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PTR-0212 Completação de Poços

Dimensionamento Mecânico de Tubulações


na Completação de Poços
Principais esforços mecânicos
Tração
Pressão interna
Colapso
Torque (rotação , conexões)
Dimensionamento da Coluna de trabalho e coluna
de produção (esforços x resistencias);
Conexões das tubulações

UFRN Julho de 2021


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Principais Equipamentos Tubulares
Colunas de revestimento
Revestimentos e liners de produção
Coluna de trabalho(operação)
Utilizada para realizar as operações
durante as intervenções no poço
Coluna de produção
Utilizada para equipar o poço para
produção
Coluna de teste
Utilizada para realizar teste de formação
Flexitubo
Coluna de tubos sem conexões
Utilizado em condições específicas
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Elementos Tubulares – Aplicações na completação

Comandos (Drill colars –DC)


Aplicado na coluna de trabalho - condicionamento do poço, pescarias e
assentamento de packers
Aplicado na coluna de teste – peso sobre o packer
Tubos de perfuração (drill pipes - DP)
Aplicado na coluna de trabalho - condicionamento do poço, pescarias e
assentamento de packers
Aplicado na coluna de teste – tubulação de teste
Tubos pesados (heavy weight drill pipe - HW)
Aplicado nas coluna de trabalho em poços de alta inclinação
Flexitubo (coiled tubing)
Aplicado como tubulação auxiliar em operações de completação
Aplicado como coluna de produção em casos específicos

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Elementos Tubulares – Aplicações na completação

Tubos de revestimento
Aplicado nos revestimentos e liners de produção

Tubos de produção (tubing)


Aplicado nas coluna de trabalho em poços rasos

Aplicado na coluna de produção do poço

Aplicado na coluna de teste de formação

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Equipamentos Tubulares
Coluna de revestimento
Características ID
Diâmetro Nominal (OD)
Peso Nominal (#/pé)
OD
Grau do Aço
Tamanho do tubo (range)
– R1 (16 a 25 ft)
– R2 (25 a 34 ft)
– R3 (>33 ft)

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Equipamentos Tubulares
Coluna de revestimentos
Tipo de Conexão
• Com luva (T&C , LT&C, ST&C)
• Integral
• Premium
– Vedação metal-metal
– Resistência > Tubo

Conexão Integral com upset


Conexão flush com luva e premium
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Equipamentos Tubulares
Conexão T&C Conexão Integral

FONTE GEKINGENGINEERING.COM
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Equipamentos Tubulares

Exemplos
de conexões

FONTE GEKINGENGINEERING.COM
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Equipamentos Tubulares
Nomenclatura dos revestimentos
7”- 26 #/ft – N80 – BT – R3

Range (tamanho do tubo)


Tipo da rosca (BT=Buttress)
Grau do aço
Peso linear (lb/ ft)

Diâmetro nominal (diâmetro externo)

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Dados de revestimento

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Elementos Tubulares
Comandos (Drill colars –DC)
Fornecer peso para broca ou assentamento de
equipamentos
Manter coluna tracionada
Aumentar rigidez da coluna de trabalho
Especificação API-SPE 7-1
Comando liso
Identificação do comando
Diâmetro externo (OD)
Peso linear (#/pé)
Diâmetro interno (ID)
Conexão (Rosca)
Acabamento externo
Ressalto para elevador.
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Elementos Tubulares
Tubos de perfuração pesados (heavy weight drill pipe - HWDP)
Transição entre comandos e tubos de perfuração
Aumentar peso sem aumentar rigidez
Pouco usado na completação

