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TUTORIAL 02 – ALTERAÇÕES NA VISÃO

OBJETIVO 01: COMPREENDER O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO


DOS OLHOS E SEUS ANEXOS:
Os olhos originam-se de 4 fontes:
 Do neuroectoderma do prosencéfalo. Este se diferencia-se e forma a retina, as
camadas posteriores da íris e o nervo óptico.
 Do ectoderma da superfície da cabeça. Este forma o cristalino do olho e o
epitélio da córnea.
 Do mesoderma localizado entre o neuroectoderma e ectoderma da superfície da
cabeça. Dá origem aos envoltórios fibrosos e vascular do olho.
 Das células da crista neural. Estas migram para o mesênquima, diferenciam-se
e formam corioide, a esclera e o endotélio da córnea.
A primeira evidência de desenvolvimento do olho é o surgimento dos sulcos ópticos
nas pregas neurais na extremidade cranial do
embrião. Quando as pregas neurais se fundem
para formar o prosencéfalo, os sulcos ópticos se
evaginam do futuro diencéfalo para formar
vesículas ópticas, que se projetam da parede do
prosencéfalo para o mesênquima adjacente.
Conforme as vesículas ópticas crescem, sua
porção distal se expande, e suas conexões com o
prosencéfalo sofrem uma constrição para formar
os pedículos ópticos ocos. Concomitantemente, o
ectoderma da superfície adjacente às vesículas se
espessa para formar o placoide do cristalino,
primórdio dos cristalinos. O placoide do
cristalino se invagina conforme se aprofunda no
ectoderma da superfície, formando a fosseta do
cristalino. As bordas da fosseta do cristalino se
aproximam e se fundem formando vesículas do
cristalino esféricas.
Enquanto as vesículas do cristalino se desenvolvem, as vesículas ópticas se
invaginam para formar o cálice óptico com parede dupla, que consiste em duas
camadas conectadas ao encéfalo em desenvolvimento pelo pedículo óptico . O cálice
óptico forma a retina e o pedículo óptico se desenvolve como nervo óptico.
O centro do cálice óptico, onde a fissura retiniana (sulcos lineares que se
desenvolvem na superfície ventral dos cálices ópios e pedículos) é mais profunda, forma
o disco óptico, onde a retina neural é contínua com o pedículo óptico. Os axônios em
desenvolvimento das células ganglionares passam diretamente pelo interior do pedículo
óptico e o transformam em nervo óptico.
As fissuras retinianas são o local onde se desenvolve os vasos sanguíneos
hialoideos: artéria hialoidea (irriga a camada interna do cálice óptico, a vesícula do
cristalino, etc). A veia hialoidea faz a drenagem dessas estruturas. As paredes
proximais desses vasos originam a artéria central e a veia central da retina.
DESENVOLVIMENTO DA RETINA
A retina origina-se das paredes do cálice óptico. As paredes do cálice se
desenvolvem nas duas camadas da retina: a externa, fina camada do cálice torna-se a
camada pigmentada da retina, e a camada interna, espessa (neural) diferencia-se na
retina neural. As duas camadas são separadas pelo espaço intrarrretiniano que
desaparece quando as duas camadas se fundem.
Por volta da sexta semana, a melanina surge no epitélio pigmentado da retina.
Sob a influência do cristalino em desenvolvimento, a camada interna do cálice
óptico prolifera para formar o neuroepitélio espesso. Subsequentemente, as células
dessa camada se diferenciam em retina neural, a região fotossensível da retina. Essa
região contém fotorreceptores (bastonetes e cones) e o corpo celular de neurônios.
Axônios de células ganglionares crescem na parede do pedículo óptico. A cavidade
desse pedículo é obliterada a medida que os axônios formam o nervo óptico.
O Nervo óptico é circundado por 3 bainhas:
 Bainha dural externa: derivada da dura-máter.
 Bainha intermediária: derivada da aracnoide.
 Bainha interna: derivada da pia-máter; é vascular e cobre internamente o nervo
óptico e os vasos centrais da retina até o disco óptico.
 A mielinização dos axônios dentro dos nervos ópticos começa no final do
período fetal.
 A acuidade visual melhora bastante no decorrer do primeiro ano de vida e
assemelha a de um adulto.
DESENVOLVIMENTO DO CORPO CILIAR
O corpo ciliar é uma extensão da corioide em forma de cunha. Sua superfície
medial projeta-se em direção ao cristalino, formando os processos ciliares.
A porção pigmentada do epitélio ciliar é derivada da camada externa do cálice
óptico, que é contínuo com a camada pigmentada da retina.
O músculo ciliar (músculo liso do corpo ciliar) é responsável pela focalização
do cristalino e o tecido conjuntivo no corpo ciliar desenvolvem-se do
mesênquima localizado na margem do cálice óptico.
DESENVOLVIEMNTO DA ÍRIS
A íris desenvolve-se na borda do cálice óptico que cresce parcialmente e cobre
parcialmente o cristalino.
O epitélio da íris representa duas camadas do cálice óptico.
O arcabouço do TC da íris deriva das células da crista neural.
Os músculos dilatador da pupila e esfíncter da pupila da íris derivam do
neuroectoderma do cálice óptico.
DESENVOLVIMENTO DO CAP CRISTALINO
O cristalino se desenvolve a partir da vesícula do cristalino, um derivado do
ectoderma da superfície. A parede anterior da vesícula, que é composta de epitélio
cúbico, torna-se o epitélio subcapsular do cristalino.
As fibras primárias do cristalino são formadas por células da parede posterior
da vesícula do cristalino. À medida que crescem obliteram gradualmente a cavidade
a vesícula do cristalino.
As células da zona equatorial (na borda do cristalino) à medida que se alongam
perdem seu núcleo e formam as fibras secundarias do cristalino.
O cristalino em desenvolvimento é irrigado pela parte distal da artéria hialoidea
(se torna avascular quando essa artéria se degenera no período fetal). Depois disso
depende da difusão do humor aquoso e do humor vítreo.
O corpo vítreo forma-se dentro da cavidade do cálice óptico. É composto pelo
humor vítreo – componente liquido. O humor vítreo primário deriva de células
mesenquimais que se originam da crista neural. Mais tarde, este é rodeado pelo
humor vítreo secundário.
DESENVOLVIMENTO DAS CÂMARAS AQUOSAS
A câmara anterior do olho desenvolve-se de um espaço em fenda que se forma
no mesênquima localizado entre o cristalino e a córnea em desenvolvimento.
A câmara posterior do olho desenvolve-se de um espaço que se forma no
mesênquima posterior à íris em desenvolvimento e anterior ao cristalino em
desenvolvimento.
Depois do desaparecimento da membrana da pupila (e a pupila se forma) as duas
câmaras se comunicam por meio do seio venoso da esclera (local onde o humor
aquoso sai e entra no sistema venoso).
DESENVOLVIMENTO DA CORIIDE E DA ESCLERA
A córnea é induzida pela vesícula do cristalino. A influência indutiva resulta
em transformação do ectoderma da superfície em córnea avascular, transparente
e com múltiplas camadas.
A córnea é formada a partir de três fontes:
• Epitélio córneo externo, derivado do ectoderma da superfície.
• Mesênquima, derivado do mesoderma que forma um contínuo com a esclera
em desenvolvimento.
• Células da crista neural que migram do cálice óptico, epitélio córneo e
camada média de estroma de matriz extracelular rica em colágeno.
DESENVOLVIMENTO DA CORIOIDE E DA ESCLERA
O mesênquima que circunda o cálice óptico se diferencia em uma camada
vascular interna, a corioide, e uma camada externa fibrosa, a esclera.
A esclera desenvolve-se da condensação do mesênquima externo à corioide e é
contínua com o estroma (tecido de sustentação) da córnea.
Próximo a borda do cálice óptico, a corioide se modifica para formar os núcleos
(massas centrais) dos processos ciliares.
DESENVOLVIMENTO DAS PÁLPEBRAS
As pálpebras se desenvolvem durante a sexta semana a partir do mesênquima
derivado das células da crista neural e de duas dobras cutâneas do ectoderma da
superfície que crescem sobre a córnea.
As pálpebras começam a se aderir uma com a outra durante a oitava semana e
permanecem aderidas até a 26ª a 28ª semanas.
Os cílios e as glândulas na pálpebra são derivados do ectoderma da
superfície. O tecido conjuntivo e as placas do tarso (lâminas fibrosas das
pálpebras) desenvolvem-se do mesênquima das pálpebras em desenvolvimento.
O músculo orbicular do olho é derivado do mesênquima do segundo arco
faríngeo e é inervado pelo nervo facial.
DESENVOLVIMENTO DAS GLÂNDULAS LACRIMAIS
As glândulas lacrimais se desenvolvem a partir de vários brotos provenientes
do ectoderma da superfície nos ângulos súperolaterais das órbitas. As glândulas
são pequenas ao nascer e não funcionam em sua plenitude até aproximadamente 6
semanas (recém-nascidos não produzem lágrimas quando choram).
DEFEITOS CONGÊNITOS DOS OLHOS
Coloboma: Surge quando a fissura óptica não se fecha completamente, deixando
uma lacuna nas estruturas dos olhos. Esses defeitos podem ocorrer em qualquer
estrutura desde a córnea até o nervo óptico.
o Coloboma da íris: é um defeito no setor inferior da íris ou uma fenda na
margem pupilar que dá á pupila um aspecto de buraco de fechadura.
Pode ser causado por fatores ambientais, mas o coloboma simples
frequentemente é causado por fatores hereditários (característica
autossômica dominante).

