uma  “secretária-tipo-gostosa”,  faz  algumas  aparições  levando  
e  trazendo  fichas  e  matérias  (algumas  censuradas)  para  o  “editor”.  Ela  faz  alguns  comentários  e  interage  com  
o  “editor”.  Eventualmente,  ela  pode  fazer  o  contato  com  o  entrevistado também. No final de cada programa, o
“editor”   sempre   recebe   a   entrevista   transcrita   em   laudas   e   faz   alguns   comentários,   antes   de   pedir   para   a  
“secretária”  mandar  para  a  paginação  e  rodar  o  jornal.
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7. Sinopses Preliminares
(Apresentação das sinopses dos episódios da primeira temporada da série de documentário).

Pgm 01: A Musa do Pasquim

PEDRO  FERRETI,  o  editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  está de ressaca em sua mesa. Ele reclama muito
do porre do dia anterior na Banda de Ipanema. Entra DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O  PASQUIM,
animada vinda direto da praia. Os dois conversam sobre os seus programas pelo bairro. Estão muito
impressionados com a personagem que cruzaram pelo caminho: LEILA DINIZ.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM e vai parar na mesa do editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / A MUSA DO PASQUIM.

DONA NEUMA fala animadamente ao telefone com LEILA DINIZ. FERRETI chega apressado e tira DONA
NELMA do gancho. Se derretendo todo, FERRETI pergunta quais os compromissos da atriz, procurando uma
brecha na agenda. Depois de muito papo furado, FERRETI marca o local e a data da entrevista.

No interior de um teatro, ATORES leem o texto do editorial que abre a entrevista de LEILA DINIZ. Uma ATRIZ
faz as falas da musa, enquanto outros dão voz as falas de SÉRGIO CABRAL, TARSO DE CASTRO,
JAGUAR e LUIZ CARLOS MACIEL. Trechos da entrevista são lidos por todos.

A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores SÉRGIO
CABRAL, JAGUAR e LUIS CARLOS MACIEL e por figuras citadas na entrevista, como DOMINGOS DE
OLIVEIRA e PAULO JOSÉ. Depoimento de JANAINA DINIZ, filha da atriz, sobre a mítica entrevista da mãe e
toda a sua repercussão. Insert de trechos de filmes estrelados pela atriz, como OS PAQUERAS, de
Reginaldo Faria, e TODAS AS MULHERES DO MUNDO, de Domingos de Oliveira. Cobertura dos
depoimentos com os originais da entrevista publicada, fotos pessoais e material gráfico da época, como
revistas e cartazes com a atriz.

DONA NELMA entrega a FERRETI laudas com a entrevista de LEILA DINIZ. Ele se diverte e avisa que os
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(muitos) palavrões proferidos pela atriz terão que ser substituídos por (73!) asteriscos. Compenetrado,
profetiza:  “Vai  ser  um  sucesso!”  Por  fim,  vocifera  o  seu  bordão  final:  “Pode  rodar!”

Pgm 02: Diretas? Já!

ATORES simulam  estar  num  comício.  Carregam  cartazes  e  gritam  a  palavra  de  ordem  “Diretas  Já!  Diretas  
Já”!  A  câmera  destaca  PEDRO  FERRETI,  o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  e  DONA  NELMA,  secretária  
e faz tudo d’O  PASQUIM, em meio ao grupo. DONA NELMA manifesta seu entusiasmo com a campanha das
Diretas e sua esperança de que se torne uma realidade. FERRETI comenta sua satisfação com o PASQUIM
tendo  participado  e  incentivado  tanto  essa  campanha.  Acrescenta  que  esse  próprio  slogan  “Diretas  Já”  que  
está mobilizando o povo brasileiro foi criado pelo PASQUIM. DONA NELMA concorda, e, lembrando, diz que
foi inclusive na entrevista com... (efeito de passagem de tempo).

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / DIRETAS? JÁ!

FERRETI entra em cena e informa à DONA NELMA que o entrevistado da semana será TEOTÔNIO VILELA.
DONA NELMA reage surpresa, lembrando que TEOTÔNIO é da Arena (partido da ditadura), foi usineiro, da
UDN e outros dados do seu passado conservador. FERRETI conta como TEOTÔNIO reagiu a isto e passou
para a oposição, viajando pelo país clamando contra a ditadura e a favor da liberdade.

No interior de um teatro, um refletor ilumina um ATOR recita um monólogo com o texto emocionante que
HENFIL escreveu no livro DIRETAS, JÁ descrevendo as condições em que foi feita a entrevista para o
PASQUIM. Em seguida, ATORES vão entrando em cena e sentando-se à uma grande mesa, enquanto lêem
as falas dos entrevistadores HENFIL (o mesmo ATOR do monólogo anterior), IZA FREAZA, FÉLIX DE
ATHAYDE, MARIO AUGUSTO JACOBSKIND, RICKY GOODWIN, ZIRALDO, SÉRGIO AUGUSTO, MARCOS
SÁ CORREA e do entrevistado TEOTÔNIO VILELA.

A leitura da entrevista é entremeada por depoimentos de ZIRALDO, IZA FREAZA, JACOBSKIND e MARCOS
SÁ CORRÊA, descrevendo os bastidores da entrevista, o contexto político em que foi realizada e o
envolvimento do PASQUIM com a campanha das DIRETAS. Seguem-se depoimentos de LULA e VLADIMIR
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CARVALHO sobre o entrevistado. Os depoimentos são cobertos por reproduções da entrevista, fotografias do
entrevistado, imagens de HENFIL com o entrevistado, cenas dos comícios pelas DIRETAS e trechos do
documentário O EVANGELHO SEGUNDO TEOTÔNIO, de Vladimir Carvalho, além do áudio de O
MENESTREL DAS ALAGOAS, de Fernando Brandt e Milton Nascimento.

DONA NELMA entra na redação onde FERRETI está concentrado sobre as laudas da entrevista. Ele bate na
cabeça como se para provocar alguma ideia. DONA NELMA pergunta o que foi. FERRETI diz que a
entrevista do TEOTÔNIO está espetacular, histórica, mas que não consegue pensar num título que lhe faça
jus. DONA NELMA sugere, como se fosse algo evidente, que ele peça uma sugestão ao próprio TEOTÔNIO.
FERRETI   diz:   “Já   sei!   Vou   fazer   ao   Teotônio   mais   uma   pergunta”.   Pega   o   telefone,   da-se então diálogo
histórico. FERRETI: “Teotônio,   desculpe   te   incomodar,   mas   esqueci   de   te   fazer   uma   pergunta  
importantíssima.  Quando  haverá  eleições  diretas  no  Brasil?”  VOZ  NA  LINHA  (com  sotaque  nordestino):  “Ora,  
as  diretas  são  para  já”.  FERRETI  desliga  o  telefone  eufórico:  “É  isso  mesmo!  Olhaí  meu  título:  Diretas  Já”.  
Abre  as  mãos  como  se  visse  a  manchete  estampada:  “Diretas  Já!  Manda  rodar”!  

Pgm 03: À Margem da Vida

A sala da redação está à meia luz. PEDRO FERRETI, o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  está  de  baixo  
da mesa. Escondido, comenta das investidas do governo contra O PASQUIM e do pau que a censura anda
ultimamente. Ele reclama da dureza que é fazer um jornal de contracultura e de ter que remar sempre contra
a corrente. Em meio as lamúrias do redator, DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O  PASQUIM, entra, pé-
ante-pé, segurando uma lanterna. FERRETI leva um susto e os dois levam um papo-cabeça sobre ser
marginal nestes anos de chumbo. Por fim, o falatório vai desembocar nos dois míticos personagens das
próximas  entrevistas  d’O  PASQUIM: MADAME SATÃ e NATAL DA PORTELA.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / À MARGEM DA VIDA.

FERRETI está desesperado: não consegue falar de jeito nenhum com MADAME SATÃ para agendar a
entrevista. O telefone toca. É ELMAR MACHADO, do outro lado da linha, dizendo que leva a tira colo nada
mais, nada menos que o próprio SATÃ. Perplexo, FERRETI marca logo o encontro no tradicional Nova
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Capela. Os dois falam das lendas em torno do malandro da Lapa (“Te  manda  garoto,  que  Madame Satã tá
por  aí”), do seu ostracismo em Ilha Grande e da sua volta oportuna ao Rio.

No interior de um teatro, ATORES leem o texto do editorial que abre a entrevista de MADAME SATÃ. ATOR,
com o chapéu de cowboy característico, faz as falas do entrevistado, enquanto outros dão voz as falas de
SÉRGIO CABRAL, JAGUAR, PAULO FRANCIS, MILLÔR FERNANDES, CHICO JÚNIOR, PAULO GARCEZ
e FORTUNA. Trechos da entrevista são lidos por todos.

A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores SÉRGIO
CABRAL e JAGUAR. Falam sobre a entrevista em si, do resgate do personagem, dos bastidores, do pano de
fundo e da repercussão na época. Insert do depoimento do personagem no filme CARTOLA, MÚSICA PARA
OS OLHOS, de Lírio Ferreira, e trechos de MADAME SATÃ, de Karim Aïnouz. Cobertura dos depoimentos
com os originais da entrevista publicada, fotos, reportagens em jornais e revistas sobre o personagem.

FERRETI está mais uma vez desesperado. Agora não consegue fazer contato com o próximo entrevistado:
NATAL DA PORTELA. Animada, DONA NELMA entra cantando um samba da Portela. Chateado, FERRETI
esculhamba a secretária: enquanto ele está em apuros no trabalho, ela cai no samba. DONA NELMA se
inteira do assunto e dá logo a solução: estava a pouco com o sambista numa animada reunião em Madureira.
Comentam sobre NATAL, seu estilo de comandar e sua função na Escola. DONA NELMA liga para a sede da
Portela  e  arma  o  encontro  de  NATAL  com  o  pessoal  d’O  PASQUIM.

No teatro, ATORES leem o texto de abertura da entrevista de NATAL DA PORTELA. Um ATOR, com o
chapéu tradicional e o cigarrinho, faz as falas do sambista, enquanto outros, as de MILLÔR, ZIRALDO, JULIO
HUNGRIA, JAGUAR e GLAUCO OLIVEIRA. Trechos da entrevista são lidos por todos.

A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores JAGUAR e
ZIRALDO. Insert de trechos do filme NATAL DA PORTELA, de Paulo Cesar Saraceni. Cobertura dos
depoimentos com os originais da entrevista publicada, fotos, reportagens em jornais e revistas sobre o
personagem.

DONA NELMA entre na sala e com as laudas das entrevistas de MADAME SATÃ e NATAL DA PORTELA,
mas não vê FERRETI. Ele está, de novo, em baixo da mesa, assustado com as constantes invasões ao
PASQUIM. Ele recebe as entrevistas, lê  alguns  trechos  importantes  e  comenta  exultante:  “Isso  é  que  é  ser  
marginal...”.  Ressabiado,  desta  vez  apenas  sussura  o  seu  bordão  final:  “...  Pode  rodar...”
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Pgm 04: Nossos corpos nos pertencem (enquanto a censura deixar)

DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O   PASQUIM, entra em cena em trajes sumários e provocantes.
PEDRO FERRETI, o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  faz  várias  piadinhas  a  seu  respeito.  DONA  NELMA  
dá um piti, dizendo que não aguenta mais trabalhar num jornal tão machista. Ela mostra exemplares com as
entrevistas de Jece Valadão e Waldick Soriano e diz que O PASQUIM deveria tomar vergonha na cara e
entrevistar pessoas que falassem dos direitos das mulheres, já que tem muitas leitoras. FERRETI pergunta
quem poderiam ser esses entrevistados e DONA NELMA diz que deviam aproveitar pois há uma grande líder
feminista  passando  pelo  Brasil:  BETTY  FRIEDAN.  FERRETI  pergunta:  “Mas  ela  é  bonita?  Mulher  boa  é  que  
vende  jornal”.  DONA  NELMA  dá  jornaladas  na  cabeça  de  FERRETI.  