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ElementosTubulares
Tubos de perfuração (Drill Pipes – DP)
Contato físico entre a superfície e o fundo do poço
Passagem para o fluido de completação
Transmissão de esforcos mecânicos para sub-
superfície
Identificação do DP
Diâmetro externo (OD)
Peso linear (#/pé)
Diâmetro interno (ID)
Conexão (Rosca)
Upset (ressalto)
Tool joint (reforço para abertura
da rosca)
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Equipamentos Tubulares
Tubos de perfuração (Drill pipes - DP)
Dados técnicos
Corpo do tubo
Conexão (tool joint) – com reforço e sem
reforço
Classe de trabalho
Novo
Usado
Premium
Classe 1
Classe 2

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ElementosTubulares
Tubos de produção (Tubing)
Identificação do Tubo de
Produção
Diâmetro externo (OD)
Peso linear (#/pé)
Diâmetro interno (ID)
Conexão (Rosca)
Upset (ressalto)
Classe de trabalho
Novo
Classe 2 – (0 a 15%)
Classe 3 – (16 a 30%)
Classe 4 – (31 a 50%)
As propriedades mecânicas dos DPs e tubos
Classe 5 > 50% (sucata)
de produção dependem da classe de trabalho

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LEITURA DE DADOS
TECNICOS

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Elementos Tubulares – Resistência e Esforços
Mecanicos
Especificação da Resistência Mecânica das Tubulações
Especificações API e Normas ISO
• Resistência à tração

• Resistência a pressão interna

• Resistência ao colapso

• Resistência à torção

• Resistência à flexão

• Resistência à compressão

• Trabalho com presença de H2S (sour service)

• Trabalho em ambientes corrosivos

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Elementos Tubulares – Resistência e Esforços
Mecanicos
Valores da resistência mecânica das tubulações são tabelados e
fornecidos pelos fabricantes

Ruptura
Escoamento

Fonte: Belarby, 2009

Os metais das tubulações apresentam redução do limite de


escoamento com o aumento da temperatura (temperature
deration). Esta de redução é considerada de 0,03%/F para aço
carbono a partir de 70 F
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Elementos Tubulares – Escoamento (Yield stength) e Tensão máxima (Tensile Strength)
Fonte: Belarby, 2009

Tensão O API SPEC 5CT (Norma ISO 11960) especifica


Escoamento máxima os valores mínimos e máximos do limite de
escoamento (Yield Strength) e o valor mínimo da
Tensão máxima antes da ruptura (Tensile
Strength) para cada grau de aço usado nas
tubulações de coluna de produção e
revestimento.
O Yield Strength representa o início da região de
escoamento do material após o limite elástico.
O Tensile Strength representa a tensão máxima
obtida no ensaio de tração uniaxial antes da
ocorrência do processo de ruptura da amostra.

Em termos práticos, deve-se utilizar o valor


mínimo do limite de escoamento definido pela
API 5CT para o dimensionamento e utilização
das colunas de produção e revestimentos.

Fonte: API SEC 5CT/ISO 11960 2001 Ir p/ primeira página


Elementos Tubulares – Resistência
Resistência
Limite do carregamento líquido que uma tubulação pode
suportar em condição segura.
• Resistência ao carregamento simples

– Tração

– Pressão Interna

– Colapso

– Torque

• Resistência ao carregamento combinado

– Bi-axial

– Tri-axial

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Elementos Tubulares – Resistência à Tração (Uniaxial)

Resistência à tração
Tração de escoamento (joint yield strength)

RT e = As   e
Tração de ruptura (joint tensile strength)

RT r = As   T
A s = área da seção transversal da parede da tubulação

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Elementos Tubulares – Resistência à pressão interna

Resistência à pressão interna – (burst)


Definido pela API 5CT (1999)

 2  e  t 
RPI = Tol   
 D 
D = diâmetro nominal(externo) da tubulação

t = espessura da parede da tubulação

Tol = Fator de tolerância para irregularidades (diminuição da


espessura no processo de fabricação dos tubos)

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Elementos Tubulares – Resistência ao Colapso

Resistência ao colapso – (colapse)

Definido pela API BULL 5C3 (1999)