OBJETIVO 02: COMPREENDER SOBRE A MORFOLOGIA DA VISÃO


A) RELAÇÕES TOPOGRÁFICAS
B) ESTRUTURAS DE FIXAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO
C) MUSCULATURA/VASCULATURA/INERVAÇÃO
HISTOLOGIA
GLOBO OCULAR
Os olhos são órgãos fotossensíveis complexos que alcançaram alto grau de evolução,
possibilitando uma análise minuciosa quanto à forma dos objetos, sua cor e a
intensidade de luz refletida. Cada olho fica dentro de uma caixa óssea protetora - a
órbita - e apresenta basicamente uma câmara escura, uma camada de células
receptoras sensoriais, um sistema de lentes para focalizar a imagem e um sistema de
células para iniciar o processamento dos estímulos e enviá-los ao córtex cerebral.
O olho é constituído por três túnicas:
(1) a camada externa, formada pela esclera e pela córnea;
(2) a camada média ou túnica vascular, constituída pelo coroide, pelo corpo ciliar e
pela íris; e
(3) a camada interna ou retina, que se comunica com o cérebro pelo nervo óptico.
(Retina e nervo óptico faz parte do SNC).
CRISTALINO: O olho apresenta o cristalino ou lente, uma estrutura
biconvexa transparente que é mantida em posição graças a um ligamento circular, a
zônula ciliar, que se insere sobre um espessamento da camada média, o corpo ciliar.
ÍRIS: Em frente ao cristalino há uma expansão pigmentada e opaca da camada
média, que o recobre em parte, a íris.
O olho tem três compartimentos:
 A câmara anterior, situada entre a íris e a córnea;
 A câmara posterior, entre a íris e o cristalino; e situado atrás do cristalino e
circundado pela retina. Esse espaço é limitado pela retina e pelo cristalino,
apresenta-se cheio de uma substância viscosa e gelatinosa, o corpo vítreo.
Humor aquoso: líquido com proteínas na câmara anterior e posterior.-
Camada externa ou túnica fibrosa
Esclera: É opaca e esbranquiçada e constitui os 5/6 posteriores dessa camada. É
formada por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas.
o A superficie externa da esclera apresenta-se envolta por uma camada
de tecido conjuntivo denso - a cápsula de Tenon. À qual se prende por
um sistema muito frouxo de finas fibras colágenas que correm dentro de
um espaço chamado espaço de Tenon. Graças a essa disposição, o globo
ocular pode sofrer movimentos de rotação em todas as direções.
o Entre a esclera e a coroide encontra-se a lâmina supracoróidea, uma
camada de tecido conjuntivo frouxo que contém melanina.
Córnea: 1/6 anterior da camada (o restante). Possui 5 regiões:
o Epitélio anterior: é estratificado pavimentoso não queratinizado,
constituído por cinco a seis camadas celulares. Esse epitélio contém
numerosas terminações nervosas livres, o que explica a grande
sensibilidade da córnea. Grande capacidade regenerativa; células mais
superficiais com microvilos.
o Membrana de Bowman: camada homogênea e
relativamente espessa, constituída por delgadas
fibras colágenas cruzadas em todas as direções. É
uma formação de grande resistência, contribuindo
para reforçar a estrutura da córnea.
o Estroma: O estroma da córnea apresenta-se
constituído por múltiplas camadas de fibras
colágenas. Entre as várias camadas de fibras
colágenas encontram-se fibroblastos. O conjunto de
células e fibras encontra-se imerso em uma
substância fundamental gelatinosa. Também se
observa leucócitos.
o Membrana de Descemet: constituída de fibrilas colágenas organizadas
como uma rede tridimensional.
o Epitélio posterior: pavimentoso simples.
 Limbo: Zona de transição da córnea para a esclera. O colágeno da córnea, de
homogêneo e transparente, transforma-se em opaco e fibroso. No limbo existem
vasos sanguíneos que assumem papel importante nos processos inflamatórios da
córnea. Isso ocorre por causa de um sistema de labirinto (espaço de Fontana).
Túnica Média
A túnica média (vascular) é constituída por três regiões que, vistas da parte posterior
para a anterior, são:
 A coroide: camada rica em vasos sanguíneos. Entre os vasos há TC frouxo com
fibras elásticas e colágenas. Também tem melanina.
o Coriocapilar: Porção mais interna da coroide rica em capilares
sanguíneos. Possui papel na nutrição da retina.
 O corpo ciliar: é a dilatação da coroide na altura do cristalino. Tem aspecto de
um anel espesso, contínuo, revestindo a superfície interna da córnea. O
componente básico dessa região é tecido conjuntivo (rico em fibras elásticas,
células pigmentares e capilares fenestrados), no interior do qual se encontra o
músculo ciliar (com 3 feixes de fibras musculares lisas. Um desses feixes tem a
função de distender a coroide, enquanto o outro, quando contraído, relaxa a
tensão do cristalino.
o Processos ciliares: são extensões de uma das faces do corpo ciliar. Tem
contornos irregulares que formam saliências. São formados por um eixo
conjuntivo recoberto por camada dupla de células epiteliais.
 A camada externa, sem pigmento, recebe o nome de epitélio
ciliar. O humor aquoso é produzido nos processos ciliares com a
participação do epitélio ciliar.
 A camada interna é constituída por células com melanina.

 Íris: é um

prolongamento da coroide que cobre parte do cristalino. A íris tem um orifício


circular central, a pupila.
o A face anterior da íris é revestida por epitélio pavimentoso simples,
continuação do endotélio da córnea.
o Segue-se um tecido conjuntivo pouco vascularizado, com poucas
fibras e grande quantidade de fibroblastos e células pigmentare;
o Seguido, por sua vez, de uma camada rica em vasos sanguíneos,
imersos em um tecido conjuntivo frouxo.
o A íris é coberta, na sua superfície posterior, pela mesma camada
epitelial dupla que recobre o corpo ciliar e seus processos.
o A abundância de células com melanina em várias porções do olho tem
como função principal impedir a entrada de raios luminosos, exceto os
que vão formar a imagem na retina. Os melanócitos da íris influenciam a
cor dos olhos, na realidade a cor da íris. Quando a pessoa tem poucas
células pigmentares na íris, a luz refletida aparece-nos como azul,
devido à absorção do seu componente vermelho durante o trajeto
iridiano. À medida que maiores quantidades de melanina se acumulam
no trajeto, a cor da íris vai passando a cinza, a verde e a castanho.

Cristalino
O cristalino tem a forma de uma lente biconvexa e apresenta grande elasticidade,
que diminui progressivamente com a idade. É constituído de 3 partes:
 Fibras do cristalino: São células altamente diferenciadas, derivadas das células
originais do cristalino embrionário. São células muito alongadas e que perderam
seus núcleos e suas organelas, tornando-se delgadas e transparentes.
 Cápsula do cristalino: apresenta-se como um revestimento acelular
homogêneo, hialino e mais espesso na face anterior do cristalino. É urna
formação muito elástica, constituída principalmente por colágeno tipo IV e
glicoproteínas .
 Epitélio subcapsular: é formado por uma camada única de células epiteliais
cuboides, encontradas apenas na porção anterior do cristalino.

cristalino é mantido em posição por um sistema de fibras orientadas radialmente,


chamado zônula ciliar. As fibras da zônula se inserem de um lado na cápsula do
cristalino e do outro no corpo ciliar. Esse sistema de fibras é importante no processo de
acomodação, que possibilita focalizar objetos próximos e distantes, o que se faz por
mudança na curvatura do cristalino.
Corpo vítreo
O corpo vítreo ocupa a cavidade do olho que se situa atrás do cristalino. Tem
aspecto de gel claro, transparente, com raras fibrilas de colágeno. Seu componente
principal é a água (cerca de 99%) e os glicosaminoglicanos altamente hidrófilos.
Retina
 Epitélio pigmentar da retina: parede mais externa constituída de uma delgada
camada de epitélio cúbico simples com núcleo em posição basal, com células
carregadas de pigmento. Possui muitas mitocôndrias. As células pigmentares
sintetizam melanina, que se acumula sob a forma de grânulos, principalmente
nas extensões citoplasmáticas, com a função de absorver a luz que estimulou os
fotorreceptores. Contém abundante RE liso com a função de transporte e
esterificação de vitamina A.
 Parede interna: onde se tem os fotorreceptores.
A parte da retina situada na região posterior do globo ocular apresenta, de fora
para dentro, as seguintes camadas:
 Camada das células
fotossensitivas , os cones e os
bastonetes
 Camada dos neurônios
bipolares, que unem
funcionalmente as células dos
cones e dos bastonetes às
células ganglionares.
 Camada das células
ganglionares, que estabelece
contato na sua extremidade
externa com os neurônios
bipolares e continua na porção
interna com as fibras nervosas
que convergem, formando o nervo óptico.
 Camada sináptica externa ou plexiforme externa: região na qual ocorre
sinapse entre os cones e bastonetes e os neurônios bipolares. Fica entre essas
duas camadas.
 Camada sináptica interna ou plexiforme interna: deriva do contato entre as
células bipolares e ganglionares.
OBS: os raios luminosos atravessam as células ganglionares e bipolares para
alcançar os elementos fotossensíveis.

