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A interatividade do TWITTER e a sua importância como ferramenta para o


ensino de Língua Portuguesa

Ângela Sousa Araújo (PPGL/UnB)1

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo discutir a importância do gênero Tweet
para o desenvolvimento das atividades curriculares no ensino da Língua Portuguesa (LP)
como meio de compartilhamento de informações diversas relacionadas às práticas de
interação social. Propor-se-á reflexões a respeito das características linguísticas existentes no
Tweet, o qual é defendido pelo seu valor de gênero textual. Tratar-se-á, numa perspectiva
reflexiva, sobre a importância do compartilhamento do Tweet no ambiente virtual
denominado Twitter, o qual dispõe de diversos subsídios que circulam na íntegra como forma
de instrumentos aos estudantes no desenvolvimento das competências comunicativas e de
aprendizagem dos conteúdos de LP. A precisão dos textos concisos do Tweet auxilia na
produção textual mais objetiva, clara e sincrônica pelos alunos da educação básica. Temos
como base teórica os estudos de Marcuschi (2010), Antunes (2003), Soares (2006) e Libâneo
(2011) além de outros nomes de imensurável relevância. Vimos no Twitter uma imagem da
era pós-moderna dos gêneros e produções textuais, na qual vemos a escrita sendo reinventada
e reconstruindo-se para adaptar-se ao impetuoso avanço tecnológico, seguindo assim as
delimitações de uma linguagem poliédrica, em outras palavras, verificamos no Twitter a
(re)modelagem da informação, na qual toma para si novas vestiduras e combinações
linguístico-modal por está intrinsecamente voltada aos usos reais da língua escrita refletindo
a legitimidade de cada quadro social na qual o gênero é construído, conduzindo em novas
identidades culturais de seus autores e leitores, de forma a se consolidar a atual identidade do
discurso multimodal. O primeiro tópico irá alvitrar a análise desse contexto blogosférico: O
Micro-blogging Twitter. O segundo fará o estudo das competências comunicativas do Twitter,
nessa concepção Antunes (2003) defende que a leitura é um complemento da competência
escrita, na qual prevalece a interação pragmática de indivíduos. A terceira parte aborda o
Twitter como uma ferramenta escolar no ensino do português. Portanto, o trabalho propõe a
utilização do Tweet em sala de aula como um gênero escolar tal como uma adaptação dos
gêneros “jornal escolar” ou “comunicados” – que são os tradicionais trabalhos no ensino de
LP. Pois, este gênero apresenta capacidades de linguagem de documentação e memorização
das ações humanas, em competências descritivas, ou ainda, em competências argumentativas.
Tendo, no fim, a perspectiva que se trata de um aliado no desenvolvimento de práticas de
leitura e de escrita no contexto curricular de LP, por despertar a participação dos jovens,
rompendo as barreiras de uma educação tradicional linear.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero virtual, Twitter, Tweet.

ABSTRACT:

KEYWORDS:

MICRO-BLOGGING TWITTER
1
Mestranda em Linguística pela Universidade de Brasília (2015). E-mail: angelaaraujo.portugues@gmail.com
2

“O meio é a mensagem.”
(Marshall McLuhan)

O presente trabalho tem a pretensão de propor reflexões sobre os aspectos


linguísticos referentes ao gênero Tweet2 como novo gênero discursivo, no intuito de ser
aplica-lo como ferramenta para o ensino de Língua Portuguesa. Para a fundamentalização
desta pesquisa o suporte teórico considerado são os estudos de Marcuschi (2010), Antunes
(2003), Libâneo (2011), Possenti (1996), Soares (2006) entre outros.
A rede social denominada Twitter foi incorporada no início de 2007, com o construto
de projetar um sistema similar à do SMS (do inglês, Short Message Service) via internet.
Inicialmente, seu primeiro nome não possuía vogal, escrito na forma ‘twttr’(em português:
‘gorjear’ – similar ao som emitido por pássaros), no intuito de, com apenas 140 caracteres o
usuário gorjearia pela rede (que são os Tweets), de modo preciso como o canto da ave.
A plataforma apresenta a possibilidade de todos os usuários criarem e
compartilharem informações instantâneas. Nela3, conforme as estatísticas disponibilizadas
pelo sítio mais de 255 milhões de usuários estão ativos mensalmente; 500 milhões de Tweets
são enviados por dia; 78% dos usuários ativos usam dispositivos móveis; 77% das contas
pertencem a usuários de outros países além de ser disponibilizada em mais de 35 línguas.
O Twitter traz a ideia de escrever o necessário com menos palavras possível,
conforme argumenta SQUARISI (2001), a saber:

Menos palavras e menos letras é sinônimo de mais informação. Entrar na onda


deixou de ser capricho. Tornou-se imposição. A empresa divulga a síntese da notícia
no microblog [twitter]. Os seguidores multiplicam a informação [retweet].
Interagem em tempo real. Todos se tornam simultaneamente emissores e receptores.
(Grifo nosso).

