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RESUMO
A Baía Babitonga, localizada no litoral sul brasileiro, é considerada a última grande formação
estuarina do continente americano, possuindo relevante interesse na conservação ambiental e, também,
patrimonial: com mais de 180 sítios arqueológicos cadastrados, a baía é ocupada há cerca de 8.000
anos e marcada por uma grande diversidade cultural. Dentre as suas ocupações, destaca-se os povos
sambaquianos que chegaram a região entre 7.000 e 1.000 anos AP. Estes grupos pretéritos conhecidos
por pescadores-coletores-caçadores possuíam o hábito de construir e ocupar montes com conchas e
sedimentos (sambaquis) onde desenvolveram suas atividades de subsistência no qual se destacam
a habilidade com artefatos em rochas, conchas, ossos e vegetais. Os sambaquis a céu aberto não se
restringem à ocupação na Baía Babitonga: estes sítios estão distribuídos ao longo do litoral brasileiro
possuindo de mais de 2.000 sambaquis registrados, caracterizando a presença marcante destes povos nas
regiões costeiras. Entretanto, novas descobertas aprese ntaram que estes povos não construíam apenas
sambaquis a céu aberto como também ocupavam abrigos rochosos. Até o momento, há 3 sambaquis sob
rocha registrado no Brasil e, dentre eles, destaca-se o sambaqui sob rocha Casa de Pedra, localizado
no litoral leste de cidade-ilha de São Francisco do Sul/Santa Catarina. Com 40 cm de comprimento,
o pequeno sambaqui foi escavado sob a coordenação da arqueóloga, Dra. Dione da Rocha Bandeira,
durante os anos de 2015 e 2017, sendo rebaixado 15 cm da sua superfície com dois perfis realizados até
a profundidade. Na superfície imediata do sambaqui foram encontrados fragmentos dispersos de ossos
queimados de mão humana, no qual a datação registrou 5.470 ± 30 anos A.P. Esta data colocou o sítio
entre os mais antigos da região. Além dos vestígios queimados de ossada humana, houve abundantes
remanescentes malacológicos e ictiológicos ao longo das camadas escavadas. Entretanto, mesmo ainda
não sendo encontrado artefatos, a presença de pinturas rupestres nas paredes internas da gruta e a
datação dos sedimentos abaixo do sítio, por volta de 4.330 ± 700 e 5.670 ± 850 anos AP, que registrou
ser mais recente que a matriz arqueológica, levantaram questões sobre a procedência do sambaqui sob
rocha Casa de Pedra e as possíveis ligações entre os sambaquianos com as pinturas. Análises realizadas
até o momento não comprovaram se as pinturas fazem parte da cultura sambaquiana registrada na Baía
da Babitonga, entretanto, com base nas datações, composição do sambaqui e análise fauna da matriz
arqueológica, assegurou-se que este sítio arqueológico é, de fato, um sambaqui.
ABSTRACT
The Babitonga’s Bay, located on the Brazil´s southern coast, is considered the last great estuarine
formation of the american continent, possessing relevant interest in environmental conservation and,
a
Universidade da Região de Joinville – UNIVLLE. jessferreira.f@gmail.com
b
Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville – MASJ.
c
Universidade Federal de Pelotas – UFPel.
15
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also, patrimonial: with more than 180 registered archaeological sites, the bay is occupied for about 8,000
years and marked by a great cultural diversity. Among its occupations, pre-historic peoples that arrived
in the region between 7,000 and 1,000 years B.P. These past groups known as fisherman-hunterman-
gatherers had the habit of building and occupying mounds with shells and sediments (sambaquis) where
they developed their subsistence activities in which they emphasize the ability with artifacts in rocks,
shells, bones and vegetables. The sambaquis are not restricted to the occupation of the Babitonga´s
Bay: these sites are distributed along the brazilian coast having more than 2,000 registered sambaquis,
characterizing the marked presence of these people in the coastal regions. However, new findings have
shown that these people didn’t only build sambaquis but also occupied rocky shelters. So far, there are
three sambaquis in the rockshelter recorded in Brazil, among them the sambaqui in rockshelter Casa
de Pedra, located on the east coast of the island-city of São Francisco do Sul / Santa Catarina. With a
length of 40 cm, the small sambaqui was excavated under the coordination of the archaeologist, Dr.