 Os cones e bastonetes tem 2 polos:


o Um polo cujo único dendrito é fotossensível. Os
prolongamentos fotossensíveis (dendritos)
assumem a forma de cone ou de bastonete.
Tanto os cones como os bastonetes atravessam
uma estrutura homogênea, a membrana
limitante externa.
 Bastonete: células finas, alongadas. Os
bastonetes são extremamente sensíveis a
luz e são os principais receptores para o
baixo nível de luz. Apresenta com 2
porções distintas:
 Segmento interno;
 Segmento externo.
 Cones: Os cones são também células alongadas que contêm
segmentos interno (com discos empilhados) e externo, corpo
basal com cílio e acúmulo de mitocôndrias. Existem
aproximadamente 6 milhões de cones em uma retina humana. São
elementos de percepção de luz em intensidade normal e
possibilitam grande acuidade visual. Os bastonetes são mais
sensíveis à luz, porém só possibilita uma visão menos precisa.
o 2º polo: forma sinapse com outras células bipolares.
A camada das células ganglionares dividem-se em 2 grupos:
o Células bipolares difusas: que estabelece sinapse com um ou mais
fotorreceptores, alcançando até 6;
o Células bipolares monossinápticas: que estabelecem contato apenas
com o axônio de uma célula cone. Essa célula bipolar estabelece contato,
pela sua outra extremidade, apenas com uma célula ganglionar.
A camada das células ganglionares estabelece contato com células bipolares e
envia seus axônios em direção a uma região da retina onde se agrupam e forma o
nervo óptico. Nessa região não existe receptores e se chama papila do nervo
óptico. As células ganglionares são típicas células nervosas, com núcleo grande
e claro e citoplasma rico em RNA.
 Membrana limitante interna: camada mais interna da retina e que a separa do
corpo vítreo. É constituída principalmente por expansões de células de Muller
(essa célula tem funções equivalentes às da neuroglia, servindo para sustentar,
nutrir, e isolar os neurônios da retina).
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS DO OLHO
Conjuntiva
Denomina-se conjuntiva a membrana mucosa que reveste a parte anterior da
esclerótica e a superfície interna das pálpebras. O epitélio da conjuntiva é
estratificado prismático e sua lâmina própria é de tecido conjuntivo frouxo.
Pálpebras
São dobras flexíveis de tecidos, que protegem o globo ocular. As pálpebras são
constituídas, de fora para dentro, pelas seguintes estruturas:
 Pele com epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e derme de
conjuntivo frouxo
 Feixes de músculos estriados que formam o músculo orbicular do olho.
 Uma camada de tecido conjuntivo que apresenta um espessamento de tecido
conjuntivo denso na extremidade das pálpebras - a placa palpebral ou tarso -
em cujo interior se encontram glândulas sebáceas alongadas e dispostas
verticalmente, as chamadas glândulas de Meibomius ou tarsais
 Camada mucosa com epitélio prismático estratificado e TC frouxo.
Glândulas Lacrimais
Localizadas na borda superoexterna da órbita, são glândulas serosas do tipo
tubuloalveolar composto. Contêm no seu ápice, grânulos de secreção que se coram
fracamente. A sua porção secretora é envolvida por células mioepiteliais. Essas
glândulas produzem uma secreção salina. A secreção lacrimal, continuamente
produzida por essas glândulas, dirige-se para as carúnculas lacrimais, que são
elevações situadas no canto interno dos olhos.

ANATOMIA
O olho é o órgão da visão, formado pelo bulbo do olho e pelo nervo óptico. A
órbita contém o bulbo do olho e as estruturas acessórias da visão. A região
orbital é a área da face sobre a órbita e o bulbo que inclui as pálpebras superior e
inferior, além do aparelho lacrimal.
ÓRBITAS
As órbitas são cavidades ósseas no esqueleto da face cujas bases estão voltadas na
direção anterolateral e os ápices, na direção posteromedial.
 As paredes mediais das duas órbitas são separadas pelos seios etmoidais e pelas
partes superiores da cavidade nasal.
As órbitas e a região da órbita anterior a elas contêm e protegem os bulbos dos olhos
e as estruturas acessórias da visão, que são:
 Pálpebras, que limitam as órbitas anteriormente e controlam a exposição da
região anterior do bulbo do olho.
 Músculos extrínsecos do bulbo do olho, que posicionam os bulbos dos olhos e
levantam as pálpebras superiores.
 Nervos e vasos no trajeto para os bulbos dos olhos e músculos.
 Fáscia orbital circundando os bulbos dos olhos e os músculos
 Túnica mucosa (conjuntiva) que reveste as pálpebras e a face anterior dos
bulbos dos olhos e a maior parte do aparelho lacrimal, que a lubrifica.

 Corpo adiposo da órbita: espaço da órbita não copado por essas estruturas.
A órbita piramidal quadrangular tem uma base, quatro paredes e um ápice:
 A base da órbita (entrada) é delimitada pela margem orbital que circunda o
ádito orbital (ádito é a entrada de uma cavidade).
 A parede superior (teto) é quase horizontal e é formada principalmente pela
parte orbital do frontal, que separa a cavidade orbital da fossa anterior do
crânio. Na parte anterolateral, uma depressão superficial na parte orbital do
frontal, denominada fossa da glândula lacrimal (fossa lacrimal), acomoda a
glândula lacrimal.
 As paredes mediais das órbitas contralaterais são quase paralelas e são
formadas principalmente pela lâmina orbital do etmoide, juntamente com
contribuições do processo frontal da maxila lacrimal e esfenoide.
 A parede inferior (assoalho da órbita) é formada principalmente pela maxila
e, em parte, pelo zigomático e pelo palatino. A parede inferior é demarcada da
parede lateral da órbita pela fissura orbital inferior, um espaço entre as faces
orbitais da maxila e do esfenoide.
 A parede lateral é formada pelo processo frontal do zigomático e pela asa
maior do esfenoide. Esta é a parede mais forte e mais espessa, o que é
importante porque é mais exposta e vulnerável ao traumatismo direto.
 O ápice da órbita situa-se no canal óptico na asa menor do esfenoide
imediatamente medial à fissura orbital superior.

Os ossos que formam a órbita são revestidos pela periórbita, o periósteo


(membrana de tecido conectivo que reveste exteriormente os ossos e da qual podem
formar-se elementos ósseos ) da órbita.
PÁLPEBRA E APARELHO LACRIMAL
As pálpebras e o líquido lacrimal, secretado pelas glândulas lacrimais, protegem a
córnea e o bulbo do olho contra lesão e irritação.
Pálpebras
São pregas móveis cobertas externamente por pele fina e internamente por túnica
mucosa transparente, a túnica conjuntiva da pálpebra. Essa parte da conjuntiva é
contínua com a túnica conjuntiva do bulbo que é fina e transparente com fixação a
parte anterior do bulbo. As linhas de reflexão da túnica conjuntiva da pálpebra sobre o
bulbo do olho formam recessos profundos, os fórnices superior e inferior da
conjuntiva.
O saco da conjuntiva é o espaço limitado pelas túnicas conjuntivas da pálpebra e
do bulbo. O saco da conjuntiva é uma forma especializada de “bolsa” mucosa que
permite a livre movimentação das pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho
enquanto se abrem e se fecham.
As pálpebras superior e inferior são fortalecidas por densas faixas de tecido
conectivo, os tarsos superior e inferior, que formam o “esqueleto” das pálpebras. Nos
tarsos estão inseridas as glândulas tarsais, que produzem uma secreção lipídica que
lubrifica as margens das pálpebras e impede a sua adesão quando se fecham.
Os cílios estão nas margens das pálpebras. As grandes glândulas sebáceas
associadas aos cílios são as glândulas ciliares.
As junções das pálpebras superior e inferior formam as comissuras medial e
lateral das pálpebras, que definem os ângulos medial e lateral do olho.
 Ligamento palpebral medial: entre o nariz e o ângulo medial do olho. Une os
tarsos a margem medial da órbita
 Ligamento palpebral lateral: fixa o tarso a margem lateral da órbita.
Septo orbital: membrana fibrosa que se estende dos tarsos até as margens da órbita.
Em razão de sua continuidade com a periórbita, consegue limitar a disseminação de
infecção para órbita e desta para outros locais.

Aparelho lagrimal
Consiste em:
 Glândula lacrimal: secreta líquido lacrimal (solução salina com lisozima –
enzima bactericida). Umidifica e lubrifica a superfície da córnea e conjuntiva e
em excesso produz lágrimas. Situa-se na face súperolateral de cada órbita. Ela é
dividida em parte orbital e palpebral. (OBS: pode haver glândulas lacrimais
acessórias)
 Dúctulos excretores da glândula lacrimal: conduzem líquido lacrimal das
glândulas lacrimais para o saco da conjuntiva.
 Canículos lacrimais: drenam líquido lacrimal do lago lacrimal (m espaço
triangular no ângulo medial do olho, onde se acumulam as lágrimas) para o saco
lacrimal.
 Ducto lacrimonasal: conduz o líquido lacrimal para o meato nasal inferior
(parte da cavidade nasal inferior à concha nasal inferior).
Inervação da glândula lacrimal

BULBO DO OLHO
O bulbo do olho contém o aparelho óptico do sistema visual. Ocupa a maior parte
da porção anterior da órbita, suspenso por seis músculos extrínsecos que controlam seu
movimento e por um aparelho suspensor da fáscia.
 Bainha do bulbo olho: forma a verdadeira cavidade para o bulbo do olho;
 Espaço episcleral: lâmina de tecido conectivo frouxo, situa-se entre a bainha e a
túnica externa do bulbo, facilita os movimentos do bulbo do olho.]
As três túnicas do bulbo do olho são:
 Túnica fibrosa (camada externa), formada pela esclera e córnea
 Túnica vascular (camada intermédia), formada pela corioide, corpo ciliar e
íris
 Túnica interna (camada interna), formada pela retina, que tem partes óptica e
não visual.