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exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / NOSSOS CORPOS NOS
PERTENCEM (ENQUANTO A CENSURA DEIXAR).

FERRETI pesquisa em livros e revistas informações a respeito de FRIEDAN, a mais importante feminista
internacional, lendo em voz alta, e vai se entusiasmando com a entrevista. Termina sua pesquisa satisfeito:
“Nossa,  agora  entendo  tudo  da  alma  feminina.  Imagina  quanta  mulher  vou  conseguir  ganhar  com  esse  papo”!

No interior de um teatro, ATORES lêem o texto de abertura e trechos da entrevista. Eles representam BETTY
FRIEDAN e os entrevistadores MILLÔR, PAULO FRANCIS, FORTUNA, MACIEL, FLÁVIO RANGEL e
MIGUEL PAIVA. A leitura se encerra com a ATRIZ que lia as falas de FRIEDAN partindo para cima e dando
tapas no ATOR lendo MILLÔR FERNANDES. Confusão geral. A leitura da entrevista é entremeada com
depoimentos de ZIRALDO, MACIEL e MIGUEL PAIVA a respeito dos bastidores da entrevista.

Seguem-se depoimentos de ZIRALDO, JAGUAR e das feministas ROSE MARIE MURARO e MOEMA
TOSCANO a respeito da postura do jornal diante do feminismo, relembrando as entrevistas que MURARO e
TOSCANO deram para o PASQUIM e sobre a célebre polêmica entre pasquineiros e feministas em torno do
slogan  “Nosso  corpo  nos  pertence”.  A  cobertura  dos  depoimentos  é  feita  com  imagens  das  entrevistas e de
matérias do PASQUIM relacionadas ao assunto, com destaque para as charges participantes da polêmica.
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Seguem-se depoimentos de JAGUAR, ZIRALDO e SÉRGIO AUGUSTO sobre os problemas criados pela
entrevista, com apreensão da edição, demissão do censor General Juarez e transferência da censura prévia
para Brasília num sistema mais rígido. HELÔ PINHEIRO, a garota de Ipanema relembra JUAREZ, seu pai
censor; e JAGUAR, ZIRALDO e SÉRGIO falam sobre as dificuldades de se editar um jornal sob a censura
prévia e como faziam para tentar driblar os censores. Os depoimentos são cobertos por reproduções de
desenhos e artigos censurados.

DONA NELMA entrega para FERRETI laudas com a entrevista de FRIEDAN. FERRETI está apreensivo mas
aliviado porque a entrevista conseguiu   passar   pela   censura.   E   complementa:   “Espero   que   não   de   nenhum  
problema.  Vou  mandar  rodar”.  

Pgm 05: Meu Caro Amigo

PEDRO FERRETI, o editor   das   entrevistas   d’O   PASQUIM, telefona de sua mesa para CHICO BUARQUE
contando que O PASQUIM vai lançar um livro com suas melhores entrevistas musicais - com Tom Jobim,
Caetano, Gonzagão, Roberto Carlos, Lupiscínio, Martinho da Vila – e que gostariam de incluir a entrevista
com ele. CHICO desconversa, com sua habitual timidez, acha que não vale a pena, diz que a entrevista ficou
desatualizada... FERRETI propõe marcarem então outra especialmente para o livro. CHICO desconversa, diz
que está muito ocupado com os ensaios da peça GOTA DÁGUA, mas FERRETI insiste e a entrevista é
combinada.

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exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / MEU CARO AMIGO.

FERRETI pede para DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O  PASQUIM, providenciar um carro para buscar
Chico no Teatro Tereza Raquel onde ensaia uma peça. DONA NELMA se espanta, pois conhece CHICO
como o grande cantor e compositor (e cita algumas de suas canções) mas não sabia que agora era ator.
FERRETI explica que CHICO no caso é o autor de Gota Dágua e informa sobre a sua produção literária
(peças, livros), lembrando inclusive os atritos dessas obras com a direita e a ditadura.
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No interior de um teatro, ATORES se preparam para um ensaio onde lerão algumas falas dessa histórica
entrevista. Todos os atores querem fazer o papel de CHICO, apregoando as qualidades que teriam em
comum com o ídolo. Finalmente os papéis são distribuídos: um deles lê as falas do CHICO e os demais as
dos entrevistadores ZIRALDO, JAGUAR, IVAN LESSA, TÁRIK DE SOUZA E REDI.

A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores ZIRALDO,
JAGUAR, TÁRIK DE SOUZA, o editor da entrevista RICKY GOODWIN, e o entrevistado CHICO BUARQUE.
Narram suas lembranças da entrevista, e de seus bastidores e falam sobre a carreira de CHICO e os
acontecimentos da época. Os depoimentos inclusive mostram como eram editadas as entrevistas do
PASQUIM incluindo apartes, brigas entre entrevistadores e rubricas para reproduzir todo o clima dos
encontros. TÁRIK e CHICO falam sobre JULINHO DE ADELAIDE (pseudônimo que Chico foi obrigado a usar
no seu disco, lançado antes da entrevista, para burlar a censura) e sobre as dificuldades que compositores
enfrentavam durante a ditadura.

Durante a leitura das falas e dos depoimentos, insert de trechos de shows do artista, de cenas de CHICO
como ator em QUANDO O CARNAVAL CHEGAR e da montagem de GOTA DÁGUA com Bibi Ferreira.
Cobertura dos depoimentos com os originais da entrevista publicada, fotos, material gráfico, LPs e compactos
do artista, capas de seus livros e fotos do artista quando jovem (sua infância é muito citada na entrevista).

Seguem depoimentos de ZIRALDO, JAGUAR e CHICO BUARQUE sobre a época em que o artista esteve
exilado na Itália e mandava textos para O PASQUIM. ZIRALDO e JAGUAR relembram também outros artistas
exilados que colaboravam para o jornal, como Caetano e Gláuber Rocha. Esses depoimentos são cobertos
pelas colaborações impressas, fotografias da época e trechos do disco que CHICO gravou em italiano. Em
determinado momento o ATOR responsável pela fala de CHICO na leitura da entrevista lê em cena um trecho
da coluna escrita pelo artista.

O editor FERRETI, nervoso, está com as laudas da entrevista pronta nas mãos. DONA NELMA está sentada
à uma mesa sobre a qual estão as fotografias de CHICO tiradas na entrevista. FERRETI está aflito porque
DONA NELMA fez questão dela mesma escolher as fotos a serem publicadas. A cada foto ela exclama
“Lindo!”  e  não  consegue  se  decidir.  FERRETI  acaba  pegando  a  primeira  foto  que  vê  sobre  a  mesa,  juntando-a
às  laudas  e  proclamando:  “Vai  essa  mesma!  Pronto!  Pode  mandar  rodar”!  

Pgm 06: Craque da Pelota e da Palavra

FERRETI, o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  chega  à  redação  suado,  com  roupas  de  jogador  de  futebol,  
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e com uma bola na mão, comentando como foi boa a pelada. DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O  
PASQUIM, estranha,  ele  nunca  foi  disso.  E  não  foi  ele  mesmo  quem  disse  a  famosa  frase  “Intelectual  não  
joga  bola,  intelectual  bebe”?  FERRETI  a  corrige,  informando  que  o  autor  foi  Paulo  Francis  e  que  o  correto  é:  
“Intelectual   não   vai   à   praia,   intelectual   bebe”.   E   que   essa   polêmica toda é bobagem porque agora O
PASQUIM vai entrevistar um dos maiores craques brasileiros de todos os tempos e que além de saber tudo
de futebol é um verdadeiro intelectual: TOSTÃO.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa do editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / CRAQUE DA PELOTA E DA
PALAVRA.

FERRETI, em trajes de atleta, está fazendo embaixadinhas e outras firulas com uma bola, enquanto cantorola
animado a musica QUE BONITO É. DONA NELMA entra pagando esporro porque FERRETI não está
fazendo a pesquisa para a entrevista do TOSTÃO. FERRETI não está nem aí, diz que não precisa, pois quem
é que não conhece o TOSTÃO? Quando faz uma jogada mais ousada, perde o controle da bola, que pula e
estilhaça   a   vidraça   de   uma   “janela”   imaginária.   DONA   NELMA   perde   a   paciência e as estribeiras, partindo
para cima de FERRETI.

No interior de um teatro, ATOR representando JOÃO SALDANHA lê a apresentação que este escreveu para
a entrevista com TOSTÃO. Em seguida ATORES vão lendo as falas dos entrevistadores ZIRALDO, JAGUAR,
TARSO, MARILENE DABUS, SÉRGIO CABRAL, SÉRGIO OLIVEIRA E MARTHA ALENCAR; revezando-se
com um ATOR que lê as respostas de TOSTÃO.
A leitura da entrevista é entremeada por depoimentos de TOSTÃO, ZIRALDO, JAGUAR, SÉRGIO CABRAL e
MARILENE DABUS sobre os bastidores da entrevista; e de SÉRGIO CABRAL e JOÃO MÁXIMO sobre a
importância do jogador. Os depoimentos são cobertos por reproduções da entrevista, caricaturas e fotografias
do jogador e imagens do craque em campo.

DONA NELMA entra em cena para entregar a FERRETI as laudas com a entrevista. A cada frase que lê,
FERRETI  exclama  contundente:  “Maravilha!  Com  essa  entrevista  o  Pasquim  vai  marcar  mais  um  gol  de  placa.  
Manda  rodar”!  
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Pgm 07: Anistia Ampla e Irrestrita

A  redação  cenográfica  d’O  PASQUIM  está  animada. DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O  PASQUIM, e
PEDRO FERRETI, o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  estão  pintando  faixas  e  cartazes  com  slogans  da  
campanha da Anistia e celebrando a volta dos exilados. Enquanto preparam o material, conversam sobre as
agruras de viver no exílio e o que levou tantos brasileiros a deixarem o país. Pela conversa descobrimos
porque estão tão excitados: estão se preparando para irem ao aeroporto para a chegada de LUIS CARLOS
PRESTES, que finalmente pode voltar à Pátria. E vão aproveitar para marcarem a entrevista com ele.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / ANISTIA AMPLA E
IRRESTRITA.

Ao som da INTERNACIONAL, tocando num gravador de época, PEDRO FERRETI pesquisa entre livros,
jornais e revistas a biografia de PRESTES, lendo em voz alta as informações mais relevantes. Entra DONA
NELMA e FERRETI comenta com ela que até há pouco tempo o simples fato dele estar fazendo uma
pesquisa dessas seria motivo para ser preso como subversivo. DONA NELMA diz que por via das dúvidas era
melhor ele desligar a INTERNACIONAL – citando que é o hino do Partido Comunista - o que ele faz
imediatamente, apreensivo.

No interior de um teatro, ATORES leem o texto de abertura da entrevista de PRESTES. ATORES passam a
ler as perguntas dos entrevistadores ZIRALDO, ARGEMIRO FERREIRA, RAUL RYFF, FÉLIX DE ATHAYDE,
JAGUAR, CÉSAR MOTA, LUIS ANTONIO MELLO, CLAUDIUS e RICARDO BUENO, enquanto um ATOR dá
voz a LUIS CARLOS PRESTES.

A leitura é entremeada de depoimentos de ZIRALDO, JAGUAR, CLAUDIUS, CÉSAR MOTA e RICARDO


BUENO a respeito da entrevista e da importância de PRESTES na História do Brasil. Os depoimentos são
cobertos por imagens da entrevista, fotografias do entrevistado e das pessoas que cita, e trechos do filme O
VELHO, de Toni Ventura.
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Seguem-se depoimentos de ZIRALDO, CLAUDIUS e JAGUAR sobre a relação entre O PASQUIM e os


exilados políticos; e a campanha promovida pelo jornal a favor da Anistia. Estes depoimentos são cobertos
por   reproduções   d’O   PASQUIM,   capas de entrevistas com outros exilados, imagens das pessoas e fatos
citados,  e  posters  criados  pel’O  PASQUIM  e  grandes  artistas  a  favor  da  Anistia.  

