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Era uma noite comum, onde o céu estava limpo e a lua no meio de
diversas estrelas as quais ofuscavam a sua própria magnitude. O que só
aumentava minha fixação por esses corpos celestes; eu poderia ficar horas
só observando eles.
Meu quarto se encontra na ala leste do palácio, a área mais alta do palácio
o que facilita a vista para o céu. Eu estou em minha sacada olhando e
fazendo anotações— deveria sair mais com meus amigos, eles sempre me
alertam que as vezes pareço uma maníaca solitária.
Porém quem eu engano, sou estranha em todos os sentidos de nascença e
criação possível. Como alguém de minha linhagem fora nascer com
magia, meus pais tem aversão por magia, acho que nasci errada de todas
as maneiras.
Fui nascer como herdeira de um trono de um país que desprezam seres
mágicos e nasci como uma.
Me desviei de meus pensamentos e desci da sacada e vou em direção a
minha biblioteca particular pegar os livros sobre constelações. Vou em
uma das pequenas pilhas de livros no chão e me sento no tapete felpudo,
olho todos os títulos e pego o meu preferido, As Constelações e seus
Significados para os Povos Antigos.
Abro o livro e o levo até os meu rosto para o cheirar, sou apaixonada por
cheiros antigos de livros eles sempre me lembram que antes de minha
existência viviam pessoas e cada uma delas possuíam histórias que podiam
ser livros nos dias de hoje.
Começo a folhear o livro, uma grande parte de mim acredita que tudo isso
que eles pensavam eram uma extrema besteira, porém sei que uma parte
pequena bem no fundo do meu ser acredita fielmente nesses contos.
Será que esta pequena parte diz sobre meus poderes? —Esta é realmente
uma questão que provavelmente vai me acompanhar resto de minha vida.
Me levanto e vou em direção a sacada novamente, me sento na cadeira e
seguro a carta que se encontra na mesa ao lado.
Querida Astéria
Mesmo estando longe ainda sinto falta de nossas conversas na
madrugada, sua risada, seus beijos, de você próxima a mim, de seus
carinhos e sinto falta de você toda, cada pedaço seu.
Eu sei que fiz algo imperdoável e você tem seu direito de não querer
minha presença. Eu usei você em um momento de vulnerabilidade isto me
torna um verdadeiro monstro em pessoa
Assim que elas terminaram de vestir as minhas vestes, elas foram arrumar meu
quarto e já eu saí de meu quarto já em direção das escadas para descer para o
primeiro andar. Entre diversos corredores e guardas, me aproximei cada vez mais
da sala de jantar ouvindo vozes vindo da mesma.
Ao entrar no ambiente me deparei com a primeira ministra e seu marido
conversando entre si amorosamente, sempre admirei casais felizes como os dois.
Bom dia – me sentei na cadeira da ponta da mesa enquanto ambos estavam do
meu lado. Os dois retribuíram o bom dia e logo após veio o nosso café.
Então qual o assunto urgente que a senhora quer debater comigo? – perguntei a
ela.
Alteza, acreditamos que os roubos do lado norte do país estão causando diversas
mortes em locais perto das regiões atacadas. Então nós do congresso, optamos
por pedir uma sugestão de Vossa Alteza, sobre qual a melhor decisão sobre isso.
– A primeira ministra falou demonstrando uma grande preocupação em seus
olhos.
Vocês possuem alguma sugestão em mente sobre o que fazer? Porque em minha
opinião a opção mais adequada seria a melhora de segurança na área norte e uma
investigação profunda para tentar encontrar os culpados desses roubos para
depois a justiça os punir. – Falei rapidamente para depois beber um gole da
minha xicara de chá.
É uma ótima sugestão, Vossa Alteza; porém estamos com grandes
suspeitas de que este roubo vem utilizando magia para encobrir os seus rastros. –
Ela falou com receio o assunto mágico.
--- Entendo, então deveremos agir com rapidez com este caso, não
queremos uma revolta da população contra os possuidores de magia. – Também
possuo certo receio já que a magia ainda é pouco conhecida e utilizada, sendo
que antes de meus pais assumirem o trono, ela era proibida. Então grande parcela
dos moradores de nossas terras vê pessoas com magia como amaldiçoadas
mesmo que em nosso território possua umas das maiores escolas de magia do
continente, pensei.