• 4 tipos de resistência ao colapso

• Equações obtidas a partir de ensaios mecânicos (2488


testes)

• O tipo de equação a ser aplicada depende da relação


diâmetro/espessura da (D/t) e do grau do aço da
tubulação

– Escoamento

– Plástico
Aumento do D/t
– Transicional

– Elástico

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Elementos Tubulares – Resistência e Esforços Mecanicos
Comparação dos diversos modos de colapso

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Elementos Tubulares – Resistência ao colapso com
esforço bi-axial
Limite de escoamento (fymn) =  e

( D / t ) yp ( D / t ) pt ( D / t ) te

Escoamento Plástico Transição Elástico

FONTE API TR5C3 Ir p/ primeira página


Elementos Tubulares – Resistência ao Colapso
Resistência ao colapso – (colapse)

Definido pela API BULL 5C3 (1999)

• 4 tipos de resistência ao colapso (elástico , transicional, plástico e


escoamento)

• Equações obtidas a partir de ensaios mecânicos (2488 testes)

• O tipo de equação a ser aplicada depende da relação


diâmetro/espessura da (D/t) e do grau do aço da tubulação

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Elementos Tubulares – Resistência ao colapso

Resistência ao colapso plástico (plastic colapse)


 A 
RCp =  e  − B − C
D t 

Resistência ao escoamento (yield colapse)


 (D t ) − 1
RCy = 2 e  2 
 ( D t )  Ir p/ primeira página
Elementos Tubulares – Resistência ao colapso

Resistência elástica (colapse elastic)


46,95  10 6
RCe =
(D t )(D t ) − 12

Resistência transicional (transitional colapse)


 F 
RCt =  e  − G 
 (D t ) 

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Elementos Tubulares – Resistência ao esforço bi-axial

Carregamento bi-axial
Tensão axial (tração)
• Aumenta a resistência à pressão interna

• Reduz a resistência ao colapso

Compressão axial
• Diminui a resistência à pressão interna

• Aumenta a resistência ao colapso

Redução da resistência ao colapso


Calculada como a redução do limite de escoamento devido a carga de tração na
tubulação   
2
  
 
 ba =  1 − 0,75  − 
a a
 e
   e   2 e 

Tração uniaxial  a = Ta As

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Elementos Tubulares – Resistência ao esforço tri-axial

Carregamento tri-axial
Tensão axial a
Tensão radial r
Tensão tangencial t

Resistência tri-axial
Limite de escoamento e

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Elementos Tubulares – Principais Esforços Mecânicos

Causas de carregamento axial (tração ou compressão)


Peso próprio da tubulação

Variações de temperatura

Efeito pistão

Variações da pressão no poço

Curvatura do poço

Flambagem da tubulação

Forças de arraste – drag

Operações de pescaria

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Elementos Tubulares – Esforços Mecânicos

Causas de carregamento por pressão


interna
Aumento da pressão no interior da
tubulação
• Testes de pressão

• Acionamento de equipamentos operados por


pressão

• Bombeio de fluido pelo interior da tubulação

• Dilatação volumétrica de fluidos confinado no


interior da tubulação
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Elementos Tubulares – Esforços Mecânicos

Causas de carregamento por colapso


Aumento da pressão no exterior da tubulação
• Testes de pressão no anular externo

• Acionamento de equipamentos operados por


pressão no anular

• Bombeio de fluido pelo exterior da tubulação

• Dilatação volumétrica de fluidos confinados no


anular

• Redução da pressão interna da tubulação

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Elementos Tubulares – Esforços Mecânicos – Peso próprio

Peso próprio da tubulação


Componente não apoiada do peso linear x comprimento da tubulação
descontado o valor do empuxo (fator de flutuação)

No poço
W poço = FW  F f
 fluido
Ff = 1−
 aço

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Elementos Tubulares – Esforços Mecânicos - Temperatura

Variações de Temperatura
Variações no comprimento da tubulação com variações de temperatura causam
cargas axiais de tração ou compressão quando a tubulação está impedida de
se movimentar em ambas as extremidades.

