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UN-RNCE – Suporte Técnico – Engª de Poço

CURSO: Equipamento de Poço


EQUIPAMENTOS DE SUBSUPERFÍCIE Analisaremos cada componente separadamente mostrando
seu funcionamento e sua função no poço bem como os
São todos os itens componentes da coluna de produção do requisitos básicos para sua especificação técnica.
poço. Neste conjunto temos itens que fazem parte intrínseca
da coluna de produção como os próprios tubos, os packer’s, ¾ BOCA DE SINO
mandris de gás-lift, válvulas de segurança, válvulas de
circulação tipo camisa deslizante, niples de assentamento, Equipamento posicionado na extremidade da coluna de
juntas de expansão e/ou separação, etc e outros que são produção para servir de guia para reentrada de ferramentas
utilizados no poço não solidários à coluna de produção: descidas abaixo da extremidade da coluna, durante operações
tampões permanentes e recuperáveis, equipamentos de efetuadas por dentro (through tubing) da mesma com Arame
controle de fluxo recuperáveis por arame, etc. (Slick-Line), Cabo Elétrico (Wire Line) ou Flexitubo (Coil
Tubing).

O próprio nome sugere sua função. A extremidade em forma


de cone dirige as ferramentas para o interior da coluna
evitando que as mesmas fiquem presas abaixo da coluna.

Extremidade da coluna com Boca de Sino

¾ SUB DE PRESSURIZAÇÃO

Equipamento componente da coluna de produção que tem por


função principal tamponar provisoriamente a coluna permitindo
que a mesma possa ser pressurizada internamente para
acionamento de equipamentos operados hidraulicamente,
como por exemplo, Packer’s, Pump-Out’s, Âncora Hidráulica,
etc. Outra utilidade seria testar a estanqueidade da coluna de
produção após instalação da árvore de natal. Uma vez
cumprido sua função de sub de tamponamento temporário, no
caso do tipo “HTPS” (Hydro Trip Pressure Sub) fabricação
Baker, elevamos a pressão no interior da coluna até o
rompimento da sede e liberação da esfera para o fundo do
poço. A coluna ficará sem obstrução ao fluxo ou à descida de
equipamentos com Wireline: ocorre um restabelecimento do ID
da coluna (o tubo 2.7/8” 6.5lb/pé possui drift de 2.347” e o ID
da HTPS 2.7/8” rompida é de 2.375”). Esta propriedade e sua
construção com caixa-pino permite que a HTPS possa ser
posicionada em qualquer ponto da coluna. A versão de HTPS
Dupla trata-se do mesmo equipamento com duas sedes para
utilização suplementar. Cada sede recebe uma esfera de
diâmetro diferente o que permite repetir seu papel de sub de
pressurização ou, alternativamente desenvolver uma função
posterior de “Check-Valve”, para evitar perda de fluido no caso
de ser necessário um amortecimento do poço sem
desassentamenbto do packer.

Carlos Francisco Sales de Souza


Eng. Petróleo - Mat.: 032.469-4
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CURSO: Equipamento de Poço
Sua grande utilidade é para operações de maior precisão no
rompimento da sede-membrana como nos trabalhos de
“Extreme-Overbalance” ou em poços de vapor já que a
vedação da membrana é metal-metal.

top sub membrana botton sub

HTPS.

¾ SHEAR-OUT

Tem a mesma função da HTPS, no entanto pode ser descida


com sede tamponada (coluna vazia) ou com sede vazada para
receber uma esfera. Tem o incoveniente de somente poder ser
descida na extremidade da coluna. Possue perfil interno
biselado para facilitar reentrada de ferramentas na coluna ¾ NIPPLE DE ASSENTAMENTO
após o descarte da sede para o fundo do poço.
Os nipples (perfis) de assentamento são “sub’s” diretamente
enroscados na coluna de produção que possuem uma área
interna polida de vedação e um recesso interno para
ancoragem dos equipamentos de controle de fluxo. Servem
para alojar, em profundidades bem definidas, tampões (para
isolamento de intervalos), válvulas de contrapressão (para
impedir perda de fluido para formação), suspensores de
instrumento (descida de registradores Amerada), colocação
de chokes de fundo para limitação de vazão, etc. São
especificados pelo diâmetro interno da área de vedação
interna polida.