Na redação, FERRETI está sentado à uma mesa lendo as entrevistas datilografadas. Comenta com DONA
NELMA:  “Realmente, uma grande entrevista. Depois de tantas declarações geniais, só me resta uma coisa a
dizer:  manda  rodar!”  

Pgm 08: Brasileirões

DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O   PASQUIM, sintoniza num rádio grandes sucessos de WALDICK
SORIANO e AGNALDO TIMÓTEO. Em meio a suspiros e elogios apaixonados aos dois ídolos, chega
PEDRO FERRETI, o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  acabando  logo  com  a  brincadeiraem  cima  da  sua  
mesa.  Sob  protestos,  diz  que  a  redação  não  é  lugar  pra  tietagem  e  nem  pra  “macaca  de  auditório”  desses  
caras.   FERRETI   pergunta   a   DONA   NELMA   com   quem   serão   as   próximas   entrevistas   d’O   PASQUIM.   De  
queixo caído, escuta perplexo: WALDICK SORIANO e AGNALDO TIMÓTEO.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / BRASILEIRÕES.

FERRETI não consegue falar com WALDICK SORIANO de jeito nenhum para marcar a entrevista. DONA
NELMA  dá  a  dica:  “Telefona  pra  Tasca,  na  Ilha  do  Governador”.  FERRETI  liga  e  fala  com  o  próprio.  Falam  da  
agenda do cantor, das paixões e de mulheres. Por fim, marcam o encontro ali mesmo, na Tasca. DONA
NELMA, se derretendo toda, diz que não vai perder esta entrevista de jeito nenhum.

No interior de um teatro, ATORES leem o texto do editorial que abre a entrevista de WALDICK SORIANO.
ATOR, com o indefectível chapéu e óculos escuros, faz as falas do cantor, enquanto outros dão voz as falas
de ZIRALDO, IVAN LESSA, LUIZ LOBO, ALBINO PINHEIRO, CAULOS, ODILLO LICETTI, RISETH,
JAGUAR, OLGA SAVARY, ARTHUR REZENDE e LUIS LOBO. Trechos da entrevista são lidos por todos.
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A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores ZIRALDO,
CAULOS e JAGUAR. Falam sobre a entrevista em si, do personagem, dos bastidores, do pano de fundo e da
repercussão que causou na época. Insert de trechos de filmes com o cantor, como O PODEROSO
GARANHÃO, de Antônio B. Thomé, e A PAIXÃO DE UM HOMEM, de Egydio Eccio. Cobertura dos
depoimentos com os originais da entrevista publicada, fotos pessoais, material gráfico, LPs e compactos do
artista.

Agora é FERRETI quem escuta muito interessado (mas meio envergonhado) músicas de AGNALDO
TIMÓTEO no radinho, enquanto lê encartes de LPs e matérias sobre o cantor. DONA NELMA chega
repentinamente  e  faz  o  flagrante.  ELE  diz  que  o  que  está  fazendo  é  “a  mais  pura  pesquisa”.  FERRETI  liga  
para AGNALDO TIMÓTEO, que se diz surpreso com o convite. Em meio a novos supiros e intervenções de
DONA NELMA, os dois falam da agenda de shows do artista e finalmente combinam o dia da entrevista.

No teatro, ATORES leem o texto de abertura da entrevista de AGNALDO TIMÓTEO. Um ATOR, com um
dicionário  do  lado  “para  procurar  estas  palavras  difícies  que  vocês  falam...”,  faz  as  falas  do  artista,  enquanto  
outros, as de MILLÔR, ZIRALDO, JULIO HUNGRIA, JAGUAR e GLAUCO OLIVEIRA. Trechos da entrevista
são lidos por todos.

A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores ZIRALDO,
JAGUAR e GLAUCO OLIVEIRA. Depoimento do próprio AGNALDO TIMÓTEO sobre a mítica entrevista e a
sua repercusão. Cobertura dos depoimentos com os originais da entrevista publicada, fotos pessoais, material
gráfico, LPs e compactos do artista.

DONA NELMA entrega a FERRETI as laudas com as entrevistas de WALDICK SORIANO e AGNALDO
TIMÓTEO.   “Finalmente,   entrevista   com   homem   de   verdade...”,   diz   ela   radiante.   FERRETI   se   diverte,   lê  
trechos   polêmicos   das   entrevistas   e   comenta   que   os   dois   são   umas   figuraças.   “Vai   dar   o   que   falar...”,  
profetiza.  Por  fim,  vocifera  o  seu  bordão  final:  “Pode  rodar!”

Pgm 09: O que é isso, Companheiro?

PEDRO FERRETI, o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM, recebe um telefonema internacional. É ZIRALDO,
que está de férias em Paris. Ele está eufórico, dizendo que encontrou com GABEIRA andando pela rua e que
vai fazer uma entrevista sensacional com ele. FERRETI não sabe quem é, então ZIRALDO, por telefone, dá
um breve resumo da biografia de FERNANDO GABEIRA (até 1978, é claro). FERRETI também começa a
ficar eufórico.
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O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / O QUE É ISSO,
COMPANHEIRO?

No interior de um teatro, ATORES se preparam para um ensaio onde lerão algumas falas dessa histórica
entrevista. Um diretor dá instruções para o ator que lerá as falas de GABEIRA, falando das emoções de ser
um exilado, e ao mesmo tempo acrescentando mais informações sobre o entrevistado. Começa o ensaio,
onde além do ator acima, outros lêem as falas dos entrevistadores ZIRALDO, MILTON TEMER, DARCY
RIBEIRO, ZÉ MARIA RABELO e GERALDO MAYRINK.

A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores ZIRALDO,
MILTON TEMER e com o entrevistado FERNANDO GABEIRA. Eles relembram as circunstâncias em que foi
feita a entrevista, as idéias ali discutidas e o impacto que teve ao ser publicada no Brasil. GABEIRA fala
também sobre a vida no exílio.

Durante a leitura das falas e dos depoimentos, insert de imagens de arquivos com cenas de militância contra
a ditadura descritas na entrevista, fotos de GABEIRA e de outros exilados políticos (como a histórica
fotografia dos presos a serem trocados pelo embaixador), e cenas do filme O QUE É ISSO,
COMPANHEIRO?, de Bruno Barreto.

Seguem depoimentos de ZIRALDO e GABEIRA sobre a volta deste ao Brasil e suas colaborações posteriores
para O PASQUIM, e sobre as polêmicas provocadas por suas novas posturas, principalmente a partir das
famosas tanguinhas de crochê; complementados por depoimentos de CARLOS MINC e ALFREDO SIRKIS,
outros exilados que voltaram ao Brasil com novas posturas – inclusive de comportamento - e formando uma
nova esquerda (e também entrevistados pelo Pasquim). Esses depoimentos são cobertos por capas do
PASQUIM  falando  de  GABEIRA,  fotos  deste  agora  no  Brasil,  artigos  em  jornais  e  revistas  e  capa  do  livro  “O  
que  é  isso,  companheiro?”,  publicado  pela  editora  do  PASQUIM.  

O editor FERRETI lê emocionado as laudas com a entrevista transcrita de GABEIRA. Ele reconhece que
Ziraldo  tinha  razão  e  que  esta  entrevista  será  histórica.  “Vai  ser  uma  grande  polêmica.  E  ela  é  tão  boa  que  
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além do jornal vou publicar também em formato de livro.  Pode  mandar  rodar!”  

Pgm 10: Divina Dama

DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O   PASQUIM, entra em nossa redação e surpreende PEDRO
FERRETI, o editor   das   entrevistas   d’O   PASQUIM,   em   cima   de   um   caixote,   vestido   com   uma   roupa  
shakespeariana e com um cinzeiro em forma de caveira na mão. Ele está recitando o solilóquio de Hamlet
mas para desconcertado com a entrada de DONA NELMA. Ela pergunta o que ele está fazendo, se ficou
maluco, e ele explica que está apenas entrando no clima pois vai entrevistar uma grande dama do teatro,
uma das maiores atrizes brasileiras: FERNANDA MONTENEGRO.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / DIVINA DAMA

Num aparelho de TV circa 1970, FERRETI assiste a cenas de FERNANDA na novela MINHA NAMORADA.
Entra DONA NELMA com uma pilha de revistas e jornais que entrega para FERRETI, dizendo que se ele
quiser se sair bem na entrevista é melhor fazer uma boa pesquisa do que ficar com aquelas palhaçadas.
FERRETI folheia o material e comenta alguns fatos biográficos com DONA NELMA. Ele menciona que para
marcar a entrevista seria bom pedir a ajuda de MILLÔR, pois no momento FERNANDA está ensaiando uma
peça de sua autoria, COMPUTA, COMPUTADOR, COMPUTA.

No interior de um teatro, uma ATRIZ está tendo uma crise, por achar muita responsabilidade ler as frases
ditas por uma atrizona como FERNANDA. Os outros ATORES, que lerão as falas dos entrevistadores
MILLÔR, ZIRALDO, JAGUAR, SÉRGIO CABRAL, CARLOS LEONAM e SÉRGIO AUGUSTO, a acalmam e
dão início à leitura da entrevista, que é entremeada por depoimentos de ZIRALDO, JAGUAR, CABRAL,
LEONAM, SÉRGIO AUGUSTO e da própria FERNANDA MONTENEGRO a respeito dos bastidores da
entrevista, da carreira da atriz, seu relacionamento com a patota do PASQUIM e a efervescência cultural da
época.
Os depoimentos são cobertos por reproduções da entrevista, fotografias de FERNANDA e cenas dela no seu
filme recente na época, PECADO MORTAL, de Walter Lima Jr. Canção MULHER DA VIDA, composta em
homenagem à ela por Milton Nascimento.
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DONA NELMA entra na redação trazendo as laudas com a entrevista de FERNANDA MONTENEGRO.
FERRETI comenta como, realmente, ela é a maior atriz brasileira e como foi um orgulho para O PASQUIM ter
feito esta grande entrevista com essa divina dama. E devolvendo as laudas para DONA NELMA, sentencia:
“Manda  rodar”!  

Pgm 11: Fi-lo porque qui-lo

PEDRO FERRETI, o editor  das  entrevistas  d’O  PASQUIM,  chega  à  redação  completamente  de  porre.  DONA  
NELMA, secretária e faz tudo d’O  PASQUIM, dá uma bronca nele, pois faltou à reunião de pauta onde iram
decidir quem seria o entrevistado da semana. E agora não tem a quem entrevistar. FERRETI se defende
dizendo que foram forças ocultas que o levaram a se atrasar para a reunião. DONA NELMA fica ainda mais
possessa:  “Forças  ocultas,  hein?!  Quem  você  pensa  que  é?!  Jânio  Quadros”?!  FERRETI  dá  aquele  abraço  
grudento  de  bêbado  em  DONA  NELMA  e  diz:  “Taí  !  Até  que  você  deu  uma  boa  ideia”!  Pega  uma  garrafa  de  
dentro  de  uma  gaveta  e  enche  um  copo:  “E  por  falar  em  boa  ideia...”  

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exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / FI-LO PORQUE QUI-LO.

FERRETI, agora sóbrio, pesquisa em jornais e outros veículos a carreira política de JÂNIO QUADROS nos
anos 70 e principalmente o que anda fazendo no momento desta entrevista. No áudio, o jingle VARRE
VASSOURINHA, da campanha presidencial janista. Sempre reclamando que ela vai dar trabalho, porque são
muitas  informações  e  Jânio  é  conhecido  por  falar  muito,  e  num  português  castiço.  Ao  final  diz,  resignado:  “E  o  
pior de tudo é que vamos ter que ir a São Paulo para entrevistar o ex-presidente”.  E  já  saindo:  “Vou  perder  a  
praia...”  