O caráter funcional dessa plataforma é transmitir o maior número possível de


informações ocupando o menor tempo e espaço, em comunicação sincrônica e assincrônica.
Ressalta-se que as redes sociais tendem a criar padronizações de linguagem e concepções
culturais, influenciando em novas modelagens textuais. Conforme Bakhtin (1999), gênero é o
elemento discursivo resultante da interação linguística e social entre indivíduos de diferentes
campos ideológicos ou de uma mesma comunidade linguística, constituído pelo sistema da
linguagem humana, padronizado e classificado, compreendido nos âmbitos da oralidade e da
escrita.
Em cada gênero textual flui a culturalidade da sociedade da qual nasce, refletindo
também seu contexto histórico. Assim, o Twitter é reflexo do avanço tecnológico e das
adaptações da escrita que acompanha a linguagem poliédrica, ou seja, configurada pelas
variadas informações e combinações, recursos e estilos que são inerentes às práticas sociais,
formalizando, desse modo, uma identidade discursiva (ou esfera comunicativa).
Para Bakhtin (1999), os gêneros sempre encontraram seu espaço no contexto
histórico, se adaptando e se inovando para adequar-se a cada nova situação social. Vivendo as
práticas sociais motivadas pela informatização globalizada os gêneros adquiriram um novo
repertório, denominado como hipertextos que são suportes que agregam várias mídias na
constituição da mensagem, revelando-se hipermidiático (MARCUSCHI. 2010, p. 198).

2
https://twitter.com/
3
https://about.twitter.com/pt/company; dados oriundos em maio de 2014.
3

Para Johnson-Eilola (1994), existe uma distinção entre texto e hipertexto, sendo ela a
compreensão de elementos de escrita (texto) que para se caracterizar hipermidiático
interdepende de outros elementos como som e imagem (não textuais, modais), muito presente
em publicações da área da comunicação como TV, Revistas, Jornais, por exemplo. Numa
visão linguística, Marcuschi (2010), argumenta que o hipertexto é caracterizado como uma
probabilidade de dialogar a textualidade em contraste com as teorias textuais e cognitivas,
centrando primordialmente na ideia da produção de sentido.

A ideia era de uma enorme biblioteca, mas com uma grande diferença: todos
poderiam utilizar essa rede para escrever, interconectar-se, interagir, comentar os
textos, filmes e gravações sonoras disponíveis nesse espaço, anotar os comentários
etc (MARCUSCHI. 2010, p. 200).

O efeito de comunicação relacionado aos domínios tecnológicos, sob a ótica


discursiva, permite ao leitor uma interpretação ágil e analítica. Sobre esses conceitos, o
Twitter caracteriza-se em uma forma de cunho hipertextual, ou seja, os textos escritos, as
imagens e os sons, são permitidos para constituição do enunciado. O conteúdo, por sua vez,
pode ser compartilhado pelos diversos seguidores, formalizando, dessa forma, uma corrente
comunicativa entre esses textos.
Segundo Swales (1990 apud BEZERRA, 2006, p. 68), a comunicação é o ápice da
formação e da concepção do que se entende de gênero, afirma ainda que “o propósito
comunicativo que realmente faz surgir o gênero moldando a estrutura esquemática ou
começo-meio-fim do discurso é influenciado nas escolhas de conteúdo e de estilo”.
Desse modo, entende-se que os gêneros se adaptam conforme a comunicação entre
os usuários, considerando que quanto mais pessoas tomam adesão às redes sociais, maior será
o entrosamento linguístico e social. Ainda nessa concepção, a comunicação, normalmente, se
dá via on-line, reunidas em uma esfera discursiva, onde os membros podem ou não ser da
mesma região da qual se conecta, mas se comunicando em sincronia.
O ingresso de novos usuários nessas comunidades sociais se faz pelo mecanismo de
convite pela solicitação de participação do usuário em determinado grupo ou comunidade. No
caso do Twitter, esta opção sucede pelo ícone ‘seguir’, apresentado a seguir:
4

Figura 1 – Modelo de comunidade social no âmbito do Twitter <https://twitter.com> Acesso em 09 de


jun. 2014.

