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09/05/2020 Questionário 3

Painel / Meus cursos / Obras Públicas de Edificação e de Saneamento - Módulo Planejamento / Aula 3 / Questionário 3

Iniciado em sábado, 9 mai 2020, 14:55

Estado Finalizada

Concluída em sábado, 9 mai 2020, 15:53

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09/05/2020 Questionário 3

Questão 1
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

O arquiteto da Prefeitura está elaborando o orçamento analítico das obras de 500 edificações habitacionais, com
recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Sua cidade tem várias lojas de material de construção, com preços
próximos aos praticados em Brasília-DF. Como são 500 unidades habitacionais, é mais vantajoso adquirir a areia
direto do fornecedor, e não das lojas, sendo sabido que a principal jazida de areia fica a 50 km de distância do local
das obras, nas margens de um rio. Necessitando de uma Composição de Preço Unitário (CPU) para o serviço de
alvenaria de tijolos furados (para as paredes), ele pesquisou no “Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
da Construção Civil” (SINAPI), disponível no site da Caixa Econômica Federal, encontrando as composições de custo
unitário (CCU) abaixo. Ciente de que precisaria elaborar sua própria CPU, adaptando aquelas do Sinapi que melhor
refletissem a realidade da obra, ele passou a analisar cuidadosamente cada um dos insumos (descrição, coeficientes
de consumo/produtividade e preços). Ao final, acrescentou 22% a título de BDI, pois o Sinapi apresenta apenas os
custos diretos dos serviços, e não considera as despesas indiretas e nem a remuneração do construtor. Acerca dessa
importante tarefa de análise e adaptação das composições do Sinapi à realidade da obra, assinale cada item abaixo
como Verdadeiro ou Falso.
1ª COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO – SERVIÇO DE ALVENARIA

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2ª COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO – SERVIÇO DE ARGAMASSA

Para construir 100m² de parede, necessitamos antes produzir um volume de 1,10 m³ de


argamassa para unir os blocos cerâmicos (1,10m³ = 100m² x 0,011 m³/m², conforme 1ª
composição = código Sinapi 73982/1); sabendo quanto gastaremos de argamassa (1,10 m³), Verdadeiro
calculamos quanto de cimento precisamos para os 100m² de parede, chegando a 200,2 kg (= 
1,10m³ x 182kg/m³, conforme 2ª composição = código Sinapi 6028).

Para cada 1m² de alvenaria, são necessárias 6,8 horas de servente, bastando somar diretamente Falso
o coeficiente da 1ª composição (0,8h) com o da 2ª composição (6h).

A 2ª composição de custos é muito clara ao afirmar que o preço de cada m³ de areia (insumo
código 370) não inclui o valor do frete, desde o local do fornecedor (jazida) até o local da obra. Verdadeiro
Portanto, esse custo de transporte à distância média de 50 km, deve ser incluído na
composição. 

Cada bloco cerâmico de 20cm por 20cm ocupa uma área unitária de 0,04m² (=0,2m x 0,2m).
Dividindo-se 1m² de parede pela área unitária de cada bloco, tem-se que são necessários ao
menos 25 blocos (1/0,04=25). No entanto, a 1ª composição (código Sinapi 73982/1) indica que
cada 1m² de parede consome apenas 24 unidades de blocos cerâmicos (tijolos). Considerando
ainda que os trabalhadores da cidade não são qualificados, e que alguns tijolos furados Verdadeiro
precisam ser quebrados para fazer os arremates, o arquiteto agiu corretamente ao utilizar, em 
seu orçamento, 26 blocos para cada 1m² (ou seja, admitindo uma perda intrínseca ao serviço,
estimada em 4%), registrando sua opção nos memoriais de cálculo do orçamento
analítico.

Sua resposta está correta.

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09/05/2020 Questionário 3
A questão buscou fornecer um exemplo prático de como analisar composições analíticas de custos, oriundas do Sinapi, a
fim de que os participantes do curso, gestores responsáveis por elaborar ou aprovar os orçamentos de obras,
compreendam a necessidade de sempre analisar criticamente as informações, mesmo aquelas provenientes de fontes
confiáveis, como o Sinapi. Embora a questão envolva alguns cálculos, eles são simples, bastando conhecer as quatro
operações fundamentais da matemática, especialmente multiplicação e divisão (frações). Alguns conceitos importantes
foram trabalhados, como (i) o uso da “composição auxiliar” (ou seja, uma composição de argamassa dentro de outra
composição “principal” de alvenaria); (ii) a inclusão do valor do frete do local de fornecimento até a obra, apenas quando
o preço do insumo exclui expressamente tal parcela; e (iii) noções de perdas toleráveis para os materiais, de acordo com
a natureza dos serviços, devendo ser as mínimas possíveis, para evitar, além do desperdício de recursos públicos, os
prejuízos ao meio ambiente, em observância à “promoção do desenvolvimento nacional sustentável”, conforme art. 3º,
da Lei 8666/1993.
 

