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RESUMO

A idade média, também conhecida como a idade das trevas, ou da escuridão,


durou dez séculos. Foram 1000 anos de idade media, onde nada na sociedade
avançou, onde a Igreja deteve a maior parte do poder. Por ex:. A política era
baseada na Igreja que junto com a nobreza decidiam tudo que ia ser e acontecer
com a sociedade, não se pensava em filosofia nem em outras ciências. Um dos
motivos, para esse momento ser conhecido como a idade das trevas (escuridão)
isso fez com que a base da sociedade tivesse uma vida bem pobre, eram
camponeses e servos. Acima, tinham os Nobres acima dos nobres, a igreja e acima
da igreja o Rei
Os artistas trabalhavam somente para igreja. Os quadros não podiam ser
assinados, não se pensava em profundidade e perspectiva. Nenhuma decoração, ou
seja, nada que não fosse especificado antes pela igreja podia ser feito nos quadros.
Nem pensar em colocar molduras enfeitadas. O artista não tinha domínio sobre a
sua própria pintura.
As pinturas por sua vez, eram representações de fatos bíblicos. Uma forma
de fazer com que a pessoas que na maioria dos casos eram analfabetas,
entendessem algumas passagens da bíblia, já que as mesmas eram rezadas em
Latim, e a maior parte do povo não sabia o idioma e eram obrigados a assistirem.
Só, que o que parecia eterno uma hora teve fim, as coisas foram mudando.
Quase um milagre social. As pessoas já não eram mais decapitadas e nem
queimadas na fogueira por serem considerados bruxos ou hereges. Era uma nova
vida surgindo, uma nova sociedade pairando, mostrando a “cara” Era o
Renascimento “despontando no horizonte” trazendo à tona a esperança de
mudanças, de um mundo de novidades e liberdade.
Politicamente, houve uma mudança muito benéfica, sociológica e
filosoficamente também. Os homens pensadores desse momento, voltaram à idade
antiga pra se basearem em algo próspero e racional para que essa nova sociedade
desse certo.
Artisticamente, a mudança foi muito rica e providencial; os maiores artistas
desse momento, estavam em Veneza e a evolução em suas obras foi sem igual. A
perspectiva, que antes era impensável, foi o que mais esses artistas estudaram e
puseram em prática nesse período. Isso fez uma diferença absurda nas obras de
arte em geral.
Podemos ver as pinturas da idade média e comparar com as pinturas do
renascimento que vemos uma mudança genial e de bom gosto, pois agora, no
renascimento eu podia pensar, fazer cálculos e dar o melhor de mim nas minhas
pinturas e esculturas ( perspectiva e profundidade ) Um estudo levado muito à sério
pelos mestres do renascimento, como por exemplo, Rafael, na pintura: Escola de
Atenas, Leonardo da Vinci , com a Monalisa que demonstra uma profundidade sem
igual e Michelangelo em dois momentos, um na escultura Pietá, onde desepka todo
o seu conhecimento sobre o corpo humano, seu volume e tem ao mesmo tempo
uma sensibilidade que só se encontra depois de muito estudo.
Michelangelo, perto do final de sua vida, ainda foi contratado pela Igreja,
dessa a vez a igreja como mecenas, pra pintar o teto da capela Cistina. È um dos
momentos mais belos do Renascimento. Vê-se nas formas de algumas figuras que
lá estão pra eternidade, que, sem o estudo de toda uma vida, Michelangelo não
conseguiria o êxito que conseguira, porém foi tão cansativo para o artista, que ele
volta apenas depois de seis anos pra fazer o fundo da capela, onde ele retratou o
juízo final. Anjos e demônios brigando pra ver quem leva a alma dos homens
primeiro. As expressões são impressionantes e em cada detalhe se vê um gênio,
que com uma idade já avançada, deu ao mundo esse presente.
Leonardo da Vinci, por sua vez, rapidamente desenvolveu uma técnica
conhecida como chiaroscuro, em português, Claro-escuro, e o sfumato foram
técnicas inovadoras pra dar a impressão de que um lado estava mais claro que o
outro ( luz e sombra ).e assim, como Michelangelo, também, foi um dos maiores
estudiosos do corpo humano, para a sua pintura ficar mais real, dizem que o mesmo
dissecava cadáveres pra saber como eram as camadas da pele dos músculos. e até
mesmo os ossos. Esses dois gênios levavam muito á serio a pintura.
Se eu pudesse escolher um homem que representasse o renascimento, eu
diria que quem o fez melhor, foi Leonardo da Vinci, não só por sua Monalisa, mas
sim por tudo o que ele estudou. Se no momento anterior ao dele, não se podia
pensar em estudar a fundo algo, da Vinci fez isso em mais de 15 ciências. Da
botânica à Matemática, passando por invenções de maquinas que lembravam o
helicóptero e o tanque de guerra, isso quase 500 anos de essas maquinas existirem.
O mais emocionante nesse período, foi o artista poder assinar a sua obra, já
que antes isso não acontecia.
O mar mediterrâneo, também foi um grande fator para a ascensão do
Renascimento Italiano. Pois um pedaço da península Itálica ficava nesse mar e era
parada obrigatória para as embarcações que vinham do oriente. Muitas novidades
chegavam em Roma antes do resto da Europa., assim, Roma enriqueceu e detem
as maiores facetas advindas do Renascimento cultural