Existem dois tipos de Niples de assentamento, os


“SELETIVOS” e os “NÃO-SELETIVOS”.

Os niples seletivos (mod “F” Baker ou “X” Halliburton)


possuem uma área polida para desenvolver a vedação contra
as gaxetas dos equipamentos de controle de fluxo ali deixados
através de operações com arame e também um recesso
interno para promover a ancoragem dos equipamentos. Esses
Shear-out tipo tampão sede descartável. niples podem ser descidos individualmente ou em série na
coluna ou fazendo parte de equipamentos como Válvulas de
SHEAR-OUT TIPO MEMBRANA Æ Trata-se De um camisa deslizante, Válvulas de Segurança, Junta de
dos mais novos componentes da coluna de produção. É um Expansão, etc.
“Sub de Pressurização” que desce tamponado por uma
membrana metálica que rompe com uma determinada O niple não-seletivo (mod “R” Baker e “XN” Halliburton) possui
pressão. O equipamento é impróprio para equipar poço em as mesmas características do tipo seletivo somado à presença
definitivo devido ao obstáculo deixado pela membrana rompida de um batente que reduz seu diâmetro interno e serve como
que impediria qualquer operação de WireLine posterior. Por apoio e retenção dos equipamentos de controle de fluxo. È o
outro lado é extremamente útil nos casos onde não é permitida nipple descido na parte mais inferior da coluna.
a queda de peças (sede, esfera, etc) no poço. Para
tamponamento da cauda da coluna curta em completações
duplas não existe outra alternativa salvo tampões recuperados
por arame.

Carlos Francisco Sales de Souza


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ROSCA ÁREA POLIDA BATENTE (No-Go)
2.3/8”EU 1.87” 1.822”
2.3/8”EU 1.81” 1.760”
2.7/8”EU 2.25” 2.197”
2.7/8”EU 2.31” N/A
3.1/2”EU 2.75” 2.697”
3.1/2”EU 2.81” N/A

Nota: Æ Existe Nipple de Assentamento especial para


alojamento de válvulas de segurança de subsuperfície
controlada da superfície (SSSVSC) que possui além da área
polida e recesso para alojamento de travas também uma porta
lateral de comunicação para conexão de uma linha de controle
hidráulica.

¾ ÂNCORA DE COLUNA

Equipamento componente da coluna de produção de poços


bombeados (BM, BCP) cuja profundidade se situe acima de
1000m. Representa uma verdadeira “âncora” para a coluna
impedindo a movimentação da mesma por ação dos ciclos de
bombeio. Sua instalação em poços profundos é obrigatória
em face dos efeitos de alongação e encurtamento da coluna
que, entre outros efeitos: reduz a eficiência de bombeio;
acelera o desgaste da coluna de hastes e de tubos.

Carlos Francisco Sales de Souza


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Sua instalação demanda a presença de um suspensor de
coluna (T-16-T) ou adaptador especial (KTH) que permita
deixar a coluna tracionada (ancorada). Cálculos são feitos
para se obter um correto esforço de tração a ser impresso ao
equipamento. Seu “assentamento” é feito por rotação da
coluna à esquerda até uma total expansão do anel de cunhas
e fixação ao revestimento do poço. Seu desassentamento se
dá por rotação à direita ou excepcionalmente por tração até o
rompimento do sistema de segurança mantido na posição por
pinos de cizalhamento

No anexo temos um exemplo de cálculo do esforço de tração a


ser deixada na âncora em uma instalação normal de BM.
Normalmente instala-se ancorador de coluna em poços onde a
profundidade de descida da Bomba de Fundo é superior a
1000 metros.