Dione da Rocha Bandeira, during the years of 2015 and 2017, being lowered 15 cm of its surface with
two profiles realized to the depth. On the immediate surface of the sambaqui were scattered fragments
of burned bones of human hand, in which the dating registered 5.470 ± 30 years B.P. This date placed
the site among of the oldest of the region. In addition to the burned remains of human bones, there
were abundant malacological and icthyological remnants along the excavated layers. However, even if
artifacts were not found, the presence of cave paintings on the inner walls of the cave and the dating of
the sediments below the site, around 4,330 ± 700 and 5,670 ± 850 years old B.P., which registered to be
more recent than the archaeological matrix, raised questions about the origin of the sambaqui inside a
rockshelter and the possible links between the sambaquianos and the paintings. Analyzes carried out to
date have not proved that the paintings are part of the sambaquian culture recorded in the Babitonga´s
Bay, however, based on the dates, sambaqui composition and fauna analysis of the archaeological
matrix, it was assured that this archaeological site is, in fact, a sambaqui.
RESUMEN
La bahía de Babitonga, ubicada en el litoral sur brasileño, es considerada la última gran formación
estuarina del continente americano, que posee relevante interés en la conservación ambiental y, también,
patrimonial: con más de 180 sitios arqueológicos registrados, la bahía es ocupada hace cerca de 8.000
años y marcada por una gran diversidad cultural. Entre sus ocupaciones, se destacan los pueblos
sambaquianos que llegaron a la región entre 7.000 y 1.000 años AP. Estos grupos pretéritos conocidos
por pescadores-recolectores-cazadores poseían el hábito de construir y ocupar montes con conchas
y sedimentos (sambaquis) donde desarrollaron sus actividades de subsistencia en la que se destacan
la habilidad con artefactos en rocas, conchas, huesos y vegetales. Los sambaquis a cielo abierto no
se restringen a la ocupación en la Bahía de Babitonga: estos sitios están distribuidos a lo largo del
litoral brasileño con más de 2.000 sambaquis registrados, caracterizando la presencia marcante de
estos pueblos en las regiones costeras. Sin embargo, nuevos descubrimientos presentaron que estos
pueblos no construían sólo sambaquis a cielo abierto como también ocupaban abrigos rocosos. Hasta
el momento, hay 3 sambaquis bajo roca registrado en Brasil y, entre ellos, destacase el sambaqui bajo
roca Casa de Piedra, ubicado en el litoral este de la isla de São Francisco del Sur / Santa Catarina. Con
40 cm de largo, el pequeño sambaqui fue excavado bajo la coordinación de la arqueóloga, Dra. Dione
da Rocha Bandeira, durante los años 2015 y 2017, siendo rebajado entre 10 y15 cm de su superficie
con dos perfiles realizados hasta la profundidad. En la superficie inmediata del sambaqui se encontraron
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fragmentos dispersos de huesos quemados de mano humana, en el cual la datación registró 5.470 ±
30 años A.P. Esta fecha colocó el sitio entre los más antiguos de la región. Además de los vestigios
quemados de osada humana, hubo abundantes remanentes malacológicos e ictiológicos a lo largo de
las capas excavadas. Sin embargo, aún no se encontraron artefactos, la presencia de pinturas rupestres
en las paredes internas de la cueva y la datación de los sedimentos debajo del sitio, alrededor de 4.330
± 700 y 5.670 ± 850 años AP, que registró ser más reciente que la matriz arqueológica , plantearon
cuestiones sobre la procedencia del sambaqui bajo roca Casa de Piedra y las posibles conexiones entre
los sambaquianos con las pinturas. Los análisis realizados hasta el momento no comprobaron si las
pinturas forman parte de la cultura sambaquiana registrada en la Bahía de Babitonga, sin embargo, con
base en las fechas, composición del sambaqui y análisis fauna de la matriz arqueológica, se aseguró que
este sitio arqueológico es, un sambaqui.
PALABRAS CLAVE: Sambaqui bajo roca. Pintura rupestre. Bahía de Babitonga. Pescadores cazadores-
recolectores.
Manuscrito final recibido el día 31 de enero de 2019. Aceptado para su publicación el día 29 de mayo de 2019.