Túnica fibrosa do bulbo


A túnica fibrosa do bulbo do olho é o esqueleto fibroso externo, que garante a
forma e a resistência.
 A esclera é a parte opaca resistente da túnica (camada) fibrosa do bulbo do olho
que cobre os cinco sextos posteriores do bulbo do olho. A parte anterior da
esclera é visível através da túnica conjuntiva do bulbo transparente como “a
parte branca do olho”.
 A córnea é a parte transparente da túnica fibrosa que cobre a sexta parte anterior
do bulbo do olho. A córnea é muito sensível ao toque; sua inervação é realizada
pelo nervo oftálmico (NC V1). Sua nutrição provém dos leitos capilares em sua
periferia, o humor aquoso e o líquido lacrimal.
Túnica Vascular do Bulbo do Olho
É formada pela coroide, corpo ciliar e íris.
 Coroide: camada marrom-avermelhada escura situada entre a esclera e a retina,
forma a maior parte da túnica vascular do bulbo do olho. A corioide fixa-se
firmemente ao estrato pigmentoso da retina. A corioide é contínua
anteriormente com o corpo ciliar.
 Corpo ciliar: é um espessamento anular da camada posterior ao limbo da
córnea, que é muscular e vascular. Une a corioide à circunferência da íris. O
corpo ciliar é o local de fixação da lente. A contração e o relaxamento do
músculo liso circular do corpo ciliar controlam a espessura e, portanto, o foco da
lente. Pregas na face interna do corpo ciliar, os processos ciliares, secretam
humor aquoso.
 A íris: está sobre a face anterior da lente, é um diafragma contrátil fino com
uma abertura central, a pupila, para dar passagem à luz. Dois músculos
involuntários controlam o tamanho da pupila: o músculo esfíncter da pupila
circular, estimulado pelo sistema parassimpático, diminui seu diâmetro (miose
pupilar), e o músculo dilatador da pupila, radial e estimulado pelo sistema
simpático, aumenta seu diâmetro (dilata a pupila).
Túnica Interna do Bulbo do Olho
A túnica interna do bulbo do olho é a retina. É a camada neural sensitiva do bulbo
do olho. Macroscopicamente, a retina é formada por duas partes funcionais com
localizações distintas: uma parte óptica e uma parte cega.
 A parte óptica da retina é sensível aos raios luminosos visuais e tem dois
estratos: um estrato nervoso e um estrato pigmentoso.
o O estrato nervoso é sensível à luz.
o O estrato pigmentoso é formado por uma única camada de células, que
reforça a propriedade de absorção da luz pela corioide para reduzir a
dispersão da luz no bulbo do olho.
 A parte cega da retina é uma continuação anterior do estrato pigmentoso.
Fundo do bulbo do olho: face
interna da parte posterior do bulbo
onde é focalizada a luz.
Disco do nervo óptico: Área
circular bem definida do fundo da
retina. É onde as fibras sensitivas e
vasos do nervo óptico entram no
bulbo. O disco é insensível a luz e
costuma ser chamado de ponto
cego.
Mácula lútea: Imediatamente
lateral ao disco do nervo óptico está
a mácula lútea. A mácula é uma
pequena área oval da retina com
cones fotorreceptores especiais
especializada para acuidade visual.
No centro da mácula há uma
depressão, a fóvea central, a área
de maior acuidade visual.
A parte óptica funcional da
retina termina anteriormente ao

longo da ora serrata.

MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO MÚSCULO DO OLHO


NERVOS DA ÓRBITA
Os grandes nervos ópticos conduzem nervos puramente sensitivos, que
transmitem impulsos nervosos gerados por estímulos ópticos. Eles são nervos cranianos
(NC II). Além deste há os nervo oculomotor (NC III), troclear (NC IV) e abducente
(NC VI).
O B S :

Há um mnemônico, semelhante a uma fórmula química, usado para memorizar a


inervação dos músculos extrínsecos que movimentam o bulbo do olho: RL6OS4TO3
(reto lateral, NC VI; oblíquo superior, NC IV; todos os outros, NC III).
OBS²: Os movimentos são estiulados pelos nervos oculomotor, troquear e
abduzente.

VASCULATURA DA ÓRBITA
Veias
da
órbita
A drenagem venosa se faz através das veias oftálmicas superior e inferior.
 Veia central da retina;
 Veias vorticosas (drena para a veia oftálmica inferior);
 Seio venosso da esclera (circunda a câmara anterior do bulbo)
Anatomia de superfície do olho e do aparelho lacrimal

OBJETIVO 03: COMPREENDER A FISIOLOGIA DA VISÃO


A) FORMAÇÃO NO OLHO;
B) CONDUÇÃO NAS VIAS SENSITIVAS
C) PROCESSAMENTO NO SNC
 A formação da imagem pelo olho
o A luz que entra no olho é refratada duas vezes: primeiro quando passa pela
córnea e, novamente, ao passar através da lente. Cerca de dois terços da
refração total (curvatura) ocorrem na córnea, e o terço restante, na lente.
 Como o índice de refração do ar é menor que o índice do humor
aquoso, o raio, ao passar pela córnea, diminui sua velocidade e se
aproxima da normal, convergindo para a retina, apenas aqueles que
cruzam pelo centro do olho passam diretamente para a retina, sem
mudar sua direção.
 Distância focal e dioptria
Distância focal: é a distância da
superfície refratora até o ponto
onde os raios de luz paralelos
convergem. Essa distância depende
da curvatura da córnea: quanto
menor o seu raio de curvatura,
menor a distância focal.
Dioptria é o poder de refração de
uma dada lente
A córnea tem um poder de refração
de 42 dioptrias, o que significa que
raios de luz paralelos que atingem a superfície da córnea irão
focalizar-se a 1/42 = 0,024 m (ou 2,4 cm) atrás dela,
aproximadamente a distância que separa a córnea da retina.
 O meio de interface é importante
Se trocássemos o ar por um meio com um índice de refração
maior, não conseguiria haver uma focalização
Essa é a razão pela qual as coisas parecem borradas quando
abrimos os olhos sob a água; a interface água-córnea é incapaz
de produzir a focalização de uma imagem.
o Acomodação pelo cristalino
 Embora a córnea realize a maior parte da refração do olho, o cristalino
contribui com cerca de uma dúzia de dioptrias adicionais para a
formação de uma imagem nítida de um ponto distante.
 O cristalino está envolvido na formação de imagens claras e nítidas de
objetos próximos, localizados a uma distância menor do que 9 m com
relação ao olho.
 A acomodação
Porque ocorre: à medida em que os objetos se aproximam, os
raios de luz oriundos de um determinado ponto não podem
mais ser considerados paralelos. Mais precisamente, esses raios
divergem, e um poder de refração maior é necessário para
focalizá-los na retina. Esse poder adicional de focalização é
fornecido pela mudança no formato do cristalino, um processo
chamado de acomodação.
Como ocorre: durante a acomodação, os músculos ciliares se
contraem e engrossam, tornando menor a área dentro do
músculo e diminuindo a tensão nos ligamentos suspensores.
Conseqüentemente, o cristalino, devido a sua elasticidade
natural, torna-se mais arredondado. Esse arredondamento
aumenta a curvatura da superfície do cristalino, aumentando,
dessa forma, seu poder de refração. Por sua vez, o relaxamento
dos músculos ciliares aumenta a tensão nos ligamentos
suspensores, o que tem o efeito de distender o cristalino, que
assume uma forma mais achatada.
A capacidade de acomodação modifica-se com a idade, pessoas
mais velhas tem maior dificuldade de acomodar objetos em
uma distância menor.

o O reflexo pupilar da luz direta


 A pupila também contribui para as qualidades ópticas do olho por meio
do ajuste contínuo a diferentes intensidades de luz no ambiente.
 O ajuste do diâmetro da pupila mediante uma maior ou menor
quantidade de luz é chamada de reflexo pupilar da luz direta
Esse reflexo pupilar da luz direta envolve conexões entre a
retina e os neurônios do tronco encefálico que controlam os
músculos que contraem a pupila.
Esse reflexo é mediado por fibras parassimpáticas do nervo
craniano III.
 Esse reflexo é consensual
Se a luz atingir apenas um olho, provocará a constrição das
pupilas de ambos os olhos.
A luz que chega à retina de um olho ativa o reflexo. Os sinais
são levados através do nervo óptico para o tálamo e, então,
para o mesencéfalo, onde neurônios eferentes contraem as
pupilas de ambos os olhos.
 A pupila contribui também para a profundidade de campo
Campo visual
 É a área espacial percebida pelo olho;
 Todas as informações vindas do campo visual esquerdo
vão para o lado direito do cérebro e todas as informações
vindas do campo visual direito vão para o lado esquerdo
do cérebro
A profundidade de campo é conseguir ver com nitidez as coisas
mais distantes, como se fosse o fundo de parede de uma foto
A profundidade do campo total é criada pela constrição da
pupila de modo que somente um estreito feixe de luz entra no
olho. Desse modo, uma maior profundidade da imagem é
focalizada na retina.
o Acuidade visual
 É a capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos.
 Anatomia microscópica da retina
o A retina é uma porção do encéfalo;
o A via e as células presentes
 A via mais direta para o fluxo da informação
visual parte dos fotorreceptores rumo às células
bipolares e, daí, para as células ganglionares.
Essas últimas disparam potenciais de ação em
resposta à luz, e esses impulsos se propagam,
via nervo óptico, para o resto do encéfalo.
 Outros dois tipos celulares influenciam essa via,
as células horizontais e as células amácrinas.
Células horizontais: recebem aferentes
dos fotorreceptores e projetam neuritos
lateralmente para influenciar as células
bipolares vizinhas e os fotorreceptores.
Células amácrinas: recebem aferentes
das células bipolares e projetam
lateralmente para influenciar células
ganglionares vizinhas, células bipolares e outras células
amácrinas.
 As únicas células sensíveis à luz na retina são os fotorreceptores
Todas as outras células são influenciadas pela luz apenas por
meio de interações sinápticas diretas e indiretas com os
fotorreceptores

