Você está na página 1de 6

Capitulo 1

Era uma noite comum, onde o céu estava limpo e a lua no meio de
diversas estrelas as quais ofuscavam a sua própria magnitude. O que só
aumentava minha fixação por esses corpos celestes; eu poderia ficar horas
só observando eles.
Meu quarto se encontra na ala leste do palácio, a área mais alta do palácio
o que facilita a vista para o céu. Eu estou em minha sacada olhando e
fazendo anotações— deveria sair mais com meus amigos, eles sempre me
alertam que as vezes pareço uma maníaca solitária.
Porém quem eu engano, sou estranha em todos os sentidos de nascença e
criação possível. Como alguém de minha linhagem fora nascer com
magia, meus pais tem aversão por magia, acho que nasci errada de todas
as maneiras.
Fui nascer como herdeira de um trono de um país que desprezam seres
mágicos e nasci como uma.
Me desviei de meus pensamentos e desci da sacada e vou em direção a
minha biblioteca particular pegar os livros sobre constelações. Vou em
uma das pequenas pilhas de livros no chão e me sento no tapete felpudo,
olho todos os títulos e pego o meu preferido, As Constelações e seus
Significados para os Povos Antigos.
Abro o livro e o levo até os meu rosto para o cheirar, sou apaixonada por
cheiros antigos de livros eles sempre me lembram que antes de minha
existência viviam pessoas e cada uma delas possuíam histórias que podiam
ser livros nos dias de hoje.
Começo a folhear o livro, uma grande parte de mim acredita que tudo isso
que eles pensavam eram uma extrema besteira, porém sei que uma parte
pequena bem no fundo do meu ser acredita fielmente nesses contos.
Será que esta pequena parte diz sobre meus poderes? —Esta é realmente
uma questão que provavelmente vai me acompanhar resto de minha vida.
Me levanto e vou em direção a sacada novamente, me sento na cadeira e
seguro a carta que se encontra na mesa ao lado.
Querida Astéria
Mesmo estando longe ainda sinto falta de nossas conversas na
madrugada, sua risada, seus beijos, de você próxima a mim, de seus
carinhos e sinto falta de você toda, cada pedaço seu.

Eu sei que fiz algo imperdoável e você tem seu direito de não querer
minha presença. Eu usei você em um momento de vulnerabilidade isto me
torna um verdadeiro monstro em pessoa