O Mecenato,
O mecenato, foi uma prática que se iniciou no renascimento, e fez com que os
artistas não se preocupassem com dinheiro, pois os Mecenas, que eram os novos
Burgueses, patrocinavam esses artistas pra fazer suas obras. A única desvantagem
é quando o artista ia fazer um quadro na casa de um desses patrocinadores, quem
comandava essa pintura era o próprio e não o artista. Mesmo assim com esse
patrocínio, o artista tinha tempo de pintar e ir com a sua tela para rua vende-la.
Como muitos sabem, na idade média a Igreja não dava ao artista liberdade de
pintar da maneira que ele entendesse. Nem assinar a obra eles podiam, mas no
Renascimento, surpreendentemente, a igreja também agiu como mecenas. Um
exemplo, foi a “igreja” encomendar à Michelangelo a pintura da Capela Cistina.
Em fim, uma produtividade sem precedentes, uma modificação salutar na
política e filosofia e um mundo de descobertas mostrando a face.
1.ESCOLHA DO TEMA
A importância do Renascimento Italiano ( com suas características ) e a
prática do mecenato como impulsionadora e financiadora do Renascimento cultural.
A igreja, também como Mecenas.

2.PROBLEMATIZAÇÃO
Qual a importância do mecenato para o renascimento cultural, sem
ele não haveriam artistas, como seriam feitas as artes?
E o papel da Igreja, modificou muito da idade média até o
renascimento, com relação aos artistas?

3 JUSTIFICATIVA
Sabemos que a nossa cultura atual, nada seria sem o renascimento,
mesmo o Brasil não existindo ainda naquela época, consegue refletir em algumas
culturas os aspectos importantes do renascimento cultural. A cultura do mundo
inteiro, deve algum aprendizado ao Renascimento. Seja nas técnicas inovadoras, ou
nas tentativas de se fotografar pessoas pintando. Assim como fez Leonardo Da
Vinci, com a Monalisa.
Seria o mundo o mesmo sem o renascimento ? Teria outro momento
para vir depois de séculos de escuridão.
Renascer foi preciso, quanto no sentido de precisar acontecer, como
no sentido de firmeza em suas abordagens não só culturais, mas em todas as
camadas da sociedade.
As mudanças ocorridas influenciaram todo um continente, depois o
resto do mundo.

4- OBJETIVO GERAL
Trazer à tona toda importância de um movimento que mudou o mundo
e que durou apenas 300 anos, dando início assim a idade moderna. Sem o
renascimento o mundo moderno talvez não existisse. Poderíamos estar ainda
vivendo sob o domínio da Igreja, sem avanço social e politico algum. Agora fica
muito difícil de imaginar, mas a idade média durou 1000 anos.

5- OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
 Elucidar o que foi o Renascimento.
 Demonstrar as suas características e peculiaridades.
 O Mecenato.
 A Igreja como mecenas
 Renascimento cultural

6- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
A base de minha abordagem segue de pesquisas feitas em artigos de
Peter Burke, em leituras de sites como Brasil escola, que tem uma das referências
mais importantes para o meu trabalho, como a de Tales dos Santos Pinto, que fala
efetivamente de mecenato, Graça Proença, Nicolau Svcenko e o grande mestre
Gombridge.
Através destas leituras, pude situar a criação feita cem anos antes de se
chamar renascimento cultural, descobrir que o renascimento também foi importante
em Portugal, Alemanha e Espanha e ter toda uma base mais concreta pra poder dar
vida a esse TCC.

7- METODOLOGIA DE PESQUISA
Foram feitas pesquisas em livros diversos e artigos sobre os assuntos,
renascimento e o mecenato. Percebi que o assunto mecenato, tem pouca coisa em
livros, esses eu achei os textos, os mais curiosos em artigos da internet. Queria ir
além do comumente falado., para poder fazer um trabalho que fosse o mais perto do
satisfatório, mesmo assim, sobre o renascimento, coisas se repetem de livro em
livro.
A teoria do meu TCC, é composta por resumo de leituras sobre o
renascimento cultural, politico, filosófico e sociológico, trazendo no escopo, o
Mecenato. Discorrer sobre esse tema foi bem difícil pois me faltava literatura,
mesmo assim consegui o bastante pra realizar de forma genuína meu TCC
Foi difícil chegar a essa quantidade de informação, mas valeu o esforço.

A importância do Renascimento Italiano e a prática do Mecenato como


impulsionadora e financiadora do Renascimento cultural.

O nome Renascimento foi dado no séc. XVI para descrever a mudança no


mundo que veio após a idade média, que surgiu um século antes, ou seja. Um
século de produção artística importante, mudança politica e filosófica ainda sem
nome.
Na idade média, as atividades comerciais diminuíram muito, porém algumas
cidades cresceram se desenvolveram e enriqueceram, devido ao comércio mercantil
com o oriente. A posição geográfica da península itálica beneficiou cidades como:
Roma, Florença, Gênova e Veneza. Isto aconteceu por causa do Mar mediterrâneo.
As embarcações tinham de parar antes de qualquer lugar, na parte sul da Península
Itálica, assim, essas cidades recebiam as novidades e os comerciantes que as
compravam, revendiam por preços maiores, o que fez essas cidades estarem
sempre à frente em tecnologia, manufaturas, cristais, joias e tecidos.
Essa prosperidade fez surgir uma nova burguesia e essa burguesia, pra ser
reconhecida passou a financiar artistas, escritores e alguns músicos, fazendo nascer
assim a arte renascentista. Claro que esses artistas recorreram a idade antiga, pois
devemos lembrar que a idade média foi a idade das trevas, nada de importante
culturalmente aconteceu que pudesse influenciar aristas e intelectuais de todas as
áreas.
O Renascimento dá início a Idade Moderna.
Essa força não foi por acaso, a Itália não foi escolhida pra ser a representante
maior do renascimento, mas a sua posição geográfica, com grande parte no mar
Mediterrâneo e com cidades modernas como Florença, onde nasceram os artistas
mais importantes desse movimento, tais quais: Michelangelo Buonarroti, a
colocaram no centro do Renascimento, pelo menos cultural. Lembrando que o
renascimento não aconteceu somente na cultura, mas também na sociedade, na
política na esfera econômica e filosófica, fora, todas as outras ciências. Então se
tratou de uma revolução. A Europa inteira foi influenciada pela Itália
O desenvolvimento renascentista se dá entre o séc XIV ao XVI, na Itália. Os
sábios bizantinos influenciaram algumas cidades como, Pisa, Gênova, Veneza e
Florença e os árabes, mantinham contato de comércio com a Italia
A sociedade renascentista, como o nome diz, fez com que as coisas
revivessem de forma nova. As relações sociais, um novo comportamento no
trabalho, no lazer. As moradias eram diferentes, ou seja, houve uma nova
concepção de vida, não houve apenas uma mudança na cultura artística, mesmo
sendo ela exaltada e difundida.
A sociedade se voltou ao passado greco-romano clássico que trazia no seu
bojo que o homem é a medida de todas as coisas. Isso influenciou a arquitetura, as
artes o pensamento politico e filosófico.
O homem do renascimento, passa a valorizar muito mais as qualidades
humanas, o mundo nesse período passa a ser um lugar de alegrias, descobertas e
realizações. Mas o homem, não perde a crença em Deus, apenas contesta uma e
outra ideia da Igreja e seus dogmas. Isso abriu uma porta pra novos estudos e assim
novos conhecimentos que ficaram esquecidos na idade medieval, lembrando
sempre que no renascimento a razão ( racionalismo ) era o mais importante. Isso
significa em se recusar a acreditar em tudo aquilo que não tenha sido comprovado
Uma nova forma de enxergar a natureza também surgiu na vida social e
científica desse período, através da teoria heliocêntrica de Copérnico.
No renascimento cultural o naturalismo veio à tona nas concepções artísticas,
aprofundando os estudos matemáticos e a técnica da perspectiva que dá
profundidade aos desenhos, deixando-os mais próximos da realidade, como quem
quisesse retratar algo;
O pensamento medieval dizia que o homem só podia acreditar em Deus e a
seus representantes aqui na terra, que era o clero. O homem devia devoção à Deus
e com isso deveria se afastar de valores mundanos ou contrários ao que a Igreja
dizia ser certo, já os artistas renascentistas se voltaram à cultura da Antiguidade
Clássica para buscar as dimensões ideais da figura humana ( racionalismo ) e a
representação quase fidedigna da realidade. Os homens passaram de apreciadores
da natureza, para estudiosos dela e procuravam imitá-la com precisão, enaltecendo
o valor do homem ( humanismo ). Nesse sentido, a individualidade do artista passa
a ser valorizada, de forma mais genuína que no período medieval, em que nada
disso era possível