o A estrutura de um fotorreceptor
 Cada fotorreceptor apresenta quatro regiões: um
segmento externo, um segmento interno, um corpo
celular e um terminal sináptico.
 Segmento externo
Contém uma pilha de discos membranosos.
Fotopigmentos sensíveis à luz, localizados nas
membranas desses discos, absorvem luz
determinando alterações no potencial de
membrana do fotorreceptor.
Os fotorreceptores do tipo bastonete
apresentam um segmento externo longo e
cilíndrico contendo muitos discos. Os
fotorreceptores do tipo cone apresentam um
segmento externo mais curto e que
gradualmente diminui de espessura, contendo
um menor número de discos membranosos.
O maior número de discos e a maior
concentração de fotopigmentos nos
bastonetes os tornam 1.000 vezes mais sensíveis à luz do que
os cones. De fato, em um ambiente com iluminação noturna,
em condições escotópicas, apenas os bastonetes contribuem
para a visão. Por outro lado, em ambientes com iluminação
diurna, em condições fotópicas, são os cones que realizam a
maior parte do trabalho.
Pigmentos visuais
 São transdutores que convertem a energia luminosa
em uma mudança no potencial de membrana.
 Os bastonetes possuem um tipo de pigmento visual, a
rodopsina.
 Os cones possuem três diferentes pigmentos, que são
excitados por diferentes comprimentos de onda da luz.
 O olho contém cones para as luzes vermelha, verde e
azul. Cada tipo de cone é estimulado por uma faixa de
comprimentos de onda, porém, é mais sensível a um
comprimento de onda específico.
 O daltonismo: é uma condição na qual uma pessoa
herda um defeito em um ou mais dos três tipos de
cones e tem
dificuldade em
distinguir
determinadas cores
o Diferenças regionais na estrutura da retina
 A retina periférica possui muito mais
bastonetes do que cones. Nessa região,
também há uma alta relação de
fotorreceptores para células
ganglionares.
 O efeito combinado desse arranjo é
que a retina periférica é mais sensível à
luz, pois
(1) bastonetes são
especializados para baixa
intensidade luminosa
(2) há mais fotorreceptores fornecendo informação para uma
mesma célula ganglionar.
 Fototransdução
o Os fotorreceptores convertem, ou transduzem, energia luminosa em
alterações do potencial de membrana.
o Fototransdução nos bastonetes
 A rodopsina é composta por duas moléculas: a opsina, uma proteína
inserida na membrana dos discos do bastonete, e o retinal, uma
molécula derivada da vitamina A, que é a porção do pigmento que
absorve luz.
 No escuro
O retinal inativo está ligado ao sítio de ligação na opsina
A concentração de monofosfato de guanosina (GMPc) é alta,
por ser produzido continuamente no fotorreceptor pela enzima
guanilato ciclase, isso faz com que os canais de dependentes de
nucleotídeo cíclico (CNG) fiquem abertos, permitindo que Na+ e
Ca2+ entrem no bastonete.
Além dos canais de CNG, os canais de K+ também estão
abertos, porém, o influxo de íons sódio e de Ca2+ é maior do
que o efluxo de K+, de modo que o bastonete permanece
despolarizado com uma média de potencial de membrana de −
40 mV (em vez do mais frequente − 70 mV).
Neste potencial de membrana levemente despolarizado, os
canais de Ca2+ dependentes de voltagem estão abertos e há
liberação tônica do neurotransmissor glutamato da porção
sináptica do bastonete para a célula bipolar vizinha.
 Na luz
A luz ativa a rodopsina
 O retinal ativado não mais se liga à opsina e, então, é
liberado do pigmento em um processo denominado
descoramento.
A rodopsina ativada atua como enzima ativando a transducina,
uma proteína G;
A transducina ativa a enzima efetora fosfodiesterase, que
hidroliza o GMPc
A redução nas concentrações de GMPc determina o
fechamento dos canais de Na+ (CNG);
Com o menor influxo de cátions e o efluxo sustentado de K+, o
interior do bastonete se hiperpolariza, e a liberação de
glutamato para os neurônios bipolares diminui.
Após a ativação, o retinal difunde-se para fora do bastonete e é
transportado para o epitélio pigmentado. Neste local, ele é
convertido a sua forma inativa antes de voltar para o bastonete
e se recombinar à opsina.
o Fototransdução nos cones
 Saturação dos bastonetes
Sob a luz do sol, há uma queda nos níveis de GMPc nos
bastonetes, até um ponto em que a resposta à luz torna-se
saturada; luz adicional não mais promove qualquer
hiperpolarização. Assim sendo, a visão durante o dia depende
inteiramente dos cones, cujos fotopigmentos necessitam de
maior nível de energia.
 O processo de fototransdução nos cones é
praticamente o mesmo que aquele que ocorre
nos bastonetes; a única diferença significativa é o
tipo de opsinas dos discos membranosos dos
segmentos externos dos cones.

o Adaptação ao escuro e à
claridade
 Adaptação ao escuro
A transição da visão diurna para a
noturna não é instantânea, esse fenômeno é denominado
adaptação ao escuro
Envolve os seguintes processos
 Dilatação das pupilas
 Regeneração da rodopsina para uma configuração
molecular anterior, ou seja, desativação do retinal.

Devido a esse grande aumento na sensibilidade, quando o olho


adaptado ao escuro retorna para um ambiente com luz
brilhante, torna-se temporariamente saturado.
GUYTON: Se a pessoa permanece no escuro por longo
período, o retinal e as opsinas nos bastonetes e nos cones são
convertidos de volta a pigmentos sensíveis à luz. Além disso, a
vitamina A é convertida de volta em retinal para aumentar os
pigmentos sensíveis à luz
 Adaptação à claridade
Contração da pupila;
Se a pessoa está sob luz intensa por muitas horas, grande
parte das substâncias fotoquímicas nos bastonetes e cones
terá sido reduzida a retinal e opsinas.
Assim, as concentrações das substâncias químicas
fotossensíveis que permanecem nos bastonetes e nos cones
são reduzidas consideravelmente, e a sensibilidade do olho à
luz se reduz de modo correspondente.
 O processamento na retina
o Células bipolares
 O glutamato liberado de fotorreceptores para os neurônios bipolares
inicia o processamento do sinal.
 Há dois tipos de células bipolares, luz-ligada (células bipolares ON) e
luz-desligada(células bipolares OFF).
 Células bipolares ON
Apresentam receptores acoplados a proteínas G e respondem
ao glutamato com uma hiperpolarização, sendo assim, no
escuro, quando a concentração de glutamato é alta, essas
células estão inibidas, e na luz, quando a concentração de
glutamato é baixa, essas células estão ativas;
 Células bipolares OFF
Possuem receptor de glutamato do tipo ionotrópico, que abre
canais iônicos e despolariza a célula bipolar OFF no escuro,
ativando-a;
Na luz, como a concentração de de glutamato é baixa, não abre
os canais, não despolarizando essas células, assim elas ficam
inativas;
o Células ganglionares
 As células bipolares fazem sinapse com as células ganglionares, estas
geram potenciais de ação, enviando seus sinais para o sistema nervoso
central pelo nervo óptico.
 O campo visual de uma célula ganglionar próxima à fóvea é muito
pequeno. Somente alguns fotorreceptores estão associados a cada
célula ganglionar, e, assim, a acuidade visual é maior nessas áreas. Na
periferia da retina, muitos fotorreceptores convergem para uma única
célula ganglionar, e a visão não é tão acurada.
 Apenas células ganglionares disparam potenciais de ação
Todas as outras células na retina (com exceção de algumas
células amácrinas) respondem à estimulação com alterações
graduais no potencial de membrana.
 São os axônios das células ganglionares que formam as longas fibras
do nervo óptico que se dirigem para o cérebro. Devido à distância
envolvida, o método eletrotônico de condição, empregado nos
bastonetes, cones e células bipolares, na retina já não é apropriado;
portanto, as células ganglionares transmitem seus sinais por meio
de potenciais de ação repetitivos.
 Tipos de células ganglionares
Células ganglionares do tipo M
 São grandes, têm maiores campos receptivos,
conduzem potenciais de ação mais rapidamente no
nervo óptico e são mais sensíveis a estímulos com baixo
contraste.
 Projetam-se até a camada magnocelular do núcleo
geniculado lateral do tálamo;
Células ganglionares do tipo P
 São menores, tem menores campos receptivos e
conduzem potenciais de ação mais lentamente no
nervo óptico.
 Projetam-se até a camadas de células parvocelulares
do núcleo geniculado lateral do tálamo;
Principais diferenças entre as células P e M:
 Os campos receptores de células P são muito menores
do que os das células M;
 Os axônios das células P conduzem impulsos muito
mais lentamente que as células M;
 As respostas das células P aos estímulos, especialmente
de cores, podem ser mantidas, enquanto as respostas
das células M são muito mais transitórias;
 As células P são, em geral, sensíveis à cor de um
estímulo, enquanto as células M não são sensíveis a
estímulos coloridos;
 As células M são muito mais sensíveis que as P aos
estímulos a preto e branco de baixo contraste;
As principais funções das células M e P são evidentes a partir
das suas diferenças
 As células P são muito sensíveis aos sinais visuais que se
relacionam aos detalhes finos e às diferenças de cores,
mas relativamente insensíveis a sinais de baixo
contraste e a sinais visuais em rápido movimento.
o Resumo das etapas
1. Os próprios fotorreceptores — os bastonetes e os cones —que
transmitem sinais para a camada plexiforme externa, onde fazem
sinapse com células bipolares e células horizontais.
2. As células horizontais que transmitem sinais horizontalmente na
camada plexiforme externa de bastonetes e cones para células
bipolares.
3. As células bipolares que transmitem sinais verticalmente dos
bastonetes, cones e células horizontais para a camada plexiforme
interna, onde fazem sinapse com as células ganglionares e células
amácrinas.
4. As células amácrinas que transmitem sinais em duas direções,
diretamente de células bipolares para as células ganglionares ou
horizontalmente, dentro da camada plexiforme interna, dos axônios
das células bipolares para os dendritos das células ganglionares ou para
outras células amácrinas.
5. As células ganglionares que transmitem
sinais eferentes da retina pelo nervo óptico
para o cérebro.
o Processamento além da retina
 Assim que os potenciais de ação emergem
do corpo das células ganglionares, eles
percorrem os nervos ópticos até o SNC,
onde são processados.
 O nervo óptico penetra no encéfalo no
quiasma óptico
Neste ponto, algumas fibras
nervosas provenientes de cada olho
cruzam para o outro lado para
serem processadas no encéfalo.
Assim, a informação proveniente
do lado direito do campo visual de
cada olho é processada no lado
esquerdo do cérebro e a
informação do lado esquerdo do
campo é processada no lado direito
do cérebro.
Zona bilocular
 É a porção central do campo visual, onde os lados
esquerdo e direito do campo visual de cada olho se
sobrepõem;
 Os dois olhos têm visões ligeiramente diferentes dos
objetos nessa região, e o cérebro processa e integra
estas duas visões para criar representações
tridimensionais dos objetos, nos dando a percepção de
profundidade;
Zona monocular
 Os objetos situados no campo visual de apenas um olho
estão na zona monocular e são vistos em duas dimensões.
 Assim que os axônios deixam o quiasma óptico, as fibras projetam-se
para:
Corpo geniculado lateral do tálamo: onde as fibras visuais
fazem sinapses com neurônios que vão para o córtex visual no
lobo occipital.
Mesencéfalo (minoria): onde elas participam do controle do
movimento dos olhos ou, juntamente com informações
somatossensoriais e auditivas, da coordenação do equilíbrio e
do movimento.
 As informações monoculares dos dois olhos se juntam no córtex para
nos dar uma visão binocular do meio que nos cerca.
 Via da visão
 As vias visuais podem ser divididas, de forma grosseira em:
o Sistema novo
 O estimulo vai para o núcleo geniculado dorsolateral do tálamo para a
transmissão direta dos sinais visuais, para o córtex visual, localizado
nos lobos occipitais.