Porém mantenho minha palavra de nosso último encontro, sou um homem


mudado e espero que você me perdoe por tudo e pelo o que aconteceu.
Quero que saiba também, que ainda te amo com todo meu coração e sinto
sua falta.
De seu amado Aillard
Eu pego aquela carta e a queimo com as minhas próprias mãos até que elas
se transformem em cinzas. Me levanto e as jogo no precipício de baixo de
minha sacada, agarro na borda da sacada e me acabo de chorar de raiva
daquele cretino.
Por me fazer chorar e por tudo que me fez, possuo vergonha de admitir
que aquele desgraçado me faz sentir assim. Após alguns minutos me
acalmo e limpo minhas lágrimas até que ouço batidas em minha porta.
Desço da sacada e faço a melhor cara possível para atender a pessoa e
também esconder minha cara decadente. Vou em direção a porta e a abro,
então vejo Sophie.
Alteza, desculpe incomodar a senhora esta hora da noite, porém
devo avisa-la que recebi ordens de verificar se estava na cama, já que terá
diversos afazeres pela manhã. --- A pessoa em minha porta era Sophie,
uma das minhas damas de companhia que estava junto comigo a muitos
anos. Ela é uma mulher de beleza comum que se destaca nas demais, pele
cor ouro branco, possui olhos cor avelã e cabelos castanhos com um corpo
que impressiona qualquer homem ou mulher.
Sophie, agradeço pela preocupação pelo meu sono. – Ela me deu
um sorriso de sempre, como um boa noite e retornou para cama.
Realmente já deveria estar na cama. Saio da porta e vou para banheiro,
coloco a banheira pra encher e vou retirando minhas roupas calmamente.
Eu estava vestida com uma calça azul bufante extremamente confortável e
um suéter branco igualmente confortável. O branco do suéter era mais
quente que meus cabelos brancos mais acinzentados ao contrário de
Sophie eu possuía olhos rosas com tons de vermelho e pele bem pálida ao
ponto que se eu passar algumas horas no sol da manhã me queimo, não
sou uma pessoa esguia como Sophie, sou baixinha e um pouco gordinha.
Fecho a torneira da banheira, entro na água quente e relaxo de uma forma
me deixando alheia de qualquer problema no mundo, apenas eu e a água
quente. Saio e visto uma camisola preta e vou em direção a cama que
parecia me chamar, deito e logo apago em uma viagem de ida aos meus
sonhos.
Eu estava no meio de cobertas quentinhas, quando ouço três vozes
femininas falando entre si, naquele momento eu havia percebido que já era
de manhã, lentamente levanto minha cabeça e olho para as moças a minha
frente.
Alteza, bom dia! –Genevivi falou quando me pegou coçando os olhos
enquanto junto com Sophie e Celeste arrumavam o meu vestido para as
reuniões de hoje. Genevivi possui cabelos vermelhos como fogo e pele
negra com olhos verdes esmeraldas e Celeste possui pele branca e cabelos
dourados com olhos azuis com oceano. Todas eram minhas damas de
companhia desde meu 12° aniversario quando as damas de minha mãe
retornaram ser somente dela. Elas além de me arrumarem e desenharem
meus vestidos também eram minhas maiores confidentes.
Então como está o meu dia hoje? – Digo me levantando e Celeste já com um belo
vestido azul marinho em suas mãos, pronta para o ajustá-lo em meu corpo, se
aproximou e o colocou amarrando as fitas localizadas nas minhas costas.
Senhorita, como seus país saíram em viagem de negócios, você terá que
assumir os afazeres de sua mãe, que são: Café da manhã na presença da
primeira ministra e seu marido; logo após isso duas reuniões uma com o
representante Olmel e a representante de Luz. Depois do seu almoço, aulas
com o senhor Frederick e por último a visita da diretora da escola de
magia da província de Melri. —Assim falou Genevivi com a minha
programação em mãos enquanto meus cabelos foram amarrados em coque
adorável por Sophie.

Assim que elas terminaram de vestir as minhas vestes, elas foram arrumar meu
quarto e já eu saí de meu quarto já em direção das escadas para descer para o
primeiro andar. Entre diversos corredores e guardas, me aproximei cada vez mais
da sala de jantar ouvindo vozes vindo da mesma.
Ao entrar no ambiente me deparei com a primeira ministra e seu marido
conversando entre si amorosamente, sempre admirei casais felizes como os dois.
Bom dia – me sentei na cadeira da ponta da mesa enquanto ambos estavam do
meu lado. Os dois retribuíram o bom dia e logo após veio o nosso café.
Então qual o assunto urgente que a senhora quer debater comigo? – perguntei a
ela.
Alteza, acreditamos que os roubos do lado norte do país estão causando diversas
mortes em locais perto das regiões atacadas. Então nós do congresso, optamos
por pedir uma sugestão de Vossa Alteza, sobre qual a melhor decisão sobre isso.
– A primeira ministra falou demonstrando uma grande preocupação em seus
olhos.
Vocês possuem alguma sugestão em mente sobre o que fazer? Porque em minha
opinião a opção mais adequada seria a melhora de segurança na área norte e uma
investigação profunda para tentar encontrar os culpados desses roubos para
depois a justiça os punir. – Falei rapidamente para depois beber um gole da
minha xicara de chá.
É uma ótima sugestão, Vossa Alteza; porém estamos com grandes
suspeitas de que este roubo vem utilizando magia para encobrir os seus rastros. –
Ela falou com receio o assunto mágico.
--- Entendo, então deveremos agir com rapidez com este caso, não
queremos uma revolta da população contra os possuidores de magia. – Também
possuo certo receio já que a magia ainda é pouco conhecida e utilizada, sendo
que antes de meus pais assumirem o trono, ela era proibida. Então grande parcela
dos moradores de nossas terras vê pessoas com magia como amaldiçoadas
mesmo que em nosso território possua umas das maiores escolas de magia do
continente, pensei.