Questão 2
Incorreto

Atingiu 0,00 de 2,00

Para determinado serviço contido no orçamento de uma obra pública de edificação municipal, um licitante
ofereceu preço unitário de R$ 108,00/unid., composto por um custo direto de R$ 80,00/unid. e um BDI de 35,0%.
O orçamento base da licitação apontava um custo de R$ 90,00/unid. (de acordo com o Sinapi) e um BDI de
22,2%, calculado de acordo com os padrões de mercado, resultando em um preço de R$ 110,00/unid. Acerca
dos conceitos de custos (direto e indireto) e preços, assinale a alternativa INCORRETA:

 
a. A lei exige que o preço do serviço seja compatível com o de mercado, portanto, o BDI da proposta, elevado em
relação ao patamar de mercado, pode ser excepcionalmente aceito no caso concreto desse serviço específico, pois o
custo reduzido, proposto pelo licitante em função de sua especialização nesse tipo de serviço, compensou o BDI mais
elevado, resultando em um preço final ofertado na licitação que mantém um desconto de R$ 2,00/unid. em relação
ao preço de mercado para o mesmo serviço.  Por exemplo, o art. 43, inciso IV, da Lei 8.666/1993 expressamente
define que são os preços unitários da proposta (e não parcelas desses preços, como só o custo ou só o BDI) as bases
comparativas que devem ser coerentes com os preços de mercado. A jurisprudência do TCU também tem indicado
que as análises orçamentárias devem considerar a comparação “preço com preço”, de modo a ser permitido que os
custos reduzidos compensem eventual BDI um pouco mais elevado para um serviço, desde que o preço final continue
vantajoso para a Administração Pública, em relação aos referenciais de mercado.
b. Para obter o custo referencial de R$ 90,00/unid., o orçamentista observou todas as características do serviço,
conforme memoriais descritivos, especificações técnicas e desenhos, elementos do projeto básico, buscando, no
Sinapi (sistema referencial de custos), o serviço similar, que mais se adequa ao caso concreto, considerando os
consumos de materiais (inclusive perdas naturais do processo construtivo) e as produtividades médias da mão de
obra, as quais devem ser razoáveis perante as condições locais de trabalho.
c. Com um BDI um pouco mais elevado para aquele determinado serviço, embora a proposta seja vantajosa na
assinatura do contrato, com custos reduzidos que compensem o BDI atípico, há que ser ter cuidado ao negociar
preços de serviços novos a serem incluídos por meio de Termos Aditivos. Se, por exemplo, o custo proposto pelo
contratado para o serviço novo for idêntico ao equivalente do Sinapi, o BDI do novo serviço não pode ser o contratado
(35%), devendo ser reduzido ao do edital (22,2%), para que o preço do novo serviço incluído no contrato seja
compatível com o de mercado, cabendo, em qualquer caso, manter o desconto global obtido na licitação.
d. O BDI de 35% não pode ser aceito nem para o serviço em questão e nem para nenhum dos outros serviços da
obra, pois, estando acima do mercado, calculado em 22,2%, o edital deve necessariamente trazer um critério de
aceitabilidade de BDI, limitando individualmente essa importante parcela, para evitar abusos por parte dos licitantes.

Sua resposta está incorreta.


O propósito desta questão é, por meio de um caso prático, numérico, o de mostrar que tanto o custo quanto o BDI não são
parcelas “estanques”, devendo ser analisados de forma conjunta, pois ambos são parcelas relevantes do preço, que é o
parâmetro a ser comparado aos patamares admitidos pelo mercado.

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Questão 3
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

O BDI é conhecido como Bonificação e Despesas Indiretas. A respeito do conceito por trás do BDI, assinale cada item
abaixo como Verdadeiro ou Falso.

Na composição das despesas indiretas de uma obra, é importante relacionar tais despesas a cada Falso
tipologia de insumos considerados, que são os materiais, a mão-de-obra e os equipamentos.