No interior de um teatro, ATORES se reunem em torno de um DIRETOR preparando-se para repassar as


falas da peça/entrevista. ALGUÉM pergunta ao DIRETOR que história é essa de forças ocultas e o DIRETOR
dá uma breve explicação a respeito da renúncia de JÂNIO. Em seguida, os ATORES começam a ler suas
falas. Representam os entrevistadores JAGUAR, ZIRALDO, RICKY GOODWIN e IZA FREAZA; e UM
representa JÂNIO, de vassoura na mão e fazendo olhares vesgos. Ele tem um penteado bizarro e sua roupa
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está coberta de caspa. Durante a leitura das falas, todos se servem de garrafas sobre a mesa e bebem.
A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores JAGUAR,
ZIRALDO, IZA e RICKY GOODWIN. Falam sobre a viagem a São Paulo, o ambiente na casa de JÂNIO e
outros bastidores, da entrevistinha que acabaram fazendo com DONA ELOÁ, e do concurso de bebedeira
promovido entre JAGUAR e JÂNIO, que termina com os dois dormindo abraçados no gramado do jardim.
Lembram também a angústia pelo fato da entrevista ter durado muitas horas, enquanto já deveriam ter saído
para  outra  entrevista  marcada:  fato  que  não  podia  ser  mencionado  pois  a  outra  era  com  “a  outra”,  ADELAIDE  
CARRARO, amante oculta de JÂNIO QUADROS.

A leitura e os depoimentos são entremeados por fotos da entrevista, imagens da vida de Jânio e trechos do
filme JÂNIO A 24 QUADROS, de Luis Alberto Pereira.

DONA NELMA entra com as laudas da entrevista de JÂNIO e entrega para FERRETI. Ela mostra um
“espelho”  da  edição  do  PASQUIM  e  pergunta  porque  FERRETI  vai  publicar  a  entrevista  do  Jânio,  por  mais  
sensacional  que  seja,  em  tantas  páginas  (12).  FERRETI  responde:  “Quer  saber,  Nelma?  Como  diz  o  Jânio
Quadros, fi-lo porque qui-lo.  Pode  mandar  rodar”.  

Pgm 12: Viva a Sociedade Alternativa

DONA NELMA, secretária e faz tudo d’O   PASQUIM, está sozinha na sala da redação. Empunhando um
binóculos,   ela   observa   compenetrada   através   de   uma   “janela”   imaginária. PEDRO FERRETI, o editor das
entrevistas   d’O   PASQUIM,   chega   apressado   e   logo   pergunta   o   que   a   secretária   tanto   observa.   Como   se  
estivesse em transe, DONA NELMA responde que vê... discos voadores! Incrédulo, FERRETI diz que não é
hora pra brincadeira, afinal eles tem que produzir duas entrevistas. Comenta que estava agora memo no
Baixo  Leblon  e  cruzou  com  um  dos  personagens  que  serão  entrevistados.  E  emenda:  “Eu  é  que  bebo  e  você  
é  que  fica  doidona...”.  Os  personagens  são  RAUL SEIXAS e CAZUZA.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e do episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / VIVA A SOCIEDADE
ALTERNATIVA.
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DONA NELMA canta animadamente a música que dá nome ao episódio. FERRETI, manipulando LPs de
RAUL SEIXAS e reportagens sobre o artista, diz que assim não dá pra trabalhar, eles tem muito o que fazer e
ainda precisam ligar para o entrevistado. DONA NELMA diz a FERRETI para se tranquilizar: ela já combinou
“tudinho”  com  RAUL.  Ela  fala  de  toda  a  agenda  do  artista  e  do  local  escolhido  para  a  entrevista.  Orgulhoso,  
FERRETI  elogia  a  eficiência  da  secretária  e  sai  de  cena.  DONA  NELMA  retoma  os  binóculos,  volta  à  “janela”  
e  fala  sussurrando  como  se  estivesse  se  comunicando  com  o  próprio  RAUL  SEIXAS:  “Ok,  Raul,  tudo  certo!”.

No interior de um teatro, ATORES leem o texto do editorial que abre a entrevista de RAUL SEIXAS. Uma
ATOR faz as falas do artista, enquanto outros, as dos entrevistadores do Pasquim: JULIO HUNGRIA, TÁRIK
DE SOUZA, JAGUAR, IVAN LESSA, REDI, FORTUNA E LUIZ EDGAR DE ANDRADE. Trechos da entrevista
são lidos por todos.
A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos de TÁRIK DE SOUZA, JAGUAR e JÚLIO
HUNGRIA sobre os bastidores da entrevista e a carreira do entrevistado. Seguem-se depoimentos de TÁRIK
e RICKY GOODWIN citando outros artistas que estavam em início de carreira e foram projetados
nacionalmente por entrevistas do PASQUIM. Os depoimentos são cobertos por reproduções da entrevista
com RAUL, fotografias do entrevistado, material gráfico e capas do artista, e reproduções das entrevistas com
os outros artistas citados, além de trechos do filme RAUL – O INÍCIO, O FIM, O MEIO, de Waler Carvalho.

Quando voltamos à redação, FERRETI está de ressaca. Reclama da noite anterior, quando cruzou com
CAZUZA  no  Baixo  Leblon.  “Que  noitada...”,  balbucia ele. DONA NELMA entra em cena com LPs de CAZUZA
e reportagens sobre o artista, jogando tudo na mesa. FERRETI protesta, quer silêncio na sala. Desta vez é
DONA NELMA quem se preocupa: precisam trabalhar muito e ainda marcar uma entrevista. FERRETI
tranquiliza  a  secretária:  combinou  “tudinho”  com  CAZUZA  na  noite  anterior.  

No teatro, os ATORES leem a abertura da entrevista de CAZUZA. Em seguida, um ATOR faz as falas do
artista, enquanto outros fazem as dos entrevistadores do PASQUIM: RICKY GOODWIN, TAVINHO PAES,
TORQUATO MENDONÇA e EZEQUIEL NEVES.

A leitura da entrevista é entremeada por depoimentos de TAVINHO PAES, RICKY e FREJAT a respeito dos
bastidores da entrevista, a personalidade do entrevistado e a efervescência do Baixo Gávea. Seguem-se
depoimentos de JAGUAR, TAVINHO, RICKY GOODWIN,   HUBERT   e   REINALDO   sobre   esta   fase   d’O  
PASQUIM em que uma nova geração assumia a redação e um novo tipo de humor, com o fim da ditadura, as
suas páginas. Os depoimentos são cobertos por reproduções da entrevista, fotografias do entrevistado,
material gráfico e LPs do artista, e cartuns da nova geração de colaboradores do jornal, além de trechos do
filme CAZUZA - O TEMPO NÃO PARA, de Sandra Werneck e Walter Carvalho.
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Agora é FERRETI quem observa pelo binóculos através da   “janela”   imaginária.   Compenetrado,   balbucia  
palavras ininteligíveis. DONA NELMA interrompe o transe e entrega a FERRETI, meio constrangido, as
laudas com as entrevistas de RAUL SEIXAS e CAZUZA. Ele se diz maravilhado com estas duas figuras. Cita
trechos das entrevistas, como o episódio do disco voador observado RAUL SEIXAS e PAULO COELHO e
dos   exageros   citados   por   CAZUZA.   Por   fim,   comenta:   “Essas   entrevistas   estão   meio   doidas,   né?   Mas  
também... O PASQUIM sempre foi um jornal alternativo... e exagerado! Pode  rodar!”

Pgm 13: Nasce uma estrela

PEDRO   FERRETI,   o   editor   das   entrevistas   d’O   PASQUIM,   está lendo jornais em sua mesa. Ele comenta
sobre a crescente força dos sindicatos na região do ABC paulista. Fica impressionado com os números dos
associados, de operários desempregados e dos salários oferecidos pelas empresas montadoras. Entra DONA
NELMA, secretária e faz tudo d’O   PASQUIM, e FERRETI continua o papo. Para o seu espanto, DONA
NELMA está muito mais informada e complementa uma série de dados sobre o movimento sindical neste fim
dos anos 70. No fim do papo, DONA NELMA anuncia a FERRETI o nome do entrevistado do próximo
número: LUIS INÁCIO LULA DA SILVA.

O ratinho SIG sai  de   uma  das   páginas   d’O  PASQUIM   e   vai  parar  na   mesa  do   editor. Escala uma pilha de
exemplares do jornal e se debruça sobre uma lista telefônica. Com os pés, roda o disco do telefone e depois
de tirar o fone do gancho brinca de gangorra enquanto grunhe palavras impronunciáveis. Depois de rabiscar
num bloquinho de notas, roda no gravador de rolo e mergulha tonto num copo de wisky, para depois relaxar
num cinzeiro, refastelado fumando um cigarrinho. Levanta-se e, com os pés, bate à máquina. Forma-se o
nome do programa e o episódio: AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM / NASCE UMA ESTRELA.

DONA  NELMA  dá  uma  aula  sobre  o  personagem  da  próxima  entrevista  d’O  PASQUIM,  o  LULA.  FERRETI  liga  
para o sindicato em São Bernardo e fala diretamente com o líder sindical. Falam do cenário político atual, das
“durezas”  e  do  destaque  que  a  “patota”  quer  dar  a  entrevista de LULA. Finalmente, os dois marcam o local e a
data da entrevista.

No interior de um teatro, ATORES leem o texto do editorial que abre a entrevista de LULA. Um ATOR faz as
suas falas, enquanto outros dão voz a ZIRALDO, CHICO JR., FELIX DE ATHAYDE, DARWIN BRANDÃO,
LUIS ANTÔNIO MELLO, RICKY GOODWIN, EXPEDITO TEIXEIRA, MÁRIO AUGUSTO JACOBSKIND,
JAGUAR E ROBERTO MOURA. Trechos da entrevista – que projetou LULA nacionalmente - são lidos por
todos.
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A leitura da entrevista é entremeada por uma série de depoimentos com os entrevistadores ZIRALDO, CHICO
JR., MÁRIO AUGUSTO JACOBSKIND, JAGUAR E EXPEDITO TEIXEIRA contando os bastidores da
entrevista e relembrando a ida de então-desconhecido Lula ao jornal. Depoimento do quadrinhista LAERTE,
então cartunista sindical e autor do personagem símbolo do movimento do ABC, estampado na camiseta que
LULA usava na entrevista.

Depoimento de LULA comentando o momento político do país na época da sua entrevista ao PASQUIM.
Insert de trechos do filme ABC DA GREVE, de Leon Hirzman. Cobertura dos depoimentos com os originais da
entrevista publicada, fotos, jornais e revistas da época com reportagens sobre o líder sindical.

ZIRALDO, MARIO AUGUSTO JACOBSKIND e CHICO JR falam também da importância do PASQUIM para
os movimentos sindicalistas brasileiros nos anos 70, transformando-se no seu principal porta-voz na
imprensa. Cobertura de imagens de outras entrevistas sindicais importantes realizadas pelo PASQUIM.

Agora é FERRETI quem dá uma aula de sindicalismo a DONA NELMA, enquanto ela entrega as laudas com
a entrevista de LULA. FERETI lê trechos da entrevista de LULA ressaltando os seus aspectos mais
importantes.  Ele  se  diz  encantado  com  a  força  e  a  articulação  do  entrevistado:  “Esse  cara  vai  longe!”.  Por  fim,  
vocifera o seu  bordão  final:  “Pode  rodar!”

QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DO DIRETOR E DO ROTEIRISTA

8. Diretor
(Apresentação e currículo resumido do diretor da obra).

Nome/Apresentação: André Weller

Produção Função Ano Formato Resultados


(Título da obra) (Cargo na (Ano de (Tipo, gênero, duração (Informações sobre bilheteria,
produção) lançamento) e segmento de renda, exibições, premiações,
exibição da obra) audiência etc.)
No tempo de Diretor 2008 Documentário, 17 vencedor do Festival É
Miltinho minutos. Tudo Verdade, da 12ª
Mostra de Tiradentes,
do Prêmio Aquisição
Canal Brasil, do
Preferidos do Público no
Festival Internacional de
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Curtas Metrages de São


Paulo (Kinoforum) 2009,
do Prêmio Porta Curtas
Petrobras, além de mais
de 15 prêmios em
festivais de cinema com
exibições no Brasil e no
exterior
Álbum de Retratos Diretor 2011 série para TV
Incuráveis Diretor de 2006 longa metragem Prêmio de Melhor
Arte Diretor de Arte no Cine
Goiânia 2006
Mandrake e os Diretor de 2010 vídeo clipe Melhor Direção de Arte
Cubanos Arte no VMB MTV 99
Um Menino Muito Diretor de 2011 série para TV
Maluquinho Arte

9. Roteirista
(Apresentação e currículo resumido do roteirista da obra).

Nome/Apresentação: Ricky Goodwin

Curador. Jornalista há 43 anos, treze dos quais como integrante da Turma do


Pasquim, onde foi editor de entrevistas, secretário de redação e um dos editores
gerais. Foi editor de entrevistas também do Jornal do Brasil, Última Hora, Veja,
Playboy, Jornal de Música, Módulo, Casseta e Planeta, Bundas e Pasquim21.