Como se observa, ao clicar, o usuário terá acesso aos variados conteúdos postados
pelos administradores do perfil e às suas próprias postagens, acompanhando na lista de
Tweets (cf. figura-(2)). Nesse espaço, têm-se os Tweets publicados por quem segue.

Figura 2 – Tweets das páginas seguidas <https://twitter.com> Acesso em 09 de jun. 2014.

Os Tweets são as mensagens que circulam na linha do tempo, com escrita limitada
por apenas 140 caracteres. Ademais, visualmente, não possuem caráter multimodal; neles
contêm textos, e permitem a inserção de imagens, arquivos ou vídeos apenas por meio da
inserção de um link: para isso, o usuário precisará copiar o link de determinada imagem ou
arquivo ou vídeo, e inserir o link do elemento no espaço reservado ao Tweet (cf. figura-(3) e
figura-(4)). Contudo, o tamanho do endereço eletrônico pode ser superior aos 140 caracteres,
pois, automaticamente, o suporte compacta os endereços maiores que 30 caracteres,
convertendo-os, em TinyURLs4:

4
TinyURLs - são links compactadores de endereços completos de qualquer site para a moderação de espaço.
Fonte: http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/3174/integracao-com-redes-sociais-como-fazer-tinyurl-twitter-e-
facebook.aspx.
5

Figura 3 – Modelo de Tweet compartilhado de outro ambiente <https://twitter.com> Acesso em 09 de


jun. 2014.

Figura 4 –Modelo de Tweet com uso de imagem em seu ambiente <https://twitter.com> Acesso em 09
de jun. 2014.

Nota-se que os Tweets podem apresentar os gêneros de caráter pessoal, publicitário,


informativo, político etc. Normalmente, as páginas usadas são para o uso pessoal, onde
através delas, os usuários relatam suas atividades, expressam seus pensamentos e opinam
sobre os mais variados assuntos.
Para saber se um evento é o mais comentado na rede, os usuários utilizam a
hashtag(#)5 ou hiperlinks. As hashtags tornam-se hiperlinks, indexáveis por meio de
5
Hashtag - A palavra em inglês – Hash - refere-se a um determinado assunto exposto no corpo dos tweets,
tratado por várias pessoas e que vem acompanhado pelo símbolo do “jogo da velha(#)”, geralmente corresponde
aos assuntos que viram “tendência”, muitas vezes, se localizando no Trending Tropics do Twitter, área reservada
6

mecanismos de busca, a fim de acessarem a discussão o tema de interesse. Ao clicar na


palavra, configurada em hiperlink, os usuários são direcionados à discussão do assunto
interessado. Com isso, a interação favorece o entrosamento e a comunicação entre os
interessados, estimulando novos relacionamentos, espaços e formatos.
É possível que o evento seja curtido, respondido ou compartilhado (designado como
6
retweet ). Por se tratar de um micro-blogging, a informação pode ser compartilhada por outras
redes sociais.
Entende-se por micro-blogging, como uma das formas de publicação de blog, cujos
usuários publicam textos curtos com formato inferior a 200 caracteres, no caso do Twitter são
140 caracteres. Os membros publicam esses textos, semelhantes a frases em seus perfis
públicos ou em comunidades discursivas reservadas. O envio de mensagem varia, sendo
transmitidas através de SMS, e-mail, MP3, mensageiro instantâneo ou pela WEB. Assim
sendo, o Twitter é considerado o mais popular dos micro-bloggings existentes no campo
virtual.
As características de micro-blogging também se estruturam similarmente às redes
sociais Facebook, Tumblr, MySpace, entre outras, por permitirem atualização do status (do
inglês status update). Os tipos de mensagens publicadas seguem a mesma linha das
publicações das plataformas (blogs) que compõem o plano da blogosfera7. São em sua
maioria autonarrativas diárias, semanais ou mensais, trazendo à tona as peculiaridades da vida
cotidiana de seus usuários, de modo complexo e psicológico, pois existe a necessidade de
falar de si, diante de inúmeros “amigos” (termo usado para designar um para outro quando um
deles aceita a solicitação de amizade), seguidores entre outros, questão interessante para uma
discussão futura.
O leitor que frequentemente utiliza o Twitter é designado como “twiteiro”, assim,
como o blogueiro, o orkuteiro, por exemplo. O twiteiro é considerado um agente autônomo
que, procura o conteúdo do seu interesse. Dessa forma, apresenta características frenéticas e
incertas, onde quem lança um novo tweet tem que se inovar sempre para quebrar a
infidelidade do leitor, recorrendo a novos estilos de escrita ou importando novidades e
tendências. Sempre focando um texto objetivo e curto, pois, conforme Squarisi (2011, p. 30),
de uma visão psicológica, quanto menor for o enunciado, maior será a facilidade da
assimilação da informação. Desse modo, a internet favorece o florescimento de novos leitores,
participativos e críticos. Sobre essa possibilidade, a escrita se adequará ao ritmo informático.