Há erro de classificação ao considerar como despesas indiretas aquelas relacionadas à criação da
estrutura administrativa alocando-as no BDI, na forma de um percentual incidente sobre todos os Verdadeiro
serviços da planilha. 

A parcela “B” do BDI representa um bônus pago pelas construtoras para os operários,   caso
consigam realizar a obra de forma mais Falso
eficiente, reduzindo prazos e desperdício de materiais, conforme prática corrente no
mercado da construção civil nacional. 

A BDI é a margem de acréscimo que se deve aplicar sobre o custo direto para incluir as Verdadeiro
despesas indiretas e o benefício do construtor na composição do preço da obra.

Sua resposta está correta.


A presente questão teve por objetivo trabalhar os conceitos de bonificação e despesas indiretas, passíveis de alocação
orçamentária via BDI. Além disso, define expressamente alguns dos principais serviços que não podem ser alocados no
BDI, como a administração local da obra, bem como os itens de mão de obra, materiais e equipamentos associados à
produção.
 

Questão 4
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

Um orçamento é uma etapa mais avançada que uma estimativa de custos. No caso do orçamento-base de uma licitação,
ele possui nível de detalhamento compatível com o Projeto Básico. A respeito desse orçamento de referência, assinale a
alternativa correta.

 
a. O orçamento sintético é suficiente para constar como anexo do edital de licitação, enquanto as cotações de
preços que o fundamentaram podem apenas fazer parte do processo administrativo, estando disponível para vista dos
interessados que requisitarem formalmente o acesso.
b. O orçamento de referência deve justificar o preço global da obra e, por isso, mais do que os custos diretos, deve
detalhar a parcela de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) da obra, dentre outros itens.
 Este item está correto!
A mesma Súmula TCU n. 258 exige, no orçamento de obras públicas, o detalhamento do BDI, além dos custos e dos
encargos sociais.
c. Na elaboração de um orçamento, a atividade de quantificação dos serviços é uma das últimas antes de calcular o
preço global da obra, pois só faz sentido apropriar os quantitativos de serviços após definidos pormenorizadamente
todos os seus insumos.
d. Como o orçamento de referência se baseia em um projeto básico, e não em projeto no nível executivo, ele não
necessita prever todos os serviços necessários à conclusão da obra, podendo prever algumas verbas adicionais para
suprir as incertezas.

Sua resposta está correta.


A questão procura reforçar que o orçamento vai além de uma mera estimativa de custos. Trata-se de
documento técnico que fundamenta e dá transparência a todos os custos, despesas e remunerações envolvidos
no processo de construção, de acordo com o projeto básico da obra, considerando todos seus elementos:
desenhos, memoriais descritivos, especificações técnicas, memórias de cálculo etc.

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Questão 5
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

Acerca dos tributos que devem constar da composição analítica do BDI de uma obra, assinale a alternativa incorreta.

 
a. O BDI deve considerar o Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de
Serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS). O ICMS é de competência dos
Estados e do Distrito Federal e, no caso das obras, incide basicamente sobre os custos de aquisição de mercadorias.
Ou seja, o ICMS já é considerado na composição de custos unitários de um serviços, ao se apropriar o preço de
determinado insumo material. Portanto, não pode ser considerado em duplicidade no BDI.
b. O BDI deve considerar o tributo Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
c. O BDI deve considerar o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
d. O BDI deve considerar o tributo destinado aos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PIS)

Sua resposta está correta.


A questão buscou apenas reforçar que, à luz da atual legislação tributária, devem ser previstos o ISS, o PIS e a COFINS no
BDI de uma obra, além da CPRB, que é uma contribuição previdenciária sobre a receita bruta, criada para desonerar a
folha de pagamentos, em substituição à alíquota de INSS dos encargos sociais..

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Questão 6
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

A identificação de todos os serviços e atividades técnicas necessárias à conclusão de uma obra é o primeiro
passo para elaborar o orçamento. A fim de conhecer o objeto e detalhá-lo, partindo dos desenhos de
arquitetura e de engenharia (esses últimos usualmente conhecidos como “complementares”), bem como das
demais parcelas do projeto, a exemplo dos memoriais descritivos e especificações técnicas, é necessário
“decompor” (revelar os componentes). Nessa atividade, a principal técnica empregada é a Estrutura Analítica de
Projeto (EAP), que parte de grandes conjuntos da obra (chamados “elementos” ou “instalações”), passando pelos
“componentes construtivos”, para então chegar a pequenas partes dos serviços, como os insumos “materiais”,
conforme nomenclaturas da norma brasileira ABNT NBR 13531/1995.  Acerca da EAP e da decomposição
hierárquica das parcelas de uma edificação, assinale o item correto a seguir.