CAPACIDADE E DESEMPENHO DO PROPONENTE

10. Estrutura da Proponente


(Descreva a estrutura gerencial e as principais características da empresa proponente).

Com 17 anos de trajetória, a República Pureza Filmes é uma


produtora focada em filmes de baixo e médio orçamento,
notadamente independentes, e documentários.
Com sede fixa numa casa no bairro do Humatá, quatro
profissionais fixos no corpo da produtora – nas áreas de assistência de
administração, produção e desenvolvimento de projetos, gerência
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financeira e controller e produção de finalização e imagens (pesquisa,


etc), a empresa acumula a experiência de partir de uma base
compacta e crescer a medida que os projetos são confirmados,
viabilizados e entram em produção. Este ponto de partida permite
custos baixos de gerência e administração e ao mesmo tempo
agilidade de produção para os filmes e projetos.
Do ponto de vista de estrutura técnica, a produtora conta com
duas unidades de câmera digital, duas ilhas de edição e base de
produção com 06 computadores e afins.

a) Apresentação e currículo resumido da produtora

República Pureza Filmes

Longas-metragens como Produtora Principal ou Co-Produtora

FEBRE DO RATO, ficção, direção de Claudio Assis.


Seleção Oficial Festival de Rotterdam 2012;
Melhor Filme, Ator, Atriz, Fotografia e Montagem Festival de Paulínia 2011.
Lançamento no Brasil em 22 de junho, 2012.

FAROESTE CABOCLO, ficção, direção de René Sampaio. Em


finalização para lançamento em outubro, 2012.

GALÁXIAS, documentário, direção de Fabiano Maciel. Em finalização


para lançamento em dezembro, 2012.

A ERVA DO RATO, ficção (2009), direção de Julio Bressane. Seleção


Oficial  65  Festival  de  Veneza,  mostra  “  Orizonti”  .

DIÁRIO DE UMA CRISE, documentário (2009), direção de Sandra Kogut.


Seleção da série GNT.DOC., do canal GNT.

MOACIR – ARTE BRUTA, documentário (2006), direção de Walter


Carvalho. Prêmio ABD (10º Festival Internacional de Documentários - É Tudo
Verdade), Premio Especial do Júri (15º Cineceará - Festival Nacional de
Cinema e Vídeo).

LUNÁRIO PERPÉTUO, documentário musical (2003/2004) , direção de


Walter Carvalho. Lançado diretamente em DVD pela Trama Records.
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UM PASSAPORTE HÚNGARO, documentário (2001/2002), direção de


Sandra Kogut. Co-produção com a França (Arte TV e Zeugma) e Hungria.
Exibido por 8 meses nos cinemas brasileiros e lançado em DVD pela
Videofilmes.

AMARELO MANGA, ficção 2001/2002, direção de Claudio Assis. Melhor


Filme no Forum of New Cinema no Festival de Berlim (2003), Melhor Filme
Festival de Toulouse, Melhor Fotografia Festival de Havana, Melhor Filme
Festival de Bogotá e Melhor Filme, Ator, Atriz, Fotografia e Montagem no
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

TV (principais)

CAMPEÕES DE AUDIÊNCIA, ficção, 2009, direção de Michel Melamed


para o Canal Brasil.

CAZUZA – SONHOS DE UMA NOITE NO LEBLON, ficção e documental,


1997, direção de Marcello Ludwig Maia e Sérgio Sanz para o Canal
Multishow.

GRES CONCENTRAÇÃO, documentário, 1996, direção de Marcello Ludwig


Maia e Luiz Castro para a TVE.

CURTAS 35mm (principais)

SEU GARÇOM FAÇA O FAVOR DE ME TRAZER DEPRESSA, ficção,


1995, direção de Marcello Ludwig Maia

SUSIE Q, ficção, 1996, direção de Marcello Ludwig Maia

SHOT DA Bota, ficção, 1997, direção de Flavia Alfinito

TROPEL, ficção, 1999, direção de Eduardo Nunes

REMINISCÊNCIA, ficção, 2000, direção de Eduardo Nunes

O VELHO, O MAR E O LAGO, ficção 2000, direção de Camilo Cavalcante.

ESPECIAL
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PRÊMIO SOL DE PRATA – RIO CINE FESTIVAL 1995


Prêmio Especial pelo apoio ao Cinema de Curta-Metragem.

b) Infra-estrutura e equipamentos disponíveis


Nossa infra-estrutura conta com
- Base de produção, sala com 06 computadores
- Duas unidades de câmera digital
- Duas ilhas de edição completas

c) Quantidade de funcionários fixos e colaboradores


São quatro profissionais no quadro fixo nas áreas de:
- Assistência de administração, produção e desenvolvimento de projeto;
- Gerência Financeira e Controller
- Produção de Finalização e pesquisa de imagens.
Entre os colabores contamos com uma rede de mais de 20 profissionais,
entre roteiristas, diretores, diretores de fotografia, diretores de arte,
figurinistas, pesquisadores, técnicos de som, editores, trilheiros, etc.

d) Serviços terceirizados e principais fornecedores


Entre nossos principais fornecedores destacamos:
- Labo Cine / laboratórios
- JKL e JKL Digital / Câmeras
- Youle / Equipamentos e Suportes
- Apema / Equipamento de Luz e Maquinária
- Ilha 2 e Tomada 1 / fitas
- GS Express / Courrier, etc

11. Acordos e Parcerias


(Relacione as principais parcerias, convênios e acordos - nacionais e internacionais – efetivados
para a realização do projeto, indicando valores, participações, objetivos e compromissos).
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A produtora República Pureza Filmes irá recorrer a seus parceiros


regulares para apoios, permutas e produções associadas tanto na
etapa de produção – através de acordos especiais com empresas
como JKL Digital, Youle, Ilha 2, etc – quanto de finalização – JLS
Facilidades Sonoras, Effects Filmes, além dos equipamentos
próprios de edição, etc. – de modo a viabilizar a realização da série
de programas com equipe e orçamento compacto e grande
qualidade técnica

12. Retorno financeiro das obras já contempladas pelo FSA


(Indique se outras obras da empresa já foram contempladas por outras edições do FSA e qual foi o
retorno financeiro para o Fundo até o presente momento.)

Os projetos selecionados pelo Fundo Setorial que trazem a


participação da produtora República Pureza Filmes na produção ou co-
produção, casos de

- Faroeste Caboclo (em finalização)


- Um filme de Cinema (em finalização)
- A Frente Fria que a Chuva Traz (em desenvolvimento)
- Maresia (em desenvolvimento)

ainda não foram lançados e o outro projeto no qual participamos como co-
produtores,  “  A  Febre                  do  Rato”  ,  de  Claudio  Assis,  acaba  de  estrear  
e não tem ainda números de comercialização fechados.

PLANEJAMENTO E ADEQUAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS

13. Riscos e Oportunidades


(Relacione os pontos críticos para a realização do projeto, indicando as soluções previstas para a
superação de desafios técnicos e/ou dos riscos artísticos/comerciais assumidos).

Das mais de mil entrevistas realizadas pel'O PASQUIM, pouco está ao alcance do grande
público hoje: uma compilação fora de catálogo com uma dúzia delas, as duas antologias com
compilações de outras, além do livro com algumas entrevistas realizadas com músicos.
Portanto, a série para tv AS GRANDES ENTREVISTAS DO PASQUIM é uma oportunidade de
reviver estes textos e a história d'O PASQUIM e leva-los, de uma forma diferenciada, ao
grande público em um outro suporte. A grande superação neste projeto trata-se justamente
de apresentar o texto escrito no suporte preterido, o meio audiovisual da televisão. Como
solução encontrada para realizar esta transposição, optou-se pela realização de "leituras" de
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trechos de entrevistas no formato de ensaios, efetuadas por um grupo de teatro. Dando o


peso histórico necessário a envergadura do projeto, serão entremeados a estas leituras
depoimentos de personagens que participaram das entrevistas abordadas. Suprindo o hiato de
mais de 40 anos, o tempo da realização de boa parte das entrevistas selecionadas, optou-se
pela elaboração de quadros de abertura e fechamento, cabeças de programa, para
contextualização da época, realizado por dois atores em sketchs como o diretor e a secretária
do jornal. Por fim, o formato de produção enxuto, concentrando as locações a um único set,
um teatro, além das saidas com equipe reduzida para as entrevistas, permite uma otimização
dos recursos e um melhor aproveitamento das verbas envolvidas.

14. Emissora ou Programadora de TV


(Apresentação da emissora ou programadora de TV responsável pela primeira exibição da obra
seriada e o grau de envolvimento no projeto – recursos artísticos, equipamentos e infra-estrutura).

Filmes, documentários, entrevistas, shows e muito humor fazem da programação


do Canal Brasil uma das mais diversificadas e originais entre os canais da TV
brasileira, sempre com produções 100% nacionais. O Canal Brasil foi criado em
setembro de 1998 e já exibiu mais de 2.500 curtas, médias e longas-metragens de
ficção, documentários, além de mostras especiais dedicadas a cineastas de todos os
tempos. Entre filmes inéditos, exclusivos e raridades da sétima arte, o cinema
ocupa 70% da grade.

A música está cada vez mais presente na programação. Entre os canais da TV por assinatura,
o Canal Brasil é o maior produtor de musicais, realizando pelo menos um grande show inédito
por   mês   para   a   “Faixa   Musical”.   O   Canal   já   produziu   DVDs   com   artistas   consagrados   de  
diversos gêneros da música brasileira, passando pelo samba de Martinho da Vila e Seu Jorge,
pela MPB Ney Matogrosso, Chico Buarque, João Bosco e Zeca Baleiro, pelo pop de Leoni e até
por jovens promessas como Móveis Coloniais de Acaju. Além dos shows, o Canal faz
programas musicais com entrevistas, resgates históricos e encontros inusitados de
importantes artistas do cenário cultural brasileiro.

Já a cobertura jornalística do Canal Brasil conta com o talento de Simone Zuccolotto, que está
à frente do Cinejornal. O programa, traz entrevistas e reportagens sobre as mais recentes
produções cinematográficas, pré-estreias e a cobertura dos mais importantes festivais de
cinema do país.

O Canal Brasil está sempre inovando e criando programas que destacam a cultura brasileira e
as suas diferentes expressões artísticas. Os apresentadores são uma atração à parte. Os
programas são comandados por um time de cineastas, atores, músicos e humoristas: Charles
Gavin (O Som do Vinil), José Mojica Marins (O Estranho Mundo de Zé do Caixão), Lázaro
Ramos (Espelho), Moska (Zoombido), Roberta Sá (Faixa Musical), Tárik de Souza
(MPBambas), Eric Nepomuceno (Sangue Latino), entre outros.

As séries de ficção vêm conquistando cada vez mais presentes na programação do canal.
Entre  as  séries,  destaque  para  “Larica  Total”,  apresentada  por  Paulo  Tiefenthaler,  “Vampiro  
Carioca”,  por  Fausto  Fawcett..
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O resultado dessa variedade na programação forma um rico painel cultural. Na tela estão
diversas manifestações artísticas, filmes, making ofs, shows, jam sessions, entrevistas, séries
e programas irreverentes e divertidos, com humor e inteligência.