NOTA 1: ÂNCORA DE TORQUE Æ Equipamento


especialmente projetado para ser utilizado em colunas de
produção de poços que produzem por Bombeio de Cavidades
Progressivas. A “âncora de torque” mantém a coluna
estacionária no sentido do arraste promovido pela ação do
rotor/estator da BCP. Sua função é evitar que ocorram
desenroscamentos da coluna de produção ou do estator da
BCP. Deve ser posicionada abaixo do Estator da BCP. É
descida e deixada na posição sem necessidade de qualquer
operação de assentamento. Possui sistema de cunhas que se
agarram ao revestimento evitando que a coluna sofra rotação
à direita, mas permitindo que a mesma tenha movimento
vertical ou rotação à esquerda. Âncora de gás com bloco y especial

NOTA 2: ÂNCORA HIDRÁULICA Æ Equipamento ¾ BLAST-JOINT


especialmente projetado para ser descido em poços
direcionais onde a ação mecânica de girar a coluna é As Juntas de Jateamento foram projetados para resistir à
arriscada ou mesmo desaconselhável. È assentado por erosão provocada pela produção dos fluidos do poço. São
pressurização da coluna aproveitando da presença da Válvula posicionados em frente aos intervalos produtores em
de Pé da Bomba de Fundo. Desassenta por tração. completações múltiplas. Sua superfície possue endurecimento
superficial e seu diâmetro externo equivale ao da luva do tubo,
NOTA 2: ÂNCORA DE GÁS Æ Equipamento descido abaixo conservando o diâmetro interno do tubo de produção normal.
da Bomba de Fundo para promover a separação do gás São fornecidas nos tamanhos de 10 ou 20 pés de
produzido, “ventilando” o mesmo para o espaço anular e comprimento.
admitindo somente óleo para a sucção da bomba. Este efeito é
conseguido forçando-se uma mudança de direção do fluxo de
fluido para o interior da bomba. Esse procedimento previne
contra “Bloqueio de Gás”.

Ancora de Gás (ilustração) força o desvio do fluxo em 180º


para provocar uma separação de parte do gás produzido
associado ao óleo.

Carlos Francisco Sales de Souza


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Sistema j-pino / j-slot

LEGENDA:

1 – Posição de descida com camisa pinada ao mandril e J-


Pino na posição superior.
2 – Tração na coluna rompe pinos de cizalhamento e a camisa
se desloca para cima e J-Pino fica na posição inferior do J-
Slot.
3 – Posição de liberação: após a quebra dos pinos deve-se
arriar peso e colocar o J-Pino na posição superior do J-Slot,
então aplica-se torque à esquerda enquanto se traciona a
coluna para fazer com que o J-Pino saia da pista vertical do J-
Slot.
4 – Segura-se o torque à esquerda e traciona-se a coluna para
liberação da camisa. Nesse instante o J-Pino percorrerá a
pista inclinada do J-Slot e ocorre a liberação da camisa
¾ CONECTOR DIVISOR COLUNA operando-se a desconexão.
Este equipamento conhecido com On-Off Attachment é ¾ JUNTA DE EXPANSÃO E SEPARAÇÃO
utilizado como item para desconexão da coluna em um
determinado ponto. Normalmente é utilizado quando se tem Equipamento conhecido por TSR (Tubing Seal Receptacle) por
expectativa de substituição da parte da coluna como no caso funcionar como junta de expansão e também separação para
de troca de mandris de gás-lift sem a necessidade de a coluna de produção. O TSR é descido em conjunto com
desassentamento do packer. Pode ser utilizado para packer hidráulico para funcionar como absorvedor do
assentamento de packer hidráulico ou packer mecânico de movimento de encurtamento ou alongamento da coluna e
dupla ancoragem ambos funcionando como tampão dessa forma evitar que sejam transferidos para o packer
recuperável, após o assentamento libera-se o conector/divisor. esforços indesejáveis.

TSR

Carlos Francisco Sales de Souza


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NOTA: O TSR desce conectado imediatamente acima de um
Packer de assentamento hidráulico ou hidrostático ou de um
packer mecânico de dupla ancoragem compatível com o TSR.
Possui uma sapata-guia com um J-Slot para conexão ao J-
Pino existente no mandril. Essa sapata possui alojamento
para parafusos de cizalhamento que prendem a camisa ao
mandril. No mandril existem dois rebaixos para receber esses
parafusos. Cada parafuso rompe com determinada tração
(5.000lb para pinos de latão e 10.000lb para pinos de aço) e
representa segurança adicional durante a descida do TSR.