O TWITTER E SUAS COMPETÊNCIAS COMUNICATIVAS

Antunes (2003) compreende a leitura como uma atividade complementar da prática


da escrita, de forma que o ato de ler é visto como uma atividade de interação entre sujeitos
compreendendo muito além da mera decodificação de signos, por propiciar ao leitor a
interpretação do que se é lido e do que se está pretendido pelo autor do texto, em suma, a
moldar a competência pragmática.
Trabalhar essas concepções pragmáticas no contexto escolar é o “pontapé” inicial no
desenvolvimento de indivíduos analíticos e contribuintes de saberes variados para diversos
domínios da vida humana. Seguindo as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais da
para classificar os assuntos mais comentados no momento.
6
Quando o usuário não quiser visualizar em sua linha do tempo os retweets de determinado usuário, é possível
Desativar Retweet do usuário indesejado.
7
Blogosfera – Termo usado para caracterizar a comunidade de blogs e micro-bloggins e suas influências no
contexto social e pessoal dos usuários (HOOKWAY, 2008).
7

Língua Portuguesa (PCN-LP, 1998) o processo de leitura executado em sala de aula deve em
cada aluno ir

desenvolvendo sua capacidade de construir um conjunto de expectativas


(pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função do texto),
apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero, suporte e universo
temático, bem como sobre saliências textuais recursos gráficos, imagens, dados da
própria obra (índice, prefácio etc.) (PCN-LP ,1998, p. 50);

Dessa forma, a compreensão da mensagem não se fará única e exclusivamente por


palavras, mas por outros meios semióticos. Paralelamente Barbosa (1994) alega que a leitura é
um processo que está fixamente em mutação, o que estimula a evolução do acervo cognitivo
do leitor, que vai se transformando a cada novo texto.
Ao ler, conforme Antunes (2003), o indivíduo dá significações aos códigos
linguísticos como também vai construindo teorias e amadurecendo suas próprias deduções.
Assim, o usuário do Twitter necessita além de mera alfabetização, mas também de outros
conhecimentos que fazem parte do seu cotidiano. Dessa forma, o usuário/leitor para
interpretar o texto recorrerá ao seu letramento.
Smolka (1989) argumenta que a leitura é uma prática humana, que exige do ser
capacidades reflexivas e conscientes, a qual deva subsair à simples decifração mecânica. Não
se trata de decodificação, mas de uma ação de linguagem por onde se dará uma nova forma de
aprendizagem, oferecendo, assim, o desenvolvimento das habilidades de crítica, de análise e
de acúmulo de conhecimentos à formação de um agente contribuidor e reflexivo.
Refletir sobre “o quê a mais” da leitura na formação e na vivência humana justifica a
importância da análise textual ocorrente na plataforma Twitter. Isso porque, para trabalhar as
inovações escritas, atualmente, exige a apreciação do nascimento dos novos gêneros
discursivos que com características próprias e outras similares aos gêneros padronizados, o
que, consequentemente invadem o cotidiano das pessoas e modificam a forma que encaram a
leitura e a escrita. Diante disso, são relevantes as influências em que as novas tecnologias
conferem aos diversos campos do conhecimento humano, onde a própria linguística não é
indiferente.
Quando se trata de texto classificamo-lo como um conjunto de palavras que juntas
constituem um enunciado, construído em um determinado sistema linguístico, escrito por uma
ou mais pessoas. Mas a concepção de texto abrange conceitos mais reflexivos. Assim,
acrescenta-se a definição que Andrade (2001) traz do termo, pois se apresenta mais coerente a
linha de raciocínio do estudo em questão.