 
a. A instalação hidráulica de uma edificação é entendida como um conjunto de componentes construtivos, reunidos
com o fim de desempenhar função importante para a operação do ambiente, transportando água da tubulação da
rede pública de abastecimento (ou de poços) até o usuário final, na saída das torneiras.
 Este item está correto.
A instalação hidráulica é um “macroitem” da edificação, imprescindível para a operação predial, reunindo diversos
componentes construtivos (reservatórios, tubos, conexões, registros, válvulas, pias, ralos, bacias, torneiras etc.), que
são formados por materiais igualmente diversificados (metal, plástico, borrachas de vedação, cola etc.).
b. Para a construção de um único banheiro coletivo, em uma comunidade indígena isolada, o orçamento da
obra, partindo dos elementos e instalações, pode ser detalhado apenas ao nível de “componente construtivo”,
pois um detalhamento maior não trará ganhos significativos em termos de uma melhor compreensão do objeto.
c. O cimento, a areia e a brita são exemplos de “elementos estruturais”.
d. A camada de argamassa denominada emboço é aplicada sobre a alvenaria de tijolos cerâmicos, e tem
importante função de resistência aos esforços, pois une todos os tijolos, fazendo parte, portanto, do conjunto
conhecido como “elementos estruturais”.

Sua resposta está correta.


A questão buscou reforçar os conceitos envolvidos na técnica da Estrutura Analítica de Projeto, por meio de
exemplos práticos, mostrando sua importância na 1ª etapa da elaboração de um orçamento, qual seja: a
identificação de todos os serviços da obra, sem qualquer omissão.

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Questão 7
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

 
O engenheiro mais experiente da Prefeitura recebeu uma demanda para avaliar os custos de construção de 720 edificações
habitacionais, de 1 pavimento cada, com recursos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do Governo Federal, em
parceria com os Municípios. As obras visam abrigar famílias que atualmente moram em áreas de risco, mas o orçamento da
Prefeitura está bastante restrito e a avaliação servirá para o Prefeito tomar decisões sobre prioridades de investimentos.
Estudando as regras do programa, o engenheiro confirmou que a área mínima de cada casa deve ser de 39 m². Como a
construção deve terminar antes da estação de chuvas, o tempo para a conclusão do estudo de viabilidade econômica é
reduzido. Considerando a conduta esperada do engenheiro diante da situação, avalie como verdadeira ou falsa cada uma das
assertivas a seguir.

O engenheiro obteve o valor de R$ 1.196,96/m² para o projeto-padrão código RP1Q (residência


unifamiliar popular, de 39,56m²), em seguida multiplicou pela área de cada casa (39 m²) e depois
pelo número de casas (total de 720), chegando a um valor total da ordem de R$ 33,61 milhões. Falso
Apresentou o valor ao Prefeito como sendo aquele suficiente para incluir no orçamento a fim de
concluir todas as obras necessárias para alocar as famílias desabrigadas, da forma mais rápida 
possível, cumprindo a demanda de forma satisfatória.

O prefeito incluiu na demanda a necessidade de avaliar os custos com saneamento para o novo
loteamento. O engenheiro corretamente recorreu ao site do Ministério das Cidades e obteve
valores de referência para abastecimento de água e esgotamento sanitário (R$/habitante, para Verdadeiro
cada região do país). Como a referência estava na data-base dezembro/2010, o engenheiro 
atualizou para a data-base das obras pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC).

O engenheiro optou por usar metodologia expedita, e não por fazer um orçamento detalhado, o Verdadeiro
que é uma decisão adequada ao caso.

Em se tratando de edificações do MCMV, programa de expressão nacional, o melhor parâmetro
para a avaliação econômica é o Custo Unificado Brasileiro (CUB), calculado mensalmente pela Falso
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com base territorial equivalente ao do Índice
Nacional da Construção Civil (INCC). 

Sua resposta está correta.


