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Enucleação

Consiste na retirada de todo bulbo ocular e seu revestimento fibroso interno. A


utilização do procedimento é indicada em diversas enfermidades como
glaucomas crônicos incontroláveis, neoplasias intraoculares, endoftalmite,
trauma ocular grave com hemorragia panoftalmite, ruptura do nervo óptico e
prolapso do bulbo ocular por diversas causas.

O olho é composto por três túnicas sendo a camada fibrosa a mais externa
formada pela esclera e a córnea, a camada vascular pela coroide, corpo ciliar e
íris e por último, a mais interna, a camada nervosa constituída pela retina
Terceira pálpebra A terceira pálpebra está localizada na porção nasal do fórnix
conjuntival inferior, entre a córnea e a pálpebra inferior, sendo uma estrutura
cartilaginosa em forma de T. Parte da terceira pálpebra é composta por
folículos linfoide que encontram-se na conjuntiva, e internamente possui uma
glândula lacrimal,
Indicação:
 Neoplasias intraoculares
 Traumas oculares irreparáveis
 Laceração corneana e da esclera
 Endoftalmite incontrolável
Contra indicação:
 Neoplasias extra oculares

Técnica do professor:
Técnica transconjuntival:
 Antissepsia oftálmica: tricotomia periocular, limpeza ocular
com solução de iodo-povidona diluído.
 Incisão perilímbica 360°, com dissecação da conjuntiva bulbar
 Incisão dos músculos perioculares próximo ao bulbo
 Ligadura e secção da artéria e veia oculares e do nervo óptico
(não exercer tração no bulbo)
 Remoção da terceira pálpebra (com retirada total da glândula)
e tarso superior e inferior
 Sutura da conjuntiva com fio absorvível padrão simples
contínuo Sutura da pálpebra com fio absorvível padrão
intradérmico e da pele com fio inabsorvível padrão simples
interrompido
Cirurgia em si:
Técnica de enucleação transpalpebral:
 Realiza-se primeiramente tricotomia ampla e antissepsia com álcool
iodado
 Faz incisão ao redor da pálpebra, próximo às margens da mesma com
bisturi. Com auxílio de uma pinça tecidual de Allis, traciona-se o bulbo
para dissecação em toda margem da órbita, até secção total dos
ligamentos e músculos extra oculares, tomando cuidado para não
perfurar o saco conjuntival
 Após dissecação, traciona-se o bulbo para visualizar o nervo óptico e
seus vasos sanguíneos, que são ligados e seccionados com fio Náilon
4-0
 O nervo óptico é ligado com fio categute cromado 2-0 e depois
seccionado. É realizada então aproximação do subcutâneo com fio
categute cromado 2-0 e em seguida a pálpebra superior e inferior com
fio nylon 2-0 com padrão de sutura simples isolada.

Caso Cirúrgico de uma Enucleação:


A técnica de enucleação transpalpebral foi aplicada, onde primeiramente foi
realizada tricotomia ampla, antissepsia com álcool e iodo PVPI, e colocação de
campo cirúrgico (Figura 04 - A), após isto foi realizada sutura para unir as
pálpebras, superior e inferior com pontos simples isolados com fio nylon 2-0
(Figura 04 – B), após sutura foi realizada incisão transpalpebral ao redor de
toda a órbita (Figura 04 – C e D), seguido de dissecção e divulsão
transpalpebral ao redor do globo ocular, evitando perfurar a conjuntiva
palpebral. Com auxílio de uma pinça hemostática, as pálpebras foram pinçadas
para facilitar a tração e acessar os músculos, tecido adiposo, glândula lacrimal
e fáscias que foram retiradas junto com a conjuntiva das pálpebras (Figura 04 –
E, F, G e H), ao visualizar o pedículo óptico, o mesmo foi pinçado com duas
pinças hemostática Kelly curvas para evitar hemorragias excessivas (Figura 04
– I e J), então realizada ligadura simples com fio poliglactina (Vicryl®) 2-0
(Figura 04 – L) para posterior excisão do pedículo óptico (Figura 04 – M). As
pálpebras foram suturadas com sutura simples isolada com fio nylon 2-0
(Figura 04 – N, O e P).

Como vou fazer:


Volantes 1 e 2: Tricotomia
Antissepsia com álcool 70% técnica espinha de peixe 6 vezes
Passar iodo técnica espinha de peixe
Volante 3: Auxiliar na abertura dos materiais enquanto a cirurgia, a
auxiliar e o instrumentador se higienizam
Ajuda no fechamento dos capotes
Cirurgiã:
Técnica escolhida foi a transconjuntival
Pinça Foester
Gazes
Antisséptico (iodo) 3 vezes (trocando as gazes sempre e
descartando direto no lixo) técnica espinha de peixe
Pinça Foester jamais pode voltar pra mesa de campo, deve ser
pendurada no pano de mesa pela própria cirurgiã
Colocação do pano cirúrgico entregue já aberto pra eu retirar do
saco
Preensão do pano com a pinça Backaus junto ao auxiliar
Cabo de bisturi
Lâmina de bisturi
Leve incisão no canto do olho (pálpebra)
Tesoura fina-fina e pinça anatômica dente de rato
Divulsão do tecido até expor orbita ocular
Preensão do nervo óptico e artéria com pinça Kelly curva
Nó duplo e 3 nós simples, sem puxar o bulbo ocular
Remoção do bulbo ocular
Remoção da glândula lacrimal atrás do bulbo ocular
Remoção da terceira pálpebra juntamente com o restante da
glândula lacrimal
Pinça Kelly curva para preensão da pálpebra
Remoção da pálpebra superior e inferior
Síntese de forma simples contínua da conjuntiva fio absorvível
Síntese da pálpebra de forma ou simples contínua ou intradérmica
(preferência pela intradérmica) fio absorvível
Síntese de forma simples interrompida da derme fio inabsorvível
Finalização do procedimento.

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