Nervo óptico  Quiasma óptico  Trato óptico  Núcleo geniculado dorsolateral


do tálamo  Fibras geniculocalcarinas  Córtex visual primário

o Sistema antigo
 O estímulo vai para o mesencéfalo e áreas prosencefálicas basais;
 Núcleo supraquiasmáticos do hipotálamo: com a função de controlar
os ritmos circadianos que sincronizam as várias funções fisiológicas do
organismo, com a noite e o dia;
 Núcleos pré-tectais no mesencéfalo: para desencadear movimentos
reflexos dos olhos para focalizar objetos de importância, controlando o
tamanho da pupila e para ativar o reflexo fotomotor;
 Colículo superior: para controlar movimentos direcionais rápidos dos
dois olhos;
 Núcleo geniculado ventrolateral do tálamo:
para ajudar a controlar algumas das
funções comportamentais do corpo.
 A projeção retinofugal
o É a via neural que sai da retina, a começar pelo nervo óptico.
o O nervo óptico, o quiasma óptico e o tracto óptico
 Os axônios das células ganglionares que partem da retina passam
através de três estruturas antes de estabelecerem suas sinapses no
tronco encefálico, o nervo óptico, o quiasma óptico e o tracto óptico.
 O nervo óptico
Sai de cada olho a partir da confluência de axônios das células
ganglionares, sai da retina pelo disco do nervo óptico, passa
pelo tecido gorduroso por trás dos olhos em suas cavidades
ósseas chamadas de órbitas, para depois entrar no crânio pelo
canal óptico;
 Quiasma óptico
No quiasma óptico, os axônios que se originam nas porções
nasais das retinas cruzam de um lado para o outro, os que se
originam nas porções temporais continuam seu percurso sem
ser alterado, assim, dizemos que uma decussação parcial da
projeção retinofugal ocorre no quiasma óptico. (decussação:
cruzamento de um feixe de fibras de um lado do cérebro para o
outro, parcial porque nem todas as fibras se cruzam, apenas as
das porções nasais).
 Tractos óptico
Após a decussação parcial no quiasma óptico, os axônios das
projeções retinofugais formam os tractos ópticos, que correm
logo abaixo da pia-máter ao longo das superfícies laterais do
diencéfalo.
o Hemicampos visuais direito e esquerdo
 O campo visual completo é toda a região do espaço que pode ser vista
com ambos os olhos olhando diretamente para a frente.
 Ela é subdividida em hemicampo esquerdo e direito
Raios emergindo de objetos no hemicampo visual esquerdo,
chega à retina no olho esquerdo na porção nasal, enquanto que
chega no olho direito na porção temporal;
Raios emergindo de objetos no hemicampo visual direito, chega
à retina no olho esquerdo na porção temporal, enquanto que
chega no olho direito na porção visual;
Como apenas as fibras da porção nasal se cruzam e a da porção
temporal segue seu curso normal, todas as fibras relacionadas
ao hemicampo direito passam para o trato óptico esquerdo e
todas as fibras relacionadas ao hemicampo esquerdo passam
para o trato óptico direito, isso faz com que a informação
proveniente do lado direito do campo visual de cada olho é
processada no lado esquerdo do cérebro e a informação do
lado esquerdo do campo é processada no lado direito do
cérebro.
o Alvos do tracto óptico
 Como vimos, as fibras podem ser destinadas àquelas estruturas do
sistema antigo, mas 90% das fibras são direcionadas para o núcleo
geniculado dorsolateral do tálamo, estando diretamente relacionado
com a transmissão direta dos sinais vitais;
 Os neurônios do núcleo geniculado dorsolateral originam axônios que se
projetam para o córtex visual primário, essa projeção é chamada de
radiação óptica.
o Lesões das vias ópticas
 Lesões em qualquer lugar da projeção retinofugal do olho ao NGL, e daí
para o córtex visual, causam cegueira em humanos.
 Lesão do nervo óptico (A): resulta em cegueira completa do olho
correspondente. Ocorre, por exemplo, em causos de traumatismo e de
glaucoma (o aumento da pressão intraocular comprime e lesa as fibras
do nervo óptico);
 Lesão da parte mediana do quiasma óptico (B): resulta em hemianopsia
bitemporal, afetaria apenas as fibras que cruzam a linha média. Uma vez
que essas fibras originam-se nas porções nasais de ambas as retinas,
teríamos uma resultante cegueira apenas para as regiões do campo
visual enxergadas pelas retinas nasais, ou seja, a periferia do campo
visual em ambos os lados. Ocorre, por exemplo, em casos de tumor
hipofisário, que crescem e comprimem o quiasma óptico;
 Lesão da parte lateral do quiasma óptico (C): resulta em hemianopsia
nasal do olho correspondente, como consequência da interrupção das
fibras provenientes da retina temporal desse olho. Ocorre mais
frequentemente em casos de aneurismas da artéria carótida interna, que
comprime lateralmente o nervo óptico. Se ocorrer nas duas áreas
laterais, gera hemianopsia binasal.
 Lesão do trato óptico (D): resulta em hemianopsia homônima direita ou
esquerda, se a lesão ocorrer no trato esquerdo ou direito,
respectivamente.