Características do Renascimento

O Antropocentrismo:
que era o homem como criação suprema de Deus e no centro do universo era
uma das principais características da Idade Média, deu lugar ao homem.
Teocentrismo virou antropocentrismo.
O Racionalismo:
Que era o uso da razão. Só assim o homem podia chegar ao conhecimento e
isso se dava através da ciência. Razão e ciência nesse sentido caminham juntas.
O Individualismo:
O homem quer se auto afirmar, ter sucesso, satisfazer suas ambições, poder
mostrar seu talento e até mesmo atingir a fama, porém individualmente, provando
que ele sozinho podia ter sucesso, não precisando do coletivo.
O Clacssismo:
Que era, o artista resgatar a idade antiga pra fazerem as suas obras. Como
citei acima, não havia inspiração vinda da Idade Média.
Nas Artes
Nas artes, durante quase toda a idade média, os artistas não podiam assinar
as suas obras, os artistas tinham que obedecer algumas normas, seja ela da Igreja
ou da realeza, nesse caso, estou falando da Igreja. Nesse enlace, o artista não tinha
como realizar uma estética mais humana nas pinturas. Existiam determinações
muito específicas e como quem pintava eram o grupo de pessoas. Um mestre e
seus discípulos, não há a quem atribuir nenhuma dessas obras., isso termina no
Renascimento, que traz o ideal da liberdade e consequentemente do individualismo
e o racionalismo. È então, nesse momento em que surgem o artista como
conhecemos hoje, um criador individual e independente, que pode fazer da melhor
maneira para se expressar em suas obras, colocando nelas o seu sentimento e suas
ideias.
O racionalismo e humanismo, assim como a preocupação com a ciência, que
pode ser aplicada nela própria, pode ser encontrada em diversos estilos, tais quais:
Pinturas, esculturas e arquitetura.
No final da idade média e no renascimento, os artistas tinham uma visão
científica do mundo. O resultado dessa afirmativa é a aplicação do uso dos estudos
da perspectiva e o uso do chiaro scuro. Isso torna a pintura cada vez mais próxima
da realidade, tendo assim o realismo.
MASACCIO (1401-1428) Foi o primeiro a seguir a fidelidade do real, como
reprodução fiel das coisas assim como vemos. O seu realismo é tão bem feito, que
parece que o artista quer te convencer que a cena que ele pintou é real. Nos
quadros “Adão e Eva” expulsos do paraíso e “São Pedro cura os enfermos” são
constatados os recursos da pintura renascentistas e a atitude que quer convencer o
fator humano das figuras retratadas, isso nos mostra a concepção que o homem do
século XV faz de si mesmo, do mundo e do criador se alterou o passado ficou pra
trás.