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saídas d’água foram acopladas peneiras de 0,05 dados para futuras pesquisas (Pereira et al., 2013 e
cm. Após a flotação, os vestígios (conchas de López-Montalvo, 2007).
moluscos, fragmentos ósseos e rochosos, quelas
de crustáceos e carvões) provenientes do processo RESULTADOS E DISCUSSÕES
foram acomodados em uma estante secadora Das análises realizadas no sambaqui sob rocha
para secagem à temperatura ambiente. Nos dois Casa de Pedra, tem-se resultados conclusivos das
métodos supracitados foram realizadas análises datações, dos estudos arqueomalacológicos e da
quali-quantitativas e estatísticas com auxílio do descrição das pinturas rupestres por imagem digital.
software Past 3.0, ArchaeoBones e MS Excel 2013. Dados parciais, no aspecto qualitativo, foram
Em parceria com o Laboratório de Sedimentologia obtidos dos demais vestígios zooarqueológicos.
do Lagemar /UFF e Laboratório de Abelhas Ademais estão em análise e os resultados não
da Univille, também foram separados material estão disponíveis.
arqueológico para análises fitológicas e Dos aspectos zooarqueológicos, foram analisados
palinológicas, respectivamente, a partir de coletas 360 litros de matriz arqueológica procedentes das
ao longo do perfil (D4-NE, figura 2) escavado na 36 amostras de volume controlado, resultou, em
entrada do sítio que estão sendo analisados. 32.344 espécimes arqueomalacológicos sendo o
Quanto as pinturas rupestres, foram registras em MNI (Minimum Number of Individuals) de 17.695
fichas de campo adaptadas de Costa (2012) e indivíduos proveniente de 27 espécies de moluscos,
sofreram metodologias não destrutivas, uma vez dos quais, 15 espécies são do grupo dos bivalves
que estes registros são exclusivos não somente que comportam 99,51% do total de indivíduos e
para a Baía da Babitonga como para todo o Brasil. 12 gastrópodes que representaram apenas 0,49%
As técnicas utilizadas foram a fotografia digital no do total de indivíduos (Ferreira, 2018) (Tabela
qual trabalhou-se com o plugin DStretch-ImageJ 1). Segundo Ferreira (2017; 2018) e Cavassola
que ressaltaram os detalhes das imagens digitais (2018), das espécies registradas, os moluscos
que dificilmente poderiam ser vistas a olho nú bivalves Anomalocardia flexuosa (berbigão),
devido pouca iluminação dentro da gruta; decalque Phacoides pectinatus (ameijoa) e Crassostrea sp.
digital, baseado em discriminação de pixel que (ostra) foram as mais representativas na matriz
tem por eixo norteador a fotografia, a seleção de arqueológica, o que é comum para sambaquis sul
gamas de cores dos pixels e a correção dos dados e sudeste do Brasil, que também possuem maior
obtidos a fim de descreve-las, registrá-las e gerar representatividade destas espécies (Souza et al.,
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2010; Gernet & Birckolz, 2011). Vale ressaltar que destas espécies no ambiente desde o Holoceno
estudos paleontológicos, comprovam a abundancia Tardio (Cancelli et al., 2017).
NISP ABUNDÂNCIA
TAXONOMIA FA
FRAG. INT. TOTAL NMI pi%
Mollusca
Bivalvia
Arcidae
Anadara brasiliana (Lamarck, 1819) 0 1 1 1 0,01 2,78
Lunarca ovalis (Bruguière, 1789)* 2 0 2 2 0,01 5,56
Corbulidae
Juliacorbula sp. 0 1 1 1 0,01 2,78
Donacidae
Donax hanleyanus (Philippi, 1847) 4 3 7 6 0,03 13,89
Lucinidae
Clathrolucina sp. 0 1 1 1 0,01 2,78
Phacoides pectinatus (Gmelin, 1791)* 492 321 813 459 2,59 91,67
Mytilidae
Brachidontes exustus (Linnaeus, 1758)* 0 14 14 9 0,05 16,67
Mytella sp. 93 7 100 72 0,41 50,00
Ostreidae
Crassostrea spp. 2716 5639 8355 4916 27,78 97,22
Ostrea cf. equestris (Say, 1834)* 0 3 3 3 0,02 2,78
Tellinidae
Eurytellina cf. angulosa (Gmelin, 1791)* 18 0 18 7 0,04 13,89
Tellina sp. 7 3 10 15 0,08 22,22
Veneridae
Anomalocardia flexuosa (Linnaeus, 1767)* 7544 15386 22930 12114 68,46 100,00
Leukoma pectorina (Lamarck, 1818) 2 0 2 2 0,01 5,56
Tivela zonaria (Lamarck, 1818) 1 0 1 1 0,01 2,78
Gastropoda
Bullidae
Bulla cf. striata (Bruguière, 1792)* 3 0 3 3 0,02 8,33
Cerithiidae
Cerithium atratum (Born, 1778)* 0 2 2 2 0,01 2,78
Littorinidae
Littoraria flava (King, 1832)* 1 0 1 1 0,01 2,78
Muricidae
Espécie não ident. 40 0 40 40 0,23 41,67
Siratus senegalensis (Gmelin, 1791) 3 2 5 5 0,03 11,11
Siratus sp. 1 0 1 1 0,01 2,78
Stramonita brasiliensis (Claremont & D. G.
