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SUTURAS

Material Necessário

 Luva estéril
 Anestésico – xilocaína 2% (PDF) ou licodaína 1% com adrenalina +
(BLACKBOOK)
 Tesoura – Mayo-Stille

 Pinças
o Dente de rato: é mais usada quando se necessita de uma
preensão firme, sem o risco de esgarçamento do tecido, que
pode ocorrer com a pinça anatômica
o Pinça anatômica: Provoca menos trauma nos tecidos.
o Apresentação das bordas: As bordas a serem suturadas são
geralmente com pinça anatômica.
 Fio de sutura
o Fio de sutura nylon 3 (procedimento do SIGAA); Amantino:
nylon 2.
o Na literatura (BLACKBOOK) a escolha do material (sintético –
ex. náilon; ou biológico) e calibre do fio depende do tipo de
tecido. Também se leva em conta suas características
biológicas e físicas: tensão da linha, tempo de cicatrização,
resistência a tração, absorção, etc. O cirurgião deve usar o fio
mais fino que apresente resistência e tensão adequada para o
tecido suturado. Usar náilon ou polipropileno de 3-0 à 5-0 para
tronco e extremidades e 6-0 para face. Usar fio absortivo em
crianças para evitar retirar pontos
 Porta-agulhas: Uma característica importante desse instrumento é a
robustez de sua parte preensora, diferenciada das pinças
hemostáticas por apresentarem um sulco ao longo de suas garras.

 Soro fisiológico;
 Gaze;
 Esparadrapo;
 Antisséptico – clorexidina;
 Campo estéril
 Seringa com anestésico;

PROCEDIMENTO

01: Explicar procedimento ao paciente e autorização;

02: Se paramentar com máscara, gorro e óculos;

03: Separar material necessário a técnica. Abra o campo. Lembre-se de


pegar o campo pelas pontas à nível exterior que não estão estéril;

04: Fazer degermação das mãos e calçar luvas estéreis – lembre-se de


calçar luvas fora do campo estéril;

05: Realiza a antissepsia da área com movimentos circulares a medida que


se afasta da ferida (só se deve voltar a uma área anterior com gaze nova). É
feita com chumaços de gaze dobrada e montada em uma pinça longa (tipo
Colin, Kocher, Cheron, Murphy, etc) embebida na clorexidina. Coloca campo
frenestrado.

06: Faz a anestesia local com


agulha. Auxiliar segura a ampola para quem está fazendo o procedimento
puxar o líquido. Lembre-se de trocar a agulha, após esse passo para em
seguida aplicar. Realiza a anestesia local 1 cm da área do perímetro do local
do objeto e na linha de incisão. Lembre-se de aplicar começando no sentido
mais próximo de você mesmo; verificar sangue ao puxar o êmbolo e, por fim,
somente aplicar a anestésico no processo de retirada da agulha. Depois da
anestesia lavar com soro fisiológico.

OBS: É necessário trocar por outro par de luvas após esse passo.
(Principalmente por causa que vai ter um procedimento de retirada de
objeto antes da sutura, contudo literatura também recomenda a troca de
luva após anestesia caso necessário - BLACKBOOK)

07: Fazer o processo de sutura

 Sutura interrompida simples


 Pegar agulha com o porta-agulha, presa no início de seu terço médio.
 Elevar a borda da ferida com a ponta da pinça e passar a agulha pela
primeira borda. Sutura começa da metade da ferida. O movimento
deve ser seguindo a curvatura da agulha.
 Passar a agulha na borda contralateral pegando a mesma quantidade
de tecido do lado anterior.
 Soltar a pinça e agulha. Segurar a parte do fio próxima a agulha e dar
o primeiro seminó, enrolando o fio duas vezes no porta-agulhas. E
seguida puxa extremidade da agulha para seu lado, apertando o nó
apenas suficiente para aproximar as bordas da ferida;
 Dar o segundo seminó com uma volta em torno da agulha . Lembre-se
de alterar sentido do nó. Esse sentido é alterado no momento de
puxar para arrochar, em que o aperta em posição contrária ao da
outra vez.
 Fazer o último seminó. Mais uma vez alterne o sentido.
 Dar pontos subsequentes.
 Retirar o campo e limpar a pele em torno da ferida, secá-la com gaze
e cobri-la com curativo estéril não aderente em sua parte central.
Chulheio ancorado

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 Faz o nó normal
semelhante ao da sutura com pontos separados simples.
 Em seguida entra de onde começou o nó com a agulha. (No mesmo
lado)
 Deixa um laço onde se vai colocar a agulha por dentro.
 Puxa a agulha até formar a “trilha”.
 Repete os mesmos passos.
 Para dar o nó, deixe o mesmo espaço em forma de laço, segurando 10
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esse laço com o porta-agulha para dar o nó. Em seguida enrola o fio no
porta-agulha conforme procedimentos anteriores (a primeira: duas
vezes; segunda: uma vez; terceira: uma vez).
 Em seguida corta parte do laço e o que sobrou do fio, formando assim
3 pontas soltas.
https://www.youtube.com/watch?v=ZGFou_GbmQg
Sutura contínua simples

 Começa colocando a agulha no tecido. Ao fazer o nó lembre-se de


trocar sua posição de um lado para o outro (figura 3)
 Ao se inserir a agulha novamente na superfície da borda após nó
inicial, esta tem que está contrária onde o nó foi deixado - diferente
da contínua ancorada. (Figura 5)
 Procedimento segue da mesma forma dos anteriores. No nó final
deixa-se um “laço” (figura 11) e pega a agulha nele no momento do nó.
 No final, corta parte do laço e fio restante, deixando 3 pontos soltos.
https://www.youtube.com/watch?v=qqwTzZ8w_I4

OBS: Entre as etapas de diélise, hemostasia e síntese, a sutura está na


síntese.

OBS2: Grifados em amarelo foram de observações do treino de quarta-


feira.

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