O termo texto é definido como atividade linguística de interação social, visto que se
constrói a partir de uma progressão contínua de significados que se combinam tanto
simultaneamente como em sucessão. Esse significado é decorrente de uma seleção
feita pelo locutor entre as várias opções que constituem o potencial de significado. O
texto é, portanto, a realização desse potencial de significado, é o resultado de um
processo de escolha semântica (p. 125).

Compreende-se na atividade sociocultural que a língua é elemento coordenador e


meio à interação e à aprendizagem. Posto que, ela trabalha em torno da contextualidade e do
assunto isolado, fomentando a elaboração textual, associada aos distintos e correlatos modos e
8

maneiras em que a informação encontra-se vinculada às atividades humanas, prestando,


assim, ao ato da transmissão da mensagem. Quanto a isso, pode-se ressaltar que,

o paradoxo da Variação e da Organização estável dos textos é apenas o reflexo da


natureza mesma da linguagem, definida como sujeita à tradição e, ao mesmo tempo,
subordinada à ação livre dos falantes (ANTUNES, 2003, p. 50).

Assim segunda essa autora, a diversidade produtiva textual oferece vários meios de
elaboração e apresenta muitas formas de recepções. Com o Twitter não é diferente, por
corresponder a um meio de compartilhamento de incalculável gama textual, tem na
“twittada” um novo gênero emergente dentre tantos outros virtuais, como o e-mail, os chats,
a título de exemplificação.
O Tweet similar aos seus colegas textuais de performance virtual, apresenta
características semelhantes aos textos escritos tanto quanto se revela inovador como gênero
discursivo. A estrutura é característica a um bilhete, uma vez que possui emissor e receptor -
trata-se dos nicknames dos usuários, que no envio da mensagem é preenchido de forma
automática-, e onde muitas vezes pode acarretar mais de um receptor de forma simultânea.
Apresenta, ainda, registro automatizado de hora e data; o remetente precisa ser inserido
manualmente precedente ao início da mensagem, ou na maioria das vezes colado8.
Os Tweets não possuem especificação de tema, já que a própria mensagem atua
como temática, e isso pode ser visto nos hiperlinks de textos jornalísticos. O corpo de
mensagem é o ambiente de atuação textual, apresentando: texto; assinatura - que na
linguagem do Twitter corresponde ao nome de usuário, enquanto o vocativo é opcional aos
membros.
Quanto à capacidade de anexação de documentos, no Tweet essa alusão é feita sobre
por meio de links, descritos a seguir.

Os links determinam o lugar da exterioridade textual, porque mostram o momento


da relação do cotexto com o contexto. Explicitam virtualmente o processamento
textual de forma a transformar os blocos informacionais em texto, a partir das
eventuais ‘soldas’ feitas pelo leitor entre as porções textuais propostas por estes
links. (MARCUSCHI. 2010, p. 204), grifo do autor).

Conforme Marcuschi (2010), os links anexados no corpo de mensagem dos Tweets


são elementos interpretativos, que encaminham o leitor à leitura do texto atuando como
articuladores entre leitor e texto. No entanto, os Tweets diferem de muitos dos demais gêneros
virtuais por não possuírem a interação semiótica que se dá por uso de emotions e voz.
A linguagem ora é monitorada ora não, isso porque vai depender de cada membro:
seu nível linguístico, o tipo de receptor, o tipo de mensagem (uma notícia tem que ter
linguagem mais monitorada, porém um convite para um show pode conter informalidades, até
gírias, por exemplo). As competências comunicativas observadas no gênero são competências
do tipo pragmáticas, tecnológica e intercultural (cf. MARCUSCHI. 2010, p. 93). Dessa forma,
não há a possibilidade da paragrafação, pois a própria mensagem é curta e de formato único e
não permite a agregação de arquivos, apenas de imagens, e limitada a uma por cada Tweet.