Existem alguns tipos de sapata com configurações diferentes


de J-Slot adequadas para a operacionalização do
equipamento. A sapata tipo “Blanck” ou sem J-Slot somente
possui os pinos segurando o mandril. Neste caso é
fundamental que se calcule os esforços na coluna para o
correto dimensionamento do número de parafusos a serem
descidos. Os pinos (J-Pino) do mandril e o rasgo da sapata (J-Slot) são
limitados a receberem cargas de 75.000lb. Em situações de
As sapatas mais comuns são: emergência podemos acrescentar mais 20% desse valor sem
que haja danos ao J-Pino e J-Slot.

¾ JUNTA EXPANSÃO TÉRMICA

Equipamento utilizado para absorver a expansão da coluna de


tubos em poços de injeção de vapor. É conhecido como junta
prisioneira em face de não separar a coluna; possui uma
chaveta na camisa e um rasgo longitudinal no mandril que
impede o giro da camisa em relação ao mandril. Essa
propriedade faz com que esse equipamento possa ser
utilizado em conjunto com packer mecânico que necessite de
giro na coluna para assentamento. Fica posicionada logo
acima do packer para absorver a elongação da coluna por
efeito do aumento de temperatura durante a injeção de vapor,
1 – Sapata Blanck Æ não existe J-Slot e o mandril prende-se isolando o packer desses esforços. Possui pinos de
à camisa apenas pelos parafusos de cizalhamento. cizalhamento que prendem a camisa ao mandril, desta forma
podendo ser descida fechada ou aberta, esses pinos são
2 – Sapata Easy-Out LH (Left Hand) Æ o J-Slot é do tipo fácil obrigatoriamente rompidos.
liberação por compressão e giro da camisa à esquerda
seguida de tração na coluna.

3 – Sapata Easy-out RH (Rigth Hand) Æ o J-Slot é do tipo fácil


liberação por compressão e giro da camisa à direita seguida
de tração na coluna.

O TSR é especificado pelo diâmetro externo do mandril polido


e pelo comprimento de seu curso de vedação. Por Ex: TSR
3310 quer dizer que o OD do mandril é 3.31” (3.5/16”) e tem
curso de vedação de 10 pés. O TSR é fornecido com mandris
em seções de 05, 10, 15 e 20pés.

A recuperação do mandril do poço pode ser feita com a própria


camisa e sapata com J-Slot. Caso não se tenha sucesso
existe uma camisa especialmente destinada a “pescar” o
mandril do TSR. Em último caso recorre-se ao pescador tipo
OverShot com garras especiais para agarrar na superfície
endurecida do mandril polido que é revstido com Níquel-
Fósforo ( garras de Incoloy).

JUNTA TÉRMICA
Carlos Francisco Sales de Souza
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¾ VÁLVULA DE CAMISA DESLIZANTE termoplástico de alta resistência que protege as gaxetas
superiores durante a abertura da camisa sob pressão
É um equipamento utilizado para estabelecer comunicação diferencial alta.
entre o espaço anular e coluna através da abertura de uma 2- O selos são fabricados de material não elastomérico de
“janela lateral” operada por arame. alta performance de vedação e baixo atrito dinâmico.
3- Não possui selos de vedação na rosca do adaptador
central. A vedação é feita somente pelas gaxetas
primárias no iterior da camisa e possui ombros inclinados
para energização da conexão de modo a reduzir a
possibilidade de back-off.
4- Pode ser convertida do tipo CMU para o tipo CMD pela
substituição dos subs de topo e inferior.

¾ MANDRIL DE GÁS-LIFT

Equipamento componente da coluna de produção utilizado


para alojamento de válvulas especiais que controlam o fluxo
de gás para o interior da coluna de produção. São utilizados
em poços que produzem por elevação pneumática. Possuem
internamente uma bolsa posicionada lateralmente à passagem
vertical e que alojam as válvulas de gás-lift. Sua construção
com a bolsa excentricamente posicionada permite acesso
vertical ao poço sem nenhuma restrição o que permite a
utilização de vários mandris, em série, na coluna. O acesso a
determinado mandril para substituição de válvulas é feito por
ferramenta especial, descida por arame, os “desviadores” ou
Kick-over tool.

