DICA 1 - PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL: se a impugnação administrativa
ao lançamento for julgada improcedente o contribuinte pode interpor o RECURSO
VOLUNTÁRIO por via do qual acessará um julgamento colegiado no processo administrativo. A INTERPOSIÇÃO DO RECURSO NÃO DEPENDE DE GARANTIA sendo inconstitucional a lei que condicione sua admissibilidade ao oferecimento de depósito, fiança ou arrolamento de bens (Súmula Vinculante 21, STF). DICA 2 - MORATÓRIA: chama-se de MORATÓRIA o benefício fiscal por via do qual a fazenda credora, através de LEI, concede um novo prazo para contribuintes inadimplentes se organizarem e poderem pagar suas dívidas vencidas em novo momento. A MORATÓRIA é causa de SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE do CRÉDITO TRIBUTÁRIO (art.151, I e 152 do CTN). DICA 3 - IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS: conforme art.153,§3º, I c/c art.155,§2º, X, ‘a’ da CRFB/88, não incide IPI e nem ICMS nas exportações. Os exportadores são IMUNES a esses dois impostos indiretos. Logo, se por um lado podem incidir o ICMS e o IPI na Importação, os mesmos NÃO INCIDEM NA EXPORTAÇÃO. DICA 4 - ISENÇÕES: as ISENÇÕES (que são causas de EXCLUSÃO do Crédito Tributário) NÃO ATINGEM AS MULTAS E NEM AS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS, promovendo exclusivamente a DISPENSA DE OBRIGAÇÃO DO PAGAMENTO DO TRIBUTO que indiciar sobre o fato gerador. DICA 5 - IPTU: o IPTU pode ter ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS em razão do USO (destinação) ou da LOCALIZAÇÃO (área) do IMÓVEL. Podem também ser PROGRESSIVAS em razão do MAIOR VALOR VENAL DO IMOVEL e também em decorrência do DESRESPEITO À FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE (art.156,§1º, I e II c/c art.182,§4º, II, CRFB/88). DICA 6 👉🏻 EFEITOS DA PRESCRIÇÃO: ocorrendo a PRESCRIÇÃO contra o fisco se dá a EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO(art.156, V, CTN). Diferente do Dir.Civil em que a prescrição extingue apenas a “pretensão”, NO DIR. TRIBUTÁRIO A PRESCRIÇÃO ATINGE O PRÓPRIO CRÉDITO, extinguindo-o. DICA 7 👉🏻PRESCRIÇÃO E AJUIZAMENTO DA EX.FISCAL: o prazo que corre contra o fisco é de 5 ANOS e se inicia com a CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA do crédito tributário (não basta a “mera constituição”). A fazenda deve PROPOR A EXECUÇÃO DENTRO DOS 5 ANOS. A INTERRUPÇÃO DO PRAZO (que evita a consumação da prescrição) se dá com o DESPACHO CITATÓRIO, que terá EFEITO RETROATIVO AO AJUIZAMENTO (CTN, art.174, capital e p.único, I c /c Lei 6.830/80 art.8º,§2º). DICA 8 👉🏻 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: se na Execução Fiscal o processo for suspenso por não terem sido encontrados bens do devedor citado que não pagou, ABRE-SE PRAZO DE 1 ANO APÓS A DATA DA SUSPENSÃO DO PROCESSO para a fazenda encontrar bens. PASSADO ESSE LAPSO DE 1 ANO se inicia de novo O PRAZO DE 5 ANOS DE PRESCRIÇÃO, a qual se consumará “no intercorrer” do processo caso não sejam encontrados bens. Ou seja: o prazo de 5 ANOS DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE começa a fluir APÓS 1 ANO DA SUSPENSÃO DO PROCESSO (S.314, STJ c/c art.40, Lei 6.830/80). DICA 9 👉🏻 CONHECIMENTO DE OFÍCIO: caso perceba que já houve PRESCRIÇÃO e que não há mais crédito tributário, O JUIZ PODE, DE OFÍCIO, proferir sentença DECLARANDO A PRESCRIÇÃO. Em relação à PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE o Juiz ANTES DE DECLARÁ-LA é OBRIGADO A INTIMAR O representante da fazenda para se manifestar; se a causa tiver VALOR ACIMA DO TETO fixado na legislação o juiz SÓ PODE DECLARAR A P.I. DE OFÍCIO APÓS A RESPOSTA DA FAZENDA (Lei.6.830/80, art.40). DICA 10 👉🏻 PRESCRIÇÃO E RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO: feito um PAGAMENTO INDEVIDO se tem PRAZO DE 5 ANOS a contar da sua data para pleitear sua restituição. Esgotado o prazo e não feito o pedido ocorre a PRESCRIÇÃO da PRETENSÃO (art.168, CTN). DICA 