15. Exploração Comercial


(Descreva as características contratuais da(s) licença(s) de exploração comercial da obra seriada,
de acordo com os itens abaixo).
a) Qual o valor de aquisição da primeira licença de exibição?
15 % do total do orçamento

b) Qual o horário aproximado de exibição na TV e faixa de programação estabelecida?


Horário Nobre, entre 21 hs e 0 hs
1ª. Linha de Programação Exclusiva

c) Há negociação para outras licenças, ou previsão de versão da obra para exibição em


outras janelas de exploração ou territórios?
Ainda não

d) Há negociação para o licenciamento da marca em outros produtos?


Ainda não

e) Há compromisso de continuidade da obra, ou previsão para formação de franquia ou


marca de referência?
Não

f) Há capítulo(s), episódio(s) ou temporada(s) realizadas? Houve exibição? Em quais


janelas de exploração (no caso de TV, citar os canais), territórios e períodos?
Não. Proposta inédita.

g) Há envolvimento de ações publicitárias que gerem outras receitas para a obra? Qual o
grau de compromisso destas ações?
Projeto em desenvolvimento e captação (Inclusive de Receitas Publicitárias).
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16. Cronograma de Execução Física


(Detalhamento das etapas de execução do projeto).

Itens Etapa Data Início Data Fim


1 Preparação 10/12 12/12
1.1 Pesquisa e Desenvolvimento
1.2 Redação e conclusão dos Roteiros
2 Pré-produção 01/13 03/13
2.1 Contatos com entrevistados, produção de
locação, seleção de atores.
2.2 Contratação de equipe técnica, escolha e
contratação infra-estrutura técnica, etc.
3 Produção 03/13 05/13
3.1 Gravações
4 Pós-Produção / Finalização 06/13 08/13
4.1 Edição de Imagem e Som
4.2 Trilha e finalização geral
a
5 1 Temporada / Exibição Canal Brasil 09/13 12/13
5.1 Exibição semanal em horário nobre noturno
por 13 semanas consecutivas

Prazo total da execução (em meses): 14 meses


Em qual das etapas se encontra o projeto? Desenvolvimento
Locações (Descreva as principais locações e o período de filmagem em cada uma).
Cidade, Estado e País da Locação Período (indicar se dias ou semanas)
Rio de Janeiro, RJ Entre 04 e 06 semanas

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

17. Elenco
(Relação do elenco confirmado – apresentadores, narradores etc. - para a obra seriada, se houver).

Os testes de elenco estão agendados para o ultimo trimestre de 2012


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Formulário I – Projeto de Obra Seriada de Documentário

18. Equipe Técnica


(Relação de equipe técnica confirmada para a realização da obra cinematográfica. Indicar nome,
função, principais realizações e resultados profissionais dos membros da equipe confirmados, se
houver).

André Weller – Diretor/ Diretor de Arte

Ricky Goodwin – Roteirista

Marcello Ludwig Maia – Produtor

Alexandre Seara – Produtor de Finalização

Mauro Pinheiro Jr. – Fotografia

Alexandre Sagese – Montagem

Lucas Macier – Trilha Sonora


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IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

1. Título do Projeto [ O IMAGINÁRIO DE JURACI DÓREA NO SERTÃO - VEREDAS]

2. Proponente [LARTY MARK LTDA]

ASPECTOS ARTÍSTICOS E ADEQUAÇÃO AO PÚBLICO


3. Proposta de Obra
(Apresentação da obra de documentário, incluindo tema, visão original, objetivos, tom, relevância e conceito unificador do
projeto, se houver).
[O Sertão através do imaginário, inspirado no Projeto Terra que completa 30 anos
de execução pelo artista plástico Juraci Dórea. O documentário vai revisitar os
caminhos percorridos pelo artista, registrar o que ainda existe, recuperar o que for
possível e colocar novas obras no trajeto entre Feira de Santana, Monte Santo,
Canudos, (Raso da Catarina), Jeremoabo e Paulo Afonso. Colhendo depoimentos
de pessoas e personagens de cada local ao mesmo tempo em que promove o
conhecimento da arte e motiva o surgimento de novos artistas no sertão baiano num
filme documentário de 52 minutos.
A escolha do “leit motiv” do argumento deste documentário, tem como objeto
principal o “PROJETO TERRA”, uma criação do artista, Juraci Dórea, que mudou o
foco da produção e exposição de suas obras, dos centros urbanos e das galerias
para o sertão transformando as paisagens que nos marcam por imagens de seca e
miséria, em um “grande museu”.
Juraci Dórea nasceu e vive em Feira de Santana, o Portal do Sertão -BA, desde
jovem com as coisas, gentes, paisagens, cultura popular, um vasto mundo sertanejo.
Optou por recriar, em arte, esta região mítica. O “Projeto Terra” é a sua mais radical
interação pelas veredas afora, espalhando suas obras, pinturas, esculturas, painéis
nos ermos do Sertão baiano. De Feira de Santana a Monte Santo, Canudos,
Jeremoabo e Paulo Afonso, as duas últimas na parte em que juntas formam a
Estação Ecológica Raso da Catarina. Esta cruzada artística está às vésperas de
completar 30 anos.
No documentário, como estratégia de abordagem, a câmera vai está como
espectador, flagrando um acontecimento cotidiano; em alguns momentos fixa em
outros em movimentos de carrinho ou de grua.
Esta estética documental vai exigir um esforço da equipe de fotografia e som direto.
Vamos privilegiar o naturalismo combinado com a dramaticidade. As vezes vamos
surpreender o alvo. Colocando a fotografia e som na condição de participante e
testemunha, interagindo com o “olhar” e o “ouvir”, onde for possível este tipo de
linguagem narrativa. Procurar nas cenas de entrevistas (ou pequenos depoimentos),
no sentido de captar o áudio para conversações naturais, na leveza do bate-papo,
sem o peso das indagações de pesquisa.
Assim vamos ouvir os viventes daquelas paragens, com os seus pensamentos livres
e as interferências do artista e suas obras.
Em resumo: um documentário/interação que vai dialogar com a arte e as veredas do
Sertão em 52 minutos. ]

4. Público-Alvo do Projeto
(Identifique o público-alvo do projeto, incluindo referências etárias, culturais e sócio-econômicas dos possíveis espectadores da
obra).
[Com este projeto priorizamos a exibição na TV(aberta/paga), por ter uma
abrangência maior e um público altamente diversificado.
Na Bahia, nossa primeira janela de exibição, segundo dados da Gerencia de
Marketing do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia - TVE, a pesquisa IBOP
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Easy Media 3 – Março/2009, mostra que cerca de 30% dos televisores ligados
durante o mês assistem a TVE-Bahia. Esse universo é formado por pessoas de
ambos os sexos das classes socioeconômicas A, B e C1 com idade entre 4 a 11 anos
e 35 a mais. Isso representa aproximadamente 10(dez) milhões de pessoas.
A essa estimativa soma-se a audiência de professores e de alunos da rede publica
estadual por meio da Rede Educação do Estado da Bahia.]

5. Eleição dos Objetos


(Descreva os personagens – reais e ficcionais - e objetos – produtos materiais e imateriais da ação humana, materiais de
arquivo, manifestações da natureza etc. – com os quais a equipe se relacionará para a realização da obra).

[OBJETIVOS GERAIS:
O Audiovisual é por si só, uma forte representação artística. Neste documentário
representa o sertão. Nesse sentido, pode ser o elo catalizador em diversas
dimensões: indenitária, cidadã e social, simbólica e econômica da cultura brasileira.
Vamos produzir o documentário em digital HD XDCAM, com duração de 52 minutos
visando o mercado de TV aberta e fechada, cuja motivação vem do grande Museu a
céu aberto onde abordaremos a obra do artista plástico Juraci Doria e sua
intervenção no sertão baiano durante os 30 anos do Projeto Terra.
A fotografia desse documentário será um componente indispensável para captar
belas imagens em movimento e imprimir o Sertão e o Sertanejo com arte e beleza;
Depoimentos de pessoas e personagens das comunidades impactadas com as
obras; Registrar o processo de recuperação das obras danificadas pelo tempo, além
da instalar novas esculturas e pinturas e o seu processo produtivo/criativo ao longo
do trajeto. Também vamos despertar e motivar o surgimento de novos artistas no
Sertão da Bahia no trecho compreendido entre Feira de Santana, Monte Santo,
Canudos e Raso da Catarina, Jeremoabo e Paulo Afonso.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:
No projeto “O IMAGINÁRIO DE JURAC DÓREA NO SERTÃO – VEREDAS” vamos
filmar com PMW F3, lentes Cook e filtros cokin. Para o som direto utilizaremos o
gravador digital Roland R-4 Pro, Microfones shot gun Sennheizer ME66 com vara e
blimp.
Em Feira de Santana – BA – A feira do Gado é onde encontramos todo tipo de
gente ligada ao sertão. Cantadores, vendedores de artefatos de couro, de barro,
redes e produtos alimentícios derivados: doces, comidas típicas. Literatura de cordel
etc.
Em Monte Santo vamos visitar o Museu do Sertão e, entre outras coisas, filmar a
replica da “Pedra de Bendegó” o maior meteorito do Brasil.
Nessa cidade Glauber Rocha filmou “Deus e o diabo na terra do sol” e a TV Globo
encontrou cenários para a minissérie “O pagador de promessas” de Dias Gomes. Lá
Veremos a “cidade submersa”, inundada pelo Açude da Tapera. Hoje os restos da
cidade estão bem aparente por conta da grande seca.
Entre Canudos e Jeremoabo veremos obras de Juraci Dórea entre os resquícios da
Guerra de canudos e da vila de Antônio Conselheiro no Parque Estadual de
Canudos: Alto do Mário, o Alto da Favela e a sede da Fazenda Velha.
Adentraremos o Raso da Catarina, - Paulo Afonso - principal esconderijo de
Lampião e seu Bando, onde pretendemos instalar pelo menos uma escultura e
recuperar as existentes no local e registrar todo o processo, desde a criação à
instalação. Tudo com a participação de pessoas da comunidade.
A equipe de produção terá a companhia do Artista Juraci Dórea e pessoas das
comunidades, durante a produção e no retorno, para a exibição do documentário.]
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6. Estratégias de Abordagem
(Detalhamento dos procedimentos narrativos e estratégias de abordagem - entrevistas, reconstituições ficcionais, voz sobre
imagem, efeitos etc. – através dos quais a equipe se relacionará com os objetos definidos para a realização do documentário,
incluindo possíveis referências a outras obras audiovisuais ou artísticas).

[Usualmente, a denominação de “sertão nordestino” é dada às regiões interioranas,


independentemente do nível de desenvolvimento social ou econômico. Porém, a
expressão também pode ser usada para designar, mais especificamente, as regiões
do interior da Bahia, Pernambuco e Piauí, onde se concentram algumas das cidades
com maiores índices de desigualdade social do país. Nosso projeto vai ser
desenvolvido no Sertão baiano, em especial nos municípios de Feira de Santana,
Monte Santo, Canudos Jeremoabo e Paulo Afonso.
Nossa estratégia inicial é mapear a região, com particular interesse, detalhando
cada canto onde o artista plástico Juraci Dórea plantou suas obras de arte. Ao
mesmo tempo vamos identificar e selecionar pessoas e personagens, lugares e
locais que receberão nova obras, cenários e coisas que possam compor o
documentário ao longo da caminhada.
As ações serão constituídas de história e estrutura narrativa em eventos reais, onde
os participantes e os assuntos representam a si próprios.
Queremos sentir a emoção e vislumbrar a vida através do ponto de vista do
sertanejo e sua arte. E as técnicas e tecnologias são nossas ferramentas que
tornarão possível contar essa história, e despertar, a partir de sons e imagens,
respostas emocionais.
Num segundo momento, nossa etapa de produção e filmagem, vamos revisitar, o
mapa que traçamos, com uma equipe de profissionais para captar sons e imagens
com equipamentos de ultima geração de excelente desempenho e qualidade.
Nesse período, ainda vamos ter a participação efetiva de pessoas da comunidade
na equipe de produção. Integrando um grupo interessado em aprender as técnicas
utilizadas pelo artista ou ainda interessado, apenas, pela preservação das obras.
Dessa forma contribuiremos para o desenvolvimento da região e aperfeiçoaremos
artistas em cada local.
A capacitação é particularmente importante para os que têm um contato direto com
os turistas e visitantes dessas veredas. Poderão criar e desenvolver lembranças e
artesanato, mas sobretudo, desenvolverão:
· Ações específicas para informação, qualificação, formação e sensibilização dos
diversos segmentos dessas comunidade, respeitando os interesses e as funções a
serem desempenhadas por cada um.
· Aspectos qualitativos especiais, incluindo a habilidade de explicar a arte do Sertão,
falar sobre o seu lugar; de apreciar e interpretar a singularidade da área – sua
paisagem, flora e fauna, a diversidade étnica, atividades culturais, artesanato local,
assim como o entendimento do sentido do lugar por meio da familiaridade com as
histórias, os ritos e mitos tradicionais e a geografia local.