8
Segundo Jonsson (1997), a colagem é uma ação comum aos textos eletrônicos, a qual serve também para
fragmentos ou a mensagem na íntegra.
9

Além disso, oferece ainda a opção de resposta e de compartilhamento – da


mensagem ou da resposta. Assim como o envio das cartas, o endereço do usuário deve estar
correto para o sucesso do recebimento, e possível resposta. Destarte, o Tweet, seguindo as
concepções de Jonsson (1997), compreende em si muitas qualidades do gênero carta, mas
também faz jus a características similares do telefonema ou aos diálogos entre pessoas frente
a frente, qualificando-se como gênero novo, com distinções formais e discursivas
(MARCUSCHI. 2010).
Assim, nota-se que a sua contextualidade assemelha-se ao gênero carta, telefonema
ou o próprio bilhete, por não conter a interação física, sem contato visual, sem comunicação
corporal, apenas um codinome e frases, imagens e links, que geralmente são superficiais ao
que de fato representa os membros em interação eletrônica. Mesmo no corpo das Mensagens
Diretas9 esse mantém o sigilo das identidades dos usuários na conversa entre os dois
membros. Durante o bate-papo, que tem caráter reservado dentro do sistema, os membros
podem manter suas reais identidades encobertas por codinomes e foto de perfil (foto falsa ou
de qualquer outra imagem que esconda suas características físicas).

O TWITTER COMO FERRAMENTA ESCOLAR NO ENSINO DA LÍNGUA


PORTUGUESA

O aluno do século XXI cresce inserido em um contexto informatizado, e na


construção da sua realidade, os periféricos tecnológicos impõem-se no cotidiano como
elementos influenciadores da conduta social, refletindo-se crescentemente em suas atividades
sociais e no seu desenvolvimento cognitivo. Antunes (2003) argumenta que a aprendizagem
ocorre no dia-a-dia do aluno, exigindo do professor uma postura autônoma e multifacetada,
onde, com o apoio do livro didático conceitue uma prática didática contextualizada e
respeitosa à bagagem cultural dos estudantes.
Em meio às novas tecnologias, por ser de interesse especulativo social, os estudantes
trazem essas ferramentas para o contexto escolar, o que de fato pode ser trabalhado em
contextos de LP de modo plausível e orientado. O próprio PCN (2010) orienta que o ensino
da LP deve considerar as novas tecnologias como práticas culturais da camada discente,
abrindo espaço nas aulas para atividades pedagógicas relacionadas às tecnologias da
informação e comunicação (TIC).

Os sistemas tecnológicos, na sociedade contemporânea, fazem parte do mundo


produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo um poder de
onipresença, uma vez que criam formas de organização e transformação de
processos e procedimentos. (PCN – BRASIL. 2000, p. 12).
A partir disso, esse trabalho propõe a utilização do Tweet em sala de aula como um
gênero escolar tal como uma adaptação dos gêneros “jornal escolar” ou “comunicados” – que
são os tradicionais trabalhos no ensino de LP. Pois, este gênero apresenta capacidades de
linguagem de documentação e memorização das ações humanas, em competências
descritivas, tais como: relatos de vida, viagens, testemunhos, casos, autobiografias ou perfis
biográficos, notícias, reportagens, diário íntimo e muitas outras possibilidades. Ou ainda, em

9
Mensagem Direta – São manifestações comunicativas que ocorrem em caráter sincrônico, no modelo chats,
quando dois usuários relacionam-se privadamente no Twitter, seu apelido popular entre os usuários é DM (do
inglês Direct Message). Possui a mesma configuração operacional e comunicativa dos Tweets com o uso de
apenas 140 caracteres e as mesmas aplicabilidades semióticas, com diferencial apenas de ter uso privado entre
dois membros.
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competências argumentativas: discussões de problemas sociais como os textos de opinião,