11 👉🏻 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: somente a UNIÃO e apenas por LEI COMPLEMENTAR pode tributar o povo forçando-o a emprestar dinheiro aos cofres públicos e apenas pode fazê-lo em três situações: GUERRAS EXTERNAS; CALAMIDADES PÚBLICAS; para o custeio de INVESTIMENTOS PÚBLICOS URGENTES DE RELEVANTE INTERESSE NACIONAL. Nos casos de GUERRA ou CALAMIDADE a INCIDÊNCIA É IMEDIATA não se aplicando o Princípio da Anterioridade (art.148 c/c art.150,§1º, CRFB). DICA 12 👉🏻 TAXAS: é COMUM entre todos os entes federativos a competência para instituir TAXAS, sejam de SERVIÇO ou de POLÍCIA. Qualquer que seja o caso, TAXAS NÃO PODEM TER BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE IMPOSTO (art.145,II e §2º, CRBF). DICA 13 👉🏻 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: ocorrida a VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA em IMÓVEIS DO DOMÍNIO PRIVADO em decorrência de OBRAS custeadas com o CAPITAL PÚBLICO pode o ente federativo que suportou o custeio CRIAR E COBRAR CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA dos PROPRIETÁRIOS dos IMÓVEIS PRIVADOS VALORIZADOS (art.145, III, CRFB c/c Arts.2º e 3º, DL 195/67). DICA 14 👉🏻CIP: compete aos MUNICÍPIOS/DF institui a CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA (CIP) a qual INCIDE sobre o CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA e se destina a CUSTEAR A RESE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA da cidade. A BASE DE CÁLCULO é o valor do consumo da energia elétrica no imóvel e as ALÍQUOTAS PODEM SER PROGRESSIVAS conforme o aumento desse valor (art.149-A, CRFB). DICA 15 👉🏻 CONTRIBUIÇÕES RESIDUAIS DE SEGURIDADE SOCIAL: é EXCLUSIVA da UNIÃO a COMPETÊNCIA para instituir OUTRAS CONTRIBUIÇÕES para o custeio da SEGURIDADE SOCIAL (Saúde / Previdência / Assistência) além das já previstas nos incisos I a IV do art.195, CRFB. Devem ter FATO GERADOR E BASE DE CÁLCULO DIFERENTES das Contribuições já previstas e respeitar a NÃO-CUMULATIVIDADE (art.195,§4°, CRFB). DICA 016: As causas de EXCLUSÃO do CRÉDITO TRIBUTÁRIO são a ISENÇÃO (dispensa antecipada de obrigação principal futura de pagar TRIBUTO) e a ANISTIA (dispensa de penalidades pecuárias em razão do perdão de infrações que não configuram crimes ou contravenções e praticadas sem dolo ou fraude) DICA 017: A ISENÇÃO se interpreta ESTRITAMENTE (não se admite interpretação extensiva) e é, em regra, REVOGÁVEL. Torna-se IRREVOGÁVEL se concedida A PRAZO CERTO e SOB CONDIÇÃO DICA 018: Salvo quanto ao ICMS as ISENÇÕES só podem ser concedidas e revogadas através de LEI ESPECÍFICA (basta uma simples lei ordinária mas tem que ser ESPECÍFICA). Em relação ao ICMS devem ser concedidas por CONVÊNIOS DO CONFAZ ou TRATADOS INTERNACIONAIS e não por leis estaduais DICA 019: A DECADÊNCIA e a PRESCRIÇÃO são causas de EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Caso a fazenda não promova o LANÇAMENTO EM 5 ANOS ocorre a DECADÊNCIA. Já a PRESCRIÇÃO ocorre em razão no NÃO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL em até 5 ANOS contados da CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO DICA 020: Existem 6 CAUSAS DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO: MOratória, DEpósito do Montante Integral em Dinheiro, REclamações e REcursos Administrativos, COncessão de Liminar em MS, COncessão de Tutela Antecipada nas Ações de Procedimento Comum e a MOratória (“MO DE RE CO CO PA) e em razão delas fica impedido o ajuizamento de Execução Fiscal é assegurado o acesso a CERTIDÕES DE REGULARIDADE FISCAL DICA 021: Em razão da regra do art.123 do CTN, salvo disposição em contrário AS CONVENÇÕES PARTICULARES são INOPONÍVEIS À FAZENDA PÚBLICA. Logo, o que os particulares ajustam entre si sobre responsabilidade pelo pagamento de dívidas fiscais pode até ser válido mas NÃO SE OPÕE À FAZENDA. O fisco não se submete aos acordos privados que criem regras de responsabilização pelo adimplemento de dívidas