O objetivo da questão foi reforçar a importância das estimativas de custos para análises expeditas, visando tomar decisões
sobre vultosos investimentos. O valor do Custo Unitário Básico para a maioria dos Estados pode ser obtido no site
http://www.cub.org.br/ , mantido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que traz ainda uma cartilha do
Sinduscon-MG sobre como bem aplicar o CUB. Já os estudos do Ministério das Cidades para obras de saneamento estão
disponíveis em:
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/Referencias_Custos_Globais_Sistemas_Saneamento_Basico.pdf
 
 
 
 

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Questão 8
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

Um gestor público está avaliando o orçamento elaborado por uma empresa projetista, contratada para definir o preço
global das obras de um centro de promoção e atendimento ao turista. Acerca da classificação conceitual entre custos
diretos e indiretos de uma obra, assinale a opção verdadeira.

 
a. Os barracões dos canteiros de obra (usados para escritório, almoxarifado, refeitório etc.) são estruturas
provisórias e, como tal, suas dimensões físicas são indiferentes para o resultado orçado, pois serão desmontados ao
final da obra; por esse motivo, não podem ser alocados nos custos diretos da obra, pois esses custos abrangem
somente os serviços que podem ser fisicamente identificados ao final da obra.
b. Os custos com a equipe de laboratoristas, a qual fará os ensaios de controle tecnológico da qualidade dos
materiais, devem ser classificados como despesas indiretas, sendo incluídos no BDI, pois devem ser rateados por todos os
serviços da obra, já que a mesma equipe fará controle de qualidade do concreto, das madeiras das formas, do aço, e de
todos os demais materiais da obra.
c. Os custos de operação e manutenção do edifício sede da construtora são considerados parte dos custos indiretos,
denominados “administração central”, pois não podem ser calculados e alocados diretamente para a obra em questão,
já que se desconhece método confiável, que garanta alguma precisão ao cálculo, tendo em vista a insuficiência desse
tipo de informações na etapa de preparo da licitação.
 Este item está correto! Os custos de operação e
manutenção do edifício sede da construtora, localizado em São Paulo (por exemplo), são considerados custos
indiretos, pois são incluídos no orçamento da obra, localizada em Pernambuco (por exemplo), por meio de uma taxa
de rateio estimada e incorporada ao BDI, denominada “administração central”, nos termos do art. 9º, inciso I, do
Decreto 7983/2013, e conforme estudos estatísticos com base em contratos anteriores para obras similares; é
praticamente impossível ao gestor calcular qual é a parcela dos custos da sede da construtora que será
especificamente dedicada à obra em questão, pois a licitação deve ser estruturada para ampliar ao máximo a
competitividade, sem qualquer tipo de direcionamento, conforme art. 3º, § 1º, inciso I, da lei 8666/1993, de modo
que são muitas as variáveis desconhecidas (localização, porte e estrutura da sede, quantidade de obras executadas
simultaneamente pela futura construtora etc.).
d. Como a quantidade de operários da obra varia ao longo do tempo, é impossível estimar os equipamentos de
proteção individual como custos diretos, razão pela qual devem necessariamente ser considerados como custos
indiretos, calculados por meio de taxas de rateio tabeladas pelo Ministério do Trabalho.

Sua resposta está correta.


A intenção da questão é sedimentar o entendimento de que, em homenagem ao princípio da publicidade (art. 37 da
Constituição federal de 1988), que rege as contratações públicas, todos os custos possíveis de serem quantificados
na planilha de “custos diretos”, assim devem ser (vide ainda arts. 3º e 4º da Lei 8666/1993).  Apenas os custos ou
despesas que somente podem ser quantificados como uma taxa percentual sobre o valor total da obra
são considerados como custos “indiretos”, possíveis de serem incluídos no BDI.

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Questão 9
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

 
 

 
Na obra de construção de um posto de saúde existem várias ferramentas e equipamentos que são indispensáveis
para que os operários possam cumprir as tarefas determinadas pelo projeto, conforme indicam as figuras. Com
diversos tamanhos e potências, devem ter seus custos adequadamente previstos no orçamento. Acerca da forma de
orçamentação de equipamentos, julgue as alternativas abaixo e marque apenas a verdadeira.

 
a. As ferramentas manuais, de uso individual, tais como a furadeira, o cortador de azulejo e a lixadeira, são
exemplos de equipamentos que devem necessariamente ter seus custos horários apropriados separadamente nas
composições de preços unitários.
b. O custo horário operativo do equipamento somente admite a inclusão dos gastos com combustíveis se o motor do
equipamento for movido a derivados do petróleo (diesel ou gasolina).