-- Sim, uma revolta agora não seria favorável a condições do país, ainda mais
com detentores de magia. – Ela falou comendo um pedaço do bolo de morango
de seu prato.
-- E houve mortes, feridos ou pelo menos alguém viu estes roubos? – perguntei
olhando Clare, que pelo incrível que pareça ela é apenas cinco anos mais velha
do que eu com 30 anos e o seu marido com a minha idade. Meus pais sempre
tiveram apreço pelas novas gerações assim os favorecendo e divulgando em suas
campanhas de eleição. Clare e seu marido Yuri foram eleitos apenas 2 anos atrás
sendo que seu mandato durara seis anos.
,
Yuri é chefe da polícia de nossa província, á capital, então foi ele o qual me
respondeu.
Nesse caso houve duas mortes que em nossas investigações provavelmente
foram pessoas que acabaram por ver o acontecimento por tanto não há
testemunhas. – Isto não é um bom sinal, visto que eles não possuem medo de
assassinar quem são contra eles. – Falei isso após ele terminar de falar.
Sim, ainda mais que os locais roubados são lugares públicos como bibliotecas e
lojas de produtos mágicos, são esses onde aconteceu a maior parte dos furtos. ---
Yuri falou olhando para sua esposa. Ele e ela são diferentes, porém cada um
possui uma beleza, enquanto Clare é negra com um lindo cabelo crespo preto e
um corpo esbelto, Yuri que tem descendência dos países do leste sua pele é mais
amarelada com olhos puxados e cabelo sendo que a cor deles é preto como
obsidiana.
Quais foram os principais itens roubados? Perguntei a nenhum dos dois em
especifico – Terminado o meu chá e o colocando na mesa. – Alteza, os itens
roubados em sua maior parte constituem em livros antigos que possuem menção
sobre magia e poções. – Falou Yuri novamente.
Então vou ver o que conseguirei a partir de minhas fontes e enviarei um aviso. –
Falei aos dois que me olharam estranhamente, já que aparento ser uma pessoa
reclusa então mesmo para pessoas que vivem mais próximas a mim sempre ficam
surpresos quando falo algo parecido.
Depois de minha fala, Clare e Yuri pediram licença e saíram da mesa já que
os mesmos teriam uma reunião a espera dos dois que demonstrava ter alguma
ligação com o assunto de nossa reunião. Eu segui a deixa deles e terminei a
minha refeição me levantando empurrando a cadeira levemente para atrás
naquela sala de jantar que é decorada com mármore branco e detalhes dourados
como a maior parte de todos os cômodos do palácio.
Ao sair, agradeci o café da manha ao serviçal ao meu lado e segui para minha
outra reunião, o qual teria que enfrentar logo após esta. No caminho entre os
grandes corredores deste palácio antigo, porém ainda bonito, vejo Celeste vindo
em minha direção.
Sua Alteza, venho aqui de avisar que a reunião com os representantes de Olmel e
Luz foram unificadas e elas serão apenas daqui uma hora então a poderá ter um
pouco de tempo livre. – Celeste falou após me cumprimentar. – Então irei para o
jardim, qualquer coisa que for necessária minha presença, me chame. – Falei para
Celeste que estava com um lindo vestido vermelho que realçava sua pele branca,
as minhas damas sempre recebem vestidos meus, tenho muito amor por elas
então, sempre as ajudo e dou diversos pertences meus para elas como uma
contribuição por suportar mesmo que todas elas são bem remuneradas.
Ela me deu tchau e seguiu para fazer o que ela tem a realizar. Segui a minha vida
também e fui em direção ao jardim do palácio que para mim é um dos mais
bonitos do mundo ele tem tantas variedades de plantas como rosas, lírios,
margaridas, begônias e muitas outras. No centro dele possui uma grande cerejeira
que envolta o chão é coberto por mármore branco com detalhes dourados como
os bancos, as cores branco e dourado são as cores de nosso reino então elas
sempre estão presentes.
Me sentei embaixo da árvore mesmo com bancos a minha disposição. Comecei
admirar os passarinhos e já senti meus olhos pesando um pouco até que ouvi uma
voz me chamar.
-- Astéria!!
Capítulo 2