tributárias. DICA 022: Quando se estipula em contrato de LOCAÇÃO DE IMÓVEL que caberá ao locatário pagar os débitos de impostos e taxas referentes ao bem locado durante a vigência da locação essa regra É VÁLIDA (autorizada civilmente) mas NÃO SE OPÕE AO FISCO. Caso o locatário não cumpra o contrato, deixando de pagar os tributos devidos pelo locador, será O LOCADOR que responderá pela dívida pois ele é o sujeito passivo da relação tributária. O máximo que lhe caberá será, na esfera civil, em regresso, demandar o locatário em razão do inadimplemento contratual. O locatário não deve nada ao fisco, não é parte na relação tributária, não será inscrito em dívida ativa e nem réu na execução fiscal, assim como não tem legitimidade para ajuizamento de Ação Anulatória ou Repetitória. DICA 023: O adquirente de imóvel com dívidas fiscais não pagas assume, a partir da aquisição, a responsabilidade pelos débitos pretéritos, SALVO AS DÍVIDAS DE TAXAS DE POLÍCIA. A regra da SUCESSÃO TRIBUTÁRIA envolve débitos de IMPOSTOS, TAXAS DE SERVIÇO e CONTRIBUIÇÕES, além das multas (moratórias e sancionatórias), juros e correção monetária mas não abrange os valores relativos a Taxas cobradas em razão do poder de polícia. DICA 024: Os menores e todos os demais seres humanos que sejam civilmente incapazes PODEM SER SUJEITOS PASSIVOS NAS RELAÇÕES TRIBUTÁRIAS já que A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA INDEPENDE DA CAPACIDADE CIVIL (art.126, CTN). DICA 025: Não existe solidariedade ativa nas relações tributárias. Só cabe SOLIDARIEDADE PASSIVA, a qual não se presume e só decorre de lei ou de situações nas quais haja interesse comum entre as diferentes pessoas no fato gerador da relação tributária. Dita solidariedade NÃO COMPORTA BENEFÍCIO DE ORDEM podendo o fisco cobrar todo o montante devido de qualquer dos co-devedores independentemente de ordem de preferência. DICA 026: Se duas ou mais pessoas jurídicas derem ensejo a uma FUSÃO, o passivo fiscal de todas elas sucede para a nova PJ criada a partir da fusão, a qual passa a ter a RESPONSABILIDADE POR TODOS OS TRIBUTOS DEVIDOS, incluindo todas as multas, juros e correção monetária. DICA 027: Havendo INCORPORAÇÃO de uma PJ por outra, TODO O PASSIVO FISCAL da PJ incorporada SUCEDE PARA A INCORPORADORA que a partir da incorporação se torna responsável pelos débitos pre-existentes que era da incorporada (tributos, multas, juros e correção monetária). DICA 028: Na hipótese de CISÃO de uma PJ, as dívidas tributárias sucedem para as novas PJ’s decorrentes da cisão que passam a responder SOLIDARIEDADE por todo o débito gerado pela antiga PJ da qual faziam parte é que se extinguiu em razão da CISÃO. DICA 029: Havendo ALIENAÇÃO DE FUNDO DE COMÉRCIO (“trespasse”) para adquirente que CONTINUE A EXPLORAR A ATIVIDADE exercida pelo alienante no complexo de bens alienado, o adquirente passará a responder pelas as dívidas tributárias que o alienante havia gerado explorando a atividade fundo empresarial alienado. Se o alienante CESSAR A PRÁTICA DE ATIVIDADES EMPRESARIAIS por pelo menos 6 MESES a contar da venda, o adquirente passa a ter RESPONSABILIDADE INTEGRAL por tais dívidas; caso, todavia, o alienante PRATIQUE NOVOS ATOS DE EMPRESA nos primeiros 6 MESES a contar da celebração da operação, A RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE SERÁ APENAS SUBSIDIÁRIA, ficando o alienante na responsabilidade preferencial sobre as dívidas que gerou antes de operação. DICA 030: Havendo operação de “trespasse” (art.133, CTN), existe uma hipótese em que o adquirente não responde pelas dívidas fiscais geradas pelo alienantes antes da alienação do fundo empresarial: quando a aquisição do estabelecimento comercial de ser no curso de FALÊNCIA OU RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO ALIENANTE (alienações judiciais) E O ADQUIRENTE FOR PESSOA “ESTRANHA” a ele, não possuindo vínculos familiares, econômicos ou societários (art.133, §§ 1º e 2º do CTN).