Dilatação ou contração térmica LT = −CT  T  L


FL
Lei de Hooke L =
A E
Carregamento axial pela
FT = −CT  E  T  ( Ao − Ai )
variação da temperatura

Tração Compressão

T  0  FT  0 T  0  FT  0
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Elementos Tubulares – Esforços Mecânicos – Efeito Pistão
Efeito pistão

Variações da pressão atuando em uma seção transversal da


tubulação.
pacima

pabaixo
F pistão = p  A F pistão = p  A
FpistãoL
Lei de Hooke L pistão = 
As E
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Elementos Tubulares – Esforços Mecânicos - Pressão
Variações na pressão do poço – efeito balão e balão reverso

 = coef .Poisson
 = 0.3

Fb = 2  ( Ai pi − Ao po )

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Elementos Tubulares – Análise Triaxial (3D)

Aplicada em poços complexos onde a análise uniaxial


pode conduzir a erros de dimensionamento
Poços profundos

Poços com alta pressão e alta temperatura (HPHT)

Poços com trajetória complexa (design wells)

Poços horizontais ou desviados de grande extensão

Poços de injeção de vapor

Poços com características não convencionais

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Elementos Tubulares – Análise Triaxial (3D)
Critério de Von-Mises

Calcula-se o valor da
tensão triaxial e compara-
se com o limite de
escoamento da tubulação

 VME   e
A tensão desviatória de
Von-Mises representa a
carga líquida triaxial.
O limite de escoamento é a
resistência do material

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Elementos Tubulares – Análise Triaxial (3D)

Tensão axial é calculada em função das forças atuantes na


seção transversal da tubulação

Tensões radiais e tangenciais são calculadas a partir da


equação de Lamé (resistência dos materiais)

𝑝𝑖 𝐴𝑖 −𝑝𝑜 𝐴𝑜 (𝑝𝑖 −𝑝𝑜 )𝐴𝑖 𝐴𝑜


𝜎𝑟 = -
(𝐴𝑜 −𝐴𝑖 ) 𝐴𝑜 −𝐴𝑖 𝐴

𝑝𝑖 𝐴𝑖 −𝑝𝑜 𝐴𝑜 (𝑝𝑖 −𝑝𝑜 )𝐴𝑖 𝐴𝑜


𝜎𝑡 = +
(𝐴𝑜 −𝐴𝑖 ) 𝐴𝑜 −𝐴𝑖 𝐴

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Elementos Tubulares – Análise Triaxial (3D)

Para A=Ao (diâmetro externo da tubulação)

𝐴𝑜 −𝐴𝑖 𝑝0
𝜎𝑟 = = −𝑝0
𝐴𝑜 −𝐴𝑖

2 𝑝𝑖 𝐴𝑖 −𝑝0 𝐴𝑜 +𝐴𝑖
𝜎𝑡 =
𝐴𝑜 −𝐴𝑖

Para A=Ai (diâmetro interno da tubulação)

𝜎𝑟 = −𝑝𝑖

−2 𝑝0 𝐴0 +𝑝𝑖 𝐴𝑜 +𝐴𝑖
𝜎𝑡 =
𝐴𝑜 −𝐴𝑖

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Elementos Tubulares – Dimensionamento

O dimensionamento das tubulações considera o


efeito do carregamento (load) e agentes que atuam
em sentido oposto ao carregamento (back-up)

O efeito líquido é comparado com a resistência da


tubulação reduzida por um fator de segurança

RESISTÊNCIA
CARGA − BACKUP 
FS
MODO DE CARREGAMENTO FATOR DE SEGURANÇA (FS)
AXIAL (TRAÇÃO E COMPRESSÃO) 1,3
PRESSÃO INTERNA 1,1
COLAPSO 1,1
TRIAXIAL 1,25

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