A bolsa lateral possui áreas polidas separadas por orifícios de


comunicação com interior da coluna. Após a colocação da
válvula o fluxo é obrigado a passar pelo interior das mesmas
sendo então regulada a vazão por orifícios especiais. A
VÁLVULAS CMD instalação das válvulas é possível mesmo em poço desviados.
A devida localização do mandril é feita pela ferramenta
NOTA: Æ As “sliding Sleeves” tipo CM da Baker podem ser do desviadora graças a um sistema de orientação que existe na
tipo CMD (abrem batendo para baixo – “downshift-to-open) porção superior do mandril.
ou do tipo CMU (abrem batendo para cima – “upshift-to-
open) conforme a forma de acionamento com arame (slick No detalhe temos a seção transversal do mandril mostrando a
line). Possuem um niple de assentamento seletivo posicionado bolsa posicionada lateralmente ao “bore” “D” da coluna de
no sub superior para instalção de equipamentos de controle de produção.
fluxo ou uma camisa de separação em casos de falha na
vedação.

As especificações de trabalho para colapso, tração ou ruptura


são iguais ao do tubo Grau N-80, temperatura de serviço de
100 a 375ºF com 1.500psi de pressão diferencial máxima no
momento da abertura. Seu acionamento é feito com a
ferramenta de acionamento tipo “B shifting tool”.

A operação de abertura e fechamento deve obedecer aos


limites estabelecidos na tabela abaixo:

Tubo Seal Tração Mínima Tração Máxima


Bore Lb Lb
2.3/8 1.81 400 800
2.3/8 1.87 400 650
2.7/8 2.25 400 750
2.7/8 2.31 400 750
Seção transversal do mandril
Características Técnicas:

1- Possui um anel difusor fabricado em material


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Drenador tipo Membrana (pump-out plug) Æ esse tipo de
drenador é acionado por pressão diferencial interna na coluna.
O disco de ruptura tipo membrana pode ser especificado para
rompimento num range de 1500 a 7000 PSI (variações de
500psi).

Pump-Out.

A vedação entre a membrana e o corpo neste tipo de drenador


é do tipo metal-metal o que habilita esse equipamento para
utilização em poços de injeção de vapor ou poços profundos.

DRENADOR TIPO JANELA Æ Esse tipo drenador pode ser


acionado por pressão interna e, em alguns modelos também
por pressão externa (anular). Compõe-se de um corpo e uma
camisa externa fixada ao mesmo por pinos de cizalhamento
calibrados para rompimento com diferencial de pressão de
1000psi/cada.

Drenador tipo janela


Mandril de gás-lift
SUB DE IMPACTO Æ É o tipo de drenador operado por
¾ DRENADOR DE COLUNA rompimento mecânico de um pino interno semi vazado,
através do impacto de uma barra (torpedo) jogada da
Equipamento utilizado na coluna de produção para garantir superfície. Este tipo de drenador tem o incoveniente de ficar
circulação de fluidos entre seu interior e o espaço anular atravessado no tubo restringindo seu diâmetro de passagem.
coluna/revestimento. Existem drenadores acionados É utilizado em completações provisórias para avaliação (TFR)
hidraulicamente por pressurização da coluna, pressurização de formações produtoras ou teste de coluna.
do anular e drenadores acionados mecanicamente através de
barras de carga jogados pelo interior da coluna. Os drenadores de coluna prestam-se aos seguintes serviços:

Carlos Francisco Sales de Souza


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- Amortecimento de poços; d) Válvula de Gaveta Mestra Acionamento Hidráulico
- Evitar retirada de coluna com “banho de óleo” em poços e) Linha de Controle ¼” (tubinho)
de BM e BCP. f) Comando remoto de despressurização (shut-down valve)
- Em poços horizontais ou quando da existência de i) Painel de Suprimento de pressão hidráulica
restrições na que impeçam a descida de arame.
- Redução de tempo de sonda em amortecimentos de As Válvulas de Segurança de Subsuperfície são equipamentos
poços. componentes da coluna de produção de poços produtores ou
- Teste de Formação. injetores de gás e poços produtores de óleo por surgência
natural ou elevação pneumática (Gás-Lift). São aplicadas em
¾ VÁLVULA DE SEGURANÇA DE SUBSUPERFÍCIE situações onde há previsão da Norma CONTEC N-1860.

