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RIO DE JANEIRO
2021
1. Dados do Projeto
1.1. Tema
O projeto desenvolvido nomeia-se “Doce infância”.
1.2. Contexto
De antemão, cabe ressaltar a especificação de sexo biológico e identidade de
gênero, tendo o primeiro como uma referência a fêmea, macho e hermafrodita, ligado a
questões como cromossomos, órgãos e hormônios. Já a identidade de gênero é social,
sendo assim, a mesma trás consigo uma ligação com a autopercepção e a forma como o
individuo expressa-se socialmente, e é nesta classificação que os transgêneros se
encontram. Ou seja, pessoas transgêneras são aquelas que possuem uma identidade de
gênero diferente do sexo que lhes foi designado no momento de seu nascimento.
A partir disso, desenvolver ações que possam ser articuladas com os dispositivos
de saúde, como o acompanhamento psicológico realizado pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) através das Políticas Nacionais de Saúde Integral de LGBTI do Ministério da Saúde,
apresentando como direcionamento as Políticas Públicas e assistência social.
1.4. Metodologia
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Essa problematização teórica tem como intuito auxiliar o aperfeiçoamento da
competência dos psicólogos em agir visando a vigilância epidemiológica para que as
Políticas Públicas sejam acionadas, tendo em vista que a violência é um problema de
saúde pública. A partir dessa vigilância, é necessário o compromisso social em atuar nas
Políticas Públicas existentes de prevenção e promoção a saúde, e caso necessário, lutar
por uma Política Pública que atenda especificamente essa demanda.
Por isso, para uma intervenção efetiva, propomos que os psicólogos que trabalham em
cada município, sejam eles da rede pública ou privada, contem rigorosamente com o
Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN), sistema este que é
responsável pelas notificações de doenças e agravos de saúde pública. Tem como
principal intrumento preenchimento correto da ficha de notificação de violência
interpessoal/autoprovocada, que é composto por 69 itens, é possível pontuar a identidade
de gênero de quem foi violentado, entender qual foi o tipo de violência, o meio de agressão,
se há ou não vínculo/grau de parentesco com o agressor, entre outras informações.
Feito isso, será possível compreender como a transfobia é evidencia em cada município
através de números, mostrando quais são os tipos de violências mais frequentes, se o
agressor costuma ser da família ou não, cor/raça da vítima, entre diversas outras
informações que irão permitir uma intervenção mais efetiva.
Política pública de saúde – No Brasil, o direito à saúde é realizado por meio do Sistema
Único de Saúde (SUS), que dispõe das políticas nacionais de saúde integrada LGBTIQA+ do
ministério da saúde, que garante a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo
para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e
equitativo. Tendo como objetivo, esboçar virtualidades que permitam uma melhor compreensão
tanto do sofrimento psíquico como dos agenciamentos produtivos na singularidade trans.
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