reclamações, debates, discursos (de defesa e/ou acusação), críticas, entre inúmeros outros,
proposta que vai ao encontro de Dolz e Schneuwly(1996).
Por conseguinte, o Tweet, como gênero escolar, pode ser aproveitado na progressão
dos conteúdos curriculares adquiridos pelo corpo discente, seguindo a pressuposição de uma
sequência didática nos modelos de Dolz e Schneuwly, por se tratar de um gênero adaptável ao
nível linguístico dos alunos, e por estar imerso em seu cotidiano comunicativo. Permitindo,
dessa forma, a intervenção do docente no desenvolvimento das competências comunicativas,
como a prática discursiva, reflexiva, escrita (formalidade e informalidade) e leitura dos
variados assuntos e acontecimentos.
Dolz e Schneuwly (1996), ao propor sua concepção de interação entre leitura e
escrita, argumentam a respeito do desenvolvimento da autonomia do aprendiz, que é
consequência, em sua maioria, do domínio que este tem da linguagem em diversas situações
comunicativas. Seguindo a concepção desse autor, perfaz-se a importância do gênero Tweet
na análise e amadurecimento desse domínio discursivo pelos discentes. Assim, é conhecida
por Interacionismo Instrumental, que se baseia na transformação dos comportamentos através
dos instrumentos sociais que constroem a realidade sociolinguística do aluno em sincronia
com as influências escolares em geral.
O uso do instrumento comunicativo, Tweet, com base no Interacionismo
Instrumental, possibilita que as aulas de LP sejam ministradas com dinamicidade, pautadas
dentro de um contexto, facilitando, assim à assimilação do conteúdo curricular programado
pelo professor, de forma com que o aluno passe a usar o conhecimento apropriado em sala de
aula em qualquer situação social e linguística, amadurecendo, dessa forma, as concepções de
linguagem e de interação sociocultural, atribuídas por meio de experiências de vida,
gradativamente. Permitindo, ainda, evolução de seu comportamento discursivo de forma
consciente e independente. E pelo grande leque de capacidades de linguagem que o Twitter
apresenta auxiliar o desenvolvimento das práticas de escrita e de oralidade expandindo,
consequentemente, o domínio do estudante para uma variedade de formulações textuais,
desde as mais simples, como as cartas, às mais complexas, como uma notícia ou resenha
crítica.
O Tweet, como gênero escolar pode vir a exigir do aluno mestria de suas
competências linguísticas e mais consciência nas estratégias didáticas formuladas pelo
professor frente às especificidades das práticas de linguagem que são objetos de
aprendizagem. Conforme Dolz e Schneuwly (1996), entre os elementos da programação
curricular, o estudo da linguagem apresenta resultados mais concisos quando se é aproveitado
os gêneros virtuais, por compreenderem, qualitativamente, dados mais precisos de mediação
no ensino de LP quanto às relações sociais dos estudantes.
Quanto à capacidade de linguagem, os Tweets revelam fácil adaptação a diversos
contextos sociais e pessoais, onde se ver refletida na mutabilidade social do educando, fator
que o capacita a selecionar de forma mais consciente suas argumentações discursivas,
adquirindo domínio sobre elas.
O desafio das estratégias de ensino exigirá do professor de LP a capacidade de
seleção de instrumentos de progressão de aprendizagem, onde prevalecerão os atos
conscientes de intervenção social e educativa necessária ao desenvolvimento sociolinguístico
do aprendiz por intermédio da análise dos gêneros que povoam o Twitter.
Segundo Possenti(1996) e Antunes(2003), o professor autônomo precisa
proporcionar condições de aprendizagem da Língua Materna com respeito aos valores sociais
que o aluno carrega consigo. O Twitter apresenta-se colaborador com o ensino de LP ao
apresentar fundamentações pedagógicas similares aos gêneros já simpatizados pela escola ao
mesmo tempo em que, apresenta diferencial de empatia dos adolescentes e das práticas de
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interação social dentro e fora do contexto escolar, estimulando, dessa forma, o aluno a
vivenciar o que é ensinado em sala de aula, e/ou em outras instituições sociais.
Dessa forma, os Tweets, por corresponderem a uma espécie de gênero discursivo,
podem auxiliar nas competências comunicativas dos alunos, por se relacionar com a
concepção de letramento, especificação de gênero, idade, camada social e cultural.
Consequentemente, tratar o Twitter como uma ferramenta auxiliadora no ensino de LP é tratar
de um novo modelo de atividade expansionista de ideias na nova cultura tecnológica,
revelando a importância de estudar os conteúdos interdisciplinares e interculturais oferecidos
por meio desse suporte.
Os critérios pedagógicos para a exploração do gênero em sala são inúmeros, mas em
conceituação geral, o professor pode objetivar, a princípio, trazer determinados contextos
gramaticais, propiciar a evolução de habilidades linguísticas e trabalhar as doutrinas
metalinguísticas que o gênero acarreta e que perfazem o cotidiano do educando.
Atuar com o gênero Tweet em sala de aula é desenvolver nos discentes as
competências pragmáticas - que estimulam a convivência e a interação. Contextualizando o
internalizado com o lecionado - é o ponto de partida, para dentro da sala, criar uma
comunidade discursiva que compartilhando os mesmos objetivos, juntos trabalhem
competências tecnológicas, cujos desenvolverão o “saber fazer, saber manipular os softwares
de produção e gerenciamento” segundo Marcuschi (2010, P. 93). Além de, viverem a
competência intercultural, conhecendo outras culturas e aprendendo a tolerar o que é diferente
e se familiarizando com o novo, com as diferenciações e similaridades entre as línguas, por
meio da aquisição de novos textos. Assim, de acordo com a concepção de Freire (1996), o
aluno, como o professor, também precisa trabalhar (e ter) sua autonomia no processo de
aprendizagem, cultivando em si a praxe da curiosidade de querer saber além do que o ensino
padronizado se dispõe a oferecê-lo.
Com isso, Soares (2006), afirma que o aluno adquire sozinho um número infinito de
habilidades ao longo dos anos, enquanto se submerge nas práticas de leitura e escrita, ao
mesmo tempo em que se desenvolve como ser social. O letramento pede a participação do
aluno no contexto de ensino desenhado pelo professor, onde ele não apenas leia e interprete,
mas também interaja entre gêneros comuns e gêneros emergentes, passando de leitor passivo
para interventor na acuidade textual.
Formatar um ensino que seja um momento de inclusão do aprendiz requer um
mergulho no contexto cultural que o cerca. Trazer para a realidade escolar das crianças o que
já vivenciam em seu cotidiano é estimular uma aprendizagem que as preparem não apenas
para provas de final de bimestre (ou ciclo), mas que as transfigurem para uma vida inteira.
Daí a importância de usar elementos mais próximos ao que veem diariamente.
Logo, deve-se concordar com Libâneo (2011), quando argumenta que a educação
básica para ter qualidade precisa enfatizar quatro objetivos: preparação para o trabalho,
formação cidadã, preparo para a vivência social e o desenvolvimento ético. Onde esse autor
defende que a educação não se limita a um único lugar, ela se desenvolve em vários lugares,
através de inúmeras instâncias. Onde além da família e da escola, ela acontece no ambiente de
trabalho, clubes, academias, sindicatos e entre outros espaços sociais. Mas entre esses campos
em que a educação se desenrola os meios de comunicação são os mais influenciadores na vida
do estudante. Dessa forma, a escola deve ser um espaço de síntese entre as práticas docentes e
da cibercultura,10 como espaço para análises e discussões críticas sobre a produção da
informação, tratando com a comunidade discente a razão do uso e dos objetivos a serem
alcançados utilizando esse gênero. Consequentemente, faz-se essencial à colaboração do