 O núcleo geniculado lateral


o Os núcleos geniculados laterais direito e esquerdo, localizados no tálamo
dorsal, são os principais alvos dos dois tractos ópticos.
o Vistos em uma secção transversal, cada NGL parece estar arranjado em seis
camadas distintas de células. Por convenção, as camadas são numeradas de
1 a 6.
o Funções
1- Retransmite informações visuais do trato óptico
para o córtex visual, por meio da radiação óptica
2- Regular por meio de “comportas” a transmissão
dos sinais para o córtex visual
Controla quanto do sinal é permitido
passar para o córtex. O núcleo recebe
sinais de controle das comportas de duas
fontes principais: (1) fibras corticofugais de projeção direta,
do córtex visual primário para o núcleo geniculado lateral e (2)
áreas reticulares do mesencéfalo. Ambas são inibitórias e,
quando estimuladas, podem desligar a transmissão por partes
selecionadas do núcleo geniculado dorsolateral.
o A segregação dos sinais de entrada pelo olho e pelo tipo de célula
ganglionar
 O NGL direito recebe informação sobre o campo visual esquerdo. O
campo visual esquerdo é visto tanto pela retina nasal esquerda quanto
pela retina temporal direita. No NGL, sinais oriundos dos dois olhos são
mantidos separados. No NGL direito, os axônios do olho direito
(ipsilateral) estabelecem sinapses em células do NGL nas camadas 2, 3 e
5. Os axônios do olho esquerdo (contralateral) estabelecem sinapses em
células nas camadas 1, 4 e 6.
 Os tipos de células no NGL
As duas camadas ventrais, 1 e 2, contêm
neurônios maiores, camadas magnocelulares
do NGL, e as quatro camadas mais dorsais, 3
a 6, contêm células menores, camadas
parvocelulares do NGL.
 Camadas magnocelulares
Seus grandes neurônios recebem aferências
quase inteiramente das células ganglionares
M da retina.
Esse sistema forma a via de condução rápida
para o córtex visual, mas esse sistema é cego
para cores, transmitindo somente
informações em preto e branco.
 Camadas parvocelulares
Seus neurônios médios e pequeno
recebem aferências quase
inteiramente das células ganglionares
do tipo P da retina, que transmitem
cor e carreiam informações espaciais
precisas ponto a ponto, mas somente
com velocidade moderada de
condução, e não em alta velocidade.
 Anatomia do córtex visual (córtex estriado)
o O córtex visual se divide no córtex visual
primário e em áreas visuais secundárias.
o Córtex visual primário
 O córtex visual primário é a área 17 de
Brodmann, que se localiza no lobo occipital
do cérebro dos primatas
 Localiza-se na superfície medial do hemisfério ao redor do sulco
calcarino. Essa área é a região terminal dos sinais visuais diretos.
 Sinais da área macular da retina terminam próximo do polo occipital,
enquanto os sinais da retina mais periférica terminam nos
semicírculos concêntricos anteriores ao polo.
 Mácula
É para essa região que a fóvea da retina transmite seus sinais. A
fóvea é responsável pelo grau mais alto de acuidade visual.
Com base na área da retina, a fóvea tem várias centenas de
vezes mais representação no córtex visual primário que a
maioria das partes periféricas da retina.
 O córtex estriado é chamado V1, significando “área visual 1”, porque é a
primeira área cortical a receber informação do NGL. Além de V1, estão
outras duas dúzias de distintas áreas do córtex
 O córtex visual primário tem seis camadas principais
A começar pela substância branca (contendo fibras aferentes e
eferentes ao córtex), as camadas celulares são designadas
usando-se numerais romanos VI, V, IV, III e II. A Camada I, logo
abaixo da pia-máter, é largamente desprovida de neurônios e
consiste quase que inteiramente em axônios e dendritos de
células de outras camadas.
Há, na verdade, pelo menos nove camadas distintas de
neurônios. Para manter, no entanto, a convenção de Brodmann
de que o neocórtex tem seis camadas, os neuroanatomistas
combinaram três subcamadas na camada IV, as quais foram
chamadas IVA, IVB e IVC. A camada IVC é, por sua vez,
subdividida em duas subcamadas chamadas IVCα e IVCβ. A
separação anatômica dos neurônios em camadas sugere que há
uma divisão de tarefas no córtex que é similar ao que vimos no
NGL.
1- Axônios oriundos do NGL (fibras geniculocalcarinas) terminam
em diversas camadas corticais, mas principalmente na camada
IV.
 Os sinais conduzidos rapidamente das células ganglionares
M da retina terminam na camada IVCα, e daí são
retransmitidos, verticalmente, tanto em direção à
superfície cortical quanto em direção a níveis mais
profundos.
 Os sinais conduzidos das células ganglionares P da retina
terminam na camada IV, mas em pontos diferentes dos
sinais M, nas camadas IVA e IVCβ, as partes mais
superficial e mais profunda, é essa via que transmite o tipo
preciso de visão ponto a ponto e a visão em cores;
Colunas neuronais verticais no córtex visual
 O córtex visual é organizado estruturalmente em
vários milhões de colunas verticais de células
neuronais.
Cada coluna representa uma unidade funcional. Pode-se
calcular, aproximadamente, que cada uma das colunas
verticais visuais tenha talvez 1.000 ou mais neurônios.
2 - Depois que os sinais ópticos terminam na camada IV, eles
são processados a seguir quando se propagam ao longo de
cada unidade de coluna vertical. Acredita-se que esse
processamento decifre, em separado, partes da informação
visual nas estações sucessivas ao longo da via.
3 – Os sinais que saem de I, II e III transmitem sinais por
distâncias curtas no córtex. Os sinais que vão para a camada V e
VI excitam neurônios que transmitem sinais por distâncias muito
maiores.
Colunas (blobs) de cores no córtex visual
 Estão entremeadas entre as colunas visuais primárias e
algumas das áreas visuais secundárias;
 Elas recebem sinais laterais das colunas visuais
adjacentes e são ativadas especificamente por sinais
coloridos. Portanto, esses blobs são as áreas primárias
para decifrar cores.
o Áreas visuais secundárias do córtex
 Se situam lateral, anterior, superior e inferiormente ao córtex visual
primário.
 A maioria dessas áreas também se curva para fora, sobre as superfícies
laterais dos córtices parietal e occipital.
 Área 18 de Brodmann (área visual II, ou simplesmente V-2)
Está em todos os lados do córtex visual primário e é para onde
são projetados quase todos os sinais do córtex visual
primário.
 As outras áreas visuais secundárias mais distantes têm designações
específicas — V-3, V-4 e assim por diante — até mais de uma dúzia
de áreas.
 A importância de todas essas áreas é que vários aspectos da imagem
visual são progressivamente dissecados e analisados.
 Há duas vias principais de processamento visual em larga escala no
córtex, uma estendendo-se dorsalmente do córtex estriado em direção
ao lobo parietal, e a outra projetando-se ventralmente em direção ao
lobo temporal, envolvendo, assim, as áreas visuais secundárias;
 Feixe dorsal
Parece servir para a análise do movimento visual e para o
controle visual da ação.
É a via que sai da área visual primária para o córtex parietal, lá os
sinais se sobrepõem com sinais de áreas de associação somática
posteriores, que analisam aspectos tridimensionais dos sinais
somatossensoriais.
 Feixe ventral
Está envolvido na percepção do mundo visual e no
reconhecimento de objetos.
É a via que sai da área visual primária para o córtex temporal,
sendo a via principal para análise dos detalhes visuais. Partes
distintas dessa via dissecam também especificamente as cores,
assim, essa via é referente a características visuais, tais como
reconhecimento de letras, leitura, textura de superfícies e
determinação de cores detalhadas de objetos.

OBJETIVO 04: CONHECER SOBRE AS PRINCIPAIS AMETROPIAS


A) CAUSAS
B) CONSEQUÊNCIAS
C) CORREÇÃO
AMETROPIAS: Raios luminosos não focalizam exatamente na retina com o olho em
estado de repouso. Isso constitui um erro de refração (miopia, hipermetropia,
astigmatismo).
Classificação do ponto de vista óptico:
1 - Axial: aumento ou diminuição do diâmetro anteroposterior; é o mais frequente.
2 - De curvatura: alteração da curvatura da córnea ou do cristalino.
3 - De índice: aumento ou diminuição da potência dióptrica no cristalino. Todas essas 3
alterações podem resultar em miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo.
A - Miopia
A miopia ocorre quando o globo ocular possui o
diâmetro anteroposterior maior, ou o mecanismo de
focalização do olho (córnea e cristalino) é poderoso
demais, e os raios de luz são focalizados na frente da
retina. A imagem retiniana não será um ponto, mas
um círculo proporcional ao grau de miopia. O olho
míope focaliza um feixe de raios luminosos paralelos
em forma de lápis em um ponto anterior à retina. Esse
ponto, o ponto focal secundário do olho, fica no
vítreo.
Consequências: Os indivíduos com miopia podem
ver objetos próximos sem problemas porque as
alterações de acomodação na lente trazem os objetos próximos para o foco, mas os
objetos distantes ficam embaçados. Na miopia, há redução da visão a distância. Tal
redução costuma ser proporcional ao grau da miopia. Fotofobia e baixa visão ao
entardecer também fazem parte do quadro clínico.
a) Classificação de acordo com o defeito da anomalia de refração
- Miopia simples: não se associa a lesões degenerativas e não supera 5 ou 6D;
- Miopia degenerativa: as lesões degenerativas se
iniciam a partir dos 50 anos. Mais comum em
mulheres, é frequentemente hereditária.
Correção: Para a correção completa da miopia, uma
lente corretiva para longe colocada na frente do olho
deve oferecer um ponto focal secundário coincidente
com o ponto distante. O sistema óptico recém-criado
permite que os raios paralelos que vêm do infinito se
desviem como se fossem originados do ponto distante
do olho, dessa forma sendo focalizados na retina. A
miopia pode ser corrigida com lente de superfície
côncava apropriada (estas são divergentes - quando
os raios de luz incidem paralelos ao eixo principal,
eles sofrem dupla refração e se expalham)