O projeto “O IMAGINÁRIO DE JURACI DÓREA NO SERTÃO – VEREDAS” vai


interagir com o sertanejo e sua cultura, despertar novos artistas e introduzir técnica
por meio do próprio artista para transformar couros e paus do sertão em arte e meio
de vida - numa visão econômica, desenvolver ferramentas de sustentabilidade.
A partir da nossa etapa de finalização, divulgação e exibição, vamos dar à
comunidade sertaneja elementos de elevação da sua autoestima. Pretendemos
exibir o documentário em cada município que filmamos. De forma pública e gratuita.
Além de distribuir para entidades culturais e educacionais, bibliotecas e cineclubes
da região alvo do projeto, além da Cinemateca Brasileira entre outras. ]
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Chamada Pública: Produção para TV
Formulário I – Projeto de Documentário não-seriado

QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DO DIRETOR E DO ROTEIRISTA

7. Diretor e Roteirista
(Apresentação e currículo resumido do diretor da obra).

Nome/Apresentação:
[José Antonio D´Andrea Espinheira – Tuna Espinheira, nasceu no bairro Tororó –
Salvador-BA. Passou a infância em Poções, região de Caatinga (interior da Bahia);
a adolescência em Jequié; para dar continuidade aos estudos transferiu-se para a
Capital-Salvador; completando o curso médio (o Colegial) e ingressando na Escola
de Teatro da Universidade da Bahia, cursando dois anos letivos. Muda-se para o
Rio de Janeiro, no ano de 1965, em busca de aproximação com o cinema. Nesta
época, o Golpe Militar causou um grande êxodo dos técnicos e Diretores da sétima
arte, em direção ao Rio e São Paulo.
Como não havia, a este tempo, qualquer ensino curricular ligado ao cinema, o
caminho era se engajar, como aprendiz numa produção de filme. Tuna Espinheira,
depois de muita labuta, começou como assistente de produção, vencendo assim as
etapas do aprendizado, observando, conhecendo e fazendo, na prática.
Nesta Universidade da Vida (lembrado Máximo Gorki), sua concentração maior era
para o Roteiro, a Montagem e a Direção. Muita leitura sobre a linguagem do
cinema, a sua História, suas etapas de evolução técnica etc. Mas, sobretudo ver
filmes, de preferência em grandes doses, estas “visuras”, no escurinho dos
cinemas, somadas com as análises das películas, é o que dá o lastro para a
formação do aprendiz, permitindo a obtenção da régua e compasso para o melhor
entendimento e interação com a linguagem da imagem em movimento.
Após ter participado da realização de um filme de longa metragem, numa
maratona que durou 10 meses, entre a pré-produção e a finalização, e outros
tantos de curta metragem, nos lançamos na primeira produção de lavra própria, um
documentário intitulado: Luiz Gonzaga – O Rei do Baião. Filme rodado e finalizado,
entre 68/69. Com Roteiro e Direção de Tuna Espinheira.
As décadas que se seguiram, exerceu as funções de Assistente de Direção,
Montador/Editor, ator em pequenos papeis, etc. A vasta maioria deste filmes são
documentários.
No momento toca uma produção, já em bom estado de adiantamento, de um filme,
documentário de longa metragem sobre a vida e obra de “Anísio Teixeira ou a
Educação Pela Democracia”.
Filiado a Associação de Produtores e Cineastas da Bahia, entidade esta que
congrega os Técnicos, Roteiristas, Produtores e Diretores do Cinema de Longa-
Metragem – na função de Vice-Presidente.]

Produção Função Ano Formato Resultados


(Título da obra) (Cargo na (Ano de (Tipo, gênero, duração (Informações sobre bilheteria,
produção) lançam e segmento de exibição renda, exibições, premiações,
ento) da obra) audiência etc.)
[Leonel Matos a 24 [Roteiro e [2009] [Documentário, 10’, [Premio Diomedes
quadros] direção] 16mm cor] Gramacho, Melhor Prod.
Baiana na XXXVI Jornada
Internacional de Cinema da
Bahia-BA]
[Cascalho] [Roteiro e [2004] [Ficção, 104’ , 35mm [Melhor direção Festival de
direção] cor] Cinema de Macapá-AP]
[Dr. Heráclito Sobral [Roteiro e [1979] [Documentário, 22’, [Grande Prêmio do Juri VI
Pinto, profissão direção] 35mm, PB] Festival Brasileiro de Curta
Advogado] Mteragem – Jornal do
Brasil]
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Chamada Pública: Produção para TV
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[Cajaíba... Lição de [Roteiro e [1976] [Documentário, 12’, [Melhor Roteiro IX Festival


coisas... O direção] 35mm, cor] de Brasília e Melhor
fazendeiro do Ar] Proposta de Criatividade IV
Jornada Brasileira Curta
Metragem]
[A Mulher [Roteiro e [1989] [Documentário, 30’, [Melhor Filme e Melhor
Marginalizada] direção] 16mm, cor] direção VI Festival Cine Rio,
Melhor Filme Ofício Católico
Internacional de Cinema-
OCIC]
Comunidade do Roteiro e 1974 Documentário, 20’, Hors Concours Festival
Maciel direção 16mm, PB Internacional de Nyon-
Suiça; Melhor doc I Mostra
Curitiba

8. Roteirista
(Apresentação e currículo resumido do roteirista da obra).

Nome/Apresentação: Idem acima

CAPACIDADE E DESEMPENHO DO PROPONENTE

9. Estrutura da Proponente
(Descreva a estrutura gerencial e as principais características da empresa proponente).

[A Larty Mark Ltda é representada por Wiltonauar Moura, seu sócio administrador.
Responsável pelo planejamento e implantação das estratégias administrativa e financeira;
Analise da produtividade e lucratividade; Responsável pela aprovação dos contatos e controle
patrimonial; Responsável pelas negociações financeiras e aprovação dos contratos;
Representante legal da empresa junto aos órgãos governamentais Municipais, Estaduais e
Federais bem como empresas privadas o Produtor executivo – responsável por selecionar e
desenvolver projetos audiovisuais, captar recuros. Responsável pelo enquadramento dos
projetos nos órgãos competentes, como ANCINE e Editais. Desenvolvimento , distribuição e
acompanhamento das verbas orçamentárias de cada projetos. Responsável pelo
planejamento das ações dos projetos.
Roterista – Responsável pelo desenvolvimento roteiro de roteiros de projetos e pela seleção.

Sandra Dantas Moura é Coordenadora Administrativa – Responsável por coordenar as


rotinas administrativas, gestão de contratos, controle do contas à receber e contas a pagar.
Contatos com clientes e fornecedores. Análise e acompanhamento das receitas e despesas.

Assistente administrativo – Responsável pelo levantamento e acompanhamento de editais,


organização documental dos projetos.
Responsável por controlar e atualizar a documentação legal da empresa.
Responsável pelo controle entrada e saída dos equipamentos
Apoio direto ao produtor executivo e a coordenação.

a) Apresentação e currículo resumido da produtora

[A Larty Mark Ltda. foi criada em 26 de junho de 2000 no Rio de Janeiro para atuar na
convergência digital, unindo diversos meios para linguagem universal da internet. Em 25 de
setembro 2002 foi transferida para a Bahia. Se estabeleceu no mercado audiovisual
produzindo filmes para empresas, governos e para a TV, além de conteúdo e programas de
TV e internet. Tendo registrado mais de 300 Filmes no currículo.
Em 2008 inaugura uma nova fase, a de produção e Transmissão de programação Via IP ao
vivo e on demand.
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Em 2010 outro desafio, a Produção Cinematográfica e prepara o primeiro projeto de um


Filme de Longa Metragem: Anísio Teixeira – Ou a educação pela democracia; em 2011 passa
a produzir o Longa-metragem FINDING JOSEF, em fase de finalização.
Sem perder de vista o propósito inicial da convergência digital, atualmente, além de
audiovisual, internet e Cinema, passou a produzir conteúdo para redes sociais e celulares.
Fechando um ciclo de produção e convergência.

A seguir um breve currículo.


OBRA GENERO SUPORTE TEMPO cor
Finding Josef – Procurando Josef** 2012 Ficção HD/35mm 100’ Cor
Mestre Anísio Teixeira- Educação Pela 2012 Doc HD/35mm 85’ Cor
Democracia*
A Carta 2011 Ficção HD 5’ Cor
Um menino nos nasceu - IBAM 2011 Ficção HD 54’ Cor
Discriminação – 10 anos de Combate na Bahia 2007 Doc Betacam 21’ Cor
Belford Roxo – 10 anos RJ 1998 Doc Betacam 18’ Cor
Festival de Canção da Natureza – PMBR/RJ 1998 DVD Betacam 1:40’ Cor
Flash Policial – PMBA/SSPBA – TV Band Bahia 2006 PGM Betacam 20x90” Cor
FACE - TVE Bahia 2008 Doc HD 30x90” Cor
FACE – TVE Bahia I,II e III (2008 a 2011) 2008 PGM HD 3X180’ Cor
Vila Militar do Bonfim – PMBA 2005 Doc DVCAM 11’ Cor
A História do Trabalhador na Bahia 2006 Doc DVCAM 26’ Cor
Trans Bahia – 62 cidades Rio São Francisco 2006 Doc HDV 55’ Cor
CULTURA É O QUE? - CECBA/TVE 2007 Doc DVCAM 2X54’ Cor
Operação Trans Amapá – JMN 2007 Doc HDV 55’ Cor
Paulo Afonso – 50 anos 2007 Doc HDV 30” Cor
Morro do Chapéu 100 anos – TVE Bahia 2009 Doc HD 26’ Cor
Trans Chapada Diamantina – JMN 2008 Doc HDV 26’ Cor
Zumbi, O Fundador da Identidade Negra – TVE- 2009 Doc HD 5x60” Cor
BA
Dias Coelho, o coronel negro – TVE Bahia 2009 Doc HD 35’ Cor
Isto é Chapada Diamantina – FUNCEB/TVE 2011 Doc HD 26’ Cor
Paraguaçu, Território de Versos e Rimas – 2011 Doc HD 26’ Cor
FUNCEB/TVE
Triangulo Mineiro – CBM/MN 2010 Doc HD 15’ Cor
Cultura na Bahia – SECULT/TVE 2009 Doc HD 42x2’ Cor
Isto é a Policia Militar - PMBA 2007 Doc HD 25’ Cor
Educação Especial – SEC 2008 Doc HD 17’ Cor
Mulher, Um Dia internacional – TVE Bahia 2010 Doc HD 3x60” Cor
Vidas que Impactam, Minas Gerais – TV MN 2011 Doc HD 20’ Cor
Indígenas, Mato Grosso do Sul – TV MN 2011 Doc HD 5’,50” Cor
Bahia de Camamú – MEAP 2005 Doc HD 13’ Cor
Tribos Urbanas, São Paulo – TV MN 2011 Doc HD 5’ Cor
Ação e Compaixão, Rio TV MN 2011 Doc HD 5’ Cor
Cracolândia, São Paulo – TV MN 2011 Doc HD 10’ Cor
Povos Étnicos, São Paulo – TV MN 2011 Doc HD 6’ Cor
Anísio Teixeira, o pensamento Clássico na 2010 Doc HD 38’ Cor
Educação Brasileira

b) Infra-estrutura e equipamentos disponíveis

[A produtora Larty Mark Ltda. funciona numa casa de três pavimentos dividida em:
05 ilhas de edição; sala de reunião para 15 pessoas; recepção; cozinha; dois estúdios
de gravação; duas salas de administração.
01- Kit de Câmera Sony PMW F3 com lentes 35mm, 50mm, 85mm;
01 Lente Cook 20-100;
01 Lente Cannon 300mm;
01 Kit filtros 6X6
01 Kit som direto (Gravador R4 Pro, 02 Mic Boom, 04 mic Lapela, 06 mic Mão cabos
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Chamada Pública: Produção para TV
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03 monitores de vídeo externa