10
Cibercultura: Termo usado por Pierre para explanar a ideia de mutabilidade no ensino ocasionada no sistema
educacional pela cultura tecnológica e a sua capacidade de interação e as consequências de sua exploração pelas
tribos sociais na WEB. Para saber mais sobre leia LÉVY, Pierre. 2002.
12

professor de LP na formação cognitiva do estudante atribuindo significação e análise e de uso


aos diversos gêneros virtuais que circulam pelo seu contexto social. (cf. LIBÂNEO. 2011, p.
29).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo apresentar a importância do Tweet, gênero virtual
surgido com a invenção da plataforma Twitter, contribuindo para o ensino de escrita e de
leitura nos contextos de ensino de LP de modo descritivo-bibliográfico.
Dessa forma, o Tweet quanto a gênero virtual é um dispositivo textual que, conforme
Mendes (2006) atribui às aulas de LP a dialética entre culturas trazidas pelos alunos em
contraste as concepções dentro de um contexto discursivo. O estudo apresenta considerações
importantes do uso do Twitter, na prática escolar como meio de partilha de uma diversidade
de gêneros, e consequentemente, como colaborador aos estudos linguísticos com uma
inovação textual.
É um gênero virtual, intercultural, textual e sociocultural, se expondo como novo
estímulo para professores desafiadores do sistema repetitivo, que buscam alternativas
didático-pedagógicas para explorar ao máximo a ideia de letramento do discente. Atualmente,
o suporte Twitter, um dos micro-bloggins mais utilizado no mundo, tem no Tweet um gênero
que leva a refletir sobre a aprendizagem tanto quanto uma notícia, um bilhete, uma carta, um
e-mail, assim, conforme perspectiva é um aliado importantíssimo para o desenvolvimento de
práticas de leitura e de escrita no contexto curricular de LP, despertando a efetiva participação
dos jovens, rompendo as barreiras de uma educação tradicional linear.

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