-- Sim, uma revolta agora não seria favorável a condições do país, ainda mais
com detentores de magia. – Ela falou comendo um pedaço do bolo de morango
de seu prato.
-- E houve mortes, feridos ou pelo menos alguém viu estes roubos? – perguntei
olhando Clare, que pelo incrível que pareça ela é apenas cinco anos mais velha
do que eu com 30 anos e o seu marido com a minha idade. Meus pais sempre
tiveram apreço pelas novas gerações assim os favorecendo e divulgando em suas
campanhas de eleição. Clare e seu marido Yuri foram eleitos apenas 2 anos atrás
sendo que seu mandato durara seis anos.
,
Yuri é chefe da polícia de nossa província, á capital, então foi ele o qual me
respondeu.
Nesse caso houve duas mortes que em nossas investigações provavelmente
foram pessoas que acabaram por ver o acontecimento por tanto não há
testemunhas. – Isto não é um bom sinal, visto que eles não possuem medo de
assassinar quem são contra eles. – Falei isso após ele terminar de falar.

Sim, ainda mais que os locais roubados são lugares públicos como bibliotecas e
lojas de produtos mágicos, são esses onde aconteceu a maior parte dos furtos. ---
Yuri falou olhando para sua esposa. Ele e ela são diferentes, porém cada um
possui uma beleza, enquanto Clare é negra com um lindo cabelo crespo preto e
um corpo esbelto, Yuri que tem descendência dos países do leste sua pele é mais
amarelada com olhos puxados e cabelo sendo que a cor deles é preto como
obsidiana.
Quais foram os principais itens roubados? Perguntei a nenhum dos dois em
especifico – Terminado o meu chá e o colocando na mesa. – Alteza, os itens
roubados em sua maior parte constituem em livros antigos que possuem menção
sobre magia e poções. – Falou Yuri novamente.

Então vou ver o que conseguirei a partir de minhas fontes e enviarei um aviso. –
Falei aos dois que me olharam estranhamente, já que aparento ser uma pessoa
reclusa então mesmo para pessoas que vivem mais próximas a mim sempre ficam
surpresos quando falo algo parecido.
Depois de minha fala, Clare e Yuri pediram licença e saíram da mesa já que
os mesmos teriam uma reunião a espera dos dois que demonstrava ter alguma
ligação com o assunto de nossa reunião. Eu segui a deixa deles e terminei a
minha refeição me levantando empurrando a cadeira levemente para atrás
naquela sala de jantar que é decorada com mármore branco e detalhes dourados
como a maior parte de todos os cômodos do palácio.
Ao sair, agradeci o café da manha ao serviçal ao meu lado e segui para minha
outra reunião, o qual teria que enfrentar logo após esta. No caminho entre os
grandes corredores deste palácio antigo, porém ainda bonito, vejo Celeste vindo
em minha direção.
Sua Alteza, venho aqui de avisar que a reunião com os representantes de Olmel e
Luz foram unificadas e elas serão apenas daqui uma hora então a poderá ter um
pouco de tempo livre. – Celeste falou após me cumprimentar. – Então irei para o
jardim, qualquer coisa que for necessária minha presença, me chame. – Falei para
Celeste que estava com um lindo vestido vermelho que realçava sua pele branca,
as minhas damas sempre recebem vestidos meus, tenho muito amor por elas
então, sempre as ajudo e dou diversos pertences meus para elas como uma
contribuição por suportar mesmo que todas elas são bem remuneradas.
Ela me deu tchau e seguiu para fazer o que ela tem a realizar. Segui a minha vida
também e fui em direção ao jardim do palácio que para mim é um dos mais
bonitos do mundo ele tem tantas variedades de plantas como rosas, lírios,
margaridas, begônias e muitas outras. No centro dele possui uma grande cerejeira
que envolta o chão é coberto por mármore branco com detalhes dourados como
os bancos, as cores branco e dourado são as cores de nosso reino então elas
sempre estão presentes.
Me sentei embaixo da árvore mesmo com bancos a minha disposição. Comecei
admirar os passarinhos e já senti meus olhos pesando um pouco até que ouvi uma
voz me chamar.

-- Astéria!!
Capítulo 2

Você também pode gostar