02 Câmeras PMW EX1;
01 CamMate com Lança 6 metros;
02 Travelling com 15 metros de trilhos
05 Ilhas de edição completas(Mac Pro, placa captura, monitores A/V, mesa áudio,
programas edição A/V)
01 kit luz quente(02 fresneis 2k, 03 fresneis 1k, 2 fresneis 0,575k,
01 kit luz fria kino floo 10 de 8 lâmpadas 55w, 04 de 4 lâmpadas 55w, 02 de 2
lâmpadas 55w.
02 rebatedores sendo01 6x6 metros 1 3x3 metros - prata e branco;
04 Tripés de câmera;
15 tripés luz
Diversos Cabos, prolongas, conectores, garras, bandeiras etc.

c) Quantidade de funcionários fixos e colaboradores

[Fixos temos quatro. E cerca trinta colaboradores]

d) Serviços terceirizados e principais fornecedores

[Trilha sonora – Verticall Estúdio, Serviço de contabilidade - Offcecon, Correção de


Cor – Ficção Filmes e Finalização e Masterização – BrowMaster ]

10. Acordos e Parcerias


(Relacione as principais parcerias, convênios e acordos - nacionais e internacionais – efetivados para a realização do projeto,
indicando valores, participações, objetivos e compromissos).

[TVE Bahia – 1ª Licença de exibição


Universidade Estadual de Feira de Santana – BA – apoio institucional
Prefeitura de Feira de Santana – exibição pública;
Prefeitura Monte Santo BA - exibição pública;
Prefeitura de Canudos BA - exibição pública;
Prefeitura de Jeremoabo BA - exibição pública;
Prefeitura de Paulo Afonso BA - exibição pública;]

11. Retorno financeiro das obras já contempladas pelo FSA


(Indique se outras obras da empresa já foram contempladas por outras edições do FSA e qual foi o retorno financeiro para o
Fundo até o presente momento.)

[Não há obras contempladas pelo FSA anteriormente]

PLANEJAMENTO E ADEQUAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS

12. Riscos e Oportunidades


(Relacione os pontos críticos para a realização do projeto, indicando as soluções previstas para a superação de desafios
técnicos e/ou dos riscos artísticos/comerciais assumidos).

[Nosso projeto tem como característica singular o foto de retratar um artista e seu
conjunto de obras instaladas a cerca de 30 anos no Sertão. Um ponto critico é a
própria região, principalmente nos dias atuais, pois há muito tempo não chove, o que
já era seco ficou ainda pior.
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Nosso grande desafio é desbravar esse Sertão inóspito com uma equipe de
produção completa (Fotografia, Maquinaria, som e luz) e colher, no calor e com a
emoção da hora, os fragmentos que comporão no documentário.
Ao mesmo tempo, contamos com uma equipe de profissionais comprometidos e o
empenho pessoal do próprio artista, Juraci Dórea, conhecedor profundo dessa
região que vai nos acompanhar e realizar a reforma das sua obras antigas e instalar
novas. Essas ações ocorrerão com a participação de pessoas das comunidades
ondes as esculturas foram e serão colocadas. Nesse processo, as pessoas
envolvidas serão treinadas e, numa rara oportunidade, serão apresentadas e
inseridas ao mundo da arte sertaneja. ]

13. Emissora ou Programadora de TV


(Apresentação da emissora ou programadora de TV responsável pela primeira exibição da obra seriada e o grau de
envolvimento no projeto – recursos artísticos, equipamentos e infra-estrutura).

[Para primeira exibição do projeto “O IMAGINÁRIO DE JURACI DÓREA NO


SERTÃO – VEREDAS” optamos pela TV Educativa da Bahia (TVE) porque tem
como missão “fortalecer o audiovisual e a radiodifusão, em articulação com a
sociedade, promovendo a cidadania, a diversidade cultural e a democracia”. Busca
mostrar a cultura baiana respeitando a diversidade. Além de chegar a mais de 370
localidade do Estado da Bahia, além de estar presente na internet.
A TVE Bahia produz 11 programas, sendo que entretenimento corresponde à maior
parcela, aproximadamente 36,4%. A programação também inclui os gêneros
jornalismo, educação, cultura e esportes.
A pesquisa IBOP EasyMedia3 – Março/2009, mostra que cerca de 30 % dos
televisores ligados durante o mês assistem a TVE-Bahia. Um universo formado por
pessoas de ambos os sexos das classes socioeconômicas A, B e C1 com idade
entre 4 a 11 e 35 a mais. Isso representa aproximadamente 10(dez) milhões de
pessoas.
A essa estimativa soma-se a audiência nas escolas e nas comunidades por meio de
ainda pela Rede Educação do Estado Da Bahia.
Outra característica, a TVE Bahia é a principal emissora promotora da cultura do
Estado da Bahia. Possui programas de incentivo a eventos e produção cultural e
atende a finalidades culturais e educativas. Atua com independência em relação a
governos, promove a cultura nacional e regional e estimula a produção
independente – possui, inclusive, editais para apoio dessas produções. Apesar
disso, a emissora promove visibilidade a vários grupos sociais e presta contas à
sociedade de forma periódica.

14. Exploração Comercial


(Descreva as características contratuais da(s) licença(s) de exploração comercial da obra seriada, de acordo com os itens
abaixo).

a) Qual o valor de aquisição da primeira licença de exibição?

[R$ 11.214,70 (onze mil, duzentos e quatorze reais e setenta centavos)]

b) Qual o horário aproximado de exibição na TV e faixa de programação estabelecida?

[entre 10:00h e 12:00h]

c) Há negociação para outras licenças, ou previsão de versão da obra para exibição em


outras janelas de exploração ou territórios?
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[Sim.
Pretendemos negociar ainda com a TV Brasil e outras TVs pagas e home vídeo]

d) Há negociação para o licenciamento da marca em outros produtos?

[SIM.
Apos o período de licenciamento, pretendemos lançar o documentário em Home
Vídeo (DVD/BlueRay ]

e) Há compromisso de continuidade da obra, ou previsão para formação de franquia ou


marca de referência?

[Não]

f) Há capítulo(s), episódio(s) ou temporada(s) realizadas? Houve exibição? Em quais


janelas de exploração (no caso de TV, citar os canais), territórios e períodos?

[Não]

g) Há envolvimento de ações publicitárias que gerem outras receitas para a obra? Qual o
grau de compromisso destas ações?

[Não]

15. Cronograma de Execução Física


(Detalhamento das etapas de execução do projeto).
Ite Etapa Data Início Data Fim
ns
1 Preparação

1.1 [Negociação com o Artista Juraci Dórea, [realizado] [realizado]


argumento/roteiro]
1.2 [Criação de identidade Visual] [realizado] [realizado]
2 Pré-produção
2.1 [Visita as locações, contatos na comunidade e [17/01/2013] [22/01/2013]
com possíveis depoentes]

2.2 [seleção contratação de profissionais e [23/01/20123 [27/01/2013]


equipamentos;
3 Produção
3.1 [Filmagens ] [28/01/2013] [06/02/2013]
3.2 [Recuperação e implantação de esculturas] [28/01/2013] [05/02/2013]
4 Pós-Produção / Finalização
4.1 [Montagem/Edição] [08/02/2013] [10/03/2013]
4.2 [Trilha sonora, Mixagem, Correção cor, [04/03/2013] [10/03/2013]
Finalização]
5 Comercialização / Exibição
5.1 [Exibição TVE Bahia] [20/03/2013] [20/03/2014]
5.2 [Exibição nas localidades onde foi gravado] [29/03/2013] [07/04/2013]
Prazo total da execução (em meses): [03]
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Em qual das etapas se encontra o projeto? [2]

Locações (Descreva as principais locações e o período de filmagem em cada uma).


Cidade, Estado e País da Locação Período (indicar se dias ou semanas)
[Feira de Santana, BA] 02 dias
[Monte Santo, BA] 02 dias
[Canudos, BA] 02 dias
[Jeremoabo, BA] 02 dias
[Paulo Afonso, BA] 02 dias

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

16. Equipe Técnica


(Relação de equipe técnica confirmada para a realização da obra cinematográfica. Indicar nome, função, principais realizações
e resultados profissionais dos membros da equipe confirmados, se houver).

nome Função
Tuna Espinheira Diretor Cascalho,
Wiltonauar Moura Prod. Executivo Finding Josef,...
Juraci Dórea Artista Plástico Projeto Terra
Josias Brasil Montador/Editor Isto É Chapada, Paraguaçu,
Jefter Moura Cinegrafista

Toda equipe ainda não foi definida, pois aguardamos o apoio financeiro.]
Links complementares
Regulamento Geral do PRODAV
link: http://fsa.ancine.gov.br/normas/regulamento-geral-do-prodav

O PRODAV é um programa de ação governamental organizado com base nos


recursos do Fundo Setorial do Audiovisual e destinado a induzir o
desenvolvimento do mercado brasileiro de conteúdos audiovisuais.

Este Regulamento estabelece diretrizes e condições para a aplicação dos


recursos do Fundo Setorial do Audiovisual nas ações do Programa de Apoio ao
Desenvolvimento da Indústria Audiovisual – PRODAV, instituído pelo artigo 4º
da Lei nº 11.437, de 28 de dezembro de 2006.

Manual de Cobrança do Retorno do FSA


link: http://fsa.ancine.gov.br/sites/default/files/Manual_de_Cobranca_do_Retor
no_do_FSA.pdf

Este manual foi elaborado de acordo com as regras estabelecidas nos


contratos de investimentos com o objetivo orientar e esclarecer os principais
pontos sobre a forma de cálculo utilizada para a obtenção do valor de retorno
devido ao FSA.

Norma de Entrega Padrão 704 - EBC


link: http://www.ebc.com.br/acessoainformacao/wordpress/wp-
content/uploads/2012/04/norma_formato_padrao_entrega_conteudo_audiovisu
al_Nor_704.pdf

Norma de Formato padrão de entrega de conteúdo audiovisual em alta


definição

Guia de Orientação de Prestação de Contas do FSA


link: http://fsa.ancine.gov.br/sites/default/files/GUIA%20DE%20ORIENTA%C3
%87%C3%83O%20PARA%20PRESTA%C3%87%C3%83O%20DE%20CONT
AS%20DO%20FSA.pdf
Equipe da Oficina de Qualificação de Projetos

Linha de Produção de Conteúdos destinados às TVs Públicas

Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura

(61) 2024-2843 / (61) 2024-2888


GuigoPadua
Lígia Rachid
Jéssyca Paulino

Fundação Joaquim Nabuco / CANNE

(81) 3073-6718
cursos.canne@gmail.com
Pedro Severien
Daniel Harten
Sandra Fitipaldi

Unidade Técnica de Gerenciamento da Linha

UT CENTRAL

(11) 3545-3073
Ester Marçal Fér (utcentral2@gmail.com)

UT SUL

(51) 3230.2822
(51) 3230.1586
Marina Volpatto (utsul.marina@gmail.com)
Edinho Costa (utsul.edinho@gmail.com)

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