NA ARQUITETURA, Foi Fillipo Burnelleschi,(1377-1446), o primeiro escultor


a fazer edifícios com o equilíbrio racionalista, humano. Proporções razoáveis.
Brunelleschi, além de escultor, foi pintor e leitor da poesia de Dante, tinha
conhecimentos matemáticos e geométricos. Assim, foi como construtor, e como
construtor realizou seus maiores e mais importantes trabalhos, que foi a cúpula da
catedral de Florença, que era conhecida como a igreja de Santa Maria del Fiori a
Capela de Pazzi que comparada as construções da idade Média, como as
construções góticas, era bem pequena, mas foi feita com esses conhecimentos, que
depõe a favor do poder de ser humano. Nessa obra Burnelleschi, alcançou todos os
méritos da arquitetura renascentista, aí, “já não é o edifício que possui o homem e
sim o homem, mas este que, aprendendo as leis do simples espaço, possui o
segredo do edifício” ( Bruno Servi)

O Mecenato.
Para reduzirmos as duvidas que possam pairar sobre esse assunto, vou
tentar trazer de forma muito sucinta o que significou o ato do mecenato.
Mecenato é originariamente uma prática de estímulo à produção cultural e
artística, que consiste no financiamento de artistas e de suas obras. proteção política
e prestígio social.
A palavra deriva de Caius Mecenas, político romano, ministro e conselheiro
do Imperador Otávio Augusto. Mecenas era um membro da classe dos cavaleiros e
um rico cidadão romano que foi incumbido pelo imperador a financiar a produção
artística e literária de vários nomes de vulto da cultura romana, como os poetas
Virgílio, Horácio e Ovídio, bem como o historiador Tito Lívio.

Houve também o “seculo de Augusto”. Otavio Augusto foi imperador de Roma


e pode ser entendido como o 1º Mecenas conhecido. Augusto incentivava
financeiramente os artistas de Roma pra fazerem Templos, teatros, anfiteatros e
esculturas.

Otávio uma vez disse: “Orgulho-me de ter encontrado uma cidade de tijolos e
ter deixado uma cidade de mármore”.

Isso aconteceu em Roma antiga e com o advento da Idade Média, essa


prática enfraqueceu, os artistas não puderam mais viver exclusivamente do seu
trabalho, como a idade Média durou mil anos, foi esse o tempo que o ato de
incentivar as artes e dar uma vida digna ao artista voltou, e voltou com tudo.
Porém, durante o Renascimento Cultural europeu e com o enriquecimento
de uma parcela dos comerciantes que habitava cidades da Península Itálica durante
esse período, a prática do mecenato foi reavivada.

Leonardo Da Vinci, Sandro Boticelli, Michelangelo Buonarotti, Rafael Sanzio,


entre outros, foram financiados pelos mecenas do Renascimento. Esses eram
homens que enriqueceram com os comércios ou com atividades bancárias.
Destacaram-se no mecenato Italiano os comerciantes: Lourenço de Médici, Cosme
de Médici, Galeazzo Maria Sforza que foi Duque em Milão e Francisco I, que foi rei
da França..
Urbano VIII, chefe da Igreja católica, foi um dos grandes patronos das artes.
Até por que nem todos os artistas conseguiam apoio dos mecenas. Alguns
artistas viviam de exposições nas ruas. Essa prática, não era vista com bons olhos
pela classe artística, a exposição feita nas calçadas e praças era considerada algo
inferior.