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c. Os custos das horas dos equipamentos (operativas e improdutivas) envolvidos na etapa de terraplenagem
devem estar incluídos dentro de cada composição analítica de preços dos serviços envolvidos, de acordo com a
quantidade de horas estimadas para executar uma unidade de volume de movimentação de terra (medida em
metros cúbicos), de modo que o construtor obterá legitimamente seu lucro pelo resultado efetivo (corte,
transporte, aterro) e não apenas pela quantidade de horas que o equipamentos permanece no local da obra. 
 O item está correto! É importante remunerar o equipamento pela efetiva produção, e não pela quantidade
de horas de permanência dele na obra. O interesse da administração pública é na obra concluída. Ao se
remunerar o custo do equipamento apenas quando ele produz, a administração está induzindo o contratado a
trabalhar. Do contrário, caso a administração pague as horas de permanência das máquinas como se fosse um
“serviço” prestado (orçado em horas na planilha sintética), quando o serviço verdadeiro é a escavação, o
transporte ou o aterro, a administração estará estimulando o construtor a buscar justificativas para ficar mais
horas no canteiro, pois assim ele aumenta sua remuneração. É o que o TCU já chamou em alguns julgados como
“paradoxo lucro-incompetência”. O conceito de empreitada envolve riscos assumidos pelo construtor, que deve
quantificar tais riscos e precifica-los no local adequado, que é na taxa de BDI. 
d. Em uma atividade na qual uma retroescavadeira está carregando um caminhão, enquanto o caminhão estiver
parado o custo do salário do motorista não deve ser computado, pois, na prática, ele não está produzindo.

Sua resposta está correta.


A questão objetivou despertar no participante a sensibilidade acerca da necessidade de entender o que está por trás dos
custos dos equipamentos de uma obra. A forma como devem ser orçados os custos como o combustível e o operador
foram exemplificados. Também foi abordado o caso em que os equipamentos são tão pequenos a ponto de serem
considerados como ferramentas manuais, o que não justifica todo o trabalho de apropriar a quantidade de horas de uso,
já que a vida útil é tão reduzida a ponto de serem considerados como itens de consumo corrente, e não como um
patrimônio da empresa. Por fim, um assunto de suma importância: os equipamentos não devem ser pagos “por
permanência”, mas sim pelo resultado, refletido na unidade de medida do serviço que a administração pública deseja
receber, pois tais equipamentos de construção são um meio para se atingir um fim pré-determinado, que é o serviço de
engenharia, ou a obra em si.

Questão 10
Correto

Atingiu 2,00 de 2,00

O prefeito recebeu recursos federais para executar uma obra de esgotamento sanitário em seu município, pormeio de um
Termo de Compromisso firmado no contexto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As Leis de Diretrizes
Orçamentárias, bem como o atual Decreto 7.983/2013 exigem que os preços do orçamento da obra estejam abaixo de
sistemas referenciais de custos da administração federal. Com respeito a esses sistemas, indique a resposta correta.

 
a. Por serem obras que contam com recursos federais, é necessário que os preços dos serviços respeitem os preços
do Sinapi, que é o “sistema nacional de pesquisa de custos e índices da construção civil”.
 Este item está
correto. O Sinapi é o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, que divulga
mensalmente os custos e índices da construção civil. A gestão do sistema é compartilhada entre a CAIXA e o
IBGE, sendo o primeiro responsável pela base técnica de engenharia (especificação de insumos, composições de
serviços e projetos referenciais) e pelo processamento de dados, enquanto o segundo responde pela pesquisa
mensal de preço, metodologia e formação dos índices.
(http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programa_des_urbano/SINAPI/index.asp). A
obrigatoriedade do uso do Sinapi como referencial oficial de preços remonta às Leis de Diretrizes Orçamentárias
(LDOs), desde 2003, sendo atualmente obrigatório pelo comando doart. 3º do Decreto 7983/2013.
b. Por serem recursos de transferências voluntárias, os preços devem estar coerentes com aqueles indicados pelo
Siconv, que é o “sistema de custos para fins de convênios e instrumentos congêneres”, dentre os quais se encontram
os termos de comprimisso.
c. Por serem obras que contam com recursos federais, é necessário que os preços dos serviços respeitem os preços
do Siasg, que é o “sistema de avaliação de custos governamentais”, do governo federal.
d. Por serem recursos do PAC, os preços da obra estão limitados aos preços do SisPAC, que é o “sistema
orçamentário para obras do programa de aceleração do crescimento”.

Sua resposta está correta.


A questão teve por objetivo mostrar as diferenças de finalidade entre o Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil), usado como balizador de preços, e outros sistemas informatizados do governo
federal, como SisPAC, Siasg e Siconv, usados para monitoramento de avanço orçamentário, financeiro e físico de
obras custeadas com recursos federais.

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