5 1 6 6 0,03 11,11
Reid, 2011)*
Nassariidae
Phrontis vibex (Say, 1822)* 1 13 14 14 0,08 27,78
Neritidae
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Tabela 1. Relação de espécies de moluscos identificados nas camadas superficiais do sambaqui sob rocha Casa de
Pedra. Desenvolvido no MS Excel 2013. Fonte: Ferreira, 2018:10-11.
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atual a 5.400 anos AP (Angulo et al., 2006). E, não bastando as dúvidas existentes quanto
Após isso, ocorreu o período de declínio ao processo de construção do sambaqui, têm-se
do nível relativo do mar e a instalação a ocorrência de pinturas rupestres nas paredes
de processos eólicos, que ocasionaram o internas da gruta, localizada a uma distância
retrabalhamento dos sedimentos marinhos aproximada de 2 metros de altura da base. As
superficiais previamente depositados. Nesse pinturas rupestres formam 2 painéis com desenhos
sentido, a idade de 5.670 ± 850 anos AP da geométricos nos quais, a olho nu, predominam
amostra 4552 é compatível com as idades tons de vermelho sem sobreposição de outras
marinhas identificadas por Zular (2011), na representações. Entretanto, nota-se evidências de
porção norte da Praia Grande. A amostra tons de amarelo em algumas das pinturas.
4551 representa o retrabalhamento por Com auxílio do plugin Dstrech foi possível
agentes eólicos quando da inexistência de confirmar que as pinturas possivelmente foram
vegetação na região do sítio arqueológico. maiores, uma vez que há resquícios e manchas.
Provavelmente, a ação do intemperismo sobre
Os resultados levantaram questões, ainda não as pinturas no painel levou à redução ou o
respondidas, sobre a procedência da matriz deslocamento dos pigmentos ao longo do tempo
arqueológica presente na gruta. Uma vez que o nas paredes do abrigo.
sambaqui apresentou data mais antiga que a base Com base nas análises, o painel 01, apresenta três
ao qual ocorreu o assentamento. Não havendo desenhos, o primeiro, pode ser descrito como duas
dados conclusivos, Bandeira et al. (2018) e linhas paralelas verticalmente uma ao lado da
Ferreira (2018), defendem a hipótese de que o outra no tom de vermelho, aparentemente feitos
sambaqui sob rocha Casa de Pedra seja resultado com algum utensílio de espessura média de ± 2 cm
de um aproveitamento da base arqueológica de (Figura 6a). O tratamento, cujo realce de cores foi
dois sambaquis próximos a sua localização: o utilizado pelo plugin Dstrech, evidenciou que esta
sambaqui Praia Grande VI e/ou Praia Grande pintura pode ter sido maior. Atualmente a pintura
IX (Figura 5), uma vez que ambos apresentaram que é visível a olho nu no possui uma média de 40
a mesma datação e composição malacológica cm de comprimento por 2 cm de espessura. Já o
que o Casa de Pedra. Sá (2017) e Bandeira et al. segundo desenho (figura 6b), é representado por
(2018), também levantam uma segunda hipótese: duas linhas sobrepostas no tom de vermelho, que
a construção do sambaqui foi imediata a formação lembram um sinal de “X”, após o uso do plugin
do solo na gruta. Dstrech pode-se observar a presença de dois
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