A Norma Petrobrás (CONTEC N-1860 de 1982) prevê como Uma classificação prática para as DHSV’s é a seguinte:
barreiras de segurança para o fluxo do poço o seguinte:
- Válvulas montadas na coluna (Tubing Mounted) Æ são
1) Nas operações de produção, em áreas classificadas, decidas diretamente na coluna de produção e sua troca ou
obrigatoriamente, duas barreiras que podem conter o fluxo do manutenção pressupõe a retirada da coluna de produç.
poço:
- Não Equalizável Æ válvulas onde sua abertura se
- Válvula de segurança de subsuperfície (DHSV) com processa em ambiente onde as pressões acima e abaixo do
controle na superfície instalada de acordo com API RP14B. ponto de fechamento (flapper valve) estão perefeitamente
- Árvore de Natal de acordo com o API SPEC 6A. equalizadas. Aqui é necessário intervenção externa para
promover a equalização.
2) Nas operações de instalação ou desmontagem da Árvore
de Natal, ou do conjunto de preventores. Utilizar, no mínimo, - Equalizável Æ válvulas que dispõe de dispositivo interno
duas das seguintes barreiras: que permite uma auto-equalização das pressões acima e
abaixo do ponto de fechamento da coluna, antes da abertura
- Válvula de Segurança de Subsuperfície (DHSV) com da válvula.
controle na superfície de acordo com o API RP14B;
- Válvula de Contrapressão instalada no suspensor de ESQUEMA DA VÁLVULA DE SEGURANÇA DE
produção (extremidade superior da coluna) – BPV; SUBSUPERFÍCIE AUTO-EQUALIZÁVEL MODELO “Well Star”
- Fluido de densidade suficiente para contrabalançar a HALLIBURTON.
pressão da formação;
- Tampões (Blancking Plug) na coluna de produção abaixo
da DHSV.

Sistema hidráulico para DHSV

a) Válvula de Segurança de Subsuperfície


b) Válvulas de Gaveta Acionamento Manual
c) Válvula de Gaveta Lateral Acionamento Pneumatico
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¾ OBTURADORES (PACKERS) passagem preferencial; um elemento de vedação que circunda
esse mandril preenchendo o espaço anular entre o mesmo e
São componentes da coluna de produção ou injeção de poços o revestimento (parede) do poço de modo a impedir o fluxo de
produtores ou injetores. Também são aplicados em trabalhos fluido por esse espaço anular; e por fim o importante
preliminares à completação dos poços: localização de furos no componente de ancoragem para permitir sua fixação numa
revestimento do poço, testes de formação, operações de posição particular do poço.
estimulação, correções de cimentação primária, etc.
É um dos componentes mais importantes da coluna e presente
em praticamente todos os poços produtores ou injetores.
Dentre as principais utilizações podemos destacar:

- Produção ou injeção em um intervalo particular do poço e


proteção do restante do revestimento do contato com os
fluidos produzidos ou injetados e da ação das pressões
envolvidas.
- Possibilidade de produção de mais de um intervalo do
poço de forma simultânea ou seletiva pela utilização de dois
ou mais Packers e somente uma coluna de tubos.
- Pesquisa para localização de furos no revestimento do
poço.
- Isolamento total de intervalos do poço (Empacotamento).
- Permite que se tenha à disposição sempre uma barreira
de segurança representada pelo volume de fluido no anular
coluna-revestimento para “matar” o poço.
- Possibilita a injeção controlada de gás, pelo anular, nos
casos de elevação artificial por Gás-Lift.
- Confinamento da produção ao interior da coluna
possibilitando controle de fluxo pleno no poço.

EXEMPLO ILUSTRATIVO

O Obturador (“PACKER”) nada mais é que uma estrutura


composta basicamente de um mandril compatível com a
coluna de tubos do poço e que oferece ao fluxo uma

Carlos Francisco Sales de Souza


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