Revolução Francesa (em francês: Révolution française) foi um período,
entre 1789 e 1799, de intensa agitação política e social na França, que teve um impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu. A monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos entrou em colapso em apenas três anos. A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país.[1] Antigos ideais da tradição e da hierarquia de monarcas, aristocratas e da Igreja Católica foram abruptamente derrubados pelos novos princípios de Liberté, Égalité, Fraternité (em português: liberdade, igualdade e fraternidade). As casas reais da Europa ficaram aterrorizadas com a revolução e iniciaram um movimento contrário que, até 1814, tinha restaurado a antiga monarquia, mas muitas reformas importantes tornaram-se permanentes. O mesmo aconteceu com os antagonismos entre os partidários e inimigos da revolução, que lutaram politicamente ao longo dos próximos dois séculos. The French Revolution (French: Révolution française [ʁevɔlysjɔ̃ fʁɑ̃sɛːz]) was a period of radical political and societal change in France that began with the Estates General of 1789 and ended with the formation of the French Consulate in November 1799. Many of its ideas are considered fundamental principles of liberal democracy,[1] while phrases like Liberté, égalité, fraternité reappeared in other revolts, such as the 1917 Russian Revolution, [2] and inspired campaigns for the abolition of slavery and universal suffrage. [3] The values and institutions it created dominate French politics to this day.[4] The causes are generally agreed to be a combination of social, political and economic factors, which the existing regime proved unable to manage. In May 1789, widespread social distress led to the convocation of the Estates-General, which was converted into a National Assembly in June. The Assembly passed a series of radical measures, including the abolition of feudalism, state control of the Catholic Church and extending the right to vote. The next three years were dominated by the struggle for political control, exacerbated by economic depression and social unrest. External powers like Austria, Britain and Prussia viewed the Revolution as a threat, leading to the outbreak of the French Revolutionary Wars in April 1792. Disillusionment with Louis XVI led to the establishment of the First French Republic on 22 September 1792, followed by his execution in January 1793. In June, an uprising in Paris replaced the Girondins who dominated the National Assembly with the Committee of Public Safety, headed by Maximilien Robespierre.
A Revolução Francesa é o nome dado ao ciclo revolucionário que aconteceu
na França entre 1789 e 1799 que marcou o fim do absolutismo nesse país. Essa revolução, além de seu caráter burguês, teve uma grande participação popular e atingiu um alto grau de radicalismo, uma vez que a situação do povo francês era precária em virtude da crise que o país enfrentava. A Revolução Francesa foi um marco na história da humanidade, porque inaugurou um processo que levou à universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais a partir da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa revolução também abriu caminho para a consolidação de um sistema republicano pautado pela representatividade popular, hoje chamado de democracia representativa. A Revolução Francesa só foi possível graças à popularização dos ideais do Iluminismo. A respeito da importância da Revolução Francesa, o historiador Eric Hobsbawm afirma que
[…] a França que fez suas revoluções e a elas deu suas
ideias, a ponto de bandeiras tricolores de um tipo ou de outro terem-se tornado o emblema de todas as nações emergentes […]. A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, o conceito e o vocabulário do nacionalismo. […] A ideologia do mundo moderno atingiu as antigas civilizações que tinham até então resistido às ideias europeias inicialmente através da influência francesa. Essa foi a obra da Revolução Francesa1. Acesse também: Conheça a história da revolução burguesa que aconteceu na Inglaterra Causas A Revolução Francesa foi resultado da crise política, econômica e social que a França enfrentou no final do século XVIII. Essa crise marcou o fim da monarquia absolutista que existia na França há séculos e da antiga ordem de privilégios que constituía o Antigo Regime Francês. Nessa época, a França era governada por Luís XVI, e a sociedade era dividida em classes sociais, conhecidas como Estados: Primeiro Estado: clero; Segundo Estado: nobreza; Terceiro Estado: povo, definição genérica que incorpora o restante da sociedade francesa.
Em 1789, acontecia na França a revolução que marcaria o fim da Idade
Moderna e início da Idade Contemporânea. A Revolução Francesa causou a queda de uma monarquia, o enfraquecimento da Igreja e o fim da aristocracia. Entretanto, essa foi apenas uma das revoluções que ocorreram no mundo entre os séculos XVIII e XIX, mas por que ela é considerada um marco da história francesa e mundial? Vamos entender, mas para isso, primeiro precisamos compreender o que não ia bem no reino da França em 1789 para que a revolução acontecesse. Veremos que durante as décadas anteriores à Revolução, alguns fatores sociais, políticos e econômicos serviram de fagulhas para o “espírito da Revolução” e foram essenciais para culminar nos acontecimentos que conhecemos como a “Revolução Francesa”.