HIPERMETROPIA
Os raios luminosos, ao penetrarem no olho
hipermétrope, formam a imagem atrás da retina. Associam-
se a olhos pequenos; não somente o diâmetro, mas também a
córnea pode ser de menor tamanho. Se a dimensão
anteroposterior do globo ocular for muito curta, a imagem
teoricamente entra em foco posterior (atrás) à retina. A
acomodação do olho pode produzir poder positivo adicional
suficiente permitindo que os raios de luz sejam focalizados na
retina. O ponto distante de um olho hipermétrope se encontra atrás do olho ou além
do infinito.
Consequências: Nesses casos, as alterações de acomodação da lente podem
trazer imagens distantes para o foco, porém as imagens próximas tornam-se embaçadas.
A visão do hipermétrope varia de acordo com a idade e o grau.
 Na idade abaixo de 6 anos, quando não há distúrbios da musculatura
extraocular, geralmente não é necessário corrigir a hipermetropia, devido à
grande amplitude de acomodação e à pequena solicitação da visão de perto. A
hipermetropia geralmente diminui na idade pré-puberal, pois o olho vai
crescendo com a idade, assim como o seu poder dióptrico.
 Após os 20 anos, mesmo os hipermétropes leves podem tornar-se sintomáticos,
e a necessidade de correção óptica para a sua hipermetropia aumenta
gradativamente com a idade e piora com a chegada da presbiopia,por volta dos
40 anos.
O estado de acomodação determinará os sintomas, como cefaleias e cansaço
devido ao esforço visual (astenopia). Geralmente, os pacientes apresentam uma câmara
anterior pouco profunda, com risco de glaucoma de ângulo estreito.
Correção: Para a total correção da hipermetropia, uma lente corretiva posicionada
na frente do olho deve oferecer um ponto focal secundário coincidente com o ponto
distante. Os raios paralelos provenientes do infinito passam pela lente corretiva,
convergindo em direção ao ponto distante do olho, podendo, dessa maneira, ser
focalizados na retina sem o auxílio da acomodação. A hiperopia é corrigida por lentes
apropriadas de superfície convexa (são convergentes - os raios de luz incidem
paralelos ao eixo principal e, após sofrerem refração, se concentram em um único ponto,
este ponto é o foco).
ASTIGMATISMO
O astigmatismo existe quando a superfície corneana é desigualmente curva ou
devido às irregularidades do cristalino, de
modo que os raios luminosos de diferentes
meridianos não podem ser focados no
mesmo ponto da retina, formando linhas de
conoide ou círculos de menor confusão.
Em geral, o astigmatismo decorre de um
encurvamento assimétrico da córnea, mas pode ser consequência de defeitos na córnea,
na lente ou na retina.
Classificação e correção
O astigmatismo é regular quando pode ser corrigido com lentes cilíndricas ou
esferocilíndricas. Do contrário, o astigmatismo é considerado irregular.
a) Astigmatismo regular São produzidos 2 pontos focais em vez de 1 ponto. Pode-
se corrigir com lentes cilíndricas, e sua origem geralmente se dá na córnea.
O astigmatismo regular divide-se em: -
 Simples: um dos focos está na retina; corrige-se com um cilindro;
 Composto: associado a defeito esférico;
 Misto: um dos focos é hipermétrope e o outro é míope.
b) Astigmatismo irregular Não existem focos definidos. Acontece em patologias
da córnea, como ceratocone, cicatrizes e ceratoplastias. Para o seu tratamento, as
lentes devem ter o grau mais próximo do valor tolerado pelo paciente. Isso depende das
dioptrias, do eixo, da relação binocular e do defeito esférico associado. Ao corrigir
astigmatismos altos, pode-se provocar uma astenopia acomodativa.
 Ambriopia: olho preguiçoso;
 Prebiospia:

REFERÊNCIAS
YANOFF, Myron ;  DUKER, Jay S OFTALMOLOGIA. Elsevier. 3ª Ed. 2011 Capítulo
3.1
MEDCEL. Oftalmologia e Clínica Médica. Volume 06. Ano 2015. Cap. 2
PORTH, Glenn. Fisiopatologia. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2010. 8ª Ed. Cap.
54
OBJETIVO 05: CONHECER OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA ACUIDADE
VISUAL
A acuidade visual (AV) a distância está diretamente relacionada com o ângulo
mínimo de separação (subtendido no ponto nodal do olho) entre dois objetos, o que
permite que ambos sejam percebidos como distintos. Desse modo,  é a capacidade do
olho para distinguir detalhes espaciais, ou seja, identificar o contorno e a forma dos
objetos. A AV é feita com o auxílio de tabelas de diversos tipos (Snellen, ETDRS, etc)
TABELA DE SNELLEN: Na prática, esta é geralmente realizada por meio de
uma tabela de Snellen, que utiliza letras pretas ou símbolos (optótipos) de uma gama
de tamanhos definidos em um fundo branco em sequência
do maior para o menor tamanho, com o paciente efetuando a
leitura do gráfico de uma distância-padrão. Os optótipos
geralmente é fixado à parede. O olho identificado como
tendo pior visão deve ser testado em primeiro lugar, com o
outro olho ocluído. É importante incentivar o paciente a ler
cada letra possível nos optótipos que estão sendo testados.
A avaliação deve ser feita em um ambiente que
forneça bom contraste luminoso para visualização dos
optotipos. O paciente deve ocluir os olhos, alternadamente
com as palmas da mão, de forma a não poder enxergar entre
os dedos. Alternativa melhor é o uso do oclusor (feito em
cartão ou cartolina). Pessoas com resultados alterados
devem ter seus exames repetidos e encaminhados para
especialistas.
A acuidade normal descreve a resolução acurada de
um objeto plano que subentende um ângulo de 1 grau com a
retina humana. Quando um indivíduo demonstra uma
incapacidade de resolução para definir formas impressas
que determinam um ângulo de 1 grau do arco, a visão encontra-
se abaixo do padrão e leva à incapacidade funcional.
A acuidade visual é designada por uma fração (ex,
20/50). O numerador dessa fração corresponde à distância da
pessoa examinada ao quadro (20 pés, ou 6m). O denominador (50 pés) significa a
distância em que o objeto seria percebido com visão normal. No exemplo, 20/50
significa que o optotipo que o examinado leu a uma distância de 20 pés (6m), um
indíviduo emétrope (20/20, portanto sem defeito de refração ou com refração corrigida
por lentes) o faria a 50 pés (15m).
Acuidade visual muito baixa
• Contagem de dedos (CD): demonstra que o paciente é capaz de dizer quantos
dedos o examinador está mostrando a uma distância específica , normalmente 1 metro.

• Movi mentos das mãos


(MM): refletem a
capacidade de distinguir se a mão do examinador está se movendo, quando é colocada à
frente do paciente.
• Percepção luminosa (PL): o paciente
apenas pode discriminar a presença de luz
(p. ex., luz de uma caneta-lanterna), mas não
formas ou movimentos. É necessária a oclusão
cuidadosa de um olho contralateral saudável. Se
a visão baixa se deve apenas à densa opacidade
de meios, tais como catarata, o paciente deve
facilmente ser capaz de determinar a direção de
onde a luz está sendo projetada. Nos casos mais
severos de perda visual, é avaliado se a pessoa
identifica de onde vem a luz, “PL” ou projeção
luminosa, e depois se o paciente percebe a luz,
“PL” ou percepção luminosa.

Acuidade LogMAr
As tabelas logMAR abordam muitas das deficiências da tabela de Snellen, e são
o método-padrão de medida da AV em pesquisas e, cada vez mais, na prática clínica.

Sensibilidade ao contraste
Princípios: A sensibilidade ao contraste é
uma medida da capacidade do sistema
visual de distinguir um objeto contra o seu fundo.
O alvo deve ser suficientemente grande
para ser visto, mas também deve ter um
contraste suficientemente alto em
relação ao fundo; uma letra cinza-claro será menos
visível contra um fundo branco do que uma letra
preta. A sensibilidade ao contraste representa um aspecto diferente da função visual
com relação à testada pelos testes de resolução espacial descritos acima, os quais
utilizam todos os optótipos de alto contraste.
 Muitas condições são responsáveis pela redução tanto da sensibilidade ao
contraste como da acuidade visual, mas em algumas circunstâncias (p. ex., ambliopia,
neuropatia óptica, alguns tipos de catarata e aberrações mais graves), a função visual
medida pela sensibilidade ao contraste pode ser reduzida, enquanto a AV é preservada.
Apesar das suas vantagens, esse teste não tem sido amplamente adotado na prática
clínica.
• A tabela de letras de Pelli-Robson para sensibilidade ao
contraste é a visualizada a 1 metro de distância e consiste em linhas
de letras de igual tamanho (frequência espacial de 1 ciclo por grau),
mas com diminuição do contraste de 0,15 unidades log para grupos de
três letras. O paciente lê as linhas de letras de cima para baixo até que
o menor grupo de três letras resolúveis seja atingido.

Acuidade visual para perto


O teste de visão para perto pode ser um indicador sensível da
presença de doença macular. Uma série de tabelas de visão de perto
(incluindo versões logMAR e ETDRS) ou um tipo de livro de teste podem ser
utilizados.
O livro ou tabela é mantido a uma distância de leitura confortável, e esta é
medida e anotada. O paciente usa a correção necessária para longe, juntamente com
correção da presbiopia se aplicável (geralmente seus próprios óculos de leitura). O
menor optótipo legível é registrado para cada olho individualmente e, em seguida,
utilizando os dois olhos em conjunto.

REFERÊNCIAS
BOWLING, Brad ; KANSKI, Jack J.Oftalmologia Clínica. 8ª Ed. 2016. Capítulo 14:
Doenças maculares adquiridas.
CORRÊA, E. J. et al. Avaliação ocular de crianças e adolescentes na atenção básica à
saúde. In: GUSMAO, C. M. G. et al. II Relato de experiências em tecnologias
educacionais do Sistema UNA-SUS 2015. 22. ed. Recife: Editora Universitária UFPE,
p.196 - 211, 2015.
CECIL, Russel. Medicina. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Tradução da 23ª Ed. Cap. 449

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