Por isso, a maioria dos artistas preferia uma relação de trabalho particular,
quase um emprego. Os Mecenas pagavam mensalmente a alguns artistas que
deviam ir regularmente fazer manutenção de obras que os mesmos já fizeram ou
produzir coisas novas.

Esse modelo contratual tinha coisas boas e ruins. As coisas boas estavam
ligadas aos salários que recebiam regularmente, então os artistas não tinham
preocupações em estar sempre produzindo pra vender. As coisas ruins , estavam
ligadas à limitação da criatividade, pois como eles recebiam pra fazer, quem decidia
cores, tamanho, temas e luz eram os mecenas.

É importante destacar que através da pratica do mecenato a produção cultural


foi impulsionada. E isso fez renascer grandes reformas, não só para a arte, mas
para o campo das ideias. As ideias renascentistas tiveram uma grande contribuição,
que lhes permitiu uma propagação mais rápida pela Europa.
O mecenato, então, virou comum. Todas as famílias que ascendiam
financeiramente praticavam o mecenato, a fim de se compararem com os Médicis, a
família mais importante de Mecenas.
Então, o renascimento cultural seria capaz sem essas famílias?
O artista poder assinar a sua obra devia ser algo magistral naquele momento.
Quem tinha dinheiro encomendava as obras dos artistas e isso não fazia a obra ser
de autoria de quem pagou e sim de quem a fez. Era novo naquele momento poder
assinar, ser o autor, poder pintar um tema e ir pra praça vender o quadro que
acabou de fazer.
Tudo que um artista quer é ser reconhecido. Com a igreja comprando seus
serviços o quadro era de Deus, agora, o quadro era de sua autoria, de quem o
produzia. Se a Monalisa tivesse sido feita no momento da inquisição, ninguém
saberia que era de Leonardo da Vinci. Imagina no mundo de hoje, em que sabemos
de todas as suas facetas, a Monalisa não ter autoria conhecida. Leonardo da Vinci,
talvez nem fosse tão conhecido como é. A história da arte teria sido diferente. O
renascimento, talvez tivesse outro nome, fosse outra coisa. A idade média podia ter
definhado muito aos poucos e nó século XV, ainda fosse continuidade da idade
média. Muitas coisas seriam diferentes.
Não há nada mais importante pra um artista do que o reconhecimento, a
fama, o poder de se sustentar com a venda de suas obras. Os Mecenas foram os
principais sujeitos a darem essa possibilidade. Sem os Mecenas, as produções
artísticas não seriam da mesma ordem que foram. Se o artista tivesse que se
sustentar com outra profissão pra depois poder pintar nas horas vagas, esses
artistas não seriam tão completos como foram e suas obras talvez, não fossem tão
belas como são
Os estudos da perspectiva utilizando-se os princípios da matemática e da
geometria nas artes em geral, e na pintura especificamente, são resultado da
interpretação científica do mundo que predominava no renascimento; isso pode ser
observado na ‘Ceia’ de Leonardo Da Vinci e na ‘Transfiguração’ de Rafael, pelo
realismo visual e pelo reaparecimento da representação do espaço e do volume,
através da perspectiva científica Carvalho (2008)..
Como esclarece com maestria Lenoble (1990), vários pintores italianos como
Leonardo Da Vinci, Rafael e Michelangelo mostram na maioria de suas obras temas
religiosos. Entretanto colocam a expressão humana e sugerem aos corpos uma
graça carnal que nada reflete da graça divina. A luz não vem do alto, mas das
invenções humanas, do jogo das sombras, da profundidade produzida pela
perspectiva que surge nessa época,
No Brasil a atividade também ganhou espaço através de nomes como o de
Assis Chateaubriand, responsável por trazer a Televisão para o Brasil e Francisco
Matarazzo Sobrinho, ambos eram conhecidos por sua fortuna e trabalho com
filantropia. Grandes investidores das artes, seus legados são reconhecidos
mundialmente: o Museu de Artes de São Paulo (MASP) e o Museu de Arte
Moderna de São Paulo (MAM). 

A Igreja nesse período também age como mecenas


Com o homem no centro do Universo, os estudos científicos de forma geral,
com mais profundidade em Filosofia, Sociologia, Astronomia e das ciências exatas,
fez o mundo dar um salto em conhecimento.
A arquitetura mudou, o poder de estudar o universo voltou à tona, a politica e
a sociedade tinham estruturas diferentes. Há de se perceber que foram 1000 anos
de atraso. Nada aconteceu do dia pra noite. Lembrando que o Renascimento, levou
100 anos acontecendo sem o nome. Precisou de pessoas fazendo o novo pra que
alguém pudesse perceber que havia algo acontecendo, novidades surgindo, um
mundo renascendo.
A arquitetura do Renascimento, segundo o livro de Era o
resultado de uma justa proporção entre todas as partes do todo. Ou seja um edifício
era todo proporcional. Isso era uma característica do renascimento e uma ideia
contrária ao ilimitado espaço que detinha o Gótico nma idade média.
CONCLUSÃO:
A importância do mecenato no renascimento cultural, foi sim, fundamental
pra que os artistas dessa época pudessem produzir, talvez, as mais belas artes de
toda a história. Artistas como Michelangelo, Leonardo, Rafael Sânzio, Donatello e
outros conterrâneos, presentearam o mundo com belíssimas pinturas, gravuras,
litografias e esculturas. Sem os Mecenas isso não seria possível. Como iriam
sobreviver esses artistas, enquanto pintavam as suas obras, se tinham que se
dedicar ao máximo para que ficassem perfeitas? Não tinham outro trabalho e se
tivessem outro trabalho pra se manterem e nas horas vagas pintassem, não
conseguiriam tamanha qualidade nas suas feituras.
Os mecenas, por sua vez, faziam dos artistas trampolim para sua política
e imagem. Nada mais justo. Cada um ganhava de um lado. Os artistas que podiam
se dedicar totalmente á sua arte, os mecenas que ficavam bem vistos pela
sociedade e nós, que herdamos essas belas artes e as preservamos até os dias de
hoje.

O teatro se revolucionou, com obras históricas, cujos autores foram buscar


nos clássicos greco-romanos suas inspirações. É o caso do italiano Nicolau
Maquiavel (1469-1527), autor da peça teatral ‘A Mandrágora’
A “Commedia dell'Arte” surge no século XVI e teve seu melhor momento, na
Itália, a “Commedia dell'Arte”, assim chamada porque nela, o talento e a capacidade
de improvisação dos artistas sobressaiam o texto literário. Era comum, grupos de
teatros saírem de cidade em cidade, muitas vezes o idioma era diferente, mas isso
não importava, pois o improviso e a graça fazia parte desses espetáculos, então a
atenção, não era nos diálogos e sim nas expressões faciais, nas “pegadinhas” que
os atores muito bem entrosados faziam entre eles, e o ponto máximo, as musicas
cantadas pelos atores. Esses espetáculos deixavam sua marca por onde passava e
igualmente, saudade, pois era um momento de lazer e de muita diversão.
Os personagens fixos, tais como Arlequim, Scaramuccia, Brighela, Pantalone,
etc., os quais desenvolviam sua representação de acordo com as características de
tais tipos.
Os cenários, de acordo com Magalhães Jr (1980), são muito simples um
telão pintado com a perspectiva de uma rua. Na “commedia”, surgem atrizes
representando mulheres. Mais tarde, comediógrafos como Molière, Marivaux, Gozzi
e Goldoni vão inspirar-se em seus tipos. Alencar (2006) ressalta que Molière é
considerado o primeiro diretor teatral, da forma como é concebida atualmente:
ensaiando longamente os espetáculos, atento aos menores detalhes. Para explorar
os melhores talentos de sua trupe, adaptava os papéis aos atores. Outro importante
autor desse período foi William Shakespeare, autor de cerca de 35 peças entre
dramas históricos, tragédias e comédias, que até hoje são representados com
sucesso, tanto na Inglaterra como no resto do mundo (Alves, 2009)

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